Moderna planeja vacina conjunta contra gripe e Covid em 23
Empresa está trabalhando em um composto específico contra a ômicron que pode estar pronta para testes nas próximas semanas
A Moderna avalia que poderá lançar uma vacina conjunta contra a covid-19, influenza e vírus sincicial respiratório até o final de 2023, informou a gigante farmacêutica na segunda-feira (17), esperando que esse composto incentive mais pessoas a se imunizar.
"O melhor cenário seria no outono (boreal) de 2023", disse o presidente-executivo da Moderna, Stephane Bancel, em uma reunião virtual do Fórum Econômico Mundial.
"Acho que não pode ser em todos os países, mas é possível chegar a alguns países no ano que vem", disse o diretor da farmacêutica responsável por uma das duas vacinas contra a covid-19 que se baseiam na tecnologia do RNA mensageiro.
Bancel indicou que os estudos para o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) estão na fase III, fase final de testes em humanos, e o da gripe deve entrar nesta terceira fase no segundo trimestre deste ano.
“Nosso objetivo é ter uma única dose de reforço anual para não termos problemas com pessoas que não querem tomar duas ou três injeções no inverno e receber tudo em uma dose”, disse ele.
A vacina da Moderna é baseada no vírus da covid-19 antes de sua mutação em diferentes variantes, e Bancel indicou que a empresa está trabalhando em um composto específico contra a ômicron que pode estar pronta para testes nas próximas semanas.
"Esperamos poder entregar dados aos reguladores em março para que possamos determinar os próximos passos", afirmou.
Além de uma vacina específica contra a ômicron, que está rapidamente se tornando a variante dominante em todo o mundo, os laboratórios também estão na corrida para criar uma vacina que funcione contra todas as mutações atuais e futuras da covid-19.
"Existem alguns parceiros do setor privado que estão entrando nisso", disse Richard Hatchett, diretor executivo da Coalizão para Inovação e Preparação para Epidemias, uma organização que financia a pesquisa e o desenvolvimento de vacinas.
"Este seria o Santo Graal, porque não queremos estar sempre perseguindo novas variantes à medida que elas surgem", acrescentou.