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A Polícia Civil apresentou nesta sexta (9), o resultado da Operação Alvorada. A ação vinha acontecendo desde maio deste ano, com foco num grupo de criminosos por praticarem homicídios, tráfico de entorpecentes, comércio de armas e munições em Peixinhos, em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR), Recife e interior do Estado. Os 19 mandados de prisão foram cumpridos até esta madrugada com a prisão do líder do grupo, Sidicleiton Pereira da Silva, vulgo “Do Bope”.

Dos 19 envolvidos, três eram policiais militares – José Arcelino de Lima, vulgo “Duda”, que repassava as armas e munições apreendidas por Lourinaldo Ferreira Vieira, o “Bomba”. Além dos dois, o terceiro policial envolvido era José Roberto da Cruz, do 11° Batalhão de Vitória de Santo Antão. “É lamentável uma corporação que luta contra o trabalho criminal ver policiais envolvidos em uma quadrilha dessas. Se realmente for comprovado, eles serão expulsos da Corporação após todas as investigações”, conta Paulo Cabral, Coronel da Polícia Militar.

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De acordo com o delegado Bruno Magalhães, responsável pela Operação, a quadrilha foi totalmente desarticulada, evitando novos crimes. “Vamos impedir a prática de homicídios, tráfico de drogas e assaltos não só na área de Peixinhos, em Olinda, como também no Recife e outros municípios do Agreste”, relata o delegado.

Três foram presos desde o início da Alvorada. Com os outros 19 mandados cumpridos desde a última quarta-feira (7), a apreensão totaliza 23 pessoas no grupo - todas presas. A gangue cometeu três homicídios em Olinda, dois no Recife, e outras 13 tentativas de homicídios. Foram encontrados com os acusados seis armas – três delas eram registradas – além de munições, cheques, R$ 300 em dinheiro, celulares e seis caixas com 6 mil espoletas. Os entorpecentes não foram encontrados pela Polícia.

A Delegacia de Peixinhos, em Olinda, contou com o apoio do Centro Integrado de Inteligência de Defesa Social (CIIDS) e o Núcleo de Inteligência do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Os presos estão aguardando a decisão da justiça do Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima e os policiais no presídio do Centro de Educação da Polícia Militar, em Paratibe. Na quadrilha uma mulher, identificada apenas como Elisangela, também foi presa e está na Colônia Penal Feminina.

Para quem quer fazer uma denúncia anônima, o atendimento pode ser feito não só pelo telefone, mas também pela internet. Agora, através do site do Disque-Denúncia (www.disquedenunciape.com.br), a população poderá reclamar e denunciar anonimamente qualquer crime – tráfico de drogas, violência doméstica, roubo, falsificação, furto, homicídio, entre outros. Pernambuco é o primeiro Estado a implantar o sistema de denúncias online.

Os usuários vão poder enviar ainda fotos, vídeos e outros apontamentos que colaborem nas investigações policiais. O método de anonimato foi projetado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em parceria com a Secretaria de Defesa Social (SDS), que apresentou a nova medida nesta terça-feira (11). 

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Carmela Galindo, superintendente do Disque-Denúncia, ressalta que o sigilo é garantido. “Como acontece com o telefone há mais de doze anos, o cidadão vai poder enviar as informações sem se identificar”, afirma. O foco é aumentar em 40% o número de denúncias, além de facilitar a comunicação com a população que não quer se identificar, mas deseja mostrar provas através de fotos ou vídeos.  

O Disque-Denúncia já atendeu mais de 286 mil pessoas em 12 anos de projeto. O usuário deve ficar atendo a todas as recomendações e informações durante a operação, onde aparece assim que é aberta a página.

 

Dois policiais civis e cinco militares foram presos nesta sexta-feira (31), por crimes de tortura, formação de quadrilha e extorsão no Cabo de Santo Agostinho. Eles já estavam sendo investigados desde a última quinta-feira (23), quando um homem de 35 anos denunciou o grupo. A vítima teria sido confundida com um traficante da área e passou a ser torturada e extorquida.

