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A Agência Nacional de Vigilância Nacional (Anvisa) solicitou aos fabricantes das vacinas Janssen/Johnson & Johnson e AstraZeneca/Fiocruz que incluam na bula dos imunizantes contra a Covid-19 a contraindicação de uso para pessoas com histórico de síndrome de extravasamento capilar.

Em nota, a Anvisa explicou que a síndrome de extravasamento capilar é uma “condição muito rara e grave” que causa vazamento de fluido de pequenos vasos sanguíneos (capilares), resultando em inchaço principalmente nos braços e pernas, baixa pressão arterial, espessamento do sangue e baixos níveis de albumina, uma importante proteína do sangue.

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A Anvisa já recebeu relato de suspeita da síndrome após a vacinação e está avaliando o caso. “Os profissionais de saúde devem estar atentos aos sinais e sintomas da síndrome de extravasamento capilar e do risco de recorrência em pessoas que já foram diagnosticadas com a doença.”

De acordo com a Anvisa, as pessoas que receberam essa vacina devem procurar assistência médica imediata caso sintam inchaço nos braços e pernas ou aumento repentino de peso nos dias seguintes à vacinação. “Estes sintomas estão frequentemente associados à sensação de desmaio (devido à pressão arterial baixa)”, acrescentou.

Ainda segundo a agência, há casos avaliados pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, em inglês) também apresentavam histórico familiar de síndrome de extravasamento capilar.

Novas mensagens encontradas no celular do cabo da Polícia Militar Luis Paulo Dominguetti, que está em poder da CPI da Pandemia, insere novos personagens na obscura negociação de vacinas superfaturadas da Davati com o governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo informações divulgadas nesta terça-feira (13) no site da revista Veja, a primeira-dama Michele Bolsonaro e o próprio presidente teriam tratado da compra dos supostos imunizantes.

Sem nenhum registro na agenda oficial ou anúncios por parte do Planalto ou do Ministério da Saúde, o chefe do Executivo teria recebido, no início de março deste ano, o reverendo Amilton Gomes de Paula. O objetivo do encontro, já que o reverendo é apontado como um dos principais interlocutores da venda superfaturada, era viabilizar a operação milionária.

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De acordo com as mensagens de Dominguetti, o presidente cobrou pessoalmente documentos que dariam continuidade ao processo de compra. A movimentação fica evidente em uma troca de mensagens do cabo com um contato de nome “Rafael Compra Deskartpak”.

“Manda o SGS (O SGS é um certificado que garante a procedência do produto). Urgente. O Bolsonaro está pedindo. Agora” escreveu o representante da Davati a Rafael. Em seguida, o contato responde: “Dominguetti, agora são 5 da manhã no Texas. E outra. Jamais será enviado uma SGS sem contrato assinado”.

“O reverendo está em uma situação difícil neste momento. Ofereceu a vacina no ministério. Presidente chamou ele lá”, Dominguetti continuou o diálogo. “O presidente está apertando o reverendo. Ele está ganhando tempo. Tem um pessoal da Presidência lá para buscar o reverendo”, complementa.

A equipe, como hoje se sabe, não tinha como garantir as 400 milhões de doses do imunizante contra a Covid-19 Astrazeneca. O laboratório assegurou não usar atravessadores para negociar com governos.

“Michele (sic) está no circuito agora. Junto ao reverendo. Misericórdia”

Em outra conversa datada em 3 de março, Dominguetti conversa com o mesmo interlocutor (Rafael Compra Deskartpak) sobre a operação em curso. Além da ajuda do reverendo Amilton Gomes, que atuou para a finalização do golpe por ser próximo do gabinete presidencial, mensagens apontaram que a primeira-dama Michele Bolsonaro também esteve no “circuito”.

Assustado com os avanços feitos pelo reverendo, o cabo da PM comenta: “Michele (sic) está no circuito agora. Junto ao reverendo. Misericórdia”, escreveu. A resposta demonstra ares de surpresa: “Quem é? Michele Bolsonaro?”

E Dominguetti confirma: “Esposa sim”. A partir deste momento, Rafael orienta o policial a ligar para Cristiano Carvalho, CEO da Davati no Brasil, que comandava a operação: “Pouts. (sic) Avisa o Cris”.

A troca de mensagens não deixa claro que tipo de participação a primeira-dama pode ter no caso. Os senadores da CPI devem avançar no assunto para entender se Michele Bolsonaro foi usada para que os supostos vendedores chegassem até o presidente.

“Últimos dias de pobre (sic)”

A Veja divulgou ainda que as mensagens em poder da CPI da Pandemia revelam diálogos nos quais os golpistas já comemoravam a chegada de uma vida de luxo, com carros importados e mansões em Brasília. No dia 15 de março, por exemplo, em plena negociação com  Planalto e com o Ministério da Saúde, os parceiros do policial militar Luiz Paulo Dominguetti enviavam mensagens ao operador da Davati já celebrando a chegada do dinheiro advindo da operação milionária com o governo.

“Bora reservar o jaguar e uma casa em Brasília. kkkkk…”, escreveu o próprio Dominguetti a um contato identificado como “Amauri Vacinas Embaixada”. Em seguida, o contato responde: “Já te falei que não quer Jaguar”, disse, compartilhando uma foto de outro carro importado de luxo na sequência.

Em outra troca de mensagens com o cabo, dessa vez com uma pessoa identificada como “Andrei Compra Vacina”, a mudança de vida pare através do golpe parece mais próxima que nunca: “Últimos dias de pobre! kkk”.

