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O Ministério da Saúde informou ao Estadão que estuda a inclusão de dois medicamentos à base de canabidiol no Sistema Único de Saúde (SUS). A distribuição gratuita na rede depende de aval da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). A avaliação deve ser feita até dezembro.

Hoje a busca por remédios com canabidiol é uma das principais demandas que levam à judicialização no País. Um grupo de 29 senadores manifestou apoio expresso à distribuição gratuita de medicamentos à base de canabidiol, um dos derivados da maconha, no SUS. O movimento formaliza o alinhamento a um estudo em andamento e patrocinado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

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O primeiro medicamento - registrado comercialmente como Mevatyl - é à base de canabidiol e analisado para tratamento sintomático da espasticidade moderada a grave relacionada à esclerose múltipla, de acordo com a pasta. "Essa demanda já esteve em pauta na 89.ª reunião da Conitec, em agosto. A recomendação inicial do plenário foi desfavorável à incorporação e, agora, a demanda segue para consulta pública. A previsão é de que o tema seja pautado na 93ª Reunião da Comissão - que ocorrerá em 4 e 5 de novembro."

O segundo medicamento, um fitoterápico com nome comercial Canabidiol Prati-Donaduzzi, "está em fase inicial de avaliação", de acordo com nota na pasta. A previsão do ministério é de que o tema passe pela primeira avaliação na comissão nos dias 1.º e 2 de dezembro.

Só em dezembro do ano passado a Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou a regulamentação do registro e da venda de medicamentos à base de cannabis (maconha) em farmácias e drogarias no Brasil. A diretoria da agência decidiu vetar, porém, o plantio da erva em território nacional para fins científicos e medicinais.

Em abril, houve o primeiro registro pela Anvisa. Trata-se de um fitofármaco que possui canabidiol e concentração inferior a 0,2% de THC, substância com efeitos psicotrópicos. O produto pode ser vendido nas farmácias, desde que haja prescrição médica. A Anvisa afirma que o fármaco será usado para casos em que não haja alternativa terapêutica, mas não especificou quais doenças seriam beneficiadas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ator e cineasta Clint Eastwood entrou nesta quarta-feira com duas ações milionárias contra fabricantes e comerciantes de canabidiol (CDB), por passarem a falsa impressão de que seus produtos eram apoiados pela lenda do cinema.

Uma das ações apresentadas em uma corte federal de Los Angeles indica que três empresas de CBD promoveram artigos que continham fotos do cineasta, 90. Os textos também atribuíam ao diretor encontros para promover e vender produtos.

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"A verdade é que o senhor Eastwood não tem nenhuma relação com nenhum produto de CBD e nunca deu tal entrevista", assinala o processo por difamação, que busca "responsabilizar as pessoas e entidades que se beneficiaram ilegalmente do seu nome e semelhança".

A ação indica ainda que as três empresas - Sera Labs Inc, Greendios e For Our Vets LLC - enviaram e-mails de spam com o assunto "Clint Eastwood expõe um segredo impactante hoje", nos quais faziam referência a uma suposta entrevista ao canal NBC, que nunca ocorreu.

O segundo processo tem como alvo 10 empresas e indivíduos de vários estados americanos acusados de usarem códigos de programação para que o nome do ator servisse para redirecionar buscas aos sites dos demandados.

"Colocaram, no sentido figurado, um cartaz com a marca do senhor Eastwood na frente de sua loja eletrônica, para atrair clientes, e fizeram o consumidor acreditar que o senhor Eastwood estava associado ou apoiava essas empresas", destaca o texto da ação.

Eastwood, que reclama milhões de dólares em perdas e danos, também pediu que o tribunal determine que as empresas renunciem a toda a receita derivada do esquema. Os envolvidos não responderam às tentativas de contato feitas pela AFP.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira, 22, registro do primeiro produto à base de maconha no País. Trata-se de um fitofármaco que possui canabidiol e concentração inferior a 0,2% de THC, substância com efeitos psicotrópicos.

O produto pode ser vendido nas farmácias, desde que haja prescrição médica. A Anvisa afirma que o fármaco será usado para casos em que não há alternativa terapêutica, mas não especificou quais doenças seriam beneficiadas. A Anvisa não informou o nome do medicamento. O produto é fabricado pela empresa Prati-Donnaduzzi.

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A agência aprovou em dezembro de 2019 resolução para permitir registro de produtos à base de cannabis. Por pressão do governo Jair Bolsonaro, a agência reprovou à época autorização de plantio da maconha com fins medicinais e de pesquisa.

A nova resolução criou uma categoria específica para produtos à base da planta. Antes, apenas medicamentos com substâncias extraídas da cannabis poderiam ser registrados, desde que apresentassem robusto estudo clínico. Este tipo de pesquisa é caro e, segundo pessoas do setor, de difícil execução para produtos mais simples, como fitoterápicos.

O Brasil já permite a venda do medicamento Mevaty, de preço superior a R$ 2 mil no Brasil, indicado para espasticidade moderada a grave relacionada à esclerose múltipla. A expectativa com a nova regra da Anvisa é que outros produtos fiquem disponíveis na farmácia, de menor complexidade, como fitoterápicos.

