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No nono dia de buscas, em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte (MG), um ritual de dor e angústia se repete para muitas famílias. São pessoas que aguardam notícias de seus parentes desaparecidos. Homens, mulheres e crianças que ficam horas olhando para um mar de lama e que diariamente vão à Central de Informações para checar a lista de identificados.

Psicólogos e assistentes sociais fazem plantão nos locais para dar apoio às famílias que descobrem que a pessoa procurada está entre os mortos e desaparecidos. Pelo último balanço, são 115 mortos, 248 desaparecidos e 395 localizados. Dos mortos, 71 foram identificados.

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Um casal e as duas filhas, que preferiram não se identificar, procuram a terceira irmã das jovens, que trabalhava na empresa Vale no momento do rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão. Todos os dias os quatro ficam de prontidão na margem do “mar de lama” como quem busca localizar um sinal de vida.

A imagem que se vê por todos os lados, entretanto, é a mesma: uma área imensa dominada pelo barro. Não é possível enxergar nada com cor ou forma. A lama tomou conta de tudo.

Buscas

Mais uma vez hoje, oito dias depois da tragédia, as operações de resgate iniciaram por volta das 4h, antes de o sol aparecer, e devem seguir até a noite. O porta-voz do Corpo de Bombeiros, Pedro Aihara, disse que o ritmo de identificação dos corpos deve diminuir. A partir de agora, o trabalho fica mais complexo por se tratar de vestígios de mais difícil acesso abaixo da lama.

Segundo ele, as buscas entram na fase mais delicada de escavação, que exige fazer a nivelação do solo. Além disso, depois de mais uma semana do desastre, os corpos começam a entrar em decomposição.

O bombeiro admitiu que as chances de localizar pessoas com vida é “pequena”. De acordo com Aihara, não há previsão de data para encerramento os trabalhos de buscas. Ele lembrou que, no caso de Mariana, as ações prosseguiram por quatro meses.

Na madrugada deste sábado (2), 60 bombeiros da Força Nacional de Segurança Pública saíram de Brasília com destino a Brumadinho para reforçar as buscas. Eles iniciam os trabalhos neste domingo (3).

Vídeo

Questionado sobre as imagens divulgadas mostrando o curso da lama após o rompimento da barragem, o porta-voz do Corpo de Bombeiros, Pedro Aihara, afirmou que o comando unificado integrado pelas diversas corporações envolvidas nas buscas já tinha conhecimento dos vídeos.

Segundo Aihara, optou-se por não tornar as imagens públicas pelo receio do impacto delas caso houvesse alerta de risco de uma nova tragédia em outras barragens.

Já se passaram 26 anos desde a morte brutal de Daniella Perez e a história do assassinato da atriz, filha de Glória Perez, continua chocando. Por isso, a escritora de novelas fez um relato emocionante sobre a filha, dizendo que o dia de sua morte, 28 de dezembro, continua sendo o mais triste de sua vida.

"Quanto mais o tempo passa, mais dói esse dia! Fica a impunidade dos assassinos. Fica a primeira emenda popular da História do Brasil, a lei que introduziu o homicídio qualificado entre os crimes hediondos, através da campanha que, passando de mão em mão, reuniu em três meses apenas, numa época sem internet e sem apoio de nenhum grande órgão da imprensa, o número de assinaturas exigidas pela constituição para fazer passar uma lei proposta pelo povo. A aprovação pelo senado correu riscos, com senadores bem conhecidos se esgueirando para evitar que desse quorum. Interveio o presidente da casa, Humberto Lucena, que diante da ameaça, lançou mão do recurso de urgência urgentíssima e fez passar o projeto!#ImpunidadeMata #JoceliaBrandão #ValeriaVelasco #mãesDeAcari", declarou a escritora.

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Para quem não se lembra ou não acompanhou o caso, em 1992 Daniella foi assassinada brutalmente pelo colega de trabalho Guilherme de Pádua e por sua então mulher, Paula Nogueira Thomaz. Na época, ela tinha apenas 22 anos de idade e estava no auge de sua carreira como atriz.

Os dois contracenavam na telenovela De Corpo e Alma, escrita pela sua mãe, Glória Perez. O ex-ator foi condenado a 19 anos e seis meses de prisão pelo crime e, após cumprir seis anos de pena, saiu da cadeia em 1999. Atualmente, ele é pastor evangélico e está casado com Juliana de Assis Lacerda.

Quando cuspiu no deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), durante a votação do impeachment Dilma Rousseff, o ex-BBB Jean Wyllys (Psol) nem devia imaginar que ele se tornaria o novo presidente do Brasil a partir do próximo ano. No entanto, o ferrenho crítico do militar já deixou claro que vai continuar as alfinetadas. Após o resultado desse domingo (28), Wyllys definiu a vitória de Bolsonaro como “um pesadelo”. 

“Os mistérios me amarram, não o dinheiro. E como creio nos mistérios penso que, para além de qualquer explicação material para esse pesadelo, qualquer análise da ciência política e da economia, penso que, para além desses motivos objetivos e reais, há uma razão outra: nós não merecemos, mas precisamos passar por esse pesadelo”, lamentou o parlamentar por meio do Facebook. 

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 O psolista também disse que os brasileiros irão se dar conta por meio da dor as mentiras ditas. “Haddad e Manuela queriam ensinar pelo amor, mas foram recusados pela maioria. Então, apesar de mais vidas serem sacrificadas para isso, queria estar errado em meus prognósticos, restará essa coisa boa: acabaremos de vez com essas duas mentiras e o país se verá doravante como o que é. Agora podemos enfrentar esses males com mais clareza e consciência: a homofobia, o machismo e o racismo. É como se o inimigo tivesse perdido o manto da invisibilidade que lhe deu e lhe dava vantagem historicamente”.   

Jean falou que Bolsonaro “já começou a pôr fim e vai aprofundar ainda mais a morte do 'Brasil cordial' e da 'democracia racial, essas duas mentiras que serviram nesses anos todos para encobrir a fenda que é esse país e as mortes dos oprimidos”. Ainda pontuou que os “fascistas” não poderão ser mais tratados com condescendência. “Choremos, lamentemos, temamos até, mas estejamos certos de que essa situação nos deu a oportunidade de um recomeço sabendo que não há cordialidade nem democracia racial. E sabendo quem são os fascistas”, finalizou.

Sem condições de ficar sentada por conta de fortes dores provocadas por uma inflamação na parte inferior da coluna, a sambista Beth Carvalho realizou um show deitada na noite deste sábado (1º). Há anos convivendo com a doença, que já a obrigou a colocar pinos ortopédicos na região lombar, a cantora já havia anunciado que faria a apresentação deitada como única alternativa para evitar o cancelamento. Beth se apresentou, no KM de Vantagens Hall, Rio de Janeiro, junto com o Grupo Fundo de Quintal para celebrar o disco “De pé no chão”, de 1978.

"Estou muito feliz por estar aqui comemorando os 40 anos deste disco. Mas eu não posso ficar muito tempo sentada, então pedi à produção para trazer esta chaise longue. Assim como existe 'Na cama com Madonna', agora tem 'Na cama com Beth Carvalho'", disse a cantora ao conversar com o público. Após o cumprimento, a cantora deitou e iniciou a apresentação ouvindo aplausos e saudações.  

