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Em comemoração ao Dia Internacional da Ética, as unidades da UNINASSAU realizam programação com o tema “Ética na Profissão”. Serão debates, rodas de conversa e palestras que abordarão o tema com estudantes e egressos das Instituições. As atividades acontecerão no dia 26 de fevereiro.

O objetivo do ciclo é fazer com que os participantes reflitam e debatam o tema, abordando também questões polêmicas que remetam à discussão sobre a ética no ambiente profissional. Por isso, estão convidados a participar não apenas os alunos, mas também os egressos das Instituições, que poderão falar sobre a experiência vivida na profissão escolhida.

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O coordenador de Responsabilidade Social da UNINASSAU, Sergio Murilo, destaca a importância do debate em torno do tema. “Estamos vivendo um momento de crescimento de atitudes antiéticas e desconstrução de valores morais. Sabendo que a educação é a principal chave para reduzir estes problemas, queremos levar nossos alunos a refletir sobre algumas atitudes tomadas no ambiente profissional”, destaca.

Para conferir outras informações sobre o evento, os interessados devem procurar a coordenação dos cursos para conferir a programação planejada pela respectiva unidade.

*Da assessoria

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A União Espírita Paraense (UEP) realizou na noite de sábado (9) uma plenária sobre ética e política na sociedade brasileira que foi desdobrada em três pontos: diversidades, diferenças e divergências. O evento contou com a participação dos expositores Eliane Moreira, Reinaldo Pontes e Luís Cláudio, que abordaram situações das mais amplas até as mais específicas. O evento foi dividido em três momentos, exposição de pontos gerais, perguntas dos internautas e perguntas da plateia, e foi transmitido via YouTube e no perfil da UEP.

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O primeiro momento iniciou-se com uma explanação de Reinaldo Pontes, palestrante espírita e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), sobre a história da política. Ele explicou, utilizando-se de conceitos acadêmicos e espíritas, como as interações foram se modificando e evoluindo com o passar do tempo, passando pelos pontos de ordenamento social, paradigmas da força, paradigma das armas, até chegar ao ponto mais recente de valorização do diálogo. "Eu quero lembrar que o processo político nasce do relacionamento entre as pessoas, porém mais do que o relacionamento genérico, nasce da necessidade de ordenamento da sociedade", disse. "As formações políticas da sociedade começaram quando a força determinava quem ia controlar o poder, quem ia dizer como a sociedade ia ser ordenada, a lei, a ordem e a justiça."

Eliane Moreira, espírita e promotora de Justiça, propôs reflexões sobre visões simplistas relacionadas com o meio ambiente, responsabilidade no descarte de resíduos, reencarnação na Amazônia e decisões individuais e coletivas. Também chamou a atenção para a necessidade de observar e entender sociedades tradicionais da Amazônia. “Somos chamados a ter uma ética que se relaciona com o nosso comportamento, com as nossas escolhas pessoais e coletivas; e que nos leva a repensar os nossos hábitos. Repensar os nossos hábitos significa que nós precisamos mudar desde o nosso microcosmo, repensando até mesmo o que é meio ambiente e o nosso agir coletivo”, apontou. “Eu consigo hoje pegar uma pilha e jogar no lixo comum?”, indagou. “O André Trigueiro (jornalista da TV Globo) fala uma coisa muito interessante: não existe fora, tudo é um planeta só. É aqui. Não tem para onde jogar fora”, aludiu Eliane.  

Ao falar sobre o espiritismo, Eliane Moreira ressaltou a importância do autoconhecimento e reflexão sobre as próprias ações durante análise dos comportamentos sociais. “O Movimento Espírita tem um potencial muito grande de auxiliar nesse momento. A Doutrina Espírita é uma grande ferramenta para que alcancemos essa evolução. Mas ainda precisamos trabalhar na nossa educação, na nossa mudança de hábitos”, explicou a promotora.

O palestrante Luís Cláudio declarou que a mensagem de Jesus Cristo deve auxiliar na supressão de barreiras que podem surgir na vida. “A ética é a do Cristo e por meio da vivência do evangelho é que nós estaremos cumprindo realmente o papel de espíritas. Na nossa sociedade, se nós agirmos de forma diferente de que o Cristo agiria, nós estaríamos sendo anti-éticos”, esclareceu.

Reinaldo Pontes frisou a necessidade de aplicação do conhecimento espírita ao cotidiano, para dessa maneira não restringir as boas práticas aos grupos de estudo. “A doutrina espírita não é uma doutrina de contemplação; é uma doutrina de ação. Quando nós trazemos a doutrina para a realidade, ela nos ilumina. É importante não deixar a doutrina espírita se estagnar nos livros e nas práticas religiosas. Mas é trazer para a sociedade as posturas e compreensões espíritas”, pontuou.