A compra das vacinas por parte do governo, contudo, não foi concluída.

 

A atriz Samara Felippo usou sua conta no Instagram, na última sexta-feira (9), para desabafar sobre o momento complicado que está passando. Sua filha Lara, de 8 anos, testou positivo para a Covid-19 e, por isso, a família está cumprindo quarentena rígida em casa. Segundo Felippo, a filha foi infectada pelo vírus em consequência de “irresponsabilidade alheia”.

"O dia todo [de máscara] PFF 2 em casa. Estou vivendo por irresponsabilidade alheia tudo o que lutei para me proteger nesses dois anos", publicou a atriz em um Story. Na sequência, mostrou Lara isolada em um dos quartos da casa. Samara Felippo explicou que as filhas estão separadas em quartos diferentes pois Lara foi a única a ser infectada pelo novo coronavírus.

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"Eu vivo o dia inteiro assim [de máscara], ela só tira a dela quando tá sozinha no quarto, quando vai comer (...) A Lara pegou Covid, e não foi por mim", contou, sem dar muitos detalhes de como a filha foi contaminada. Mais tarde, Samara voltou à rede social para agradecer por todo o apoio e carinho recebido por amigos e seguidores.

"Eu vou seguir forte. Estou cuidando da minha filha e me protegendo, cuidando de mim. Eu não vou pegar, não quero pegar. Ela está bem. Está sem sintoma. O mais difícil agora é entreter e prender uma criança de 8 anos num quarto (...) Estou quase tendo um treco por não conseguir abraçar minha filha. Imagina quem perdeu alguém sem nem poder estar perto?", desabafou.

Ela disse ainda que as irmãs foram testadas antes da viagem que fariam com o pai, o jogador de basquete Leandrinho, para os Estados Unidos. Alícia, de 12 anos, teve resultado negativo. A atriz, que tem 42 anos, contou que, até agora, recebeu apenas uma dose do imunizante contra a Covid-19 Astrazeneca.

Em coletiva de imprensa realizada nesta terça (6), o Governo de Pernambuco anunciou a redução do prazo de aplicação da segunda dose da vacina Astrazeneca contra Covid-19, de 90 dias para 60 dias. A Prefeitura do Recife informou que vai aderir à medida. O prazo máximo para administração da segunda dose continuará sendo de 90 dias para os municípios do estado, mas agora poderá ser reduzido para 60 dias.

“Vamos acelerar a imunização, Recife! Agora quem tomou Astrazeneca vai poder receber a 2ª dose a partir de 60 dias após a 1ª dose. Dessa forma a gente vai conseguir ter mais recifenses com o esquema vacinal completo antes do prazo previsto”, publicou o prefeito, em suas redes sociais.

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De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável pela produção da Astrazeneca no Brasil, a segunda dose da vacina pode ser aplicada em um intervalo de quatro a 12 semanas depois da primeira dose. Assim, a deliberação do Governo do Estado, aprovada pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB), é compatível com as orientações da fabricante.

A CPI da Pandemia deve ouvir nesta quarta-feira (7) o ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias. Ele foi exonerado do cargo em junho, depois da denúncia de que teria pedido propina para autorizar a compra da vacina AstraZeneca pelo governo federal. Dias nega a acusação.

A denúncia foi feita pelo policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, com sede nos Estados Unidos. Em depoimento à CPI, ele afirmou ter recebido um pedido de propina para a compra de 400 milhões de doses do imunizante. Segundo Dominguetti, Dias teria cobrado US$ 1 por dose.

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Covaxin

Os requerimentos para a convocação foram apresentados pelos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Otto Alencar (PSD-BA). Nos pedidos, os parlamentares querem esclarecer também o suposto envolvimento de Roberto Ferreira Dias em irregularidades na compra de outro imunizante: o indiano Covaxin.

De acordo com Humberto Costa, Dias assinou um “contrato bilionário” para a compra da vacina, o que vem sendo investigado pela CPI.

“O contrato prevê a entrega de 20 milhões de doses, ao valor unitário de US$ 15, no valor total de R$ 1,614 bilhões. Considerada a vacina mais cara do Brasil, o contrato foi firmado com a empresa indiana Bharat Biotech, representada pela empresa brasileira Precisa Medicamentos”, argumenta o parlamentar.

*Da Agência Senado

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou hoje (4) que aguarda remessas de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da Índia para o Brasil, entretanto a fundação ainda aguarda a confirmação do voo que trará o IFA ao Brasil para divulgar a data e o quantitativo de insumo. De acordo com a Fiocruz, cada remessa de IFA contém insumo, em geral, para a produção de 5 milhões a 6 milhões de doses de vacina.

No dia 1º, a Fiocruz anunciou ter assumido com a AstraZeneca novo compromisso para aquisição de IFA adicional suficiente para a produção de mais 20 milhões de doses da vacina contra a Covid-19. A Fiocruz informou também que assinou com a farmacêutica contrato para aquisição de IFA adicional para produzir cerca de 50 milhões de doses, que farão parte das entregas do segundo semestre, juntamente com a produção nacional. 

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“Com o novo compromisso, a Fiocruz poderá então produzir 70 milhões de doses adicionais ao longo do segundo semestre, adicionalmente às doses que serão produzidas com o IFA produzido no Brasil”, informou a fundação.