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Nas redes sociais, vários fãs da artista registraram o momento. Confira uma das postagens: 

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O deputado federal Jean Wyllys (PSOL) fez mais um desabafo sobre a morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL). O psolista falou que estava quase sufocado e que continua chorando. “Chorar, lamentar, indignar-se, conjecturar. Minha cabeça é um turbilhão e minha cabeça dói. O choro e uma febre emocional exauriram minhas forças. Estou quase sufocando”, disse por meio do seu facebook. 

Jean questionou porque assassinar uma pessoa que lutava por um mundo com mais dignidade humana. “O que fazer? Marielle sou eu, somos nós todos e todas que acreditamos num mundo mais justo, mas ético, melhor, mais solidário, mais humano, mais diverso, mais vivo, mais igual, mais farto, mais alegre e mais verde”. 

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O deputado detonou as pessoas que mataram Marielle afirmando que são “canalhas, malditos e covardes”. Atirem, mas fiquem, deem as caras, mostrem-se, esperem as consequências de seu ato covarde e odioso. Mas não. Matam e correm, como o fazem os covardes mais abjetos. Insultam e ameaçam sob perfis falsos, e-mails falsos, ligações anônimas. Enquanto nós travamos nossa luta às claras, nas ruas, nas tribunas, nas redes. Marielle está morta. Canalhas covardes, assassinos malditos, mas as ideias dela são à prova de bala”. 

 

“Enquanto vocês, executores e mandantes do assassinato de Marielle mofarão mais cedo ou mais tarde numa cadeia qualquer, execrados pela opinião pública e, junto com vocês, gerações de suas famílias. Enquanto isso, Marielle se multiplicará em muitas e muitos de nós. Vocês não avançarão. Se quiserem avançar para além desse ato covarde, terão que produzir mais cadáveres, pois estaremos doravante de pé, de boca e peitos abertos, canetas e celulares nas mãos, dedos em prontidão para continuar denunciando os abusos e as injustiças e defender nossa democracia e nossas vidas. Continuo chorando, mas as lágrimas não arrastam só tristeza; elas agora trazem também a indignação e vontade de me levantar do chão”, ressaltou. 

 

 

Quem observa o pré-candidato a presidente do Brasil Ciro Gomes (PDT) tecendo diversas críticas ao antigo aliado, o ex-presidente Lula, chegando a dizer que a candidatura do líder petista seria “um desserviço” ao Brasil, nem imaginaria o tom apaziguador que o pedetista se dirigiu ao falar sobre ele nesta sexta-feira (2). O presidenciável, durante uma entrevista em Juazeiro do Norte, chegou a dizer que via a condenação de Lula com “muita dor no coração”. 

“Vejo com muita dor no coração, com muita tristeza. Acho que houve uma certa facilitação, uma certa imprudência, mas o que me incomoda mais, uma coisa muito mais grave está passando impune sem nenhum tipo de constrangimento: o milhão do Serra, o milhão do Aécio, o milhão do Alckmin e não acontece nada com os tucanos”, declarou. 

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Ciro Gomes falou que todo esse contexto é visto com desconfiança. “Por isso que a gente fica com uma desconfiança de que não é equilibrado, que só pesa para um lado esse momento na Justiça brasileira”.

No Recife, em junho do ano passado, Ciro causou ao falar que “o país vai se f... se Lula for candidato”. “Ele tem o direito de ser candidato, não vou negar isso, mas se o Lula for candidato, tudo que estamos discutindo some do debate" declarou na ocasião. 

Quando um casal entrelaça as mãos, a atividade dos cérebros de ambos entra em sincronia, acoplando uma rede cerebral envolvida nas regiões ligadas à dor - e o resultado é um efeito analgésico. A conclusão é de um novo estudo realizado por cientistas da Universidade do Colorado e publicado nesta segunda-feira, 25, na revista científica PNAS.

A equipe liderada por Pavel Goldstein realizou um experimento com 20 casais heterossexuais com idades entre 23 e 32 anos. Eles registraram um tipo único de atividade acoplada dos cérebros dos casais quando uma mulher que sentia dor dava a mão ao seu parceiro. Além da redução da dor, o toque do parceiro ativou também um mecanismo ligado à empatia.

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Segundo os autores da pesquisa, os resultados sugerem um possível mecanismo neurológico para o que os cientistas chamam de "analgesia do toque social", isto é, o efeito analgésico do toque de outro ser humano.

A analgesia do toque social, segundo os cientistas, já havia sido demonstrada em outros estudos. O mesmo grupo já havia publicado uma pesquisa mostrando que quando uma pessoa amada toca a outra, a respiração e os batimentos cardíacos sincronizam, e a dor passa. Outros estudos também indicavam que o toque tem efeito analgésico em bebês submetidos a procedimentos médicos simples e tem efeito terapêutico na redução da dor de pacientes de câncer.

Mas, até agora, os mecanismos por trás da analgesia do toque social permanecem obscuros. "Enquanto estudos recentes destacavam o papel da empatia do observador no alívio da dor do observado, a contribuição da interação social para a analgesia é desconhecida", escreveram os autores.

Para realizar a pesquisa, os cientistas registraram as ondas cerebrais emitidas pelos casais com eletroencefalografia externa (EGG), um sistema não invasivo que envolve a instalação de eletrodos no couro cabeludo.

"Nossos resultados indicam que dar as mãos durante um episódio de dor aumenta o acoplamento entre os cérebros em uma rede que envolve as regiões centrais do cérebro do receptor de dor e o hemisfério direito do cérebro do observador. Os dados sugerem que o acomplamento entre os cérebros deve estar envolvido na analgesia ligada ao toque social", disseram os cientistas.

Segundo os autores da pesquisa, ela é coerente com estudos recentes que mostraram que os efeitos analgésicos são modulados pelos circuitos neurais corticais e subcorticais. De acordo com eles, os resultados reforçam a "teoria biopsico-social da dor", que sugere uma interação dinâmica entre fatores biológicos, fisiológicos e sociais afeta a percepção da dor.

"O toque afetivo parece afetar a percepção consciente da dor, expressando assim fatores sociocognitivos. Em consonância com essa descoberta, nossa nova pesquisa mostrou que segurar a mão de um parceiro reduz a ansiedade e a reação da pressão sanguínea ao estresse", escreveram. "Isso leva a crer que fatores emocionais estão envolvidos nos efeitos analgésicos do toque."

O acoplamento cerebral entre casais já havia sido tema de outros estudos do grupo da Universidade do Colorado. No ano passado, utilizando o mesmo tipo de experimento, eles mostraram na revista Scientific Reports que o toque era capaz de reduzir a dor.

No experimento anterior, com 22 casais, a mulher também era submetida a uma dor no antebraço enquanto as ondas cerebrais de ambos os parceiros eram lidas com EEG. Os cientistas estudaram três cenários: o casal junto sem se tocar; o casal segurando as mãos; e os parceiros em salas separadas.

A simples proximidade entre os parceiros já era suficiente para produzir uma sincronia fisiológica: a respiração e os batimentos cardíacos do casal se ajustavam ao mesmo ritmo. Quando o casal se tocava, a dor era reduzida. Quando o homem não podia tocar a mulher, a sincronia aumentou. Quando ele podia tocá-la novamente, a sincronia voltava ao índice normal, e a dor desaparecia.

