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Centenas de pessoas se uniram no domingo (12) em Hollywood, em apoio ao crescente movimento contra abuso sexual que emergiu depois que o produtor de cinema Harvey Weinstein e outras personalidades do mundo do entretenimento foram acusadas de assédio.

Os manifestantes se reuniram em frente ao icônico Dolby Theatre em Hollywood para chamar a atenção para o tema. É nesse local que acontece a festa de entrega das estatuetas do Oscar, o grande prêmio da indústria cinematográfica americana.

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Nos cartazes dos ativistas, podia-se ler "Como me visto não quer dizer que 'sim'!!! #MeToo" (#EuTambém), ou "Unidos para enfrentar o patriarcado".

O protesto aconteceu em meio à enxurrada de cruéis revelações feitas por homens e mulheres de casos de abuso sexual por parte de poderosos do showbusiness.

A campanha #MeToo para denunciar assédio e abuso começou em meados de outubro no Twitter, com mulheres de diferentes partes do planeta revelando suas experiências.

"Estou realmente feliz de estar aqui, porque foi Hollywood que abriu esse escândalo", disse Tarana Burke, cofundadora da organização Just Be Inc., ao jornal The Los Angeles Times.

"É realmente simbólico que se faça essa passeata, não com estrelas de Hollywood, e sim em Hollywood", acrescentou.

Na semana passada, o comediante Louis C.K. se tornou a mais nova figura de Hollywood acusada de abuso sexual, depois de Weinstein, do produtor-diretor Brett Ratner, do escritor-diretor James Toback, do ator Kevin Spacey e do produtor Benny Medina.

Milhares de pessoas participaram neste sábado (7) de manifestações em toda Espanha em resposta à crise catalã, defendendo a unidade nacional, ou a favor do diálogo entre os governos espanhol e catalão.

Na enorme praça Colón de Madri, uma multidão com bandeiras espanholas gritava palavras de ordem como "Catalunha é Espanha, não nos enganam", "Puigdemont, para a prisão" - em alusão ao presidente regional, Carles Puigdemont - e "Com golpistas não se conversa".

A manifestação foi convocada pela Fundação DENAES, "para a defesa da Nação Espanhola". Seu porta-voz, Iván Espinosa, disse à AFP que "estivemos 40 anos cedendo terreno ao nacionalismo".

Segundo a Delegação do Governo, 50.000 pessoas participaram da manifestação, na qual se via uma ou outra bandeira franquista e abundaram camisetas da seleção espanhola.

Rocío Villanueva, uma madrilena de 30 anos, disse à AFP estar lá para "mostrar a unidade da Espanha".

"Me dá pena tudo que está acontecendo e me dá pena que os catalães sintam que precisam se separar, porque a Espanha lhes tratou bem", afirmou.

"Estou aqui porque não quero que me ponham um muro de Berlim para ir aonde tenho meus mortos e minha família", comentou Octavi Puig, de 62, um aposentado catalão que vive em Madri.

A Delegação do Governo em Madri estimou em 50 mil o número de participantes, que ocuparam as ruas adjacentes.

Um pouco mais abaixo, em La Cibeles, na frente da prefeitura de Madri, protestavam milhares de pessoas convocadas pelo movimento cívico Hablemos/Parlem ("Falemos", em catalão), recentemente criado a partir das redes sociais, que defende o diálogo para resolver a crise e convoca manifestações de branco, sem slogans e sem bandeiras.

O mesmo aconteceu diante das prefeituras de Barcelona e de outras localidades espanholas como Zaragoza, San Sebastián (norte), Bilbao (norte), Vitoria (norte), Palma de Mallorca (leste), Valladolid (centro), ou Pamplona (norte).

A capital de Mallorca foi a única outra cidade onde houve atos a favor da unidade da Espanha e as do "Hablemos". Na primeira, a Polícia interveio entre os manifestantes e o pequeno posto que tem, em geral, uma associação pró-catalã.

"Aumentou muito a tensão e a violência. Cada vez fica pior. Dá muito medo tanta violência. Gerou-se muito medo, e isso é perigoso", disse a médica Yurena Díaz, de 36, que participou do protesto do "Hablemos" em Madri.

Na praça Sant Jaume de Barcelona, onde a prefeitura e o Palácio da Generalitat - o governo catalão - estão frente a frente, centenas de pessoas convocadas pelo "Hablemos" também se reuniram em defesa de uma solução negociada.

A empresária catalã Ana Chueco, de 51, vestida de branco e com as mãos pintadas de branco, explicou: "não queremos bandeiras, não queremos divisões, queremos que os políticos se sentem para falar".

"Vivemos com muita tensão. Nossas vidas estão embargadas por tudo isso. Não sabemos o que fazer com nosso dinheiro, nem com nossos empregos. Não sabemos o que vai acontecer", disse outra participante, Alicia Doménec, uma professora universitária catalã de 39, que estava com o filho de 3 anos.

