Congresso discute Alzheimer com familiares e cuidadores

Evento nacional terá palestras com 14 especialistas. Abordagens passam por Psicologia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Musicoterapia, Arquitetura e Direito.

qui, 14/10/2021 - 10:51

O X Congresso Brasileiro de Alzheimer começa nesta quinta-feira(14) com palestras de 14 especialistas que vão dar orientações em diversas áreas importantes para o tratamento e para a qualidade de vida de pacientes e familiares. Psicologia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Musicoterapia, Arquitetura e Direito serão algumas das áreas abordadas nos dias 14 e 15 de outubro, nas salas on-line do congresso, destinadas a familiares, cuidadores e até mesmo a pacientes em estágio inicial da doença.

 A arquitetura e o design são ferramentas auxiliares no cuidado diário e no estímulo aos pacientes com Alzheimer. São importantes os cuidados com o ambiente de moradia, com a organização de um espaço seguro ao envelhecimento, capaz de melhorar a qualidade de vida e o bem-estar de quem tem Alzheimer e daqueles que convivem com o paciente. 

A arquiteta Thaíssa Scerne explica que pequenas mudanças na organização da mobília da casa, a escolha de móveis mais seguros, dicas de iluminação, pisos e cores, somados às informações multidisciplinares dos sintomas e progressões da doença de Alzheimer, reduzem riscos e inseguranças. “Uma moradia segura impacta na independência de todas as pessoas, especialmente as idosas, e a organização do cotidiano facilita a manutenção da saúde, a produtividade e a convivência das pessoas de gerações diferentes”, avalia.

Um ambiente adaptado ajuda o cuidador a planejar a própria rotina e quem recebeu o diagnóstico de Alzheimer permanecerá mais tempo realizando as atividades de vida diária, assinala Thaíssa. "Com o uso de sinalizações ambientais, exemplo de estratégias para compensar a perda de memória”, explica.

 A doença de Alzheimer é uma enfermidade incurável, que se agrava ao longo do tempo, mas pode e deve ser tratada. Causada pela morte de células cerebrais, se apresenta como demência ou perda de funções cognitivas, como memória, orientação, atenção e linguagem. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.

No Brasil, o número de pessoas com Alzheimer chega a 1,2 milhão. Um fator muito preocupante é que apenas metade delas sabe que tem a doença e faz tratamento. A cada ano surgem 100 mil novos casos e a estimativa é de que esse número dobre até 2030, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que até 2050 o número de casos aumente em até 500% em toda América Latina.

As pessoas idosas são as principais vítimas: 40% ou mais das pessoas com idades entre 85 e 89 anos têm a doença. Após os 65 anos, o risco de desenvolver a doença dobra a cada cinco anos.

 Quais são os sinais do Alzheimer?

 - Perda de memória recente, com repetição das mesmas perguntas ou dos mesmos assuntos.

- Esquecimento de eventos, de compromissos ou do lugar onde guardou seus pertences.

- Dificuldade para perceber uma situação de risco, para cuidar do próprio dinheiro e de seus bens pessoais, para tomar decisões e para planejar atividades mais complexas.

- Dificuldade para se orientar no tempo e no espaço.

- Incapacidade em reconhecer faces ou objetos comuns, podendo não conseguir reconhecer pessoas conhecidas.

- Dificuldade para manusear utensílios, para vestir-se e em atividades que envolvam autocuidado.

- Dificuldade para encontrar e/ou compreender palavras, cometendo erros ao falar e ao escrever.

- Alterações no comportamento ou na personalidade. O paciente pode se tornar agitado, apático, desinteressado, isolado, desinibido, inadequado e até agressivo.

- Interpretações delirantes da realidade, sendo comuns quadros paranoicos ao achar que está sendo roubado, perseguido ou enganado por alguém.

- Alucinações visuais (ver o que não existe) ou auditivas (ouvir vozes) podem ocorrer, sendo mais frequentes da metade para o final do dia.

- Alteração do apetite com tendência a comer exageradamente, ou, ao contrário, pode ocorrer diminuição da fome.

- Agitação noturna ou insônia, com troca do dia pela noite.

Serviço

X Congresso Brasileiro de Alzheimer.

14 e 15 de outubro de 2021.

Valor: R$ 30,00.

Informações e inscrições: PA (91) 98414-5328.

Da assessoria do evento.

 

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