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A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou nesta segunda-feira um apelo de quase US$ 13 bilhões para conseguir financiar suas ações humanitárias em 2014. Trata-se do maior apelo humanitário da história da ONU.

A intenção da ONU é atender 52 milhões de pessoas em 17 nações com os US$ 12,9 bilhões que pretende arrecadar. Mais da metade dos recursos será destinada à Síria e a países vizinhos.

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Um ano atrás, a ONU lançou um apelo por US$ 8,5 bilhões para bancar suas ações humanitárias pelo mundo, mas a guerra civil na Síria obrigou a entidade a pedir doações adicionais ao longo do ano. Segundo a ONU, porém, apenas 60% dos valores requisitados chegaram aos cofres da entidade.

A subsecretária da ONU para assuntos humanitários, Valerie Amos, advertiu hoje que muitas pessoas passarão fome, ficarão sem abrigo e não poderão ser protegidas da violência se o apelo não for atendido.

Ao lançar o apelo, a ONU admitiu que os valores são muito grandes, mas considera o objetivo "atingível".

Ao detalhar, as cifras, a ONU informou que precisará de US$ 6,5 bilhões para atender aos refugiados sírios. Outras regiões carentes de vultosas doações são Sudão do Sul, Sudão, Somália, Congo, Filipinas, Iêmen, Afeganistão, Palestina, República Centro-Africana e Haiti. Fonte: Associated Press.

O Unicef alertou neste sábado para o destino de mulheres e crianças em Homs, no centro da Síria, exortando rebeldes e forças do regime a permitir que o fundo tenha acesso aos cerca de 400.000 civis bloqueados na cidade.

"A situação das mulheres e das crianças na cidade síria de Homs se deteriora rapidamente", indicou o Unicef em um comunicado, acrescentando que "novas barreiras impedem a entrada de abastecimento" ao bairro de Waer, no oeste de Homs.

"Aqueles que estão envolvidos (nos combates) não conseguem reconhecer que as mulheres e as crianças em Homs, e em toda a Síria, devem ser poupadas de todo sofrimento?", declarou Anthony Lake, diretor geral do Unicef.

Cerca de 400.000 pessoas que fugiram de outros setores da cidade se refugiaram no bairro de Waer e vivem "em edifícios em construção, escolas e prédios públicos", indicou Lake.

Ele pediu "que todas as partes (...) permitam que as famílias atualmente presas em Waer e desejam sair possam fazê-lo (...) com toda segurança".

A situação nesse populoso bairro da periferia "piorou, e informações indicam combates diários intensos, com disparos de foguetes e de morteiros que deixaram inúmeras vítimas", acrescentou.

"Ainda há água e energia elétrica, mas legumes, leite e outros alimentos essenciais estão disponíveis em quantidades muito reduzidas. Nosso próprio abastecimento de urgência acabará dentro de alguns dias", indicou o Unicef que assegura, junto com outras organizações, um fornecimento de produtos básicos e o acesso à água potável.

Homs, terceira maior cidade do país, é assolada pelos combates mais violentos na região desde o início da guerra civil entre regime e rebeldes desencadeada por uma revolta popular duramente reprimida pelo governo, em março de 2011.

A tomada do importante bairro de Khaldiyé pelas forças de Bashar al-Assad, no início da semana, deixou o regime em vantagem. Com isso, as forças do governo partiram para uma ofensiva que tenta eliminar os últimos bolsões rebeldes, principalmente no centro histórico de Homs.

Mais de 100.000 pessoas morreram no conflito, enquanto milhões de civis, em grande maioria mulheres e crianças, fugiram dos combates, de acordo com a ONU.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, aproveitou o 12º Fórum de Comandatuba, um dos principais eventos empresariais do País, realizado no litoral sul da Bahia, para pedir aos 320 empresários e executivos participantes para disponibilizar voluntários para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

"Nós queremos ter 1 milhão de voluntários apenas na Copa", disse o ministro. "Se cada empresa puder mobilizar seus funcionários e colaboradores para pelo menos uma hora de voluntariado, no sábado, no domingo ou em dia de jogo, já será uma contribuição importante."

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O governo federal já fez uma seleção prévia de cerca de sete mil voluntários para a Copa das Confederações, competição que acontecerá de 15 a 30 de junho. E abrirá no segundo semestre a inscrição para quem quiser atuar na Copa do Mundo de 2014. Enquanto isso, a Fifa também tem um programa próprio de voluntariado para os dois eventos.

