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Sem um grande fato novo que justifique, o euro voltou aos piores momentos deste ano, registrados em janeiro, quando o problema dos mercados era a crise das dívidas soberanas da Europa e as preocupações com a capacidade da Linha de Estabilidade Financeira Europeia. Acompanhando esse ambiente, o dólar comercial segue ganhando valor ante o real e, hoje, abriu o dia cotado a R$ 1,866, com alta de 0,65%. Às 10h33, a moeda norte-americana subia 0,97%, a R$ 1,872. Isso a despeito de haver no mercado um sentimento de que o fluxo tem sido positivo nos últimos pregões. Ontem, o cupom cambial encerrou o dia ao redor de 0,45%, reforçando essa perspectiva.

"O mercado está completamente focado no exterior e mais sensível à alta. Hoje não há grandes novidades, mas o cenário, que é ruim como um todo há muito tempo, alimenta a aversão ao risco e pressiona as cotações do dólar para cima", diz um operador.

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Um dos fatos citados para justificar a renovação do sentimento de aversão ao risco foi o resultado do leilão de bônus da Itália, com vencimento em 2016. O país vendeu todos os papéis ofertados, mas alcançou um yield médio de 6,47% - o maior na história do euro para os títulos de cinco anos. Houve leilão também na Alemanha, que captou 4,18 bilhões de euros em títulos para 2016, com um yield de 0,29%.

Por aqui, o dia reserva o anúncio do IBC-Br de outubro. O mercado está curioso para conferir se as palavras do ministro da Fazenda, Guido Mantega, estão corretas. Ele disse, quando houve a divulgação do PIB do terceiro trimestre, que os últimos três meses do ano já seriam melhores, esboçando pequena recuperação.

Também será anunciado o dado do fluxo cambial da semana passada. Os investidores vão poder conferir se realmente estão havendo entradas financeiras maiores, como é comentado nas mesas de operações.

Como era esperado, o desenrolar da reunião de cúpula da União Europeia está agitando o ambiente externo e determina também os negócios do mercado doméstico de câmbio onde o dólar comercial abriu mostrando queda de 0,22%, a R$ 1,812. O encontro começou informalmente ontem, com um jantar, mas a julgar pelo noticiário, os líderes não esperaram amanhecer para dar início aos trabalhos. Aliado a isso, uma declaração do Banco Central da Alemanha (Deutsche Bundesbank) alavancou os negócios.

"Nós estamos fundamentalmente abertos a aumentar a quantidade de recursos à disposição do FMI", afirmou um porta-voz do Banco Central alemão. Depois disso, os ativos de risco, que mostravam ganhos tímidos, deslancharam e, às 10h20, o dólar comercial apresentava retração de 0,39% a R$ 1,809.

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Quanto à reunião de cúpula, por enquanto, um dos destaques positivos é a informação de que os 17 países da zona do euro concordaram com uma "união fiscal". Na prática isso significa que os países que apresentarem déficit acima de 3% do PIB sofrerão punições automáticas. Mas isso só deve valer para as nações que aderiram ao euro e não deve gerar reformulações nas regras gerais da União Europeia, porque a Inglaterra se posicionou contrária à medida, frustrando a proposta inicial da França e da Alemanha. Ainda assim, o acordo está aberto a outros países e já há adesões. A última informação era de que 6 países da União Europeia que não possuem o euro já fazem parte do acordo, somando 23 nações.

Por aqui, o destaque é a inflação porque hoje saíram dois resultados que ficaram abaixo das estimativas. O primeiro foi o IPC da Fipe, que variou 0,49% na primeira prévia de dezembro, ante 0,60% em novembro. Os economistas esperavam alta entre 0,53% e 0,59%. Também foi divulgada a primeira prévia de dezembro do IGP-M, que ficou em 0,04%, muito abaixo do 0,37% registrado no mesmo período de novembro.

