Tópicos | 7 de setembro

O procurador-geral da República Augusto Aras disse nesta terça-feira, 6, que o feriado do 7 de Setembro será uma "grande festa cívica de todos os brasileiros em clima de paz e harmonia".

Aras participou nesta tarde da sessão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a celebração de um acordo de cooperação técnica com o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O objetivo é acelerar o compartilhamento de dados entre os órgãos.

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"Nós ampliamos muito a integração do Conselho Nacional do Ministério Público com o CNJ. Isso se fez, inclusive, em 2021, quando asseguramos um 7 de Setembro pacífico, como haveremos de viver amanhã também com uma grande festa cívica de todos os brasileiros em clima de paz e harmonia", afirmou o procurador-geral.

Aras vem monitoramento as articulações para o feriado. Como mostrou o Estadão, ele se reuniu nesta segunda, 5, com representantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para conversar sobre a segurança nas manifestações esperadas para o feriado.

No ano passado, atos bolsonaristas foram marcados por ataques antidemocráticos. O presidente Jair Bolsonaro (PL) subiu o tom em discurso a apoiadores e ameaçou descumprir decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Atos com a presença de Bolsonaro também estão previstos neste ano. Eles devem acontecer na praia de Copabacana, na zona sul do Rio, e em Brasília. O presidente deve discusar em ambos. Relatórios da Abin alertaram para o risco de acirramento dos protestos com infiltração de radicais.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem se mantido em silêncio diante da ofensiva dos seus apoiadores contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), às vésperas das manifestações convocadas por ele para o feriado 7 de Setembro. Como mostrou o Estadão, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal montou uma megaoperação para evitar tentativas de invasões aos prédios públicos da Esplanada do Ministério e, em especial, ao STF. Enquanto isso, nas redes sociais, aliados de Bolsonaro insuflam a militância com críticas e ataques aos magistrados, sem um comando claro do presidente para evitar que o clima de confronto seja transportado para as ruas.

Decisões recentes dos ministros têm alimentado os fóruns de discussões bolsonaristas nas redes sociais. O Estadão acompanhou trocas de mensagens em grupos públicos no Telegram e WhatsApp nos últimos dias. Políticos ligados ao governo têm propagado ataques ao STF em paralelo à convocação para os atos de 7 de Setembro, como forma de se opor ao "arbítrio" dos membros da Corte.

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O próprio Bolsonaro deu início à saraivada de ataques aos magistrados em evento de campanha no último sábado, 3. Sem fazer menção direta ao ministro Alexandre de Moraes, o presidente voltou a criticar sua decisão que autorizou operações de busca e apreensão nas casas de empresários suspeitos de integrarem organização criminosa com objetivos antidemocráticos. Em alusão aos jornalistas que revelaram o escândalo e a Moraes, ele disse que "mais vagabundo que esse (repórter) ouvindo a conversa é quem dá canetada após ouvir o que ouviu esse vagabundo".

Os ataques a Moraes ecoaram nas redes sociais no final de semana, mas logo deram lugar a um novo alvo: o ministro Luís Roberto Barroso. O magistrado foi duramente criticado, inclusive em setores da esquerda, por sua decisão de suspender a lei que estabeleceu o piso salarial de R$ 4.750 mil para os profissionais da enfermagem.

Fiel apoiadora do governo, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) escreveu no Twitter que o "ativismo judicial do STF seria sentido por todos" e que, desta vez, foram atingidos os profissionais da enfermagem. Ela ainda completou a publicação com uma convocação para os atos do 7 de Setembro em São Paulo.

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL-PE), atualmente candidato a senador por Pernambuco, compartilhou um vídeo irônico relembrando que Barroso votou a favor do reajuste do próprio salário durante a discussão do Projeto de Lei (PL) que reajusta o orçamento do Supremo para 2023.

A militância bolsonarista mudou de alvo mais uma vez nesta segunda-feira, 5, depois que o ministro Edson Fachin decidiu suspender trechos de decretos editados por Bolsonaro que flexibilizaram o direito à posse e ao porte de armas no País. O assunto mobilizou alguns dos maiores grupos públicos de apoiadores do Bolsonaro em torno da narrativa de que o Supremo cerceia direitos.

Filho do presidente e candidato à reeleição neste ano, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou no Twitter que Fachin "tem um pensamento militante e a margem da lei". Ele ainda relembrou que o vencedor das eleições deste ano terá direito a duas indicações ao Supremo em 2023.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS), que concorre a uma vaga ao Senado, também usou as redes sociais para criticar a decisão de Fachin. Ele escreveu no Twitter que "novamente o judiciário extrapola suas atribuições, fazendo ingerência indevida". "As liminares de hoje interferem em decisões já aprovadas pelos outros poderes, nos direitos de autodefesa e dos CACs. Liberdade não se negocia e absurdos como esses não podem continuar", completou.

Na tarde desta segunda-feira, 5, dois magistrados da Suprema Corte foram parar entre os assuntos mais comentados do Twitter, superando a marca de 56 mil menções. Fachin esteve no centro das discussões com mais de 43 mil publicações que o colocaram em segundo lugar no ranking de interações na rede social, tendo como revés o volume de comentários negativos lançados por apoiadores do governo.

Na contramão, o ministro Kassio Nunes Marques saiu quase imune aos ataques e ficou em 6º lugar na lista de engajamento dos usuários com 13 mil menções. Ele foi o responsável por suspender o julgamento sobre a legalidade dos decretos favoráveis à flexibilização da legislação sobre armas.

Ex-secretário especial da Cultura, o ator Mário Frias disse que a decisão de Fachin "é mais um absurdo sem precedentes". O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP) disse que o despacho do ministro não terá efeito sobre "marginais", que continuarão a exercer "sua cidadania plenamente". Esses tuítes muniram grupos bolsonaristas no Telegram que organizam as manifestaçoes de 7 de Setembro.

A instabilidade deve permanecer sobre a capital paulista nesta quarta-feira (7), data em que se comemora o bicentenário da Independência do Brasil. Quem for participar de desfiles e trios elétricos na Avenida Paulista, no Ipiranga e no Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, deve se preparar para a possibilidade de chuva no período da tarde.

