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A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) aplicou uma multa no valor de R$ 15 mil ao proprietário de um terreno na Praia de Muro Alto, em Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco. No local, estava sendo realizada uma obra irregular com retirada de restinga, vegetação protegida por lei federal.

Além da multa e o embargo da obra, o proprietário também responderá por crime ambiental. Um serviço de escavação foi feito no local pelo infrator.

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A área costumava ser usada por bugueiros para fazer a travessia entre a pista e a Praia de Muro Alto. O dono do terreno decidiu cercar o local para evitar a passagem. Os bugueiros, entretanto, tiravam o cercado e seguiam fazendo o mesmo trajeto.

Como resposta, o proprietário começou a fazer uma escavação. Porém, removeu restinga durante a obra sem as autorizações necessárias. A restinga é um ecossistema associado à Mata Atlântica, segundo a CPRH.

A Prefeitura de Ipojuca também notificou o proprietário pelo mesmo caso. Foi dado um prazo de dez dias para ele se manifestar sobre as acusações.

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (29) o estudante de veterinária Pedro Henrique Krambeck. Ele é suspeito de participar de um esquema de tráfico de animais e foi picado por uma naja kaouthia, no dia 7 de julho, espécie que não é nativa da fauna brasileira. Além da suspeita de crime ambiental ele também é acusado de tentar atrapalhar as investigações.

O estudante deve ficar detido por cinco dias. O mandado de prisão foi cumprido na casa onde ele mora com a mãe e o padrasto, no Guará, como parte da Operação Snake, deflagrada pela PCDF. No último dia 22 de julho, um amigo de Krambeck, Gabriel Ribeiro, que também é estudante de medicina veterinária, foi preso pela mesma operação, suspeito de tentar atrapalhar as investigações sobre esquema de tráfico de animais. 

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A polícia suspeita que a naja tenha sido trazida ao país com uma licença irregular expedida por uma servidora do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama). Com a mordida dada no estudante, foi possível descobrir uma associação criminosa responsável, inclusive, por destruir provas relacionadas aos crimes ambientais investigados.

Relembre o caso

O estudante de veterinária foi picado no início de julho por uma naja, chegado a entrar em coma. Ele teve graves consequências decorrentes do veneno, que pode matar um humano em 60 minutos. Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, de 22 anos, estava internado no hospital Maria Auxiliadora, na região de Gama, em Brasília, desde o dia do ataque e só conseguiu ser salvo graças a um soro antiofídico, que foi importado pelo Instituto Butantan.

A mordida da cobra altamente peçonhenta, nativa da África e sul da Ásia fez com que ele desenvolvesse uma necrose no braço e lesões no coração. As investigações sobre o caso começaram no dia 14 de julho. Policiais conversaram com funcionários e analisaram imagens do circuito de segurança do prédio em que o estudante mora com os pais e encontraram indícios de maus-tratos em 16 cobras que pertenciam ao estudante. O jovem foi multado em R$ 2 mil pelo Ibama por criar a naja sem autorização.

A criação de cobras peçonhentas é proibida no Brasil e o Ibama vai emitir uma multa que pode chegar a R$ 5 mil. O animal da estava desaparecido, mas foi recapturado pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), perto de um shopping, a 14 quilômetros de onde o estudante mora.

A Polícia Civil fez uma apreensão de 100kg de carne de tatu em um frigorífico clandestino no Capão Redondo, zona Sul da cidade. 

Depois de receber uma denúncia anônima, uma equipe foi até o local fazer uma averiguação e encontrou no local 33 tatus mortos, além de carnes de cordeiro. Um homem foi autuado e teve qua assinar um termo da Lei de Crimes Ambientais, que prevê detenção de seis meses a um ano, além de multa, para quem caça e mata animais silvestres sem autorização.

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A polícia informou que as carnes encontradas seriam vendidas para restaurantes da cidade. O caso foi registrado no Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE).

O ‘publipost’ do ex-goleiro Bruno Fernandes, fazendo propaganda de um canil na internet, causou revolta e muitas manifestações. Condenado pela morte da modelo Eliza Samudio, com indícios de que os restos mortais da vítima haviam sido jogado para cães, o anúncio do ex-atleta foi recebido como deboche. A ativista Luisa Mell, no entanto, foi além e identificou crime ambiental na foto do canil. Em um post, ela garantiu que levará o caso à polícia. 

