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O Papa Francisco recebeu no Vaticano uma delegação do Centro Simon Wiesenthal, organização judaica de defesa dos direitos humanos, à qual pediu que continue combatendo qualquer forma de racismo, intolerância e antissemitismo.

Durante o encontro, o Papa argentino, em cujo país reside uma das maiores comunidades judias do mundo, pediu para que se preserve a memória do Holocausto.

"Nestas últimas semanas foi recordado que a Igreja condena qualquer forma de antissemitismo. Hoje quero enfatizar que o problema de intolerância deve ser enfrentado de forma conjunta: onde uma minoria é perseguida e marginalizada devido a suas convicções religiosas ou por motivos étnicos o bem de toda a sociedade corre perigo e todos temos de nos sentir envolvidos", alertou.

O papa concluiu seu discurso incentivando os membros do Centro Simon Wiesenthal a seguir transmitindo aos jovens "o valor do esforço conjunto para dizer Não às muralhas e construir, em compensação, pontes entre nossas culturas e tradições de fé. Adiante com com confiança, valor e esperança! Shalom!".

O deputado Daniel Coelho questionou, em sessão pública, na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), o fato da redução dos cargos comissionados feito pelo Governo Estadual, ter sido realizado somente depois da cobrança da oposição. O parlamentar pediu mais humildade aos governistas.

Há dois meses falamos de como Pernambuco estava na contramão das gestões mais modernas do País. A fila de governistas foi extensa para dizer que não havia sentido no que a oposição pedia. O que são dois meses? Fico feliz quando o governo atende uma pauta da oposição, copiando governos do PSDB, como o de São Paulo e Minas Gerais. O que o governo não tem é humildade em reconhecer que era correto o que a oposição pedia. Mas antes tarde do que nunca”, disse o tucano. 

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De acordo com a deputada Terezinha Nunes (PSDB), existem dois motivos que devem ter levado o governo a tomar a decisão de promover esse corte de comissionados. “Isso tem a ver com a agenda eleitoral e também com a possibilidade de o Estado começar a se preocupar com a situação financeira, que é bastante difícil”, disparou a parlamentar. 

O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Moallem, acusou os rebeldes que tentam depor o presidente Bashar Assad de comerem corações humanos e de esquartejarem suas vítimas ainda vivas para depois enviar os membros a seus familiares.

Em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o chanceler sírio afirmou ainda que o governo sírio trava uma guerra não apenas contra rebeldes, mas também contra milicianos ligados à rede extremista Al-Qaeda.

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Moallem também acusou os governos dos Estados Unidos, da França e do Reino Unido de terem impedido a divulgação de quem realmente perpetrou ataques com armas químicas na Síria.

Na semana passada, o presidente norte-americano, Barack Obama, atribuiu ao governo sírio a responsabilidade por um ataque com armas químicas desfechado em 21 de agosto no qual mais de mil pessoas morreram.

O chanceler sírio, por sua vez, disse que os "terroristas" que combatem o governo estão recebendo armas químicas de fora, mas não disse qual país ou países eles estariam obtendo os armamentos. Fonte: Associated Press.

O presidente do Peru, Ollanta Humala, conclamou outros líderes mundiais a adotarem modelos de crescimento econômico capazes de combater a desigualdade sociais e a pobreza. Em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, Humala argumento que, enquanto a desigualdade sociais estiver aumentando, será impossível erradicar a pobreza.

"O crescimento econômico é um meio, e não um fim. Uma ferramenta indispensável, mas não suficiente", declarou Humala. "Um Estado que não atenda à totalidade de sua população reproduz e exacerba a desigualdade. E enquanto houver tais níveis de desigualdade, não me cansarei de repetir, toda a política de luta contra a pobreza terá impacto relativo", prosseguiu ele. No século 21, enfatizou, "o Estado deve servir a todos, e não somente a uma minoria".

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Humala também apresentou o Peru como um modelo na luta contra a pobreza e no cumprimento das Metas do Milênio da ONU. Segundo ele, mais da metade dos peruanos viviam na pobreza no ano 2000, quando foram lançadas as Metas do Milênio. "Hoje, um quarto de meus compatriotas ainda enfrenta essa situação." Fonte: Associated Press.

O presidenciável e governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), tem adotado em suas aparições públicas um discurso retrospectivo, em que as principais obras do seu governo no estado são elencadas sem nenhum pudor. Se ele é ou não pré-candidato ao Planalto, nada foi confirmado ainda, no entanto, que os últimos discursos do socialista estão com um teor eleitoral isso não dá para negar.

Em uma das suas últimas agendas públicas, nessa segunda-feira (9), Campos afirmou que a sua gestão foi regada de muitos sonhos, cumpridos um a um, e fez questão de enumerá-los.

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“Ao longo desses anos de governo, tenho enfrentado muitos desafios, muitos sonhos do povo pernambucano para colocá-los de pé. Fazer Pernambuco crescer como vem crescendo, gerar empregos, reduzir a violência, aumentar o número de escolas, levar a universidade para o Sertão, o Agreste e a Zona da Mata. Ver tanta coisa acontecendo, transformar Suape no polo mais dinâmico do desenvolvimento nordestino e brasileiro. Ver a refinaria, a fábrica de navios, no litoral sul, e a maior fábrica de automóvel em construção do mundo, desenvolvendo o lado norte. Tudo isso para Pernambuco ter um desenvolvimento equilibrado”, enumerou o socialista. 