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo, o tempo fica mais instável, com precipitações a partir da madrugada e diminuindo de intensidade no período da manhã. A expectativa é de que a chuva volte a se intensificar durante a tarde e se estenda para a noite com até moderada intensidade em alguns momentos.

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A temperatura mínima deve ficar em 14°C e a máxima por volta dos 21°C, com porcentuais de umidade do ar entre 60% e 95%. Segundo a Climatempo, o tempo fica fechado e chuvoso no litoral sul e Vale do Ribeira, com risco de chuva volumosa nestas localidades.

Nas demais regiões paulistas, o sol aparece mais e o volume de chuva é mais baixo, mas também há condições para algumas pancadas com raios no decorrer do dia. As temperaturas seguem em elevação gradativa.

Já na quinta-feira, 8, a possibilidade de precipitação diminui e só chove no Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e litoral norte. Na capital paulista, litoral e em grande parte do interior, o sol volta a brilhar forte na maior parte do dia e o tempo segue firme.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta terça-feira (6), que convidou os empresários que foram alvo de operação da Polícia Federal (PF) por terem defendido um golpe de Estado para participar das manifestações do 7 de setembro. Apoiadores do chefe do Executivo como Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, tiveram até mesmo o sigilo bancário quebrado por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Eu convidei os oito empresários para estarem comigo amanhã, aqui, no 7 de setembro. Se não for possível, que vão para o Rio de Janeiro. Convidei. São pessoas honradas. Duas têm contato comigo. E outra coisa: ninguém sabe o que está no processo", disse Bolsonaro, em entrevista à Jovem Pan. Em mensagens no WhatsApp obtidas pelo portal Metrópoles, os empresários defenderam um golpe caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições.

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Eleições limpas

Bolsonaro afirmou nesta terça que os atos de 7 de setembro serão pacíficos, mas disse que os manifestantes vão pedir "eleições limpas". Em Brasília, são esperados mais de 500 mil apoiadores do chefe do Executivo. Bolsonaro tem convocado sua base eleitoral para sair às ruas na ocasião, que marca os 200 anos da Independência do Brasil, ao mesmo tempo que coloca em dúvida, sem provas, a confiabilidade das urnas eletrônicas.

"O que tem de errado nesse movimento que o pessoal faz de verde e amarelo? E vão de verde e amarelo amanhã (quarta. 7). Eu acho que vai ser um movimento nunca visto na história do Brasil. Aqui em Brasília vai ser grande, e tenho certeza que em Copacabana, no Rio de Janeiro, vai ser enorme", declarou o presidente, em entrevista à Jovem Pan. "Eu sei que muita coisa vai acontecer ali, todas pacíficas, mas o mais importante é que vão falar em eleições limpas. Qual é o crime nisso?", emendou.

Em 7 de setembro do ano passado, Bolsonaro foi a manifestações antidemocráticas e chegou a afirmar que não cumpriria mais as decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração gerou uma crise institucional no País, apaziguada dois dias depois com uma carta pública de recuo divulgada por Bolsonaro e escrita pelo ex-presidente Michel Temer, que indicou Moraes ao STF.

"Não tomei conhecimento de nenhum ato de violência", disse o presidente sobre o 7 de setembro de 2021. Ao se dirigir aos apoiadores, ele pediu que compareçam de forma ordeira e pacífica. "Por que temer o povo? O poder emana do povo ou não? O povo tem que ser respeitado ou não? É o povo que tem que dar o norte para nós ou é um ou outro ministro do TSE, agora, que deve dar o norte para nós e dizer como têm que ser feitas as coisas?", declarou, numa crítica à Justiça Eleitoral.

Bolsonaro voltou a atacar as urnas eletrônicas e disse que, se as sugestões das Forças Armadas para o processo eleitoral fossem aceitas, o risco de fraude se reduziria a "próximo de zero". O presidente, contudo, novamente não apresentou provas ou indícios de irregularidades no sistema eletrônico de votação. "Eleições limpas, transparentes não têm que ser questionadas em lugar nenhum", disse.

Na imensa lista de acontecimentos inusitados que povoam nossa História, existe um que se destaca. O Brasil é o único país latino-americano que, um dia, foi Europa.

Isso ocorreu a partir de 1815, quando o rei d. João VI criou o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - e durou até 1822, data de nossa independência. D. João VI estava no Brasil desde 1808, quando se mudou para o Rio de Janeiro com a Corte para se proteger das guerras napoleônicas - 1815, o ano em que o Brasil virou Europa, foi precisamente aquele em que Napoleão foi derrotado em Waterloo.

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E como era essa Europa na qual o Brasil havia acabado de entrar? "Era um continente assolado pelas revoluções e destruído pela guerra", diz o escritor Laurentino Gomes, autor de dois livros que retratam minuciosamente o período: 1808 e 1822.

"O mapa do continente havia sido retalhado de forma drástica durante as guerras napoleônicas, reis e rainhas tinham sido destronados e humilhados pelo imperador francês", afirma o escritor. Os países vencedores, no entanto, emergiram em situações diferentes. Uns poderosos, outros falidos.

DIVISÃO

A Inglaterra era a líder do primeiro grupo. A vitória em Waterloo a fez potência dominante. Já o outro Reino Unido - o de Portugal, Brasil e Algarves - era do time dos falidos. "Depois da ida da Corte para o Brasil, Portugal havia se tornado uma espécie de protetorado britânico", diz Laurentino.

Para contrabalançar a influência inglesa, d. João VI resolveu fazer uma aliança com outro integrante do time dos falidos nessa divisão histórica: a Áustria. Aliança, na era absolutista, era sinônimo de casamento. E a monarquia austríaca era uma afamada fábrica de princesas, cuidadosamente preparadas para exercer essa delicada função diplomática.

Foi assim que se acertou o casamento entre d. Pedro e Leopoldina, princesa de tino político e alto nível intelectual que teria papel fundamental na independência do Brasil.

Na Europa havia ainda outra disputa em curso. Ela se dava entre os reinos absolutistas e os países que, inspirados em Napoleão, vinham se tornando monarquias constitucionais.

A aliança entre a Áustria e o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves seria, assim, a junção entre dois absolutismos decadentes. Em vários outros países da Europa, igualmente arrasados pelo furacão Bonaparte, a ebulição liberal se fazia sentir. Era questão de tempo que chegasse a Portugal.