Um vídeo de uma garota chilena chamada Paula Díaz suplicando para que a presidente Michelle Bachelet autorize a sua eutanásia, que é proibida no país, alegando não suportar mais sofrer, viralizou nas redes sociais. De acordo com as informações, Paula sofre de um mal raro que ainda não foi diagnosticado por completo pelos médicos. Os primeiros sintomas surgiram em 2013 e, ao longo dos anos, tem piorado. A família, que apoia a decisão da menina, afirma que ela sente tanta dor que só quer morrer. 

O vídeo, que mostra o corpo da jovem em um estado crítico, traz um desabafo da adolescente e foi compartilhado nas redes sociais pela própria mãe e irmã dela. Paula fala que a situação é algo tão “terrível” que não consegue descansar. “Nem de dia e nem à noite. Já não suporto meu corpo, ele está despedaçado”, disse a jovem.

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Com a voz de choro, Paula “suplicou com toda sua força” para que a presidente fosse ver o seu estado e disse que não podia mais esperar. “Sigo lutando para que ela me escute porque não pode saber o que me acontece. Eu sou a que estou sofrendo, só peço descanso e eu suplico que me dê a eutanásia porque já não suporto meu corpo. Não suporto mais não poder apoiá-lo. Nenhuma parte eu posso apoiar que não doa ou que não se quebre. Como não podem entender que já não aguento mais?”, indagou.

A adolescente falou que fez de tudo que lhe pediram, mas que agora roga por descanso. “Por favor, já não posso esperar outro dia. Eu suplico. Ninguém compreende, isso é uma tortura e não podemos mais suportar maus-tratos e ela [presidente do Chile] no poder porque não me dá o descanso? Eu não posso mais”, reiterou. 

Vanessa Díaz, irmã de Paula, contou em entrevista à BBC Mundo que tudo começou em 2013 quando foi hospitalizada com sintomas de coqueluche. “Nossa família relaciona [os acontecimentos subsequentes] ao fato de que Paula, pouco antes de ser hospitalizada naquele ano, recebeu a vacina tríplice, que protege contra três doenças (tétano, difteria e coqueluche) - e foi hospitalizada pela primeira vez justamente por uma suposta coqueluche”, contou. A partir daí, o problema foi se agravando. 

A família afirma que ela vem tendo movimentos involuntários, paralisia das extremidades, além de episódios de perda da consciência. No entanto, em um dos diagnótiscos foi atribuído os sintomas de Paula a um transtorno psiquiátrico. 

A família alega que Paula não tinha problema psiquiátrico e que era uma menina saudável. Por esse motivo, desde 2015, a família se nega a submeter Paula a novos exames e decidiu apoiar seu desejo pela eutanásia. “Ela já está há mais de quatro anos prostrada em uma cama, confinada entre quatro paredes, já que não pode nem sentar em uma cadeira de rodas para se movimentar pela casa. Não é certo viver assim, vendo que seu corpo falha cada dia um pouco mais. Ela tem tanta dor que só quer morrer”, ressaltou Vanessa à BBC Mundo.

A partir de 1º de março, as lagostas não poderão mais ser fervidas vivas na Suíça. Isso porque o Conselho Federal, órgão que exerce a função de chefe de Estado no país, estabeleceu que os crustáceos precisam ser atordoados eletricamente ou sofrer a "destruição mecânica do cérebro" antes de ir para a panela.

A nova legislação sobre o direito dos animais surgiu depois de alguns estudos concluírem que as lagostas sentem dor devido ao sistema nervoso complexo que possuem. Será proibido também transportar crustáceos em caixas de gelo. Ou seja, eles só poderão ser levados em tanques com água do mar.

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Ao redor do mundo, as lagostas são cozidas vivas porque, de acordo com uma crença, sua carne fica muito mais saborosa. Alguns biólogos marinhos falam que o sistema nervoso dos crustáceos não é tão desenvolvido, sendo assim, não sentem dor. Já outros acham que eles sofrem demais.

Por meio do eletrochoque, os crustáceos ficam sem consciência em apenas meio segundo e morrem em cinco, no caso das lagostas, ou em 10, no dos caranguejos. A máquina para atordoar, no entanto, custa em torno de 3 mil euros, então uma alternativa oferecida pelo governo suíço é dar uma martelada na cabeça do animal.

Não é apenas a Suíça que tenta proteger as lagostas. Em junho do ano passado, o governo italiano proibiu que os crustáceos fossem mantidos em baldes de gelo nas cozinhas dos restaurantes, por causa do sofrimento que a temperatura lhes causava. O mesmo ocorria nos supermercados, que deixavam esses animais vivos no gelo e com as garras amarradas.

Segundo a Corte de Cassação, tribunal supremo da Itália, todos esses atos constituem um crime de maus tratos aos animais.

Da Ansa

“Foi fantástico. Quando eu cheguei aqui estava sentindo muitas dores na parte posterior da minha coxa e na panturrilha, não conseguia sentar e nem levantar direito. Ao fazer a terapia, quando eu me levantei já senti que não estava igual, eu estava bem melhor.” O relato é do advogado Flávio Henrique, que após um longo período de fisioterapia para a reabilitação do joelho experimentou a auriculoterapia como forma de tratamento. A auriculoterapia é uma técnica desenvolvida pelos chineses na antiguidade e difundida pelos franceses a partir da década de 1950 em que profissionais fazem diagnósticos e tratamentos com o uso de agulhas e sementes na orelha.

Após machucar o joelho em uma partida de futebol, o advogado Flávio Henrique recorreu à Clínica de Fisioterapia da Universidade da Amazônia (Unama), em Belém, para o tratamento da lesão. Mesmo com toda a atenção fisioterápica, Flávio ainda sentia muitas dores ao fazer atividades diárias, como uma simples caminhada. Ao relatar a situação para uma das fisioterapeutas da clínica, Flávio passou a utilizar a auriculoterapia como terapia auxiliar. “A 'aurícolo' me ajudou muito a não sentir tantas dores na hora dos movimentos, de eu andar em casa, ou fazer minhas atividades. Eu nunca tinha feito nenhum tipo de terapia assim e agora eu recomendo”, disse Flávio.

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A fisioterapeuta Ayda Ajisaki é responsável pelo tratamento na Clínica. Ela disse que estuda a auriculoterapia há cinco anos e consegue elevar o nível de eficácia do tratamento. “A gente consegue conciliar as avaliações físicas do paciente com o que a gente consegue descobrir e ver na orelha. Muitas vezes o paciente esquece de relatar algo que para ele seja irrelevante, e a gente consegue trazer isso de volta. Podemos, sim, tratar um paciente unicamente pela orelha, mas a terapia é apenas um recurso entre vários outros”, explicou a fisioterapeuta.

A técnica é realizada com agulhas de pequeno porte, sementes de mostarda preta ou branca e sementes de vacaria, tornando assim a terapia de baixo custo. As sementes ou agulhas estimulam pontos específicos para tratar patologias que podem ser identificadas em uma pré-análise auricular. “A orelha é um microssistema, a gente tem a representação do corpo humano nela. Então podemos identificar patologias existentes ou que já foram sanadas no corpo, marcas e cicatrizes que podem dar esses indícios”, explica a fisioterapeuta Ayda.

