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O Ministério Público Federal, em São Paulo, denunciou o ex-diretor de engenharia da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) Paulo Vieira de Souza nesta quinta-feira, 22. A força-tarefa da Operação Lava Jato acusa ainda outros quatro investigados por desviar em proveito próprio e de terceiros, entre os anos de 2009 e 2011, o total de R$ 7,7 milhões (valores da época) em recursos e imóveis destinados ao reassentamento de pessoas desalojadas por grandes obras viárias realizadas pela empresa estatal paulista Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) na região metropolitana de São Paulo - o trecho sul do Rodoanel, o prolongamento da avenida Jacu Pêssego e a Nova Marginal Tietê.

Segundo a denúncia, Paulo Vieira de Souza comandava o esquema, que envolvia também dois ex-ocupantes de cargo em comissão na empresa, José Geraldo Casas Vilella, chefe do departamento de assentamento da Dersa, e uma funcionária do setor na época dos fatos. Também é acusada de integrar o esquema uma irmã desta funcionária, e a psicanalista Tatiana Arana Souza Cremonini, filha de Souza.

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A denúncia relata em detalhes os três eventos criminosos envolvendo os cinco acusados e contou com provas obtidas por auditoria realizada pela própria Dersa. Como parte dos recursos desviados eram federais, o Ministério Público do Estado de São Paulo, onde o caso começou a ser investigado, encaminhou o procedimento ao Ministério Público Federal, que continuou com a investigação e colheu mais provas.

Os cinco são acusados pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e inserção de dados falsos em sistema público de informação. Paulo, Geraldo e a funcionária participaram dos três eventos denunciados, segundo a denúncia. A irmã da funcionária da Dersa e Tatiana participaram de um evento cada uma.

Ao todo, quase 1800 pessoas foram inseridas indevidamente nos programas de reassentamento das três grandes obras pela quadrilha liderada por Paulo Vieira de Souza. Algumas dessas pessoas receberam indevidamente auxílios, indenizações ou apartamentos da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo), empresa parceira da Dersa nos reassentamentos.

O primeiro evento criminoso narrado na denúncia do MPF trata da inclusão de seis empregadas da família de Paulo e de sua filha Tatiana no programa de reassentamento do trecho sul do Rodoanel Mário Covas. Entre as beneficiadas estão três babás da família, duas domésticas e uma funcionária da empresa do genro de Paulo.

Entre 2009 e 2011, a mando de Paulo, os nomes das seis empregadas foram incluídos como de supostas moradoras do traçado do Rodoanel desalojadas pela obra. Entre 2009 e 2012, todas elas foram agraciadas com apartamentos da CDHU no valor de R$ 62 mil na época, além de R$ 300 de auxílio mudança.

A auditoria da Dersa não encontrou qualquer documento que provasse que elas teriam direito ao benefício. Para realmente ser inserido e ter direito ao reassentamento, os moradores de regiões afetadas pelos empreendimentos tinham que juntar laudo ou relatório social, laudo técnico financeiro e cadastro do imóvel com foto e lista completa dos moradores do local.

A funcionária contou em seu depoimento que chegou a criar uma área onde não havia moradores no traçado do Rodoanel Sul, numa região conhecida como Royal Park, que ela batizou de área 66, para inserir os CPFs das pessoas para as quais criou os cadastros fictícios de desalojados pelo empreendimento.

Neste fato criminoso, que gerou prejuízo de R$ 375 mil aos cofres públicos, são denunciados Paulo, Geraldo, a funcionária e Tatiana, pelos crimes de peculato, inserção de dados falsos em sistema público de informação e formação de quadrilha.

O segundo fato narrado na denúncia trata dos desvios de apartamentos e indenizações, nos anos de 2009 e 2010, para parentes e pessoas ligadas à funcionária, que resultou no pagamento de indenizações no total de R$ 955 mil, em valores sem juros e correção.

Contudo, foi apurado que os familiares e pessoas ligadas à ela não receberam de fato qualquer indenização. A irmã da funcionária, que participava do esquema, foi constituída procuradora por oito das 11 pessoas supostamente beneficiadas. Ela contou em seu depoimento, que em face desse poder, sacava o dinheiro das indenizações e os entregava a pessoas de confiança de Paulo Vieira de Souza.

Como no fato anterior, os pagamentos dos benefícios eram autorizados por Geraldo e, quando ultrapassavam o limite permitido por seu cargo, eram assinados diretamente por Paulo Vieira de Souza. Além de dinheiro, dois parentes da funcionária da Dersa acabaram beneficiados cada um com unidades da CDHU em Mauá.