Na imagem em que Bruno aparece com dois cães da raça pitbull, Luisa identificou que os animais estavam com as orelhas cortadas - técnica usada em algumas raças por motivos estéticos e proibida por lei.”Mutilar animais sem recomendação veterinária que seja para tratar o animal é crime ambiental e qualquer pessoa que o faça está sujeita às penalidades previstas”, disse a ativista.

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Além de apontar a situação polêmica, pelo crime atribuído a Bruno, Luisa criticou duramente os proprietários do canil e disse que acionaria um delegado de sua confiança para lidar com o caso. “Certamente usaram do deboche para conseguir publicidade. Mas esqueceram que tb são criminosos. Cortar orelha de cachorro está proibido desde 2008. Vamos atrás de vocês, babacas”. 

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A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados rejeitou o Projeto de Lei 2974/19, que retira sanção penal ou administrativa para crimes ambientais insignificantes, justificáveis ou irrelevantes frente ao bem protegido.

A relatora, deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS), recomendou a rejeição. “A inclusão do princípio da insignificância na Lei de Crimes Ambientais não resolverá as atuais controvérsias. Caberá aos tribunais decidir em que casos e circunstâncias esse princípio deverá ser concretamente aplicado”, disse.

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A proposta em tramitação na Câmara dos Deputados é de autoria do deputado José Medeiros (Pode-MT). “A ideia é coibir multas e outras sanções anacrônicas, sem destituir a lei e os agentes de fiscalização dos meios para agir contra crimes graves”, afirmou o parlamentar.

Atualmente, a Lei dos Crimes Ambientais estabelece três critérios para gradação da penalidade: a gravidade do fato, os antecedentes do infrator e sua situação econômica, em caso de multa.

Tramitação

A proposta será analisada pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário.

*Da Agência Câmara Notícias

O Sport Club do Recife anunciou que entrará em campo, nesta quarta-feira (23), com uma mudança no uniforme. O time rubro-negro vai jogar contra o Paraná, na Ilha do Retiro, com os nomes de todas as praias pernambucanas atingidas pelas manchas de óleo estampados nas camisas de seus jogadores. Cada um dos integrantes do time levará o nome de um dos locais atingidos pelo crime ambiental.

No Twitter, a conta oficial do clube divulgou um vídeo em que é possível ver o processo de adesivagem do nome da praia de Carneiros na camisa do atacante Hernane, número 9. O aparecimento de toneladas de petróleo cru já atingiu mais de 150 praias em 171 municípios dos nove estados nordestinos e, apesar dos esforços da população, continua chegando em novas localidades. O aparecimento das manchas de óleo começou no dia 30 de agosto, em João Pessoa.

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Recentemente, o Esporte Clube Bahia também divulgou um manifesto cobrando das autoridades uma resposta para a contenção do vazamento e entrou em campo contra o Ceará no estádio de Pituaçu, em Salvador, com uma versão do uniforme manchada de óleo. 

A partida do Sport Clube do Recife contra o Paraná acontece às 19h15, na Ilha do Retiro, estádio sede do time rubro-negro.

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O impacto da aparição das manchas de petróleo cru no litoral pernambucano atinge diversas pessoas que dependem do mar para viver. Seja através da pescaria, ou do turismo. Mas além desses, outro grupo sofre com as consequências da tragédia ambiental. A comunidade do surfe teme o fim de toda história da modalidade no estado.

O surfe, para muito deles, é um modo de vida. Se comprometer em surfar é se comprometer em preservar. Regis Galvão, surfista há 42 anos, conversou na manhã desta segunda-feira (21) com o LeiaJá. O experiente atleta, que também faz parte da equipe de comunicação do ‘Surfe Nordeste’, demonstrou grande preocupação com o ocorrido.

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"Iniciei no surfe em 1967 pelas mãos do meu pai que foi o primeiro cara a produzir uma prancha em Pernambuco. Não há condição de surfe, os surfistas estão fazendo a coleta. Recebemos uma doação e estamos comprando água e quentinha. A doação é do Salve Maracaípe”, disse.

Regis e mais um grupo de surfistas estão atuando nas regiões afetadas. Ele lembrou que denunciou o aparecimento de manchas há mais de 60 dias, mas que ninguém agiu para conter o avanço.

“Estamos nessa guerra, é assustador o que está acontecendo. O surfe está praticamente todo de luto. Já estamos vivendo isso há 60 dias, no Paiva fomos os primeiros a registar um vídeo que viralizou e as pessoas ficaram dizendo que foi navio. Subestimaram a situação que estava acontecendo”, pontuou.

