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O deputado Fábio Macedo (Pode-MA) foi eleito líder do bloco partidário formado por MDB, PSD, Republicanos, Podemos e PSC e conta com 142 deputados.

“Este bloco parlamentar está unido em torno de bandeiras programáticas, entre elas a independência do Parlamento, a despolarização política, a busca por consensos, a defesa da democracia e o desenvolvimento do Brasil", disse Fabio Macedo, que foi deputado estadual no Maranhão na legislatura passada e exerce seu primeiro mandato como deputado federal.

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Este é o único bloco partidário em funcionamento na Câmara. Foi formado no dia 1º de fevereiro para a eleição da Mesa Diretora, com 20 partidos e 496 deputados. Após a eleição, diversos partidos deixaram o bloco, que se consolidou agora com esses cinco partidos.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), parabenizou o grupo. "Parabenizo os líderes do Republicanos, PSD, PSC, Podemos e MDB pela formação do bloco para atuação na Câmara dos Deputados. Sempre defendi a unidade para reduzirmos o número de partidos, fortalecendo-os e dando à sociedade confiança no nosso sistema partidário. Dessa forma, reafirmamos o compromisso com a democracia e o Parlamento brasileiros", disse ele em suas redes sociais.

*Da Agência Câmara de Notícias

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou prioridade para três temas de interesse dos prefeitos ao participar nesta quarta-feira (29) da 24ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Entre eles está o financiamento do piso nacional da enfermagem, aprovado pelo Congresso Nacional em 2022. 

A Lei 14.434/22 definiu como salário mínimo inicial para a categoria o valor de R$ 4.750, a ser pago pelos serviços de saúde públicos e privados, mas está suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 25/22 prevê um repasse estimado em R$ 9 bilhões anuais para cobrir a despesa. 

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“Vamos promover amplo debate a respeito da PEC 25/22 para suportar despesas que não tinham ainda programação orçamentária, como o piso nacional dos enfermeiros, e não podem cair nas costas dos mais fracos, como os hospitais filantrópicos ou os municípios que vivem dos repasses federais”, disse Arthur Lira.

A PEC 25/22 surgiu de debates na Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que organiza a marcha a Brasília. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara ainda deverá analisar a admissibilidade dessa proposta – se aprovado, o texto passará por comissão especial antes de chegar ao Plenário. 

A PEC 253/16, outro item destacado por Arthur Lira nesta quarta, inclui entidades de representação de municípios de âmbito nacional no rol de legitimados para propor, no STF, ação direta de inconstitucionalidade (ADI) e ação declaratória de constitucionalidade (ADC). Esse texto já está pronto para votação no Plenário.

Já o Projeto de Lei Complementar (PLP) 139/22 encontra-se apensado a um texto oriundo do Senado. Surgido na marcha do ano passado, o PLP 139/22 pretende evitar quedas na arrecadação em razão de mudanças no rateio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) decorrentes da contagem populacional.  Ao estimular a participação dos prefeitos nos debates sobre essas três propostas, Arthur Lira pediu apoio para uma reforma tributária – “aquela que for possível”, disse.

“A Confederação Nacional dos Municípios tem enriquecido o processo com uma participação muito atenta nos debates”, observou o presidente da Câmara.  Arthur Lira aproveitou a marcha a Brasília para anunciar também que, a pedido de parlamentares, o Poder Executivo deverá postergar para março de 2024 a entrada em pleno vigor de todas as regras da nova Lei de Licitações (14.133/21). Prefeitos pediam mais tempo para ajuste à norma, que valeria agora em abril.

Exposição na Câmara

A edição deste ano da marcha trouxe a Brasília representantes de mais de 4,2 mil municípios, segundo o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. No total, a entidade estimou que cerca de 10 mil pessoas participarão das atividades nesta semana.  Na segunda-feira (27), foi aberta na Câmara dos Deputados a exposição “25 anos de Marcha”, que conta a história de cada uma das edições do evento e da CNM. Organizada pela entidade, a mostra acontece no Corredor Tereza de Benguela. 

*Da Agência Câmara de Notícias

Uma discussão entre políticos assumidamente bolsonaristas e nomes da base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), interrompeu o depoimento do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Parlamentares de oposição a atual gestão, trazem várias acusações contra o ministro, relacionadas principalmente, à sua visita ao complexo de favelas da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) afirmou que seria impossível entrar na região sem o apoio de criminosos de facções do local. Outros bolsonaristas chegaram a dizer que Dino fez um acordo com traficantes para sua proteção na visita, porém na época, o ministro avisou previamente às autoridades de segurança sobre o seu encontro com lideranças da comunidade.