A aplicação da técnica dura de 10 a 20 minutos. Após o tratamento, o paciente permanece com as sementes na orelha por cinco dias para um estímulo regular. “Os resultados são como mágica, como muitos pacientes relatam. O tempo de aplicabilidade é muito rápido, de 10 a 20 minutos, e as repostas são muitos rápidas. O estimular da semente em casa, que pode ser feito facilmente, permite que o tratamento seja muito mais favorável”, afirma a fisioterapeuta.

Ananda de Brito, do 7º semestre de Fisioterapia da Unama, descobriu a técnica durante o estágio na Clínica de Fisioterapia da universidade. “Eu já tinha visto vários colegas meus andando com essa semente na orelha, eu já sabia que era sobre o aurículo, mas eu ainda não tinha tido um contato mais direto. Quando eu fiz o estágio no semestre passado aqui na clínica foi quando eu tive esse contato maior. Eu lembro que eu fiz e estava com uma dor de cabeça horrível e passou na hora”, revelou a estudante.

Após o termino do estágio, Ananda pediu para voltar à clínica para ter uma experiência ainda maior com a prática. "Mesmo que o estágio tenha acabado, eu pedi para vir mais alguns dias aqui pra ter uma prática maior sobre a técnica. Ter esse contato com o paciente pode complementar no tratamento. A técnica não é cara, e com a auriculoterapia o paciente pode ter esse estímulo em casa”, afirmou Ananda. Veja vídeo abaixo.

Por Ariela Motizuki.

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O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, que costuma aparecer em público mascando chiclete, inclusive em reuniões oficiais, afirmou que este hábito o ajuda a aliviar as dores nas costas.

Desde que foi eleito em 2016, o dirigente de 72 anos se destaca de seus colegas por usar uma linguagem às vezes grosseira e se vestir de forma informal.

Duterte explicou em uma reunião privada seu hábito de mascar chiclete e até brincou a respeito.

"Eu masco chiclete porque mastigar alivia minhas dores", disse, segundo transcrições de seu discurso divulgadas nesta sexta por seu gabinete.

Ele deu a entender que tem problemas na coluna, mas não confirmou. "Alivia um pouco", acrescentou.

Todos ainda estão chocados com o acidente ocorrido neste domingo último em um bairro da zona norte do Recife. A irresponsabilidade de um bandido que estava usando como arma um carro terminou por destruir a vida de muitas famílias, a ação marginal deste cabala por nome de João Victor Ribeiro de Oliveira, de 25 anos, informou que era usuário de maconha e que tinha problemas com bebidas alcoólica, claro que isso é uma tática para se livrar de uma punição, aliás quem foi punido de maneira severa sem direito a nada foram as famílias vitimadas por esse bandido. O problema maior está na falta de punição para estes tipos de delitos no Brasil. O presidente da Comissão de Direito Viário da OAB/SP, Maurício Januzzi Santos, destacou que a pena prevista hoje para o motorista embriagado que provoca acidentes com morte é irrisória, com previsão de apenas dois a quatro anos de reclusão. Segundo ele, muitas vezes essa pena é trocada por serviços a comunidade, o que, na sua opinião, seria “um tapa na cara” na família da vítima de acidente de trânsito. O advogado também defendeu, como fizeram outros especialistas a instituição do crime doloso para os motoristas embriagados que provoquem acidentes, com pena de reclusão de 5 a 8 anos. O presidente da Associação Brasileira de Criminalística, Bruno Telles, apresentou uma análise dos sinistros de trânsito no DF em 2012, que mostra que em cerca de 75% das coalizões pelo um dos motoristas usou álcool e, em 12%, houve uso de drogas ilícitas. “Consideramos fundamental a previsão na legislação que o pessoal que faz a fiscalização possa aplicar exame para outras drogas também”, disse. Ele também defendeu o teste de bafômetro para todo motorista envolvido em coalizão, independentemente se é culpado ou vítima; e aumentar a pena para motoristas que transitam sob o efeito de drogas. Para um criminoso desses 30 anos é pouco para ficar preso, me desculpem a força das palavras mas  o melhor seria a pena de morte.
 
Os bandidos da Brasília querem mesmo acabar com a lava Jato
Pasmem os queridos leitores, o  senador Renan Calheiros (PMDB-AL) não tem dúvida de que a Operação Lava Jato, em sua avaliação, tem cunho político partidário, um dos maiores marginais da política brasileira disse isso  ao avaliar a declaração de procuradores da República, como Deltan Dallagnol, de que em 2018, ano de eleição presidencial, se dará a "batalha final". 
Querem mesmo abafar tudo
 
"A declaração de que "a batalha final será em 2018", confirma que muitas investigações são políticas, sem provas, com delações encomendadas e objetivos pré-determinados. Daí os arquivamentos",  acreditem mas quem disse isso acima entre aspas foi o homem de bem, político correto e homem sério  Renan Calheiros. O nobre  senador publicou o texto  em seu perfil no Twitter. Então estamos mesmo perdidos com esse tipo de gente mandando no Brasil.
Os motivos da revolta de Renan
Os procuradores  federais disseram em carta nesta segunda-feira que que o futuro da operação depende da composição do próximo Congresso Nacional e exortaram a população a fazer boas escolhas, de preferência, candidatos ficha limpa, sem histórico de corrupção e que pretendem se eleger para apoiar a Lava Jato.
PSDB  se arrumando
 
Finalmente após jantar com Marconi Perillo e Tasso Jereissati, o governador Geraldo Alckmin disse que aceita mesmo  presidir o PSDB para fortalecer a legenda que está jogada nas mãos de Aécio e companhia.
A fala

Se o meu nome puder unir o partido, fortalecer o partido, como vigoroso instrumento de mudança para o Brasil, é nosso dever", afirmou o governador de São Paulo já de olho na presidência do Brasil no ano que vem.
Reunião
O PSDB  ainda tem marcada convenção no dia 9 para eleger sua nova Executiva.  Marcone Perillo, governador de Goiás, e Tasso Jereissati , senador pelo Ceará, retiraram suas candidaturas a presidente do partido em acordo com Alckmin.
 
O escolhido
Geraldo Alkmin é mesmo o favorito entre tucanos para disputar o Planalto, o governador paulista evitou comentar como se comportará, caso assuma o PSDB, em relação ao PMDB e ao governo Michel Temer. Enquanto isso o senador projeto de mafioso Aécio Neves continua calado e chupando dedo.
 
De olho na cadeira de Temer
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa conversou por mais de uma vez com o presidente do PSB, Carlos Siqueira. Barbosa se filiará ao partido apenas para concorrer à Presidência.
 
Criticas a Aécio Neves
 
O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a decisão da Suprema Corte de dar ao Senado o aval para decidir sobre a prisão e as medidas cautelares impostas ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) vai entrar para a "antologia de erros" do STF. Mais um ministro assumindo a porcaria feita pelo STF.
 

O papa Francisco rezou e pediu um minuto de silêncio na Praça São Pedro pelas vítimas do ataque a uma mesquita no Egito na última sexta-feira. Após a recitação da tradicional oração do Angelus deste domingo, Francisco destacou que as vítimas estavam orando no momento do ataque. "Também nós, em silêncio, oremos por eles.".

O papa disse que a notícia sobre o massacre "provocou grande dor" e que rezava pelos mortos e feridos "e por toda essa comunidade, que foi tão duramente atingida". "Que Deus nos livre destas tragédias e sustente os esforços de todos os que trabalham pela paz", acrescentou.

