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Na última convocação da seleção brasileira antes da lista final para a Copa do Mundo, dois nomes chamaram a atenção nesta sexta-feira: os zagueiros Bremer, da Juventus, e Ibañez, da Roma. Os dois nunca haviam sido chamados por Tite e surgem agora com potencial para ir ao Mundial do Catar. Sobre o jogador da Roma, o técnico ressaltou sua versatilidade e capacidade de atuar na lateral-direita - uma posição que tira o sono da comissão técnica.

"Acompanhamos seus jogos e já na outra convocação eu busquei um contato com o Mourinho (técnico da Roma). Ele foi extremamente solícito, nós conversamos, colocamos o grande momento dele", disse Tite.

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O treinador exaltou as opções táticas que terá com o zagueiro da Roma. "Jogando com linha de três, jogando com linha de quatro, tem essas duas possibilidades. Algumas, ele até funcionou como lateral. Tem toda essa versatilidade, essa preparação, esse melhor momento. Esse crescimento e consolidação do atleta são fundamentais", considerou, ao justificar a convocação.

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Sobre Bremer, Tite lembrou as duas últimas edições do Campeonato Italiano e, agora, a chegada do jogador à Juventus. "Nos últimos dois Campeonatos Italianos, ele foi o melhor zagueiro, melhor defensor. Fez a transferência do Torino para a Juventus agora, está fazendo um belo campeonato de novo", disse.

Por fim, o técnico da seleção resumiu o perfil dos dois novos convocados. "É uma escola italiana com o (Massimiliano) Allegri e com o (José) Mourinho, que é bastante exigente nas ações defensivas", pontuou.

Eram 7h45 de uma quarta-feira quando me aproximava do estádio Al Janoub, construído na cidade de Al Wakrah, 20 quilômetros ao sul do centro de Doha, no Catar. No fim de uma corrida de Uber de 25 minutos, cruzei com 33 ônibus vazios circulando. Todos faziam o trajeto estádio/estação de metrô. Os motoristas estavam treinando para atender os turistas durante a Copa do Mundo, no fim do ano.

O motorista do Uber me contou que a cena se repetia havia dois meses. "Ficam gastando dinheiro. Se fosse por um mês, tudo bem", disse indignado. O Estadão acompanhou de perto toda essa movimentação e conheceu os oito estádios da Copa do Mundo do Catar.

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Era o primeiro estádio da Copa de 2022 que visitaria para a reportagem. Cheguei às 7h54 e o termômetro do meu celular já marcava 39ºC. No portão de entrada, nenhuma sombra. Por sorte, logo mandaram um carrinho de golfe para me resgatar do calor - veículo que, aliás, é imprescindível para se locomover ao redor dos estádios no quase insuportável verão catari.

O gerente de operações do Al Janoub, Williams Morales, um engenheiro venezuelano que mora em Doha, me recebeu entusiasmado e logo contou que o brasileiro Roberto Carlos participou da inauguração do estádio em 2019 (Cafu também esteve lá na ocasião). Com Morales, o Estadão percorreu todo Al Janoub, em um tour semelhante ao que se repetiria nos dias seguintes pelos outros três estádios em que o Comitê Organizador permitiu a entrada da reportagem.

Em geral, os estádios impressionam. Luxuosos e modernos em sua maioria, têm sistema de ar condicionado, boa acústica e bonitas referências à cultura catari. Todos têm projetos de uso para depois do Mundial. Alguns deles, por exemplo, terão áreas transformadas em hotéis. Outros serão a casa de times locais. Sem jogos, porém, não foi possível verificar como funcionam, se a entrada e saída de milhares de torcedores ao mesmo tempo, por exemplo, é fácil. Alguns foram testados para públicos menores.

Todos os passeios começaram pela área VVIP, com dois "v" mesmo, que indicam que o local é para pessoas mais do que importantes. Essas áreas luxuosas são compostas sempre por um espaço grande mobiliado com sofás e poltronas confortáveis e decorados com objetos da cultura local ou com quadros e fotografias que ilustram o país. Há também dezenas de camarotes, todos com excelente vista para o campo e saída para cadeiras nas numeradas.

São nas áreas VVIP que chefes de Estado e dirigentes da Fifa serão recebidos. Há também uma sala especial para o emir. Em uma em que entrei (no estádio Al Bayt, o da abertura do Mundial), me pediram para tirar o sapato para não sujar o tapete branco que decorava o local. Sofás também brancos e quadros com fotografias em preto e branco da população catari completavam o interior da sala.

Após conhecer o espaço VVIP, o tour continuava pela área VIP, que só se diferenciava da primeira pela ausência da sala do emir e do lounge do presidente da Fifa (um espaço bastante apertado quando comparado ao do emir, a figura mais importante do Catar). Também foi possível percorrer os gramados, que, no fim de junho, apresentavam algumas áreas descobertas, sem a grama verdinha. Morales explicou que estavam assim porque era época de troca de grama e que, em um mês, os campos estariam em condições perfeitas.

No Al Janoub, a grama é híbrida e, segundo Morales, isso deve fazer com que o torcedor veja com menor frequência aquelas cenas de tufo do campo voando no meio das partidas após um chute forte dos atletas. O Maracanã também adotou a híbrida neste ano, mas, em julho, havia sinais de que o gramado não estava aguentando a quantidade de partidas disputadas no estádio, refém do calendário do futebol brasileiro.

Também no Al Janoub, nosso anfitrião pediu para um funcionário ligar os telões do estádio, que passaram a exibir um clipe de Hayya Hayya (Better Together), a música oficial da Copa do Catar. Morales, não à toa, ficou orgulhoso do sistema de som e da acústica da arena, que impressionou também engenheiros do Sudão que visitavam o local naquele dia.

AR CONDICIONADO

Atrasado, chegou Saud Abdul Ghani, o engenheiro responsável pelo sistema de ar condicionado de todos os estádios do Mundial. Contou que, na maioria dos estádios, o ar sai por baixo das cadeiras dos torcedores. Há também espécies de canhões que jogam o ar frio para o campo. Ali, a temperatura é mantida amena até uma altura de, mais ou menos, dois metros acima dos jogadores. Nas laterais do gramado, você sente um certo ventinho, mas não no campo, dado que se forma uma espécie de bolha de ar ali. O formato de alguns dos estádios também ajuda a manter o ar refrigerado.

Para resfriar o estádio, são necessárias de duas a três horas com o sistema ligado, mais ou menos o tempo em que o torcedor começa a entrar nas arenas em Copa dos Mundo. No verão, quando os termômetros podem marcar 50ºC no país, os estádios conseguem manter uma temperatura de 21ºC. O Estadão participou de um jantar servido no gramado do estádio Khalifa. O evento nada tinha a ver com a Copa, mas foi possível conferir que o sistema de refrigeração é mesmo eficiente. Apesar dos 36ºC do lado de fora, tive de vestir blusa de manga longa e ainda me enrolei num casaco.

A energia para garantir o sistema de refrigeração vem de uma fazenda de painéis solares construída especialmente para a Copa. Ela tem capacidade de gerar dez vezes a energia necessária para abastecer os oito estádios.

Parece ser uma solução perfeita para um país desértico, onde o Sol arde. Mas Abdul Ghani explicou que não é trivial manter a fazenda. Os painéis solares precisam de constante manutenção por causa da poeira e das tempestades de areia. Ainda assim, a energia solar é responsável por 10% da matriz energética do Catar - o gás natural é a principal fonte.

Abdul Ghani me levou para conhecer os "porões" do estádio, embaixo das arquibancadas, onde o ar é filtrado. Ali, resistiu em dizer qual o gasto de energia para manter um estádio resfriado durante uma partida de futebol. Se esquivou afirmando que depende do número de torcedores e da época do ano. A assessoria de imprensa da Comissão Organizadora também não revelou o dado.

O tour continuou pelos vestiários: primeiro os dos árbitros, mais modestos, e depois os dos jogadores. No Al Janoub, além de cada jogador ter seu armário, há um pequeno cofre para cada um também. Cada time tem à disposição sala de massagem, um espaço com gramado artificial para o treino de algumas jogadas ou um aquecimento prévio, jacuzzi, banheira de gelo para crioterapia e sala para orações - com, obviamente, indicação para Meca.

974

Estádio onde o Brasil jogará sua segunda partida da Copa, contra a Suíça, o 974 parece feito de peças coloridas de Lego. Na verdade, ele foi todo construído com contêineres e módulos de aço e será desmontado depois do Mundial. O material poderá ser usado para construir estádios menores ou até mesmo um igual em outro lugar.

Como será desmontado, é o único estádio da Copa do Catar sem ar condicionado. O interior tem decoração colorida, seguindo o padrão externo. Os vestiários dos jogadores têm bancos e armários feitos com o mesmo material dos contêineres, o que dá uma impressão de um estádio mais simples - mas também mais moderno - do que outros como Al Bayt.