"A tensão social não pode ser negada. Há ruptura, há fratura, há insultos, há negação do outro", acrescentou, referindo-se a um debate que divide a sociedade catalã em partes praticamente iguais.

No domingo, Barcelona será palco de uma imensa marcha para reivindicar "sensatez" - segundo o slogan da convocação do ato - e contra as aspirações separatistas. O protesto contará com a participação de personalidades, como o Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa.

O "Dia Laranja pela Eliminação da Violência contra as Mulheres" é uma ação comemorada todo dia 25 de cada mês. A iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) ressalta sobre a prevenção e eliminação da violência contra as mulheres.

No Brasil, mais de 40% das mulheres já sofreram violência doméstica em algum momento da vida e, no ano de 2016, 66% dos brasileiros viram alguma mulher sendo agredida fisicamente ou verbalmente. Na pesquisa "Mapa da Violência 2015", que faz comparação com dados de 83 países, o Brasil se encontra na 5º posição em assassinato de mulheres.

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Confira abaixo ações que lutam contra a violência da mulher no país:

Ligue 180: A Central de Atendimento à Mulher, mais conhecido como ligue 180, é um serviço de utilidade pública gratuito e anônimo. A Central recebe denúncias de violência, reclamações sobre serviços da rede de atendimento à mulher e orienta as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhados para outros serviços quando necessário. O serviço funciona 24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive aos feriados. O 180 também pode ser acionado de 16 países com os quais o Brasil mantém convênio, para atender brasileiras que vivem no exterior: Argentina, Bélgica, Espanha, EUA (São Francisco), França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela.

Lei Maria da Penha: A Lei Maria da Penha, 11.340/06, completou 11 anos em agosto e é bastante conhecido por tratar de casos de agressão física entre cônjudes, mas também identifica como violência doméstica o sofrimento psicológico, como o isolamento da mulher, o constrangimento, a vigilância constante e o insulto, entre outros comportamentos agressivos e machistas. Além disso, há a violência sexual, como manter uma relação sexual não desejada por meio da força, forçar o casamento ou impedir que a mulher use métodos contraceptivos; e a violência patrimonial, como a destruição ou subtração dos seus bens, recursos econômicos ou documentos pessoais.  

De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, em 2016, mais de 212 mil novos processos registrando casos de violência doméstica e familiar foram abertos e mais de 280 mil medidas protetivas foram proferidas para proteger as mulheres em situação de violência.

O alto comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos, Zeid Al Hussein, sugere que o governo de Nicolás Maduro pode ter cometido "crimes contra a humanidade". Em um discurso hoje em Genebra, o principal representante da ONU para direitos humanos ataca Caracas e pede que se crie uma investigação internacional contra o governo venezuelano.

Essa é a primeira vez que um representante da ONU aponta para tal dimensão dos crimes cometidos na Venezuela. Zeid lembra que, em uma recente apuração realizada por seu escritório, o governo venezuelano foi acusado de "uso excessivo da força", e "várias outras violações de direitos humanos".

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"Minha investigação sugere a possibilidade de que crimes contra humanidade possam ter sido cometidos, o que apenas pode ser confirmado por uma investigação criminal subsequente", disse Zeid.

Segundo ele, ainda que a ideia de uma Comissão Nacional da Verdade seja um conceito que ele apoie, o modelo proposto na Venezuela é "inadequado". "Peço ao Conselho de Direitos Humanos que instaure uma investigação internacional sobre as violações na Venezuela", pediu Zeid.

A recomendação será examinada pela entidade em Genebra. Mas Caracas promete angariar seus aliados para frear a proposta.

Para Zeid, existe "um perigo real de que tensões sejam aprofundadas". Zeid acusa Maduro de estar "esmagando instituições democráticas e vozes críticas, incluindo por meio de processos criminais contra líderes da oposição, prisões arbitrárias e, em alguns casos, tortura".

"A Venezuela é membro do Conselho e, como tal, tem um dever especial em promover e proteger os direitos humanos", alertou Zeid.

Ainda hoje, o governo da Venezuela irá reagir ao discurso, por meio de uma intervenção do chanceler Jorge Arreaza.

O britânico Fikayo Tomori marcou um gol quase inacreditável na Copa do Mundo Sub-20, que está sendo realizada na Coreia do Sul. O zagueiro conseguiu marcar com um chute dado praticamente do meio do campo. O problema é que o gol foi contra.

A seleção inglesa jogava contra o time de Guiné e tinha o placar favorável de 1 a 0, quando Tomori recuou uma bola para o goleiro Handerson de dentro do círculo central. O arqueiro, no entanto, não estava exatamente onde seu companheiro de seleção parece ter pensado, e acabou levando o gol.

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A partida terminou empatada em 1 a 1. Assista ao vídeo do inacreditável gol contra de Tomori.

