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A Secretaria Estadual de Direitos Humanos do Espírito Santo informou que a menina de 10 anos que teve de ser submetida a um aborto após ser vítima de estupro está inserida no Programa de Apoio e Proteção às Testemunhas, Vítimas e Familiares de Vítimas de Violência (Provita). No programa, a criança vai receber ajuda para ter a garantia da integridade física e psicológica; reinserção social em novo território, e acesso a direitos, como convivência familiar e comunitária. A pasta informou que, caso a menina e os familiares queiram, há a possibilidade de mudança de identidade da pequena.

De acordo com a investigação policial, a criança foi vítima de abusos sexuais pelo próprio tio, preso em Betim, na Grande Belo Horizonte, após tentativa de fuga. Ele é acusado de estupro de vulnerável e, segundo a menina, a abusava desde que ela tinha 6 anos. A criança foi submetida à interrupção da gravidez no domingo, sob protestos de grupos conservadores que foram até a porta do hospital e hostilizaram profissionais de saúde. A secretária ainda explicou que o programa tem caráter sigiloso e mais informações sobre a criança e a família dela não serão repassadas. Ao todo, o Provita atende 55 pessoas, a maioria testemunhas de homicídios ou sobreviventes.

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Vazamento

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, pediu à Polícia Federal que investigue o vazamento de dados pessoais da menina de 10 anos. No domingo, a extremista Sara Giromini divulgou nas redes sociais o nome da criança, prática vedada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Sara é ex-funcionária da pasta comandada por Damares.

As postagens, em texto e vídeo, viralizaram nas redes sociais. Nelas, Sara divulgava o hospital onde a vítima ia passar pelo procedimento de interrupção da gravidez, autorizado pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo. No dia em que a menina foi internada, um grupo de pessoas contra o aborto foi para a frente do hospital e tentou impedir o procedimento.

Em nota divulgada nesta quarta-feira (19), Damares solicita ao ministro da Justiça, André Mendonça, o encaminhamento do caso à Polícia Federal, além da articulação com a polícia do Espírito Santo para o possível indiciamento de responsáveis. Na segunda-feira, a pasta já havia divulgado uma nota negando que técnicos do ministério tivessem acesso ao nome da criança ou o endereço da família, rejeitando que o vazamento dos dados partisse do governo. "Lamentável que um caso tão triste tenha suscitado uma campanha desnecessária contra o envolvimento do ministério." O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) protocolou requerimento anteontem, para convocar Damares para ir à Câmara.

Anteontem, o Ministério Público do Espírito Santo denunciou Sara e cobrou uma indenização de R$ 1,32 milhão. Em ação civil, o MP argumenta que a conduta adotada pela extremista "está incluída em uma estratégia midiática de viés político-sensacionalista, que expõe a triste condição da criança de apenas 10 anos de idade", e a divulgação dos dados pessoais da criança contraria o que está disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

O Ministério Público do Espírito Santo divulgou ontem que ingressou com mais uma ação civil pública, no caso contra Pedro Teodoro dos Santos, pré-candidato a vereador pelo Partido Social Liberal (PSL).

No dia 16, segundo o MP, Pedro Teodoro postou nas redes sociais a frase: "Todos a favor da vida me ajudem a levantar a # acima! Não se paga um mal, cometendo outro maior ainda!". A postagem foi feita minutos após a divulgação de que a menina passaria pelo procedimento de interrupção da gravidez. O Ministério Público, na ação, afirma que as atitudes de Pedro também estão incluídas "em uma estratégia midiática de viés político-sensacionalista iniciada pela que se porta como líder do grupo fundamentalista, a radical Sara Giromini. O 'político', em depoimento à polícia, admitiu que seguiu os ditames da extremista." O Estadão tentou contato com Pedro, mas não teve resposta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, pediu à Polícia Federal que investigue o vazamento de dados pessoais da menina de 10 anos que foi estuprada e engravidada pelo tio em São Mateus, no Espírito Santo. No domingo (16), a extremista Sara Giromini divulgou nas redes sociais o nome da criança, prática vedada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Sara é ex-funcionária da pasta comandada por Damares.

As postagens, em texto e vídeo, viralizaram nas redes sociais. Nelas, Sara divulgava o hospital onde a vítima ia passar pelo procedimento de interrupção da gravidez, autorizado pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo. No dia em que a menina foi internada, um grupo de pessoas contra o aborto foi para a frente do hospital e tentou impedir o procedimento.

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Em nota divulgada nesta quinta-feira (20), Damares solicita ao ministro da Justiça, André Mendonça, o encaminhamento do caso à Polícia Federal, além da articulação com a polícia do Espírito Santo para o possível indiciamento dos responsáveis.

Na segunda-feira (17) a pasta já havia divulgado uma nota negando que técnicos do ministério tivessem acesso ao nome da criança ou endereço da família, rejeitando que o vazamento dos dados tivesse partido do governo.

"Lamentável que um caso tão triste tenha suscitado, desde o início da última semana, uma campanha desnecessária contra o envolvimento do ministério", afirma a nota de segunda-feira.

Conforme antecipou o BR Político, o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) protocolou requerimento na quarta-feira (19) para convocar Damares para prestar esclarecimento na Câmara sobre o vazamento de dados sigilosos da menina de 10 anos estuprada pelo tio.