Laura Neiva está na lista das mamães de 2019 e, ao lado do marido, Chay Suede, encanta nas redes sociais. A atriz está esperando a primeira filha com o amado, que se chamará Maria e, em entrevista a revista Marie Claire, abriu o jogo sobre os aprendizados que adquiriu na gravidez, além de falar sobre sua saúde, revelando que sofre de epilepsia desde os 15 anos de idade e que, hoje, faz tratamento com óleo de canabidiol.

- Descobri que sou epilética há sete anos. Estava com o meu ex-namorado [o apresentador Felipe Solari] em casa e tive uma convulsão. Ele me levou para o hospital e fui diagnosticada como epilética congênita.

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Laura conta que, além das convulsões, Laura também tem crises de ausência, que são pequenos lapsos de consciência que podem durar de cinco a 30 segundos, e que podem vir antes ou não de uma crise convulsiva.

- Tenho desde pequena, mas não sabia explicar para minha mãe o que era. Só depois que tive a primeira convulsão que liguei os pontos. Tive pouquíssimas convulsões durante a gravidez, mas crises de ausência tenho toda semana, enquanto não grávida tinha uma vez por mês.

A atriz revela que toma o mesmo remédio desde que foi diagnosticada, afirmando que apenas aumentou a dosagem, e recentemente também incorporou o uso do óleo de canabidiol (CBD), proveniente da Cannabis sativa, planta que dá origem à maconha, para tratar as crises. Segundo ela, o primeiro contato com o tratamento foi por meio do padrasto que, quando soube da epilepsia, a incentivou a ler artigos sobre o tema.

- Um dos meus cachorros, o Jefinho, é epilético. Ele também tem outros problemas neurológicos e vivia praticamente em estado vegetativo. Decidimos tratá-lo com CBD e, desde então, passou a latir, pedir carinho, tem mais fome, brinca... Foi incrível.

No entanto, Laura conta que ainda não sentiu muita diferença com o uso do óleo.

- Para saber os reais efeitos do CBD, teria que parar de tomar meu remédio e não o fiz. Conversei com meu médico e ele achou melhor continuar tudo igual durante a gravidez, explica.

Sobre a gravidez em si, a atriz revela que os primeiros meses da gravidez não foram fáceis. Hoje, ela está no sétimo mês de gestação.

- Não vou chamar de difícil porque, ouvindo os relatos de outras grávidas, não tenho coragem. Mas é muito chato você ter enjoo e vomitar todo dia, ficar com azia e sentir sono o dia inteiro, estar mal-humorada.

E, mesmo considerando o momento especial, Laura ainda está se adaptando às novidades e buscando entender sua nova realidade.

- Acho divertido ter um bebê se mexendo dentro de mim. Sei que vou amá-la, não tenho a menor dúvida, mas ainda não posso dizer: amo minha filha, é uma construção do dia a dia. Tem gente que tem essa sensação de criar laços logo no início. Para mim, acho engraçado e prazeroso o momento. Estou curtindo cada dia, cada avanço, finaliza.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou neste que o canabidiol - substância derivada da maconha - deve ser considerado como um medicamento e o registro do produto, indicado apenas para situações específicas. "Vamos dar uma panaceia? Para ser usado para tudo?", completou. Ele também se mostrou contrário ao uso de THC em medicamentos, embora já existam no País registro de um remédio traz o princípio ativo na fórmula.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) encerrou semana passada uma consulta pública sobre a regulamentação do plantio da maconha voltada à produção de medicamentos e a pesquisas. O Ministério da Saúde encaminhou um parecer para a agência contrário ao plantio para essas duas situações.

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Mandetta afirmou ter consultado integrantes do Conselho Federal de Farmácia, o Conselho Federal de Medicina, Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil e a Sociedade Brasileira de Psiquiatria. Os relatos reunidos, contou, indicam que medicamentos produzidos a partir dos canabinoides são úteis para pacientes que apresentam crises convulsivas constantes, que não podem ser tratadas com medicamentos hoje disponíveis no mercado.

Semana passada, o ministro já havia afirmado ser contrário ao plantio. Ele argumenta que, como o universo de pacientes que fariam uso do produto é muito limitado, o medicamento poderia ter um preço muito elevado. O cultivo para a pesquisa também seria desnecessário. Grupos interessados em estudar o canabidiol podem continuar a importar o produto, avaliou.

Assim como o ministro da Cidadania, Osmar Terra, Mandetta defendeu que, para consumo no País, bastaria importar o canabidiol, seja o extrato da planta, seja sintético. Mandetta ressaltou, no entanto, que a Anvisa tem autonomia para fazer a resolução . "A Anvisa é um órgão independente. A gente está aguardando uma equidistância. A posição do Ministério da Saúde é científica".

Para o ministro, o uso do termo "medicinal" poderia induzir pessoas a acharem que derivados da maconha fazem bem. E emendou ser contrário à liberação da maconha, do ponto de vista da saúde."Porque seria mais uma droga psicoativa, mais um componente de saúde mental", completou.

