Kassab sai otimista de reunião com Dilma sobre dívida

Prefeito foi ao Planalto para tentar diminuir o volume e o débito da capital paulistana

Agência Estadopor Agência Estado sex, 12/08/2011 - 20:00
Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr Kassab jogou para a antecessora, Marta Suplicy, a culpa pela grande dívida Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Depois de conversar com a presidente Dilma Rousseff sobre a dívida da Prefeitura de São Paulo, que passou de R$ 46 bilhões, e pleitear a redução dos juros da dívida de 9% para 6%, Gilberto Kassab disse que saiu do Palácio do Planalto, "animado". Segundo Kassab, não só a presidente Dilma, no encontro desta sexta-feira, como os representantes da área econômica, com os quais se reuniu anteriormente, "se mostraram muito sensibilizados" com a situação da Prefeitura.

"Saio feliz e confiante até pelo conhecimento que ela mostrou em relação a São Paulo", comentou Kassab, ao classificar a dívida municipal como "impagável". Ao se queixar do valor dos juros, Kassab lembrou que, somente este ano, a Prefeitura pagou R$ 4 bilhões da dívida que, em 2000, era de R$ 10,4 bilhões. Hoje, comentou, a dívida chegou a R$ 46,26 bilhões, e deste total a Prefeitura já pagou R$ 14,6 bilhões, sendo R$ 4 bilhões este ano.

O prefeito de São Paulo, ao reclamar do valor da dívida, aproveitou para criticar a ex-prefeita petista Marta Suplicy. "A prefeita Marta, e isso foi um erro, depois de 30 meses, poderia ter quitado 20% da dívida e os juros, então, passariam a 6%. Ao não quitar, os juros passaram a 9%. Com isso, a dívida cresceu e ficou impagável", declarou Kassab, ao citar que esta negociação que está pleiteando é para beneficiar a cidade e seu sucessor, seja ele quem for.

"O meu sucessor vai ter muita dificuldade, seja ele quem for, além dos próximos prefeitos, porque são 30 anos de pagamento de dívidas", comentou ele, justificando que a dívida não era dele e que ele apenas estava honrando seus pagamentos, como fará até o último dia de seu governo. Kassab afirmou que a Prefeitura de São Paulo "está saudável, mas com capacidade de investimento muito baixa". Acrescentou que, "caso seja viabilizada esta possibilidade (de redução dos juros da dívida), teríamos luz bastante forte no fim do túnel".

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