Na quarta-feira, o Ministério Público do Espírito Santo denunciou Sara e cobrou uma indenização de R$ 1,32 milhão. Em ação civil, o MP argumenta que a conduta adotada pela extremista "está incluída em uma estratégia midiática de viés político-sensacionalista, que expõe a triste condição da criança de apenas 10 anos de idade", e que a divulgação dos dados pessoais da criança contraria o que está disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

A enfermeira Paula Viana do Grupo Curumim, uma ONG feminista do Recife que esteve acompanhando o caso da menina de 10 anos que engravidou após ser estuprada pelo tio em São Mateus, no Espírito Santo, relatou nesta quarta-feira, 19, que a criança se sentiu aliviada após descobrir pelo celular que o agressor foi preso.

"Ela recebeu a notícia e mostrou para a avó, que me disse que a neta estava aliviada porque pensava que, solto, ele poderia matar o avô dela", contou. A polícia prendeu na madrugada desta terça-feira, 18, o acusado de estuprar e engravidar a menina.

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A informação foi divulgada pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, no Twitter. R. H. de J., de 33 anos, é ex-presidiário e já chegou a cumprir pena por tráfico de drogas, associação criminosa e posse ilegal de arma.

A enfermeira acrescentou que a criança demonstrou felicidade ao receber presentes durante sua internação. "Ela é uma menina muito calada, com um olhar muito triste, de alguém que já sofreu muito, mas a vi sorrir quando me mostrou os presentes que recebeu. Foi muito importante para ela ter recebido aqueles presentes, porque é apenas uma criança e estava sendo tratada como uma criança".

Transferida para realizar o procedimento em Recife, no Estado de Pernambuco, a menina recebeu alta e já voltou para casa. De acordo com o médico Olímpio Barbosa de Morais Filho, gestor executivo e diretor do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-UPE), unidade onde ocorreu o aborto, a menina já chegou ao Espírito Santo e está bem.

"Na volta, ela ainda pode realizar o que ela disse que era o maior sonho dela, comer um sanduíche de uma rede de fast-food, já que nunca tinha experimentado", contou o médico responsável pelo Cisam.

No dia do procedimento, o hospital foi alvo de atos de grupos religiosos, contrários ao aborto. Também houve manifestações de grupos de mulheres que defendiam o procedimento. Em entrevista ao Estadão, Morais Filho, médico responsável pela unidade que realizou o aborto, afirmou que as pessoas "misturam ciência com religião", "saúde com religião" e que é uma "tortura" o Estado obrigar a manutenção da gravidez de uma mulher violentada.

A menina de dez anos que engravidou após ser estuprada pelo tio no Estado do Espírito Santo e que teve a gestação interrompida no Recife, em Pernambucano, retornou para casa após receber alta. A equipe médica não informou quando exatamente a menina recebeu alta para protegê-la. De acordo com o médico Olímpio Barbosa de Morais Filho, gestor executivo e diretor do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-UPE), unidade onde a gestação foi interrompida, a menina já chegou ao Espírito Santo e está bem.

"Ela está bem e já voltou para o Estado dela. Foi em um avião fretado e cheia de presentes, que as pessoas que vieram ao Cisam deram a ela. O quarto em que ela estava ficou cheio de presentes. Na volta, ela ainda pode realizar o que ela disse que era o maior sonho dela, comer um sanduíche de uma rede de fast-food, já que nunca tinha experimentado", contou o médico responsável pelo Cisam.

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No dia do procedimento, o hospital foi alvo de atos de grupos religiosos, contrários ao aborto. Também houve manifestações de grupos de mulheres que defendiam o procedimento. Em entrevista ao Estadão, Morais Filho, médico responsável pela unidade que realizou o aborto, afirmou que as pessoas "misturam ciência com religião", "saúde com religião" e que é uma "tortura" o Estado obrigar a manutenção da gravidez de uma mulher violentada.

A menina foi transferida de São Mateus, no norte do Espírito Santo, para o Recife, capital de Pernambuco, após decisão do juiz Antonio Moreira Fernandes, da Vara da Infância e da Juventude do município onde ela mora. A Justiça capixaba deu o aval para a interrupção da gestação, mas o hospital que havia sido autorizado a fazer o aborto, no entanto, teria se negado a realizar o procedimento. A superintendente da unidade de saúde alegou que o procedimento não foi feito por questões técnicas e negou motivação religiosa.

Prisão

A polícia prendeu na madrugada desta terça-feira (18) o acusado de estuprar e engravidar a menina. A informação foi divulgada pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, no Twitter. O homem, de 33 anos, é ex-presidiário e já chegou a cumprir pena por tráfico de drogas, associação criminosa e posse ilegal de arma. A identidade do criminoso não foi revelada por proteção à vítima.

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O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) nega ter sido o responsável pelo vazamento de informações sigilosas sobre o caso da criança de 10 anos que foi estuprada pelo tio e foi submetida a um aborto no último domingo (16).

Na tarde de ontem, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MP-ES) abriu uma investigação para apurar o vazamento. Na data em que a criança foi encaminhada para realização do procedimento, uma campanha foi iniciada nas redes sociais contra a interrupção da gravidez.

