Senadores elogiam discurso de Lula na ONU

Tanto Paulo Paim quanto Kajuru destacaram que o presidente falou sobre a fome e a miséria

ter, 19/09/2023 - 17:17
Waldemir Barreto/Agência Senado O senador Kajuru Waldemir Barreto/Agência Senado

O senador Paulo Paim (PT-RS) elogiou, em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (19), o discurso do presidente Lula na abertura da 78ª  Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA). Segundo ele, Lula destacou a necessidade da vontade política por parte dos líderes mundiais para combater a desigualdade e observou que os bilionários detêm mais riqueza do que os 40% mais pobres de todo o Planeta.

O senador destacou também que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencionou a importância de proteger o meio ambiente, citando as recentes enchentes no Rio Grande do Sul (RS) como exemplo do impacto das mudanças climáticas. 

— A emergência climática torna urgente uma correção de rumos e implementação do que já foi acordado. O presidente [Lula] foi enfático quando disse que a mais ampla e ambiciosa ação coletiva da ONU voltada para o desenvolvimento, a Agenda 2030, pode e deve se transformar num sucesso, e não num fracasso, como se indica hoje. Estamos na metade do período de implementação e ainda muito distantes das metas definidas. O Brasil está comprometido em implementar todos os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável de maneira integrada e indivisível — relatou Paim.  

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) também destacou em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (19) o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da ONU. Segundo o parlamentar, Lula foi muito aplaudido ao dizer que o Brasil “está de volta à cena internacional porque a democracia venceu”. 

Kajuru ressaltou que o presidente manifestou solidariedade às vítimas do terremoto no Marrocos e das enchentes na Líbia e no Rio Grande do Sul, chamando atenção para as mudanças climáticas, que hoje causam destruição em larga escala.

— Lula acentuou que os países ricos cresceram baseados em um modelo com alta taxa de emissão de gases danosos ao clima e que isso precisa ser revisto — um ponto de vista que o Brasil tem credibilidade para defender. Ele assinalou que o Brasil tem 87% de sua energia elétrica decorrentes de fontes limpas e renováveis, amplia a geração de energia solar, eólica, biomassa, etanol e biodiesel e tem enorme potencial de hidrogênio verde.

Segundo Kajuru, o presidente informou que o desmatamento na Amazônia brasileira já foi reduzido em 48% em oito meses de governo e lembrou que a promessa de os países ricos destinarem US$ 100 bilhões de dólares por ano aos países em desenvolvimento segue sem se realizar. O parlamentar também destacou que Lula defendeu mudanças no Conselho de Segurança da ONU.

— Ao fim do discurso histórico, Luiz Inácio Lula da Silva acentuou que, para reduzir a desigualdade, o mundo precisa de mais indignação com a fome, com a pobreza, com a guerra e com o desrespeito ao ser humano. De acordo com o presidente brasileiro, a ONU precisa cumprir seu papel de construtora de um mundo mais justo, solidário e fraterno. Mas isso só vai acontecer se os seus membros tiverem a coragem de proclamar sua indignação com a desigualdade e trabalhar incansavelmente para superá-la.

*Da Agência Senado

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