Na obra da Jacu Pêssego também houve desvios em espécie. A funcionária cadastrou sete amigos e conhecidos como pessoas que tinham direito a reassentamento por causa da obra. Dessas sete pessoas, três ela cadastrou novamente no programa de reassentamentos da Nova Marginal Tietê.

A funcionária relatou que, durante o período em que ocorreram as fraudes, muito dinheiro em espécie circulava no setor em que trabalhava, guardado na sala de Geraldo. Segundo seus depoimentos, Paulo e Geraldo mandavam entregar o dinheiro a pessoas indicadas por eles, inclusive para lideranças do tráfico que invadiam as áreas dos empreendimentos. O esquema foi interrompido em 2012, depois que um subordinado da funcionária a denunciou.

Por este fato criminoso, o MPF denunciou Souza, Geraldo, e as duas irmãs por peculato, inserção indevida de dados e formação de quadrilha (como os fatos ocorreram antes na mudança da lei, os acusados são processados na forma que a lei tinha antes de 2013).

O terceiro fato criminoso narrado na denúncia aborda 1773 pagamentos indevidos de indenizações irregulares para falsos desalojados pelo prolongamento da Jacu Pêssego, que foram cadastrados como se fossem moradores das áreas Vila Iracema, Jardim São Francisco e Jardim Oratório, causando um prejuízo de R$ 6,3 milhões em valores da época.

Foram cadastradas irregularmente pouco mais de 1500 pessoas no Jardim São Francisco, ao custo de R$ 3,3 milhões; pouco mais de 200 pessoas na Vila Iracema, ao custo de R$ 2,7 milhões, e nove pessoas no Jardim Oratório, ao custo de R$ 326 mil (todos os valores foram atualizados). Todos os pagamentos indevidos foram autorizados por Geraldo e Paulo Vieira de Souza.

Segundo a denúncia do MPF, embora constem nos sistemas da Dersa pagamentos para estas quase 2000 pessoas, a auditoria e as investigações realizadas não localizaram "nenhuma documentação regular que lhes desse suporte, tais como laudos de avaliação de imóvel, pesquisa socioeconômica, diagnóstico social e outros" previstos pelo programa de reassentamento.

Neste fato criminoso, Paulo, Geraldo e a ex-funcionária da Dersa são denunciados pelos crimes de peculato, inserção de dados falsos em sistema de informação e formação de quadrilha.

Para a força-tarefa da Lava Jato em São Paulo, os múltiplos crimes de peculato e inserção de dados, cujas penas são de 4 a 12 anos cada, ocorreram em continuidade delitiva, com a possibilidade de a pena ser aumentada de 1/6 a 2/3 em cada fato criminoso narrado na denúncia. Além disso, entende o MPF, os três fatos narrados constituem conjuntos diferentes de crimes, cujas penas devem ser somadas.

Se houver a condenação, e aplicada a pena conforme solicitado pelo MPF, as penas de Paulo e Geraldo poderão variar de 15 a 81 anos, mais o agravante do crime continuado. Já Tatiana, filha de Paulo Vieira de Souza, pode receber uma pena entre 5 e 27 anos de prisão.

A denúncia do MPF é assinada por todos os integrantes da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo: as procuradoras regionais da República Adriana Scordamaglia e Janice Ascari e as procuradoras e procuradores da República Ana Cristina Bandeira Lins, Anamara Osório Silva, André Lasmar, Daniel de Resende Salgado, Guilherme Göpfert, Luís Eduardo Marrocos de Araújo, Lucio Mauro Carloni Curado, Thaméa Danelon e Thiago Lacerda Nobre, e foi protocolada nesta quinta-feira.

Defesa

O criminalista Daniel Bialski, defensor de Paulo Vieira de Souza, rechaçou com veemência a denúncia da Procuradoria da República. "A denúncia nada mais é do que uma repetição de outra denúncia que tinha sido feita pelo Ministério Público de São Paulo e que a Justiça Estadual acabou por declinar da competência", disse Bialski.

"O Ministério Público estadual fez uma denúncia contra o Paulo e o juiz estadual entendeu que a competência para o caso era da Justiça Federal", segue o advogado.

Bialski assinalou que o Ministério Público Federal mandou o caso para a Polícia Federal "complementar as diligências".

"Essa complementação trouxe elementos ainda mais fortes de que o Paulo não favoreceu ninguém. Nem o Paulo e nem a família dele cometeram ilícito nenhum. Muito pelo contrário."

O criminalista destacou que auditoria interna da Dersa "inocentou Paulo Vieira de Souza de qualquer tipo de irregularidade".

Sobre a imputação de três crimes ao ex-diretor da Dersa - peculato, inserção de dados falsos em documentos e formação de quadrilha -, o defensor é categórico. "É preciso ressaltar que o Paulo nega todas as acusações. A auditoria da Dersa indica uma ex-funcionária e parentes dela como envolvidos na prática de atos ilícitos e improbidade."

