As estatais federais executaram 78,7% dos recursos para investimentos em 2015. Com isso, as empresas do governo deixaram de aplicar cerca de R$ 22 bilhões em obras e projetos no País ano passado. A informação consta de relatório do Ministério do Planejamento publicado no Diário Oficial da União (DOU). Segundo o documento, depois de um corte de R$ 3,8 bilhões no decorrer do ano, a dotação final de 2015 para esses dispêndios somou cerca de R$ 102 bilhões, dos quais R$ 80 bilhões foram executados.
O nível de investimentos das estatais vem caindo nos últimos anos. Em 2013, essas empresas executaram 92,1% de um volume total de R$ 123 bilhões, deixando de aplicar R$ 10 bilhões. Já em 2014, 86% do orçamento de R$ 111 bilhões foi executado, ficando parados cerca de R$ 15,4 bilhões.
##RECOMENDA##O relatório do Planejamento referente a 2015 divulga o desempenho de 71 estatais, 65 do setor produtivo e seis do setor financeiro. A Petrobras aplicou 81,9% (R$ 51,8 bilhões) de seu orçamento de R$ 63,3 bilhões. A execução em 2015 da petrolífera, porém, foi menor do que a apresentada no ano anterior, quando a empresa desembolsou 90,8% (R$ 65,5 bilhões) de um total de R$ 72 bilhões. O Grupo Eletrobras apresentou em 2015 praticamente o mesmo desempenho visto em 2014, com execução de 67,5% (aproximados R$ 6 bilhões) do total de R$ 8,9 bilhões no ano passado. A Infraero executou no ano passado 89,7% do orçamento de R$ 1,1 bilhão para investimentos.
No setor financeiro, Caixa aplicou 66,8% (R$ 1,3 bilhão) do total de R$ 2 bilhões; o Banco do Brasil investiu 50,8% (R$ 1,5 bilhão) do valor global de R$ 2,9 bilhões; e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) executou 48,7% de seu orçamento de R$ 89,3 milhões para o ano, um gasto de R$ 43,5 milhões. Os três bancos públicos apresentaram redução nos montantes executados em 2015 em relação a 2014.
O documento ainda revela que a maior parte dos investimentos das estatais em 2015 foi destinada à Região Sudeste (22,1%), seguida de Nordeste (7%), Norte (1,9%) e Sul e Centro-Oeste (0,8% cada). Outros investimentos foram feitos na regiões caracterizadas como 'nacional' (56,1%) e 'exterior' (11,2%).