A esperança de soluções mais definitivas para a crise da Europa volta a movimentar o mercado de câmbio na manhã de hoje. Às 10h33, o dólar comercial estava em R$ 1,795, mostrando estabilidade. Mas justamente porque são só esperanças e não fatos, o otimismo é comedido e ameaçava perder força. A alta era generalizada nas bolsas e nas commodities, mas menor do que registrado mais cedo. Já as moedas titubeavam e não apresentavam rumo firme.

A dose de otimismo é resultado de uma reportagem do jornal inglês Financial Times, sugerindo que as autoridades da União Europeia vão usar dois fundos para socorrer os países em dificuldade. A avaliação é de que esses recursos, o apoio do FMI e do Banco Central Europeu, juntos, criariam um sistema de segurança para amparar as nações mais fragilizadas e sustentar o euro.

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Além disso, os mercados estão muito esperançosos em relação aos resultados da reunião de cúpula da União Europeia, que começa com um encontro informal amanhã e deve continuar na sexta-feira. Os líderes vão analisar a proposta da chanceler alemã Angela Merkel e do presidente francês Nicolas Sarkosy para alterar os tratados da União Europeia e aumentar a disciplina fiscal na região. Mas, como já houve muitos vaivéns nessa situação europeia, o otimismo é bem cauteloso.

O mercado também computa a aprovação pelo Parlamento grego, ontem à noite, do orçamento de 2012. Estão englobados os ajustes fixados pelo FMI e pela União Europeia.

Serão acompanhados de perto, ainda, os passos do secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, que está na Europa e reúne-se com Sarkosy. O mercado vai ficar de olho para ver se aparecem novidades. Na agenda dos Estados Unidos estão previstos ainda dados de petróleo e de crédito ao consumidor, mas esse indicador sai só no final da tarde.

O mercado doméstico de câmbio começa o dia embalado pelos resultados do PIB do terceiro trimestre. Às 10h30, o dólar comercial estava em R$ 1,791, com leve alta de 0,17%. O desempenho da economia ficou estável ante o período anterior, dentro das estimativas dos economistas consultados pelo AE Projeções. Em relação ao terceiro trimestre de 2010, houve alta de 2,1%, também dentro do previsto (1,80% a 2,90%), mas abaixo da mediana, de 2,40%.

"Os números estão de acordo com aquilo que o mercado estava aguardando e não há reações no câmbio", disse um operador. O operador ressaltou que o governo se antecipou aos dados que mostram a queda brusca da atividade ao anunciar o pacote de incentivo ao crédito na semana passada e não espera grandes novidades no curto prazo. Ainda assim, admitiu que os investidores e analistas ficarão atentos aos comentário que o ministro da Fazenda Guido Mantega fará em entrevista coletiva marcada para as 11 horas. "A princípio parece que ele se antecipou aos dados, mas vamos ver se sinaliza algo mais", disse.

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Enquanto isso, deve continuar pesando mais no mercado de câmbio o imbróglio europeu. Por lá, os mercados começaram o dia com comportamento negativo porque a agência de classificação de risco S&P colocou em revisão as notas de 15 países da zona do euro, incluindo até a Alemanha. A agência avisou que pode rebaixar esses ratings argumentando que a tensão no bloco aumentou nas últimas semanas e passou a ameaçar o crédito da região como um todo.

Nos Estados Unidos, o dia é fraco em termos de agenda econômica. Os futuros as bolsas de Nova York estão positivos, mas sem mostrar disposição para grandes apostas sobre o que pode acontecer na Europa.

Sem uma trégua do noticiário econômico durante o final se semana e a agenda de hoje prometendo novidades importantes, o dólar comercial abriu em baixa de 0,45%, a R$ 1,784. Nos minutos seguintes à abertura dos negócios, às 10h31, a moeda norte-americana mantinha a direção, recuando 0,50%, a R$ 1,783.

São várias informações para o bem e para o mal e, por enquanto, vence o bem. Pela manhã, as bolsas subiam na Europa e também nos mercados futuros de Nova York. A boa disposição mostrada pelos investidores deve-se, principalmente, ao anúncio de cortes de gastos de 20 bilhões de euros pelo governo italiano. Além disso, a equipe de Mário Monti criou isenções de impostos no total de 10 bilhões de euros, com objetivo de incentivar a retomada do crescimento econômico italiano. O plano será apresentado ao Parlamento, hoje.