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Anteriormente, em um telegrama, o papa Francisco já havia expressado sua "forte condenação" ao ataque, que matou 305 pessoas, o mais mortal realizado por extremistas islâmicos na história do Egito moderno. O pontífice também pediu orações por sua visita de seis dias a Mianmar e Bangladesh, para onde viaja ainda neste domingo.

Fonte: Associated Press

A transição de gênero é um processo fundamental na vida das pessoas nascidas com uma identidade que não lhes corresponde, mas este caminho, que lhes permite uma transformação em sua vida social e que se submetam a tratamentos médicos e mudem a documentação, é cheio de dor e discriminação.

"Eu saí do armário trans aos 6 anos. Mas em seguida fui castigada. Quando alguém é apontado como um menino, mas sente que é menina, as pessoas tentam 'te normalizar'", conta Clémence Zamora-Cruz, que disse já ter sofrido cusparadas, puxões de cabelo e empurrões.

"Para mim esta normalização foi com violência", relatou Clémence que nasceu há 42 anos no México, mas deixou seu país aos 18 anos depois de ter passado vários meses nas ruas e ter sofrido durante anos.

Na França, conseguiu realizar-se profissionalmente como professora de espanhol, casou-se e milita em organizações sociais.

Entretanto, denunciou que sempre persiste uma "transfobia".

Muitos professores negam obstinadamente o uso da identidade de gênero que ela escolheu e chegou a receber uma multa por "fraude" porque sua identidade não estavam em dia.

Clémence lembrou também que um controlador de trens o forçou a ter "relações sexuais".

Depois de anos de luta da comunidade LGBT, o Estado francês facilitou em 2016 a mudança de identidade civil para as pessoas trans. Mas embora as confusões administrativas tenham diminuído, a discriminação persiste.

- 'Perguntas constrangedoras' -

Clémence menciona "o abuso" constante e "perguntas constrangedoras" como "você é operada?" ou "Como você se chamava antes?".

"Pode-se considerar que a transição não acaba nunca", lamentou essa mulher morena, de rosto redondo e cabelos longos.

Christelle, por sua vez, iniciou a transição depois de ficar 34 anos em um corpo que não lhe correspondia, o de um militar parrudo e imprudente.

"Eu sabia desde muito pequena", conta. "Mas é preciso muita coragem para poder falar isso", contou.

Durante esse tempo teve "três tentativas de suicídio". Depois sua mulher a deixou e sua filha não fala com ela.

Esta mulher morena com óculos também lembrou as "torturas" sofridas em algumas operações.

A depilação a laser para tirar a barba a fez sentir em todas as sessões "milhares de alfinetadas".

Para transformar seu pênis em uma cavidade vaginal viajou para a Tailândia e sofreu os efeitos do pós-operatório durante um ano.

"Eu chorava todos os dias. Tive que sofrer isso para poder ter depois uma vida normal", disse.

Aos 45 anos, Christelle continua no exército, está feliz casada com um militar, com quem tem um filho por reprodução assistida.

"Se eu não tivesse feito a transição, eu estaria aqui", disse. "Isso é uma certeza".

"Se há um ponto comum a todas as trajetórias, é a noção de que é algo inexorável. Para todos os meus pacientes trans, não havia outra opção", comentou o psiquiatra Thierry Gallarda, especialista no tema.

Mas a transição, cujo processo médico gera "júbilo", já que muda efetivamente a vida, também leva à arbitrariedade.

"Há corpos mais ou menos plausíveis".

- "Transfobia" -

Outro fator de injustiça é o sexo de nascimento.

"Se transita mais facilmente de +F para M+ (passagem de mulher para homem) do que o que de +M para F+ (homem para mulher)", afirmou a endocrinologista Catherine Brémont.

A testosterona, presente nos primeiros, tem um efeito muito rápido nos pêlos e na voz, que se torna mais grave.

"Eu me transformei em três meses", lembrou Axel Léotard, de 48 anos, agora com o cabelo raspado e com barba, que fez a mudança há 15 anos.

"É muito mais fácil para nós" do que para as +M a F+, que sofrem "a discriminação das mulheres, sejam biológicas ou trans", afirmou.

"O fato de ser um homem alto, baixo, careca ou cabeludo, fraco ou forte, nunca põem em dúvida sua virilidade", constatou o médico.

"Mas para uma mulher sempre haverá padrões".

Embora os hormônios permitam o desenvolvimento mamário e façam que a pelo seja menos oleosa, eles não têm qualquer efeito no tamanho e na estrutura corporal.

Além do sexo e da fisionomia, a transição gera também "iniquidades" ligadas a "idade, saúde e dinheiro", enumera SunHee Yoon, presidente da Acthe, uma associação de pessoas transgênero.

É melhor ser jovem, saudável, ser apoiado pela família e ter a capacidade de pagar as cirurgias.

A mais simbólica, a cirurgia de mudança de sexo, é realizada apenas em metade das pessoas trans, constatou Arnaud Alessandrin, sociólogo especialista no tema, para quem há "tantas transições quanto indivíduos".

O único ponto em comum para ele é "a transfobia" e a "discriminação". Antes, durante e depois do processo.

Quem sofre com fibromialgia precisa lidar com o preconceito de quem não entende como sintomas tão incômodos, como dor constante e generalizada, não têm uma causa definida. E como exames laboratoriais e de imagem não conseguem mostrar o que está acontecendo no organismo dessas pessoas.

Pacientes estão tentando dar mais visibilidade à síndrome, que voltou ao centro das atenções após a cantora Lady Gaga cancelar a apresentação no Rock in Rio e abordar o tema no documentário "Gaga: Five Foot Two" - que estreia nesta sexta-feira, 22, na Netflix. Mas ainda esbarram na dificuldade para ter diagnóstico preciso, atendimento especializado e de lidar com o preconceito na sociedade, no trabalho e na família.

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Presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia, Georges Christopoulos explica que a fibromialgia é uma desordem dos centros que regulam a dor, fazendo com que as pessoas sintam dor generalizada. "A causa ou o conjunto de causas ainda não foram estabelecidos, mas acomete entre 2% e 4% da população mundial, entre 30 e 55 anos e, principalmente, mulheres." Segundo ele, 50% dos pacientes têm depressão e são frequentes distúrbios do sono, cansaço, alterações urinárias e intestinais. "Esses pacientes podem sentir dor ao mínimo toque. Até um abraço pode provocar a dor."

A conquista mais recente nessa luta foi na terça-feira, com a aprovação pelo Senado de projeto de lei, agora em análise pela Câmara, que prevê criar o Dia Nacional de Conscientização e Enfrentamento à Fibromialgia em 12 de maio.

"É uma conquista, porque há médicos que não reconhecem a síndrome, os pacientes têm problemas gravíssimos em família, com amigos e no ambiente de trabalho, porque as pessoas não reconhecem a fibromialgia, já que não há exames para provar. Não queremos dar só visibilidade à síndrome, mas ao fibromiálgico. Somos invisíveis e sofremos bullying e humilhação", diz Sandra Silva, de 56 anos, da Associação Brasileira dos Fibromiálgicos.