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Flávio Dino explicou que foi convidado para participar de um evento da organização Redes da Maré, que articula junto com órgãos governamentais vários projetos em defesa dos interesses da população local. A Redes da Maré foi criada por moradores do Complexo da Maré e oferece oportunidades em educação e trabalho para a classe residente na região.

Outro assunto discutido foram os atos golpistas do dia 8 de janeiro. A deputada federal Carol de Toni (PL-SC) se exaltou e interrompeu a fala do ministro, afirmando que Dino sabia previamente dos atos terroristas daquele dia.

Em outro momento na audiência, o ministro da Justiça foi interrompido ao comentar sobre acusações sem provas contra o Partido dos Trabalhadores e citar ocasião da quebra de microfone do plenário da Câmara no dia 21 deste mês pelo deputado federal André Fernandes (PL-CE).

Rui Falcão (PT-SP), presidente da comissão, precisou interromper a audiência em determinados momentos e ordenar o desligamento dos microfones dos deputados que atacavam Flávio Dino, e assim, restabelecer a ordem no local.

 

O Ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino satirizou o deputado federal André Fernandes (PL), durante audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça realizada nesta terça-feira (28), na Câmara dos Deputados, em Brasília, por possível 'fake news' sobre o Jusbrasil, empresa privada de tecnologia jurídica.

O deputado André Fernandes afirmou que o nome de Flávio Dino aparece 277 vezes no Jusbrasil. Em resposta, o ministro ironizou que vai usar a fala do deputado “como anedota, como piada” na sala de aula, e que ele havia acabado “de entrar no meu livro de memórias”. “O Jusbrasil, quando bota o nome, não aparece os nomes de quem responde ao processo. Aparece o nome de quem pediu direito de resposta à Justiça, de quem foi requerido num pedido de resposta, de quem registrou a candidatura, de quem prestou contas à Justiça Eleitoral, foi testemunha num processo”, explicou. 

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“A essas alturas, dizer, com base no Jusbrasil, que eu respondo a 277 processos, se insere mais ou menos no mesmo continente mental de quem acha que a terra é plana. E, claro que, olhando nos seus olhos, eu vejo que o senhor sabe que a terra é redonda. Então, assim como o senhor sabe que a terra é redonda, nunca mais repita essa mentira, essa fake news”, afirmou Dino. 

A Câmara dos Deputados é a responsável pelo pagamento do piloto de avião particular e do gerente do haras da família do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil). A informação foi revelada pelo jornal Estadão. De acordo com a reportagem, os funcionários foram alocados no gabinete ainda quando o ministro estava no exercício do mandato e seguiram nos cargos quando o suplente, Dr. Benjamin de Oliveira (União Brasil), assumiu a vaga. 

A matéria detalha que o gerente do haras da família de Juscelino, Klennyo Ribeiro, foi nomeado em 2016. Ele é visto como um homem de confiança do ministro e recebe um salário de R$ 7,8 mil. Já o piloto Leumas Rendder Campos Figueiredo foi contratado em 2018 e recebe R$ 10,2 mil.

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A Câmara já pagou, de 2016 até fevereiro deste ano, mais de R$ 1,2 milhão aos dois funcionários. 

À reportagem, o ministro disse, em nota, que os dois "prestam suas atividades com zelo, profissionalismo e regularidade, no apoio à atividade parlamentar em Brasília e no Estado, seja presencialmente, seja em modelo híbrido ou remoto na pandemia".

Já Dr. Benjamin, que segundo as informações não tem haras nem avião, disse ter contratado porque quis. 

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) protocolou um ofício na Câmara dos Deputados no qual denuncia e pede esclarecimentos sobre as condições dos trabalhadores terceirizados do Festival Lollapalooza. No documento feito pela deputada é solicitado que a Comissão de Valores Mobiliários e a Bolsa de Valores (B3) pressionem a Justiça por uma punição a essas empresas.

O Ministério do Trabalho notificou na última semana e no último sábado (25), as empresas Yellow Stripe e T4F por trabalho análogo a escravidão. No dia 22 de março, cinco trabalhadores informaram que foram obrigados a cumprir turno de 12 horas seguidas de trabalho e dormir no evento sob papelões.