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Os investidores também têm expectativas positivas com relação ao resultado do encontro entre o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, nesta manhã. Eles devem fechar propostas para a situação fiscal da Europa e vão anunciá-las ao público em entrevista à imprensa, depois vão encaminhá-las aos outros líderes da região, na reunião de cúpula da União Europeia, marcada para sexta-feira.

Mas há vários contrapontos negativos recomendando cautela aos mercados. Na Europa, saiu o índice dos gerentes de compra composto da zona do euro, que subiu em novembro na comparação com outubro, mas ficou abaixo das previsões. O resultado foi de 47 pontos, o que indica retração. Na Alemanha, o mesmo indicador caiu em novembro com relação a outubro e pela primeira vez desde julho de 2009 e também mostrou retração da economia, ficando em 49,4.

Na China, dois indicadores também mostraram fraqueza econômica e o governo continua tomando medidas de incentivo à atividade. Neste sábado, houve um pedido para que os governos locais estendam, até o fim de 2012, os limites para aquisição de moradias. Estava previsto eles acabarem agora, no fim deste ano.

O dólar comercial era negociado em baixa de 0,80% às 10h33, a R$ 1,87, com os mercados apostando em um entendimento entre os europeus sobre o uso da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF), mais uma vez. Isso deve manter o clima positivo que é observado nos negócios na manhã de hoje, pelo menos até que a percepção seja confirmada, ou frustrada novamente, na reunião dos ministros de Finanças do bloco, marcada para amanhã.

A despeito das negativas oficiais, a tomada de risco é beneficiada também por informações de que o FMI poderá emprestar 600 bilhões de euros à Itália, a juros inferiores aos que o mercado está cobrando, até que o novo primeiro ministro do país, Mário Monti, organize a economia. Por fim, os investidores estão otimistas em relação ao resultado da vendas promocionais dos Estados Unidos, iniciadas na última sexta-feira, a chamada Black Friday.

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A perda mais acentuada do dólar ante o real também pode estar influenciada pelo movimento de rolagem de posições no mercado futuro, que já teve início, dada a proximidade do vencimento dos contratos de derivativos cambiais de dezembro, no próximo dia 1º, próxima quinta-feira. Fortemente atuantes na arbitragem entre dólar e real, com operações de curto prazo, os investidores estrangeiros intensificaram as posições vendidas em moeda norte-americana nos dois últimos pregões. Na sexta-feira passada, esses players encerraram os negócios expostos a US$ 2,576 bilhões e, com o noticiário favorável à intensificação desse movimento, a pressão de queda do dólar ante o real pode ser forte.

O dólar à vista era negociado em baixa de 0,06% às 10h20, a R$ 1,892. Se depender do desenho do mercado internacional, o mercado de câmbio tende a reassumir a marca de R$ 1,90 com mais convicção. Porém, um fator interno pode minimizar ou até anular essa influência: a percepção de que o Banco Central ou o Ministério da Fazenda podem, a qualquer momento, atuar para impedir uma tendência mais firme e duradoura de alta na moeda norte-americana. Além disso, o mercado tende a devolver a parcela da pressão e alta nas cotações do dólar que foi causada, ontem, pelas apostas num corte de 0,75% na Selic.

À noite, em evento na Febraban, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, voltou a falar que ajustes moderados nos juros são compatíveis com a trajetória pretendida da inflação e com a deterioração do cenário externo. E o mercado entendeu que a o recuo da Selic será de 0,5 ponto porcentual, mais uma vez, segundo operadores consultados pela Agência Estado nesta manhã.

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No entanto, os especialistas acreditam que se a tendência de alta do dólar se perpetuar, pode haver intervenções por parte do BC e do Ministério da Fazenda para "reequilibrar os negócios" e isso pode influenciar no comportamento doméstico da moeda norte-americana. Vale apontar que uma instituição financeira internacional tem tido forte presença na compra de dólares há vários pregões.