Com capacidade para 40 mil pessoas, o 974 é o estádio mais próximo do centro de Doha e tem vista para a baía e para os modernos prédios da West Bay. É possível acessá-lo de metrô e uma espécie de "beach club" será instalado em suas proximidades durante a Copa.

AL BAYT

De longe, o estádio de abertura da Copa simplesmente não parece um estádio, e sim uma tenda gigantesca. A arquitetura do Al Bayt é inspirada em tendas dos povos beduínos e o interior da arena impressiona pela opulência. Nos vestiários, por exemplo, um confortável sofá revestido de tecido foi instalado no lugar dos tradicionais bancos.

Todo o luxo da decoração deve ser aproveitado depois da Copa, quando a área VIP será transformada em um hotel cinco estrelas. Ainda está prevista a incorporação de um shopping center e de um hospital de medicina esportiva. No projeto pós-Copa, a capacidade do estádio será reduzida de 60 mil para 32 mil pessoas.

O complexo de Al Bayt, porém, fica a 46 km do centro de Doha. Não é uma distância longa, mas, hoje, praticamente, não há nada próximo ao local. Não é possível chegar de metrô ao estádio. A distância equivale à viagem de São Paulo a Jundiaí.

AL JANOUB

Al Janoub fica em Al Wakrah, uma cidade com pouco mais de 30 mil habitantes que já foi um vilarejo de exploração de pérola - daí o formato do estádio lembrar um barco de pesca típico catari, e as arquibancadas, o mar.

A forma do Al Janoub, porém, foi motivo de polêmica quando o projeto foi divulgado, dado que muitos a compararam com uma vagina. À época, a arquiteta iraquiana responsável pelo desenho, Zaha Hadid, afirmou que os comentários eram "ridículos". "Tudo com um buraco é uma vagina?", questionou. Ela sugeriu também que a comparação não teria sido feita se o arquiteto fosse homem. Hadid foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Pritzker, espécie de Oscar da arquitetura, em 2004.

O estádio possui um teto retrátil, que leva cerca de meia hora para ser fechado. Quando a estrutura está montada, o resfriamento do Al Janoub é feito mais rapidamente e ela pode ser reaberta assim que a temperatura no interior cair.

Com capacidade para 40 mil pessoas, o Al Janoub terá esse número reduzido para 20 mil após a Copa. Para chegar ao estádio, é possível utilizar o metrô, mas a estação mais próxima fica a 4,5 km. Nos dias de jogos, os ônibus estarão disponíveis para os torcedores percorrerem esse trajeto final.

Al Janoub foi o primeiro estádio construído para o Mundial do Catar a ficar pronto e foi inaugurado em maio de 2019, três anos e meio antes da disputa. Entre os jogos que receberá, estão alguns do mesmo grupo do Brasil, como Suíça x Camarões e Camarões x Sérvia.

AHMAD BIN ALI

Inaugurado em dezembro de 2020, o Ahmad Bin Ali foi erguido onde ficava o antigo estádio do time Al Rayyan - que foi demolido. Segundo o Comitê Organizador, mais de 90% dos materiais usados na construção eram reciclados e as árvores que circundavam a instalação antiga foram replantadas.

Por enquanto, porém, a impressão é de que ainda faltam árvores nos arredores para fornecer sombras nessa região que é conhecida como a porta de entrada para o deserto do Catar. E a caminhada de dez minutos no verão local, entre a estação de metrô e o estádio, parece derrubar a pressão de qualquer um.

O estádio tem uma fachada branca reluzente e a ideia é que lembre diferentes aspectos da cultura do país, como a beleza do deserto e a flora e a fauna. Assim como o estádio, a estação de metrô local e um shopping ao lado foram construídos para a Copa do Mundo. A capacidade para 40 mil pessoas também será reduzida pela metade depois do Mundial 2022.

AL THUMAMA

Com a fachada representando o "gah fiya" (touca branca que é símbolo de dignidade e é usada por muçulmanos sob o lenço branco que cobre suas cabeças), Al Thumama tem um interior não tão luxuoso como o de outros estádios. Os vestiários, por exemplo, têm mobiliário branco e discreto. A área VIP também tem mesas, cadeiras e sofás com design menos rebuscado, mas elegantes, além de alguns objetos da cultura local.

Al Thumama receberia o primeiro jogo da Copa, que estava programado para as 13h de 21 de novembro entre Senegal e Holanda - a cerimônia de abertura seria depois dessa partida e também após Inglaterra e Irã. Uma mudança anunciada a cem dias do início do Mundial, porém, tirou do Al Thumama o primeiro jogo, que passa a ser no estádio de Al Bayt entre Catar e Equador, imediatamente após a abertura. Geralmente o país-sede abre a Copa.

A capacidade de Al Thumama durante a Copa será de 40 mil pessoas. Depois, passará para 20 mil. Como ocorrerá com os outros estádios, a estrutura que será removida para diminuir a capacidade deve ser repassada a países em desenvolvimento. A intenção é que eles usem o material na construção de centros esportivos. Inaugurado em outubro do ano passado, o estádio também deve receber um hotel e uma clínica esportiva depois do campeonato.

CIDADE DA EDUCAÇÃO

Instalado em uma região que reúne campi no exterior de universidades como Georgetown e Northwestern, o Cidade Educação é o estádio com acesso mais fácil de todos no Catar. A estação de metrô fica a 500 metros e o bairro tem um sistema de trens de superfície gratuito que conecta as diversas instituições de ensino e pesquisa - um dos pontos de embarque fica em frente ao estádio.

O Cidade Educação é mais um estádio para 40 mil pessoas que terá a capacidade reduzida pela metade. Losangos compõem a fachada, e a intenção é que remetam à durabilidade, qualidade e resiliência dos diamantes.

Após a Copa do Mundo, as instalações deverão ser usadas pela seleção feminina do Catar e para a prática esportiva da comunidade local, sobretudo estudantes. Duas escolas e um centro de conferências devem ser incluídos no local.

KHALIFA

Único que não foi erguido especificamente para a Copa, o Estádio Internacional Khalifa existe desde 1976, mas foi remodelado para o Mundial de 2022. A capacidade foi ampliada em 10,5 mil lugares (o total agora é de 40 mil) e uma iluminação especial em LED foi adicionada, assim como o sistema de ar condicionado.

Diferentemente dos estádios novos do Catar, cujas pequenas saídas de ar foram instaladas embaixo dos assentos, no Khalifa, elas são maiores e somam 2.013 unidades, que jogam o ar de um nível acima para a arquibancada e o campo.

Pronto para o Mundial desde 2017, o Khalifa tem fácil acesso de metrô e fica encostado no hotel The Torch. Um dos mais conhecidos do país, o hotel é uma torre de 300 metros de altura no formato de tocha, com 51 andares e vista de 360 graus de Doha. Parece até fazer parte do estádio. O hotel é conectado ao luxuoso shopping Villaggio Mall.

Após receber a disputa pelo terceiro lugar da Copa, o Khalifa deverá voltar a ser o principal estádio do país.

LUSAIL

Com capacidade para 80 mil pessoas, o estádio de Lusail receberá a final da Copa e dois jogos do Brasil na fase de grupos (Brasil x Sérvia e Brasil x Camarões), além de outras partidas que chamarão a atenção dos torcedores, como Argentina x México e Portugal x Uruguai.

Construído a 20 km do centro de Doha, o estádio fica em Lusail - uma cidade para 250 mil habitantes que foi quase totalmente construída nos últimos dez anos. Quando a reportagem esteve no local, no fim de junho, as obras ainda eram intensas na região, tanto de prédios residenciais quanto de infraestrutura ao redor do estádio. A Comissão Organizadora não permitiu a entrada da reportagem no local.

A arquitetura do estádio é inspirada na interação entre luz e sombra de um modelo de lampião tradicional no Catar. O governo estuda modificar o local, depois da Copa, para dar lugar a unidades habitacionais, lojas, clínicas, uma escola e um campo de futebol comunitário. Tem fácil acesso por metrô e o jogo de inauguração ocorreu em agosto.

O técnico Tite faz nesta sexta-feira a segunda convocação mais importante do ano da seleção brasileira. A partir das 11h, o treinador e sua comissão técnica anunciam a lista de jogadores para os amistosos com Gana e Tunísia. E a expectativa pela divulgação dos nomes só não é maior do que aquela marcada para o próximo mês, quando serão conhecidos os 26 jogadores que irão representar o País na Copa do Mundo do Catar.

A lista é muito aguardada porque será a última chance de quem ainda não foi convocado - ou não é chamado há um bom tempo. No mês passado, Tite afirmou em entrevista exclusiva ao Estadão que ele já tinha "80% ou 85%" do grupo da Copa definido. E será na observação dos amistosos com as seleções africanas, nos próximos dias 23 e 27, que o treinador irá bater o martelo sobre os outros 15% ou 20%.