Segundo Daniel Bialski, "essa ex-funcionária para tentar se eximir de responsabilidade, tinha que falar o nome de alguém e falou do Paulo para tentar usar isso como fogo de encontro".

Dersa

A DERSA - Desenvolvimento Rodoviário S/A e o Governo do Estado de São Paulo são os grandes interessados quanto ao andamento das investigações. A Companhia esclarece ainda que em 2011 organizou seu Departamento de Auditoria Interna, instituiu um Código de Conduta Ética, cuja adesão é obrigatória para todos os funcionários e contratados, e também abriu canais para o recebimento de denúncias que garantem o completo anonimato da fonte. Parte relevante das informações que embasam a denúncia do Ministério Público foi obtida internamente como fruto deste trabalho. A Empresa reforça seu compromisso com a transparência e permanece à disposição dos órgãos de controle para colaborar com o avanço das apurações.

O Ministério Público da Suíça informou nesta quinta-feira, dia 1º, que, a pedido da Justiça brasileira, está levantando os documentos e extratos de quatro contas bancárias atribuídas ao ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza. O órgão confirmou ainda ao jornal O Estado de S. Paulo que congelou qualquer movimentação financeira envolvendo as contas no banco Bordier & Cia.

O objetivo é desvendar a origem e o destino das transferências que teriam sido realizadas por Souza - apontado como operador do PSDB - entre 2007 e 2018. Segundo a Justiça brasileira, os recursos somavam R$ 113 milhões antes de serem transferidos das contas suíças para o Caribe. Foi pedido o bloqueio da soma.

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O material apurado pelo MP suíço será enviado ao Brasil para que a Procuradoria-Geral da República possa dar seguimento aos inquéritos. Em declaração nesta quinta, o escritório do procurador-geral da Suíça confirmou que, por solicitação das autoridades brasileiras, "um pedido de assistência mútua legal está atualmente sendo conduzido" em relação ao suspeito.

Os suíços confirmaram que foram eles quem primeiro repassaram ao Brasil, de forma espontânea, a informação da existência das contas. Em 2017, as autoridades suíças encontraram R$ 113 milhões (35 milhões de francos suíços) em quatro contas no país europeu em nome do ex-diretor da Dersa. Ele comandou a estatal paulista entre 2007 e 2010, período que compreende o mandato do ex-governador e atual senador José Serra (PSDB).

Poucos meses depois do primeiro contato entre os suíços e o Brasil, no entanto, em novembro de 2017, a Procuradoria em Berna indicou que recebeu um pedido de cooperação por parte do Ministério Público Federal para que os dados fossem aprofundados. O trabalho dos suíços tem sido o de coletar, no Bordier & Cia, todos os extratos e documentos de transações relativas às quatro contas, desde o dia de sua abertura, em 2007, até hoje.

Conforme apurou o jornal, a descoberta das contas foi revelava pelo próprio banco, que decidiu informar às autoridades de regulação da Suíça sobre a existência do depósito depois de identificar transações suspeitas. Isso teria ocorrido em junho de 2016.

As contas estão vinculadas a uma offshore panamenha e, ainda no ano passado, o suspeito teria transferido os ativos para outro paraíso fiscal, nas Bahamas. A suspeita dos investigadores é de que o dinheiro teria saído da Suíça diante do avanço das apurações do MP suíço contra brasileiros citados em casos da Lava Jato.

As contas, mesmo assim, foram congeladas. Ainda que os valores já não estejam mais na Suíça, a esperança dos procuradores é de que os extratos e documentos bancários ajudem a elucidar a origem dos recursos e quem, durante quase uma década, teria sido beneficiário dos depósitos.

Supremo

O caso ainda foi anexado pelos advogados do ex-diretor da Dersa ao inquérito em curso no Supremo Tribunal Federal, com relatoria do ministro Gilmar Mendes, que investiga o senador José Serra. O procedimento foi autorizado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, com base na delação da Odebrecht - ex-executivos da empreiteira relataram irregularidades em obras do Rodoanel, em São Paulo. Os citados negam.

Defesas

O advogado Daniel Bialski, que defende ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, disse que "efetivamente" não teve acesso a essa investigação e também aos documentos citados pelo Ministério Público Federal sobre as contas atribuídas fora do País.

"Ademais, essa investigação feita em SP afronta decisão anterior proferida em reclamação perante o STF e por isso, a defesa aguarda decisão sobre requerimento feito pedindo a avocação desse novo procedimento à Excelsa Corte e, igualmente, o reconhecimentos da nulidade de seus atos e decisões."