O dólar comercial era negociado em queda de 0,64% às 10h17, a R$ 1,851. Ontem, a moeda norte-americana disparou 3,16%, maior valorização diária desde 22 de setembro, e atingiu R$ 1,863.

Hoje, o mercado tenta diluir pelo menos parte do clima de pânico que se instalou ontem, principalmente depois que o governo alemão vendeu apenas pouco mais da metade dos bônus de dez anos que ofertou aos investidores.

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Isso abre espaço para uma queda generalizada do dólar, movimento que encontra respaldo, também, no aumento do índice IFO sobre a confiança das empresas na Alemanha e na alta sentida na confiança do consumidor da Itália. Porém, o recuo da moeda norte-americana não é intenso, até porque, as notícias negativas continuam a surgir.

Mais cedo, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou os ratings (notas) de longo prazo em moeda local e estrangeira de Portugal para BB+, de BBB-. Enquanto isso, por lá, a população protesta contra as medidas de ajuste numa greve geral que paralisa os transportes e os sistemas de educação e saúde.

O dólar comercial era negociado em queda de 0,22%, a R$ 1,802, por volta das 10h15. Ontem, a moeda norte-americana fechou em alta pela quinta vez consecutiva e ultrapassou a marca de R$ 1,80.

Um dos grandes temores que os mercados demonstravam ontem concretizou-se: os políticos norte-americanos não conseguiram consenso nas medidas para cortar o déficit do país em US$ 1,2 bilhão pelos próximos 10 anos. Mas o presidente dos EUA, Barack Obama, veio a público para afirmar que o déficit do país será reduzido "de uma maneira ou de outra" e prometeu vetar qualquer tentativa de barrar esse objetivo.

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Além disso, as agências de classificação de risco Moody's e Standard & Poor's apressaram-se em afirmar que a falta de acordo entre republicanos e democratas não afeta o rating dos EUA. Já a Fitch, que havia atrelado a decisão sobre a revisão do rating norte-americano às medidas sobre o déficit, declarou que um eventual rebaixamento será na perspectiva, que ficaria negativa, e não no grau de investimento. E pronto, os mercados arrumaram as desculpas que precisavam para realizar os lucros obtidos com as fortes movimentações de ontem. A Europa também colabora com o rumo, mantendo os riscos de crédito em queda, na manhã desta terça-feira.

A véspera de feriado no Brasil, a agenda econômica vazia hoje nos Estados Unidos e a forte alta dos negócios locais na última sexta-feira fazem um convite para um dia de realização de lucros na Bovespa. O sinal negativo que prevalece nos mercados internacionais nesta manhã, digerindo o noticiário vindo da Itália, adicionam o ingrediente que faltava para essa receita. Por volta das 11h30, o Ibovespa oscilava entre leves altas e baixas, e anotava estabilidade às 11h32, aos 58.549 pontos.

O analista da Um Investimentos Eduardo Oliveira lembra ainda que o mercado financeiro doméstico deve viver um dia de liquidez reduzida, por causa da emenda do feriado nacional, amanhã. Mas, ele avalia que a Bolsa tende a acompanhar os negócios no exterior, que operam na esteira do embolso dos ganhos da semana passada. "A crise da dívida europeia tem novos capítulos nesse fim de semana. Porém, muito ainda precisa ser feito para que os mercados voltem à normalidade", ressalta.

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De fato, o fim de semana trouxe muitas novidades, principalmente na Itália. Com a aprovação do pacote de austeridade fiscal exigido pela União Europeia (UE) na Câmara e no Senado italianos, o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, apresentou carta de renúncia no sábado, abrindo caminho para a formação de um governo tecnocrata. Agora, o economista Mario Monti, indicado para assumir o poder em Roma, deve submeter seu novo governo a um voto de confiança no Parlamento, o que deve acontecer até sexta-feira.