Segundo o cronograma divulgado anteriormente pela Fiocruz, as remessas estavam previstas para agosto e setembro. O compromisso firmado com a AstraZeneca estabelecia que “as novas remessas de IFA para a produção de 20 milhões de doses têm previsão de serem enviadas ao longo dos meses de agosto e setembro”. Isso garantiria uma “produção contínua no segundo semestre”, eliminando risco de interrupção por falta de insumo, disse a fundação. Os demais lotes, necessários para a produção das 50 milhões de doses restantes, serão enviados nos meses seguintes, de outubro a dezembro.

No total, já foram entregues 65,9 milhões de doses da vacina AstraZeenca ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), incluindo 4 milhões de doses prontas da vacina do Instituto Serum, da Índia. Com o IFA disponível na fundação, estão garantidas entregas semanais até o dia 23 de julho. 

Novos lotes de vacinas contra a Covid-19 chegaram a Pernambuco na tarde deste sábado (3). Da Janssen, vacina de dose única, foram 106.200 unidades, além de 124 mil doses da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz. Nesta semana, Pernambuco recebeu cinco remessas de imunizantes, totalizando 483.850 doses.

“Estamos muito otimistas em relação ao progresso da campanha de vacinação no nosso Estado, e os resultados têm sido sentidos na redução significativa da procura por unidades de saúde. Esperamos que novos lotes cheguem a Pernambuco para intensificarmos ainda mais a imunização da população”, afirmou o governador Paulo Câmara (PSB).

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As novas remessas foram encaminhadas à sede do Programa Estadual de Imunização (PNI-PE) e serão enviadas às 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres) ainda na manhã do domingo (04).  “Nessa rodada, vamos distribuir vacinas da Janssen, Pfizer e Astrazeneca aos municípios. Todas têm resultados efetivos contra a Covid-19, atingindo o objetivo de evitar casos moderados e graves da doença. Todas evitam hospitalizações e protegem. Então, ao chegar a sua vez, tome sua vacina e, se for de duas doses, complete o esquema vacinal. Faça a sua parte para que possamos controlar a circulação do vírus em Pernambuco”, disse o secretário estadual de Saúde, André Longo.

As doses da Astrazeneca que chegaram ao Estado esta semana serão destinadas exclusivamente à aplicação das primeiras doses em trabalhadores da indústria, podendo haver expansão para outros grupos ou por faixa etária, de acordo com o andamento e realidade da campanha em cada cidade.  Já os quantitativos para segundas doses, também da Astrazeneca, serão destinados às pessoas com comorbidades e deficiência.

“Os municípios precisam ficar atentos a essa entrega da Astrazeneca, já que há quantitativos tanto para a primeira aplicação quanto para a segunda. Reforçamos que é preciso guardar as segundas doses para uso no tempo oportuno, evitando a falta do insumo mais adiante”, ressaltou a superintendente de Imunização da SES-PE, Ana Catarina de Melo.

Das vacinas da Janssen, que serão utilizadas para aplicação por faixa etária, 56.350 serão destinadas aos municípios do Recife, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Serra Talhada e Afogados da Ingazeira, finalizando os quantitativos pactuados anteriormente na Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Ao todo, juntando à primeira remessa recebida desse fabricante em 25 de junho, ao todo são 118.600 doses da vacina da Janssen para essas cidades. O saldo restante será distribuído aos demais municípios pernambucanos. Os seis que receberam primeiro essas vacinas estão tendo os descontos proporcionais em outras entregas.

Ao todo, desde o início da campanha de vacinação em Pernambuco, o Estado já recebeu 5.751.130 doses de imunizantes. Foram 2.867.420 da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, 2.141.960 unidades da Coronavac/Butantan, 573.300 doses da Pfizer/BioNTech e 168.450 da Janssen.

Com informações da assessoria.

A Prefeitura da cidade de Bezerros, no Agreste de Pernambuco, garantiu que não aplicou nenhuma dose da Astrazeneca vencida nos munícipes. A cidade aponta que recebeu 600 doses do lote de número 4120Z005 do imunizante em 27 de janeiro de 2021.

No entanto, as aplicações desse lote ocorreram entre os dias 28 de janeiro e 1º de março deste ano. "Não havendo portanto nenhuma dose aplicada após esse período. A dose do imunizante, supostamente fora da validade, trata-se de um erro de informação no sistema do Ministério da Saúde", salienta a prefeitura. A assessoria pontua que o erro já foi corrigido no sistema.

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O posicionamento acontece após a Folha de São Paulo denunciar que milhares de doses vencidas da Astrazeneca foram aplicadas em diversas cidades do país. 

Vacinas vencidas em Pernambuco 

Em Pernambuco, pelo menos 30 municípios receberam doses vencidas da AstraZeneca/Oxford. Em primeiro lugar, surge Ipojuca, no Litoral Sul, com 279 doses aplicadas fora do prazo de validade. A capital Recife surge nas últimas posições, com apenas dois casos registrados. As demais cidades são: Ipojuca (279), Garanhuns (110), Gameleira (90), Bom Jardim (87), Correntes (51), Itaíba (48), Verdejante (38), Condado (37), Caruaru (36), Rio Formoso (36), São João (28), Joaquim Nabuco (26), Santa Cruz do Capibaribe (25), Bom Conselho e Sirinhaém (24), Olinda (17), Buíque (16), Betânia (14), Camutanga, Capoeiras e Jaboatão dos Guararapes (13), Nazaré da Mata e Ouricuri (12), Carnaubeira da Penha e Machados (11), Carnaíba e Toritama (10). 