Um integrante da quadrilha foi preso no dia da denúncia, ele receberia o dinheiro da vítima da extorsão. Eles exigiam o valor de R$ 5 mil para devolver a moto que haviam roubado do homem. Osmar Vitor de Barros, de 35 anos, que seria informante dos suspeitos, também foi detido.

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Os policiais civis Leandro de Melo Goulart Leicht, de 33 anos, e Marco Antonio Virães de Goes Cavalcanti Júnior, 40, foram detidos na sede operacional da Polícia Civil. Já os soldados do 18º Batalhão da Polícia Militar, Edmilson Araújo de Lucena, 27, Tiago Felismino da Silva, 28 e Ailton Luis de Brito, acabaram presos na Delegacia do Cabo de Santo Agostinho. Também foram detidos os soldados Maviael Dionísio da Silva e Leandro Silva Cardoso, eles trabalhavam na 2ª Seção do batalhão.  

Além das prisões, um procedimento administrativo disciplinar na Corregedoria da Secretaria de Defesa Social contra os policiais foi aberto. Eles só poderão ser demitidos se a denúncia for comprovada.

Se os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitarem os argumentos dos advogados de defesa dos principais réus do mensalão e entenderem que o que houve não foi um esquema de compra de votos de parlamentares, mas sim a prática de caixa 2 eleitoral, os réus do processo poderão não ser condenados pelos crimes que imputam penas maiores, como corrupção ativa e corrupção passiva. Essa estratégia não garante, no entanto, que os réus não respondam por outros crimes, como formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. Para esses crimes, a pena máxima, que chega a 12 anos de detenção, ainda não prescreveu.

Os acusados de comandar o esquema, especialmente os que pertencem ao núcleo político apontado pela Procuradoria-Geral da República - José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares -, e aqueles que receberam dinheiro do "valerioduto" também podem ter de responder por falsidade ideológica eleitoral, porque teriam feito comunicação documental falsa à Justiça Eleitoral ao não declararem os valores recebidos.

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"O que pretendem agora todos os advogados de defesa é se limitar ao crime de caixa 2, mas, mesmo que você diga que o caixa 2 seria apenas um dinheiro não contabilizado de campanha, os ministros ainda poderão punir os réus por falsidade ideológica", afirma o especialista em Direito Eleitoral Everson Tabaruela. A pena para esse tipo de crime varia entre um e cinco anos. Se a pena máxima for aplicada, o crime não estará prescrito. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, acredita que não existe ligação entre os assassinatos e a emboscada sofrida por um policial das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) na noite de segunda-feira na mesma região, no Jaçanã. "Não há uma relação, provavelmente, entre um caso e outro. E a polícia já está trabalhando", disse.

Apesar disso, Alckmin admitiu que São Paulo enfrenta "meses difíceis" no que se refere à violência. "Especialmente o mês de junho e agora o mês de julho", afirmou, no dia seguinte à divulgação dos índices de criminalidade.

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Em seguida, o governador comparou a situação do Estado com o restante do País. "Analisando a série histórica, nós vamos verificar que saímos de 35 homicídios por 100 mil habitantes há 10, 11 anos para 10,3 no primeiro semestre deste ano. O Brasil tem 26 homicídios por 100 mil habitantes", enumerou. "Mas claro que não estamos satisfeitos (com o aumento da violência) e, por isso, o trabalho vai aumentar."

De acordo com ele, a polícia está agindo "firme" no combate ao tráfico de drogas. "Até mesmo em cima das chamadas biqueiras, que são a ponta do tráfico. Houve uma reação grande das quadrilhas, do crime."

Sobre erros de policiais durante as suas ações, Alckmin reafirmou que há "tolerância zero" do governo. "Veja que no caso que houve daquele publicitário (Ricardo Prudente Aquino, no Alto de Pinheiros) os policiais foram presos imediatamente. A rapidez foi total."