REVOLUÇÃO DO PORTO

Pois chegou, em agosto de 1820, quando eclodiu a Revolução Liberal do Porto. Os portugueses tinham várias razões para estar desgostosos com a monarquia, mas uma se destacava: mesmo com a derrota de Napoleão, o rei D. João VI preferira ficar no Rio de Janeiro - que assim se tornou, na prática, a capital do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

A Corte estava aqui. A Biblioteca Nacional estava aqui - era a única com essas dimensões ao sul do Equador.

E, talvez o mais importante, as cortes jurídicas estavam aqui. Isso significava, na lógica absolutista, que alguém que abrisse um processo em Portugal teria que enviar toda a papelada burocrática para o Rio de Janeiro.

DECADÊNCIA

Enquanto isso, Portugal definhava, já que a maior parte de sua riqueza estava, já há muito tempo, no Brasil. "Entre 1807 e 1814, Portugal perdeu meio milhão de habitantes. Um sexto da população pereceu nos campos de batalha ou simplesmente fugiu do país", diz Laurentino. "O desemprego tomou conta de Lisboa. Famintos, os moradores migraram em bando para o interior do país, em busca do que comer. A capital ficou deserta."

A independência do Brasil se dá nesse contexto. A Revolução Liberal ganhou adeptos em Portugal, abrindo caminho para a instalação de uma monarquia constitucional naquele país.

Em 1821, d. João VI foi obrigado a abandonar seu amado Rio de Janeiro e voltar a Lisboa, voltar à Europa. Sua ideia mais criativa - o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, que nos colocou dentro da Europa - estava seriamente ameaçada.

OPÇÕES NA MESA

Três alternativas estavam em cima da mesa. Portugal voltaria a ser metrópole, e o Brasil, colônia. O Brasil se separaria. Ou - a solução intermediária - o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves seguiria existindo, mas comandado desde Lisboa.

Nas primeiras conversas, o rumo da prosa parecia se encaminhar para a terceira alternativa. A situação talvez fosse a mais confortável para o Brasil - que, apesar de tudo que d. João VI havia trazido para cá, não estava completamente aparelhado para caminhar sozinho.

Como Laurentino lembra no livro 1822, no entanto, houve inabilidade diplomática das cortes portuguesas. A ideia era que representantes de todas as partes do Reino Unido ajudassem a escrever a nova Constituição, inspirada nos ideais da Revolução do Porto.

Com essa intenção, o Brasil escolheu seus representantes e os enviou a Portugal. Quando eles lá chegaram, no entanto, as principais decisões já haviam sido tomadas.

Ficou claro que o sentimento dos portugueses se inclinava pela alternativa 1, a restauração do tempo em que eram metrópole e exploravam as riquezas da colônia.

PERSONAGENS DA INDEPENDÊNCIA

Entraram em ação, neste momento, os três personagens centrais da independência do Brasil: José Bonifácio de Andrada e Silva, a princesa Leopoldina e, claro, D. Pedro, que havia ficado no Brasil como príncipe regente. Os portugueses queriam a volta do filho de d. João VI, que hesitou até o último momento. Em janeiro de 1822, foi obrigado a tomar uma decisão.

DUAS VERSÕES

D. Pedro se pronunciou de forma bastante evasiva: "Convencido de que a presença de minha pessoa no Brasil interessa ao bem de toda a nação portuguesa, e conhecido que a vontade de algumas províncias assim o requer, demorarei a minha saída até as cortes e meu augusto pai se decidirem a esse respeito".

No dia seguinte, no entanto, os jornais "melhoraram" a declaração de D. Pedro: "Como é para o bem de todos, e felicidade geral da nação, estou pronto. Diga ao povo que fico". A frase "editada" foi a que entrou para a história, sacramentando a data de 9 de janeiro de 1822 como o "Dia do Fico".

PROJETO DE PAÍS

De representantes de absolutismos decadentes da Europa, os príncipes Pedro e Leopoldina se viram engolfados pelos novos tempos liberais. José Bonifácio de Andrada e Silva - um intelectual nascido em Santos que foi ministro de D. Pedro e que, em seus textos, se tornou o primeiro a desenhar um projeto de país para o Brasil - os aproximou, aos poucos, do novo ideário.

Andrada tinha ideias modernas como abolição da escravatura, ensino público e garantia de cidadania para os povos originários. Se suas ideias, apoiadas pela princesa Leopoldina, tivessem prevalecido, talvez o Brasil tivesse nascido como um país moderno.

"O Brasil que surgiu em 1822 era moderno só nas aparências. Nas leis, no funcionamento das instituições, na arquitetura, nas artes, nas festas e nos saraus da corte do Rio de Janeiro, aparentava ser uma terra civilizada, rica, elegante e educada. Como se fosse mesmo uma extensão da Europa nos trópicos", diz Laurentino.

"A realidade nas ruas, lavouras e fazendas das regiões ermas do país era, no entanto, de escravidão, pobreza e analfabetismo, além do tráfico ilegal e clandestino de africanos."

DEMOCRACIA

Passaram-se duzentos anos do tempo em que o Brasil foi Europa. Evoluímos em várias áreas, e realizamos a grande obra de construir uma democracia numa nação extremamente e complexa. Temos, no entanto, um imenso caminho a percorrer para cumprir nosso destino: ser uma nação moderna, diversa, inclusiva - e não apenas parecer ser.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O comércio do Recife vai abrir nesta quarta-feira (7), dia do feriado em comemoração à Independência do Brasil. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) informou que o funcionamento das lojas do Centro será facultativo e os shoppings vão abrir em horário especial. 

Confira o horário de funcionamento dos shoppings neste dia 7 de setembro:

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- Shopping Recife - das 12h às 21h. 

- RioMar Shopping - das 12h às 21h 

- Shopping Boa Vista - das 11h às 19h 

- Shopping Tacaruna - das 12h às 21h. 

- Plaza Shopping - das 12h às 21h. 

- Shopping Patteo Olinda - das 12h às 21h. 

- Paulista North Way Shopping - das 12h às 21h 

- Camará Shopping - das 12h às 21h 

- Shopping Guararapes - normal - das 9h às 22h. 

- Shopping Costa Dourada - das 10h às 22h 

- Shopping Igarassu - das 12h às 20h.  