Tratamento

Sandra recebeu o diagnóstico há 12 anos e conta que os pacientes começaram a luta para ter a data integrada ao calendário nacional no ano passado. Eles batalham também para que, com a difusão de informações, os pacientes tenham um diagnóstico precoce e um tratamento adequado. "Nossa maior questão é que existe o tratamento multidisciplinar no SUS (Sistema Único de Saúde), mas só no papel. A Portaria 1.083/12 determina o tratamento de dores crônicas, inclui a fibromialgia, prevê o tratamento medicamentoso e não medicamentoso. Mas a maioria só recebe o diagnóstico depois de muito tempo de peregrinação. Quando tem um reumatologista, não tem um fisioterapeuta capacitado para esse público."

Em nota, o Ministério da Saúde informou que no ano passado foram registrados 113 procedimentos relacionados à fibromialgia no SUS ao custo de R$ 70,9 mil.

Membro da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor, Levi Jales afirma que o reconhecimento do problema é queixa frequente dos pacientes. "Essa síndrome limita muito a qualidade de vida do paciente."

Apoio

Há três anos, a publicitária Etiennie Mori Pimenta, de 37 anos, passou três meses sem conseguir sair da cama por causa da síndrome, diagnosticada em 2013. Ela conta que as dores começaram quando tinha 24 anos, mas que sinais já apareciam desde a infância.

"Tenho um histórico de médicos que não me passaram o diagnóstico ou não quiseram se aprofundar. Encontro uma sociedade maldosa e desinformada, que não sabe como é desesperador estar travada em uma cama com menos de 40 anos de idade. Quando me menosprezam, viro as costas, mas nem todo mundo consegue fazer isso."

Etiennie diz que tem uma rede de apoio para ajudá-la, que inclui o marido e os três filhos. "Não quero que uma pessoa faça o meu trabalho, mas fazer no meu tempo. Quero que as pessoas me apoiem." Mesmo assim, conviver com a dor não é fácil. "Às vezes, uma pessoa encosta em mim e é como se me desse um tapa, sinto fisgadas, mas me acostumei. Sei que tenho de respirar, contar até dez e relaxar. Se tensiona, sinto mais dor." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Toda vez que tem crise de ansiedade, a consultora financeira Melissa Mandaloufas, de 40 anos, precisa de atendimento urgente, pois se sente mal fisicamente, com hipertensão arterial. “Fico com pressão alta, ao ponto de quase desmaiar, vou parar no hospital e aí que eu vejo que tenho que me tratar.” Ela conta que faz o tratamento com calmantes, mas depois de um tempo o problema acaba voltando. “Tenho crises de depressão também, principalmente quando estou sem atividade profissional.”

A profissional de marketing Carol Lahoz, que sofre de depressão há oito anos, ainda tem dor de cabeça e lombalgia, mesmo tomando medicamentos. “Tenho enxaqueca crônica e dores na lombar, mas quando faço atividade física percebo que não tenho crises nem de dor e nem de depressão.” Para ela, outros tratamentos também aliviam a dor física. “Quando passa a crise, já logo faço análise e acupuntura.”

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Quem sofre desses sintomas já sabe que uma dor leva à outra. Mas agora, um estudo do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) mostra a relação bidirecional entre ansiedade ou depressão e algumas doenças físicas crônicas. O levantamento mensurou essa relação em pessoas adultas residentes na Região Metropolitana de São Paulo e mostra dados preocupantes. O resultado do estudo é que indivíduos com transtornos de humor ou de ansiedade tiveram incidência duas vezes maior de doenças crônicas.

A dor crônica foi a mais comum entre os indivíduos com transtorno de humor, como depressão e bipolaridade, ocorrendo em 50% dos casos de transtornos de humor, seguidos por doenças respiratórias (33%) , doença cardiovascular (10%) , artrite (9%) e diabetes (7%).

Os distúrbios de ansiedade também são largamente associados com dor crônica (45%) e doenças respiratórias (30%) , assim como com artrite e doenças cardiovasculares (11% cada). A hipertensão foi associada a ambos em 23% dos casos.

Estresse

Os dados mostram a necessidade de maior atenção ao tema. “Já era esperado que houvesse uma relação forte entre essas doenças. O problema é que a prevalência de ansiedade e depressão em São Paulo é muito alta por causa do estresse. Com esses números, precisamos atentar para a necessidade de passar a informação para o médico que está na linha de frente, no atendimento primário. É preciso reconhecer a comorbidade de ansiedade e depressão com as doenças crônicas que não se resume apenas à dor”, disse a psiquiatra Laura Helena Andrade, coordenadora do Núcleo de Epidemiologia Psiquiátrica do IPq e uma das autoras do estudo.

Dos cerca de 11 milhões de moradores adultos da Região Metropolitana de São Paulo, 10%, ou 1,1 milhão de pessoas, tiveram depressão nos últimos 12 meses. Já os transtornos de ansiedade acometem mais de 2,2 milhões de paulistanos, sendo que 990 mil apresentam dor crônica também. Seguindo esse cálculo, no total, mais de 2 milhões de pessoas convivem com depressão ou ansiedade associadas a dor crônica na região.

Relação antiga

Estudos anteriores já haviam mostrado de forma consistente a associação de doenças crônicas com transtornos de humor e ansiedade. Mas ainda não se sabe porque a relação entre dor crônica e ansiedade ou depressão é tão intensa, pois os mecanismos fisiopatológicos da dor crônica são pouco conhecidos.

“Uma das hipóteses é relacionada à questão de comportamento. As pessoas ficam inativas quando têm depressão, isso causa dor, ou então a própria dor muda a vida da pessoa, leva à falta de atividades físicas, o que aumenta a depressão e fica um círculo vicioso.”

A psiquiatra explica que, assim como as células do sistema de defesa são ativadas quando há uma invasão por um agente causador de doença, o estresse psicológico em uma situação ambiental como, por exemplo, viver em uma cidade como São Paulo, acaba ativando o sistema inflamatório.

“Aumento da inflamação, lesões do endotélio – camada de célula presente em todos os vasos sanguíneos – e danos oxidativos são algumas vias que podem estar relacionadas à ocorrência da comorbidade [doenças relacionadas]. Consequentemente, é imperativo que sintomas depressivo-ansiosos sejam tratados agressivamente em pacientes com condições médicas crônicas, pois sua resolução pode ser acompanhada por melhora geral sintomática e uma importante diminuição no risco de mortalidade e complicações”, disse Andrade.

De acordo com a pesquisadora, ainda é preciso fazer mais pesquisas com foco na interação entre depressão, ansiedade e doenças físicas crônicas para elucidar os mecanismos pelos quais se originam as doenças. “Para descobrir esses mecanismos precisamos de mais estudos. O que a gente vê é uma associação grande, mas qual é o mecanismo exatamente a gente ainda não conhece.”

O artigo, publicado no Journal of Affective Disorders, faz parte do São Paulo Megacity Mental Health Survey, levantamento concluído em 2009 no âmbito de projeto temático financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Ao todo, foram entrevistados 5.037 moradores da Região Metropolitana de São Paulo, com 18 anos ou mais.

De acordo com o ranking de auxílios-doença concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a dor nas costas é a doença que mais causa afastamento do trabalho por mais de 15 dias, sendo registrados 116 mil benefícios concedidos por esta razão no ano de 2016.

Os dados mostram também que não são as atividades pesadas, mas o serviço público que mais causa afastamentos por dor nas costas, devido ao grande número de funções repetitivas, que podem ocasionar o problema. Em segundo lugar estão as atividades relacionadas ao comércio varejista, em especial supermercados, seguidos dos ramos hospitalar, de construção de edifícios e transporte rodoviário de cargas. 