"Agora, nós temos 97 mil policiais militares, fora os civis e fora a Polícia Científica. Então, pode haver erro? Pode. Pode haver abuso? Pode", continuou Alckmin. "O que não pode ter é nenhum tipo de tolerância. Para isso, nós temos uma Corregedoria muito forte nesse trabalho", afirmou Alckmin. O governador também anunciou que está reforçando o efetivo das forças de segurança do Estado. "Só hoje estamos nomeando 200 delegados."

Já o coronel Roberval Ferreira França, comandante da Polícia Militar de São Paulo, que não tem se pronunciado publicamente sobre os últimos episódios envolvendo a corporação, divulgou ontem em sua página do Facebook uma carta sobre o trabalho da tropa. No texto, o oficial cita que a PM "é uma das mais bem preparadas e ativas polícias do País". Diz ainda que neste ano a corporação teve mais de 50 policiais assassinados "covardemente" e outros 5 mil estão inválidos. O coronel termina o comunicado dizendo que a corporação "não vai se acovardar". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Conselho Nacional do Ministério Público aprovou ontem uma recomendação para que o Ministério Público brasileiro "atue de forma célere, rigorosa e preferencial" na investigação de crimes praticados contra jornalistas. A iniciativa é uma reação aos crescentes casos de violência contra esses profissionais e à lentidão da Justiça.

"É louvável tal preocupação", afirmou o diretor executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Ricardo Pedreira. "Quando se atenta contra um jornalista se atenta contra o direito da sociedade de informação." Mas a ANJ entende, prosseguiu, que esses crimes "devem ser vistos num sistema mais amplo, o da impunidade dos criminosos em todo o País".

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Maurício Azedo, da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), definiu como "da maior oportunidade, além de extremamente necessária", essa participação do MP. E Carlos Lauria, do Comitê de Proteção aos Jornalistas, em Nova York, considerou a medida do CNMP "sumamente acertada". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Muitas contradições marcaram os depoimentos dos sete acusados da ‘Barbárie de Queimadas”, nesta segunda-feira (18), durante a segunda audiência no Fórum de Queimadas. Seis dos acusados apontaram Eduardo Pereira dos Santos como mentor e executor do crime.

Mesmo com a quantidade de provas técnicas e de acusações que apontam Eduardo como o mentor dos crimes, a justiça solicitou novas diligências para investigar as alegações do acusado. O MP deverá apresentar as alegações finais dentro de 15 dias e a sentença dos seis acusados deverá sair no próximo mês. Eduardo irá a júri popular.

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Segundo o promotor Marcio Teixeira, o acusado de ser o mentor intelectual da “Barbárie de Queimadas” e autor do duplo homicídio, Eduardo, apontou o irmão do prefeito de Queimadas(PB), José Rinaldo, conhecido como “Preá”, como líder de um grupo de extermínio que teria ele como alvo.

A informação foi revelada pelo advogado Félix Araújo, assistente de acusação do Ministério Público no caso. Eduardo contou em depoimento que no dia do crime, integrantes deste grupo, com ajuda de um dos adolescentes acusados de envolvimento no estupro coletivo, teriam invadido sua residência, para matá-lo, mas teriam assassinado a professora Izabella Pajuçara e a recepcionista Michele Domingos por engano.

 

Quinze pessoas foram presas em flagrante neste domingo, em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, durante a Operação Campeão, da Polícia Federal, que teve o objetivo de combater crimes contra a fauna. Os detidos são acusados de falsificação e/ou adulteração de selo ou anilhas de identificação e utilização de espécimes da fauna silvestre sem a devida permissão.

Agentes da PF e do Instituto Brasileiro dO Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fiscalizaram um torneio de canto de passeriformes promovido por uma associação de criadores de pássaros, em São Leopoldo, e apreenderam 46 pássaros, entre trinca-ferros e cardeais, e anilhas de identificação.