- Recife Outlet - das 9h às 21h 

Detran-PE

Não haverá expediente na sede e nas unidades descentralizadas do na Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (DETRAN). 

Sob risco de invasão da Esplanada dos Ministérios por caminhões e outros veículos pesados de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), a Polícia Militar do Distrito Federal antecipou para a noite desta segunda-feira (5), a interdição das vias que dão acesso ao Congresso e à Praça dos Três Poderes. O bloqueio das pistas do Eixo Monumental estava previsto para ser feito apenas nessa terça (6), véspera das comemorações do 7 de Setembro.

Um desfile de caminhões e ônibus buzinando pela Esplanada na noite desta segunda-feira fez com que a PM se adiantasse e já colocando em prática o plano da interdição. No ano passado, na véspera de 7 de Setembro, caminhões estacionaram na Esplanada um dia antes do bloqueio da segurança e passaram a ser um dos principais focos de preocupação da segurança por conta do risco de invasão da praça dos Três Poderes.

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A interdição da avenida que dá acesso à Esplanada foi feita com patrulhamento reforçado por veículos da Polícia Militar. Além de sinalização também foram levados blocos de concreto para impedir a passagem de automóveis de grande porte. Um grupo de policiais foi destacado para montar guarda no local para evitar invasões durante a noite. Como revelou o Estadão, o governo do DF montou esquema reforçado de segurança temendo risco de protestos radicais por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. O efetivo policial foi todo colocado em alerta para o dia 7 de setembro.

O candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT) pediu nesta segunda-feira, 5, que a militância não caia em provocação no dia 7 de setembro, data em que será comemorado o bicentenário da independência do Brasil. O presidente Jair Bolsonaro (PL) aposta transformar este dia em um grande ato político, com manifestações no Rio de Janeiro e em Brasília.

"Isso deveria ser uma celebração. Nós deveríamos estar comemorando o bicentenário, infelizmente nós vamos estar divididos porque o governo está promovendo uma divisão. É um escândalo isso. Não aceitar provocação, celebrar, mas sabendo que tem gente querendo arrumar confusão", disse Haddad aos jornalistas antes do encontro com representantes da Frente Nacional de Defesa do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), no Palácio do Trabalhador (SP), em São Paulo.

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No dia 7, Haddad não fará atos públicos. De acordo com a assessoria, estão previstas apenas gravações de programas eleitorais de 9h às 18h. Na agenda do candidato à Presidência pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, também não tem nada previsto ainda. O petista estará em São Paulo.

Em 7 de setembro do ano passado, Bolsonaro participou de manifestações antidemocráticas e chegou a afirmar que não obedeceria mais às decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A declaração gerou uma crise institucional no País. Neste ano, a campanha do PT evita entrar na pauta bolsonarista e medir forças com o presidente.

O Grande Recife anunciou que vai alterar o itinerário de algumas linhas de ônibus por conta do tradicional desfile do Dia da Independência, celebrado nesta quarta-feira (7). Pontos de interdição serão montados na Avenida Marechal Mascarenhas de Morais, no bairro da Imbiribeira, para a realização da passeata. 

As vias ficarão bloqueadas das 5h às 12h da quarta. Confira como será feito o plano de interdição temporário e a circulação dos coletivos: 

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Interdições: 

- Sentido Subúrbio/Cidade: trecho compreendido entre as interseções da Av. Marechal Mascarenhas de Morais com a Rua 10 de Julho, e com a Rua Arquiteto Fernando Almeida. Uma extensão de 5,2 km com desativação de 15 paradas de ônibus: 020050 a 020063, e mais a 020700 em frente ao Ginásio de Esportes Geraldão. 

- Sentido Cidade/Subúrbio: trecho compreendido entre as interseções da Av. Marechal Mascarenhas de Morais com a Rua Júlio Verne e com a Rua Jamaica. Uma extensão de 2,6 km com desativação de 7 paradas: 020004 a 020010. 

- A Linha 168 – TI Tancredo Neves (Conde da Boa Vista) realizará uma viagem em um horário extra, realizando o percurso pelo desvio abaixo descrito, saindo do TI Tancredo Neves às 4h45, em direção ao centro do Recife, mas depois terá a operação suspensa até o fim do bloqueio, previsto para 12h. 

ITINERÁRIO NORMAL 

- Sentido: TI Tancredo Neves / Cidade: TI Tancredo Neves, Av. Sul, Rua João Fontes, Av. Marechal Mascarenhas de Morais, Ponte Motocolombó… 

ALTERAÇÃO DO ITINERÁRIO 

- Sentido: TI Tancredo Neves / Cidade: TI Tancredo Neves, Av. Sul, Viaduto Tancredo Neves, Av. Recife, Av. Jean Emile Favre, Rua Jamaica, Rua Itamaracá, Rua Paris, Rua Arquiteto Luis Nunes, Rua Olívia Menelau, Rua Zeferino Pinho, Rua José Apolinário, Rua Arquiteto Fernando Almeida, Av. Marechal Mascarenhas de Morais, Ponte Motocolombó...  

ITINERÁRIO NORMAL 

Sentido: Cidade / TI Tancredo Neves  ...Ponte Motocolombó, Av. Marechal Mascarenhas de Morais, Alça Sudoeste do Viaduto Tancredo Neves, Viaduto Tancredo Neves, acesso à Av. Sul, giro à esquerda na Av. Sul, TI Tancredo Neves. 

ALTERAÇÃO DO ITINERÁRIO 

Sentido: Cidade / TI Tancredo Neves: ...Ponte Motocolombó, Rua Júlio Verne, Rua Arquiteto Luis Nunes, Rua Paris, Av. Jean Emile Favre, Rua Jamaica, Av. Marechal Mascarenhas de Morais, Alça Sudoeste do Viaduto Tancredo Neves, Viaduto Tancredo Neves, acesso à Av. Sul, giro à esquerda na Av. Sul, TI Tancredo Neves. 

Em caso de dúvidas, o usuário pode entrar em contato via Central de Atendimento ao Cliente (0800 081 0158) ou pelo WhatsApp (9.9488.3999), exclusivo para reclamações. 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) assumiu nesta quinta-feira, 1º, que os atos de seus apoiadores no dia 7 de setembro, quando se celebram os 200 anos da Independência do Brasil, servirão para "marcar posição", mas não serão antidemocráticos. Há semanas o candidato à reeleição convoca militantes para saírem às ruas na ocasião, quando faltará menos de um mês para o primeiro turno das eleições.