Ainda por lá, o Tesouro da Itália pagou mais caro para vender 3 bilhões de euros em títulos de cinco anos, no teto da previsão do lote ofertado. Apesar de uma demanda decente, que superou as propostas ocorridas na operação anterior de mesmos bônus, o yield médio foi de 6,29%, um recorde na era do euro, e acima do porcentual de 5,32% observado no leilão de outubro.

Envolto a esse noticiário, as principais bolsas europeias e os índices futuros em Nova York mostram-se desencorajados mais cedo, com os investidores cientes de que não há soluções fáceis para a crise instalada no Velho Continente. E a Bovespa deve seguir no rastro do exterior, sem a previsão de nenhum outro evento econômico capaz de mudar a rota.

O dólar comercial abriu em alta de 0,23%, a R$ 1,748. Nos minutos seguintes à abertura dos negócios, a moeda norte-americana acelerava a alta para 1,15%, cotada a R$ 1,764. Na sexta-feira, o dólar fechou em baixa de 0,97%, a R$ 1,744, mas acumulou alta de 0,29% ao longo da semana passada.

Esta segunda-feira espremida entre o fim de semana e o feriado brasileiro de amanhã, em comemoração à Proclamação da República, deve ser bastante esvaziada de negócios no Brasil. Já no exterior os mercados continuam a todo vapor, embora as bolsas estejam oscilantes neste começo do dia, reagindo às novidades do fim de semana e de hoje cedo. O dólar, ao contrário, está mostrando um comportamento firme de valorização ante o euro e as moedas emergentes, só perdendo para o iene.

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O fim de semana trouxe as notícias mais esperadas pelos investidores na Europa: a Câmara dos Deputados da Itália aprovou no sábado o pacote de reformas econômicas exigido pela União Europeia e o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, renunciou, como haveria prometido, enquanto os italianos festejaram a saída dele pela madrugada afora.

Agora, um governo de técnicos, liderado pelo economista Mario Monti, assume o poder na Itália, com a tarefa de estabilizar o país. Tecnicamente, Berlusconi ainda é o premiê até a posse de Monti. Mario Monti terá de organizar um novo governo a ser aprovado com o voto de confiança no Parlamento até a sexta-feira.

No campo das notícias mais ou menos boas de hoje, a Itália fez um leilão de títulos de 5 anos e vendeu 3 bilhões de euros em bônus soberanos com vencimento em 2016, no teto da intervalo previsto para a oferta, que ia de 1,5 bilhão de euros a 3 bilhões de euros. Essa é parte boa da notícia, porque a ruim é que o governo italiano pagou yield (taxa de retorno ao investidor) mais elevado, de 6,29%, do que em relação aos papéis de cinco anos vendidos anteriormente (5,32%).

No campo das notícias desalentadoras, a indústria da zona do euro teve a maior queda desde 2009. A produção industrial caiu 2% em setembro ante agosto - menos do que os economistas previam (-2,5%), mas ainda assim um tombo forte.

A política europeia não sairá do focos dos mercados nesta semana. Além dos desdobramentos da Grécia, com seu novo primeiro-ministro, Lucas Papademos, e da Itália, a Espanha tem eleições gerais no domingo. Neste jogo de dominó que um primeiro-ministro cai depois do outro na Europa, é o espanhol José Luis Zapatero quem está na linha de tiro agora. A crise europeia, a recessão crônica e a elevadíssima taxa de desemprego na Espanha, 21,5%, a maior da Europa Ocidental, são forças poderosas para empurrar Zapatero e o Partido Socialista Operário Espanhol para fora do palácio do governo.

O dólar comercial abriu em baixa de 0,23%, a R$ 1,747. Alguns minutos após a abertura dos negócios, a moeda norte-americana oscilava entre o campo positivo e negativo, mas seguia perto da estabilidade. Às 10h25, ele se mostrava estável (0%), a 1,751.

Enquanto continuam as mobilizações pela formação de um governo de coalizão na Grécia, os mercados se voltam para a Itália, onde estão pressionando pela renúncia do premiê, Silvio Berlusconi. As armas são as taxas dos CDS, que continuam em alta, e dos títulos soberanos, que ontem bateram máximas histórias e hoje seguem não muito abaixo dessas marcas. Ao mesmo tempo, as bolsas europeias sobem, com investidores e analistas argumentando que o comportamento seria um reflexo de uma antecipação da renúncia do ministro.