Além dessas, o governador ainda citou o Programa Ganhe o Mundo, uma das meninas dos olhos da gestão, que já possibilitou o intercâmbio escolar a mais de 1,6 mil alunos da rede estadual.  

Se a “propaganda” já era efetivada pelos correligionários, que também não cansam de afirmar as “pretensões futuras” de Campos, o governador resolveu aderir. Só falta agora assumir a candidatura.

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O presidente sírio Bashar Al-Assad, recebeu neste fim de semana, uma delegação iraniana em Damasco. As imagens do encontro com Allaeddine Boroujerdi, líder do comitê parlamentar de políticas externas do Irã, foram divulgas nesta segunda feira (2). O governo de Teerã, principal aliado regional da Síria, multiplicou as advertências contra um eventual ataque militar contra o regime de Assad. Já Israel defendeu a posição do governo Obama de pedir o aval do congresso, para uma ofensiva contra Damasco.

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Uma missa com representantes de várias religiões foi realizada nesta quarta-feira (28), em Washington para comemorar o aniversário de 50 anos do famoso discurso conhecido como "Eu tenho um sonho", proferido pelo pastor norte-americano Martin Luther King, que se tornou um marco na luta pela igualdade racial nos EUA. Quem conduziu o evento foi a filha mais nova de Luther King. Em todo país, os sinos das igrejas resoaram como parte das comemorações. O presidente Barack Obama também realizou uma homenagem no Lincoln Memorial em Washington, D.C no mesmo lugar onde King falou sobre seu sonho de igualdade entre negros e brancos.

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Em seu discurso na cerimônia em comemoração ao 50° aniversário da Marcha de Washington, o presidente Barack Obama citou os pioneiros dos direitos civis. Na primeira marcha ocorrida décadas atrás, Martin Luther King fez o famoso discurso "Eu tenho um sonho", presenciado por cerca de 250 mil pessoas que foram até o Lincoln Memorial pedir por igualdade racial.

Nesta quarta-feira, centenas de pessoas lotaram o Memorial, onde o primeiro presidente negro dos EUA discursou um pouco depois das três horas da tarde (horário de Brasília), mesma hora que King fez seu discurso encantador.

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A primeira marcha aconteceu no início dos turbulentos anos 1960, quando ainda existia no Sul banheiros, escolas e carreiras separadas para negros e brancos, e o racismo dominava o país. Nos primeiros dois anos após a marcha, o presidente Lyndon Johnson assinou o Ato de Direitos Civis e o Ato do Direito ao Voto para banir a discriminação e King recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

"Casais enamorados não puderam se casar. Soldados, que lutaram pela liberdade no exterior, não puderam encontrá-la em casa", disse Obama, retornando ao sobre o passado. "A América mudou para vocês e para mim", acrescentou logo depois.

Ainda assim, Obama pontuou as disparidades econômicas do país em meio às evidências de que as esperanças de King ainda não foram realizadas.

O nome original da marcha era Marcha de Washington por Emprego e Liberdade. Obama afirmou que King é uma das duas pessoas que ele admira "mais do que qualquer outra na história americana." A outra é Abraham Lincoln. Centenas de pessoas ouviram o discurso do presidente embaixo de uma chuva fina.

Dois ex-presidente, Bill Clinton e Jimmy Carter, também falaram sobre o legado de King e os problemas que ainda não foram resolvidos. "A marcha e aquele discurso mudaram a América", declarou Clinton.

Carter citou os esforços de King para ajudar não apenas os negros americanos, mas "na verdade, ele ajudou a libertar todas as pessoas."

Oprah Winfrey, Forest Whitaker e Jamie Foxx estavam entre as celebridades presentes na comemoração.

Winfrey disse que King forçou a nação a "acordar, olhar para si mesmo e eventualmente mudar."

Comemorações internacionais tiveram lugar na Trafalgar Square, em Londres, no Japão, Suíça, Nepal e

Libéria. O prefeito de Londres, Boris Johnson afirmou que o discurso de King ressoou em todo o mundo e continua a inspirar pessoas como um dos maiores discursos já realizados.

Em 28 de agosto de 1963, quando terminava seu discurso, Kind citou uma canção popular nacionalista, "My Country ‘Tis of Thee" (Meu País é de Vocês", na tradução livre) e pediu à audiência que deixasse o sino da liberdade soar.

"Quando nós permitirmos o sino da liberdade soar, quando deixarmos ele soar em cada cidade e cada vilarejo, em todo estado e em toda cidade, seremos capazes de acelerar o dia em que todas as crianças de Deus, homens negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão dar as mãos e cantar nas palavras do velho negro espiritual, "Livres afinal, livres afinal, agradeço a Deus todo poderoso, somos livres afinal", finalizou King.

O líder dos direitos civis foi assassinado cinco anos mais tarde. Fonte: Associated Press.

Está difícil entender o que o técnico Zé Teodoro quer e pensa para o Náutico. Seu discurso vai se adaptando aos resultados. Antes mesmo da vitória por 3x0, contra o Internacional, na Arena Pernambuco, o treinador havia comemorado a folga de dez dias na tabela e o período apenas de treinamentos, para ajustar a equipe.