"Esse é um evento para marcar posição realmente (...). Isso não é ato antidemocrático. se alguém quiser acusar de ato antidemocrático, eu quero pagar para fazer parte do processo depois por ato antidemocrático. Ficam fazendo covardia com pessoas inocentes por aí", reclamou o presidente durante transmissão nas redes sociais nesta noite.

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Em 7 de setembro do ano passado, Bolsonaro foi a manifestações antidemocráticas e chegou a afirmar que não obedeceria mais decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração gerou uma crise institucional no País, apaziguada com uma carta pública de recuo divulgada por Bolsonaro e escrita pelo ex-presidente Michel Temer.

No exercício do seu papel institucional de fiscalizar a atuação das forças de segurança pública e cobrar a compatibilização entre o policiamento e o respeito aos direitos à livre manifestação de pensamento e de reunião pacífica em locais abertos ao público durante a realização de atos públicos previstos para o dia 7 de setembro, a exemplo do Grito dos Excluídos e Excluídas, bem como demais passeatas, comícios e protestos vinculados à campanha eleitoral, a 7ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos da Capital (7ª PJDH) expediu duas recomendações, publicadas no Diário Oficial Eletrônico do MPPE (dias 30 e 31 de agosto).

De acordo com o promotor de Justiça Westei Conde, é necessário assegurar que a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) evite o uso abusivo ou arbitrário da força, o emprego inadequado de armas e instrumentos de menor potencial ofensivo, a fim de não provocar sofrimento desnecessário à população, a exemplo do que ocorreu em maio de 2021, quando o uso de balas de borracha causou a cegueira monocular de dois transeuntes e lesões corporais em diversos manifestantes.

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Na primeira delas, Recomendação nº 002/2022-7ª PJDH, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) orienta o comandante-geral da PMPE, coronel José Roberto de Santana, a ordenar ao efetivo que observe estritamente os princípios da legalidade, necessidade, razoabilidade e proporcionalidade no uso da força, com o intuito de evitar excessos e evitar o emprego inadequado de armas letais e não letais durante toda a duração dos atos públicos.

O comando da PMPE também deve assegurar que os policiais destacados para trabalhar no dia 7 de setembro e demais manifestações públicas no contexto das Eleições 2022 nos próximos meses devem estar devidamente identificados, com o uso de cadarços de identificação em local visível no uniforme e coletes balísticos; e dar conhecimento do teor da recomendação a todas as unidades policiais , por meio de quadros de avisos, boletim geral da corporação e demais meios de comunicação eletrônicos cabíveis.

Já ao secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude do Estado, Edilázio de Lima Filho, o MPPE recomendou enviar às manifestações os agentes de conciliação, que fazem parte da Mesa Permanente de Articulação com a Sociedade Civil e atuam em diálogo direto com os organizadores dos atos a fim de solucionar ocorrências pontuais.

Da mesma forma, a 7ª PJDH recomendou ao corregedor-geral da Secretaria de Defesa Social, Paulo Vieira Loyo, designar Grupos Táticos para Assuntos Correicionais a fim de acompanharem as referidas manifestações. Todos os destinatários da Recomendação nº 002/2022 têm um prazo de 72 horas para informar ao MPPE se acatam ou não as medidas recomendadas.

A segunda recomendação, nº 003/2022-7ª PJDH, diz respeito ao uso de munição de impacto controlado (elastômero), vulgarmente conhecida como bala de borracha. Conforme a publicação, o MPPE recomendou ao comandante da PMPE que proíba o uso do elastômero pelas organizações militares estaduais envolvidas na segurança pública dos atos previstos para o dia 7 de setembro e durante as manifestações do período eleitoral; e vede o porte ou emprego da munição de elastômero calibre 12 pelo efetivo policial que atuará nessas manifestações.

Assim como na Recomendação nº002/2022, o comandante da Polícia Militar deverá dar conhecimento do teor da recomendação a todas as unidades policiais, por meio de quadros de avisos, boletim geral da corporação e demais meios de comunicação eletrônicos cabíveis. O comandante tem um prazo de 48 horas para informar sobre o acatamento ou não das medidas recomendadas pelo MPPE.

*Da assessoria 

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), afirmou no Twitter nesta quarta-feira (17) ter sido informado pelo comandante militar do Leste que este ano não acontecerá a tradicional parada militar de 7 de Setembro, na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio. Segundo ele, tampouco os militares desfilarão em Copacabana, mas haverá um ato do Exército - que não detalhou como será. Será "em um pequeno trecho na Avenida Atlântica, próximo ao Forte de Copacabana, sem arquibancada ou desfile".

"Como já havia sido veiculado por alguns órgãos de imprensa, deverão acontecer apresentações da Marinha e da Aeronáutica no mar e no espaço aéreo, sem qualquer tipo de interferência nas pistas da Avenida Atlântica", escreveu. "Ao longo dos próximos dias teremos reuniões com as Forças Armadas para a organização de detalhes. Repito: a parada militar não será na Pres Vargas nem em Copacabana. Essa é a solicitação que recebi do Exército Brasileiro", afirmou Paes.

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A mudança atende a exigência do presidente Jair Bolsonaro, que tem convocado seus apoiadores para segui-lo à rua uma "última vez", em Copacabana no dia 7. Inicialmente, o mandatário anunciou que o desfile serias na orla. Mas essa operação se mostrou muito difícil, por dificuldades logísticas - distância de quartéis e tombamento do calçadão da Atlântica, por exemplo. Houve também resistência de militares ao envolvimento das Forças em uma manifestação política, como a convocada pelo presidente. No comando da reeleição, surgiu o temor de radicalização, em um momento em que o governo começa a pagar o Auxílio Brasil de R$ 600 e saboreia a redução nos preços da gasolina. Tudo isso fez assessores tentarem demover o presidente da proposta e trabalhar por um 7 de Setembro diluído.

De acordo com o presidente, o desfile não ocorrerá porque há previsão de "muita gente na praia". "Teríamos dificuldades para a tropa se organizar para o desfile. Haverá um palanque, é um movimento cívico. Não pretendo fazer uso da palavra lá", afirmou Bolsonaro.