Em nota, a Dersa e o governo do Estado de São Paulo afirmam que Souza não faz parte da empresa desde abril de 2010 e que, desde 2011, instituiu um Código de Conduta Ética e criou canais internos para o recebimento de denúncias.

O texto diz ainda que tanto a empresa quanto o governo paulista têm interesse na apuração dos fatos e no andamento das investigação. "A companhia reforça seu compromisso com a transparência e permanece à disposição dos órgãos de controle para colaborar com o avanço das investigações."

"Se houve conduta ilícita com prejuízo aos cofres públicos, o Estado irá cobrar as devidas responsabilidades, como já agiu em outras ocasiões", afirma a nota.

O senador José Serra (PSDB-SP), que governou o Estado entre 2007 e 2010, disse, em nota, que "não tem nenhuma relação com esses fatos apontados". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo está apurando possíveis irregularidades com prazos e valores da obra do trecho norte do Rodoanel.

O relatório do TCE aponta que a Dersa, responsável pela construção, não conseguiu justificar as alterações nos contratos, indicando uma deficiência no projeto básico, usado na licitação. 

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Os técnicos do órgão destacam que a Companhia do Governo do Estado deixou de responder a vários outros questionamentos. O relatório apontou que a Dersa não justificou as alterações feitas no contrato pós-licitação.

Quando pronto, o Rodoanel norte terá 44 quilômetros e vai interligar a Rodovia dos Bandeirantes à Dutra. A obra teve seu início em 2013 e deveria estar pronta em fevereiro de 2016, porém, a entrega foi adiada para 2017 e depois para 2018. Segundo a Dersa, atualmente estão concluídos 53,72% da obra. 

A estimativa é a de que o projeto leve mais dois anos de construção e seu preço suba em 45% do valor originalmente anunciado, com a estimativa passando dos R$ 5,6 bilhões para R$ 8,1 bilhões.

A paralisação por cerca de um mês das obras de um dos lotes do Trecho Norte do Rodoanel, na Grande São Paulo, levou a empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), controlada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), a ameaçar romper o contrato com o consórcio das empreiteiras Mendes Júnior/Isolux, ambas em processo de recuperação judicial. A medida atrasaria ainda mais a conclusão do anel viário, adiada de fevereiro deste ano para março de 2018. Até agora, menos da metade (42%) foi feito.

O consórcio foi notificado no dia 6 de maio pela Dersa, após uma vistoria feita no lote da Mendes/Isolux constatar "desmobilização de equipamentos e de mão de obra". Em uma carta enviada à estatal anteontem, as construtoras afirmaram que aguardavam nos próximos dias o pagamento referente à medição dos serviços feitos em abril e projetavam retomar a obra hoje. Segundo a Dersa, o pagamento dos R$ 6,3 milhões devidos seria feito ontem e está dentro do prazo.

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Essa não foi a primeira vez que o consórcio responsável pelo lote 1 do Rodoanel, na zona norte da capital, paralisou os serviços. De acordo com a Dersa, no início de 2015 as empreiteiras que constroem os 6,4 quilômetros iniciais do trecho suspenderam os trabalhos por cerca de dois meses, voltando após o carnaval. Somente o contrato com a Mendes/Isolux é de R$ 647,6 milhões. O custo atual da construção dos 47,6 quilômetros de pistas é de R$ 3,9 bilhões.

A Dersa já consultou o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sobre como proceder em caso de rescisão contratual. A instituição, que financiou R$ 2 bilhões dos cerca de R$ 7 bilhões previstos para todo o empreendimento, incluindo projeto, reassentamento e desapropriações, apontou como soluções a contratação do consórcio que foi o segundo colocado na concorrência de 2012 ou fazer nova licitação, a exemplo do que aconteceu nas obras da Linha 4-Amarela do Metrô.

"Pode acontecer (nova licitação) no Rodoanel. Estamos trabalhando duramente para que isso não aconteça", disse o presidente da Dersa, Laurence Casagrande, que criticou o consórcio por divulgar a seus fornecedores que a estatal estaria pagando valores menores do que o devido. "Nós estamos em uma disputa acirrada. Mas, neste momento, a gente trabalha com a perspectiva de ter a retomada das obras e continuar com eles", completou.

Aditivo. Apesar da paralisação das obras, o lote 1, que tem 38% do trecho executado, não é o que está mais atrasado. Segundo a Dersa, o lote 6, com apenas 27% concluído, sofre com longas disputas judiciais nos processos de desapropriação que tramitam na Vara de Guarulhos. O Ministério Público Estadual (MPE) investiga a existência de uma máfia envolvendo advogados e peritos judiciais que teria provocado desvios de R$ 1,3 bilhão nas indenizações.