Itapissuma, Catende, Custodia e outros municípios do estado aparecem no mapeamento com oito doses ou menos

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-> João Campos garante que Recife não aplicou vacina vencida

Nesta sexta-feira (02), o prefeito João Campos (PSB) pediu para que os recifenses ficassem tranquilos porque "o Recife não aplicou dose vencida de Astrazeneca" contra a Covid-19.

Ele afirma que as últimas doses do lote 4120Z005 foram ministradas até o dia 25 de fevereiro deste ano e que a Folha de São Paulo, responsável pela denúncia, se referiu a um erro "já corrigido". No registro do jornal, a capital pernambucana havia aplicado duas doses vencidas - o que está sendo desmentido pelo prefeito. "A gente segue vacinando e protegendo vidas", pontua Campos.

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Vacinas vencidas em Pernambuco 

Em Pernambuco, pelo menos 30 municípios receberam doses vencidas da AstraZeneca/Oxford. Em primeiro lugar, surge Ipojuca, no Litoral Sul, com 279 doses aplicadas fora do prazo de validade. A capital Recife surge nas últimas posições, com apenas dois casos registrados. As demais cidades são: Ipojuca (279), Garanhuns (110), Gameleira (90), Bom Jardim (87), Correntes (51), Itaíba (48), Verdejante (38), Condado (37), Caruaru (36), Rio Formoso (36), São João (28), Joaquim Nabuco (26), Santa Cruz do Capibaribe (25), Bom Conselho e Sirinhaém (24), Olinda (17), Buíque (16), Betânia (14), Camutanga, Capoeiras e Jaboatão dos Guararapes (13), Nazaré da Mata e Ouricuri (12), Carnaubeira da Penha e Machados (11), Carnaíba e Toritama (10).

Itapissuma, Catende, Custodia e outros municípios do estado aparecem no mapeamento com oito doses ou menos.

A Prefeitura de Maringá, no Paraná, emitiu uma nota de esclarecimento sobre as supostas doses vencidas da vacina da AstraZeneca/Oxford aplicadas na população entre abril e junho deste ano. Segundo a gestão, não foram aplicadas doses fora do prazo da validade nos maringaenses e houve apenas atraso na comunicação com a base de dados do Sistema Único de Saúde (SUS). O ConecteSUS teria demorado a enviar dados do Ministério da Saúde ao município.

Em reportagem desta sexta-feira (2), a Folha de São Paulo divulgou que 25.935 doses da vacina da AstraZeneca/Oxford foram administradas após a data de vencimento em pelo menos 1.532 cidades brasileiras, das quais 3.563 teriam sido aplicadas em Maringá, tornando a cidade o primeiro lugar do levantamento.

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“Sobre reportagem da Folha de S. Paulo que denuncia suposta vacinação contra covid-19 com imunizantes vencidos, Marcelo Puzzi, secretário da Saúde de Maringá, explica: “O lançamento no Sistema Conect SUS está diferente do dia da aplicação da dose. Isso porque, no começo da vacinação, a transferência de dados demorava a chegar no Ministério da Saúde, levando até dois meses. Portanto, os lotes elencados são do início da vacinação e foram aplicados antes da data do vencimento. Concluindo, não houve vacinação de doses vencidas em Maringá e sim erro no sistema do SUS”, escreveu a prefeitura em nota pública.

Segundo o jornal, os dados utilizados estão disponíveis nos registros oficiais do Ministério da Saúde e foram cruzados através do DataSUS e Sala de Apoio à Gestão Estratégica (Sage). Foram considerados os números dos lotes das vacinas e todas as imunizações do país contra Covid-19 até 19 de junho.

O texto menciona ainda que outras 114 mil doses da vacina AstraZeneca que foram distribuídas a estados e municípios dentro do prazo de validade já expiraram. Não foi esclarecido se foram descartadas ou se continuam sendo aplicadas. AstraZeneca é a vacina mais usada no Brasil. Ela responde por 57% das doses aplicadas neste ano.

25.935 doses da vacina da AstraZeneca/Oxford foram administradas após a data de vencimento em pelo menos 1.532 cidades brasileiras. Apesar da orientação sobre a perda da eficácia, as prefeituras continuaram aplicando a vacina vencida.

Os dados estão disponíveis nos registros oficiais do Ministério da Saúde e foram cruzados através do DataSUS e Sala de Apoio à Gestão Estratégica (Sage) pelo jornal Folha de São Paulo, que divulgou os resultados em reportagem desta sexta-feira (2). Foram considerados os números dos lotes das vacinas e todas as imunizações do país contra Covid-19 até 19 de junho.

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São oito lotes de vacinas da AstraZeneca, expirados entre 29 de março e 4 de junho. De acordo com a Folha, a campeã em aplicações de vacinas vencidas foi a cidade paranaense de Maringá, com 3.563 casos. Depois aparecem Belém (PA), com 2.673, São Paulo (SP), com 996, Nilópolis (RJ), com 852, e Salvador (BA), com 824. As demais cidades aplicaram menos de 700 vacinas vencidas, sendo que a maioria não passou de dez doses.