Osmar Terra fez ao longo do último mês declarações incisivas contra a proposta da Anvisa com regras para o plantio da maconha para uso medicinal e para pesquisas. Em julho, ele chegou a dizer que, se isso fosse concretizado, o melhor seria "fechar" a agência e que seria o primeiro passo para a legalização da maconha.

Pesquisa conduzida pela Universidade de Brasília (UnB) vai avaliar se o canabidiol, substância presente na maconha, é eficaz no tratamento de dependentes de crack. Liderado pela professora Andrea Gallassi, o trabalho vai comparar o método convencional, feito a partir de uma associação de medicamentos, com o óleo da planta.

A ideia de testar o canabidiol surgiu com base na constatação dos efeitos terapêuticos da substância. Vários trabalhos mostram efeitos positivos para reduzir a compulsão, melhorar a insônia e a ansiedade - todos problemas identificados entre usuários de crack.

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A pesquisadora obteve autorização para importar o óleo. O estudo, com duração de dois meses, será feito com 80 pacientes. Metade deles usará o canabidiol e metade receberá o tratamento convencional. Esta é a segunda pesquisa no mundo realizada para avaliar o impacto do canabidiol entre dependentes de crack. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A União e o Estado do Paraná vão ter de fornecer o remédio Isodiolex (à base de canabidiol) a uma criança com microcefalia e paralisia cerebral, que mora em Cascavel. A determinação foi do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que acatou pedido do Ministério Público Federal.

O caso chegou à Procuradoria em julho do ano passado, relatado pela mãe da criança, que nasceu prematura de 29 semanas com diagnósticos de microcefalia, paralisia cerebral, hidrocefalia e epilepsia, com média de 10 crises ao dia.

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O Ministério Público Federal ajuziou ação civil pública, "tendo em vista que, segundo laudo pericial judicial, a paciente esgotou as alternativas terapêuticas fornecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) sem redução na frequência das crises convulsivas".

A Procuradoria pediu que a União e o estado do Paraná custeassem o medicamento Isodiolex, que não tem equivalente na rede pública e demonstra boa eficácia no tratamento da epilepsia.

Em decisão liminar em outubro do ano passado, a Justiça Federal no Paraná acatou o pedido do Ministério Público Federal. No entanto, a União recorreu ao TRF-4 e obteve a suspensão da decisão até que o Tribunal julgasse o caso.

A União argumentou basicamente que é vedado o fornecimento pelo SUS de qualquer medicamento sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ainda que o remédio tenha sua importação autorizada pela agência.

Tal entendimento foi firmado pelo Superior Tribunal de Justiça no julgamento do Recurso Especial 1657156/RJ.

Em 6 de fevereiro deste ano, o TRF-4, ao analisar o caso, entendeu pertinente a defesa da União e decidiu que não cabia a concessão do remédio.

A Procuradoria recorreu alegando que, excepcionalmente em relação ao canabidiol, a Anvisa tem autorizado sua importação por pessoa física, para uso próprio, estando a matéria regulamentada pela Resolução 17/2015.

Ou seja, mesmo não havendo ainda o registro, é possível a prescrição a pacientes com doenças graves e sem alternativa terapêutica satisfatória com produtos registrados no país.

Com base nos novos argumentos, no último dia 18 de julho, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região julgou o recurso do Ministério Público Federal - embargos de declaração - e reformou o acórdão de fevereiro.

As informações foram divulgadas pela Assessoria de Comunicação da Procuradoria da República no Paraná.

A socialite Kim Kardashian aguarda a chegada de seu quarto filho, que está sendo concebido por barriga de aluguel e deve nascer daqui duas semanas.

Para comemorar o nascimento do bebê, a celebridade promoveu uma festa ontem em sua mansão na Califórnia. O evento teve famosas entre os convidados, como Paris Hilton e  Chrissy Teigen, mas o que chamou atenção foram os produtos feitos a partir do canabidiol, substância derivada da maconha. Além de cosméticos como óleos e sais de banho, a cannabis também foi matéria prima para uma fonte de chocolate.

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Kim divulgou, na ferramenta stories de seu Instagram, a pequena plantação da erva que ela cultiva em seu jardim, além do processo de criação dos produtos que foram oferecidos como brindes aos seus convidados, além de um par de chinelos Yeezy, marca de tênis e vestuário de seu marido Kanye West.

Por Junior Oliveira

A Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace Esperança) realizará um workshop para prescritores em Brasília no dia 27. Nos dois dias seguintes, o Conselho Federal de Medicina (CFM) vai realizar, o I Fórum da Comissão para Controle de Drogas Lícitas e Ilícitas - Maconha medicinal e recracional e a ONG participará como ouvinte.

No evento, o Gestor de Relacionamento Médico da Abrace Esperança, Alan Costa, falou que irá explanar sobre a legalidade do tratamento. “Muitos ainda têm receio e pensam que ainda é "proibido". Vou focar na documentação de confecção para o paciente, pois a maioria dos médicos ainda estão se atualizando”, contou Alan Costa.