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O nome mais aguardado é o do atacante Pedro, que vive grande fase no Flamengo. Ele teve o nome especulado na última convocação, e ganhou ainda mais força após a confirmação de que as equipes poderão contar com 26 atletas no Mundial do Catar, três a mais do que o habitual. A comissão técnica já definiu que dois desses nomes serão de jogadores de frente.

"A expectativa é boa. Vou continuar trabalhando (e sei) que as portas vão se abrir na seleção brasileira", disse Pedro, logo após o jogo de quarta-feira contra o Velez, pelas semifinais da Libertadores. No agregado, o time rubro-negro venceu os argentinos por 6 a 1, com quatro gols do atacante.

Quem também pode aparecer no ataque é Rodrygo, em alta no Real Madrid. No sábado, ele fez o gol da vitória por 2 a 1 do time merengue sobre o Betis - o outro gol fora marcado por Vinicius Junior, praticamente garantido no Mundial do Catar.

Após aquela partida, o técnico Carlo Ancelotti - de quem Tite é fã declarado - afirmou que Rodrygo é "um jogador para todos os momentos" e que "pode jogar em todas as posições", justamente o perfil buscado pela comissão técnica brasileira.

Outra posição que pode reservar alguma surpresa é a lateral-direita. Apesar de Daniel Alves ser dado quase como certo no Catar, o momento do jogador causa preocupação na seleção. Ele migrou para o futebol mexicano neste segundo semestre e tem tido atuações irregulares. Sua melhor partida foi na quarta-feira, quando venceu a primeira em oito jogos com o Pumas. No jogo, o lateral deu uma bonita assistência na vitória por 4 a 1 sobre o lanterna Querétaro.

Entre os nomes para a lateral-direita cotados para os amistosos com Gana e Tunísia estão o do palmeirense Marcos Rocha e o do flamenguista Rodinei. Por muito tempo o lateral rubro-negro foi visto com desdém pelos torcedores, mas nesta temporada ele vem tendo atuações seguras e se acertou com a chegada de Dorival Junior.

O meio-campista Paul Pogba vai passar por uma cirurgia no joelho e corre o risco de perder a Copa do Mundo do Catar, que começa no próximo dia 20 de novembro.

Recém-contratado pela Juventus, o astro francês sofreu uma lesão no menisco durante a pré-temporada europeia, mas, inicialmente, havia descartado se submeter a uma operação para não arriscar sua participação na Copa.

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Seu programa de reabilitação previa apenas trabalhos em academia, piscina e fisioterapia antes de retomar os exercícios em campo. No entanto, após tentar correr em um treinamento no CT da Juve nesta segunda-feira (5), Pogba decidiu aceitar a cirurgia, de acordo com fontes ligadas ao clube.

O tempo de recuperação de uma operação no menisco varia de dois a três meses, o que pode comprometer a presença do meio-campista no Mundial do Catar - a França estreia no torneio em 22 de novembro, contra a Austrália.

Campeão do mundo em 2018, Pogba retornou à Juventus após seis temporadas no Manchester United.

Da Ansa

Pela janela do avião, tentei ver Doha de cima e ter uma primeira impressão da cidade que concentra quatro dos oito estádios da Copa do Mundo deste ano (os outros quatro ficam em municípios vizinhos). Imaginei que, conforme nos aproximássemos da aterrissagem, veria o azul claro do mar do Golfo Pérsico e prédios envidraçados modernos, mas não enxerguei nada. Uma espécie de nuvem de poeira e areia cobria totalmente a cidade, e logo o monitor que informava a velocidade e a altitude do avião se tornou mais interessante que tentar ver algo do lado de fora pela janela.

Se a vista rapidamente se tornou desinteressante do alto, o Catar foi, aos poucos, ficando cada vez mais atraente. Viajei pensando se tratar apenas de um país muito rico, graças às abundantes reservas de petróleo, mas que viola os direitos humanos, seja da população LGBT+, das mulheres ou dos trabalhadores imigrantes.

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Tinha também o preconceito de que era um país que tentava ser os Emirados Árabes Unidos, copiando as construções modernas de Dubai e tentando fazer com que o turista que vai do Ocidente para o Oriente (ou o contrário) permaneça ali por um pouco mais de tempo do que algumas horas de conexão no aeroporto, motivado por atrações artificiais. Voltei, entretanto, com vontade de ter passado mais tempo lá, tirado uns dias de folga e ido até o deserto. Se você pretende viajar para assistir a Copa do Mundo em novembro e dezembro, portanto, a primeira dica é ficar mais tempo para conhecer melhor o país.

O Catar despertou minha curiosidade pela sua cultura, tão diferente para uma ocidental, e por misturar 183 nacionalidades em um território um pouco maior que metade de Sergipe, o menor Estado do Brasil. São 2,7 milhões de habitantes. Cataris mesmo são 300 mil. Assim, apesar de o árabe ser o idioma oficial, o inglês é falado por quase todos nas ruas. Uma das vitrines dessa mistura de povos é o supermercado: em alguns, há bandeirinhas de diferentes países para indicar onde encontrar os alimentos típicos para cada nacionalidade.

Me contaram que, para os estrangeiros que vivem ali, é difícil fazer parte da vida social dos locais. Também disseram que seria improvável esbarrar em um deles. Conheci três mulheres cataris que foram muito amáveis. Duas delas, mais velhas, não pararam de conversar comigo e sugerir pratos típicos para eu provar.

Doha me chamou atenção por mesclar o antigo e o tradicional com o contemporâneo e o moderno. O centro da cidade, com o Souq Waqif - um grande labirinto onde se vende desde as roupas típicas até passarinhos e galinhas -, contrasta com a luxuosa ilha artificial The Pearl, com prédios modernos que você possivelmente já viu em fotografias. Em qualquer uma dessas regiões, porém, é certo que você vai ouvir, algumas vezes por dia, o bonito som das mesquitas convocando os fiéis para a reza, o chamado "azam".

O islamismo, como era de se esperar, está por toda a parte. Na gaveta do hotel, por exemplo, há uma edição guardada não só do Alcorão, mas também um tapete para o visitante se ajoelhar a fim de rezar. No teto, uma marcação indica o lado em que fica Meca, para onde o fiel deve se curvar. No café da manhã, a linguiça é de frango ou carne bovina, jamais de porco. E aonde você for, seja na estação de metrô, em um shopping ou em um estádio de futebol, você vai encontrar uma sala para orações.

Shoppings são um dos grandes atrativos do país, e passeios neles, atividades frequentes dos cataris, sobretudo quando a temperatura na rua se aproxima dos 50ºC. Por isso também que a Copa foi mudada de data: por causa do calor do meio do ano. Praticamente todas as marcas europeias e americanas (de luxo ou não) estão nesses centros de compras. As francesas Galeries Lafayettes (loja de departamentos) e Ladurée (que vende doces), por exemplo, estão lá.

Nos shoppings, você também verá um grande número de pessoas vestidas com trajes típicos de países árabes: mulheres com abaya (vestido preto longo) e niqab (espécie de lenço que só deixa os olhos de fora) e homens com kandura (veste branca e longa). Nos restaurantes, mulheres levantam o niqab para levar o talher à boca, causando estranhamento aos ocidentais.

O cumprimento entre homens, que encostam os narizes ou apertam as mãos com força, um olhando no olho do outro e as soltam de um jeito rápido e brusco, também chama a atenção. Homens andando de mãos dadas, aliás, é algo comum e um sinal de respeito e amizade entre eles.

As vestes tradicionais também são vistas nas praias. Apesar de os homens usarem bermudas, as mulheres vestem burkinis, shorts até o joelho e camisetas sem decotes, cobrindo pelo menos os ombros, ou a própria abaya. Para nós, ocidentais, a impressão é de total repressão às mulheres. Mas tentei sempre me lembrar que parte delas usa as vestes tradicionais por opção própria, como me falaram as cataris com quem conversei.

As praias, aliás, mesmo as públicas, cobram ingresso (ao redor de R$ 15 em Catara, por exemplo, um vilarejo de Doha). Nas privadas, que ficam em hotéis internacionais opulentos, a entrada se aproxima de R$ 500 por dia. Ali, porém, é possível usar biquíni e sunga e, o mais importante, se refrescar nas piscinas. Isso porque, ao menos no verão, a água do mar é tão quente que chega a ser bastante desagradável. Não é de se estranhar que as piscinas recebam um número muito maior de pessoas.

