Decreto ordena desapropriação do Engenho Roncadorzinho

O terreno na Mata Sul de Pernambuco é palco de uma disputa fundiária que culminou no assassinato do filho de um dos líderes dos trabalhadores rurais

sex, 19/08/2022 - 11:29
Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo Pai de Jonatas veste camisa com imagem do menino Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

Um dia após o protesto de trabalhadores rurais do Engenho Roncadorzinho em frente à sede do Governo de Pernambuco, a desapropriação do terreno foi publicada no Diário Oficial dessa quinta-feira (PSB). O local vai se chamar assentamento Jonatas Oliveira, em homenagem ao filho de uma das lideranças camponesas que foi assassinado por pistoleiros no início do ano. 

Após representantes da mobilização serem recebidos no Palácio do Campo das Princesas, o decreto foi assinado pelo governador Paulo Câmara (PSB), que frisou o interesse social da área e a importância das colônias e cooperativas de trabalho agrícola do engenho localizado em Barreiros, na Mata Sul. 

Parte dos camponeses que se fixaram no engenho trabalhavam para a antiga Usina Santo André, que funcionava no local. Atualmente, cerca de 400 pessoas moram no assentamento e aguardam o pagamento das dívidas da empresa, em torno de R$ 43 milhões.  

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No dia 10 de fevereiro, pistoleiros invadiram a casa do líder camponês Geovanne da Silva Santos e assassinaram seu filho Jonatas, de 9 anos.  A criança tentou se esconder embaixo da cama com a mãe, mas foi achada e morta a tiros. 

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