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Milhares de pessoas participaram neste domingo em Barcelona de uma manifestação contra o "golpe separatista" na Catalunha, uma região do nordeste da Espanha, constatou um jornalista da AFP.

Segundo a Prefeitura de Barcelona, 6.500 pessoas participaram deste protesto que saiu da Praça Urquinaona e terminou em frente ao Palau de la Generalitat, sede do governo regional comandado pelo independentista Carles Puigdemont. Segundo os manifestantes, havia 15.000 pessoas.

Trata-se da primeira manifestação convocada em Barcelona pela Sociedade Civil Catalã (SCC), uma plataforma cidadã contra a independência.

"Não quero a independência, sou espanhola, nasci em Burgos e vim para Barcelona em busca de trabalho há 30 anos", contou à AFP Gloria Chicote, uma enfermeira de 60 anos.

Os manifestantes, entre cantos e bandeiras da Espanha e da Catalunha, pediram às autoridades catalães, ao governo e aos partidos independentista que ponham fim a sua "deriva nacionalista".

Entre os manifestantes também estavam representantes do Partido Popular (PP), de Mariano Rajoy, que tenta uma "operação de diálogo" para impedir o crescente afastamento de uma parte dos catalães.

"A batalha não está completamente perdida", declarou à AFP o presidente da SCC, Mariano Goma Otero. "É reversível, mas Madri tem que ser muito mais presente na Catalunha", afirmou em referência aos investimentos em infraestruturas, em particular ferroviárias, além de estimular mais a cultura e o idioma catalão.

A chanceler alemã, Angela Merkel, candidata a um quarto mandato em 2017, fez uma advertência nesta quarta-feira contra a divulgação de informações falsas na internet, que, segundo ela, alimentam o populismo.

"Acredito que não devemos subestimar o que acontece (...) com a informática e a internet", afirmou a chefe de Governo conservadora em um discurso aos deputados no Bundestag (Parlamento).

"Temos hoje muitas pessoas que consultam meios que estão baseados em regras muitos diferentes dos tradicionais critérios jornalísticos", afirmou.

"Não digo que sejam as únicas razões da emergência do populismo, mas quero destacar que que a forma como se forja uma opinião se produz hoje de forma diferente que há 25 anos", completou Merkel.

A chanceler, que cresceu na ditadura da Alemanha Oriental, citou os "sites falsos, as inteligências artificiais, os trolls e as coisas que são geradas por si mesmas" e modificam a opinião das pessoas.

"Algo mudou (...) enquanto a globalização avança", afirmou Merkel, que está há 11 anos no poder. A chanceler insistiu que o debate político atual acontece em um "entorno midiático totalmente diferente" do da época da queda do Muro de Berlim, em 1989.

"O populismo e os extremismos registram uma emergência nas democracias ocidentais", lamentou.

Após a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, Angela Merkel recordou ao polêmico magnata a vigência dos princípios do Estado de direito e da democracia.

A Alemanha registra por sua vez o avanço da direita xenófoba, antieuropeia e populista, representada pelo partido Alternativa para a Alemanha (AfD), que registrou bons resultados nas eleições regionais dos últimos meses.

A Academia da Língua e Literatura Persa se propôs proteger o idioma das palavras estrangeiras, e os "Nutella Bars" são o seu principal alvo.

Nos últimos meses, os bares Nutella ("Nutella Bars"), uma popular rede de cafeterias que oferecem crepes e waffles recheados com esse creme de avelãs e cacau, se multiplicaram em Teerã.

Teoricamente, o uso de palavras estrangeiras é proibido nos comércios.

"Infelizmente, lugares chamados Nutella Bar têm se espalhado ultimamente em Teerã", escreveu o presidente da Academia da Língua e Literatura Persa, Golamali Hadad Adel, em uma carta enviada à polícia.

Estes estabelecimentos servem "pão especial (em referência aos crepes e waffles) com chocolate e sorvete", razão pela qual a academia propõe batizá-los 'nane dagh chocolate dagh' (pão quente, chocolate quente), acrescentou.

Os responsáveis pelos comércios se viram obrigados a retirar os letreiros "Nutella Bar", mas não está claro se eles vão adotar a proposta da academia.

Um deles, por exemplo, preferiu utilizar o nome "Nubella Art", ou seja, as mesmas letras de "Nutella Bar" em ordem diferente.

Há vários anos, a academia propõe com certa frequência nomes em persa para lutar contra a influência do inglês, mas nem sempre tem sucesso.

Em vez da palavra "helicóptero", por exemplo, cada vez mais pessoas utilizam "balgard", que significa "asa giratória" em persa.

Mas quase ninguém, além da televisão pública e da Administração, usa "durnegar" (receptor de mensagem distante) em vez de "fax", nem "rayaneh" (máquina de organização) em vez de "computer" - computador em inglês.