No lote 3, que tem 35% de execução, o desafio da construtora OAS é, segundo a Dersa, a escavação de um túnel de 1,7 quilômetro, que precisa ser concluído até dezembro de 2017 para que não haja novos atrasos. Já no lote 5, da Construcap, um túnel desabado em dezembro de 2014 continua soterrado, aguardado a desapropriação de novas áreas para ser refeito.

Segundo a reportagem apurou, contudo, os consórcios reduziram o ritmo ou praticamente paralisaram as obras para pressionar a Dersa a assinar um aditivo contratual de reequilíbrio econômico-financeiro no valor de R$ 716 milhões. A decisão sobre o pleito das empreiteiras seria anunciada em maio, mas foi adiada por mais três meses, depois que a Polícia Federal abriu inquérito para investigar denúncia de superfaturamento de pelo menos R$ 170 milhões nos serviços de terraplenagem da obra. A Dersa estima, porém, que o novo aditivo não ultrapasse os R$ 390 milhões, o que pode levar a Mendes Júnior e a OAS a abandonar as obras.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Responsável pela construção do Trecho Sul do Rodoanel e do prolongamento da Avenida Jacu-Pêssego, a Dersa informou, em nota, que "apurou e forneceu" ao Ministério Público Estadual (MPE) "um vasto conjunto de provas que embasou a denúncia já apresentada pela Promotoria de Justiça Criminal" contra o ex-diretor da empresa Paulo Vieira de Souza, uma filha dele, e outros dois ex-funcionários por pagamentos indevidos de indenização.

"O rigoroso trabalho de auditoria interna tem possibilitado que o Ministério Público identifique, com precisão, os beneficiados pela fraude e responsáveis pela aprovação dos pagamentos indevidos realizados em 2009 e 2010. Nenhum dos funcionários apontados pelo MP integra mais o quadro de funcionários da empresa", informou a Dersa.

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Uma auditoria interna ainda analisa se houve mais irregularidades em cerca de 3 mil processos envolvendo o reassentamento de famílias nas duas obras, concluídas em 2010, incluindo pessoas ligadas ao crime organizado. "Desde 2011, a Dersa alterou o procedimento de cadastro de beneficiados e pagamento das indenizações, com o objetivo de evitar fraudes no seu programa de reassentamento", completa a estatal.

As apurações internas resultaram na demissão de Mércia Ferreira Gomes, em julho de 2015, responsável por coordenar o programa e acusada de fazer pagamentos indevidos para 16 pessoas ligadas a ela e a outras 6 vinculadas a Souza. "A família dela nunca assinou nenhum recibo, nunca recebeu nenhum numerário. Ela emprestou os nomes para que outras pessoas pudessem receber as indenizações, com a intenção de resolver o problema da Dersa e não de lesar a empresa", disse Regiane Braga, advogada de Mércia.

Segundo a defesa, a ex-funcionária está colaborando com as investigações por meio de delação premiada e reitera que fez a inclusão de parentes e conhecidos por "ordens superiores", no caso, de Souza, ex-diretor de Engenharia, e do ex-chefe do departamento de assentamento da Dersa, Geraldo Casas Vilela.

Souza disse à reportagem que não era o responsável pelas indenizações e não ordenou nenhum pagamento para pessoas do seu vínculo ou ligadas ao crime organizado. "Essa denúncia não se sustenta. Ela (Mércia) não tem nenhuma prova, nenhuma ligação, e-mail ou carta com minha assinatura mandando dar dinheiro para bandido ou para quem quer que seja. "Se ela, que era responsável pelo setor, deu dinheiro para bandido, não sei dizer. Imagino que no eixo de uma obra desse porte tenha de tudo: gente honesta e bandido", disse.

O advogado Fernando Araneo, que defende Vilela, disse não ter conhecimento de pagamentos feitos ao PCC e afirmou que o ex-funcionário da Dersa, que se demitiu na semana passada, "não tinha poder para pagar ou mandar pagar indenizações e não tem nenhum parente beneficiado pelas indenizações de reassentamento".

Valor

O ex-deputado estadual Adriano Diogo (PT) disse que Hamilton Clemente Alves não era seu assessor e apenas foi à Dersa para defender que a estatal pagasse valor justo às famílias desapropriadas. "Tenho absoluta tranquilidade em relação a isso. Hamilton é uma pessoa honesta e pobre. Estão querendo envolver o PT em um esquema tucano", disse. Alves não foi localizado pela reportagem.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Responsável pelas principais obras viárias paulistas, a Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) culpou a Copa do Mundo de 2014 e a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, pelos atrasos na construção do Trecho Norte do Rodoanel, na Grande São Paulo, e da Nova Tamoios Contornos, no litoral norte. A estatal do governo Geraldo Alckmin (PSDB) já adiou a data de entrega dos empreendimentos em até 16 meses.