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“Somei-me aos esforços do Ministério Público do Trabalho e da Superintendência Regional do Trabalho de SP contra o trabalho escravo no Lollapalooza”, comentou a parlamentar nas redes sociais. Erika justificou que “uma empresa que não considera o flagrante de trabalho escravo em seu maior evento um ‘fato relevante’ não demonstra Governança Corporativa que diz ter em sua listagem na Bolsa”.

Confira publicação da deputada:

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A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) ouve na quinta-feira (30), às 8h, o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula. Ele comparecerá ao colegiado, na condição de convidado, para apresentar as diretrizes e os programas prioritários de sua pasta para os próximos anos.

Na avaliação da presidente da CRA, a senadora Soraya Thronicke (União-MS), o comparecimento de André de Paula à comissão será importante tanto para divulgar as novas atividades do ministro, como também para identificar oportunidades de aprimoramento da legislação relativa à pesca e à aquicultura.

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O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) é um órgão da administração federal direta, criado em 2009. A pasta é responsável pela implantação de uma política nacional pesqueira e aquícola, como forma de transformar essa atividade econômica em uma fonte sustentável de trabalho, renda e riqueza.

Vice-presidente Na primeira parte da reunião, haverá eleição para escolha do vice-presidente da CRA. Em 8 de março, Soraya Thronicke foi eleita, por aclamação, para presidir o colegiado no biênio 2023-2024.

Na ocasião, Soraya prometeu pautar os trabalhos da CRA na busca da harmonia entre agronegócio e meio ambiente. A senadora, que já havia presidido a CRA no biênio 2020-2021, também defendeu o enfrentamento da questão fundiária.

A reunião da CRA será realizada na sala 3 da ala Alexandre Costa. 

*Da Agência Senado

Com uma composição bastante polarizada entre esquerda e direita, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados foi palco de uma discussão acalorada na primeira reunião deliberativa da legislatura, nesta quarta-feira (22). A presidente Luizianne Lins (PT-CE) chamou a atenção dos colegas diversas vezes para que fossem votados os requerimentos.

Um deles propunha audiência pública sobre um relatório do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania a respeito do povo Yanomami no período entre 2019 e 2022. O requerimento, do deputado Luiz Couto (PT-PB), foi debatido durante praticamente toda a sessão.    

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O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) pediu a ampliação da discussão para os últimos 20 anos. O requerimento acabou sendo votado com a ampliação, mas a deputada Luizianne Lins disse que pretende tornar as reuniões mais objetivas.

“Já está talvez se desenhando que será uma comissão bastante efusiva. Eu vou ter que controlar de fato para que o respeito seja uma regra. Embora existam discussões ideológicas, acaloradas, que a gente mantenha o respeito entre os membros da comissão", disse ela. "E, na dúvida, nós vamos para o regimento. Afinal de contas, nós temos que lutar pelos direitos humanos do povo brasileiro e para nós isso aí é questão central, que vai nos mover aqui na comissão”.

A deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) concordou que o regimento interno tem que ser observado. “As pessoas estão em tese fazendo questões de ordem, mas sem recorrer aos artigos do regimento que balizam a questão de ordem. Isso não pode acontecer porque acaba sendo um instrumento de interrupção da fala das colegas e não um instrumento de fato de questão de ordem”. 

A deputada Geovânia de Sá (PSDB-SC) disse que é importante que o clima seja de respeito. “Todos têm as suas defesas. Porém, acredito que nós precisamos aqui ter respeito, limite. Cada um vai defender, mas respeitar o colega; isso é saudável para essa comissão, para essa Casa”, apontou.

Outras gestões

O deputado Pr. Marco Feliciano (PL-SP) lembrou as dificuldades que enfrentou em sua gestão como presidente da comissão em 2013 e disse que agora a composição está mais equilibrada. “Imagina a senhora o que é presidir uma comissão onde a metade não queria participar simplesmente porque a figura que estava sentada na cadeira era a de um pastor fundamentalista (segundo eles), de um cristão. Hoje, essa comissão parece equilibrada, porque nós temos vozes do outro lado; me deixa muito feliz, com sentimento de papel cumprido”, afirmou Feliciano.