O Ministério da Defesa e o Comando Militar do Leste não confirmam qual será a programação das Forças Armadas na capital fluminense. O Esquadrão de Demonstração Aérea, responsável pela Esquadrilha da Fumaça, diz que ainda não há apresentações previstas para o Rio de Janeiro no dia 7 de setembro.

"Por enquanto só temos confirmação de presença no 7 de setembro em Brasília como parte das atrações na Esplanada dos Ministérios", diz em nota o Esquadrão de Demonstração Aérea.

Bolsonaro, porém, insiste na ideia. Candidato á reeleição pelo PL e em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, o presidente insiste em denunciar - sem jamais ter apresentado nenhuma prova - supostas fraudes nas urnas eletrônicas, que o prejudicariam. Também manteve, nos últimos meses, ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Alguns bolsonaristas, principalmente no Telegram, como mostrou o Estadão, pedem um "contragolpe das Forças Armadas no STF". A corte estaria, na visão desses seguidores de Bolsonaro, preparando-se para fraudar a eleição de 2022. Assim, segundo essa teoria da conspiração, o tribuna daria a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. O petista aparece em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais. Na terça, 16, a posse de Alexandre de Moraes na presidência do TSE transformou-se em ato de apoio ao processo eleitoral.

Ao visitar Juiz de Fora (MG) na terça, 16, Bolsonaro antecipou o que pretendia. Afirmou que o desfile militar em celebração ao bicentenário da Independência será em Brasília. Na estreia oficial da campanha, o chefe do Executivo disse que as comemorações serão restritas a "palanques" na zona sul da cidade, com demonstrações da Marinha e da Esquadrilha da Fumaça, da Força Aérea, na orla. "Teremos um ato cívico. É impossível a tropa desfilar. Não haverá desfile da tropa dia 7 no Rio de Janeiro. Será tudo concentrado em Brasília. Terão palanques, teremos lá um movimento da Marinha na praia, nossa Força Aérea com a Esquadrilha da Fumaça. A artilharia nossa atirando", disse o presidente, em Juiz de Fora (MG), que visitou como candidato do PL à reeleição.

Um outdoor vertical que convocava a população para os atos de 7 de setembro em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) foi removido de um prédio de Porto Alegre, nesta quarta-feira (17). A decisão do juiz eleitoral Márcio André Keppler Fraga ordenou a retirada pois o painel ligava a esquerda ao PCC.

O cartaz foi divido com a bandeira do Brasil em um fundo amarelo e o símbolo do comunismo e destacava: 'você decide'. Do lado vermelho, estavam elencados; aborto, bandidos soltos, povo desarmado, censura, MST, impostos e favorecimento do PCC e narcotráfico. Do outro lado, o material relacionada a direita: bandidos presos, povo armado, agronegócio, valores cristãos, liberdade e menos impostos.

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A ordem do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul veio após a ex-deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) marcar o juizado eleitoral em críticas contra a publicidade em seus perfis nas redes sociais. "Todas as mentiras das redes ganham as ruas em Porto Alegre. Isso é criminoso. Quem pagou?", questionou.

Manuela também marcou o Ministério Público, que encaminhou um pedido de averiguação e solicita que a empresa Life Mídias Urbanas LTDA forneça cópia dos contratos com o nome dos contratantes e notas fiscais do serviço, segundo a Folha de S. Paulo.

No primeiro discurso oficial de campanha na corrida pelo Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a convocar os apoiadores a irem às ruas "pela última vez" no dia 7 de setembro. Em ato na esquina em que sofreu uma facada em 2018, no centro de Juiz de Fora (MG), o presidente afirmou que "dará a vida" pelos brasileiros.

"Vivemos sem liberdade. No próximo dia 7 de setembro, vamos todos para a rua pela última vez. Num primeiro momento, por nossa independência e, em segundo, pela nossa liberdade. Juro dar a vida pelo nosso povo", disse.

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Ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, do senador Flávio Bolsonaro e de candidatos mineiros ao Congresso Nacional, Bolsonaro relembrou o atentado que sofreu durante a campanha presidencial de 2018 e fez acenos a evangélicos e mulheres. "Ao lado de um grande homem, sempre existe uma grande mulher", disse, antes de pedir que Michelle discurse aos presentes.

"Estamos dando a largada (da campanha) onde tentaram nos parar em 2018", afirmou o presidente, em referência à facada. O comitê da reeleição quer passar a ideia de "renascimento" de Bolsonaro, tanto do ponto de vista religioso quanto nas pesquisas de intenção de voto.

Levantamento do Ipec divulgado nesta segunda-feira, 15, mostrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em primeiro lugar, com 44%. Bolsonaro marcou 32%. O presidente também disse que o País, até há pouco tempo, era "roubado" pela "esquerdalha", referindo-se aos governos do PT.

Em menos de um mês para a celebração do Dia da Independência, a circulação de mensagens golpistas para os atos de 7 de setembro aumentaram em 290% nos grupos de WhatsApp monitorados pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Além do apelo no 'chamado' contra uma suposta ameaça comunista, os grupos organizam caravanas para atrair às mobilizações. 

De acordo com o Monitor de WhatsApp da UFMG, as mensagens mais compartilhadas citam as convocações do presidente Jair Bolsonaro (PL). Assim como o mandatário, a maior parte dos conteúdos incitam um novo golpe, repassam mentiras sobre as urnas eletrônicas e cobram a destituição do Supremo Tribunal Federal (STF). 

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No sábado (6), Bolsonaro confirmou a participação do ato em Copacabana, no Rio de Janeiro, mas não pontuou sobre a presença das Forças Armadas. A mensagem foi compartilhada 175 vezes em 117 grupos. 

"Dia 7 de setembro será o último aviso, a última oportunidade de colocar o país no eixo. Então, presidente, quero te falar, será o último mesmo, se não mudar no dia 7 de setembro e não vier uma resposta do líder que elegemos com quase 70 milhões de votos, EU DESISTO. Eu te elegi para você ficar contra o sistema, te dei autorização para meter o pé na porta do STF, do Congresso e de mais onde for preciso. Estou ratificando esta autorização no dia 7 de setembro", diz um dos textos a que a Folha de S. Paulo obteve acesso. 