Em novembro e dezembro, quando o país será sede do Mundial, é provável que o mar esteja mais refrescante, refletindo as temperaturas do inverno catari. No verão, no entanto, os termômetros marcam um número que eu não acreditava ser possível ver. Quando a reportagem esteve em Doha, em julho, houve um dia em que a máxima prevista era de 50ºC - chegou a 48ºC. Já no fim do ano, durante o dia, a temperatura deve ficar ao redor dos 25ºC, podendo cair para 15ºC à noite.

Foram as altas temperaturas do verão - 42ºC podem ser registrados às 8h da manhã - que empurraram a Copa para o fim do ano (começa dia 20 de novembro). Apesar de quase todos os estádios terem sistema de refrigeração e poderem receber jogos mesmo no verão, a vida no Catar fica mais restrita nos meses quentes. As ruas se esvaziam de dia, quando todos estão em locais com ar condicionado. E sair do hotel depois das 10h significa ficar com a boca seca, sentir o calor do asfalto queimando o pé se a sandália tiver um solado mais fino e desistir de caminhar após percorrer duas quadras.

Em uma das noites mais quentes em que o Estadão esteve no país da Copa, até as ruas de um bairro repleto de restaurantes luxuosos estavam com baixo movimento. Um garçom disse que isso se devia ao calor extremo.

Além das altas temperaturas, nuvens de pó e areia, como a vista quando, no avião, ainda me aproximava de Doha, também marcam o verão no Catar. Assim, é sempre difícil enxergar prédios no horizonte, por exemplo. É como se as vistas fossem cobertas por um filtro sépia usado em fotografias, aquele que as fazem parecer mais envelhecidas.

Se, com todos esses poréns do verão catari, ainda assim gostei de conhecer Doha, o torcedor que viajar no fim do ano provavelmente terá uma experiência melhor nesse país tão diferente para os ocidentais, sobretudo se for alguém que se interessa por culturas distantes da nossa.

Com certeza, ficará impressionado com a infraestrutura do país, boa parte dela montada exclusivamente para o Mundial. Os estádios, com uma exceção, foram todos construídos para o evento. São luxuosos, confortáveis e bonitos. Os hotéis, os shoppings, o metrô e regiões como Msheireb, The Pearl, Catara e West Bay são suntuosos e refletem a riqueza do Catar, que, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), tem o quinto maior PIB per capita do mundo. O campeonato deve ainda ser único, com todos os estádios uns próximos dos outros.

"Será um grande evento para os fãs de futebol. As pessoas não terão de viajar para ver os jogos. E o país está diante de uma oportunidade de se construir como nação. Muita gente não sabe onde o Catar fica e essa é a oportunidade de eles trazerem o foco para eles", me disse um ex-dirigente da Fifa.

De fato, o país não quer perder essa chance. Em dez anos, foram investidos ao redor de US$ 200 bilhões em projetos de infraestrutura para o Catar realizar a Copa, segundo a consultoria Deloitte. O montante inclui aeroporto, metrô, bairros e cidades inteiras. Em 2014 no Brasil, foram R$ 25,5 bilhões aplicados em obras de mobilidade, estádios e aeroportos, de acordo com o Tribunal de Contas da União.

Em clima de Copa do Mundo, a Adidas revelou nesta segunda-feira os kits que as seleções nacionais, patrocinadas pela marca, irão utilizar no Catar. Alemanha, Japão, México, Espanha e Argentina tiveram suas camisas, criadas especialmente para o Mundial do Catar, reveladas.

"As histórias de cinco nações são capturadas e expressas através dos designs inovadores dos uniformes adidas 1 e 2 das seleções que serão usados no maior palco esportivo do mundo", informou a empresa, em nota. "Ambas as camisas de mandantes e visitantes buscam conectar jogadores e torcedores por meio de uma identidade compartilhada, para criar um senso de pertencimento e confiança durante todo o torneio."

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Bicampeã mundial, um dos destaques destes anúncio é a camisa 2 da seleção argentina - a titular havia sido revelada em julho, um clássico da equipe albiceleste. Em tons roxos e azulados, o uniforme teve Lionel Messi e Julian Álvarez, recentemente contratado pelo Manchester City, como garotos propaganda da marca.

"A camisa do segundo uniforme da Argentina é inspirada no orgulho da nação e sua busca por um mundo mais igualitário. Os tons violáceos vibrantes representando a igualdade de gênero combinam-se com elementos visuais flamejantes, remetendo ao icônico Sol de Maio da bandeira nacional", afirmou a marca.

OUTRAS CAMISAS DA EMPRESA

"Quando projetamos uniformes de seleções nacionais para torneios tão grandiosos como a Copa do Mundo da Fifa, temos sempre em mente que esses modelos farão parte da lendária história do futebol. Para nós, é crucial, antes de tudo, criar kits que equipam os maiores atletas de futebol do mundo, trazendo sempre designs originais e inesquecíveis por seu apelo visual e ousadia que despertam um verdadeiro entusiasmo entre os fãs de todo o mundo", declara Jürgen Rank, diretor sênior de design para futebol na empresa.

Além da seleção argentina, outros uniformes tiveram destaque no evento de revelação nesta segunda-feira. O México, que enfrentará Messi na fase de grupos da Copa do Mundo, teve seu uniforme inspirado na cultura dos povos ancestrais.

"Em homenagem a suas antigas civilizações, adidas infunde a camisa do segundo uniforme do México com a arte mixteca, invocando o espírito guerreiro da nação. Em meio ao design cativante de padrão allover, a marca na parte interna da gola exibe o corpo de serpente de Quetzalcoatl - uma representação das capacidades físicas da humanidade".

A seleção japonesa, que sempre traz uniformes especiais e referência nas Copas do Mundo, inovou mais uma vez. Em sua camisa número 1, o Japão faz referência ao origami, parte da cultura do país. "Representando a autoexpressão, a camisa 1 do Japão apresenta um design irado de origami inspirado no corvo tripedal. Ele também inspirou as estampas difusas que ganham vida no design ilustrando velocidade", conta a marca.

Já Alemanha e Espanha resgatam ícones do passado em suas camisas principais. A primeira, traz em seu uniforme principal o escudo e uma faixa centralizada ao peito, em referência ao primeiro uniforme do time nacional; já a segunda resgata, em seu uniforme reserva, uma estampa ondulada inspirada no logo nacional de 1982, quando a Espanha sediou pela última vez a Copa do Mundo.

Todos os novos uniformes divulgados estarão disponíveis para compra no site da empresa e nas lojas físicas a partir desta segunda. Os preços ainda não foram revelados, mas devem ser semelhantes aos do uniforme da seleção brasileira - na versão torcedor, com o escudo bordado, custa R$ 349,99.

A turnê da taça da Copa do Mundo do Catar vai passar pelo Brasil no mês de outubro. O troféu estará no País entre os dias 21 e 23, a menos de um mês do início do Mundial, marcado para começar em 20 de novembro. Nem a Fifa e nem a CBF deram detalhes sobre a trajetória da taça em solo brasileiro.

Na semana passada, a Fifa iniciou a segunda parte da turnê geral do troféu, que está percorrendo todos os 32 países que vão disputar a Copa. O novo périplo começou no dia 19, pela Suíça. Nesta quarta-feira, está na Coreia do Sul. Depois passará por Japão, Austrália, Irã, Gana, Senegal, Camarões, Marrocos, Tunísia, Portugal, Espanha, Croácia, Sérvia, Polônia, Holanda, Dinamarca, Alemanha, Bélgica, França, País de Gales, Inglaterra e México antes de desembarcar ao Brasil.

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Após passar por solo brasileiro, o troféu vai visitar os vizinhos Argentina, Uruguai e Equador. Na sequência, os destinos serão Costa Rica, Estados Unidos, Canadá, Arábia Saudita e Catar, onde a taça desembarcará no dia 13 de novembro. De lá, só sairá nas mãos da seleção campeã, em dezembro.

A retomada da turnê contou com a presença de Gilberto Silva, ex-volante que foi campeão mundial com a seleção brasileira na Copa do Mundo de 2002, no Japão e na Coreia do Sul.

Estrangeiros que trabalhavam em obras no Catar, sede da Copa do Mundo, foram detidos por causa de um protesto realizado para cobrar meses de salários atrasados. De acordo com a agência de notícias Associated Press, pelo menos 60 estrangeiros acabaram presos depois da manifestação e alguns deles foram deportados pelo governo local.

O fato alimenta a preocupação despertada desde que o país árabe foi escolhido pela Fifa como casa da Copa deste ano. Um levantamento feito pelo jornal britânico The Guardian mostrou que, até junho do ano passado, mais de 6 mil trabalhadores imigrantes morreram após o início das obras para sediar um dos principais eventos esportivos do mundo.

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O protesto ocorreu há uma semana, no dia 14 de agosto. O grupo de trabalhadores se manifestou na capital Doha, em frente aos escritórios do Al Bandary International Group, conglomerado que atua nos ramos de construção, imobiliária, hotelaria, serviços de alimentos, entre outras áreas. Vídeos mostram uma avenida bloqueada pelos manifestantes.