“Essa madrugada chegou para esses lados aqui do Paiva. Daqui da Enseada vamos descer para Itapuama para apoiar o pessoal e depois vamos para o Paiva no 'condomínio proibido' que a gente surfa no dia a dia. Dizem que já está chegando lá”, lamentou.

O experiente surfista relatou emocionado, que em mais de 40 anos de surfe teme que tudo se acabe. “Nunca vi isso acontecer. É um crime ambiental. O maior temor é o fim do surfe, da gente que vive do mar. O fim. Filme de terror”, cravou.

A Polícia Civil, através da Delegacia de Polícia do Meio Ambiente (Depoma), realizou uma operação de combate à comercialização irregular de orquídeas no bairro de Santo Amaro, no centro do Recife. Realizada na manhã desta sexta-feira (18), a Operação Cattleya conta com a parceria do Ibama.

Segundo a polícia, as orquídeas apreendidas foram coletadas indevidamente. “Essa fiscalização constatou orquídeas das matas silvestres”, resumiu o delegado Ademar Cândido, do Depoma.

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A ação deteve quatro pessoas por crime ambiental. Elas foram conduzidas à delegacia. As flores foram apreendidas e encaminhadas para perícia.

Manchas de óleo que têm atingido o litoral nordestino foram detectadas também na Praia do Futuro, um dos destinos mais procurados pelos turistas no Ceará.

A Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) divulgou boletim para alertar sobre os riscos aos banhistas que frequentam o litoral cearense.

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Durante a coleta semanal de amostra da água do mar para indicar a balneabilidade das praias, técnicos da Semace avistaram flocos de óleo na zona leste da orla de Fortaleza.

Na última sexta-feira (4) foi feito um mutirão de limpeza na Praia do Futuro. Mesmo assim a recomendação é que os banhistas evitem o contato com a mancha de óleo; evitem nadar ou praticar outros esportes náuticos em locais com manchas de coloração vermelha, marrom ou azul-esverdeada; e também evitar o consumo de frutos do mar desses locais.

Após receber denúncia sobre o funcionamento de uma fábrica de balões localizada no bairro do Socorro, Zona Sul da capital paulista, uma ação realizada pela Polícia Civil desativou o estabelecimento clandestino. A intervenção, que teve o apoio da Polícia Militar (PM) e da Guarda Civil Metropolitana (GCM), também efetuou o resgate de 19 animais silvestres na última quinta-feira (27).

No local, os policiais encontraram balões prontos para serem vendidos além de acessórios para a produção dos materiais e artefatos explosivos, os quais foram detonados pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). No mesmo ambiente, as equipes da polícia descobriram animais silvestres. Um papagaio, dois jabutis e outras 16 aves foram resgatados. A fábrica clandestina foi periciada e todo o material apreendido.

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Os responsáveis foram indiciados por matar espécimes da fauna silvestre, praticar ato de abuso a animais, fabricar, vender, transportar ou soltar balões e produzir substância tóxica. A ocorrência foi registrada pela 1ª Delegacia de Investigações sobre Infrações de Maus Tratos a Animais e demais Infrações contra o Meio Ambiente (DIIMA) do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). A Polícia Civil segue com as investigações na "Operação Baloeiro".

A fabricação, a comercialização, o transporte ou a soltura de balões é crime ambiental. A pena para as infrações pode chegar a três anos de prisão. Além do risco de causar curto-circuito na rede de energia elétrica, as autoridades alertam que soltar balões pode provocar incêndios em áreas verdes, moradias e indústrias. Os artefatos ainda oferecem perigo para o tráfego de aviões e helicópteros.

Em uma operação realizada na tarde da última terça-feira (4) em três municípios do estado de São Paulo, investigadores do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) prenderam três acusados de manter animais em cativeiros irregulares.

Os mandados de prisão foram cumpridos em São Paulo, Carapicuíba e Sorocaba pela segunda equipe da Divisão de Investigações sobre Infrações de Maus Tratos a Animais e demais Infrações contra o Meio Ambiente (DIIMA).

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Durante a ação da polícia, investigadores perceberam que os animais não tinham chips, anilhas e documentação, o que é obrigatório para criar as espécies. Na revista policial, foram resgatados cinco roedores, três saguis, um calango de pedra, um galo de campina, uma maritaca, um pássaro preto e um pássaro agapornis.