“Eu preciso arrumar o time e preciso de tempo. Os dez dias serão muito importantes. Preciso de um resultado contra o Internacional para trazer confiança para o grupo. Depois, daremos uma respirada com dez dias para trabalhar. Vamos ganhar condição e recuperar jogadores”, disse o comandante alvirrubro, no dia 27 de julho.

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Mas, tudo mudou após a derrota para o Goiás, na noite da última quarta-feira, no Serra Dourada. Tentando justificar o fraco futebol apresentado pelo Timbu, Zé Teodoro criticou os dez dias sem jogos.

“Temos que ter uma sequência. Eu fui contra essa mudança. Nos dez dias você trabalha, mas precisamos melhorar a posse de bola. Não fizemos um grande jogo e perdemos uma grande oportunidade de bater o Goiás”, afirmou.

Durante a intertemporada, em Natal, o Náutico participou da Taça Ecohouse e jogou três vezes em uma semana. Esta situação foi criticada, várias vezes, por Zé Teodoro porque ele não teve muito tempo para treinar o time.

Agora, o Timbu voltará a ter sequência de partidas atuando duas vezes por semana. Resta saber se Zé Teodoro vai reclamar de não ter tempo para treinar.

O papa Francisco apresentou neste sábado (27), em dois discursos, sua "plataforma de governo". Suas falas mostram o que ele acredita que deva ser o papel da Igreja e sua atuação no Brasil. O pontífice não poderia ser mais claro: "Saiam às ruas", disse aos bispos.

"Temos de fazer uma revisão profunda das estruturas de formação e preparação do clero da Igreja no Brasil", afirmou o papa, no que foi seu discurso mais longo desde o início do pontificado e que revelou suas prioridades. "Se não formamos ministros capazes de incendiar o coração das pessoas, de caminhar com elas na noite, que podemos esperar para o caminho futuro e presente?", disse em uma reunião a portas fechadas com bispos brasileiros. "Vocês não podem delegar essa tarefa, mas assumi-la como algo fundamental para o caminho da Igreja."

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Outra ordem do papa foi a de que se respeitem as diferentes realidades brasileiras. "Não basta um líder nacional na Igreja do Brasil. Precisa-se de uma rede de testemunhos regionais." Ele chegou a citar a necessidade de reforçar a educação dos religiosos na Amazônia, com um clero autóctone, "até mesmo para se ter sacerdotes adaptados às condições locais e consolidar o 'rosto amazônico' da Igreja".

Se os bispos brasileiros ouviram queixas do papa, um deles não só foi poupado como amplamente elogiado: d. Claudio Hummes, cotado para servir no governo de Francisco. Para isso, ele citou a Amazônia, local para onde Hummes foi enviado nos últimos anos. "Esse é o campo de provas para a Igreja e a sociedade brasileira", disse. "Penso no acolhimento que a Igreja na Amazônia oferece ainda hoje aos imigrantes haitianos depois do terrível terremoto que devastou seu país."

O papa também apresenta o que ele acreditou que deve ser o papel social da Igreja. Mas ele mesmo alerta que a atenção aos pobres não significa cair nas "doenças infantis", numa referência à Teologia da Libertação. Hoje, ele acredita que a Igreja brasileira esteja "mais madura".

O santo padre ainda fez uma autocrítica diante da perda de fiéis. "Precisamos de uma Igreja que não tenha medo de entrar em sua noite. Necessitamos de uma Igreja capaz de encontrar seu caminho", declarou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O discurso surpreendeu pela brevidade, objetividade e pela maneira como procurou sintonizar o espírito de convivência ao dizer que vai entrar pela porta do coração do brasileiro. O papa soube cativar a simpatia dos brasileiros e apontar de imediato a intenção principal dessa visita, que é a valorização do jovem e dos valores que podem sustentar motivações para suas vidas.

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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, em discurso na recepção ao papa Francisco, no Palácio Guanabara, que o apoio da Igreja Católica "pode transformar iniciativas pontuais em iniciativas globais, efetivas para garantir a segurança alimentar" contra a pobreza e a fome no mundo. "A crise econômica, que tira o emprego de milhões, nos obriga a um novo senso de urgência para reduzir a desigualdade", afirmou. Após o discurso, Dilma foi beijada pelo papa.

A adolescente paquistanesa Malala Yousafzai afirmou, em um aguardado discurso nas Nações Unidas nesta quinta-feira, que não será silenciada por ameaças terroristas, em seu primeiro discurso público desde que foi baleada pelo grupo talibã, que a persegue por sua luta em prol da educação das mulheres.

"Eles pensaram que a bala iria nos silenciar, mas falharam", disse Malala em seu aniversário de 16 anos, em uma apresentação que foi aclamada pelo plenário reunido para a Assembleia de Jovens da ONU.

"Os terroristas pensaram que eles mudariam meus objetivos e interromperiam minhas ambições, mas nada mudou na minha vida, com exceção disto: a fraqueza, o medo e a falta de esperança morreram. A força, o poder e a coragem nasceram", completou.

Malala, que vestia um véu rosa e um xale que pertenceram à líder paquistanesa assassinada Benazir Bhutto, insistiu que não busca uma vingança pessoal contra o extremista talibã que atirou contra ela em um ônibus no Vale do Swat paquistanês no dia 12 de outubro de 2012.

"Eu quero educação para os filhos e filhas dos talibãs e de todos os terroristas e extremistas. Eu não odeio nem mesmo o talibã que atirou em mim. Mesmo que houvesse uma arma na minha mão e ele ficasse na minha frente, eu não atiraria nele".