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“No comércio, a dorsalgia (nome técnico para a dor nas costas) é comum nas pessoas que trabalham como estoquistas, porque elas levantam caixas, fazem movimentos de agachar e levantar e acabam não prestando atenção na postura. Esse mesmo descuido ocorre com quem trabalha em escritório por muito tempo sentado na mesma posição”, explica Viviane Forte, coordenadora-geral de Fiscalização e Projetos do Ministério do Trabalho. 

Apesar da dificuldade para saber se as dores são causadas pela atividade laboral ou por outros fatores, Viviane entende que a postura no trabalho influencia. “As pessoas passam muito tempo do seu dia no trabalho. Se não tiverem o devido cuidado na maneira de se sentarem e realizarem suas atividades, ou se não respeitarem as pausas necessárias ao longo da jornada de trabalho, vão adoecer, independentemente de como e onde tenha surgido a dor”, alerta.

*Com informações do Ministério do Trabalho

A maconha pode ajudar a aliviar a dor de forma segura para alguns pacientes, mas muitas incertezas permanecem sobre seus riscos para a saúde e a segurança, de acordo com um amplo estudo publicado na quinta-feira.

Um comitê das Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina dos Estados Unidos (NASEM) analisou mais de 10.000 artigos científicos para chegar às suas quase 100 conclusões. O relatório de um painel de 17 membros oferece uma "revisão rigorosa das pesquisas científicas relevantes publicadas desde 1999", disse uma declaração da NASEM.

Cannabis, o nome científico da planta cujos botões e folhas secas fazem a maconha, é a droga ilícita mais popular nos Estados Unidos. Uma pesquisa recente mostrou que mais de 22 milhões de americanos de 12 anos ou mais relataram usar a droga nos últimos 30 dias. Nove em cada 10 usuários adultos afirmaram que usavam a droga para fins recreativos, enquanto apenas 10% alegaram fins exclusivamente médicos.

"Há anos o panorama do uso de maconha tem se transformado rapidamente, à medida que mais e mais estados estão legalizando a cannabis para o tratamento de condições médicas e para o uso recreativo", disse Marie McCormick, presidente do comitê e professora de saúde maternal e infantil da Universidade de Harvard. "Esta aceitação, acessibilidade e uso crescentes da cannabis e seus derivados têm levantado importantes preocupações de saúde pública", acrescentou.

McCormick disse que o relatório busca abordar o fato de que "a falta de qualquer conhecimento agregado de efeitos na saúde relacionados à cannabis levou à incerteza sobre se existem e quais são os danos ou benefícios do seu uso".

Benefícios

O estudo descobriu que os pacientes que usavam cannabis para tratar dores crônicas eram "mais propensos a experimentar uma redução significativa nos sintomas da dor". Adultos com espasmos musculares relacionados à esclerose múltipla também melhoraram seus sintomas ao usar certos "canabinoides orais" - medicamentos sintéticos feitos à base de canabinoides.

Também foram encontradas evidências conclusivas de que estes canabinoides orais poderiam prevenir e tratar náuseas e vômitos em pessoas com câncer que recebem tratamento quimioterápico. "Fumar cannabis não aumenta o risco de cânceres frequentemente associados com o uso do tabaco - como os cânceres de pulmão e de cabeça e pescoço", acrescentou o relatório.

Além disso, o comitê "encontrou evidências limitadas de que o uso de cannabis está associado a um subtipo de câncer testicular".

Riscos

Os riscos do uso de cannabis incluem a possibilidade de desencadear um ataque cardíaco, mas são necessárias mais pesquisas para entender "se e como o uso de cannabis está associado a ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais e diabetes".

Fumar cannabis pode causar bronquite e tosse crônica, mas a interrupção do uso "provavelmente reduz essas condições", e ainda não está claro se há qualquer vínculo com doenças respiratórias, incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, asma ou piora da função pulmonar.

Em relação à saúde mental, o comitê descobriu que "o uso de cannabis provavelmente aumenta o risco de desenvolver esquizofrenia, outras psicoses e distúrbios de ansiedade social e, em menor medida, depressão". Os pensamentos suicidas podem aumentar e os sintomas de transtorno bipolar podem piorar com o uso intensivo de cannabis, acrescenta o estudo.

Mas em pessoas com esquizofrenia e outras psicoses, "um histórico de consumo de cannabis pode estar ligado a um melhor desempenho em tarefas de aprendizagem e memória", disse. Quanto mais as pessoas usam cannabis - e quanto mais jovens elas começam - mais probabilidades têm de desenvolver um "problema de uso de cannabis", aponta o relatório.

O comitê encontrou evidências limitadas de que o consumo de cannabis aumenta a taxa de iniciação no uso de outras drogas. Mesmo que funções cerebrais como aprendizagem, memória e atenção sejam afetadas após o uso de cannabis, os pesquisadores encontraram poucos sinais de danos a longo prazo em pessoas que pararam de fumar.

Em mulheres grávidas, alguns indícios mostraram que fumar maconha durante a gravidez está associado a um menor peso ao nascer, mas a relação com outros resultados da gravidez e da infância não está clara. Acidentes entre crianças, incluindo a ingestão de cannabis, aumentaram drasticamente desde que a substância foi legalizada em algumas partes dos Estados Unidos.

De forma pouco surpreendente, o relatório encontrou "provas substanciais" de que o uso de cannabis está ligado a uma condução prejudicada e a acidentes com veículos. Defensores da maconha medicinal disseram que o relatório mostrou que a cannabis pode ajudar as pessoas, e pediram ao governo federal americano para legalizá-la. A maconha é atualmente uma substância da Lista I sob a Lei de Substâncias Controladas, o que significa que está estabelecido que a planta não tem nenhum valor medicinal.

"Este relatório é uma reivindicação para os muitos pesquisadores, pacientes e profissionais de saúde que há muito compreendem os benefícios da maconha medicinal", disse Michael Collins, vice-diretor de assuntos nacionais da Aliança de Política de Drogas. Paul Armentano, vice-diretor do NORML, um grupo de lobby pela legalização da maconha, apontou que as evidências não são novas.

"Mesmo assim, há décadas a política de maconha neste país tem sido impulsionada pela retórica e pela emoção, e não pela ciência e pela evidência", disse ele. "No mínimo, sabemos o suficiente sobre a cannabis, assim como sobre as falhas da proibição da cannabis, para regular seu consumo por adultos, acabar com sua criminalização e removê-la da Lista I", acrescentou.

É difícil entender a dimensão da dor que amigos e familiares dos jogadores da Chapecoense estão sentindo neste trágico momento. Da euforia pelo belo momento da equipe rumo à final da Sul-Americana às lágrimas pelas mortes dos entes queridos, a notícia soa de forma inacreditável. Em Olinda, no bairro de Ouro Preto, onde residem alguns familiares do meia pernambucano Cleber Santana, de 35 anos de idade, familiares revelaram como receberam a informação do acidente, ainda extremamente abalados.

Irmão de Cleber, Cleidson Santana recebeu a triste notícia de um amigo e presenciou noticiários na televisão. “Começou o desespero para dizer aqui (casa da família). Vi minha mãe chorando, não aguentei, saí de perto. Tive que mandar um amigo falar, porque eu não estava aguentando para dar a notícia. Ele é um exemplo de tudo: pai, ser humano”, relatou o irmão do atleta, relembrando que Cleber sempre reservava tempo para visitar os familiares, em entrevista à imprensa. 