Séculos de pressão

Embora legalmente os comércios não tenham direito de usar nomes estrangeiros, essa norma é amplamente violada, e os recém-chegados muitas vezes se surpreendem com a quantidade de palavras em inglês que aparecem ao lado do persa em espaços públicos - desde placas de rua e outdoors até fachadas de lojas.

Considerando o grande número de lojas sem licença de marcas ocidentais como Levi's, Apple e IKEA em cidades iranianas - que operam na república islâmica isolada sem permissão das empresas oficiais - não está claro por que os Nutella Bar são o alvo da Academia.

Alguns especialistas sugerem, porém, que a palavra "bar" pode ser parte do problema, em um país onde o álcool é ilegal.

"O persa tem estado sob pressão contínua de influências estrangeiras, principalmente do árabe, há séculos", afirma à AFP Mohamad Ali Zamani, professor de história da Universidade Kharazmi em Teerã.

"Às vezes, suas decisões não são cuidadosamente consideradas (...), mas a Academia está buscando preservar a criatividade do nosso idioma", acrescenta.

Com a conquista muçulmana do século VII, os iranianos adotaram o alfabeto árabe, mas preservaram sua língua indo-europeia, o persa, principalmente graças ao poeta Ferdowsi, do século X, que usou apenas palavras em persa nos 60.000 versos do seu livro "Shahnameh" (Livro dos reis).

A Academia nasceu nos anos 1920, quando o rei Reza Shah, fundador da dinastia Pahlavi (derrocada em 1979 com a revolução islâmica), ordenou a substituição de muitas palavras árabes e francesas que eram usadas na época.

Depois da revolução islâmica de 1979, as palavras árabes se tornaram mais aceitas oficialmente, com os novos líderes religiosos do país inserindo com orgulho a linguagem do Alcorão nos seus discursos.

"A luta contra a ocidentalização da língua tem raízes históricas profundas", afirma Zamani.

"É essencial preservar a língua persa pela sua riqueza histórica e pelo tesouro da sua literatura".

Um grupo reunindo cerca de 100 artistas da música e do cinema firmou um documento pela "união contra o ódio" para impedir que o candidato republicano, Donald Trump, chegue à presidência dos Estados Unidos.

"Somos uma coalizão de artistas que, atualmente, se une aos milhões de americanos no compromisso de derrotar o candidato republicano, Donald Trump", diz a moção, publicada na web como Unitedagainsthate (unidos contra o ódio).

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O documento é firmado por atores como Mark Ruffalo, Kerry Washington, Julianne Moore e Lena Dunham; e por estrelas da música como Michael Stipe, Moby ou DJ Spooky, entre muitos outros.

"Acreditamos que temos a responsabilidade de utilizar nossa fama para alertar sobre o risco de uma presidência de Trump", destaca o documento, apoiado pela associação progressista Moveon.org.

"Sua retórica e suas propostas políticas excluem, denigrem e prejudicam mexicanos e latinos, negros, muçulmanos, a comunidade LGBTQ, as mulheres, os que lhes proporcionam cuidados médicos, os asiáticos, os refugiados, os deficientes e a classe trabalhadora", denuncia o texto, também firmado por Jane Fonda, Patricia Arquette e Woody Harrelson.

"Convocamos todos os americanos a se unir ao lado bom da história e a utilizar nossas vozes e nossos votos para derrotar Donald Trump e a ideologia do ódio que representa".

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), criticou a possibilidade do encurtamento dos prazos na comissão especial do impeachment. Em nota, encaminhada à imprensa nesta sexta-feira (3), o peemedebista afirmou ver “com preocupação as iniciativas para comprimir prazos”, principalmente se “a pretensão possa sugerir supressão de direitos da defesa, que são sagrados”. 

“É imperioso agilizar o processo para que não se arraste indefinidamente. Para tal, é possível reduzir formalidades burocráticas, mas sem restringir o devido processo legal e principalmente o direito de defesa. Dez dias na história não pagam o ônus de suprimi-los”, pontua o texto assinado por Renan.

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Nessa quinta-feira (2), a senadora Simone Tebet (PMDB) apresentou uma questão de ordem reduzindo de 15, como prevê o cronograma do relator Antônio Anastasia (PSDB-MG), para 5 dias o período de alegação final da defesa da presidente afastada Dilma Rousseff (PT). A proposta foi acatada pelo presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB). A mudança provocaria um adiantamento de 20 dias na tramitação do processo fazendo com que o julgamento final ocorra ainda em julho e não em agosto, como previsto inicialmente. 

“Não devemos lançar mão de expedientes de discutível caráter democrático, ainda que respaldados em interpretações razoáveis. O que devemos transmitir ao Brasil e ao mundo é a certeza de um julgamento isento, responsável e civilizado, como se viu, aliás, na longa sessão do dia 11 de maio, em que foi admitido o processo, a despeito de atitudes extemporâneas e equivocadas que, pontualmente, a precederam e que poderiam pôr em risco a lisura da condução do impeachment, como tentaram”, observou.