Segundo a consultoria de direitos humanos Equidem, alguns dos estrangeiros não recebiam salários há sete meses. "Esta é realmente a realidade que está vindo à tona?", questionou Mustafa Qadri, diretor executivo da Equidem, preocupado com o descumprimento da promessa feita pelo Catar de que trataria melhor os trabalhadores imigrantes.

Ao se manifestar sobre o caso em nota, o governo comunicou que "vários manifestantes foram detidos por violar as leis de segurança pública". Além disso, confirmou que Al Bandary estava devendo pagamentos, mas que o Ministério do Trabalho irá arcar com os valores atrasados.

"A empresa estava sendo investigada pelas autoridades por não pagar os salários relacionados ao incidente, e agora serão tomadas mais medidas para acertar um prazo para acertar os pagamentos de salários que não foram cumpridos", afirmou o governo, sem dar detalhes sobre a situação em que se encontram os trabalhadores detidos.

Segundo a Equidem, a polícia levou os manifestantes a um centro de detenção, onde estão sofrendo com um calor sufocante, sem ar condicionado. Nesta semana, os termômetros marcaram 41° graus em Doha. Os policiais teriam dito que "se podem protestar no calor, podem dormir sem ar condicionado", conforme relatou Mustafa Quadri.

Eles são jogadores famosos, devem disputar a Copa do Mundo no Catar, mas neste meio de ano trocaram de equipe e se transferiram para uma liga fora dos principais palcos do futebol. Daniel Alves, no México, Luis Suárez, de volta ao Uruguai, e Gareth Bale, nos Estados Unidos, buscaram vitrines alternativas para se manter em alta antes do Mundial, que pode ser o último do trio veterano, todos com mais de 30 anos.

Dos três, apenas o brasileiro precisa mostrar serviço para se garantir na Copa, pois tanto Suárez quanto Bale são dois dos principais jogadores de suas respectivas seleções, o Uruguai e o País de Gales. O técnico Tite já havia avisado o lateral brasileiro de 39 anos que ele precisava estar na ativa para ser incluído entre os 26 convocados.

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Após um período de pouco mais de seis meses no Barcelona, Daniel Alves se viu com poucas opções interessantes no mercado. O Athletico-PR foi um dos pretendentes e voltar ao futebol brasileiro poderia ser uma oportunidade interessante, mas o jogador optou pelo Pumas, do México. Em sua estreia, contribuiu com uma assistência para gol. "Muito obrigado a todos pela recepção, pelo carinho e pelo respeito. O primeiro dia nunca é esquecido. Continuaremos trabalhando duro", escreveu o jogador, em suas redes sociais.

Pesa a favor do atleta a larga experiência e o currículo vitorioso, além da falta de grandes opções no setor da seleção brasileira. Para as duas vagas de lateral-direito na Copa do Catar, Danilo, da Juventus, já assegurou a sua. Ele fez 26 das 48 partidas do Brasil no atual ciclo para o Mundial e deve ser o titular.

O principal concorrente de Daniel Alves hoje é Emerson Royal, do Tottenham. O jogador de 23 anos atuou em sete partidas pela seleção, mas justamente na última delas, no empate em 2 a 2 com o Equador, em Quito, foi expulso precocemente e prejudicou suas chances com a comissão técnica. Enquanto Royal disputará o Campeonato Inglês e a Liga dos Campeões da Europa, duas das principais competições do continente, Daniel Alves estará em uma liga pouco assistida no Brasil e de menor apelo. O contrato com o Pumas é válido por uma temporada.

Na última Copa do Mundo, em 2018, a seleção contou com Renato Augusto, que à época atuava no chinês Beijing Sinobo Guoan. Quatro anos antes, o goleiro Julio Cesar vestia a camisa do Toronto quando foi chamado para defender o Brasil. O fenômeno não é tão novo na seleção, portanto. Convocados para a Copa do Mundo de 1998, a dupla de volantes formada por Dunga e César Sampaio, este hoje auxiliar de Tite, atuava no futebol japonês.

O Uruguai passou semanas acompanhando o noticiário para saber se o grande ídolo da seleção Luis Suárez retornaria ao futebol do país. Parecia um sonho. Maior artilheiro da seleção uruguaia, Suárez havia vestido a camisa do Atlético de Madrid na última temporada e, com o fim do contrato, estava livre no mercado e com várias opções de destino mais vantajosas financeiramente.

Mas as propostas europeias não o atraíram. Suárez chegou a negociar com o River Plate, mas com a eliminação precoce dos argentinos da Copa Libertadores, o Nacional bateu à porta. Dezesseis anos depois, o ídolo voltava para casa.

"Em nenhum lugar eu seria tão feliz quanto sou aqui. Tenho três maravilhosos filhos, e o sonho deles era me ver jogar no Nacional", revelou o camisa 9. "Eu vim para cá porque quero ganhar. Estou em um time grande e sei que podemos ganhar os títulos que vamos disputar. Agora temos de nos preparar, jogar futebol e nos divertir. Houve ofertas impressionantes, mas iria para a Turquia ou não sei para onde me preparar para a Copa do Mundo, mas e a minha família? Tenho certeza de que fiz a escolha certa", disse.

Amor ao clube do coração à parte, o futebol uruguaio está muito distante do nível que será visto na Copa do Mundo. Mesmo sempre revelando grandes jogadores, eles saem do país cada vez mais cedo, inclusive para o Brasil. Será um desafio grande para Suárez chegar em alta para o Mundial. Nada que um jogador de talento e experiência não possa se ajustar. O Nacional lidera o Campeonato Uruguaio e tem Liverpool na vice-liderança, com apenas um ponto de diferença na tabela.

BALE TROCA REAL MADRID PELO LOS ANGELES FC

Maior artilheiro do País de Gales, Gareth Bale já levou a seleção a disputar uma Eurocopa e, neste ano, colocou o seu país em uma Copa do Mundo, o que não acontecia desde 1958. Ídolo local, Bale também está a apenas quatro jogos de ser o atleta que mais vezes vestiu a camisa da seleção.

Sendo a principal referência do time, dificilmente a liga que o jogador fosse escolher atuar no restante do ano faria diferença quanto à definição da sua vaga no Mundial do Catar. Embora o torneio dos Estados Unidos esteja se desgarrando da visão de um campeonato de "aposentados", as chegadas de Bale, de 33 anos, e do italiano Giorgio Chiellini, de 37, ao Los Angeles FC ajudam a reforçar o estereótipo. A equipe californiana, que também conta com o brasileiro Douglas Costa, lidera a Conferência Oeste, com 48 pontos, quatro a mais que o Austin.

"Eu acho que é uma liga em crescimento e foi uma oportunidade empolgante que senti que era correta para mim e para minha família. Quero vir aqui, quero jogar, quero deixar minha marca e fazer o melhor possível para ajudar o LAFC a conquistar um troféu", afirmou Bale.

Nas últimas temporadas, a Major League Soccer (MLS) passou a investir bastante dentro e fora de campo para elevar o nível do futebol local. Cada vez mais, as equipes têm apostado em jovens atletas sul-americanos, preparando-os para o futebol europeu. Ao mesmo tempo, promessas americanas têm recebido oportunidades em grandes equipes europeias. Nesta semana, o Chelsea contratou o goleiro Gabriel Slonina, de 18 anos, do Chicago Fire. O nível da liga dos Estados Unidos evoluiu e pretende crescer ainda mais. O país vai ser, ao lado dos vizinhos Canadá e México, uma das sedes da Copa do Mundo de 2026.

Como Bale fez pouquíssimas partidas pelo Real Madrid na última temporada, a esperança é que no Los Angeles FC ganhe ritmo de jogo para se estar mais bem preparado para a disputa do Mundial do Catar.

O Catar restringirá bebidas alcoólicas nos estádios da Copa do Mundo. O consumo só será permitido fora das arenas, antes ou depois das partidas, de acordo com o portal de notícias Reuters, de Londres.

Eventos de futebol, como a Copa do Mundo, são marcados por reunir fãs do mundo inteiro. Um dos principais acompanhamentos para os torcedores são as bebidas alcoólicas. 

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"Nos estádios, os planos ainda estão sendo finalizados, mas a discussão atual é permitir que os torcedores tomem cerveja na chegada e na saída do estádio, porém a cerveja não será servida durante a partida ou dentro do estádio", disse a fonte à Reuters.

Diferente da vizinha Arábia Saudita, que possui tolerância zero ao consumo de álcool, o Catar proíbe o consumo apenas em locais públicos. No entanto, os espectadores poderão comprar suas cervejas em horários restritos e apenas na principal zona de torcedores, no parque Al Bidda, em Doha.