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Foram aplicadas multas que totalizaram R$ 65 mil, segundo a PF. A associação também foi autuada e teve suas atividades de promoção de torneios de canto embargadas. Os presos foram encaminhados ao Presídio Central de Porto Alegre, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal. Os animais foram acolhidos pelo Ibama.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, aprovou nesta quarta-feira as reformas no Código Penal do país, criticado há bastante tempo, na esperança de resolver os atrasos dos processos na Justiça e enfrentar a sensação de impunidade que ajudou a Venezuela a figurar no topo das estatísticas de países mais atingidos pelo crime no mundo.

Os ministros anunciaram na televisão estatal as mudanças no Código Penal após a reunião de gabinete. O projeto foi assinado por Chávez, que possui a prerrogativa de emitir leis por decretos, e agora seguirá para a Suprema Corte.

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"O povo venezuelano fez um clamor para que atacássemos a impunidade e a revolução está dando hoje uma resposta", disse Iris Varela, ministra do sistema penitenciário do país, que fez o anúncio junto à procuradora-geral da República, Cilia Flores. A revisão do Código de Procedimentos Penais irá eliminar a figura dos magistrados locais, ou escabinos, os quais são representados por dois cidadãos locais que costumam ser chamados para deliberar junto a um juiz quando um acusado faz um pedido.

"Esse modelo fracassou porque não tem nada a vez com a nossa realidade", disse Flores, ao notar que a figura do escabino foi inspirada no direito germânico. Já Varela disse que a reforma permitirá que os acusados enfrentem sentenças separadas para cada crime, ao invés de receberem uma simples sentença para todos os crimes. "Existem muitas pessoas que cometem vários crimes. A nova lei permitirá que cada crime seja julgado e punido", disse.

Humberto Prado, chefe da Organização Não Governamental Observatório das Prisões Venezuelanas, disse que o impacto das medidas do governo não poderá ser avaliado até que a nova lei inteira seja publicada, o que ainda não ocorreu. "Nós ainda não temos o texto completo das medidas que eles anunciaram", disse. Prado afirmou que o governo fracassou em prover segurança adequada aos cidadãos. "Foi o governo quem fracassou em fazer a parte dele", disse.

As informações são da Dow Jones.

Agentes da Delegacia de Cavaleiro, em Jaboatão de Guararapes, prenderam na tarde desta quinta-feira (22) um homem apontado como autor de vários crimes de homicídio, assaltos e tráfico de drogas. Diego Fernandes Batista da Silva, 21 anos, também é acusado de trocar tiros com policiais na última terça-feira (19). Com ele, os agentes encontraram um revólver calibre 38.  

O suspeito responde a quatro inquéritos policiais, dois por homicídios e dois por assaltos cometidos ao metrô e a uma joalheria no bairro de Cavaleiro. Há indícios da sua atuação também com o tráfico de drogas.

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De acordo com o delegado João Gaspar, Diego é bastante temido na Região. O suspeito foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, e responderá também pela tentativa de assassinato contra os policiais.

Uma investigação da ONU sobre a repressão a manifestantes pró-democracia na Síria, liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, concluiu que o governo de Bashar Assad cometeu crimes contra a humanidade. O texto, divulgado ontem, acusa o regime de reprimir manifestantes desarmados e adotar uma máquina de torturas e assassinatos em estádios, escolas e hospitais.

Em uma mobilização para isolar ainda mais Assad, EUA e União Europeia defendem que o ditador seja levado ao Tribunal Penal Internacional (TPI). Segundo Pinheiro, não resta dúvida de que torturas, violações sexuais, mortes e desaparecimentos de milhares de pessoas, entre elas crianças, foram ordenados pelo alto escalão do regime sírio. "A investigação mostra o tamanho das atrocidades cometidas pela Síria e que a situação está cada vez pior", disse ao Estado a embaixadora dos EUA no Conselho de Direitos Humanos da ONU, Eileen Donahoe.

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O chanceler francês, Alain Juppé, defendeu a mobilização da comunidade internacional. "Mais do que nunca temos o dever de ter uma solidariedade ativa diante do sofrimento da população civil", disse.