A possibilidade de enxugar os prazos enfrentou questionamentos dos aliados da petista que recorrem ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowiski. Ação que Renan afirmou que “corre o risco de ser interpretado como transferência de responsabilidade”. “Por mais sensatas e qualificadas que sejam as decisões do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e elas o são, é inadequado sobrecarregá-lo com trabalho tipicamente congressual”, finaliza a nota.

O Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 9, traz a exoneração, a pedido, de Armando Monteiro do cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Monteiro volta a ocupar sua vaga de senador para votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Monteiro é senador pelo PTB de Pernambuco e estava licenciado do cargo. A votação está marcada para ocorrer na quarta-feira, 11, no plenário da Casa. O ministro já havia manifestado seu desejo de estar presente no plenário para apoiar o governo na votação.

A edição desta segunda-feira do Diário Oficial traz ainda mudanças em outros ministérios. Na Saúde, foi exonerado Leandro Reis Tavares da diretoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a partir de 25 de abril de 2016. Tavares deixou o cargo "em virtude de renúncia".

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Nas Comunicações, foi designado Flavio Lenz Cesar para exercer a função de membro do Conselho Consultivo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), representante do Poder Executivo, com mandato até 16 de fevereiro de 2019, em substituição a Artur Coimbra de Oliveira.

No Ministério de Minas e Energia, foi exonerado Jorge Paglioli Jobim do cargo de diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético.

Nas Cidades, Júnia Maria Barroso Santa Rosa assume a Secretaria Nacional de Habitação, em substituição a Inês Magalhães, que se tornou ministra da pasta. Júnia foi exonerada da função anterior de diretora do Departamento de Desenvolvimento Institucional e Cooperação Técnica da mesma secretaria.

No Ministério da Educação, saíram da pasta dois servidores de confiança do ministro Aloizio Mercadante. Foram exonerados Luiz Antonio de Mello Rebello, do cargo de chefe de Gabinete, e Marcio Augusto Freitas de Meira, do cargo de assessor especial do ministro.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela iniciou nesta quarta-feira o processo de revisão das 1,85 milhões de assinaturas apresentadas pela oposição para pedir que se ative o referendo revogatório do mandato do presidente Nicolás Maduro, disse Jesus Torrealba, secretário-executivo da Mesa da Unidade Democrática, uma coalização de partidos.

O processo de revisão, que poderá ser concluído até o final desta semana, será realizado na presença de uma testemunha do partido do governo e um da oposição.

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Torrealba disse que, após esta revisão haverá uma verificação presencial das assinaturas, que terá duração de cinco dias, em que os signatários serão convocados em vários pontos em todo o país para registrar sua impressão digital e ratificar suas rubricas.

Se 195.721 assinaturas forem validadas pelo Conselho Eleitoral, o que representa 1% do total

dos 19,8 milhões de eleitores, a oposição poderá passar para outra fase que envolverá a coleta de quase quatro milhões de rubricas para ativar formalmente o referendo revogatório.

Embora alguns líderes do governo expressaram dúvidas de que o referendo para saber se Maduro continua no poder ou não possa ocorrer em 2016, o secretário-geral da coligação da oposição disse que é "tecnicamente viável".

Maduro, que enfrenta o processo eleitoral em meio a uma grande crise econômica dominada pela inflação desenfreada, escassez severa de alimentos e medicamentos, falha no serviço elétrico e uma recessão econômica - disse na noite de terça-feira que se submeterá ao referendo caso o CNE valide o processo para convocar a consulta. Fonte: Associated Press.

A cúpula do Partido Progressista não deve abrir processo de expulsão contra nenhum dos sete deputados da legenda que se posicionaram a favor da presidente Dilma Rousseff na votação do impeachment na Câmara, no dia 17.

A expulsão chegou a ser cogitada como uma das punições para os parlamentares que não seguissem a decisão da sigla de fechar questão a favor do impeachment da petista. As punições aos dissidentes devem ficar restritas a intervenções nos diretórios regionais.

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A direção do PP não expulsará nenhum deputado para não afetar o tamanho da bancada da legenda. Atualmente, a sigla é dona da quarta maior bancada da Casa, com 47 deputados.

Dos 45 deputados do PP que participaram da sessão, 4 votaram contra o impeachment: Waldir Maranhão (MA), Macedo (CE), Roberto Britto (BA) e Ronaldo Carletto (BA). Outros três parlamentares se abstiveram: Beto Salame (PA), Cacá Leão (BA) e Mário Negromonte (BA).