Mas Malala ressaltou que "os extremistas tinham e têm medo de livros e canetas, o poder da educação. O poder da educação os silenciou. Eles têm medo das mulheres".

"Deixem-nos pegar nossos livros e canetas. Eles são nossa arma mais poderosa. Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo. Educação é a única solução", disse.

A jovem defensora da educação para meninas foi atingida na cabeça por um tiro disparado por um extremista talibã no momento em que seguia para a escola, em um ônibus, perto de sua casa no Vale do Swat.

Ela recebeu tratamento médico na Grã-Bretanha, onde mora atualmente, mas o ataque chamou a atenção para a campanha de Malala a favor de mais oportunidades de estudo para as mulheres.

A revista Time a nomeou, em abril passado, como uma das pessoas mais influentes de 2013 e ela já assimou um contrato de três milhões de dólares por sua biografia.

Malala agora é considerada uma forte aspirante a receber o prêmio Nobel da Paz. O grupo talibã deixou claro, no entanto, que ela continua sendo um alvo.

Gordon Brown, ex-primeiro-ministro britânico e enviado especial da ONU para a educação, elogiou Malala como "a garota mais corajosa do mundo", ao apresentá-la ao plenário.

Brown disse que era um "milagre" que Malala tenha se recuperado para estar presente no encontro.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e outros líderes de alto escalão também elogiaram suas ações e conquistas.

O discurso, no qual Malala invocou o legado de Martin Luther King, Nelson Mandela e de

outros lendários defensores da paz, logo despertou elogios.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou em sua conta no Twitter que Malala passou uma "mensagem poderosa".

As Nações Unidas estimam que 57 milhões de crianças em idade escolar primária não têm acesso a educação - metade delas em países em conflito, como a Síria.

"Estudantes e professores de todo mundo são intimidados e perseguidos, feridos, estuprados e até mortos. Escolas são queimadas, bombardeadas e destruídas", afirmou Diya Nijhowne, diretor da Coalizão Global para a Proteção de Educação.

O pré-candidato à presidência da República em 2014, senador Aécio Neves (PSDB) se manifestou através de nota sobre os atos públicos realizados por milhares de brasileiros na semana passada e também sobre as propostas debatidas pela presidente Dilma Rousseff (PT) nessa segunda-feira (24). O tucano e presidente nacional do PSDB, afirmou nesta terça-feira (25) ter ouvido o ‘Brasil velho falando para um Brasil novo’ e avaliou como falso, parte do discurso da petista.

Aécio pontuou alguns trechos da fala de Dilma e citou algumas medidas que considera relevantes no campo da ética e da democracia.

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Confira o discurso na íntegra:

Na última sexta-feira, ouvimos, todos os brasileiros, através de uma convocação de uma cadeia de rádio e de televisão, e desta vez registro, uma correta convocação numa cadeia de rádio e televisão, a presidente da República dizer que gostaria de iniciar um novo diálogo com o País.  Aguardamos que os dias se passassem, ouvimos, ontem, mais uma vez, o pronunciamento da senhora presidente da República, pelo menos a parte em que ela se pronunciou – lamentavelmente, não ouvimos as manifestações dos convidados da sua reunião, porque essa parte do encontro não foi aberta à imprensa –, mas, na verdade, o que estamos assistindo é o mesmo monólogo que vem sendo protagonizado há dois anos no Brasil.

O que ouvi foi o Brasil velho falando para um Brasil novo, que emerge das ruas. O Brasil velho, onde os governantes, e aí não é exclusividade da presidente da República, eu apenas a incluo nesse grupo de governantes, que tendem sempre a terceirizar as responsabilidades.

Ouvi com atenção a presidente da República dizendo que boa parte das dificuldades existia porque os governos anteriores aos do seu partido governavam para apenas um terço da população brasileira. Nada mais falso. Foram governos anteriores ao do PT que possibilitaram, por meio da estabilidade econômica, o reencontro de milhões de brasileiros com o consumo.

Dizia a presidente da República, mesmo que de forma subliminar, que não avançou mais porque teve barreiras enormes que não conseguiu ultrapassar. Jamais antes na história deste país houve alguém ocupando o poder central com tanto apoio. Apoio popular, expressado pelas pesquisas eleitorais, e apoio congressual, porque no Senado e na Câmara cerca de 80% dos parlamentares apoiam o governo da presidente.

Eu, como cidadão brasileiro, e creio que muitos outros ficaram frustrados com as propostas da senhora presidente da República, até porque é impensável pensar-se num verdadeiro pacto com os brasileiros sem que as oposições sejam convidadas a debatê-lo. Este não é o país de um grupo político. Não é o país de um partido político.

Cidadãos e cidadãs brasileiras que ocupam as ruas têm se manifestado, e é natural que a presidente os ouça por meio de representantes que consiga identificar, mas é essencial que a voz das oposições que representam segmentos expressivos da sociedade brasileira possa também ser ouvida.

Não tendo tido esse privilégio de sermos convocados como oposição a falar à presidente da República e à nação, como fez, por exemplo, o presidente Fernando Henrique, na crise de abastecimento de energia, ao convocar as oposições para lhe trazerem as suas contribuições, uso desta tribuna, neste instante, na condição não apenas de senador, mas de presidente do maior partido de oposição.