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O nome da menor de idade e o endereço do hospital onde o procedimento seria realizado foram divulgados. A ação mobilizou um grupo de religiosos que foi até o local para realizar ato contra o aborto e os profissionais envolvidos.

Em nota, o MP-ES reafirmou que a criança teve a privacidade violada, e os autores da divulgação dos dados devem ser responsabilizados."Todas as medidas para preservar e proteger a intimidade da criança estão sendo tomadas, sob pena de responsabilização", diz trecho do texto. "Por força da legislação da infância e juventude, casos que envolvem incapazes, crianças e adolescentes devem ser mantidos em total sigilo, cuja violação constitui ilícito civil e criminal", completa o Ministério Público.

A militante de extrema-direita Sara Fernanda Giromini, uma das pessoas a divulgar o nome e o endereço do hospital onde o procedimento seria realizado, chegou a ser convidada pela ministra Damares Alves para assumir a coordenação nacional de políticas à maternidade do MMFDH. A relação entre as duas justificaria a nota emitida pelo ministério de Damares para garantir que nada teve a ver com o caso. Giromini teve bloqueados acessos a redes sociais.

"Salienta-se que os técnicos do MMFDH não sabiam o nome da criança, nem o endereço da família. E que jamais tiveram contato com qualquer pessoa próxima da criança. A atuação do ministério limita-se ao relacionamento com as autoridades municipais durante o período de investigação", diz o texto oficial. E segue: "Esses cuidados evidenciam que este ministério não é responsável por qualquer vazamento de informação sigilosa em relação ao caso. O MMFDH respeita e age de acordo com a lei e sob os princípios da administração pública", diz.

O ministério afirma que acompanha de perto as investigações sobre o caso desde que houve o registro da denúncia de abuso sexual de menor pelo Disque 100.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Preso na madrugada desta terça-feira, 18, o acusado de ter estuprado e engravidado a sobrinha de 10 anos teria confessado o crime à polícia. A informação foi dada em entrevista coletiva pela Secretaria Estadual de Segurança Pública do Espírito Santo. De acordo com a polícia, o acusado teria admitido que abusou sexualmente com a sobrinha e teria se entregado por estar com medo de morrer. O homem, de 33 anos, estava escondido na casa de familiares em Betim, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

"Ele estava na casa de parentes. Com a repercussão do caso, ele fugiu de São Mateus. As equipes de investigação foram para a Bahia e fizeram uma diligência. A informação [que tínhamos] é de que ele foi para Nanuque e de lá para a região de Belo Horizonte, onde foi encontrado", explicou Ícaro Ruginsk, Superintendente de Polícia Regional do Norte do Espírito Santo. "Ele percebeu que não tinha condição de voltar e temendo pela integridade física, resolveu se entregar", afirmou.

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Em conversa com os policiais, vindo de Minas Gerais para o Espírito Santo, o homem teria admitido ter abusado sexualmente da sobrinha. "A alegação é de que desde 2019 ele estava tendo relações com ela. Ele disse também que era consentido. Mas não existe consentimento [de relação sexual] até os 14 anos. É considerado crime de estupro de vulnerável", explicou o superintendente. "Ele disse que tinha um relacionamento com ela, mas isso não justifica. Ela não tinha capacidade de discernimento", completou José Darcy Arruda, Delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo.

O suspeito teria dito que outros familiares também abusaram da criança e essa denúncia será analisada pela polícia durante a investigação. "Acreditamos que ele é o único autor dos abusos. Porém, as informações estão sendo apuradas", informou Ruginsk.

O Secretário Estadual de Segurança Pública, Alexandre Ramalho, disse que o suspeito foi preso em 2010, mas em 2014 conseguiu o benefício da "saidinha", em uma data comemorativa, e não retornou ao presídio em Linhares, no norte do Estado. Em 2015, ele foi recapturado, permanecendo preso até 2018, quando foi solto.

O estupro de vulnerável prevê pena de 8 a 15 anos de reclusão, a qual é aumentada para entre 10 e 20 anos no caso de lesão corporal grave. Além disso, ela é aumentada pela metade se o crime resultar em gravidez. O estupro é considerado crime hediondo.

A menina foi transferida de São Mateus, no norte do Espírito Santo, para o Recife, capital de Pernambuco, após decisão do juiz Antonio Moreira Fernandes, da Vara da Infância e da Juventude do município onde ela mora. A criança foi internada no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam-UPE). Foi no hospital que ela teve a gestação interrompida. O procedimento foi feito no domingo e finalizado na segunda-feira.

A Frente Parlamentar da Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) apresentou, nessa segunda-feira (17), uma notícia-crime contra a extremista Sara Fernanda Giromini pela divulgação de informações pessoais da criança de 10 anos que ficou grávida após ser estuprada pelo tio.