São os lotes:

- 4120Z001, vencido em 29 de março de 2021

- 4120Z004, vencido em 13 de abril de 2021

- 4120Z005, vencido em 14 de abril de 2021

- CTMAV501, vencido em 30 de abril de 2021

- CTMAV505, vencido em 31 de maio de 2021

- CTMAV506, vencido em 31 de maio de 2021

- CTMAV520, vencido em 31 de maio de 2021

- 4120Z025, vencido em 4 de junho de 2021

Além disso, outras 114 mil doses da vacina AstraZeneca que foram distribuídas a estados e municípios dentro do prazo de validade já expiraram. Não está claro se foram descartadas ou se continuam sendo aplicadas. AstraZeneca é a vacina mais usada no Brasil. Ela responde por 57% das doses aplicadas neste ano.

Das 3,9 milhões de doses aplicadas aplicadas destes oito lotes, 3,76 milhões foram aplicadas dentro do prazo de validade. No total, são 139.911 doses de oito lotes da vacina AstraZeneca vencidas, das quais 25.935 já foram aplicadas. Outras 113.976 doses vencidas desses oito lotes não tinham sido ministradas até 19 de junho, quando o cruzamento de dados foi encerrado.

Como verificar

À população que foi imunizada com a vacina AstraZeneca/Oxford, é recomendado a verificação da carteira de vacinação. No documento, consta número do lote utilizado, além da data em que as doses foram aplicadas. Verifique na lista acima se suas doses foram administradas dentro do prazo de validade. Caso sim, comunique às autoridades de Saúde do seu município.

Vacinas vencidas em Pernambuco

Em Pernambuco, pelo menos 30 municípios receberam doses vencidas da AstraZeneca/Oxford. Em primeiro lugar, surge Ipojuca, no Litoral Sul, com 279 doses aplicadas fora do prazo de validade. A capital Recife surge nas últimas posições, com apenas dois casos registrados.

As demais cidades são: Ipojuca (279), Garanhuns (110), Gameleira (90), Bom Jardim (87), Correntes (51), Itaíba (48), Verdejante (38), Condado (37), Caruaru (36), Rio Formoso (36), São João (28), Joaquim Nabuco (26), Santa Cruz do Capibaribe (25), Bom Conselho e Sirinhaém (24), Olinda (17), Buíque (16), Betânia (14), Camutanga, Capoeiras e Jaboatão dos Guararapes (13), Nazaré da Mata e Ouricuri (12), Carnaubeira da Penha e Machados (11), Carnaíba e Toritama (10).

Itapissuma, Catende, Custodia e outros municípios do estado aparecem no mapeamento com oito doses ou menos.

A versão indiana da vacina anticovid da AstraZeneca, chamada Covishield, não está licenciada na União Europeia (UE) devido a possíveis "diferenças" com a original, anunciou nesta quarta-feira (30) o regulador europeu.

"Mesmo que use uma tecnologia de produção análoga à da Vaxzevria (imunizante da AstraZeneca), a Covishield como tal não está atualmente aprovada pelos regulamentos da UE", disse a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) em comunicado à AFP.

"Isso ocorre porque as vacinas são produtos biológicos. Mesmo pequenas diferenças nas condições de fabricação podem levar a diferenças no produto final, e a legislação da UE exige que os locais de fabricação e os processos de produção sejam avaliados e aprovados como parte do processo de autorização".

Até o momento, existem quatro vacinas licenciadas na UE: Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca e Johnson & Johnson. Quatro outras estão "em processo de revisão" para possível aprovação: a russa Sputnik, a chinesa Sinovac, a alemã CureVac e a americana Novavax.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) deu sua aprovação à Covishield e lamentou que alguns países rejeitem o produto.

A União Africana criticou que a falta de autorização na UE da vacina de baixo custo fabricada na Índia pode causar transtornos à África, onde é amplamente distribuída.

"É uma grande vergonha porque a AstraZeneca-Covishield é exatamente a mesma vacina que a AstraZeneca-Vaxzevria, que é aceita na vacinação", disse na terça Richard Mihigo, do escritório regional da OMS para a África.

"A única diferença é que a AstraZeneca-Covishield é fabricada e distribuída em outras partes do mundo fora da Europa", acrescentou.

burs-dk/es/mb/mr

Pernambuco recebeu, na manhã desta quarta-feira (30), uma nova remessa de vacinas contra a Covid-19 da Astrazeneca/Fiocruz. Por volta das 11h, chegaram ao Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre mais 113.250 doses, totalizando 2.743.420 unidades da Astrazeneca/Fiocruz recebidas por Pernambuco desde o início da campanha de vacinação contra o novo coronavírus.

“As vacinas que recebemos hoje serão encaminhadas aos municípios pernambucanos para utilização exclusiva em primeira dose. Vamos dar prosseguimento ao processo de vacinação em todo o Estado, sempre respeitando o andamento e a realidade de cada município”, destacou o governador Paulo Câmara (PSB).

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Do aeroporto, os insumos foram levados à sede do Programa Estadual de Imunização (PNI-PE) para separação dos montantes que cabem a cada cidade pernambucana, e que serão enviados às 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres) na manhã da quinta-feira (1º), onde ficarão à disposição dos municípios para retirada.

Desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19, Pernambuco recebeu, além das 2.743.420 da Astrazeneca/Fiocruz, mais 2.141.960 unidades da Coronavac/Butantan, 432.900 doses da Pfizer/BioNTech e 62.250 doses da Janssen.

Com informações da assessoria.

O Ministério da Saúde distribuiu até agora cerca de 130 milhões de doses de quatro tipos de vacina contra Covid-19 para todo o país. Quase metade é do imunizante desenvolvido pela universidade inglesa de Oxford com a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca e fabricado no Brasil pela Fiocruz.