A deputada Luizianne Lins disse que o colegiado precisa se concentrar nos casos de violação dos direitos humanos no País. Entre os requerimentos aprovados, estão pedidos de audiências sobre a questão do trabalho escravo em vinícolas do Rio Grande do Sul e o aumento dos casos de violência contra as mulheres. 

*Da Agência Câmara de Notícias

Com a maior bancada da história do Parlamento nessa legislatura – 91 deputadas –, as mulheres também assumem a presidência de cinco comissões permanentes da Câmara neste ano. Além de comandar a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, as deputadas estarão no comando das comissões de Ciência, Tecnologia e Inovação; de Fiscalização Financeira e Controle; de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial; e da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais.

Em seu primeiro mandato como deputada federal, Célia Xakriabá (Psol-MG) assume a Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais, criada neste ano, assim o Ministério dos Povos Indígenas. Ela ressalta que demorou 523 anos para um indígena assumir a presidência de uma comissão na Câmara. 

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Na concepção da deputada, que é mestre em Desenvolvimento Sustentável, é preciso lembrar que “quem é maioria nem sempre faz melhoria”. Célia Xakriabá sublinha que, embora os povos indígenas representem menos de 1% da população brasileira e não cheguem a 5% da população mundial, protegem 80% da biodiversidade.    

Escolhida presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, a deputada Lêda Borges (PSDB-GO), única eleita pelo PSDB, destaca que as mulheres continuam lutando pelos mesmos direitos que reivindicavam há mais de um século e meio – direito à vida, ao emprego, à igualdade salarial. Ainda assim, a parlamentar goiana se diz otimista, já que existe unidade da bancada na defesa das pautas femininas. "Depois de um século e meio estamos lutando para não morrer e para ter o reconhecimento salarial igual ao dos homens na iniciativa privada".

Representante do maior partido de oposição na Casa, o PL, a deputada Bia Kicis (PL-DF) vai comandar a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, responsável por fiscalizar as contas de órgãos da administração pública federal. Depois de ser a primeira mulher a presidir a prestigiada Comissão de Constituição e Justiça, Bia Kicis ressalta que também será pioneira à frente da comissão de Fiscalização.

A Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial, ficará a cargo da deputada Luizianne Lins (PT-CE). Em seu terceiro mandato, a parlamentar assume a tarefa depois de ter sido vice-líder de seu partido na última legislatura.

A última comissão que será comandada por uma mulher neste ano é a de Ciência, Tecnologia e Inovação, que coube à deputada Luisa Canziani (PSD-PR). No segundo mandato, a paranaense também foi escolhida como coordenadora da Bancada Feminina na Casa.

*Da Agência Câmara de Notícias

Somente no primeiro mês da nova legislatura (fevereiro), 42 projetos de lei foram apresentados na Câmara dos Deputados sobre o combate à violência contra a mulher. Vários se referem à proteção da mulher em estabelecimentos noturnos após o caso envolvendo o jogador de futebol Daniel Alves, na Espanha. Já são 16 projetos tramitando em conjunto sobre o tema.

A autora de um desses projetos (PL 4/23), deputada Dandara (PT-MG), explica que a ideia é criar um selo “não é não” para que as mulheres possam identificar estabelecimentos que seguem protocolos em caso de assédio e importunação sexual. “O primeiro passo é acolher a vítima, é apartar dos demais, é preservar as imagens, é identificar o suspeito, é acionar a polícia”, lista Dandara.

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Aumento da violência Estudo recente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública também mostrou um aumento geral de casos de violência contra mulheres em 2022. Segundo Isabela Sobral, coordenadora do núcleo de dados da entidade, um terço das mulheres já sofreu violência por parte de seus companheiros.

Entre as que sofreram abuso, 45% não denunciaram. Um dos motivos citados por elas para não fazer a denúncia é a descrença na adoção de medidas por parte das autoridades.

Transexuais

Isabela Sobral pontua ainda que o Congresso também deve estar atento para a violência contra mulheres transexuais. Ela diz que o aumento do número de projetos de lei que visam combater a violência contra a mulher é positivo, mas ressalta que também é importante que essas propostas tenham um viés também para mulheres transexuais.

"São mulheres que sofrem uma violência que muitas vezes é invisibilizada, tanto nos projetos quanto nas políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher”, afirma. 

A deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) apresentou um projeto (PL 128/23) para mudar a lei de combate à violência política de gênero (Lei 14.192/21) e incluir as mulheres transexuais e travestis.