Em seu relatório de administração de 2014, divulgado no fim de abril, a Dersa informa que a "queda na produtividade da construção civil, observada ao longo de junho e julho, decorrente dos feriados e reduções de jornada motivadas pela Copa do Mundo, trouxeram impacto negativo sobre o avanço dos empreendimentos, em especial o Rodoanel Norte e a Nova Tamoios Contornos". Juntas, as obras custam R$ 5,2 bilhões.

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Ainda segundo a estatal, a partir do segundo semestre, os empreendimentos sofreram com a "descapitalização de construtoras, resultado dos desdobramentos da Operação Lava Jato", citando a investigação que já resultou na prisão e na abertura de inquérito contra diretores de cinco empreiteiras responsáveis pelas obras paulistas.

No mês passado, o presidente da Dersa, Laurence Casagrande, disse que as obras do Rodoanel estão em ritmo lento, e o atraso pode fazer com que o governo Alckmin cancele o contrato com as empreiteiras. A entrega do Trecho Norte havia sido prometida pelo tucano para fevereiro de 2016, mas agora a previsão é junho de 2017.

Já no caso da Tamoios, a conclusão da ampliação de 37 km na região do litoral norte já foi adiada de junho de 2017 para março de 2018 pela Dersa. Em nota, a Dersa afirma que "as informações dizem respeito ao exercício 2014" e "as reduções de jornada e feriados determinados em função da Copa do Mundo representaram impactos sobre o resultado da companhia naquele exercício". Depois disso, a Dersa afirma trabalhar com seus contratados no sentido de eliminar ou reduzir esse efeito ao longo dos exercícios atual e futuros.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um mês após cancelar a licitação do túnel Santos-Guarujá, no litoral sul paulista, por causa de um revés no financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), estatal responsável pela obra, aumentou em R$ 688 milhões o custo total do empreendimento, cujo início da construção foi adiado para janeiro de 2015. A conclusão está prevista para agosto de 2018.

No projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa na semana passada, solicitando aval para um novo financiamento para o projeto pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o governo Geraldo Alckmin (PSDB) informa que o preço final do túnel saltou de R$ 2,5 bilhões para R$ 3,2 bilhões, alta de 27%.

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Segundo o presidente da Dersa, Laurence Casagrande, a maior parte do aumento se deve a uma atualização do custo pela inflação. "Quase tudo é custo inflacionário. A data-base do projeto anterior era setembro de 2012. Nós atualizamos para junho de 2014. Além disso, incluímos a estimativa de reajustes futuros, com uma inflação anual de 6% até a conclusão da obra, em 2018, porque agora o financiamento do BNDES é em real. Antes nós estávamos protegidos desse efeito inflacionário porque os recursos do BID eram em dólar", disse.

O banco estrangeiro financiaria 42% do túnel, mas acabou cancelando o empréstimo por discordar de uma cláusula do edital que exigia a participação de ao menos duas empresas brasileiras no consórcio vencedor. Agora, o BNDES financiará 72,6% do túnel e a Dersa teve de adequar a nova licitação à legislação brasileira. Só de reajustes futuros, a obra deve encarecer em R$ 384 milhões. Outra parcela do aumento se deve a "ajustes de projeto". De acordo com Casagrande, um levantamento mais minucioso mostrou que o número de famílias que serão desapropriadas e precisarão ser reassentadas pela Dersa subiu de 1.190 para 1.446, elevando o custo em R$ 137 milhões.

Ponte

Só o acréscimo no custo do túnel equivale ao valor total que o próprio governo paulista estimava gastar na construção de uma ponte estaiada ligando as duas cidades litorâneas: R$ 700 milhões. O ex-governador José Serra (PSDB) chegou a gastar R$ 1,3 milhão no projeto básico da ponte e a apresentar uma maquete da obra em março de 2010, quando era pré-candidato à Presidência. A promessa era inaugurá-la em 2012.

Em seu primeiro ano de governo, em 2011, Alckmin abortou a ponte e anunciou a construção de um túnel que custaria R$ 1,3 bilhão. "A ponte não era consenso e apresentava alguns problemas técnicos. O projeto previa altura de 70 metros, quando se exige hoje o mínimo de 85 metros. Ela criaria um gargalo na zona portuária", explicou Casagrande.

O salto para os R$ 2,5 bilhões aconteceu, segundo o governo, por causa da ampliação das obras viárias de acesso e do uso de tecnologia inédita no País para a construção submersa, que usará estrutura pré-moldada. Segundo a Dersa, o custo específico do túnel, que terá 762 metros e pistas exclusivas para transporte coletivo e bicicletas, é de R$ 596 milhões.