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No Brasil, os investidores acompanham o ziguezague internacional, até porque ele abre oportunidades de negócios e lucros. Mas tudo sem perder de vista que a situação é vantajosa para o País, pelo menos por enquanto. Mesmo com os recentes e significativos ajustes, para pior, nas perspectivas para o crescimento da economia doméstica, as taxas continuam muito superiores às esperadas na Europa e EUA. Isso reflete-se no câmbio, que, depois da adaptação ao novo cenário, de maiores incertezas, não tem escapado do intervalo de R$ 1,70 a R$ 1,80.

Os contratos futuros de ouro atingiram uma máxima em seis semanas em meio às incertezas sobre a capacidade da Grécia e da Itália de administrarem suas dívidas soberanas, o que estimulou a demanda por investimentos de baixo risco, como o metal precioso.

O ouro vinha tendo dificuldades em recuperar o interesse dos investidores depois de uma queda de 11% em setembro, quando o metal acompanhou ativos de risco, como as ações, em consequência de receios de que a crise de crédito forçasse alguns investidores a vender todos os seus ativos em busca por dinheiro.

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Na Itália, o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, está enfrentando pressão para renunciar antes de uma votação sobre o orçamento do país, marcada para amanhã. Enquanto isso, políticos gregos chegaram ontem a um acordo para formar um governo de coalizão, mas os investidores aguardam agora a definição da composição desse novo governo.

Às 13h05 (de Brasília), o ouro para dezembro subia 1,53% na Comex, para US$ 1.783,00 por onça-troy, acima dos níveis vistos no fim de setembro. As informações são da Dow Jones.

O dólar comercial abriu em alta de 0,81%, a R$ 1,753. Alguns minutos depois, às 10h30, a moeda norte-americana seguia em valorização, com ganhos de 0,86%, a R$ 1,754. Hoje, os mercados serão dominados pela volatilidade e pela cautela até que a situação europeia se estabilize. Mesmo com a promessa de um governo de coalizão na Grécia, que deve ser anunciado hoje, os mercados se agitam de olho na Itália.

Os mercados, que registravam perdas mais cedo, ameaçavam melhora com rumores de que o primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, pode renunciar. Antes disso, o yield (retorno ao investidor) dos bônus de 10 anos do país já tinha a máxima desde a criação do euro, nesta manhã, e o Banco Central Europeu (BCE) foi a mercado comprar bônus da Itália e também da Espanha.

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"O mercado vai continuar nessa volatilidade de acordo com o que está acontecendo hora a hora, minuto a minuto, no exterior", disse um operador, acrescentando que nada do que está previsto para ocorrer hoje no Brasil tem força para desviar a tenção dos investidores do cenário internacional.

Para a diretora de Câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares, que concorda com a avaliação de que as incertezas globais continuarão predominando nas definições dos mercados, as cotações do dólar devem oscilar no intervalo de R$ 1,75 a R$ 1,80, "mais perto do piso ou do teto conforme o cenário externo esteja mais ou menos favorável ao risco".

O dólar comercial abriu em baixa de 0,17%, a R$ 1,738. Por volta das 10h20, a moeda norte-americana seguia em queda de 0,29%, a R$ 1,736.

O mercado doméstico de câmbio amanhece avaliando a publicação, pela Receita Federal, no Diário Oficial da União, de uma instrução normativa que disciplina a cobrança e o recolhimento do IOF incidente sobre as operações com contratos de derivativos. Até o horário acima, os operadores ainda não tinham chegado a um consenso sobre eventuais mudanças e implicações nos negócios e o assunto ainda deve exigir atenções dos analistas.

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Ainda assim, as primeiras transações do dia foram feitas de olho no clima que comanda o exterior, onde uma pequena dose de cautela também está presente, apesar de a Europa conseguir um fôlego.