Para propor aqui algumas questões que dependem exclusivamente da vontade da presidente da República e do governo federal para que sejam implementadas. Algumas delas, dependendo de um apelo à sua base no Congresso Nacional, mas que, a meu ver, muito mais do que as propostas colocadas em cadeia de rádio e televisão, atenderiam a expectativas pontuais de boa parte dos brasileiros.

Hoje cedo, recebi de um amigo, o jornalista Jorge Bastos Moreno, uma lembrança de uma palavra do grande presidente da Câmara dos Deputados Ulysses Guimarães, há quase 30 anos. Até porque, nos pactos propostos pela senhora presidente da República, sentimos falta de referências à questão federativa e à questão da segurança pública.

As necessidades básicas do homem estão nos Estados e Municípios. Neles deve estar o dinheiro para atendê-las. A Federação é a governabilidade. A governabilidade da Nação passa pela governabilidade dos Estados e dos Municípios. O desgoverno [disse Ulysses Guimarães], filho da penúria de recursos, acende a ira popular, que invade os paços municipais, arranca as grades dos palácios e acabará chegando à rampa do Palácio do Planalto.

Portanto, apresento aqui, em nome do meu partido, mas também apoiado por outros partidos de oposição, uma agenda que divido em três aspectos.

A primeira delas da transparência e do combate à corrupção.

A segunda, no novo pacto federativo, com a garantia de mais recursos para a melhoria dos serviços públicos e dos avanços políticos.

E, por fim, medidas efetivas no campo da ética e da democracia.

1. DA TRANSPARÊNCIA E DO COMBATE À CORRUPÇÃO

-  Adotar as restrições do projeto ‘Ficha Limpa’ para o preenchimento de cargos públicos, vedando o acesso de pessoas condenadas por envolvimento em casos de corrupção;

-  Revogação imediata do decreto que proíbe a divulgação dos gastos realizados nas viagens internacionais da presidente da República;

-  Liberação do acesso aos gastos feitos com cartões corporativos da Presidência da República, resguardando-se o prazo dos últimos 12 meses;

-  Auditar todos os gastos realizados com a promoção da Copa do Mundo, informando quanto de recursos públicos foi realmente utilizado.

-  Informar critérios, valores e custos dos financiamentos concedidos pelo BNDES, em especial os empréstimos a empresas brasileiras para investimentos no exterior nos últimos dez anos;

-  Informar aos brasileiros todos os negócios feitos pela Petrobras, no Brasil e no exterior, nos últimos dez anos, esclarecendo, em especial, a participação da estatal na aquisição da refinaria de Pasadena, com rigorosa investigação, definição de responsabilidades e exemplar punição dos responsáveis por este negócio lesivo aos cofres do país;

-  Eliminar os orçamentos secretos nas licitações das obras públicas possibilitados pelo Regime Diferenciado de Contratações.

2. DA FEDERAÇÃO SOLIDÁRIA E DA MELHORIA DA GESTÃO

-  Reduzir pela metade o número de ministérios e diminuir, também pela metade, o número de cargos comissionados, hoje da ordem de 22 mil, iniciando pelos cerca de 4 mil cargos da Presidência da República;

-  Revisão da dívida dos estados e da sistemática de correção da mesma, para permitir a alocação dos recursos hoje comprometidos com seu serviço em investimentos diretos a favor da população em setores previamente pactuados;

-  Permitir que até o final de 2014, cinquenta por cento do pagamento da dívida dos Estados com o serviço da dívida possam ser aplicados, diretamente por esses entes da federação, em setores pré-determinados como mobilidade urbana, saneamento, saúde e educação.

-  Adotar política de tolerância zero com a inflação, impedindo a continuidade do aumento generalizado dos preços;

-  Definir um nível máximo de aumento dos gastos correntes vinculado à evolução do PIB;

-  Retirada imediata do PIS/Pasep incidente sobre estados e municípios.

Transporte

-  Concluir todas as obras de mobilidade urbana relacionadas à Copa do Mundo até o início do torneio, deixando legado definitivo para a população em linhas de metrô, corredores de ônibus, avenidas, aeroportos etc;

-  Arquivar o projeto de construção do trem-bala e destinar os recursos previstos para o empreendimento para obras de mobilidade urbana.

Educação

-  Apoiar, no novo Plano Nacional de Educação, o investimento mínimo de 10% do PIB em educação;

Saúde

-  Revisão da posição política do governo federal e retomada dos parâmetros originais da Emenda 29, que determinava patamar mínimo obrigatório de investimento de 10% da receita corrente federal no setor;

-  Reforçar o SUS, valorizar os profissionais de saúde, investir na ampliação das equipes de Saúde da Família, com ênfase em localidades mais remotas e nas periferias dos grandes centros do país.

Segurança

-  Dobrar a participação da União nos gastos com segurança pública – hoje correspondente a apenas 13% do total, ficando estados e municípios com a responsabilidade de investir os restantes 87%;

-  Descontingenciar os recursos dos fundos constitucionais do setor – Fundo Nacional de Segurança e Fundo Penitenciário – de forma a garantir, imediatamente, reforço orçamentário para a operação das forças de segurança nos estados e aparato suficiente para minimizar a precariedade do funcionamento do sistema prisional.