Inicialmente, o intervalo entre as duas doses dessa vacina era de quatro semanas. Logo depois aumentou para três meses. Agora, os pesquisadores de Oxford indicam que pode ser mais vantajoso tomar a segunda dose 11 meses depois da primeira. Os dados preliminares mostram que esse intervalo maior pode aumentar a resposta imunológica até 18 vezes.

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O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, comentou sobre a possibilidade de ampliar o intervalo entre as doses e destacou a importância dos estudos, mas que é preciso tomar a segunda dose no tempo estabelecido.

Ele disse que “em países mais pobres a imunização é feita com vários tipos de doações.” Frisou que é preciso respeitar a data da segunda dose anunciada no cartão de vacinação.

Ou seja, apesar das pesquisas, ainda é preciso - e muito importante - tomar a segunda dose da vacina na data indicada no cartão de vacinação.Outros estudos também são conduzidos, por exemplo, para avaliar a possibilidade de concluir o esquema vacinal com uma dose, no caso da Janssen, ou com duas doses nas demais vacinas, e, depois, tomar a terceira dose como reforço. Essa dose poderia ser da mesma vacina ou de outro imunizante.

Intercâmbio de vacinas

Os pesquisadores também testam o que chamam de intercâmbio de vacinas, para aproveitar as diferentes respostas imunológicas provocadas por cada imunizante. Em Oxford, o teste é com a primeira dose da AstraZeneca e a segunda da Pfizer.

Renato Kfouri destacou que, entre os motivos para pesquisas desse tipo, está a vacinação em países mais pobres, que receberão doações de diferentes tipos de imunizante.

É o caso da cidade do Rio de Janeiro. Desde ontem, as gestantes que receberam a primeira dose da AstraZeneca vão receber a segunda da Pfizer. No dia 12 de maio o Ministério da Saúde decidiu que as grávidas não devem ser vacinadas com a AstraZeneca, devido ao risco de reações adversas.

Vale destacar que as pesquisas conduzidas pela Universidade de Oxford estão em fase inicial. São estudos de segurança e resposta imunológica, e ainda não têm dados sobre eficácia.

As grávidas imunizadas contra a Covid-19 com a primeira dose da AstraZeneca/Oxford poderão receber a segunda dose com a vacina da Pfizer, na cidade do Rio de Janeiro. A autorização foi feita pela Secretaria Municipal de Saúde, a partir de recomendação do comitê científico da pasta.

A informação foi divulgada na madrugada de desta terça-feira (29) pelo secretário de Saúde, Daniel Soranz, em seu perfil no Twitter. Segundo ele, a vacinação pode ocorrer, desde que haja avaliação dos riscos e benefícios, feitos pelo médico que atende a gestante.

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Soranz usou como exemplo países como Alemanha, Canadá, Dinamarca, França, Finlândia, Portugal, Suécia, Inglaterra e Itália, que recomendam ou autorizam o uso da Pfizer como segunda dose para quem se imunizou, na primeira dose, com a AstraZeneca.

A vacinação de grávidas com AstraZeneca foi suspensa por orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), devido a possíveis efeitos adversos do imunizante.

Um intervalo de vários meses entre a primeira e a segunda dose da vacina anticovid-19 desenvolvida pela AstraZeneca/Oxford melhora a imunidade - afirma um estudo publicado pela Universidade de Oxford nesta segunda-feira (28).

Os pesquisadores mostraram que, longe de reduzir a eficácia da vacina, um intervalo de até 45 semanas entre as duas doses melhora a resposta imunológica ao vírus.

"Esta deve ser uma notícia tranquilizadora para os países com menos suprimentos de vacina, que podem estar preocupados com atrasos na obtenção de segundas doses para suas populações", comentou o professor Andrew Pollard, diretor do Oxford Vaccine Group, que desenvolveu a vacina junto com o grupo farmacêutico anglo-sueco AstraZeneca.

"Há uma excelente resposta à segunda dose, mesmo 10 meses depois de ter recebido a primeira", frisou.

Outro estudo da Universidade de Oxford publicado em fevereiro pela prestigiosa revista científica The Lancet já indicava que a eficácia da vacina era maior com um intervalo de três meses entre as doses (81%) do que com um intervalo de seis semanas (55%).

Em consequência do novo estudo, os pesquisadores também descobriram que uma terceira dose injetada mais de seis meses após a segunda leva a um "aumento significativo" nos anticorpos e provoca um "forte aumento" na resposta imunológica contra a Covid-19, inclusive contra as variantes conhecidas do coronavírus.

"Não sabemos se serão necessárias injeções de reforço, devido à diminuição da imunidade, ou para aumentar a imunidade contra as variantes", disse a principal autora dos estudos, Teresa Lambe.

Ela observou, porém, que a pesquisa mostra que uma terceira dose da vacina "é bem tolerada e aumenta significativamente a resposta em nível dos anticorpos".

"Esta é uma notícia muito animadora, caso se constate que é necessária uma terceira dose", acrescentou.

Os pesquisadores também afirmam que a vacina provocou "menos efeitos colaterais após a segunda e a terceira doses do que após a primeira".

A vacina da AstraZeneca, que usa uma tecnologia denominada "vetores virais" (adenovírus), provocou preocupação depois que se estabeleceu uma ligação entre sua administração e o desenvolvimento raro de trombose, mas às vezes fatais.

Como resultado, muitos países restringiram seu uso às pessoas mais velhas, e alguns pararam de usá-la.