Os deputados distritais Fábio Felix (PSOL), Arlete Sampaio (PT) e Leandro Grass (Rede), que assinam o documento, dizem que Sara violou artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), segundo os quais é dever de todos zelar pelo respeito e pela dignidade dos menores e é proibida a divulgação de qualquer documento, ato, dado ou ilustração que permita a identificação de menores de idade. Por isso, pedem a abertura de uma investigação pela Delegacia de Proteção da Criança e do Adolescente do Distrito Federal e pela Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

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A divulgação de dados da vítima de estupro aconteceu no domingo (16), através das contas de Sara no Twitter, Instagram e YouTube. Na ocasião, a militante de extrema-direita publicou o primeiro nome da criança e o endereço do hospital que faria o procedimento para interromper a gravidez, previsto em lei. Ela também chamou o médico responsável pela unidade de 'aborteiro'. A postagem foi posteriormente apagada e, nesta terça (18), o YouTube tirou o canal da extremista do ar 'por violar os Termos de Serviço' da plataforma.

Após a divulgação, um grupo de religiosos organizou um protesto na frente da unidade de saúde e chegou a chamar a vítima menor de idade e o médico responsável pelo procedimento de 'assassinos'. Os manifestantes chegaram a formar uma barreira humana para tentar impedir a entrada do profissional no hospital.

"Em razão de sua conduta, no momento de realização do procedimento médico, houve aglomeração no local, o que, inequivocamente, provocou prejuízos aos direitos da personalidade da menina, além dos médicos e outros profissionais da saúde", argumentam os deputados no documento.

Os parlamentares pedem ainda a quebra de sigilo telefônico e digital da extremista para apurar se ela teve acesso aos dados da menina através do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, chefiado por Damares Alves, onde ocupou o cargo de coordenadora-geral de Atenção Integral à Gestante e à Maternidade.

Sara já é investigada em dois inquéritos, que apuram a disseminação de notícias falsas contra autoridades e o financiamento e organização de atos antidemocráticos, ambos em curso no Supremo Tribunal Federal. Em razão as investigações, extremista chegou a ficar presa temporariamente e agora é monitorada por tornozeleira eletrônica.

COM A PALAVRA, A EXTREMISTA SARA GIROMINI

A reportagem entrou em contato com a defesa da extremista e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestações.

COM A PALAVRA, O MINISTÉRIO DA MULHER, FAMÍLIA E DIREITOS HUMANOS

"O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) vem esclarecer a atuação desta pasta em relação ao caso da menina de 10 anos que engravidou após ser estuprada pelo tio, em São Mateus (ES).

Após registro de denúncia relacionada ao caso no Disque 100 (Disque Direitos Humanos), técnicos do ministério realizaram reunião virtual com membros do conselho tutelar e da secretaria de assistência social do município.

Durante o encontro, constataram, diante de diversos outros casos de violações de direitos de crianças e adolescentes na região, a necessidade de melhorar a rede de proteção local.

Em seguida, a Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA) e a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), ambas do MMFDH, enviaram técnicos para acompanhar, presencialmente, todos os desdobramentos desse e de outros casos, com o objetivo de tomar as medidas cabíveis.

Assim como ocorreu em ocasiões semelhantes, a exemplo dos casos do menino Rhuan, do abuso de adolescentes pela internet e da suspeita de abuso sexual em Sobral (CE), o MMFDH realizou reuniões com diferentes atores do sistema de garantia de direitos da infância.

Além de instrumentos para fortalecimento da rede de proteção local, os representantes do ministério ofereceram todo o apoio e suporte necessários às crianças vítimas de violência no município.

É importante destacar, também, que o MMFDH acompanha de perto diversas investigações para auxiliar na responsabilização do agressor pelo crime cometido, bem como para aperfeiçoar os mecanismos de proteção já existentes.

No caso específico da criança abusada, o ministério encaminhou ofícios à Polícia Federal e à Polícia Rodoviária Federal, para que auxiliassem na localização do criminoso.

Além disso, outras medidas estão sendo tomadas. Entretanto, por ora, preservaremos o sigilo, por se tratar de matéria relacionada aos direitos da criança e para não expor os procedimentos repressivos adotados pelas autoridades locais.

Salienta-se que os técnicos do MMFDH não sabiam o nome da criança, nem o endereço da família. E que jamais tiveram contato com qualquer pessoa próxima à criança. A atuação do ministério limita-se ao relacionamento com as autoridades municipais durante o período de investigação.

Esses cuidados evidenciam que este ministério não é responsável por qualquer vazamento de informação sigilosa em relação ao caso. O MMFDH respeita e age de acordo com a lei e sob os princípios da administração pública.

Lamentável que um caso tão triste tenha suscitado, desde o início da última semana, uma campanha desnecessária contra o envolvimento do ministério.

Utilizaram, de forma irresponsável, a dor de uma criança e de uma família em prol de bandeiras ideológicas que em nada contribuem para aperfeiçoar os mecanismos de proteção da infância."

A militante bolsonarista Sara Fernanda Giromini, a Sara Winter, usou as redes sociais para divulgar o primeiro nome de uma menina de 10 anos que engravidou após ser estuprada pelo próprio tio. Apesar de a publicação ter sido apagada depois, juristas afirmam ao Estadão que ela pode ter ferido ao menos quatro artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Código Penal.

A divulgação de dados da vítima de estupro aconteceu no domingo, 16, através da conta de Sara no Twitter. Na ocasião, a militante de extrema-direita publicou a identidade da criança e o endereço do hospital que faria o procedimento para interromper a gravidez, previsto em lei. Ela também chamou o médico responsável pela unidade de "aborteiro".