Além dos animais, foram apreendidas duas notas fiscais suspeitas de falsificação, telefones celulares e computadores.

 

A patrulha ambiental da Guarda Civil Municipal (GCM) de Guarulhos apreendeu 29 aves silvestres na região do Cabuçu, que integra o Parque Estadual da Cantareira. Após receber uma denúncia, os agentes revistaram duas casas e encontraram os animais em gaiolas, com sinais de maus tratos e usando anilhas adulteradas. As anilhas são pequenos aneis presos à pata do animal, que registram a origem das aves e permitem o seu monitoramento.  

Na primeira casa revistada foram enconrados 14 coleirinhos, quatro pixarros, um bigodinho e um sabiá-laranjeira. Desse grupo, 14 animais tinham anilhas adulteradas. Já na outra casa indicada pelo denunciante, foram apreendidos seis sabiás-laranjeira, um bem-te-vi, um pássaro-preto e um sanhaço-comum. As pessoas que estavam de posse dos animais foram levadas para Delegacia de Investigação de Crimes contra o Meio Ambiente, onde assinaram Termo de Compromisso e foram liberados, mas ainda precisam responder a inquérito policial. As aves apreendidas foram encaminhadas ao Centro de Recuperação de Animais Silvestres (Cras) do Parque Ecológico do Tietê.

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O núcleo Cabuçu, área verde onde os pássaros foram apreendidos, faz parte do Parque Estadual da Cantareira, que por sua vez compõe a Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo. Os crimes contra a fauna silvestre como captura ilegal, venda ou guarda de espécimes na natureza e maus tratos podem ser denunciados junto à Central de Atendimento da GCM pelos telefones 153 e (11) 2475-9444.

 

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) divulgou, nesta sexta-feira (29), um levantamento sobre a destinação do lixo em Pernambuco. Os dados, coletados entre janeiro e dezembro de 2018, mostram que a maior parte dos municípios continua depositando os resíduos sólidos em lixões a céu aberto.

Em comparação à última avaliação, houve uma evolução no número de cidades que depositam o lixo corretamente. O TCE computou que 79 dos 184 municípios pernambucanos estão usando aterros sanitários para despejo dos resíduos. Em 2017, 51 cidades depositavam lixo em aterros sanitários.

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Apesar da melhoria, a situação ainda é desanimadora. No total, 105 cidades continuam desrespeitando o meio ambiente, com 103 dessas depositando a sujeira em lixões a céu aberto e duas em aterros controlados, que não atendem por completo às exigências legais e ambientais adequadas.

“Está muito longe do ideal’, afirma Pedro Teixeira, auditor de controle externo do TCE. “A gente pensar que ainda existem 105 municípios no estado de Pernambuco que depositam de forma irregular, ou seja, em lixões e aterros que não são legalizados, então são municípios cometendo crimes ambientais todos os dias”.

Teixeira também destacou o impacto social e de saúde relacionado ao lixão, onde pessoas costumam recolher restos de alimentos. “São pessoas em situação sub-humanas. Pessoas brigam por lixo. É uma situação degradante. Sem contar o problema de saúde pública, porque o chorume do lixão de Camaragibe vai para o rio direto. Aquelas casas estão todas sujeitas aos problemas do lixo. É uma degradação completa”, explica. Camaragibe, citado pelo auditor fiscal, é o único município da Região Metropolitana do Recife (RMR) que ainda mantém lixão. Ipojuca, na RMR, possui um aterro que ainda não se adequa às exigências legais e ambientais.

Pernambuco conta atualmente com apenas 17 aterros sanitários licenciados, sendo cinco privados e doze públicos. Em 2012, o Plano Estadual de Resíduos Sólidos, realizado pelo Governo do Estado, apontou que seriam necessários 54 aterros sanitários para atender toda a demanda da população. O TCE acredita que com bem menos de 54 já seria possível alcançar um resultado bem melhor. A maioria das cidades que precisam se regularizar estão no Sertão, Mata Norte e parte da Mata Sul.

A ausência do aterro sanitário também traz prejuízo para os cofres das cidades. Quem não deposita corretamente os rejeitos perde 2% do ICMS Ecológico, mecanismo de incentivo à conservação que faz com recursos financeiros cheguem aos municípios. Recife, por exemplo, gastou mais de R$ 32 milhões com o aterro sanitário em 2018. Entretanto, recebeu R$ 22 milhões do ICMS pelo trato correto do lixo. Isso significa que 68,4% do custo foi recuperado.