Segundo a parlamentar, se a mulher eleita desiste de participar da vida política "porque fica com medo, ou porque tem a sua família, ou porque foi exaustivo mentalmente, politicamente, uma série de elementos... Isso tem um impacto gigantesco sobre o seu eleitorado e sobre as demais mulheres brasileiras”.

Já o deputado Rubens Otoni (PT-GO) propôs projeto (PL 115/23) que veda a nomeação para cargos em comissão de pessoas que tenham sido condenadas pela Lei Maria da Penha.

Todos os projetos de lei serão despachados para análise das comissões da Casa.

*Da Agência Câmara de Notícias

Nesta quarta-feira (15), a deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG) foi eleita presidente da Comissão da Amazônia e Povos Originários Câmara dos Deputados. Ela é a primeira indígena a assumir a presidência de uma comissão no Congresso Nacional.

A deputada afirma que o colegiado não vai se limitar aos temas da Amazônia, mas vai tratar também de restabelecer qualidade de vida para os povos tradicionais de todo território nacional, como quilombolas e ribeirinhos em situação de vulnerabilidade.

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A parlamentar também falou da responsabilidade e importância de pessoas indígenas assumirem cargos de poder que decidam melhorias para o país.

"Não serei somente uma pessoa indígena a presidir a comissão, serão 900 mil cocares que assumem a comissão comigo", disse a deputada. "Assumir o protagonismo da luta não é assumir a voz de uma parlamentar indígena, mas é assumir as vozes do território", reforçou. Ela pontuou que os temas tratados no colegiado são "questões humanitárias". 

A Comissão assumida por Célia Xakriabá discute e vota propostas relativas ao desenvolvimento da região Amazônica e assuntos indígenas, como regime das terras tradicionalmente ocupadas por esses povos. Antes, esses assuntos eram discutidos pela Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional.

A deputada federal Lêda Borges (PSDB-GO) foi eleita nesta quarta-feira (15) presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados. Ela substitui a ex-deputada Policial Katia Sastre (SP).

“Estou extremamente honrada, lisonjeada, pela confiança depositada em mim para articular e coordenar um trabalho coletivo para as políticas públicas deste País no que tange a nós todas”, destacou a nova presidente do colegiado.

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“Trago uma experiência de 28 anos de vida pública, ora no executivo ora no legislativo, e essa capacidade me fez enfrentar muitas barreiras como mulher”, acrescentou.

Lêda Borges lembrou ainda demandas antigas e atuais das mulheres, como a igualdade de oportunidades e o combate ao feminicídio. “Espero que essa comissão continue com seu trabalho técnico e suprapartidário para discutir os avanços da igualdade salarial entre homens e mulheres e a questão do feminicídio, que hoje se tornou novo palco de notícias desagradáveis”, concluiu.

Perfil

Natural de Conquista, em Minas Gerais, Lêda Borges está no primeiro mandato na Câmara dos Deputados. Formada em Letras e em Direito, já foi vereadora e prefeita em Valparaíso de Goiás e, por duas vezes, deputada estadual em Goiás. Exerceu ainda os cargos de secretária municipal de Educação, Cultura e Deporto; e de Obras, e de secretária estadual de Desenvolvimento Social.

O que faz a comissão

Criada em 2016, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher tem, entre suas atribuições, o recebimento, avaliação e investigação de denúncias relativas à ameaça ou à violação dos direitos da mulher, em especial as vítimas de violência doméstica, física, psicológica e moral. A comissão também fiscaliza programas governamentais relativos à proteção dos direitos da mulher.

Entre outras atribuições estão: incentivar e fiscalizar programas de apoio às mulheres chefes de família; fazer o monitoramento da saúde materno-infantil e neonatal, dos programas de apoio a mulheres em estado puerperal, em especial nas regiões mais carentes do País; e incentivar e monitorar programas de prevenção e de enfrentamento das doenças que afetam as mulheres. 

*Da Agência Câmara de Notícias

O deputado Rui Falcão (PT-SP) foi eleito nesta quarta-feira (15) presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, com 43 votos. Houve 15 votos em branco. O deputado foi indicado ao cargo pela federação partidária PT-PCdoB-PV. Os ocupantes dos demais cargos da Mesa da comissão (1ª, 2ª e 3ª vice-presidência) serão eleitos na próxima semana.