Até o momento, a cúpula do Partido Progressista já interveio nos diretórios estaduais do Maranhão e do Pará, destituindo, respectivamente, Waldir Maranhão, 1º vice-presidente da Câmara, e Beto Salame dos comandos regionais do partido.

Na Bahia, não há previsão de punição. A cúpula do PP deve respeitar a aliança do vice-governador e presidente estadual da sigla, João Leão, com o governador Rui Costa (PT), o que levou os deputados baianos do PP a votarem a favor de Dilma.

No Ceará, o PP interveio no diretório regional, mas para dar o comando do partido para o deputado federal Adail Carnerio. Foi uma espécie de recompensa por ele ter rompido com o governador Camilo Santana (PT) e votado a favor do impeachment.

Dos partidos que tinham fechado questão em relação ao impeachment, somente o PDT deve de fato expulsar dissidentes. A legenda tinha decidido votar contra o impedimento, mas seis deputados desobedeceram à decisão da sigla e votaram a favor do impeachment.

Uma jornalista holandesa de origem turca foi detida no sábado à noite em sua casa em Kusadasi, oeste da Turquia, por ter publicado no Twitter mensagens críticas ao presidente turco Recep Tayyip Erdogan, anunciou em sua conta na rede social.

"Não estou livre, estamos seguindo para o hospital para um exame médico antes que me levem para a promotoria", escreveu a jornalista Ebru Umar.

Ebru Umar escreveu recentemente um artigo muito crítico a Erdogan, no jornal Metro, sobre um e-mail enviado pelo consulado geral turco de Roterdã (oeste da Holanda).

No texto, que provocou polêmica, os turcos eram aconselhados a apontar os insultos nas redes sociais contra o presidente turco. O consulado citou um "mal-entendido".

Os julgamentos por ofensas a Erdogan aumentaram na Turquia desde sua eleição à presidência em agosto de 2014.

Quase 2.000 processos judiciais foram abertos na Turquia contra artistas, jornalistas ou civis.

O Placar do Impeachment do jornal O Estado de S. Paulo contabilizava, até a conclusão desta edição, 299 votos a favor e 123 contra o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Dos 513 deputados federais, 48 continuavam indecisos e 43 não quiseram responder como vão votar no plenário da Câmara.

O placar desta segunda-feira, 11, registrou 8 novos votos a favor do impeachment e 8 manifestações contra a saída de Dilma da Presidência. Declararam apoio ao impedimento Silas Câmara (AM) e Márcio Marinho (BA), ambos do PRB, Weliton Prado (PMB-MG), Expedito Netto (PSD-RO), Nilton Capixaba (PTB-RO) e Washington Reis (PMDB-RJ), além dos parlamentares do PR Milton Monti (SP) e Maurício Quintella (AL).

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Anunciaram votos contrários ao impeachment Aliel Machado (Rede-PR), Junior Marreca (PEN-MA), Aluisio Mendes (PTN-MA), Pedro Fernandes (PTB-MA), os peemedebistas Elcione Barbalho (PA), Valtenir Pereira (MT), e João Marcelo (MA) e Edio Lopes (PR-RR).

Comissão Especial

Ontem, a Comissão Especial do impeachment da Câmara aprovou, por 38 votos a 27, o parecer do relator, Jovair Arantes (PTB-GO), pela admissibilidade do processo contra a presidente Dilma Rousseff.

A votação do relatório aprovado está marcada para começar na próxima sexta-feira no plenário da Casa. O jornal vai publicar, até o fim do processo de impeachment na Câmara, o placar com a intenção declarada de votos dos parlamentares.

O complexo tema do pagamento aos fundos 'abutres' na Argentina não deixa nem os artistas indiferentes. Um grupo de famosos divulgou nesta segunda-feira um vídeo para se expressarem contra o desembolso milionário.

"Não voltemos ao fundo" é o lema defendido por alguns dos rostos mais familiares do cinema, do teatro, da televisão e da música do país em um vídeo divulgado pelas redes sociais antes do começo, na terça-feira, de uma batalha para resolver o acordo do legislativo para o pagamento milionário aos 'holdouts'.

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O roqueiro Charly García, a atriz Cecilia Roth se juntaram a Mercedes Morán, Leonardo Sbaraglia, entre outros músicos e comediantes em fotos em que demonstram sua posição contrário ao acordo proposto pelo presidente de centro-direita Mauricio Macri. O presidente alertou que, caso o acordo seja rejeitado, haverá ajustes, cortes forçados e hiperinflação.

"Divididos, seremos escravos, unidos, estou certo de que venceremos", dizem no começo do vídeo os atores Rita Cortese e Claudio Rissi.

"Doze bilhões de dólares. Doze bilhões de crianças endividadas pelos próximos 30 anos", diz uma das mensagens do vídeo.

Os opositores ao acordo argumentam que a Argentina voltará a se endividar, como na década de 1990, o que levou ao colapso do sistema financeiro em 2001 e a uma crise política e social sem precedentes.