A promessa é reduzir de 20 minutos para 1 minuto e 42 segundos o tempo médio de viagem entre Santos e Guarujá. Hoje, para ir de uma cidade a outra é preciso percorrer cerca de 40 quilômetros pela rodovia ou fazer a travessia do canal por oito balsas que têm capacidade para, no máximo, 40 veículos de pequeno porte. A limitação desse transporte chega a provocar mais de um quilômetro de fila de veículos durante a temporada de verão, quando a viagem demora mais de um hora.

História

A ligação seca entre Santos e Guarujá é uma demanda antiga e já foi projetada de diferentes formas nas últimas oito décadas. Segundo levantamento feito pela Dersa, o primeiro projeto, que previa a construção de um túnel no canal, foi feito por um engenheiro italiano em 1927. Vinte anos depois, o engenheiro Prestes Maia, ex-prefeito de São Paulo, elaborou três ligações no Plano Diretor de Santos concluído em 1947: duas pontes e um túnel.

Entre idas e vindas, o projeto atual parece ser o plano definitivo. De todas as obras propostas, é a única que chegou a obter licença ambiental prévia e iniciar licitação. Para o presidente da Dersa, o túnel é a obra mais moderna do Estado desde a inauguração da Rodovia dos Imigrantes, na década de 1970. O custo de R$ 3,2 bilhões equivale aos 43 quilômetros do Trecho Leste do Rodoanel. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) afirmou nesta quarta-feira, 25, que a Prefeitura de São Paulo não tem competência para estipular contrapartidas para o Trecho Norte do Rodoanel. O Estado revelou ontem que documento enviado ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) pelo Município pede a construção de nove parques ao redor da Serra da Cantareira.

De acordo com presidente da Dersa, Laurence Casagrande Lourenço, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) elaborou parecer de compensação ambiental, que foi aprovado pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente. Ele diz que a competência dos órgãos é garantida pela Lei Complementar 140 de 2011, já que se trata de obra intermunicipal. "A Prefeitura não tem direito de onerar o empreendimento", disse.

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Lourenço afirmou que a Cetesb exigiu 1,7 milhão de mudas como compensação, processo avaliado em cerca de 60 milhões, e o depósito de R$ 25 milhões. "Essa obra custa R$ 2 bilhões a mais por causa das medidas mitigadoras", disse. Segundo Lourenço, o traçado e o uso de túnel são exemplos de cuidados tomados para minimizar o impacto. Citando estudo relativo ao Trecho Sul, ele negou ainda que o Rodoanel estimule ocupações nas margens.

O secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Ricardo Teixeira, afirmou que o prefeito Fernando Haddad (PT) entende que a lei não é suficiente para proteger a Cantareira e que por isso tenta um acordo direto com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). O secretário estadual do Meio Ambiente, Bruno Covas, afirmou ao Estado que estuda um dos pedidos da Prefeitura, a colocação de grades ao redor da Cantareira.

A compensação da Cetesb não ultrapassa R$ 85 milhões. Com área somada maior do que oito Parque do Ibirapuera, os parques pedidos pela Prefeitura custariam mais R$ 272 milhões ao governo estadual. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um parecer técnico do Conselho do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) feito neste mês apontou danos à Serra do Mar caso seja construído o Contorno Norte da Rodovia dos Tamoios, projeto para desafogar o trânsito de Caraguatatuba e São Sebastião, no litoral norte. A obra é da empresa Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), que optou pelo traçado criticado no parecer para evitar outros danos ambientais.

O Condephaat tem a responsabilidade de garantir a preservação de uma parte da serra que é tombada pelo patrimônio histórico, com destaque para a paisagem. O parecer diz que a obra precisa "de grandes deslocamentos de terra, cortes, aterros, obras civis, alteração da paisagem e supressões de vegetação em variados estágios".

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Em outro ponto do texto, os técnicos citam a vista do Morro de Santana. "O perfil da rodovia mostra que haverá grande interferência nessa paisagem, com o surgimento de grandes paredões de concreto ao longo do traçado da rodovia que margeará a encosta do morro." O Morro de Santana é conhecido por uma pista de voo livre e vista para o Morro Cantagalo.

Em nota, o Condephaat afirma que liberou a Dersa para tocar o projeto "após amplo debate e por entender que a intervenção era passível de aprovação, desde que fossem incorporadas diretrizes propostas pelo conselho". Ainda segundo o Condephaat, "o projeto deverá prever a implementação de paisagismo nos taludes do bem tombado e em sua área envoltória".