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Será ainda feito uma panorâmica da Entidade, mostrando os setores, as pessoas que compõem, como é feito o cultivo, armazenagem, a produção, as subespécies e linhagens que são trabalhadas na associação para produzir a base do extrato, laboratório, logísticas e canais de suporte. A Associação produz mais de dez produtos.

Durante o workshop, as pessoas poderão ainda descobrir quais as patologias atendidas pela entidade e alguns dados estatísticos. “Vamos destacar os pontos que precisam ser descritos na receita e laudo e alguns casos de pacientes associados”, acrescentou.

Também haverá participação especial de uma médica psiquiatra de São Paulo, prescritora de cannabis medicinal desde 2016, Ana Hounie. Ela falará sobre a farmacologia das substâncias presentes na planta e como atuam no corpo humano, segundo entendimento da comunidade científica e apresentará casos empíricos de seus pacientes associados a Abrace Esperança.

Essa atividade é itinerante e passará por várias regiões como São Paulo, Rio de Janeiro e Campina Grande. O workshop da Abrace acontecerá as 14 horas, no Hotel Comfort, em Brasília, e as inscrições estão abertas e podem ser feitas no site.

Já para o Fórum do CFM, as inscrições estão esgotadas, mas as apresentações poderão ser assistidas ao vivo durante o Fórum, no canal do CFM no YouTube. O Fórum será realizado no Auditório do CFM, nos dias 28 e 29.

Após a realização do Fórum, os vídeos das palestras e debates continuarão disponíveis. Será necessário apenas acessar a conta do Conselho, em no Youtube.

Da assessoria da Abrace

Quando ainda estava no ventre de sua mãe, a pequena Luiza - hoje com cinco anos - foi diagnosticada com uma síndrome rara, conhecida como Dandy-Walker, que acomete o cerebelo. Ela sofre de crises constantes de epilepsia que são controladas apenas com uso do canabidiol (CBD), medicação importada produzida a partir da folha da maconha.

A mãe afirma que Luiza fez uso de várias medicações, mas nenhuma surtia efeito. Quando a filha começou a fazer o uso do canabidiol nacional, as crises diminuíram, porém elas ainda aconteciam, foi então que decidiram usar o canabidiol importado, há dois meses. Entretanto o medicamento custa em média 370 dólares cada, cerca de 1,6 mil por mês.

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A família afirma que obtém a liberação da Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar o remédio, mas atualmente a única renda da família para arcar com todo o tratamento é a do pai, John Lennon Sampaio. A família está com um processo em andamento na Justiça Federal de Novo Hamburgo, para obtenção do medicamento de forma gratuita. Ainda sem sucesso, os parentes de criança criaram uma campanha chamada "CBD para Luiza".

Por Jessika Tenorio

Uma pesquisa conduzida por cientistas de São Paulo e da Dinamarca investiga se o uso de canabidiol, substância presente na maconha, pode reduzir sintomas de depressão. Em ratos, a aplicação do componente apresentou efeitos considerados significativos, com remissão de sintomas de depressão no mesmo dia e a manutenção dos efeitos benéficos por uma semana.

Os antidepressivos comerciais costumam demorar de duas a quatro semanas para promover efeitos em pacientes deprimidos. Além disso, em muitos pacientes, tais drogas se mostram ineficazes.

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Apesar de extraído da maconha, o canabidiol não produz dependência ou efeitos psicotrópicos, destaca o professor Francisco Silveira Guimarães, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), envolvido com o estudo. "A substância na maconha responsável por tais efeitos é o tetraidrocanabinol (THC) e com o canabidiol ocorre o oposto, ele exerce ação bloqueadora sobre alguns efeitos do THC”, diz. O trabalho reforça estudos anteriores de que a substância tem potencial terapêutico promissor no tratamento da depressão de amplo espectro em modelos pré-clínicos e humanos.

A investigação dos efeitos visa encontrar fármacos com potencial antidepressivo que atuem mais rápido no tratamento. Os antidepressivos disponíveis obtêm resultados em cerca de 60% dos pacientes. "Isso revela a necessidade de encontrarmos novos tratamentos, com melhor potencial terapêutico", complementa Guimarães.

O experimento foi feito em linhagens de ratos e camundongos selecionadas por cruzamento para desenvolver sintomas de depressão. Foram feitos testes e analisado o comportamento de 367 animais. Os ratos foram submetidos a situações de estresse, como o teste de nado forçado.

Antes do teste, uma parte dos animais recebeu uma injeção de canabidiol em solução salina, enquanto outra parte, o grupo de controle, recebeu apenas a solução salina. Após 30  minutos, os animais foram colocados por cinco minutos em cilindros com água.

“O teste de nado forçado é utilizado para avaliar o efeito de drogas antidepressivas, uma vez que todos os antidepressivos conhecidos diminuem o tempo de imobilidade durante o teste (aumentam o tempo de nado). Portanto, a diminuição do tempo de imobilidade nesse teste é interpretada como efeito ‘tipo antidepressivo’”, explica Sâmia Regiane Lourenço Joca, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FCFRP-USP).