A eliminação dos lixões era para ter sido concretizada até 2014, conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010). O descumprimento às normas é considerado crime gravíssimo contra o meio ambiente. Os prefeitos infratores estão sujeitos a sanções penais e administrativas, além da obrigação de reparar o dano. Eles podem ser enquadrados na Lei de Crimes Ambientais e receber pena de até três anos de prisão. A multa pode chegar a R$ 82,4 mil.

Esta é a primeira vez, desde que o TCE começou o monitoramento em 2014, que foram instaurados processos de Auditoria Especial, uma forma de aumentar o rigor para quem tem descumprido a lei. Foram instaurados 112 processos, tendo 13 já sido julgados. Desses, 11 foram considerados regulares com ressalva e dois, irregulares. Três prefeitos foram multados. O TCE pode também considerar as contas irregulares, resultando em inexigibilidade do prefeito. Também foram enviadas 52 representações para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) sobre prefeitos que nem ao menos responderam o requerimento de informações.

O despejo de grandes quantidades de lixo em locais inadequados contribui para que o chorume e os gases tóxicos contaminem o solo, os lençóis freáticos, as reservas de água potável e o ar. De agosto de 2014 a 20 março de 2019, 7 milhões de toneladas de lixo seguiram para lixões no Estado. De acordo com cálculo do TCE, esse volume de lixo encheria 1,3 mil campos de futebol com três metros de altura.

Fiscais da Superintendência de Meio Ambiente da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes interditaram, na última quinta-feira (25), a empresa Fortunato Minerações por crime ambiental e falta de autorização para retirada e comercialização de barro. Três multas foram aplicadas, totalizando R$ 188.440.

A empresa ocupa uma área de 9,5 hectares e vinha realizando as atividades desde 2016, mesmo sem autorização. No ano passado, houve uma vistoria no local, quando foi dado um prazo para a regularização.

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No momento da fiscalização, não havia trabalhadores no local, mas ficou constatado que o barro estava sendo retirado de forma irregular. O proprietário da empresa tem 20 dias para apresentar defesa.

 

Em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, uma empresa de fabricação têxtil estava despejando resíduos químicos em um canal que tinha como destino o Rio São Francisco. A tubulação de concreto estava camuflada com madeira e vegetação, o que dificultava a visualização e identificação de origem.

A Agência Municipal do Meio Ambiente, com apoio da Guarda Municipal, constatou a irregularidade após denúncia feita através da Ouvidoria de Petrolina. Foi aplicada uma multa de mais de R$ 16 milhões por crime ambiental.

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A empresa também não possuía licença ambiental. O local foi interditado e as atividades da empresa foram suspensas. 

Segundo a Amma, a empresa tem 20 dias, a partir da data de notificação, para regularizar as atividades. A penalidade se baseou no Artigo 66º do Decreto Federal 6514/2008, que determina multa entre R$ 5 mil a R$ 50 milhões para o crime ambiental. Outras denúncias podem ser feitas através do telefone da ouvidoria no número: 156.

Setenta e seis pássaros, incluindo duas espécies em risco de extinção, foram apreendidos em uma única residência do município de Angelim, Agreste de Pernambuco. A apreensão ocorreu após José Cícero Serafim da Silva ser detido por porte ilegal de arma de munição e a polícia se surpreender com a quantidade de gaiolas.

Segundo a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), o proprietário mantinha gaiolas em praticamente  todas as dependências da casa. Foram emitidos três autos de infração por crimes ambientais, totalizando R$ 94,5 mil em multas.

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A apreensão foi feita na noite da segunda-feira (11). Muitos pássaros estavam fora da gaiola, espalhados pela varanda, sala de estar, garagem, cozinha e quartos. As multas aplicadas sofreram agravantes porque José Serafim admitiu que mantinha pássaros para vender e também em razão das duas espécies ameaçadas de extinção.

As aves foram encaminhadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara), da CPRH, onde passarão por avaliação e reabilitação antes da devolução para natureza. Há galos de campina, caboclinhos, canários, curiós, entre outras espécies.

A Prefeitura do Recife divulgou, nesta quarta-feira (21), que o motorista flagrado jogando entulhos numa área de manguezal, na última sexta-feira (16), foi identificado e autuado. Um vídeo enviado para a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Recife flagrou o momento em que o condutor estaciona um caminhão na Via Mangue, na Zona Sul do Recife, retira resíduos da carroceria e joga no Parque dos Manguezais. Fiscais da SDSMA que analisaram as imagens acreditam se tratar de entulhos da construção civil. 