Por Thiago Seabra

Com a ótima fase da seleção, a torcida argentina parece ser a mais empolgada para a Copa do Mundo de 2022, que acontece no Catar, em novembro. Isto porque, segundo um levantamento realizado pelo jornal britânico The Times, os torcedores argentinos estão entre os que mais procuraram por ingressos para assistir à competição.

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A Argentina aparece três vezes na lista das cinco partidas da fase de grupos com maior procura por ingressos. Argentina x México (26/11), surge em segundo lugar, com 2,5 milhões de pedidos. Argentina x Arábia Saudita (22/11), em terceiro, com 1,4 milhões de pedidos. E, por fim, Polônia x Argentina (30/11), em quinto, com 1,1 milhão de pedidos.

A final da Copa do Mundo (18/11), como era de se esperar, figura na primeira colocação da lista. Foram ‘apenas’ 3 milhões de solicitações. Em quarto lugar, uma surpresa. Inglaterra x Estados Unidos está marcado para 25 de novembro e teve aproximadamente a mesma quantidade de procura do jogo entre Argentina e Arábia Saudita, citado anteriormente. Também com 1,4 milhões de pedidos.

Para muitos, a seleção albiceleste vive a sua melhor fase até hoje, uma vez que está defendendo uma invencibilidade de 33 partidas, a sua maior série sem perder em toda a história. O recorde mundial pertence à Itália, que chegou à incrível marca de 37 partidas sem ser derrotada, de 2018 a 2021.

Até mesmo Neuza Inês Back foi pega de surpresa ao descobrir que iria representar o Brasil na Copa do Mundo do Catar, que será disputada entre novembro e dezembro deste ano. A árbitra assistente catarinense foi escolhida como uma das seis mulheres que vão atuar na arbitragem no Mundial masculino.

O anúncio foi feito na manhã de quinta-feira, mas ela só soube horas depois, após ser informada pelas amigas. "Eu soube pela imprensa. Na verdade, quando as minhas amigas que estão aqui comigo no jogo me falaram: 'Nossa, você vai pra Copa do Mundo!' E eu falei: 'Hã?'. Eu não tinha nem visto aí comecei ver as reportagens e as notícias e eu fiquei assim: 'Calma, eu preciso sentar'", disse a bandeirinha, em entrevista ao canal SporTV.

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Neuza já estava no Recife quando recebeu a notícia, a poucas horas de ser uma das assistentes do jogo entre Náutico e CSA, pela Série B do Campeonato Brasileiro. "Eu fiz uma chamada de vídeo no grupo da família, só que a galera estava toda trabalhando e não me atenderam. Aí mandei no grupo da família. Eu coloquei a foto e falei assim: 'Vê se vocês acham algum nome conhecido aí. Aí o pessoal identificou e disse: 'Nossa, que legal!'"

A vaga surpreendeu porque foi a primeira vez na história que a Fifa escolheu mulheres para apitar uma Copa do Mundo masculina. Serão seis: três árbitras e três assistentes. Neuza vai representar o Brasil.

"É muito legal, indescritível, é um momento, assim, de alegria, de gratidão e um pouco também de senso de responsabilidade, por eu ser a única mulher eu sei que preciso ir lá e representar todas nós muito bem", afirmou a bandeirinha de 37 anos.

A escolha de Neuza não foi por acaso. Considerada uma das melhores assistentes do Brasil, ela já atuou em mais de 100 jogos do Brasileirão, Copa Libertadores e Copa do Brasil. Entre as partidas mais importantes em que esteve se destaca o primeiro jogo da final do Paulistão de 2020, entre Corinthians e Palmeiras.

O destaque em nível nacional a levou para competições internacionais. Neuza esteve na Olimpíada de Tóquio, no Mundial de Clubes da Fifa de 2020 e no Mundial feminino, em 2019.

Neuza nasceu na pequena cidade de Saudades, em Santa Catarina, mas está filiada à Federação Paulista de Futebol (FPF) porque se transferiu para Jundiaí nos últimos anos para ganhar mais oportunidades em âmbito nacional. A estratégia deu certo.

"É o sonho de todo árbitro estar em uma Copa do Mundo e responsabilidade porque precisamos ir lá prestar um bom trabalho para o futebol, representar bem as mulheres. É muito legal saber que a gente conseguiu levar a arbitragem feminina para esse patamar, a ponto da Comissão de Arbitragem da Fifa confiar em levar as mulheres para trabalhar nesse grande evento", comemora.

O Brasil terá dois árbitros na Copa do Mundo do Catar. Raphael Claus e Wilton Sampaio foram escolhidos pela Fifa para o Mundial, que será disputado entre novembro e dezembro deste ano. Pela primeira vez na história, a entidade escalou mulheres para apitar jogos do grande evento. O País será representado pela auxiliar Neuza Back.

Claus e Sampaio eram os mais cotados para representar o Brasil na Copa porque vinham participando com frequência dos cursos da Fifa. Mas a expectativa era de que apenas um deles seria o escolhido. Com a definição, será a primeira vez desde a Copa do Mundo de 1950, sediada no Brasil, que o País terá dois árbitros num Mundial.

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Sampaio esteve na Copa da Rússia, em 2018, como árbitro de vídeo. Na época, o juiz principal brasileiro foi Sandro Meira Ricci, já aposentado e hoje comentarista de TV. A aposentadoria abriu espaço para Claus, que foi eleito o melhor do Brasileirão nos anos de 2016, 2017 e 2018. Sampaio levou esse prêmio em 2019.

"Como sempre, o critério que usamos é 'qualidade em primeiro lugar' e os árbitros selecionados representam o mais alto nível de arbitragem em todo o mundo", afirmou Pierluigi Collina, presidente do Comitê de Arbitragem da Fifa. "A Copa do Mundo de 2018 foi muito bem-sucedida muito em parte por causa do alto nível da arbitragem. E nós vamos dar o nosso melhor daqui a alguns meses, no Catar."

Os dois brasileiros estão agora na lista de 36 árbitros que vão comandar os jogos da Copa do Catar. O Brasil será representado ainda por cinco auxiliares entre os 69 escolhidos pelo mundo: Bruno Boschilia, Rodrigo Figueiredo, Bruno Pires, Danilo Simon e Neuza Back - todos estreantes em Copas. Na relação de 24 árbitros de vídeo, o País não contará com representantes.

MULHERES

A arbitragem da Copa do Catar já será histórica por conta da decisão de Fifa de escalar mulheres para apitar alguns jogos. Serão três árbitras - a francesa Stéphanie Frappart, a ruandesa Salima Mukansanga e a japonesa Yoshimi Yamashita - e três assistentes, entre elas Neuza. As demais são a mexicana Karen Díaz Medina e a americana Kathryn Nesbitt.

"Escalamos árbitras mulheres pela primeira vez na história das Copas do Mundo. Isso conclui um longo processo que começou há alguns anos com o desenvolvimento de árbitras mulheres em torneios juvenis e de adultos da Fifa. Enfatizamos que é a qualidade que conta para nós, e não o gênero", afirmou Collina.

"Espero que, no futuro, a seleção de árbitras mulheres da elite para torneios masculinos importantes seja percebido como algo normal, e não mais como algo sensacional. Elas merecem estar na Copa porque apresentaram performance em alto nível de forma constante e isso é um fator importante para nós", complementou o responsável pela arbitragem na Fifa.

A seleção brasileira conheceu nesta sexta-feira, em sorteio realizado em Doha, quais serão os seus primeiros adversários na Copa do Mundo do Catar, que será disputada entre novembro e dezembro. O time comandado pelo técnico Tite vai ter pela frente rivais que encarou no Mundial da Rússia, há quatro anos, como Sérvia e Suíça. A seleção de Camarões completa o Grupo G.

A estreia será contra os sérvios no dia 24 de novembro. O jogo seguinte, diante da Suíça, está marcado para o dia 28. O Brasil encerrará sua participação na fase de grupos no dia 2 de dezembro, contra Camarões, rival que enfrentou e venceu na primeira fase das Copas de 1994, nos Estados Unidos, e de 2014, em casa.

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A seleção vai rever, portanto, dois adversários que encarou nos gramados da Rússia, sob o comando de Tite. Há quatro anos, a Suíça foi o rival de estreia dos brasileiros, numa partida difícil e mais equilibrada do que se esperava. O jogo terminou com placar de 1 a 1. Em 2018, contra os sérvios, a vitória foi por 2 a 0. Apesar do tropeço contra a Suíça na estreia, o time nacional terminou em primeiro lugar do grupo.

Contra a seleção de Camarões, o retrospecto brasileiro gera maior otimismo. Em 1994, o Brasil venceu por 3 a 0. Duas décadas depois, o placar foi de goleada por 4 a 1 para a equipe nacional, diante de sua torcida.