Saneamento

-  Cumprir o compromisso, assumido publicamente pela hoje presidente da República na campanha eleitoral de 2010, de desonerar as empresas estaduais de saneamento básico, o que possibilitaria dobrar o investimento no setor.

3. DA ÉTICA E DA DEMOCRACIA

-  Manifestação pública da presidente da República pela rejeição da PEC 37, apoiada pelo PT, que retira poder de investigação do Ministério Público;

-  Manifestação pública da presidente da República pela rejeição da PEC 33, apoiada pelo PT, que submete decisões do Supremo Tribunal Federal ao Congresso.

São algumas contribuições legítimas, necessárias, que a oposição traz hoje ao país. Gostaria de tê-las levado à presidente da República, se efetivamente ela buscasse um grande pacto nacional.

Mas trago essas propostas através da tribuna do Senado Federal.

Não quero deixar de trazer aqui uma palavra absolutamente clara em relação à proposta, pelo menos a última proposta da presidente da República que conheço, em relação à convocação de uma Constituinte exclusiva através de um plebiscito.

Me lembro, e muitos se lembrarão, que ainda está recente na nossa memória uma palavra dita no plenário da Câmara dos Deputados, quando da posse da senhora presidente da República, ela dizia que se dedicaria a discutir e a aprovar, obviamente ao lado de sua base, uma reforma política no Brasil.

Talvez tenha sido o momento de maior convergência de todos que ouviam a presidente da República. De lá para cá, nenhuma palavra mais se ouvir do governo federal e da própria presidente em relação à reforma política.

E ela, agora, sem qualquer consulta aos seus líderes nessa Casa, e aqui a minha mais absoluta solidariedade a eles, convoca governadores de Estado e apresenta, quase como em um passe de mágica, sem consultas a quem quer que seja do ambiente político, sem consulta aos presidentes da Câmara e do Senado que a apoiam, a proposta de uma Constituinte restrita.

Não vou me ater sequer às objeções jurídicas que a ela se fazem, mas quero aqui dizer que me parece muito mais a intenção de, mais uma vez, abster-se das suas responsabilidades e transferi-las ao Congresso Nacional.

Me parece desnecessária, juridicamente duvidosa e perigosa esta iniciativa. Desnecessária porque é perfeitamente possível fazer essa reforma através de propostas que cheguem ao Congresso Nacional e seriam pelo Congresso Nacional adotadas através de emendas constitucionais e através mesmo de projetos de lei.

Mas é preciso que a presidente diga ao país qual a reforma política que julga adequada. Em quais temas ela adentraria?

Estaríamos discutindo apenas questões relativas ao financiamento público ou a implantação, por exemplo, do voto distrital? Ou ela seria mais ampla? Poderíamos estar novamente discutindo o sistema de governo? Trazer novamente a discussão do Parlamentarismo? Quem sabe questionar o preceito da reeleição? É isso que trará tranquilidade ao país? Acredito que não.

Fico aqui com um feito ontem, que me chamou a atenção, pelo ministro Ayres Britto. Nenhuma Constituição tem vocação para o suicídio. Por isso mesmo, ela não prevê a possibilidade de se convocar uma Assembleia Constituinte e muito menos uma Constituinte restrita. Poderia citar inúmeros juristas, mas cito a palavra do vice-presidente Michel Temer, escrita há algum tema.

Uma Constituinte exclusiva para a reforma política significa a desmoralização absoluta da atual representação. Continua o vice-presidente da República: É a prova da incapacidade de realizarmos a atualização do sistema político partidário e eleitoral.

 

Depois de quase uma semana de muitos protestos em várias cidades brasileiras, a presidente Dilma Rousseff (PT) decidiu se pronunciar publicamente nas redes de televisão e rádio do País, nessa sexta-feira (21). No discurso proferido às 21h, a petista falou de mobilidade urbana, das copas das Confederações e do Mundo e prometeu sentar com os principais gestores brasileiros para debater as pautas reivindicadas pela sociedade. No entanto, na internet a petista foi zombada numa página fake do facebook.

Na plataforma online nomeada de ‘Dilma Bolada’, um post fala que para as pessoas que desejam que a chefe do executivo nacional resolva todos os problemas do Brasil em seu pronunciamento: “Lamento, mas sou a presidente e não o Harry Porter”, ironiza a página.

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As idas e vindas das críticas entre oposição e governo já iniciaram mesmo meses antes das eleições em 2014. Durante evento em comemoração aos 10 anos do Partido dos Trabalhadores (PT) à frente do governo federal realizado nessa quinta-feira (13), em Curitiba, o presidente da sigla, Rui Falcão, disparou um discurso forte e desafiador para o próprio PT dizendo que é preciso “travar uma ampla disputa de ideias na sociedade, para derrotar os profetas do caos”.

A festividade faz parte da programação do PT e recebeu o nome de “O Decênio que mudou o Brasil”. Desde o início do ano membros da sigla circulam pelas principais capitais do país em celebração de uma década da gestão da legenda. No evento dessa quinta-feira, também estiveram presentes o ex-presidente Lula (PT) e a atual administradora da nação brasileira, Dilma Rousseff (PT).