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Juristas afirmam que Sara Winter pode responder nas esferas criminal e cível por causa da exposição da menina. Para a advogada Cecilia Mello, ex-juíza federal e especialista em direito penal e administrativo, só do ECA ela poderia ser enquadrada em mais de um delito.

"O artigo 17 estabelece o direito ao respeito, que consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da identidade", explica a jurista. "Com base nesse dispositivo já se evidenciam, em tese, a irregularidade e o dano causados pela conduta adotada em relação à criança, abrindo espaço, em consequência, para eventual reparação."

A outra infração cometida seria ao § 1º do artigo 247, segundo avalia a especialista. A legislação proíbe exibir, total ou parcialmente, qualquer ilustração de criança ou adolescente, que se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de forma a permitir a identificação do jovem. A pena prevista é de multa de três a vinte salários - ou o dobro, em caso de reincidência.

Normalmente, o dispositivo serve para inibir exposição de pessoas com menos de 18 anos envolvidas em algum delito. Para Cecilia Mello, entretanto, ele também poderia ser aplicado ao caso da criança estuprada. "O tipo penal previsto, no meu entender, não pressupõe que tais imagens ou conteúdo sejam decorrentes de ato infracional imputado à criança ou adolescente, haja vista a expressão 'atos que lhe sejam atribuídos', ou seja, quaisquer atos", diz.

Ex-presidente da Comissão de Direitos Infantojuvenis da OAB-SP, o advogado Ricardo de Moraes Cabezón também avalia que houve violação da lei. "Obviamente, o que foi feito está na contramão do ECA: a preservação o nome se dá para que a gente não permita uma estigmatização futura da criança", afirma. "Em tese, a família poderia pedir não só o bloqueio da postagem como também, eventualmente, danos materiais e morais. Até porque se trata de um caso de aborto com previsão legal."

Código Penal

Mestre em Direito Processual Penal pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o advogado criminal Fernando Castelo Branco afirma que, em tese, Sara Winter também poderia responder por constrangimento ilegal e incitação de crime. Os delitos são previstos nos artigos 146 e 286, respectivamente, do Código Penal.

"O constrangimento teria sido gerado para os médicos, querendo proibi-los ou ameaçando-os a não fazer algo que a própria lei permite", explica o advogado. Neste caso, a pena prevista é de três meses a um ano de prisão.

Já a incitação, com pena de três a seis meses ou multa, seria por divulgar o nome do hospital e incentivar a pessoas a ir ao local impedir que o procedimento fosse realizado. "De que forma seria impedido esse aborto? Seria uma coação moral ou uma violência física", afirma.

Líder do movimento "300 do Brasil", Sara Winter já responde a inquérito sobre atos antidemocráticos contra o Supremo Tribunal Federal (STF), motivo pelo qual chegou a passar nove dias presa neste ano. Beneficiada por um habeas corpus, ela usa tornozeleira eletrônica desde junho.

Para Castelo Branco, a exposição da criança também poderia prejudicá-la em sua defesa no processo anterior. "Pode se complicar, porque há o aspecto subjetivo que acaba influenciando o julgador, o Ministério Público e a coletividade", afirma.

Durante sessão virtual realizada nesta segunda-feira (17), a vereadora Aline Mariano (PP) afirma que vai instaurar uma comissão para descobrir de onde vazaram as informações sobre a menina capixaba de 10 anos que estava no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) para realizar o aborto da gravidez de 22 semanas. A criança estaria sendo estuprada pelo tio desde os seus seis anos de vida, segundo apura a Polícia do Espírito Santo.

"É um absurdo a exposição ao qual essa criança está sendo submetida. Além de ter sido estuprada pelo próprio tio e ter uma gravidez de risco, uma multidão vai para a frente do Cisam para fazer manifestações que não ajudam em nada. Não estão pensando na criança. Querem fazer política com uma questão delicada para essa menina, para a família dela e tentaram desestabilizar a administração do Cisam. Vamos formalizar a criação de uma comissão para apurar e punir os responsáveis pelo vazamento das informações acerca desse caso", aponta Aline.

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A vereadora se colocou favorável ao cumprimento da legislação brasileira, que autorizou o abortamento da gravidez. "A gravidez foi interrompida com todo o profissionalismo reconhecido nacionalmente pelo Cisam e a garota está bem. A lei brasileira permite que um aborto seja realizado por meio do serviço público de saúde no caso de a gravidez ser resultado de um estupro, assim como em situação de risco para mãe ou de anencefalia. O hospital cumpriu a lei e não há o que discutir. Agora é cuidar dos danos psicológicos e físicos sofridos por essa criança e cobrar punição severa para o estuprador", salienta.

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A família da menina de 10 anos grávida após ter sido estuprada pelo tio foi pressionada por um grupo de religiosos para que não fizesse o aborto. O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) investiga o ocorrido. As conversas foram gravadas.

Uma das pessoas que foi até a casa da família da garota diz que "Deus permitiu" a gravidez, portanto o procedimento não deveria ser feito. Na conversa, as pessoas afirmam que o aborto seria doloroso e haveria risco para a menina. Eles dizem que colocariam uma equipe médica à disposição para levar a gravidez em frente.