Dos mil grupos monitorados pelo projeto, 496 enviaram mensagens relacionadas ao 7 de setembro entre o início de junho até o início de agosto. Ao todo, foram 4.184 mensagens, das quais 69% circularam em grupos de direita, 5,9% em grupos sem temática política definida e 5,1% em grupos de esquerda, aponta. 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quinta-feira, 4, em São Paulo, que espera que as manifestações de 7 de setembro, que têm sido convocadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, sejam "ordeiras, pacíficas e respeitosas às instituições". Durante evento promovido pela XP, Pacheco disse ainda que "tudo o que não precisamos é de manifestações que busquem violar a Constituição".

Reafirmando a defesa das urnas eletrônicas, o presidente do Senado garantiu que quem vencer as eleições deste ano tomará posse no dia 1° de janeiro. Segundo o parlamentar, o vencedor "será definido pelo sistema eletrônico de votos".

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Pacheco criticou também os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), em meio ao acirramento do conflito de Bolsonaro com o Judiciário, mas defendeu uma discussão sobre mudanças nas competências da Corte. O senador disse que não se pode pretender fechar o STF ou querer o impeachment de ministros do tribunal sem justa causa - parlamentares ligados a Bolsonaro costumam defender a destituição de magistrados como Alexandre de Moraes, relator de inquéritos que investigam ameaças e manifestações antidemocráticas. "Quem define conflitos judiciais é o STF, não o Legislativo ou o Executivo", disse o presidente do Senado.

No entanto, Pacheco disse que pode haver uma "rediscussão" das competências do Supremo. "Modificações honestas podem ser colocadas à mesa para refletir sobre o papel do STF", declarou. Ele ressaltou que é autor de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tira da Corte a prerrogativa de decidir, por exemplo, sobre questões penais.

O presidente Jair Bolsonaro reafirmou, nessa terça-feira (2), que Marinha, Exército, Aeronáutica, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros devem participar do desfile de 7 de Setembro em Copacabana, no Rio de Janeiro. Até o momento, porém, nem Exército, nem o Ministério da Defesa, nem autoridades locais confirmam a mudança no local da parada militar. O mandatário já anunciara na semana passada que o ato cívico-militar na capital fluminense ocorreria na praia mais famosa do Rio (tradicional local de manifestações bolsonaristas) e não na Avenida Presidente Vargas, no Centro, como ocorre há anos.

Segundo Bolsonaro declarou à Rádio Guaíba, estudantes de colégios militares e representantes da Academia Militar das Agulhas Negras também devem participar na parada militar.

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"A gente vai pedir ao pessoal que botar carro de som, vai ter muita gente em Copacabana, que não use seu carro de som durante aí o desfile, que deve durar em torno de, no máximo 1h. É tropa das Forças Armadas, Marinha, Exército e Aeronáutica. Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar. Academia Militar das Agulhas Negras deve ter um efetivo de um ano desfilando. Colégio Militar. Algumas escolas civis lá do Rio de Janeiro", disse em entrevista à emissora gaúcha.

A troca no local do desfile militar ainda não foi confirmada oficialmente, nem pelas Forças Armadas nem pela Prefeitura do Rio. O Comando Militar do Leste (CML), com sede no Rio de Janeiro, afirma que o Dia da Independência do Brasil é uma data cívica e que, portanto, os desfiles e atos são "programadas e organizadas pelos governos municipais e/ou estaduais".

"O Centro de Comunicação Social do Exército informa que o Dia da Independência do Brasil - 07 de Setembro é uma data CÍVICA, onde a Nação celebra a independência do País. Assim, as comemorações em geral são programadas e organizadas pelos governos municipais e/ou estaduais. O Exército Brasileiro participa auxiliando na organização e realizando os desfiles militares nas diferentes guarnições (cidades) em que está presente", diz em nota.

O Ministério da Defesa diz que as Forças Armadas permanecem de "prontidão" para atender às solicitações sobre as comemorações do 7 de Setembro, mas não confirma se o ato ocorrerá no centro ou na orla de Copacabana.

"Conforme os anos anteriores, o Ministério da Defesa, por meio das Forças Armadas, permanece de prontidão para atender às solicitações no que se refere às comemorações alusivas ao Aniversário da Proclamação da Independência do Brasil. Ressalta-se que o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas está no início do planejamento, o qual proporcionará informações mais precisas oportunamente", diz a Defesa.

Paes destaca 'logística complexa'

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), afirma que ainda não recebeu nenhum pedido formal do presidente para a mudança no local do desfile. Em sua conta oficial do Twitter, Paes disse que está "inteiramente à disposição do governo federal" para atender eventuais mudanças de local da parada cívico-militar.

"Muitas pessoas têm me perguntado sobre o desfile militar do 7 de Setembro em razão das declarações do senhor presidente sobre o local do evento. Quero reiterar aqui que a prefeitura do Rio se sente honrada pelo fato de anualmente financiar a estrutura completa do evento. Reitero ainda que estamos inteiramente à disposição do governo federal para atender eventuais mudanças no local de realização do desfile.

De acordo com o prefeito, o evento pressupõe uma "logística bastante complexa", mas que os "desafios podem ser superados desde que se tenha organização e planejamento e se permita modificações na estrutura tradicional do evento".

"A Avenida Atlântica, caso seja desejo se realizar lá o evento, apresenta alguns desafios. Não custa lembrar que os calçadões daquela avenida são tombados e que ali existe uma quantidade muito grande de moradores", disse.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ontem que as Forças Armadas vão participar "ao lado" de seus apoiadores de atos do 7 de Setembro em Brasília e, pela primeira vez, no Rio.

"No Rio de Janeiro, às 16 horas do dia 7 de Setembro, pela primeira vez, as nossas Forças Armadas e as nossas irmãs forças auxiliares estarão desfilando na Praia de Copacabana ao lado do nosso povo", disse ele, no lançamento da candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo paulista.

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No domingo passado, o presidente havia pedido aos apoiadores para irem às ruas na data "pela última vez". No ano passado, o ato no Dia da Independência foi um dos pontos mais altos de tensão entre Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado, 30, que as Forças Armadas vão participar "ao lado" de seus apoiadores dos atos governistas de 7 de setembro em Brasília e, pela primeira vez, no Rio de Janeiro. No domingo passado, ao lançar oficialmente sua candidatura à reeleição, Bolsonaro pediu aos simpatizantes do governo para irem às ruas na data "pela última vez".