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No site oficial do partido foi divulgado o discurso na íntegra de Rui Falcão, proferido nessa noite. Na fala do presidente ele ataca o que chama de ‘terrorismo eleitoral’. “(...) Basta acompanhar com atenção o que se veicula diariamente, para confirmar a nossa advertência. Não falamos de fantasmas, nem de qualquer teoria conspiratória. Só não vê quem não quer: está em curso no País um deliberado movimento, passadista, inconformado, solerte, cuja intenção é a de criar – no povo que eles imaginam desavisado – um clima de insatisfação, insegurança, desconfiança e pessimismo”, avalia Falcão.

Seguindo sua fala, o petista demonstrou confiança em ver o PT administrando o país. “Estou confiante em que, mais uma vez, a nossa gente irá trilhar o caminho que o Brasil vem percorrendo com sucesso nos últimos dez anos. O caminho do desenvolvimento sustentável, com distribuição de renda, geração de empregos e inclusão sócia”, ressaltou.

Sem citar nomes ou partidos, Rui Falcão disse ainda ser necessário derrotar os ‘agourentos’. “É fundamental agora, travar uma ampla disputa de ideias na sociedade, para derrotar os profetas do caos, os porta-vozes do neoliberalismo, os agourentos do terrorismo econômico – esta barulhenta torcida do contra, cujo coro ortodoxo vocaliza tons numa escala que vai de um ex-presidente da República até uma desmoralizada agência de avaliação de risco e suas notas fajutas”, soltou.

Antes de finalizar o discurso, o presidente nacional do PT se referiu ao senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB) e sua veiculação na TV. “Em recente programa de TV de seu partido, um de nossos futuros oponentes, em tom de campanha eleitoral, propôs juros mais elevados e o corte de gastos públicos. Traduzindo o economês do candidato — cuja concepção mescla ideias de garças e tucanos — as medidas sugeridas podem afundar novamente o Brasil numa recessão. Semelhante àquela de 2002, quando o Brasil só não quebrou porque o presidente Lula, eleito em novembro daquele ano, afiançou junto ao FMI as dívidas que herdara”, criticou Falcão.

Giro pelo Brasil - Curitiba foi à quinta cidade a receber o seminário, depois de São Paulo, Fortaleza, Belo Horizonte e Porto Alegre. Até o final do ano serão realizados 10 encontros em todas as regiões do país. Para Recife, segundo o deputado federal João Paulo, a perspectiva é que aconteça em Julho e possivelmente terá a presença de Lula.

 

A presidente Dilma Rousseff disse, na tarde desta segunda-feira (3), ao iniciar seu discurso, em Natal, onde participou da cerimônia de entrega de 111 retroescavadeiras e cem motoniveladoras, que é natural que haja demandas por parte dos governantes. "Prefeito e prefeita que não reivindicam, tem alguma coisa errada", afirmou.

Momentos antes, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presente ao evento, usou boa parte de seu discurso para elogiar o "governo republicano" da presidente Dilma e pedir que ela destine recursos para o Estado.

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Em um rápido discurso para celebrar os 50 anos da União Africana, na Etiópia, a presidente Dilma Rousseff disse neste sábado, 25, que, na América Latina e na África, quem deve resolver os problemas das nossas regiões "somos nós mesmos".

O discurso do Dilma foi marcado por uma série de trapalhadas dos organizadores do evento. Em vez de breves discursos, como o da presidente, os demais chefes de Estado se prolongaram por exaustivos minutos, atrasando em uma hora e meia a aparição de Dilma. Além disso, logo após Dilma ser chamada para dirigir-se ao palco, houve uma falta de luz por três minutos. A presidente cogitou não discursar, conforme áudio flagrado por cinegrafistas. "Eu não vou lá", afirmou, antes de aparecer no palco.

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Dilma discursou para um público de cerca de 100 pessoas que acompanhavam o evento em um centro de convenções. O presidente da França, François Hollande, falou depois, para uma plateia ainda mais minguada.

"Os avanços da União Africana, assim como os da União das Nações Sul-Americanas, encerram um ensinamento fundamental: quem deve resolver os problemas das nossas regiões somos nós mesmos, respeitando sempre as diferenças que porventura existam entre nós. Temos o conhecimento, a perspectiva e a vontade política pra superar os obstáculos que restrinjam nosso desenvolvimento", afirmou Dilma.

"As perspectivas de desenvolvimento econômico e social e de fortalecimento da democracia se tornam mais consistentes e promissoras em todo o continente africano e em todo o continente latino-americano. Logramos nos últimos anos, Brasil, América Latina e África, muitas conquistas, mas temos muito que trabalhar para atingir níveis desejados de educação, saúde, moradia e segurança para os nossos povos", disse.

Para a presidente, os grandes recursos da África são decisivos para o continente, assim como os recursos da América Latina são decisivos "para nós". "Aqui na África, suas altas taxas de crescimento econômico, acima da média mundial, urbanização acelerada, a juventude de sua população, suas imensas riquezas naturais e a consolidação da democracia tem todas as condições para trazer um desenvolvimento com inclusão social ainda maior", afirmou.

A presidente destacou que a sua geração teve como referências políticas centrais o movimento de descolonização da África. "Os escritos e exemplos dos grandes líderes, dos pais fundadores da emancipação africana, sempre estiveram presentes nas ações e reflexões dos que, no Brasil e na América Latina, lutaram contra a opressão e por uma sociedade justa", observou.