“Pretendo corresponder à confiança fazendo aqui uma gestão democrática, moderada, ouvindo os coordenadores de bancada, procurando ter uma diversidade na questão das relatorias e tentando pautar a condução pela moderação”, disse Falcão logo após assumir o cargo.

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Ele pediu que cada bancada partidária indique um coordenador para participar das reuniões semanais de definição de pauta.

O novo presidente da CCJ está no seu segundo mandato como deputado federal. Aos 79 anos, Falcão é advogado e já exerceu outros cargos na política, como secretário de Governo da Prefeitura de São Paulo. Também foi presidente nacional do PT.

O que faz a comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania analisa os aspectos constitucional, legal, jurídico, regimental e de técnica legislativa de todos os projetos que passam pela Câmara, bem como de emendas ou substitutivos.

Outra atribuição da comissão é analisar a admissibilidade de proposta de emenda à Constituição. No mérito, a CCJ analisa assuntos de natureza jurídica ou constitucional e responde consultas feitas pelo presidente da Câmara, pelo Plenário ou por outra comissão sobre esses temas. Tradicionalmente é a comissão mais disputada pelos partidos.

*Da Agência Câmara de Notícias

O Projeto de Lei 1055/23 regulamenta o recebimento de presentes, brindes ou similares por agentes públicos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. O texto em análise na Câmara dos Deputados proíbe o recebimento de presentes de interessado em decisão ou ação competente do agente público.

Pela proposta, sendo inviável a recusa em virtude de cordialidade, cortesia ou diplomacia, a pessoa deverá remeter o bem ao setor de gestão de patrimônio do órgão a que pertence, para inclusão no patrimônio público ou leilão. O agente público deverá registrar e publicar as informações sobre os itens recebidos.

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Será lícito aos agentes públicos o recebimento de brindes no exterior desde que limitados à cota de isenção por passageiro (US$ 1 mil hoje). Para hospitalidades – despesas com transporte, alimentação e hospedagem, entre outras –, o valor deverá ser compatível com o serviço, respeitado o estrito interesse institucional.

Tipificação no Código Penal

A proposta também insere dispositivos no Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) para instituir o crime de aceitar presentes ou receber brindes e hospitalidades exorbitantes ou incompatíveis com o cargo.  A pena será de reclusão, de 2 a 12 anos, e multa. As sanções valerão também para quem tentar desembaraçar os itens.

“São frequentes os assédios aos tomadores de decisão e o mecanismo de persuasão não é o convencimento, apresentação de dados ou as melhores práticas de política pública, mas sim o oferecimento de presentes, vantagens indevidas ou excessiva hospitalidade aos agentes governamentais”, critica o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ). 

Joias da Arábia

O parlamentar sugere ainda que, se aprovada, a norma seja batizada como “Lei Joias da Arábia”, em referência ao caso das joias que teriam sido dadas de presente pela Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Avaliadas em R$ 16,5 milhões as joias foram retidas em outubro de 2021 pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos (SP) quando integrantes do governo anterior tentaram entrar com elas no País sem declará-las.

*Da Agência Câmara de Notícias

A deputada federal Erika Kokay (PT-SF) explicou sobre racismo estrutural após um deputado bolsonarista afirmar, na tribuna da Câmara dos Deputados, em Brasília, que “falar sobre questão racial, colocar benefícios para um melhor que para outros.. Daí já estamos sendo racistas”. A petista exaltou, em publicação nesta quinta-feira (2), que política específica de estímulo ao crédito e autonomia financeira da mulher, sobretudo mulheres pretas, é parte do reconhecimento da existência do racismo estrutural. 

“Esta condição humana que pressupõe sermos donas da nossa fala, do nosso pensar, do nosso agir, do nosso querer, está sendo violada no que diz respeito às mulheres, e quando se faz aqui um recorte de raça, se faz reconhecendo também que há o racismo estruturante no nosso País”, afirmou a parlamentar. 

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De acordo com Kokay, é impossível “negar a lógica racista” que permeia o Brasil. “Ao reconhecê-la, cabe a esta Poder e ao Estado e a própria sociedade civil lutar para que tenhamos política para essa superação mas, para além disso, ressaltar que o maior argumento do racismo é negar o racismo. É culpabilizar a população, que é vítima do racismo pelo próprio racismo. É hipocrisia, cinismo. O Brasil é racista e precisa ter políticas de inclusão”, complementou. 