A Argentina fechou há duas semanas com os fundos especulativos NML Capital, Aurelius e outros credores o início de um acordo para o pagamento de 4,653 bilhões de dólares em espécie, com o prazo máximo em 14 de abril. O governo precisa emitir bônus por aproximadamente 11 bilhões de dólares para cumprir o acordo, endividamento que a oposição busca limitar.

Para isso, o governo de Macri precisa derrogar duas leis que impedem o pagamento, condição imposta pelo juiz de Nova York, Thomas Griesa, para suspender ordens judiciais contra a Argentina.

No final de semana alguns parlamentares de oposição que apoiam o governo nesse caso ameaçaram em não dar quórum na terça-feira para o debate na Câmara dos deputados.

Dezesseis governadores que se reuniram com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, divulgaram nesta terça-feira, 8, documento intitulado "Carta pela Legalidade", em apoio ao seu mandato e "contra o acolhimento do pedido de abertura de processo de impeachment".

Antes da divulgação do texto, 15 dos governadores participaram de encontro com Dilma, no Planalto, durante uma hora e meia. Na saída, endossaram que "o processo de impeachment, aberto na última quarta-feira, carece desta fundamentação" porque "não está configurado qualquer ato da Presidenta da República que possa ser tipificado como crime de responsabilidade".

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No encontro, estavam presentes governadores do PT e de partidos da base aliada, como PMDB, PCdoB e PSD. Os três governadores do PSB, cuja bancada do partido na Câmara dos deputados se diz independente e tem adotado uma postura favorável ao afastamento da presidente, também participaram da reunião de apoio à Dilma.

Na carta de apoio à presidente petista, os governadores governistas dizem que compreendem as dificuldades atuais pelas quais o país atravessa e lutamos para superá-las.

"Todavia, acreditamos que as saídas para a crise não podem passar ao largo das nossas instituições e do respeito à legalidade", afirmaram. "Por isso, ciosos do nosso papel institucional, conclamamos o país ao diálogo e à construção conjunta de alternativas para que o Brasil possa retomar o crescimento econômico com distribuição de renda", prosseguem.

Ao condenarem o processo de impedimento, os governadores que apoiam Dilma disseram que "o mecanismo de impeachment, previsto no nosso ordenamento jurídico, é um recurso de extrema gravidade que só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo que atentem contra a Constituição".

Após o encontro, a presidente iniciou uma segunda reunião com um grupo maior de governadores, incluindo integrantes do PSDB, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para tratar sobre o Plano Nacional de Enfrentamento à microcefalia, lançado no último sábado, no Recife.

Neste encontro ampliado, a pauta foi o surto provocado pelo Zika Virus, que já atinge 16 Estados. O governador do Maranhão, no entanto, aproveitou o encontro de todos os governadores para condenar a tentativa de se votar o impeachment contra Dilma no Congresso.

O ex-presidente tcheco Vaclav Klaus (2003-2013) anunciou neste sábado que lançou uma petição contra a imigração, que insta o governo do país a garantir a segurança das fronteiras e "rejeitar as cotas" de imigrantes proposta pela Comissão Europeia.

"Nós (os signatários da petição) não somos indiferentes ao sofrimento de milhares de pessoas causado por guerras e outros desastres, mas (...) nos opomos à manipulação da opinião pública, criando uma falsa sensação de solidariedade com esses migrantes", afirmou Klaus à imprensa.

Segundo ele, cerca de 100 pessoas assinaram a petição, que circula na internet (www.protiimigraci.cz), nos dez primeiros minutos.

"A imigração massiva representa uma ameaça fundamental para a estabilidade da Europa e dos países membros da União Europeia", informou o texto, que alerta também contra "os riscos e ameaças derivados de uma mistura artificial de nações, culturas e religiões diferentes".

O texto chama o governo tcheco a "garantir a segurança interior e da fronteira do país de todas as formas possíveis". Igualmente pede "não aceitar a nível da UE nenhuma cota ou medida similar de divisão dos imigrantes", e "insistir no respeito aos acordos em vigor em matéria de política de asilo".

Dezenas de milhares de libaneses expressaram neste sábado, em Beirute, seu repúdio a uma classe política considerada corrupta e incapaz de oferecer serviços públicos básicos, na maior manifestação já organizada pela sociedade civil.

"Ainda não podemos calcular o número de manifestantes, mas certamente foram mais do que esperávamos", declarou à AFP um dos organizadores, Lucien Bourjeily. Outro organizador, Assad Thebian, estimou o número em 50 mil pessoas.

Em um ambiente descontraído, a Praça dos Mártires, local emblemático do centro de Beirute, onde durante a guerra civil (1975-1990) passava a linha de demarcação que separava a parte da capital de maioria cristã da de maioria muçulmana, estava superlotada.