Ao falar que o Brasil tem muito orgulho das raízes africanas, Dilma ressaltou que o povo africano está no cerne da construção da nação brasileira. "O povo africano está no cerne da construção da nossa nação e explica muito o que somos e tudo aquilo que temos certeza de que nos tornaremos. Nossos interesses comuns são amplos, buscamos o verdadeiro desenvolvimento e o desenvolvimento exige combate à pobreza. Já chegou a hora do leão africano escrever sua própria história, assim como chegou a hora da onça brasileira escrever a sua própria história", disse.

Do evento, Dilma foi direto para o aeroporto de Adis Abeba, já embarcando de volta para o Brasil.

A presidenta Dilma Rousseff (PT) passa este sábado (25) em Adis Adeba, capital da Etiópia, onde fica até o começo da noite. A presidenta discursa nas comemorações do aniversário de 50 anos da União Africana (que reúne 54 países), representando a América Latina. Em nome dos países não alinhados (que reúne países que buscam um caminho independente) discursará o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, falará pelos europeus e o Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, terá dez minutos para enviar suas mensagens. O Brasil tem 37 representações brasileiras em países africanos. No Conselho de Segurança das Nações Unidas, apenas China, Estados Unidos e Rússia têm mais embaixadas na África do que o país.

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O diretor do Departamento de África, Nedilson Ricardo Jorge, destacou que a União Africana contribui para a construção da democracia e busca melhorias econômicas e sociais. Segundo ele, o bloco tem “tolerância zero” contra tentativas de golpes de estado. Atualmente, o bloco está voltado para Guiné-Bissau (que teve um golpe de estado no ano passado e ainda não se estabilizou), República Centro Africana e Madagascar. Os três países ainda não retomaram a chamada ordem democrática.

As preocupações da União Africana atualmente também estão concentradas na promoção do desenvolvimento das redes de transporte, energia e telecomunicações, além da integração econômica, combate à fome e à pobreza, incentivos agrícola e rural. Mas os temas específicos sobre a África serão tratados na Cúpula da União Africana, nos dias 26 e 27, da qual a presidenta não deverá participar.

A presidenta viajou para a Etiópia acompanhada por uma comitiva de ministros, como Antonio Patriota (Relações Exteriores), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Luiza Bairros (Secretaria de Políticas da Promoção da Igualdade Racial) e Aluizio Mercadante (Educação), além do porta-voz da Presidência, Thomas Traumann, empresários e assessores.

Criada em maio de 1963, a União Africana (que reúne 54 países) assumiu a função de buscar soluções internas para os conflitos envolvendo as distintas nações, assim como o processo de progressiva democratização e fortalecimento institucional. O intercâmbio comercial entre Brasil e África cresceu cinco vezes nos últimos dez anos, evoluindo de US$ 5 bilhões em 2002, para US$ 26,5 bilhões em 2012.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quinta-feira mais uma tentativa de fechar a prisão de Guantánamo, em Cuba, e levantou a moratória para transferir presos para o Iêmen. Obama também defendeu o polêmico uso de aviões militares teleguiados no combate a supostos "terroristas", mas admitiu que a tática não é uma solução definitiva e será remodelada, com critérios mais rigorosos para evitar mortes entre civis.

Obama qualificou o discurso proferido nesta quinta-feira como uma tentativa de redefinir a natureza e o alcance das ameaças à segurança dos EUA, e salientou o que qualificou como o enfraquecimento da rede extremista Al-Qaeda e o fim do envolvimento militar norte-americano no Afeganistão.

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"Nem eu nem nenhum outro presidente poderá prometer uma derrota total ao terror", disse Obama na Universidade Nacional de Defesa. "O que nós podemos - e devemos - fazer é desmantelar os grupos que representam uma ameaça direta e tornar menos provável que outros grupos se estabeleçam, mas tudo isso tendo em vista a manutenção da liberdade e dos ideais que defendemos", declarou.

Obama defendeu o uso de aviões não tripulados, mais conhecidos como drones, para combater "terroristas", mesmo que essas operações causem mortes indesejadas de civis e que elas não representem uma cura definitiva contra o terrorismo. Segundo ele, essas operações são legais, eficientes e uma peça-chave na política de segurança nacional.

Antes do discurso, o presidente apresentou ao Congresso e ao povo as linhas gerais da política e os padrões que os EUA aplicam antes de decidir por um ataque não tripulado. Membros do governo dizem que as orientações são para que se usem essas operações apenas quando o alvo representar um perigo iminente.

"Antes de qualquer ataque é preciso ter certeza que nenhum civil será morto ou ferido", afirmou Obama. "Para mim, e para aqueles em minha cadeia de comando, essas mortes nos assombrarão enquanto vivermos", disse.

Já o fechamento da carceragem de Guantánamo foi uma promessa feita por Obama na campanha que o levou à Casa Branca. Em seu primeiro mandato, Obama tentou avançar uma proposta para fechar a prisão, mas a iniciativa foi barrada pelo Congresso.

Anteontem, o detalhamento da proposta do Orçamento para 2014 previa mais US$ 450 milhões para manter e reformar a carceragem da base naval em Guantánamo, onde há anos são mantidos 166 prisioneiros estrangeiros sem que tenham sido condenados por nenhum crime.

Para fechar a prisão, o presidente norte-americano precisará do apoio de republicanos relutantes em transferir alguns prisioneiros para os EUA e julgá-los em cortes civis. Obama considera que esse é um passo crucial para atingir o objetivo de combate ao terrorismo. As informações são da Associated Press.

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