De acordo com a Prefeitura do Recife, através das câmeras de segurança da via expressa, a Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) conseguiu identificar o veículo no momento em que o motorista cometia o crime ambiental. Dessa forma, foi possível localizar a placa e identificar o proprietário. 

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Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Recife, jogar resíduos sólidos ou rejeitos em praias, no mar ou em quaisquer recursos hídricos é considerado infração. A Secretaria alerta, também, que além de autuado, o infrator pode pagar uma multa que varia entre R$ 200 e R$ 10 milhões. Quem quiser denunciar esses ou outros crimes ambientais, pode ligar para o 0800 720 4444 ou ir até a sede da Secretaria, que fica na Rua Fernando César, nº 65, no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife. O atendimento é feito das 8h às 13h.

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A Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma) e a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) apreenderam 332 aves durante fiscalização em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, neste sábado (9). Cinco suspeitos também foram detidos.

A operação tinha o objetivo de coibir crimes ambientais como tráfico, comércio, caça e cativeiro ilegal de animais silvestres. Os trabalhos foram iniciados após denúncia de que pessoas comercializavam esses animais na Central de Abastecimento de Garanhuns (CEAGA). No local, foi detido o primeiro acusado com cinco sabiás, um bem-te-vi, um canário da terra, um concris e dois casaca de couro.

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Na continuação da investigação, foi apreendido outro suspeito com 21 galos de campina. No percurso, segundo a polícia, um acusado foi detido com 42 pássaros e outro com mais 22 galos de campina.

Por fim, as equipes detiveram um homem com mais 12 aves. Todos foram levados à 18ª Delegacia de Garanhuns, onde foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

Outras 225 aves ainda foram recolhidas. O proprietário dessas últimas não foi localizado. Segundo informações, os animais pertencem ao homem que seria o maior biotraficante da região.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Histórico-Cultural, recomendou à Prefeitura do Recife que retire os animais expostos no Parque 13 de maio, localizado na área central da capital. O argumento é de que os animais estão expostos a sons e ruídos altos constantemente, o que prejudica o bem-estar deles e pode configurar crime ambiental.

A recomendação pede que os animais sejam encaminhados para unidades licenciadas de acolhimento e reabilitação de animais para retornarem aos seus habitats naturais. A prefeitura e a Autarquia de Melhoramento e Limpeza Urbana (Emlurb) têm prazo de seis meses para encaminharem os animais à Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).

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De acordo com o MPPE, caso não seja possível a devolução dos animais à natureza, devem ser providenciados espaços adequados para a permanência deles nas unidades de acolhimento. A prefeitura tem até cindo dias para informar se acata ou não a recomendação. O não cumprimento pode ser configurado como conduta omissiva ou comissiva, resultando em infração.

"O barulho decorrente da movimentação, em eventos realizados no parque, ultrapassa os limites permitidos pela legislação ambiental vigente, colocando a saúde e bem-estar dos bichos em risco", disse o promotor de Justiça Ricardo Coelho. As jaulas dos animais também não ofereceriam espaço suficiente para  vida em cativeiro, uma vez que não preservam as condições de vida das espécies. 

Lei - A Lei Estadual n° 14.639/12 dispõe sobre a proibição da permanência de animais silvestres, selvagens ou exóticos em ambientes de clausura nas praças, parques ou espaços urbanos. O texto aponta que os ambientes de clausura são proibidos quando localizados em praças e demais situados em áreas com registro de elevada densidade demográfica.

Em 2015, o prefeito Geraldo Julio sancionou a Lei 18.143/2015, que proíbe a exposição de animais em parques do Recife. Na época, já houve acusações de que, apesar da lei, os animais permaneciam sendo mantidos no Parque 13 de Maio.

A Polícia Militar, através da 1ª Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma), está desenvolvendo um projeto de aplicativo para denúncias de crimes ambientais. O recurso estará disponível para as plataformas Android e iOS.

O aplicativo será gratuito. Através dele, será possível denunciar crimes como tráfico de animais silvestres, queimadas, desmatamentos e poluição do ar. 

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As denúncias poderão ser anônimas. Será obrigatório preencher um formulário e anexar pelo menos uma evidência do fato denunciado. Segundo a Polícia Militar (PM), os usuários poderão enviar fotos, vídeos, áudio e texto. 

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