O alívio europeu começou ontem e vem do fato de o premiê grego, George Papandreou, ter sinalizado que pode desistir da ideia de submeter a ajuda financeira à Grécia a um referendo popular. Além disso, mostrou-se disposto a renunciar em prol da formação de um governo de coalizão, o que pode fazer com que a decisão do Parlamento sobre o voto de confiança ao governo, marcada para hoje, não ocorra. Embora aliviados, os investidores não mostram grandes ímpetos porque as palavras de Papandreou não passaram à pratica, por enquanto.

Além disso, há apreensões com o resultado da reunião do G-20. Os sinais são de que o encontro chegará ao fim com um consenso em torno da ideia de que os recursos do FMI para ajudar a Europa serão aumentados. Mas as informações sobre os montantes, as formar de fazer isso e quando o reforço se efetivará ainda são desencontradas.

O dólar comercial abriu a R$ 1,747, em alta de 3,13%. Perto das 10h20, a moeda norte-americana seguia em forte valorização, a R$ 1,748, com ganhos de 3,19%, levemente acima da abertura dos negócios. A alta do dólar é motivada pela deterioração da crise na Europa, pelo indicador fraco da atividade industrial na China e pelas medidas japonesas no câmbio.

O clima de insegurança em relação à Europa continua muito forte na manhã desta terça-feira. O que está pesando hoje é a decisão do primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, que anunciou ontem a convocação de um referendo para que a população resolva se aceita, ou não, o plano de ajuda financeira internacional.

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Isso deve empurrar a decisão sobre o futuro econômico da Grécia mais para a frente e há a possibilidade concreta de a população rejeitar o pacote, pondo a perder os esforços feitos até agora, que mobilizaram todas as lideranças europeias e de outros países, além dos organismos internacionais. Uma decisão como essa de Papandreou não era cogitada nem pelos mercados, nem pelas demais lideranças da Europa, que estão se mostrando indignadas.

Hoje também, pesou a divulgação do indicador oficial de atividade industrial da China, que caiu. Justamente quando os mercados e os governos dos países desenvolvidos estão, mais do que nunca, contando com a participação do país para a recuperação global.

Ainda no cenário internacional, o governo do Japão avisou que pode continuar intervindo no câmbio. Ontem, quando o iene renovou máximas históricas em relação ao dólar foram vendidos cerca de 8 trilhões de ienes, o que chega perto de US$ 100 bilhões.

O dólar comercial abriu em baixa de 1,48%, a R$ 1,735. Por volta das 10h30, a moeda norte-americana seguia em desvalorização, com queda de 1,65%, cotada a R$ 1,732.

O mercado doméstico de câmbio amanheceu colhendo os bons frutos do resultado da reunião da cúpula da União Europeia, que terminou na madrugada de hoje. Houve acordo para que a dívida grega em mãos privadas tenha um desconto de 50%, para uma ampliação do poder de fogo da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF) para um montante entre 800 bilhões de euros e 1,3 trilhão de euros e para uma capitalização dos bancos de até 106 bilhões de euros.

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Faltaram os detalhes de como isso se viabilizará. E é a busca por eles que continuará monopolizando a maioria das atenções dos investidores e analistas, o que deve manter a volatilidade das cotações, nos próximos pregões.

No Brasil, a informação de destaque da manhã para o mercado de câmbio foi o comunicado do Banco Central de que fará pesquisa de demanda por swap, para rolagem. Os players prestaram bastante atenção também à ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que foi divulgada no início do dia. A avaliação inicial, no entanto, é de que não houve surpresas e o documento não deve fazer preço no câmbio. Chamaram mais a atenção os dados de emprego e renda divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que, no geral, foram considerados mais um sinal de enfraquecimento da economia doméstica.

O dólar comercial abriu perto da estabilidade, negociado a R$ 1,775, em queda de 0,28%. Por volta das 10h20, a moeda norte-americana já oscilava no campo positivo, em leve alta de 0,06%, cotado a R$ 1,781.