Além do nado forçado, os ratos também foram colocados em campo aberto, para explorar um ambiente novo, enquanto era observada sua atividade locomotora e exploratória. Para dizer que uma droga tem potencial efeito antidepressivo, ela deve ser capaz de reduzir o tempo de imobilidade (aumentar o tempo de nado) no teste do nado forçado, sem aumentar a atividade locomotora no campo aberto.

Conclusão 

O trabalho mostrou que o tratamento com canabidiol induz efeitos rápidos e sustentados, que permanecem por até sete dias após uma única administração, em animais submetidos a diferentes modelos de depressão. Os dados foram reproduzidos em três laboratórios diferentes. 

"Ao estudar os mecanismos envolvidos nesses efeitos, observamos que o tratamento com canabidiol induz rápido aumento dos níveis de BDNF [fator neurotrófico derivado do cérebro], uma neurotrofina importante para a sobrevivência neuronal e neurogênese, que é o processo de formação de novos neurônios no cérebro. Também foi observado no córtex pré-frontal dos animais o aumento da sinaptogênese, que é o processo de formação de sinapses entre os neurônios do sistema nervoso central”, resume Sâmia Joca.

Sete dias após o tratamento, foi possível observar aumento do número de proteínas sinápticas no córtex pré-frontal, que está intimamente relacionado à depressão em humanos. "Diante disso, acreditamos que o canabidiol inicie rapidamente mecanismos neuroplásticos que contribuem para recuperar circuitos neurais que estão prejudicados na depressão”, finaliza.

Em decisão inédita no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a Segunda Turma da Corte permitiu a importação direta de canabidiol (medicamento extraído da Cannabis sativa) para ser usado no tratamento de uma criança com paralisia cerebral. O caso foi julgado num recurso apresentado pela União, que buscava derrubar uma decisão da Justiça Federal que, além de permitir a importação direta, também proibiu a União de destruir, devolver ou impedir que o canabidiol importado chegue ao seu destino.

No recurso ao STJ, o governo afirmou que não seria apropriado participar como parte no processo. Segundo a União, somente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) poderia autorizar a importação do medicamento. O argumento foi negado pelos ministros.

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Ao votar contra o recurso e manter a decisão da Justiça Federal, o ministro relator do caso, Francisco Falcão, destacou que a União pode ser o 'polo passivo' da ação, porque a controvérsia no processo não estava relacionada ao fornecimento de medicamento pelo poder público, mas de autorização de importação para garantir acesso ao produto.

"Não se mostra razoável a conclusão de que a garantia de acesso aos medicamentos, inclusive pelo meio de importação direta, deva ficar restrita ao ente público responsável pelo registro. Tal qual ocorre no caso em análise, por vezes, o acesso aos fármacos e insumos não é obstado por questões financeiras, mas sim por entraves burocráticos e administrativos que prejudicam a efetividade do direito fundamental à saúde", explicou o ministro.

Foi a primeira vez que o STJ permitiu a importação direta do medicamento, sem obstáculos. Apesar do caso tratar de uma pessoa específica, a decisão da Corte abre precedente importante para processos semelhantes, que tramitam em instâncias inferiores.

CASO - O processo chegou ao STJ depois de passar pela primeira e segunda instância da Justiça. No caso, um casal de Pernambuco buscava a autorização para importação do medicamento para uma filha com paralisia cerebral. A criança sofre de epilepsia intratável, tendo em média 240 crises epilépticas por mês. Como os tratamentos tradicionais não funcionavam, os médicos indicaram o canabidiol como terapia alternativa.

Como o produto não está disponível na rede pública ou privada, os pais tiveram de buscar a autorização por meio da Justiça e entraram com uma ação contra a União e a Anvisa para conseguir a medicação por meio da importação direta.

Quem sente falta de dar boas risadas com o humor de Claudia Rodrigues pode comemorar. A atriz, que desde 2000 enfrenta a esclerose múltipla, foi a convidada do Superpop da última segunda-feira, dia 13, na Rede TV! Durante a entrevista com Luciana Gimenez, Claudia falou sobre a doença, relembrou as polêmicas de sua carreira e anunciou sua volta ao trabalho, que acontecerá nos palcos:

- Eu vou voltar, volto em setembro agora. Dia 17 de setembro estou voltando a atuar em Curitiba, com Diogo Portugal, Marcelo Médici e David Pinheiro, fazendo humor.

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Mas a humorista não escondeu sua vontade de também fazer seu retorno para as telinhas. Em 2015, a atriz foi convidada por Carlos Alberto de Nóbrega para participar do programa A Praça é Nossa, do SBT, o que acabou não acontecendo. Claudia explicou que cortes de verba na emissora impediram sua contratação e nega que tenha exigido um alto cachê:

- Abri mão do cachê, abri mão de tudo, eu só queria estar lá trabalhando.

Falando em televisão, Claudia relembrou seus papéis mais marcantes e afirma que não tem um preferido:

- Pra mim personagem é igual a filho, eu gosto de todos iguais. As pessoas gostam de tudo o que eu faço, a verdade é essa, mas a Marinete foi a que mais me marcou, contou a humorista, que também desmentiu os rumores de rivalidade com a colega na série A Diarista, Dira Paes: - É mentira, as pessoas inventam um monte de coisa. O final só aconteceu porque eu fiquei doente.

