Para Lula, povo escolherá entre fascismo e democracia

Ainda não confirmado para 2022, ex-presidente acredita que polarização é comum e que, caso candidato, representará a democracia

por Vitória Silva sex, 13/08/2021 - 16:16
Reprodução/Instagram Lula, ex-presidente da República Reprodução/Instagram

“O povo vai ter que escolher entre a democracia e fascismo” foi o que disse o ex-presidente Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva, nesta sexta-feira (13), à rádio CBN de Santa Catarina. O petista afirmou que a população não deve ter medo da polarização nas presidenciais de 2022, já que o pleito representa uma disputa entre dois extremos que são comuns em países democráticos. Lula, que decidirá no fim deste ano ou no início do ano que vem se disputará a Presidência, também disse que, caso seja candidato, será o representante da democracia, enquanto o atual presidente, Jair Bolsonaro, será o representante da “antidemocracia”, do “negacionismo” e do “fascismo”.

"As pessoas não têm que ter medo de polarização porque a polarização que existe no Brasil hoje é um representante da democracia, que se eu for candidato vai valer, e outra candidatura que representa o fascismo, a antidemocracia, um negacionista, que nega tudo, ele só acredita nas suas mentiras. Então, eu acho que essa é uma polarização boa: o povo vai ter que escolher entre a democracia e o fascismo", disse o aspirante à presidência.

Ainda conforme o ex-presidente, Bolsonaro "governa baseado na mentira" e espalha a “discórdia”. "Ele (Bolsonaro) não tem nenhuma preocupação com a verdade. Você veja que ele não fala sobre nenhum assunto sério, o que ele fala é todo dia é tentando criar uma discórdia na sociedade”, continuou.

Apesar de não ter confirmado sua participação no pleito eleitoral de 2022, Lula é o possível futuro candidato mais aguardado para a corrida, além de estar liderando pesquisas feitas em todo o Brasil. Levantamento do Datafolha divulgado em julho mostrou que Lula ampliou vantagem sobre Bolsonaro e marcou de 58% a 31% no segundo turno.

"Tenho conversado com muita gente, de outros partidos políticos, e quando chegar mais ou menos no final desse ano, no começo do ano que vem, as coisas vão ficar mais ou menos sendo amarradas", disse ele quando questionado sobre alianças políticas.

Questionado sobre os pedidos de impeachment, Lula disse que cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pautar a questão e que o PT tem cobrado para que isso aconteça.

COMENTÁRIOS dos leitores