Durante discurso na ONU, Lula é ovacionado diversas vezes

Por tradição, líder brasileiro foi o primeiro a discursar e colecionou elogios ao falar no púlpito global após 14 anos

por Vitória Silva ter, 19/09/2023 - 15:06
Ricardo Stuckert/PR Lula durante discurso na Assembleia-Geral da ONU Ricardo Stuckert/PR

No histórico retorno ao púlpito da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (19), após 14 anos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi ovacionado cerca de sete vezes, durante um discurso focado em pautas de urgência global. O mandatário falou na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. 

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Este foi o oitavo discurso de Lula na ONU. Espontaneamente, foi aplaudido cinco vezes, ao citar questões como a fome, crescente desigualdade social no mundo, conflitos entre Rússia e Ucrânia, a pobreza e a nova ascensão da extrema-direita. Por tradição, o representante do Brasil é o primeiro a se manifestar no encontro de líderes dos países que integram a ONU. 

O presidente brasileiro falou por 21 minutos para uma plateia composta por presidentes, primeiros-ministros, ministros de Estado, diplomatas, parlamentares e outros integrantes das delegações dos países. 

“O Brasil está se reencontrando consigo mesmo, com nossa região, com o mundo e com o multilateralismo", disse o petista. Nas redes sociais, a recepção ao discurso foi comparada à feita a Jair Bolsonaro (PL), que teve um mandato marcado por pouco protagonismo internacional. 

"Nossa missão é unir o Brasil e reconstruir um país soberano, justo, sustentável, solidário, generoso e alegre. Como não me canso de repetir, o Brasil está de volta. [...] Reduzir as desigualdades dentro dos países requer incluir os pobres nos orçamentos nacionais e fazer os ricos pagarem impostos proporcionais ao seu patrimônio. No Brasil, estamos comprometidos a implementar todos os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, de maneira integrada e indivisível. Queremos alcançar a igualdade racial na sociedade brasileira por meio de um décimo oitavo objetivo que adotaremos voluntariamente", continuou Lula. 

Sem citar nomes, o presidente falou sobre "aventureiros de extrema-direita", sobre neoliberalismo e atacou o conservadorismo. O líder também incluiu em seu discurso menções ao desmatamento na Amazônia, liberdade de imprensa, embargo a Cuba e igualdade de gênero. 

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