Sobre sua relação com a Globo, a artista confessou que já sentiu mágoa de sua antiga emissora, mas que isso ficou no passado.

Claudia aproveitou sua participação no programa para também contar sua experiência com a doença que enfrenta há quase 20 anos e falou sobre a importância de ter pessoas queridas por perto.

- É muito difícil. Tem que ter muita fé em Deus e, de verdade, tem que ter alguém junto. Por exemplo, eu tenho minha empresária, Adriane Bonato, que me empurra pra tudo, disse a atriz, que ainda recebeu mensagens de carinho de Sérgio Loroza, Luciana Coutinho e Milene Domingues: - Esses são valiosos, declarou ela sobre os amigos.

Mas nem tudo são flores na relação da artista com as pessoas à sua volta, e ela desabafou sobre ter poucos amigos de verdade:

- Quando você está na m**da os verdadeiros amigos aparecem. Eu sou uma pessoa que mesmo quietinha em casa sou noticiada em tudo que é lugar: olha lá, morreu essa mulher. Já falaram que eu morri.

A atriz também falou abertamente sobre a medicação que recebe durante seu tratamento e confessou usar remédios à base de maconha:

- São gotas, concentradas, que se toma de canabidiol. Você toma dez, 15 gotas, não sei, eu tomo 30 por dia, mas isso ajuda. Por exemplo, antigamente eu tremia, agora eu tomo esse canabidiol e não tremo mais, meu olho voltou. Eu faço um apelo às autoridades que liberem isso, porque é muito bacana, gente, não é só pra mim, que tenho esclerose.

Pelo menos três remessas de canabidiol importadas dos Estados Unidos por pacientes brasileiros, cada uma no valor médio de U$ 1 mil (cerca de R$ 3,8 mil), foram confiscadas pela alfândega americana nos últimos 30 dias por causa de um conflito das diferentes leis americanas.

Como o composto, feito à base de maconha, não é produzido no Brasil e só pode ser importado com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os pacientes prejudicados pelo confisco da encomenda não têm outra forma de conseguir a medicação e estão tendo pioras nos estados de saúde. O produto é usado no tratamento de diversas doenças, principalmente contra crises convulsivas.

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Inicialmente, os pacientes e a empresa importadora do produto acreditaram que a medicação havia sido furtada após chegar ao Brasil. Isso porque as caixas foram entregues lacradas na casa dos clientes, mas, ao serem abertas, estavam sem o medicamento, apenas com o isopor e a capa de alumínio que protege o produto. A Polícia Federal brasileira chegou a abrir inquérito para investigar o sumiço dos frascos de canabidiol.

Questionada pela reportagem, a empresa transportadora das mercadorias, a americana UPS, informou que, na verdade, os produtos não haviam sido furtados, mas, sim, interceptados pela U.S. Customs and Border Protection (CBP), a alfândega dos Estados Unidos, no Aeroporto de Louisville, no Estado do Kentucky, informação confirmada pelo órgão à reportagem.

Em nota, a alfândega afirma que "embora o uso de maconha, principalmente para fins medicinais, tenha sido descriminalizado em algum grau por alguns Estados dos EUA, a venda, posse, produção e distribuição de maconha continuam sendo ilegais sob a lei federal" do país. O órgão não informou por que apenas essas três encomendas foram confiscadas sob essa alegação, se dezenas de outras remessas do tipo são enviadas para o Brasil todos os meses.

Já a UPS afirmou que está "cooperando com a CBP, e trabalhando juntamente com nossos clientes, para que eles tenham todas as informações a respeito das circunstâncias do conteúdo confiscado de suas remessas". Enquanto isso, as famílias dos pacientes que ficaram sem remédio demonstram desespero pela falta.

Um dos prejudicados é Lázaro Medina Souza, de 23 anos, que sofre de epilepsia grave desde os cinco anos e toma o canabidiol para controlar as crises convulsivas. "Nós já tínhamos tentado de tudo, eram umas 20 crises por dia. Depois que começamos com o canabidiol, praticamente zerou. Agora já estamos há dez dias sem o remédio e ele voltou a ter crises. Em uma delas, ele caiu da cama e se machucou. Nós, que somos pais, não sabemos o que fazer", conta a operadora de caixa Valdenia Medina Sousa, de 41 anos.

Outro paciente afetado pelo problema é o garoto Felipe da Silva Marra, de 6 anos, que sofre de uma síndrome genética rara e usa o canabidiol há dois anos. "Além de controlar as crises convulsivas, o remédio ajudava na parte cognitiva e na irritabilidade. Com o canabidiol, ele fica mais feliz, mais sociável", comenta a fisioterapeuta Viviane Ferreira Marra, de 36 anos, mãe do menino.

