Molon quer unir esquerda e direita contra Bolsonaro
O líder da oposição propôs a criação da frente ampla de siglas e atacou o senador Romário (PL), que deve se candidatar à reeleição pelo novo partido de Bolsonaro
Prestes a lançar campanha ao Senado, o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) alertou para a ameaça que representa a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em defesa da democracia, ele propôs a formação de uma frente ampla, com partidos de esquerda e direita, para evitar mais quatro anos da atual gestão.
O líder da oposição na Câmara enfatizou que o diálogo precisa ser ampliado em um cenário de articulação mais eficaz e as arestas entre partidos historicamente antagônicos devem ser aparadas para que se crie uma base sólida contra Bolsonaro.
“Todo líder autoritário fica ainda mais perigoso em um segundo mandato e isso é o que temos que combater no ano que vem. Temos que derrotar o Bolsonaro de qualquer modo e isso só vamos conseguir se tivermos capacidade de diálogo em muitos setores. A sociedade não aguenta mais esse governo. Eu digo que se a gente não errar muito, a gente derrota o Bolsonaro”, considerou.
Com a pré-candidatura ao Senado aprovada pelo PSB, Molon é uma das apostas do partido no Rio de Janeiro, que deve lançar Marcelo Freixo como candidato ao Governo.
O deputado atacou diretamente o concorrente Romário, que deve tentar a reeleição ao Senado pelo mesmo partido de Bolsonaro. “Temos a responsabilidade de recuperar o campo democrático. É preciso ganhar essa vaga do Romário pelo bem do Rio”, apontou Molon.
O ex-jogador de futebol é um dos apoiadores mais populares do presidente no Congresso e integra o trio do PL que representa o Rio no Senado. As outras duas cadeiras do Estado são ocupadas por Carlos Portinho, e pelo filho do presidente Flávio Bolsonaro.