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O deputado Beto Pereira (PSDB) viajou torcer pelo Flamengo, em Marrocos, no mesmo dia que a Câmara dos Deputados realizava uma votação. A princípio, a falta foi justificada com uma "missão oficial". 

Eleito como o segundo deputado mais bem votado no Mato Grosso do Sul, Beto não esconde o fanatismo pelo rubro-negro carioca nas redes sociais. Ele chegou a publicar uma foto enrolado na bandeira do clube no plenário da Câmara para comemorar a vitória pela primeira rodada do Brasileiro de 2021.

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Após a repercussão sobre a falta para ver o jogo do Flamengo publicada pelo Uol, a justificativa foi alterada pelo gabinete do deputado por uma simples "ausência".

Em nota, ele informou que a viagem ao Mundial de Clubes para a partida contra o Al-Hilal foi uma promessa feita ao filho, de 15 anos, e que os gastos foram pagos com seu próprio dinheiro.

O deputado federal Luciano Vieira (PL-RJ) esteve em um jantar com a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última quarta-feira (8), em Brasília. A reunião foi realizada na casa do deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ). 

Segundo o colunista do g1 Octavio Guedes, Vieira esteve com lideranças do PT, como o ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha, o subsecretário Executivo da pasta Olavo Noleto, e Quaquá. Aliados do presidente como o prefeito de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Wagner Carneiro, o esposo da ministra do Turismo Daniela Carneiro. 

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Um outro parlamentar que esteve no jantar foi Otoni de Paula (MDB), que sempre foi muito próximo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo integrando o partido da ministra do Planejamento e Orçamento Simone Tebet. 

A aproximação de Luciano com a base de Lula iniciou depois de ter lançado uma candidatura de oposição ao nome indicado pelo PL para ocupar a segunda vice-presidência da Câmara, pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). No entanto, na oposição, Vieira fez campanha para deputados do PT, PCdoB e PSOL. 

A representante do Novo na Câmara dos Deputados, deputada Adriana Ventura (SP), disse que o partido está disposto a enfrentar o que classificou de “retrocessos em todos os avanços na economia e na liberdade econômica”, entre os quais citou o embate entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a autonomia do Banco Central.

“Infelizmente, não estamos otimistas com o novo governo. Cada vez que o presidente Lula tenta fazer um grande retrocesso, o mercado reage, o dólar sobe, a bolsa despenca", disse. Segundo ela, "todo mundo fica inseguro e isso tem um impacto direto na geração de emprego”.

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Adriana Ventura reforçou que o Novo fará “uma oposição responsável” diante de uma eventual decisão concreta de interferir nas decisões da autoridade monetária, como uma eventual revogação da lei que garante a autonomia do Banco Central e os mandatos fixos e não coincidentes com o governo de seus diretores.  Reforma Tributária Sobre as pautas do governo consideradas positivas pelo partido, Ventura destacou a reforma tributária.

O tema vai ser discutido por um grupo de trabalho a partir das propostas que já estão na Câmara (PEC 45/19) e no Senado (PEC 110/19). A relatoria será do deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).  “Vamos batalhar por ter um sistema mais simples e transparente, que faça com que o Custo Brasil diminua, porque hoje o Brasil está uma vergonha, de tanto tributo que cobra sem dar retorno à população”, disse a representante do Novo.

Oposição

Adriana Ventura acredita que o governo não terá problemas em assegurar a governabilidade em 2023, uma vez que, segundo ela, o PT conseguiu negociar com outros partidos, antes em oposição, para formar maioria – com exceção do Novo. Nesse contexto, ela afirma que o partido assume um papel importante.

“O Novo será o único partido de oposição. Claro que temos parlamentares que serão oposição em um partido ou outro, mas a gente sabe que esses partidos, no final, ficam em uma chapa branca que está sempre na base”, frisou Ventura.  A representante do Novo, partido com três deputados, é formada em administração pública e tem doutorado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com tese sobre Ética e Integridade. 

*Da Agência Câmara de Notícias

A bola assinada por Neymar está de volta à Câmara dos Deputados. O presente, dado pelo time paulista Santos Futebol Clube, foi roubado durante a invasão da Câmara dos Deputados por radicais defensores de um golpe de estado no dia 8 de janeiro. A bola foi devolvida à Polícia Militar de Sorocaba, em São Paulo, em seguida repassada para Polícia Federal e por fim entregue ao Departamento de Polícia Legislativa da Câmara, o Depol.