A vacina da AstraZeneca/Oxford contra a Covid-19 já é utilizada há quase três meses completos em todos os estados do Brasil, após ser aprovada em março. O imunizante  reduz risco de hospitalização, doença grave e morte com alta eficácia, entre 70% e 90%, dependendo do laboratório e do grupo em que é aplicado. Entretanto, após casos de aparição de coágulos em pessoas vacinadas com a AstraZeneca na Europa, entidades de saúde no mundo inteiro ligaram alerta para descobrir se há associação entre a vacina e o desenvolvimento da trombose.

Segundo a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), "nenhuma relação causal foi comprovada, mas é possível", e os benefícios do imunizante contra o coronavírus continuam a superar os riscos. Em todo o continente, foram cerca de 230 casos de reações adversas monitorados, na maioria dos países com baixíssimo ou nenhum risco de letalidade, além de associação incerta à vacina.

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No Brasil, o medo de se vacinar com a AstraZeneca tomou grande proporção após o Ministério da Saúde desaconselhar a administração do produto em gestantes e puérperas. Uma medida preventiva que levou em consideração a morte de uma gestante no Rio de Janeiro, dias depois de ter recebido a vacina da Oxford. O objetivo da suspensão é investigar possíveis eventos adversos nestas mulheres após a aplicação das doses. Apesar da decisão, ainda não há estudos que comprovem a relação da vacina com o óbito da grávida. Além disso, o país não tem registros de casos confirmados de trombose associados ao imunizante britânico.

Então, a vacina AstraZeneca é segura?

A resposta é sim. No Brasil, os dados do e-SUS notificam 0,89 casos a cada 100 mil doses da vacina Oxford/AstraZeneca aplicadas, o que faz o Ministério da Saúde classificar como "raros" eventos do tipo. A pasta reforça que ainda "não há comprovação de associação causal com a vacinação" e que o perfil de risco-benefício da vacina "ainda é favorável".

Colocando as coisas em perspectiva, segundo o Ministério, enquanto a proporção de trombose e AVC pela vacina está em <1 caso a cada 100 mil, o número de óbitos em grávidas pela Covid-19 é de 20 por 100 mil. Já entre os infectados com Covid-19 que precisaram de hospitalização — ou seja, sofrem de quadros mais graves da doença —, a taxa de trombose é de 16,5%, segundo uma pesquisa com 3.342 pacientes.

Para elucidar dúvidas gerais, o LeiaJá convidou um médico especialista em vacinas que comentou aspectos técnicos e comparativos do imunizante da Oxford.

— Eduardo Jorge, representante regional da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e vice-presidente da Sociedade de Pediatria de Pernambuco (SBP).

LJ: Quais as reações mais comuns da vacina da AstraZeneca? São comuns?

EJ: A vacina AstraZeneca é de vetor viral (ou seja, utiliza um "vírus vivo", como um adenovírus (que causa o resfriado comum), que não tem capacidade de se replicar no organismo humano ou prejudicar a saúde). Igual à vacina da Janssen, igual à vacina Sputnik. Os estudos de fase três, aqueles com mais de 30 mil pessoas que acompanham a eficácia e acompanham os eventos adversos, mostraram que eram vacinas seguras. Especialmente do laboratório AstraZeneca, que pesquisou junto à Universidade de Oxford, mostrou que, na primeira dose, ela dá eventos adversos considerados leves a moderados. Os principais: febre baixa, dor no corpo, que a gente chama de mialgia, dor de cabeça, ou seja, eventos que respondem bem ao uso de analgésicos.

LJ: Qual a relação entre o imunizante e a coagulação sanguínea?

EJ: Houve associação do uso desta vacina, mas também de outras vacinas da mesma plataforma, como a vacina da Janssen, com um fenômeno extremamente raro, variando de um caso para 250 mil de doses aplicadas até, segundo alguns, de um caso para um milhão de doses aplicadas. São casos de trombose associada a trombocitopenia. Essa é uma reação imunológica que alguns pacientes fazem quadros de trombose em artérias e veias importantes, obrigatoriamente associados a plaquetas baixas. Então não é uma trombose de membros inferiores (TEP), que é um tromboembolismo que vai pro pulmão ou outros tipos de trombose. Esse é um fenômeno extremamente raro, mas que, sim, foi associado às vacinas de plataforma de adenovírus.

LJ: É mais comum ocorrer trombose nos vacinados com AstraZeneca ou nos doentes por Covid?

EJ: O risco de ter esse evento, que eu disse que varia de um para cada 250 mil de doses aplicadas e um a cada um milhão de doses aplicadas, é muito menor do que as tromboses que a doença Covid causa. A Covid-19 é uma doença inflamatória que causa trombose em várias partes do corpo, e em pacientes graves é de mais de 60% a possibilidade de trombose por doença. Então, entre risco e benefício, é muito melhor tomar vacina.

Agora, é importantíssimo que o diagnóstico precoce da trombose seja dado. Os sintomas podem ser falta de ar, inchaço nas pernas, desorientação, crise convulsiva. Que esses pacientes sejam rapidamente diagnosticados, porque hoje também tem o tratamento deste evento adverso: a trombose com trombocitopenia. O tratamento com corticoide que está funcionando muito bem quando esse quadro é diagnosticado.

LJ: Há alguma contraindicação ao público geral?

EJ: Não. Em relação aos eventos adversos leves, a vacina dá febre, dor local, mialgia, que pode durar até dois dias, semelhante à Coronavac e semelhante à vacina da Pfizer. A vacina Coronavac, por ser uma vacina inativada, tem menos eventos adversos do que a Pfizer e a AstraZeneca. Mas o mais importante para a população é saber que esses eventos adversos da vacina da AstraZeneca são eventos leves na imensa maioria dos casos e que desaparecem com analgésico comum.