Esta nova semana começa exatamente onde terminou a passada, já que, na reunião do cúpula da União Europeia ocorrida no fim de semana, o que aconteceu foi exatamente o que se previa: nada de prático. Também como já se esperava, a retórica dos líderes foi no sentido de animar os investidores, ao garantir que avanços foram feitos nas negociações, e renovar as promessas de que haverá novidades importantes no encontro agendado para quarta-feira.

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O mercado encontra espaço para usufruir com tranquilidade de outras informações, como o resultado da atividade manufatureira chinesa, que cresceu para 51,1 em outubro, de 49,9 registrados em setembro. O dado ajuda a diluir as preocupações em relação à possibilidade de uma desaceleração econômica mais abrupta na China.

Ao mesmo tempo, a temporada de balanços nos EUA - com a maioria dos resultados dentro do previsto ou até melhores - e os últimos indicadores macroeconômicos têm diminuído também o temor de uma nova recessão na economia americana. Ainda assim, não representam nada que mude as projeções de economia global desalentadora para os próximos anos. Hoje, no Brasil, a agenda econômica também não prevê nada com potencial para alterar esse o rumo.

O dólar comercial abriu em queda de 0,67%, negociado a R$ 1,781. Por volta das 10h15, a moeda norte-americana seguia em desvalorização, caindo 0,50%, a R$ 1,784.

Se depender da agenda magra e inexpressiva de indicadores econômicos, a volatilidade do mercado doméstico de câmbio diminuirá hoje. Já se depender da incerteza econômica global, tudo continuará como vem ocorrendo nos últimos pregões. Ontem, o dólar fechou em alta de 1,07%, a R$ 1,7930, após atingir R$ 1,76 mais cedo.

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Apesar dos mercados internacionais mostrarem melhora na manhã desta sexta-feira, o movimento continua calcado única e exclusivamente em esperanças. E a perspectiva para a concretização destas, aliás, não param de ser adiadas.

A esperança, agora, já não é de que os líderes europeus encontrem uma solução para a crise da dívida e bancária na cúpula da União Europeia (UE) durante o fim de semana em Bruxelas, como foi amplamente precificado na semana passada. Desde o início desta, as divergências entre a Alemanha e França sobre os detalhes da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) foram minando as promessas que Angela Merkel e Nicolas Sarkozy tinham feito de resolver a situação e atrapalharam os mercados.

Ontem, colocou-se outra esperança no lugar: a solução não virá no domingo, mas será apresentada na quarta-feira. Quem garantiu foram os mesmos líderes da França e da Alemanha. E os investidores compram mais essa promessa. Até porque, se ela não for cumprida, há uma nova onda de pessimismo e é na volatilidade que eles ganham dinheiro, enquanto o desfecho para a crise não aparece efetivamente.

O dólar comercial abriu em alta de 0,34%, a R$ 1,770, e se manteve em valorização pela manhã. Por volta das 10h40, a moeda norte-americana era negociada em alta de 0,79%, a R$ 1,778.

Hoje, mais cedo, a China informou que o seu Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 9,1% no 3º trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, uma desaceleração ante os 9,5% no segundo trimestre. O dado econômico não amenizou as tensões do mercado, que se concentram na Europa.

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A preocupação dos investidores foi alimentada principalmente pelo índice que mede o nível de confiança na economia alemã, que sofreu uma queda maior que a esperada em outubro, conforme anunciado hoje. Além disso, o clima também ficou pesado na Europa após a agência de classificação de risco Moody's alertar que a perspectiva estável da nota (rating) AAA da França está sob ameaça.

"As bolsas sentem mais esse noticiário ruim, mas o mercado de moedas também é atingido pelo clima tenso a nível global", disse um experiente operador.

Já no Brasil, o mercado vai acompanhar de perto as movimentações em torno da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que começa hoje e termina amanhã com a decisão sobre a taxa básica de juros (Selic). A maioria do mercado está apostando em um corte de 0,5 ponto porcentual, depois das sinalizações dadas pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que em mais de um momento falou em ajuste "moderado" de juros.

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