Nova remessa

Representante da CBDRx Functional Remedies no Brasil, uma das fabricantes do produto nos Estados Unidos, Cassio Ismael diz que a empresa já envia o produto para o País há três anos e o confisco nunca havia acontecido. "Isso deve ser apurado rigorosamente para que não falte medicamento para os pacientes. O absurdo é não haver notificação nenhuma (do confisco) nem para a empresa que está vendendo nem para o paciente", declarou. De qualquer forma, a fabricante já providenciou outras três remessas de produto para os pacientes prejudicados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público Federal em Pernambuco emitiu um parecer para que seja mantido o fornecimento de medicamento à base de canabidiol para uma criança com Síndrome de West, um tipo raro de epilepsia. Tanto a União quanto o Estado de Pernambuco recorreram da sentença proferida pela 23ª Vara Federal de Pernambuco, que determinou o fornecimento do medicamento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). 

O caso está na pauta de julgamento da 4ª Turma Regional Federal da 5ª Região (TRF5), no Recife. O julgamento está marcado para ocorrer na próxima terça-feira (23), a partir das 13h30.

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Consta no processo, originado em Garanhuns, no Agreste do Estado, onde a paciente vive com a família, que vários medicamentos e tratamentos foram testados para controlar os surtos epiléticos, mas nenhum surtiu efeito. Com a administração de Hemp Oil, medicamento composto pelo canabidiol, entretanto, a criança obteve melhora considerável dos sintomas.

Um laudo médico assinado pelo especialista que a acompanha aponta que a paciente chegava  ter em torno de 100 crises diárias de epilepsia. Após o uso do canabidiol, a frequência caiu drasticamente para duas, com menor intensidade, no intervalo de três meses. Por conta dos resultados, o profissional indicou a permanência do seu uso. 

De acordo com o MPF, a União e o Estado de Pernambuco são contrários à concessão do medicamento e recorreram à Justiça Federal na tentativa de cessar o fornecimento à criança. Eles alegam que o Hemp Oil não é registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que não há comprovação da sua eficácia em tratamento de saúde.

Já o MPF destaca que as evidências são favoráveis à permanência do seu uso, uma vez que houve melhoria no quadro clínico da criança. É lembrado ainda que existe burocracia no procedimento da Anvisa para o registro dos remédios, mas que a própria agência é capaz de contornar isso, pois já autoriza a importação do medicamento de outros países.

Relatos de 2.700 a.C. descrevem o cultivo e o uso da maconha, como analgésico e ansiolítico. No final do Século XIX, cigarros da planta e extrato líquido eram vendidos em farmácia, indicados, por exemplo, para induzir a sono e controlar a bronquite crônica. Depois de décadas de proibição da maconha e seus derivados ao longo do Século XX, alguns países começam a liberar o uso medicinal da planta.

No Brasil, o uso terapêutico da maconha ganhou destaque no início do ano, através de diversas demandas judiciais e extrajudiciais, movidas por famílias de crianças com graves síndromes, requerendo o direito de importação de um remédio elaborado à base do extrato da maconha. 

Dentre os medicamentos mais conhecidos, está o CANABIDIOL (remédio a base da maconha). A importação do óleo rico em canabidiol (CBD), derivado da maconha (Cannabis sativa), foi autorizado em novembro deste ano pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Entretanto, a comercialização do produto ainda é proibida no Brasil, de modo que a sua liberação é analisada caso a caso. 

Apesar de não ser contemplado pelos planos de saúde em geral, recentemente, uma seguradora assumiu a responsabilidade de custear a importação do CANABIDIOL para um usuário. Este Precedente cria uma alternativa para pacientes que sofrem de distúrbios diversos, desde autismo à epilepsia, e que encontram como única hipótese terapêutica eficaz o uso regular do CANABIDIOL. 

O valor de uma ampola de 10 miligramas do óleo chega a custar US$ 500. Há pacientes que necessitam do uso em doses altas, chegando a utilizar 1 ampola por semana. Neste contexto, esta liberalidade do plano em assumir tal encargo simboliza a confirmação de que o Brasil segue atento aos direitos individuais dos cidadãos e que a dignidade humana é um valor inegociável, trazendo esperança para milhões de brasileiros que sofrem de síndromes como, mal de Parkinson, epilepsia, esquizofrenia, autismo ou, até mesmo, ansiedade. 

A Anvisa  ainda anuncia que entrará em pauta em janeiro de 2018 a inclusão do CANABIDIOL no rol de medicamentos controlados, o que irá facilitar sobremaneira a sua importação, uma vez que a burocracia e os custos do processo são apontados como as principais barreiras para obter a substância. Sem falar nas despesas adicionais com despachante e taxa de armazenamento.

A lei que regula os planos de saúde - lei 9.656/98 - não obriga empresas a custear medicamentos importados ou tratamentos experimentais, como o CBD. Portanto, é importante que os pleitos judiciais observem (i) a imprescindibilidade do uso da mediação para a saúde do paciente; (ii) a inexistência no país de tratamento medicamentoso substitutivo ao CBD. 

Sob a ótica dos interesses financeiros das operadoras de saúde, há, ainda, que se considerar que outras medicações, atualmente autorizadas pela Anvisa, podem custar alguns milhões de reais, muitas delas, sem eficácia para determinados pacientes, o que prolonga o tratamento e, por conseguinte, o seu custo. Com efeito, parece-me economicamente estratégico que os planos e seguros de saúde analisem caso a caso a hipótese de autorização extrajudicial da importação do CBD, antes de simplesmente negarem o pedido do paciente. 