O primeiro teste político do relatório ocorre na sexta-feira, quando o Conselho de Direitos Humanos da ONU reúne-se em caráter de emergência em Genebra para lidar com as conclusões de Pinheiro e avaliar uma condenação à Síria.

Entidades de defesa dos direitos humanos, como a Human Rights Watch e a Anistia Internacional, insistem que o Conselho de Segurança deve pedir que a ONU imponha uma nova rodada de sanções e a situação seja levada ao TPI.

A medida, no entanto, pode enfrentar a oposição da Rússia e da China, caso seja levada ao Conselho de Segurança da ONU. Os dois países já vetaram uma resolução que condenava o regime.

Pinheiro foi impedido de entrar na Síria para fazer a investigação e preparar o documento. Com base em relatos de mais de 200 testemunhas, a investigação mostra, além dos abusos, um aumento na deserção de militares. Muitos, que se negaram a executar civis, foram mortos.

Segundo o diplomata brasileiro, a comunidade internacional precisa proteger a população na Síria. Ele defende o envio de observadores para garantir que haja algum tipo de controle sobre o regime, que transformou a repressão em "política de Estado".

Abusos

Ex-soldados entrevistados por Pinheiro, que fugiram ou passaram para a oposição, dizem ter sido obrigados a sair às ruas de algumas cidades para "atirar para matar". "Fomos ordenados a eliminar todos, até as crianças, e atirar de forma indiscriminada contra manifestantes desarmados", disse um deles.

As crianças também foram alvos da violência. Ao menos 256 foram mortas e torturadas, segundo o relatório. Outras testemunhas denunciaram violações sexuais e torturas em órgãos genitais masculinos dos manifestantes. Prisioneiros teriam sido forçados a fazer sexo oral e há dezenas de relatos de que crianças teriam sido estupradas diante de seus pais.

"A Síria violou o direito à vida", diz o documento, que acusa tanto os militares quanto as milícias montadas pelo Estado pela violência. Jornalistas, blogueiros e outros ativistas também foram alvos da repressão. Casas de opositores foram saqueadas. Houve também detenções em massa contra os que estavam "fragilizando o sentimento nacional".

Os casos revelados por Pinheiro apontam que os crimes do regime ocorriam também em hospitais. Militares vestiam-se de médicos para atender feridos de protestos e aproveitavam para torturá-los. Um estádio de futebol teria sido usado para a repressão. Desertores ainda denunciaram a criação de uma lista de pessoas buscadas. Centenas de opositores foram obrigados a colocar suas impressões digitais em confissões de crimes que eram lidas a eles. Deixar a Síria também era motivo de castigo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quarenta dias após a morte de Felipe Ramos de Paiva, estudante da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), e com a intensificação do policiamento no câmpus da Universidade de São Paulo (USP) na zona oeste da capital, os crimes caíram cerca de 60% na Cidade Universitária, segundo estatísticas da Polícia Militar.

A referência são os 40 dias anteriores ao assassinato, em 18 de maio. De acordo com os dados da PM, os assaltos caíram de 7 para 2, os furtos de 46 para 28 (na maioria no interior das faculdades) e o roubo e furtos de carro de 21 para zero. Não foram registrados sequestros - antes, havia sido computado 1 caso.

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Além de comemorar os bons resultados, o major William Evaristo Wenceslau, subcomandante do 16º Batalhão da PM, responsável pelo patrulhamento da USP, já fala em "quebra de tabu" sobre a histórica aversão à presença de policiais militares no câmpus. "Pelo menos de boa parte da comunidade acadêmica", ressalva.

O "termômetro" usado pelo oficial para medir essa aceitação são os chamados que os policiais têm recebido. "Anteriormente, éramos acionados para intervir depois que os delitos já haviam ocorrido. Agora, são frequentes as ligações de estudantes, professores e funcionários que, ao observar pessoas em atitudes suspeitas, nos procuram para fazermos averiguações", afirma. Uma viatura e oito motos circulam no câmpus das 6 horas às 23h30 diariamente. Quem estuda ou trabalha na USP já se sente mais seguro com os policiais mais próximos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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