Se confirmar o favoritismo e avançar ao mata-mata da Copa, o Brasil enfrentará nas oitavas de final um rival que virá do Grupo H, encabeçado por Portugal. É possível, portanto, um duelo entre a seleção e o time de Cristiano Ronaldo, que se classificou na repescagem. Outros potenciais adversários são o tradicional Uruguai, a seleção Gana e a Coreia do Sul.

Com o sorteio, o Brasil escapou de rivais de peso, como Alemanha e Holanda, já na primeira fase. Os alemães, tetracampeões mundiais, estão na chave E, o chamado grupo da morte, por reunir ainda a Espanha, campeã mundial em 2010, Japão e uma seleção ainda não definida, que sairá da repescagem internacional, em junho. A última vaga desta chave ficará entre Costa Rica e Nova Zelândia.

O grupo, portanto, vai reservar um grande duelo entre alemães e espanhóis já na fase inicial. Será uma reedição de uma das semifinais da Copa do Mundo de 2010 e também da decisão da Eurocopa de 2008.

Outras chaves equilibradas são a C e a D. A primeira é encabeçada pela Argentina, que terá pela frente o mediano México e a boa Polônia, além da limitada Arábia Saudita. O grupo reserva um duelo entre Lionel Messi e Robert Lewandoswki, que protagonizaram certa rivalidade por prêmios individuais nos últimos dois anos. O Grupo D terá a França como cabeça de chave. A atual campeã mundial vai enfrentar a Dinamarca, do meia Eriksen, a Tunísia e uma seleção vinda da repescagem internacional.

Inglaterra e Bélgica, outras seleções cabeças de chave no sorteio, terão caminho mais tranquilo rumo às oitavas de final. Os ingleses, no Grupo B, têm confrontos marcados contra Irã, Estados Unidos e outra seleção que ainda buscará a classificação na repescagem, desta vez, envolvendo apenas times europeus.

Os belgas, algozes do Brasil nas quartas de final da Copa da Rússia, vão encarar Canadá, Marrocos e Croácia, vice-campeã mundial em 2018, no Grupo F. A Bélgica entra no Mundial como uma das favoritas ao título, por ter liderado o ranking da Fifa durante quase todo este ciclo para a Copa do Catar - só perdeu o topo para o Brasil nesta semana. Há quatro anos, o time europeu ficou em terceiro, sua melhor colocação na história dos Mundiais.

Tendo o país-sede como cabeça de chave, o Grupo A tem a Holanda como maior favorita. Os holandeses vão enfrentar o Equador, surpresa das Eliminatórias Sul-Americanas, o Senegal, do craque Sadio Mané e do goleiro Mendy, e o Catar. O jogo de abertura da Copa será justamente entre o time da casa e a seleção equatoriana, no dia 21 de novembro.

 

Confira abaixo os grupos da Copa do Mundo do Catar:

Grupo A: Catar, Equador, Senegal e Holanda;

Grupo B: Inglaterra, Irã, Estados Unidos e (seleção da repescagem europeia);

Grupo C: Argentina, Arábia Saudita, México e Polônia;

Grupo D: França, (seleção da repescagem internacional), Dinamarca e Tunísia;

Grupo E: Espanha, (seleção da repescagem internacional), Alemanha e Japão;

Grupo F: Bélgica, Canadá, Marrocos e Croácia;

Grupo G: Brasil, Sérvia, Suíça e Camarões;

Grupo H: Portugal, Gana, Uruguai e Coreia do Sul.

A organização da Copa do Mundo do Catar, que será disputada entre novembro e dezembro deste ano, avisou nesta sexta-feira que não vai tolerar bandeiras de arco-íris, que representam o movimento em defesa dos direitos LGBTQIA+, nas arquibancadas dos oito estádios do Mundial. De acordo com um dos dirigentes do comitê organizador da Copa, a medida será tomada para "proteger" os torcedores.

Em entrevista à agência de notícias The Associated Press, o major-general Abdulaziz Abdullah Al Ansari afirmou que o país e a Copa vão receber bem casais homossexuais, apesar das leis que criminalizam a homossexualidade no Catar, mas não vão aceitar bandeiras que "promovem" o movimento.

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"Se um torcedor levantar uma bandeira de arco-íris e eu tirá-la de sua mão, não seria porque eu quero ou porque estou insultando ele. Será para protegê-lo", disse Al Ansari, um dos principais responsáveis pela segurança da Copa do Mundo. "Porque se eu não fizer isso, alguém poderá atacá-lo... Não posso garantir o bom comportamento de todos. E vou dizer ao torcedor: 'Por favor, não é necessário levantar a bandeira neste local'".

O dirigente disse que "atos político" não serão permitidos nos estádios da Copa. "Percebemos que este torcedor comprou o ingresso para vir aqui assistir ao jogo, não para fazer uma demonstração ou um ato político ou qualquer coisa que esteja em sua mente", declarou. "Assista ao jogo. Isso é legal. Mas não venha aqui insultar toda a nossa sociedade por isso."

As declarações de Al Ansari contrastam com as palavras recentes do presidente da Fifa. Nesta semana, Gianni Infantino afirmou que "todos vão perceber que todos serão muito bem-vindos aqui no Catar, mesmo nos casos de LGBTQ".

Al Ansari reiterou que não está rejeitando integrantes desta comunidade ou anunciando que não serão bem-vindos. "Reservem o quarto juntos, durmam juntos... Isso não é da nossa conta. Estamos aqui para gerenciar o torneio. Não vamos além das coisas pessoais individuais que podem estar acontecendo entre essas pessoas... Essa é a ideia. Aqui não podemos mudar as leis. Você não pode mudar a religião durante os 28 dias da Copa do Mundo."

A forma como torcedores homossexuais serão tratados no Catar é alvo de preocupação por parte de entidades ligadas ao futebol e ao movimento nos últimos meses. A rede FARE, que monitora eventuais casos de discriminação nos jogos, pediu que todos os torcedores sejam respeitados durante a disputa do Mundial.

Nesta sexta-feira, a rede rebateu as declarações de Al Ansari. "A ideia de que a bandeira, que é reconhecida universalmente como símbolo da diversidade e igualdade, será retirada das pessoas para protegê-las não será considerada aceitável. E será encarada apenas como um pretexto (para o preconceito)", afirmou Piara Powar, diretor executivo da FARE.

"Já estive no Catar por diversas vezes e não espero que a torcida local ou a população catariana ataquem alguém apenas por causa da bandeira do arco-íris. O maior perigo vem das ações do Estado", destacou Powar.

Treinador da atual melhor seleção do mundo na lista da FIFA, Tite é o terceiro técnico mais bem pago no ranking dos que vão disputar a Copa do Mundo do Catar, em novembro. O comandante da Seleção Brasileira é o único sul-americano na lista dos dez maiores salários.

Com planos de deixar a amarelinha com o fim da sua segunda Copa do Mundo consecutiva, Tite embolsa 3,9 milhões de euros por ano, equivalente a R$ 20,6 milhões. No mês, o salário do treinador gira em torno de R$ 1,716 milhão.

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Embora o valor pareça ser astronômico, o brasileiro recebe menos que dois europeus. Na ponta da lista, o treinador da Alemanha Hansi Flick é o mais bem pago, com o salário anual de 6,5 milhões de euros. Na segunda colocação, o atual campeão mundial Didier Deschamps recebe 4,4 milhões de euros por ano para comandar a França.

Fora a Europa, o treinador do Catar, o espanhol Felix Sánchez, aparece na sexta posição com 2,5 milhões por ano. O top 10 ainda tem outro espanhol Luis Enrique, que treina a sua seleção por 1,5 milhão de euros.

Confira o salário anual dos treinadores mais bem pagos na Copa de 2022

 1º - Hansi Flick - Alemanha - 6,5 milhões de euros;

2º- Didier Deschamps - França - 4,4 milhões de euros;

3º- Tite - Brasil - 3,9 milhões de euros;

4º- Gareth Southgate - Inglaterra - 3,5 milhões de euros;

5º- Louis van Gaal - Holanda - 3 milhões de euros;

6º- Felix Sánchez - Qatar - 2,5 milhões de euros;

7º- Fernando Santos - Portugal - 2,5 milhões de euros;

8º- Hervé Renard - Arábia Saudita - 1,8 milhão de euros;

9º- Murat Yakin - Suíça - 1,6 milhão de euros;

10º- Luis Enrique - Espanha - 1,5 milhão de euros;

A Fifa anunciou que mais de 800 mil ingressos para a Copa do Mundo do Catar já foram adquiridos por torcedores ao redor do mundo. Os números foram revelados pela entidade nesta quarta-feira e são referentes à primeira fase das vendas para a competição. O Brasil está entre os dez países que mais compraram os bilhetes.