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Cunhado de Cleber Santana, Elton Victor disse que o atleta estava em um dos seus melhores momentos da carreira. “Estava muito feliz e entusiasmado. As pessoas diziam que pela idade ele deveria parar e o Cleber brincava: como vou parar? Ele continuava jogando em alto nível, era capitão da Chapecoense e estava na final da Copa Sul-Americana. Infelizmente, a trajetória dele foi interrompida”, disse Elton, em entrevista à Rede Globo.

Atualmente defendendo a camisa do Manchester United, o goleiro David De Gea descreveu sua dor pela tragédia. O arqueiro atuou com Cleber Santana pelo Atlético de Madrid, um dos maiores clubes da Espanha. “Estou muito afetado pelo acidente aéreo de Medellín. É difícil expressar como me sinto. Um forte abraço para as famílias”, declarou David De Gea, em sua página oficial do Facebook.

Natural de Abreu e Lima, cidade da Região Metropolitana do Recife, Cleber Santana foi formado nas categorias de base do Sport. Meia de toque refinado, bons passes e fortes chutes, o atleta passou por outros importantes clubes brasileiros, como Santos, São Paulo e Flamengo. Na Europa, se destacou pelo Atlético.

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Quem nunca sentiu uma dor de coluna depois de um dia estressante de trabalho? Ou uma constante dor de pescoço ao final do dia, uma dor de cabeça persistente? Tudo isso faz parte, muitas vezes, da rotina de milhares de brasileiros. Mas, segundo as fisioterapeutas Andreza Torres e Janaina Kzam, de uma clínica de fisioterapia especializada de Belém, sentir dor não é nada normal. “Para você chegar a manifestar e sentir dor, é porque todos os mecanismos que o organismo tinha de compensar foram esgotados. É tipo assim: ‘Daqui eu não consigo mais me movimentar’, é como se fosse um sistema de alerta”, afirma Janaina.

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As fisioterapeutas atendem várias pessoas de idades variadas, desde crianças até idosos. O objetivo não é somente tratar a dor de uma maneira específica, mas entender o que causa aquela dor, pensando no corpo como um todo. “Hoje a dor tem um caráter social. As pessoas que têm dor, ou que ficam bloqueadas, ou que de uma certa forma deixam de desenvolver as atividades em uma harmonia corporal, são frutos de vários fatores, sejam eles pessoais, profissionais”, afirmam. Segundo elas, dores têm componentes emocionais ligados às experiências como um todo. “Se um paciente chegar com dor, nós vamos minuciosamente começar um processo de avaliação, desde entender como esse paciente vive, as condições emocionais desse paciente, profissionalmente”, explica Janaina.

Para um segmento de estudiosos da saúde, a dor é um tópico importante de ser estudado. No Pará, a Associação Paraense Para o Estudo da Dor (ASPED) é uma associação conveniada com a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) que conta com mais 19 associações nos outros Estados brasileiros. O objetivo é compreender a dor como um complexo conjunto de coisas, não somente em um ponto específico do corpo.

Um caminho para o tratamento é enxergar o paciente como um todo. Para elas, é importante analisar cada aspecto da vida do paciente, para depois entender de onde essa dor vem. “Se o paciente for um caminhoneiro, por exemplo, isso significa que ele solicita muito a musculatura abdominal e paravertebrais lombares, já que fica muitas horas sentado. gerando sobrecarga no eixo da coluna. Entre as vísceras temos fascias, ligamentos. Temos a impressão de que a tensão se dá somente naquilo que é visível, e não. Por dentro a tensão é a mesma, só que você não vê”, afirma Janaina.

Além do consultório, onde são recebidos por Janaina, que utiliza a mão no tratamento, os pacientes podem partir para o pilates, orientados por Andreza. “No pilates, trabalham-se todos os grupos musculares a partir do estilo de vida do paciente, que irão ajudar no dia a dia”, afirma Janaina. A diferença do pilates da clínica e do praticado nas academias? Os aparelhos que elas usam. “Como a Andreza conhece o paciente, sabe o que pode usar de máximo daquele paciente em determinado aparelho. Na academia, são aulas gerais, e normalmente tem muita gente, não há esse mesmo cuidado.”

Além do pilates e da terapia, Janaina e Andreza recomendam aos pacientes atendidos na sua clínica também o acompanhamento de uma profissional de estética, que ajuda os pacientes com, por exemplo, dificuldade para emagrecer. “Uma paciente muito estressada vai ter dificuldade para emagrecer. Vai liberar muita toxina, ficará muito inchada. O foco da profissional que trabalha estética é tentar fazer com que esse corpo não inche tanto, fazer mais uso de líquidos, ou seja, tem toda uma composição global”, afirma Janaina. 

O grupo de idade mais atendido, segundo as fisioterapeutas, é o das pessoas mais ativas, entre 20 e 50 anos, mas hoje em dia até mesmo crianças são pacientes. “Antes, a maioria [das crianças] era procurada com os pais pela alteração postural, não pela dor. Hoje eles já procuram pela dor. Crianças com dor de cabeça, muita tensão na musculatura do pescoço, por conta do uso exagerado da mochila, um padrão de encurtamento do diafragma, porque ficam muito tempo sentados, numa distância muito próxima do videogame, whatsapp”, afirma Janaina, apontando os reflexos de práticas e hábitos da vida cotidiana nessa geração. “Por um lado você tem um mundo que prega muita qualidade de vida, mas tem uma população extremamente sedentária.”

Alguns casos, segundo as fisioterapeutas, são de situações do dia a dia que poderiam facilmente ser alteradas, mas que causam grandes problemas no corpo. “Um dia desses pegamos uma paciente canhota que tinha uma cadeira de destra na escola; ela evoluiu com uma escoliose em virtude de, no dia a dia, ficar nessa posição o tempo inteiro”, afirma Andreza. “Eu atendi uma garota que toca violino, eu não sabia que o violino ficava só numa posição. Ela, para poder compensar, virava muito a cabeça. Então ela gerou toda uma alteração postural”, afirma Janaina.

E os casos variam. No pilates, atendem-se grávidas, atletas, crianças, idosos, manicures. Todas as idades com as mais variadas profissões, o que também ajuda as profissionais a entender o motivo das dores dos pacientes. “As pessoas precisam não só entender o aspecto da dor, mas entender que qualidade de vida é você saber o que aquilo agrega de positivo. De nada vai adiantar se eu disser: tens que fazer três vezes exercício por semana se tu não gostas da musculação”, afirma Janaina. Esse é um dos motivos para que os exercícios oferecidos estejam de acordo com aquilo que o paciente usaria no dia a dia. “Toda terapia que se torna um fardo deixa de ser terapia. Todo mundo que faz diz que é muito chato, porque é repetitivo”, afirma.

Agregar os exercícios e, até mesmo, a psicologia para compreender o funcionamento do corpo pode melhorar a vida do paciente. “Tem gente que entra aqui pela questão terapêutica e acaba continuando pela qualidade de vida. Muito mais importante do que tratar a dor é entendê-la, não somente por isso, mas como associar com cada tipo de paciente, porque se fosse pela técnica, todas elas funcionariam, com todos”, afirma Janaina (veja vídeo abaixo).

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