Viúva que cobrava Justiça mandou matar marido, diz Polícia

Ela organizou passeatas em Cuiabá e foi à televisão para cobrar celeridade nas investigações da morte do marido, mas a Polícia Civil descobriu que o assassinato foi encomendado pela própria esposa

seg, 13/09/2021 - 11:01
Reprodução/Redes sociais Ana Cláudia ao lado do marido Toni Flor Reprodução/Redes sociais

Após pressionar as autoridades do Mato Grosso por cerca de um ano para solucionar o assassinato do marido, a Polícia Civil apontou que Ana Cláudia Flor mandou matar o pai das filhas, o empresário Toni Flor, de 37 anos. Para disfarçar o envolvimento com o crime, ela cobrou Justiça na televisão e mobilizou passeatas em Cuiabá. A informação foi divulgada pelo Fantástico, da Rede Globo.

O empresário lutava jiu-jitsu e foi executado com cinco tiros dentro de uma academia, em 11 de agosto de 2020. Ele chegou a ser socorrido, passou por cirurgia de emergência, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.

Na ocasião, a esposa indicou que Toni foi confundido com um agente da Polícia Rodoviária que também treinava no local. Contudo, a investigação descartou o ‘engano’ ao confirmar que o policial frequentava a academia à tarde.

Em desacordo com a resposta preliminar do inquérito, Ana Cláudia foi à televisão para pressionar as autoridades, tratou de consolar a sogra e organizou passeatas por Justiça na capital mato-grossense. Na opinião da Polícia, tudo foi fachada para esconder que ela mandou matar o marido por dinheiro. Parentes apontaram ao G1 que a relação do casal, junto há 15 anos, era tensa.

Duas semanas após o homicídio, no dia 27 de agosto de 2020, uma ligação anônima informou que Igor Espinosa teria sido o executor a mando da esposa da vítima. Ele foi preso e confessou que o crime foi encomendado por Ana Cláudia.

Ela nega que o contratou para matar o companheiro, mas foi presa preventivamente e deve passar por audiência com um júri popular.

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