"Queremos inovar no Rio de Janeiro. Às 16 horas do dia 7 de setembro, pela primeira vez, as nossas Forças Armadas e as nossas irmãs Forças Auxiliares estarão desfilando na praia de Copacabana ao lado do nosso povo", anunciou Bolsonaro em São Paulo, no lançamento da candidatura do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) a governador de São Paulo. "Vamos mostrar que nosso povo, mais do que querer, tem o direito e exige paz, democracia, transparência e liberdade", disse.

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Os atos bolsonaristas de 7 de setembro de 2021 foram um dos pontos mais altos de enfrentamento entre Bolsonaro e as instituições brasileiras. Na Avenida Paulista, Bolsonaro declarou à época que não mais cumpriria decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ameaça ganhou reação do mundo político, que viu chance de crime de responsabilidade passível de impeachment. Pressionado, Bolsonaro teve de publicar uma carta à nação escrita pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) para diminuir a fervura.

"Vamos comemorar 200 anos de independência. Vamos comemorar também como marco mais 200 anos de liberdade. No dia 7, estarei pela manhã em Brasília, com o povo na rua com a tropa desfilando", seguiu Bolsonaro em seu discurso político. Ele revelou que, neste ano, não estará em São Paulo no 7 de setembro, mas apenas em Brasília e no Rio de Janeiro. "O que está em jogo na pátria é a nova forma de mandar no povo".

Presente à convenção, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou que os atos de 7 de setembro são em defesa da "transparência e da democracia". "Pauta que escuto muito é que vai ser solicitada a transparência das eleições", disse a parlamentar, em linha com o discurso sem provas do presidente da República de ataque às urnas eletrônicas.

Antes da menção aos atos do 7 de Setembro, Bolsonaro , aconselhado por marqueteiros, fez um discurso caro ao eleitorado paulista para lançar Tarcísio, com destaque a entregas do ex-ministro, como a construção de rodovias e ferrovias. "Ele ressuscitou o modal ferroviário no Brasil. ... Precisamos de aliados pelo Brasil que levem adiante política que começamos a implementar em Brasília. Política de resultados", declarou o presidente. "Tarcísio deu prova de sua competência na alocação de recursos", acrescentou.

Bolsonaro defende que Tarcísio integrou um governo, o dele, com ministérios técnicos e sem casos de corrupção orgânica. Não houve citações a denúncias de corrupção ao longo dos últimos quatro anos ou à prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro por suposta corrupção passiva.

Seis dias após estrear na campanha à reeleição, a primeira-dama Michelle também discursou na convenção de Tarcísio e rezou pela esposa do candidato a governador, Cristiane Freitas.

O procurador-geral da República Augusto Aras divulgou vídeo em que afirma que está 'atento' a 'eventuais movimentos espontâneos ou não da sociedade no que toca a possibilidade de violência' no 7 de Setembro.

O vídeo foi gravado no dia 12 e publicado somente nesta terça, 26, no canal do PGR no Youtube - o mesmo que foi utilizado para divulgar o vídeo antigo em que o chefe do Ministério Público Federal defende as urnas eletrônicas.

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A gravação foi feita durante reunião com parlamentares da oposição no dia 12, ocasião em que Aras apontou 'medidas preventivas do Ministério Público da União contra eventuais distúrbios' no 7 de Setembro deste ano.

A divulgação se dá dois dias após o presidente Jair Bolsonaro convocar sua militância a ir às ruas no 7 de Setembro e desafiar os ministros do Supremo, a quem chamou de 'surdos de capa preta'. As declarações se deram no domingo, 24, durante a convenção do PL que consolidou o nome de Bolsonaro na corrida presidencial em outubro.

"Nós não vamos sair do Brasil. Somos a maioria, nós temos disposição para a luta. Convoco todos vocês agora para que todo mundo, no 7 de setembro, vá às ruas pela última vez. Estes poucos surdos de capa preta têm que entender o que é a voz do povo, têm que entender que quem faz as leis são o Poder Executivo e o Legislativo. Têm que jogar dentro das quatro linhas da Constituição", disse Bolsonaro, enquanto apoiadores gritavam das arquibancadas "Supremo é o povo".

Aras, criticado por alinhamento ao Palácio do Planalto, detalhou no vídeo divulgado nesta terça, 26, a mobilização do Ministério Público em todo País, em todos os seus ramos de atuação, para monitorar eventuais episódios de violência.

O PGR destacou a atuação do órgão durante o 7 de Setembro de 2021 - marcado por atos antidemocráticos atribuídos a apoiadores de Bolsonaro, com ataques ao Supremo Tribunal Federal.

"Nós não deixamos que o 7 de Setembro de 2021 tivesse nenhum evento de violência", sustentou. Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro fez discurso com tom golpista, chamando o ministro do STF Alexandre de Moraes de 'canalha' e alegando que não obedeceria nenhuma decisão que partisse dele.

O vídeo foi divulgado por Aras no mesmo dia em que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, esticou por cinco dias a prisão de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, investigado por gravar vídeos em que diz que vai 'invadir' e 'destituir' a corte máxima, além de 'pendurar os ministros de cabeça pra baixo'.

Boa Pinto foi preso na manhã de sexta-feira, 22, em Belo Horizonte, logo após divulgar vídeo em que afirma: "Eu convoco a população brasileira a ir para dentro do STF, sim."

O arquivo é intitulado "PRENDE ELE" e foi publicado no canal do YouTube 'TV Papo Reto' por volta das 7 horas da manhã de sexta, 22.

Ao prorrogar a prisão temporária do 'Terapeuta Papo Reto', o ministro do STF acolheu pedido da Polícia Federal, com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República. Ele considerou 'imprescindível' a medida para que a PF 'avance na análise do material apreendido e na elucidação das infrações penais atribuídas à associação criminosa em toda a sua extensão.

Nos bastidores, a avaliação sobre a prisão de Boa Pinto foi a de que as medidas tomadas no caso mostram que não serão toleradas ameaças semelhantes no 7 de Setembro e que grupos de extremistas estão sendo monitorados.

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