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“A gente está aqui para oferecer essa ajuda. Só que essa voz, quem tem, quem pode ter peso é só a senhora. Então, se a senhora permitir, eu gostaria de colocar um áudio de uma médica para a senhora ouvir o risco que tem. Por exemplo, o procedimento que eles querem fazer é o quê? Induzir um parto normal. Tem que aplicar uma medicação na vagina dela, como se fosse um parto normal, sentir contrações, sentir dor”, diz uma das pessoas na gravação.

Um dos homens que visitou a avó da menina defende que o feto não tem culpa. A avó diz: "Mas ela vai gerar uma criança. Ela tem dez anos, é uma criança gerando outra criança". O homem responde: "Mas, se tem uma alma ali, foi Deus que colocou". Em seguida a avó questiona: "Deus permitiu uma barbaridade dessa?". "Permitiu", responde o visitante.

O grupo chega a citar a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, como se ela os apoiasse. “Inclusive eu conversei ontem com a assessora da ministra Damares, só para você saber o nível de informação que eu tenho. Olha onde chegou, à ministra Damares! Então a gente quer que a senhora use a voz que a senhora tem para defender esse bisneto da senhora”, pede um rapaz.

A Vara da Infância e Juventude de São Mateus vai abrir uma investigação sobre o caso. Os diálogos gravados já estão em posse do promotor Fagner Cristian Andrade Rodrigues. Foi ele quem solicitou à Justiça a autorização do aborto.

A menina de dez anos está bem após o primeiro dia do procedimento de aborto, informou o Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros da Universidade de Pernambuco (Cisam-UPE), no Recife, nesta segunda-feira (17). A criança engravidou do tio, que a violentava sexualmente desde que ela tinha seis anos.

Segundo a unidade de saúde, a criança começou a apresentar contrações uterinas nesta manhã. A equipe médica espera encerrar todo o procedimento ainda nesta segunda, com a expulsão dos vestígios do feto. 

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A data da alta vai depender do andamento do procedimento, segundo a unidade. O processo de expulsão dura de 12 a 24 horas.

O aborto da menina foi marcado por muita confusão em frente ao Cisam-UPE no domingo (16). Ela foi transferida de Vitória-ES para o Recife após ter o atendimento negado em seu estado natal. 

Apesar do caso seguir sob sigilo, o paradeiro da menina foi revelado. Uma das pessoas responsáveis por isso foi a ativista bolsonarista Sara Giromini, a Sara Winter, que divulgou o nome da criança e o endereço do centro de saúde.

Grupos católicos e evangélicos se concentraram em frente ao Cisam-UPE para protestar contra o aborto legal. Estiveram no local para apoiar a manifestação os deputados estaduais Clarissa Tércio (PSC), Joel da Harpa (PP), Cleiton Collins (PP) e Alberto Feitosa (PSC), os vereadores Renato Antunes (PSC) e Michelle Collins (PP) e a ex-deputada Terezinha Nunes (MDB). Os manifestantes chamaram de assassino o obstetra responsável pelo procedimento.

Pessoas contrárias ao protesto estiveram no local e houve discussão e bate-boca. O hospital solicitou reforço policial para impedir uma invasão da unidade.

A gravidez da criança foi descoberta após ela dar entrada no Hospital Estadual Roberto Silvares, em São Mateus-ES, em 8 de agosto, se sentindo mal. O tio acusado por ela fugiu após a descoberta da gestação.

Vítima de vários estupros desde os seis anos de vida, uma criança, que hoje está com 10 anos de idade, descobriu que está grávida. O seu tio, principal suspeito, conseguiu fugir e a menor foi levada pelo Conselho Tutelar para um abrigo. A discussão agora é sobre a gestação e a Ordem dos Advogados do Brasil defende o direito legal do aborto. O caso aconteceu em São Mateus, Espírito Santo.

A interrupção da gravidez está nas mãos da Justiça. Segundo o jornal 'O Globo', o Juízo da Infância e da Juventude da Comarca de São Mateus afirma que a vítima está recebendo acompanhamento médico, psicológico e social. Além disso, afirma que o Juízo está considerando todas as hipóteses constitucionais legais "para o melhor interesse da criança. Este órgão se pauta estritamente no rigoroso e técnico cumprimento da legislação", afirma.

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O Juízo completa dizendo que questões religiosas, filosóficas, morais, ou de qualquer outro tipo não serão peso para a determinação do que deve ser feito com a gestação da criança.

O presidente da OAB-ES, José Carlos Rizk Filho, explica que do ponto de vista da lei, existe um duplo requisito para o aborto legal. "Além de ter sido estupro, gera risco para a vida da grávida. Então, entendemos que está muito legitimada a prática do aborto, para que se preserve a vítima. Não vejo nenhuma instância de restrição", afirmou José Carlos ao jornal.

O presidente garante que já solicitou às autoridades competentes o acesso aos documentos para acompanhar o caso e ficar ao lado da vítima. 

A Justiça do Espírito Santo ainda analisa a possibilidade de interromper a gestação de uma menina de dez anos que foi estuprada pelo tio na cidade de São Mateus. A criança está no terceiro mês de gravidez.

De acordo com a Secretária Municipal de Assistência Social, Marinalva Broeldel a decisão não depende apenas de decisão médica, mas de posicionamento do judiciário. Em entrevista ao jornal A Gazeta, a secretária disse que não podia tomar decisão precipitada.