O parecer foi enviado para aprovação do conselho, que votou pela liberação no dia 17 de setembro. A votação foi de 12 votos favoráveis, 2 contra e 3 abstenções. O Condephaat é composto por 24 pessoas - nem todas compareceram à votação.

Para iniciar as obras do Contorno Norte, a Dersa precisava, primeiramente, obter a licença prévia da obra. Ela foi emitida pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) na quarta-feira. O processo de licenciamento precisa de pareceres como o do Condephaat, da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e das prefeituras das cidades onde o empreendimento será feito.

Agora, a Dersa trabalha no projeto executivo da obra, que depois de pronto precisará de uma nova licença, de instalação, para seguir. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Construída para compensar os danos ambientais da ampliação da Marginal do Tietê, a estrada-parque da zona leste deveria ser hoje a maior área verde pública de São Paulo, com 23 vezes mais árvores do que o Parque do Ibirapuera, na zona sul. Mas a Dersa Desenvolvimento Rodoviário S.A, empresa de economia mista fundada com o Estado de São Paulo, responsável pela via que custou R$ 79 milhões e exigiu o corte de 8.137 árvores, 60% delas nativas, só replantou o mesmo número de espécies retiradas.

Outras 330 mil mudas que deveriam suprimir o impacto do corte feito durante a construção foram compensados com a obra da própria estrada. Os registros oficiais dos cortes, remoções e plantios de mudas estão em pesquisa inédita apresentada na Universidade de São Paulo (USP) e obtida pelo jornal O Estado de S.Paulo.

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A estrada-parque deveria ser uma compensação pelas 717 árvores retiradas para a construção das novas pistas da Marginal e pelos 19 hectares (30 campos de futebol) de solo impermeabilizados. Mas, durante a obra da estrada e de sua ciclovia foram autorizados pela Secretaria Municipal do Verde o corte de mais de 8 mil espécies, mais da metade de árvores nativas como Capororocas, Leucena, Guaçatomba e Quina-do-Mato. A compensação exigida era o replantio de 338.011 mudas, no mesmo local, de espécies nativas.

"Uma falha da lei de compensações é permitir que parte da contrapartida ambiental seja paga em obras. No caso da estrada-parque, a própria estrada virou a compensação no lugar de mais de 300 mil mudas. É como se uma empreiteira construísse um prédio e dissesse que a própria obra era uma compensação pelas árvores retiradas", afirmou a pesquisadora Luciana Shwandner Ferreira, da Faculdade de Arquitetura da USP, autora do levantamento.

A reportagem percorreu a estrada-parque e constatou que a maior parte das mudas plantadas no final de 2009 na via, adjacente à Rodovia Ayrton Senna e ao Parque Ecológico do Tietê, alcançou menos de 1 metro. Poucas pessoas circulam pela estrada-parque e pela ciclovia, cujo trecho final, até Itaquaquecetuba, segue incompleto. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A CPI do Cachoeira rejeitou na manhã desta quinta-feira (5) a convocação do deputado federal José de Fillipi (PT-AP), ex-tesoureiro da campanha presidencial de Dilma Rousseff. Numa tentativa de reagir à vinda do ex-diretor da estatal que cuida das rodovias no Estado de São Paulo (Dersa), o engenheiro Paulo Vieira dos Santos, o Paulo Preto, a oposição tentou, sem sucesso, convocá-lo.

No primeiro momento, os tucanos buscaram aprovar a vinda de José de Fillipi no mesmo bloco de sete pessoas convocadas um pouco antes pela CPI. Nesse pacote, estavam Paulo Preto e o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) Luiz Antonio Pagot. Em entrevista, o ex-diretor da Dersa foi acusado por Pagot de ter feito caixa dois para campanhas tucanas.

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A comissão, contudo, não aprovou a sugestão de votar o pedido no bloco. Na votação em separado, o pedido foi negado por 17 votos a 10.

O relator da CPI, Odair Cunha (PT-MG), disse que a comissão não está investigando caixa dois de campanhas políticas, mas uma "organização criminosa que tem tentáculos em várias partes do País, e precisamos entender estes tentáculos". "Não há suspeitas de fraudes contra o deputado José Filippi", afirmou.

Em entrevista, o ex-tesoureiro da campanha de Dilma foi acusado pelo ex-diretor do Dnit de ter feito pressão para que Pagot pedisse contribuições de campanha para o PT de empreiteiras que têm contratos com o órgão.

Durante os debates, o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), defendeu a convocação do ex-tesoureiro petista. "Desconhecer que Zé Fillippi é citado por Pagot é absurdo", disse. "Não ouvir o senhor de Fillippi é dar dois pesos, duas medidas", criticou.

 

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