"No total, 804.186 torcedores já têm ingressos para ir aos estádios do Catar no final do ano", disse a Fifa, em comunicado. "Os dez países que mais compraram ingressos são Catar, Estados Unidos, Inglaterra, México, Emirados Árabes Unidos, Alemanha, Índia, Brasil, Argentina e Arábia Saudita", concluiu.

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A primeira etapa da venda de ingressos aconteceu em janeiro. Quem desejasse obter os ingressos deveria fazer um registro solicitando a compra. Em seguida, um sorteio foi realizado para definir quais torcedores teriam a oportunidade de efetuar a compra. Segundo a Fifa, cerca de 17 milhões de pessoas se cadastraram para tentar adquirir as entradas.

Os ingressos para a abertura e final do Mundial foram os mais procurados pelos torcedores. No entanto, a Fifa também revelou o aumento da procura de pacotes "por seleções e estádios", que dá o direito de acompanhar os jogos de determinada seleção ou conhecer diferentes estádios do país, respectivamente.

A segunda fase de vendas foi finalizada na terça-feira. Nesta etapa, a compra dos bilhetes aconteceu por "ordem de chegada" no site da Fifa. No primeiro dia de vendas, a espera para iniciar o processo chegou a passar de três horas.

O sorteio para a Copa do Mundo, que dividirá as 32 seleções classificadas em oito grupos, está marcado para esta sexta-feira, a partir das 13h (horário de Brasília).

A Copa do Mundo no Catar terá uma bola que foi projetada para ser mais rápida que qualquer uma de suas antecessoras. A fabricante Adidas procurou adaptar o equipamento ao jogo moderno e de velocidade e, para isso, criou um modelo que ela garante que consegue "viajar mais rápido em voo" do que as outras bolas.

A empresa explica que o novo design permite que a bola tenha uma velocidade significativamente maior durante sua trajetória no ar, mas sem perder a estabilidade, garantindo uma precisão nos chutes.

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Batizada de Al Rihla, que em árabe significa "A Jornada", a bola foi projetada nos laboratórios da empresa na Alemanha e testada em túneis de vento e no gramado, até chegar ao modelo atual, que rompe uma tendência das últimas edições de diminuição no número de painéis, popularmente chamado de gomos.

Se a Teamgeist (2006) tinha 14 gomos, a Jabulani (2010) contava com oito, a Brazuka (2014) era composto de apenas seis, mesmo número da Telstar 18, da Copa do Mundo da Rússia, desta vez a bola terá 20 gomos, em dois formatos diferentes.

Inspirada na arquitetura, nos tradicionais barcos locais e na bandeira do Catar, a bola possui cores intensas e vibrantes que fazem uma alusão à cultura do país e à velocidade do jogo. O branco ganhou um tom perolado e esta é a primeira bola da Copa do Mundo a utilizar exclusivamente tintas e colas à base de água, segundo a fabricante, para respeitar o meio ambiente. Além disso, ela terá 1% de suas vendas líquidas para o movimento Common Goal, a fim de ajudar a impulsionar mudanças sociais.

As novidades tecnológicas da bola do Mundial deste ano se tornaram frequentes nas últimas edições da Copa. O evento virou um importante laboratório para experimentar novas tecnologias. Se nas primeiras edições ela era costurada com cadarço e ficava muito mais pesada em jogos com chuva, com o tempo ela foi evoluindo no tipo de material usado e no formato dos painéis.

A partir da Copa de 1970 ela estreou a versão preta e branca, que foi muito tradicional, e só em 1998 ganhou mais cores. A partir do Mundial em 2002, as inovações ficaram mais nítidas e as bolas passaram a contar com tecnologia para melhorar o desempenho dos jogadores e auxiliar na precisão dos chutes.

A segunda fase da venda de ingressos para a Copa do Mundo do Catar começa nesta quarta-feira. Depois da etapa inicial, com a comercialização sendo feita através da solicitação de entradas, os torcedores vão poder adquirir os bilhetes por ordem de chegada no site da Fifa. As vendas ficam abertas até o dia 29 deste mês.

Esta será a última oportunidade para o torcedor garantir os ingressos com mais tranquilidade. Segundo a Fifa, após o sorteio que definirá os grupos do Mundial, a demanda deve aumentar consideravelmente. Os ingressos estarão disponíveis para todos os jogos, com exceção da partida de abertura e da final.

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Quem deseja comparecer ao Catar para acompanhar a Copa terá quatro tipos de ingressos a disposição nesta fase. O primeiro são os bilhetes individuais, com assentos específicos para determinada partida, disponíveis para todos os jogos, exceto a partida de abertura e a final.

O segundo tipo é o ingresso ligado às equipes, para quem deseja acompanhar um time específico ao longo de sua trajetória no Catar, começando pela primeira partida da fase de grupos. O "quatro estádios" é um novo tipo de bilhete, que oferece aos torcedores a oportunidade de ir a quatro estádios diferentes em dias consecutivos.

E, por fim, o quarto tipo de ingresso é o "acessibilidade", destinado às pessoas com mobilidade reduzida para acesso a instalações e espaços adaptados que cobrem uma variedade de necessidades.

Depois de pagar os ingressos, os torcedores poderão reservar hospedagem e solicitar o cartão Hayya, que também servirá como uma permissão de entrada no Catar para torcedores internacionais que viajam para o torneio. Todos os espectadores, independentemente de serem residentes do Catar ou estrangeiros, precisarão do cartão Hayya junto com o ingresso da partida para entrar no estádio. O torcedor poderá ter mais detalhes no site qatar2022.qa.

Ainda de acordo com a Fifa, uma categoria de ingressos com preço especial será reservada para residentes do Catar, com assentos a partir de 40 QAR (R$ 53, na cotação atual).

COVID-19

As autoridades do Catar afirmam que vão fornecer as diretrizes de saúde e segurança necessárias para a proteção dos torcedores. Todos devem seguir as instruções de viagem das autoridades do Catar, incluindo as diretrizes do Ministério da Saúde do país. Informações completas sobre as medidas de segurança relacionadas ao covid-19 serão comunicadas antes do início da competição.

A Seleção Brasileira já tem sua casa definida para a Copa do Mundo FIFA Catar 2022. Após vistoriar 17 opções no país sede da competição, a comissão técnica optou pela combinação Estádio Grand Hamad, local onde o clube Al Arabi manda suas partidas, e o Westin Doha Hotel & Spa. A escolha observou os critérios de qualidade do gramado para treinamento, das instalações para hospedagem e também a logística de deslocamento para as partidas da equipe no Mundial.

"Nossa primeira visita ao Catar foi ainda em agosto de 2019, com o Luis Vagner (Gerente) e o Hamilton Correa (Administrador). Desde então, nós temos avaliado as opções para encontrar aquela que melhor atendesse a nossa demanda. Fizemos mais três vistorias 'in loco' ao longo dos últimos anos. Essa proatividade e planejamento foram fundamentais. Agora que está tudo confirmado e pudemos anunciar oficialmente a nossa casa, temos a confiança de que nossas instalações estarão à altura da Seleção Brasileira", definiu Juninho Paulista, coordenador da equipe, que já esteve por duas vezes no local.

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O Estádio Grand Hamad, que receberá os treinamentos da Seleção Brasileira, conta com estrutura completa para receber as atividades. Além de gramado e vestiários de nível internacional, o complexo também conta com arquibancada e instalações preparadas para receber a imprensa mundial.

O espaço ainda será complementado com uma academia de ponta, sala para entrevistas coletivas, centro de mídia e também um espaço de convivência para os jogadores convocados receberem seus familiares. O local fica a apenas quatro quilômetros de distância da concentração da delegação, o que também facilita o deslocamento da equipe para as atividades.

Situado na região central de Doha, o Westin Doha Hotel & Spa atende bem às expectativas da Seleção Brasileira. Além de todo o conforto e qualidade das instalações, ele oferece privacidade e praticidade na logística da equipe. O Estádio Al Thumama, por exemplo, é o mais perto da concentração: apenas nove minutos de deslocamento.

O mais distante deles, o Estádio Al Bayt, está a cerca de 35 minutos. A média de tempo de traslado para os oito palcos do Mundial é de 17 minutos. Já o Aeroporto Internacional de Doha, onde a delegação desembarcará, fica a cerca de 16 quilômetros do hotel, enquanto o Centro de Mídia Internacional fica a 13 minutos do local.

Em abril, após a realização do sorteio oficial dos grupos da Copa do Mundo, a comissão técnica voltará a visitar a sua casa em Doha, capital do Catar. Vale ressaltar que a escolha do local de treinos e hospedagem das equipes, conforme organizado pela FIFA, foi feito de forma casada. Cada centro de treinamento tem um hotel específico correspondente. Agora está tudo definido: o Estádio Grand Hamad e o Westin Doha Hotel & Spa estarão de verde e amarelo em novembro e dezembro de 2022.

Da assessoria da CBF

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