Segundo o diretor-geral da Câmara, Celso de Barros Correia Neto, o retorno do item ao lugar que ocupava desde 2012, quando foi doada, simboliza um avanço para que a instituição volte a funcionar normalmente.

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“Este momento de receber esse presente que foi doado à Câmara de uma forma tão solene, tão simbólica, mostra mais um passo na recomposição da nossa estrutura, daquilo que a sociedade espera da Câmara, e do retorno da normalidade institucional”, disse.

O presente foi dado à Câmara pela delegação do time que participou de uma sessão solene em comemoração do centenário do clube, em 10 de abril de 2012.  De acordo com a Folha de S.Paulo, o suspeito confessou ter participado dos ataques e levado a bola. Ele foi ouvido e em seguida liberado, já que não havia flagrante ou mandado de prisão em aberto contra ele.

Infratores

O Depol já identificou mais de 40 infratores e está trabalhando na identificação de todos que invadiram a Câmara.  Com a recuperação da bola, ainda falta encontrar um item dos que foram levados no dia 8 de janeiro: uma pérola presenteada pelo ministro das Relações Exteriores e vice-primeiro-ministro do Estado do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, ao então presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em 8 de setembro de 2019. 

*Da Agência Câmara de Notícias

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (9) dois projetos de decreto legislativo que contêm acordos internacionais assinados pelo Brasil (PDLs 1130/21 e 160/22). As propostas serão enviadas ao Senado.

Pela Constituição, atos internacionais firmados pelo governo brasileiro devem ser aprovados pelo Congresso Nacional. O primeiro projeto (PDL 1130/21) aprova o texto do acordo que visa estimular a coprodução de obras audiovisuais, como filmes e documentários, com a África do Sul. O acordo será implementada pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) e, no caso sul-africano, pela National Film and Video Foundation (NFVF).

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Assinado em Brasília, em 2018, o acordo define as condições da coprodução de obras audiovisuais, como o acesso a benefícios, a contribuição de cada coprodutor para o orçamento da obra e regras para admissão temporária de equipes de filmagem. O Brasil possui acordo semelhante com outros países, como Israel e China.

Durante o debate, o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) afirmou que o tratado é importante para estreitar o intercâmbio cultural entre o Brasil e a África do Sul. “É preciso retomar a política de incentivo ao nosso audiovisual. O audiovisual nos últimos anos foi maltratado, foi desincentivado”, disse.

Já o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) criticou o uso da Lei Rouanet para apoiar projetos culturais de artistas populares. “Grandes produções culturais, que já têm público garantido, não podem ser financiadas por recursos que, no fundo, são públicos, apesar de serem arrecadados junto a empresas por meio de incentivos fiscais”, disse.

Cumprimento de sentença

O segundo projeto aprovado (PDL 160/22) contém o texto do Protocolo sobre Transferência de Pessoas Sujeitas a Regimes Especiais, celebrado em 2005 pelos países do Mercosul, Bolívia e Chile. O acordo trata da transferência de pessoas condenadas pela Justiça.

O protocolo complementa acordo anterior sobre o assunto assinado em 2004. O objetivo é ampliar o rol de pessoas que podem cumprir sentenças judiciais estrangeiras no seu país de origem.

De acordo com o protocolo, as medidas previstas se aplicarão aos condenados a regimes especiais ou medida de segurança, menores de idade, inimputáveis ou as pessoas que tenham obtido suspensão condicional – possibilidades não previstas no acordo inicial de 2004. Os interessados devem manifestar expressamente interesse em cumprir a decisão judicial estrangeira em seu país de origem. A execução da pena será regida pela legislação do país que receber o preso.

O deputado Abilio Brunini (PL-MT) defendeu a aprovação do acordo. “Somos favoráveis a que cada pessoa cumpra a sua pena no seu país de origem”, disse. O deputado Prof. Reginaldo Veras (PV-DF) lamentou que, nos últimos anos, “as relações bilaterais e as relações multilaterais ficaram fragilizadas”. O deputado José Nelto (PP-GO) disse que o acordo “poderia ser estendido a toda América Latina”, com ressalva apenas aos crimes de tráfico de drogas e terrorismo. 

*Da Agência Câmara de Notícias

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