Para Aldo Rebelo, a intenção, ao ter muitos colaboradores nas 12 cidades do Brasil que serão sede de jogos do Mundial de 2014, é melhorar a imagem do País. "Serão 600 mil visitantes estrangeiros e 3 milhões de brasileiros circulando na Copa", argumentou o ministro. "Não queremos que essas pessoas sejam apenas respeitadas e toleradas, mas acolhidas com carinho, com sorriso, porque isso será muito importante para elas. Talvez seja a lembrança mais grata que o visitante guardará dos eventos."

No evento, Aldo Rebelo também voltou a defender mudanças no calendário de competições do futebol brasileiro - tema que tem causado atritos entre ele e o presidente da CBF, José Maria Marin - e criticou a falta de profissionalização de clubes e federações do País.

"Nós somos um País que participou de todas as Copas do Mundo, que ganhou cinco vezes a Copa, que tem os jogadores mais consagrados da história, mas temos apenas 2% do PIB do futebol mundial, enquanto os ingleses tem mais de 30% e os alemães, 23%", disse o ministro. "Nossos clubes perderam a exposição internacional e nós precisamos aproveitar a Copa do Mundo para mudar esse panorama."

Aldo Rebelo, no entanto, negou que o ministério queira intervir na administração da CBF, como acusa Marin, mas avisou que o futebol é um tema de "interesse nacional". "A CBF é uma entidade privada e o governo não tem a intenção de intervir, mas o futebol também precisa ser tratado como tema de interesse público", explicou.

Para nações que estão enfrentando eventos extremos, a falta de decisão e ambição está levando ao desespero. Yeb Saño, chefe da delegação das Filipinas - que acabam de ser afetadas por um megatufão, com a morte de mais de 475 pessoas - chorou ao se direcionar à plenária da Convenção do Clima (COP) da Organização das Nações Unidas (ONU) e chegou a arrancar lágrimas de quem estava presente. Foi o momento mais emocionante de toda a conferência.

"Estamos sofrendo, há uma devastação massiva ocorrendo em meu país, milhares de pessoas sem casa. Nós nunca tínhamos enfrentado um tufão, nunca tínhamos enfrentando uma tempestade como essa em meio século", afirmou em reunião que discutia o Protocolo de Kyoto, para na sequência implorar por mais ação.

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"Faço um apelo urgente, não como negociador, não como líder da minha delegação, mas como filipino. Apelo ao mundo inteiro, a todos os líderes, para que abram seus olhos para essa realidade que enfrentamos. Apelo aos ministros. O resultado do nosso trabalho não é a respeito do que os políticos querem, mas o que é demandado por 7 bilhões de pessoas. Eu apelo: não mais atrasos, não mais desculpas. Por favor, deixem Doha ser lembrada como o lugar onde encontramos vontade política para transformar as coisas. E deixe 2012 ser lembrado como o ano em que o mundo encontrou a coragem de assumir a responsabilidade pelo futuro que queremos. Se não formos nós, quem? Se não for agora, então quando? Se não aqui, onde?"

A repórter viaja a convite da Convenção do Clima da ONU (UNFCCC).

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) julga hoje o recurso do coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra contra a sentença na qual foi reconhecido como responsável por torturas no período do regime militar. No julgamento, o advogado de defesa de Ustra, Paulo Esteves, vai defender a tese de que o esclarecimento de fatos e definição de responsabilidades naquele período não cabe à Justiça, mas à Comissão da Verdade.

É a primeira vez, desde a instalação da comissão, em maio, que ela é invocada na defesa de um agente do Estado acusado de violar direitos humanos.

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De acordo com a defesa, após o fim do regime militar foram criadas três leis especiais destinadas a garantir a transição para a democracia. "São leis que tratam de uma mesma matéria, dentro do espírito republicano de pacificação da nação, e às quais todas as outras estão subordinadas", disse Esteves.

A primeira é a Lei da Anistia, de 1979, que teria beneficiado tanto perseguidos políticos quanto agentes de Estado. A segunda é a Lei 10.559, promulgada em 2002, que define reparações para os anistiados. A terceira, a Lei 12.528, instituiu a Comissão Nacional da Verdade.

"Uma anistiou todas as pessoas acusadas de terem praticado ilícitos. Outra previu indenizações, por conta do Tesouro Nacional. E a terceira definiu que a apuração dos fatos não cabe à Justiça, mas à Comissão da Verdade", disse o advogado.

Tecnicamente, ao citar a comissão, Esteves não ataca quem acusa seu cliente, mas argumenta que o lugar está errado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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