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O aborto no Brasil é permitido quando existe risco se vida para a gestante e quando é fruto de estupro. A criança se enquadra nas duas situações. 

Em sua conta no Instagram, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, disse que o caso está sendo acompanhado pela Secretaria Nacional dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes e pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos. Ela ressalta que foram feitas reuniões com o Conselho tutelar, é autoridades e contato com familiares.

Segundo Alves, a comitiva ficou chocada ao descobrir que há outros casos de meninas grávidas vítimas de estupro na cidade. Eles identificam uma menina grávida de dez anos, duas de 13 anos e uma de 11 anos que deu à luz há menos de um mês. "Vamos acompanhar todos os casos. Queremos ver os estupradores condenados e presos", disse a ministra sem comentar o aborto.

A criança de dez anos era abusada pelo parente desde os seis. Ela está em um abrigo público, onde recebe apoio psicólogico. O tio foi indiciado por ameaça e estupro de vulnerável, mas está foragido. 

Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil

Um homem foi preso com maconha embalada em papel de presente na BR-262 em Ibatiba-ES. O suspeito ainda fugiu, mas foi preso após bater o carro.

O motorista recebeu ordem de parada, fingiu que ia estacionar, mas arrancou com o carro. Ele foi perseguido, bateu em um carro e tentou se esconder em um matagal. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), durante a perseguição, o suspeito fez manobras perigosas, ultrapassou local proibido e caminhão em curva. 

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Após ser preso, ele disse à polícia que vinha de Minas Gerais e entregaria a droga em Vitória-ES. Foram apreendidos 35 kg de maconha divididos em 34 tabletes. O carro, que era roubado, também foi apreendido.

A técnica de enfermagem Alane Rodrigues Jardim, de 59 anos, trabalhava na Unidade Básica de Saúde de Amarelos, no interior de Guarapari, na região metropolitana de Vitória. Em meados de junho, foi infectada pelo novo coronavírus. Cerca de 20 dias depois,morreu em um hospital particular da Serra. "Senti vários sintomas da doença, mas não fiz o teste. Como convivia com a minha mãe, posso ter pegado a doença", relatou a filha Aline Jardim, de 30 anos.

Alane faz parte dos 60.009 capixabas que foram contaminados pela covid-19 no Estado e é um das 1.929 pessoas mortas por causa da doença. A cada dia que passa, o vírus avança pelo Espírito Santo. E os dados estaduais, no comparativo com os vizinhos do Sudeste, estão acima da média regional.

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Segundo o Ministério da Saúde, a região tem 604.912 casos confirmados de Covid-19, média de 685 a cada 100 mil habitantes. No Espírito Santo, entretanto, esse número mais que dobra: 1.493 infectados a cada 100 mil capixabas.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) explica que este número decorre da quantidade de testes rápidos e RT-PCR realizados no Estado: 129.306 (3.217 testes a cada 100 mil capixabas). "Também foi feita uma força-tarefa para notificar os casos testados em laboratórios particulares", reforçou a infectologista Rúbia Miossi.

Analisando o número de vítimas, percebe-se que o Espírito Santo está acima da média regional. São 48 mortes a cada 100 mil habitantes, ante 36 em todo o Sudeste. A pandemia está em diferentes estágios dentro do território. A cada 100 mil habitantes, são 67 óbitos na Região Metropolitana e 29 no interior.

A rede de saúde tem conseguido absorver a demanda. Dos 702 leitos de UTI disponíveis para a Covid-19 no Estado, 566 estão ocupados (80,63%).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dois homens, de 25 e 23 anos, foram presos por tráfico de drogas em Vila Velha-ES. Segundo a Polícia Civil, a dupla fazia delivery de droga, usando, inclusive, uma bolsa para entregas.

"Os dois estavam vendendo os entorpecentes em um esquema de delivery. Durante buscas na residência, encontramos, aproximadamente, dois quilos de maconha, balanças de precisão e material para embalo dos entorpecentes", relatou o delegado Romualdo Gianordoli, chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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Os suspeitos tentaram fugir quando a polícia chegou ao local. Eles pularam do terceiro andar e correram pelos telhados. "Um se desequilibrou e caiu de grande altura, sendo preso. O outro foi localizado mais a frente, com o tornozelo quebrado na desastrosa tentativa de fuga. Chegamos à conclusão que o desespero deles não foi ocasionado pela quantidade da droga apreendida na casa, mas sim porque o detido de 25 anos tinha dois mandados de prisão em aberto por homicídios ocorridos em Vila Velha. Já o outro também possui mandado de prisão preventiva por um homicídio no município de Serra", afirmou o delegado.

A dupla foi autuada em flagrante por tráfico de drogas, associação para o tráfico, posse irregular de munição e uso de documento falso. Eles foram encaminhados para um hospital e, após alta, devem seguir para uma unidade prisional.

Com informações da assessoria

O inspetor ferroviário Erlan Delunardo Ferri, de 30 anos, fez uma surpresa e pediu a companheira em casamento ao deixar a UTI de hospital em Vila Velha-ES na segunda-feira (22). Ele passou 14 dias internado para tratamento da Covid-19.

Ao deixar o hospital em cadeira de rodas, o inspetor trouxe um cartaz com a frase "Quer casar comigo???" e alianças que estavam escondidas por baixo da roupa.  