Já para aqueles brasileiros que não dispõem de planos e seguros de saúde, há Precedentes nas Cortes Judiciais, obrigando o poder público a custear o tratamento. 

Entendo que, oportunizar o uso terapêutico da maconha, através do CANABIDIOL (CBD), representa uma consagração dos direitos fundamentais, garantidos constitucionalmente, e, portanto, uma vitória de todos nós brasileiros, na medida em que demonstra concretamente que o direito à saúde não se transformou em mero exercício de hipocrisia.

Crianças e adolescentes vítimas de casos graves de epilepsia podem ter mais esperança nos avanços dos estudos para o tratamento da doença. Isto porque será criado, na Universidade de São Paulo (USP), um centro de pesquisas especializado em maconha, em Ribeirão Preto. No local estarão reunidos todos os pesquisadores que realizam estudos na área há 30 anos. 

De acordo com a revista Superinteressante, já está previsto como a primeira pesquisa um estudo incluindo 120 crianças e adolescentes com alto grau da doença, pacientes em que o tratamento tradicional não surte efeito. Com este passo, é possível realizar análise e descobrir os benefícios e malefícios do uso do canabidiol (CBD) para, então, se aprovado, passar a ser vendido em farmácias. 

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Em pesquisa, serão explorados 400 canabinoides existentes na maconha, substâncias utilizadas no tratamento. No Brasil, o uso do canabidiol (CBD) foi bastante discutido quando famílias chegaram a apelar na Justiça a permissão do uso da erva como tratamento de pacientes com alto grau de epilepsia.

A Anvisa emitiu autorização para importação do CBD para fins medicamentosos. Essa substância isolada não proporciona os efeitos adquiridos com a ingestão como droga, afinal, a propriedade causadora do efeito alucinógeno é o TCH. 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) incluiu nesta segunda-feira (5) mais sete produtos à base de canabidiol, um dos derivados da maconha, na lista de produtos liberados para importação excepcional. Desde maio de 2015, vigorava a liberação do uso de quatro opções para fins médicos.

Com a ampliação, válida para pessoa física, fica mais simples o acesso ao produto. Para a importação, cobra-se prescrição médica que indique a opção de tratamento, mediante avaliação e aprovação prévia caso a caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A falta de canabidiol levou a novo pedido de prisão de autoridades no Estado de São Paulo. Em Ourinhos, no interior, a juíza Renata Ferreira dos Santos Carvalho, da Vara da Infância e Juventude, mandou prefeitura e governo do Estado fornecerem o medicamento, feito à base de uma substância presente na maconha, até a quarta-feira (13). Caso a decisão seja descumprida, está prevista a prisão do secretário municipal de Saúde, André Luís Camargo Mello, e do secretário estadual, David Uip.

A decisão vale para a família de Miguel Costa, de 12 anos, que sofre de epilepsia, precisa do medicamento e tem decisão favorável na Justiça. A Secretaria de Saúde de Ourinhos informou que a pasta estadual entrou em contato ontem e esclareceu que o medicamento será entregue na quarta-feira.

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Na semana passada, o Ministério Público Federal de Marília (SP) pediu a prisão de Uip e do ministro da Saúde, Marcelo Castro, pelo mesmo motivo.

O Ministério Público Federal (MPF) em Marília, no interior de São Paulo, pediu a prisão do ministro da Saúde, Marcelo Castro, e do secretário estadual de Saúde, David Uip, por descumprimento de decisão judicial que determinou o fornecimento do medicamento Hemp Oil – Cannabidiol a crianças e adolescentes portadores de encefalopatia epiléptica e síndrome de lennox-gastaut.

Segundo o MPF, a liminar que determina o fornecimento do medicamento está sendo desrespeitada desde janeiro. O Ministério Público destacou que há famílias sem recursos financeiros para arcar com os custos da importação do cannabidiol, e que, por conta da interrupção do tratamento, alguns pacientes voltaram a apresentar crises de convulsão.

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Segundo o procurador da República Jefferson Aparecido Dias, autor das ações, o não cumprimento da decisão liminar representa ato de extrema gravidade em prejuízo da saúde das crianças e adolescentes.“Eles precisam do remédio, extraído da maconha, para controlar os graves ataques convulsivos, já que são resistentes à terapia padronizada pelo SUS. Relatórios médicos indicam que, sem o medicamento, a qualidade de vida dos pacientes é altamente prejudicada e o risco de a situação de alguns deles evoluir para estado de mal epiléptico e morte é alto”, informou nota divulgada pela assessoria de imprensa do MPF.

“Tendo em vista a insistência daqueles que respondem pela União e pelo estado de São Paulo, que até o presente momento continuam agindo de forma atentatória à jurisdição, cabível a prisão como meio coercitivo para o cumprimento do provimento jurisdicional, qual seja a entrega do fármaco cannabidiol aos tutelados nas ações civis públicas”, afirmou o procurador, de acordo com a nota do MPF

O Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde de São Paulo foram procurados, mas não se manifestaram sobre o caso até a publicação da matéria.

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