LJ: Além do grupo de gestantes e puérperas, para o qual a administração da vacina foi suspensa de forma apenas preventiva, a AstraZeneca é contraindicada para mais alguma parcela da população, especificamente?

EJ: Paciente que tem histórico de choque anafilático com qualquer remédio ou com qualquer comida — falo choque anafilático, casos em que é preciso ir ao hospital tomar adrenalina — a orientação, tanto da Pfizer quanto da AstraZeneca, é que seja administrada sob supervisão médica em um ambiente seguro, que tenha adrenalina prontificada para administração. Mas isso vale tanto pra AstraZeneca quanto pra Pfizer. Não é específico da AstraZeneca. E, inclusive, a Pfizer apresentou mais choque anafilático que a AstraZeneca no mundo, dos poucos casos existentes.

LJ: Então a recomendação geral ainda é tomar a vacina?

EJ: Com certeza. No momento que o Brasil caminha ainda com seus 31% de primeira dose, 11,7% de segunda dose, essa é uma das vacinas que a gente tem. Chamamos atenção da população do risco que é desenvolver a trombose pós-Covid, do risco que é morrer de Covid, e do evento extremamente raro que pode ocorrer com a AstraZeneca. A população não precisa de medo, precisa de informação. Não temos possibilidade de escolher vacinas como se fosse um cardápio. A gente precisa acabar com essa pandemia. Não há outra solução a não ser vacinar. A vacina em maior abundância aqui é a da AstraZeneca, que é até a com melhor custo.

A chanceler alemã Angela Merkel recebeu a vacina anticovid do laboratório Moderna como segunda dose, depois de receber uma primeira da AstraZeneca, anunciou o governo de Berlim.

"Sim, confirmamos", afirmou um porta-voz da chancelaria à AFP ao ser questionado sobre a segunda dose que a chefe de Governo recebeu recentemente, produzida com a técnica de RNA mensageiro, do laboratório americano Moderna.

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A chanceler, de 66 anos, recebeu em 16 de abril uma primeira injeção com a vacina do laboratório anglo-sueco AstraZeneca, que teve o uso suspenso por algum tempo na Alemanha depois que alguns casos de trombose foram registrados na Europa.

Seu porta-voz publicou na ocasião uma imagem do certificado de vacinação de Merkel para comprovar a vacinação.

O uso deste imunizante, recebido por várias autoridades alemãs, incluindo o presidente da República, Frank-Walter Steinmeier, está reservado para pessoas com mais de 60 anos no país.

Vários países, incluindo a Alemanha, decidiram aplicar como segunda dose uma vacina de RNA mensageiro, Pfizer/BioNTech ou Moderna, no que é chamado de "esquema de vacinação misto", após uma injeção da AstraZeneca.

Mais da metade (51,2%, 42,5 milhões de pessoas) recebeu ao menos uma dose da vacina e 26,3 milhões de pessoas (31,6%) estão totalmente vacinadas, segundo o Instituto Robert Koch.

O Estado do Pará recebeu na madrugada desta segunda-feira (21) a 34ª remessa de vacinas contra a covid-19. Foram enviadas pelo Ministério da Saúde 217.000 doses da vacina Astrazeneca. 

O Estado do Pará já recebeu 3.985.210 vacinas: 276.120 foram da Pfizer; 2.419.450 da Astrazeneca e 1.289.640 da Coronavac.

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A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) está elaborando o planejamento de distribuição das doses para os Centros Regionais de Saúde. O envio deve ser feito nos próximos dias, por vias terrestre, aérea e fluvial, e contará com o apoio da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).

Até a manhã de domingo (20), segundo a página do Vacinômetro, o Estado vacinou 2.057.417 pessoas com a primeira dose e 810.426 com a segunda dose. As informações sobre vacinação são fornecidas pelas secretarias municipais de Saúde e a população pode acompanhar o andamento da campanha, em todo o Estado, pelo vacinômetro. O Pará registra 542.075 casos e 15.208 mortes.

Com informações da Agência Pará.

Pernambuco recebeu mais 310 mil doses da vacina da AstraZeneca na noite desse domingo (20). A remessa vai garantir o ciclo de imunização aos vacinados com a primeira dose. Ao todo, o Estado já recebeu 2.630.170 unidades da fabricante.

O novo lote chegou ao Aeroporto Internacional do Recife, na Zona Sul, às 18h29 e seguiu para a sede do Programa Estadual de Imunização, onde será dividido e repassado às 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres) para reabastecer os municípios.

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"A vacina salva vidas, e tem reduzido as internações e óbitos em Pernambuco, mas para garantir essa proteção é essencial tomar as duas doses. Contamos com o empenho dos municípios para dar celeridade ao avanço da aplicação da segunda dose em seus territórios e contribuir para a proteção da nossa população”, reiterou o secretário de Saúde André Longo.

Na última sexta (18), Pernambuco recebeu 65 mil doses da Coronavac e 97.110 da Pfizer. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), desde 18 de janeiro - dia do início da campanha contra a Covid-19 - o Estado recebeu 4.992.460 unidades de imunizantes.

Além das 2.630.170 da Astrazeneca, a pasta aponta que recebeu 2.024.160 da Coronavac e 338.130 doses da Pfizer.

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