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"Temos 10 anos juntos, sendo seis de namoro e quatro de união estável e sempre fui apaixonado por ela, ela é o amor da minha vida. No dia que fui para o hospital, deixei meu coração com ela pra ela cuidar bem e prometi pra mim mesmo que iria fazer de tudo para retornar e ter ele bem cuidado. Eu a amo incondicionalmente", disse.

Erlan teve uma embolia pulmonar severa, que comprometeu 90% do pulmão, e uma pneumonia, mas se recuperou da Covid-19 sem sequelas. O casal aguarda o fim da pandemia para escolher a data do casamento.

Moradores do Espírito Santo resolveram viver perigosamente neste sábado (6). Mesmo após o estado registrar 1.586 casos confirmados do novo coronavírus e 53 mortes em 24 horas, muitos capixabas optaram por ir às praias durante a manhã deste fim de semana. Praias de Itaparica, Itapoã e Praia da Costa, em Vila Velha  e a Curva da Jurema, em Vitória registraram um fluxo moderado de pessoas fazendo exercícios no calçadão ou tomando sol na areia.

Na última sexta-feira (5), o governador Renato Casagrande (PSB) voltou a pedir que as pessoas fiquem em casa e desabafou a respeito da grande quantidade de moradores da região que estão ignorando as medidas de isolamento social. Para os especialistas em saúde o ideal para combater o novo coronavírus é o isolamento de, pelo menos, 70% das pessoas. Porém, no Espírito Santo, o percentual de pessoas em casa ainda segue na faixa 45,9%, registrado na última quinta-feira (4).

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Segundo o presidente do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), durante os finais de semana os dados de isolamento teriam se aproximando do ideal, passando de 50%. Para conseguir parar o crescimento da curva, as autoridades do estado dizem que é preciso contar com a colaboração do capixaba.

Após o governo do Espírito Santo ignorar manifestações do Ministério Público Federal, procuradores levaram à Justiça processo contra o Estado pela suspensão de cultos e rituais religiosos durante a pandemia do novo coronavírus. A medida afirma que a permissão para a realização destes eventos pode prejudicar o combate à covid-19.

Os procuradores afirmam que a realização de cultos, missas e demais rituais religiosos e a consequente aglomeração de pessoas em um único espaço vai na contra-mão de medidas estabelecidas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde. A Procuradoria cita o exemplo da Coreia do Sul, país em que a disseminação do novo coronavírus está ligada a um grupo religioso.

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No país asiático, a Igreja de Jesus de Shincheonji está ligada a pelo menos 5.016 casos confirmados de covid-19, o que representa cerca de 60% do total de casos em toda a Coreia do Sul.

"Não é de se surpreender que a realização de cultos religiosos neste período seja fator de proliferação da covid-19, havendo notícias que uma das vítimas fatais da doença neste Estado participou de celebrações religiosas dentro do período de incubação do vírus, circunstância que resultou na contaminação de outros frequentadores do culto", aponta o MPF.

A Procuradoria destacou que havia enviado, semanas antes, recomendações ao governo do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), recomendando que suspendesse a realização de eventos religiosos no Estado durante o período de quarentena. A manifestação, contudo, foi ignorada.

Segundo os procuradores, o governo "não apenas quedou-se inerte, como adotou providências contrárias" ao pedido, liberando cultos e missas no Estado.

"Não se almeja aqui um impedimento ao livre exercício da liberdade religiosa, mas, sim, que o exercício de tal direito não acabe por fulminar a vida, a integridade física e a saúde física e mental dos seus próprios praticantes", afirmaram os procuradores.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), decretou situação de emergência na saúde pública por causa do coronavírus. O decreto foi publicado no Diário Oficial desta segunda-feira (16). O decreto estabelece uma série de medidas sanitárias e administrativas para a prevenção, controle e contenção de riscos decorrentes do surto de coronavírus.

Com o decreto, o Estado poderá "estabelecer isolamento; quarentena; exames médicos; testes laboratoriais; coleta de amostras clínicas; vacinação e outras medidas profiláticas; tratamentos médicos específicos; estudo ou investigação epidemiológica; exumação, necropsia, cremação e manejo de cadáver; e campanha de comunicação para utilidade pública", informou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em nota.

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"Esse decreto nos permite ainda tomar medidas de requisição de espaço, de serviço e fazer pagamento de indenização a posteriori, se necessário", complementou Casagrande, em entrevista coletiva.

Ainda de acordo com o governador, serão disponibilizados 120 leitos nas cidades de Vila Velha, Serra e Cariacica, para atender pacientes com coronavírus. Até agora, segundo a Sesa, quatro pessoas foram diagnosticadas com a doença no Estado: três na Grande Vitória e uma em Linhares, no norte do Estado.

Municípios também decretam situação de emergência 

Vitória, capital do Espírito Santo, e Cariacica também decretaram situação de emergência em saúde pública, com as mesmas características do decreto estadual.

Já Linhares, Sooretama e São Mateus, no norte do Estado, suspenderam as aulas nesta semana. Em Vitória, a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) afirmou que não haverá suspensão de aulas. Faculdades particulares estão avaliando se mantêm ou não as atividades.

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