"Queda ao poder dos corruptos, a começar pelos deputados", "Bye bye, corruptos!", gritava a multidão, expressando seu esgotamento com a classe política.

Alguns manifestantes exibiam camisetas brancas com a inscrição "Vocês fedem" e outros, bandeiras libanesas, onde se podia ler "Estamos fartos".

A mobilização transcorreu em um clima tranquilo, mas pouco depois de se dispersar, um grupo de jovens encapuzados e sem camisa foi até a praça Riad al Solh, que chega ao gabinete do premiê. Ali, tiraram uma cerca de arame farpado, queimaram lixo e atiraram pedras e outros projéteis nas forças de segurança, que não reagiram imediatamente.

Para evitar a repetição dos atos violentos ocorridos nas primeiras manifestações do fim de semana passado, atribuídas a "provocadores de distúrbios", os organizadores instalaram um serviço de ordem com 500 membros.

A polícia, que supervisionava a manifestação, exibia um cartaz onde era possível ler: "Estamos entre vocês por vocês, para protegê-los".

"No seu país, sua terra. Nenhum de nós tem água ou eletricidade. Tomem a rua por seus filhos, por seu país", convocou Thebian antes da manifestação.

Organizada pelo coletivo "Vocês fedem", a campanha começou em meados de julho, com a crise da coleta de lixo após o fechamento do maior lixão do Líbano e do acúmulo de lixo doméstico nas ruas da capital e em outras cidades do país.

Mas além da crise do lixo, esta iniciativa demonstra de forma mais geral o cansaço de parte da população com a corrupção endêmica, as disfunções do Estado e a paralisia das instituições políticas.

Vinte e cinco anos depois do fim da guerra, a eletricidade continua racionada e todo verão falta água devido à ausência de represas, apesar de o Líbano ser um dos países com mais chuvas do Oriente Médio.

'Todos, sem exceção'

"O lema da manifestação será 'todos, sem exceção' porque todos somos contra a classe política", declarou antes da manifestação Lucien Bourjeily.

Os organizadores detalharam suas exigências: demissão do ministro do Meio Ambiente, Mohamad Machnuk, transferência da coleta de lixo para as cidades, julgamento dos responsáveis pela repressão no fim de semana passado, entre eles o ministro do Interior, Nohad Machnuk, e a realização de eleições legislativas e presidenciais.

"Damos 72 horas ao governo. Na tarde de terça-feira, se nossas demandas não forem atendidas, haverá uma escalada" dos protestos, afirmou à multidão um dos organizadores.

Desde as últimas eleições, em 2009, o Parlamento prolongou em duas ocasiões seu mandato e os deputados se mostraram incapazes de eleger um presidente da República, cargo vago desde maio de 2014.

"Não gostamos de manifestações, mas vocês nos sufocaram e nossos filhos merecem algo melhor. Hoje, rompemos as barreiras religiosas e esta é uma mudança essencial", afirmou uma mulher, falando na tribuna.

Milhares de pessoas participaram neste sábado em uma passeata no centro de Moscou para expressar apoio ao presidente russo, Vladimir Putin, e manifestar oposição a qualquer tentativa de levar para a Rússia revoltas populares como a de 2014 na Ucrânia.

"O exemplo ucraniano nos ensinou muitas coisas, não permitiremos o Maidan em nosso país", afirmaram os organizadores da passeata, que reuniu 35.000 pessoas, segundo a polícia moscovita.

O protesto tinha como objetivo recordar o primeiro aniversário das manifestações da Praça Maidan, em Kiev, que forçaram o fim do governo do presidente Viktor Yanukovich, e mostrar que a Rússia não aceitaria atos similares.

"Não a Maidan, não à guerra", "Maidan é uma doença. Vamos curar", afirmavam alguns cartazes exibidos por manifestantes.

Yanukovich, presidente da Ucrânia desde 2010, fugiu do país em fevereiro de 2014 e seguiu para a Rússia após a violenta repressão de Maidan, uma praça do centro de Kiev, epicentro dos protestos contra seu regime.

Pouco depois, a Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia, de maioria de língua russa, e apoiou os separatistas pró-Rússia do leste da Ucrânia quando iniciaram a insurgência contra o governo de Kiev em abril.

O conflito entre o exército ucraniano e os rebeldes pró-Moscou provocou quase 5.700 mortes em 10 meses, segundo o balanço mais recente da ONU.

Passeatas do mesmo tipo aconteceram neste sábado em várias cidades russas como São Petersburgo (noroeste), Ekaterimburgo (Ural) ou Vladivostok (leste).

Putin continua sendo o político mais popular na Rússia, apesar da crise econômica que o país enfrenta, sobretudo por culpa da queda do preço do petróleo.

Estados Unidos e União Europeia aprovaram sanções econômicas contra Moscou em represália por sua intervenção no conflito do leste da Ucrânia.

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