Pernambuco tem taxa de desocupação de 17,9% em novembro

Foi a maior taxa registrada em Pernambuco desde o início da PNAD Covid, em maio

qua, 23/12/2020 - 12:05
Arthur Souza/LeiaJáImagens/Arquivo Pernambuco tem a 6ª maior porcentagem do país, atrás do Maranhão, Amapá, Bahia, Sergipe e Amazonas Arthur Souza/LeiaJáImagens/Arquivo

De acordo com a PNAD Covid, a taxa de desocupação em novembro em Pernambuco foi de 17,9%, contra 17,1% em outubro. É a sexta maior porcentagem do país, atrás do Maranhão, Amapá, Bahia, Sergipe e Amazonas. Isso significa também que 712 mil pessoas estavam desocupadas e buscaram ativamente um emprego no estado, mas não encontraram. Entre outubro e novembro, houve uma variação de 6,9% no número de pessoas desocupadas em Pernambuco, o que equivale a 46 mil pessoas a mais sem emprego.

O número de pessoas ocupadas, por sua vez, ficou estável entre outubro e novembro, com 3 milhões e 258 mil pessoas. Além disso, pelo quarto mês seguido, houve uma redução da população fora da força de trabalho (que não estavam trabalhando nem procuravam por trabalho) em Pernambuco que gostariam de trabalhar, mas não conseguiram procurar emprego por causa da pandemia de Covid-19 ou por falta de oportunidade na região em que vivem. Em novembro, eram 814 mil pessoas; no mês anterior, eram 885 mil pessoas.

Já a quantidade de pessoas ocupadas e afastadas do trabalho que tinham devido ao distanciamento social não para de cair. Em outubro, eram 101 mil; em novembro, não passavam de 92 mil, uma queda de 8,9% entre um mês e outro. Os números também caíram sensivelmente em relação a maio, passando de 28,8% para 2,8% da população ocupada. Ainda segundo a pesquisa, 7,2% da população pernambucana ocupada e não afastada do trabalho tinha trabalhado de forma remota em novembro, frente a 7,6% no mês de outubro.

Entre as pessoas ocupadas e afastadas do trabalho que tinham, seja ou não por conta da pandemia, 44 mil pessoas (23,1%) deixaram de receber remuneração em novembro. Em maio, quando medidas de distanciamento social mais rígidas estavam em vigor, eram 620 mil. Entre os trabalhadores ocupados que ainda estavam recebendo vencimentos, 19,6% do total tiveram rendimentos menores do que o habitual em novembro, contra 20,5% em outubro.

A PNAD Covid detectou também uma pequena queda no número de domicílios pernambucanos em que ao menos um dos moradores recebeu o auxílio emergencial: foram 54,5% em novembro, frente a 55,4% em outubro. Isso significa que, em números absolutos, 1 milhão e 675 mil lares em Pernambuco receberam o benefício. Já no Brasil houve uma leve queda, de 42,2% para 41%. O valor médio do rendimento do auxílio em Pernambuco também apresentou diminuição, de R$ 636 em outubro para R$ 491 em novembro.

A pesquisa mostra ainda que a taxa de informalidade em Pernambuco chegou a 1 milhão e 411 mil trabalhadores em outubro. Os informais são os empregados do setor privado sem carteira; trabalhadores domésticos sem carteira; empregados que não contribuem para o INSS; trabalhadores por conta própria que não contribuem para o INSS; e trabalhadores não remunerados em ajuda a morador do domicílio ou parente.

*Do IBGE.

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