Stela Pojuci, ouvinte, professora e mestra em História,  disse estar muito satisfeita com o conteúdo e abordagem utilizados pelos expositores. “Os três companheiros foram excelentes, doutrinariamente corretos, ancorados com a ciência da época e extremamente fraternos. Além das abordagens, as respostas foram maravilhosas. Gostei demais”, disse Stela Pojuci. “Sempre ficamos com pena de quem não vem”, acrescentou.

A roda de conversa foi uma prévia do que será debatido no EIMEP 2019, quadragésima primeira edição do encontro, que ocorrerá na UNAMA Ananindeua nos dias 2, 3, 4 e 5 de março.

Por Wesley Lima.

 

 

 

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A União Espírita Paraense (UEP) realizou na noite de sábado (9) uma plenária sobre ética e política na sociedade brasileira que foi desdobrada em três pontos: diversidades, diferenças e divergências. O evento contou com a participação dos expositores Eliane Moreira, Reinaldo Pontes e Luís Cláudio, que abordaram situações das mais amplas até as mais específicas. O evento foi dividido em três momentos, exposição de pontos gerais, perguntas dos internautas e perguntas da plateia, e foi transmitido via YouTube e no perfil da UEP.

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O primeiro momento iniciou-se com uma explanação de Reinaldo Pontes, palestrante espírita e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), sobre a história da política. Ele explicou, utilizando-se de conceitos acadêmicos e espíritas, como as interações foram se modificando e evoluindo com o passar do tempo, passando pelos pontos de ordenamento social, paradigmas da força, paradigma das armas, até chegar ao ponto mais recente de valorização do diálogo. "Eu quero lembrar que o processo político nasce do relacionamento entre as pessoas, porém mais do que o relacionamento genérico, nasce da necessidade de ordenamento da sociedade", disse. "As formações políticas da sociedade começaram quando a força determinava quem ia controlar o poder, quem ia dizer como a sociedade ia ser ordenada, a lei, a ordem e a justiça."

Eliane Moreira, espírita e promotora de Justiça, propôs reflexões sobre visões simplistas relacionadas com o meio ambiente, responsabilidade no descarte de resíduos, reencarnação na Amazônia e decisões individuais e coletivas. Também chamou a atenção para a necessidade de observar e entender sociedades tradicionais da Amazônia. “Somos chamados a ter uma ética que se relaciona com o nosso comportamento, com as nossas escolhas pessoais e coletivas; e que nos leva a repensar os nossos hábitos. Repensar os nossos hábitos significa que nós precisamos mudar desde o nosso microcosmo, repensando até mesmo o que é meio ambiente e o nosso agir coletivo”, apontou. “Eu consigo hoje pegar uma pilha e jogar no lixo comum?”, indagou. “O André Trigueiro (jornalista da TV Globo) fala uma coisa muito interessante: não existe fora, tudo é um planeta só. É aqui. Não tem para onde jogar fora”, aludiu Eliane.  

Ao falar sobre o espiritismo, Eliane Moreira ressaltou a importância do autoconhecimento e reflexão sobre as próprias ações durante análise dos comportamentos sociais. “O Movimento Espírita tem um potencial muito grande de auxiliar nesse momento. A Doutrina Espírita é uma grande ferramenta para que alcancemos essa evolução. Mas ainda precisamos trabalhar na nossa educação, na nossa mudança de hábitos”, explicou a promotora.

O palestrante Luís Cláudio declarou que a mensagem de Jesus Cristo deve auxiliar na supressão de barreiras que podem surgir na vida. “A ética é a do Cristo e por meio da vivência do evangelho é que nós estaremos cumprindo realmente o papel de espíritas. Na nossa sociedade, se nós agirmos de forma diferente de que o Cristo agiria, nós estaríamos sendo anti-éticos”, esclareceu.

Reinaldo Pontes frisou a necessidade de aplicação do conhecimento espírita ao cotidiano, para dessa maneira não restringir as boas práticas aos grupos de estudo. “A doutrina espírita não é uma doutrina de contemplação; é uma doutrina de ação. Quando nós trazemos a doutrina para a realidade, ela nos ilumina. É importante não deixar a doutrina espírita se estagnar nos livros e nas práticas religiosas. Mas é trazer para a sociedade as posturas e compreensões espíritas”, pontuou.

Stela Pojuci, ouvinte, professora e mestra em História,  disse estar muito satisfeita com o conteúdo e abordagem utilizados pelos expositores. “Os três companheiros foram excelentes, doutrinariamente corretos, ancorados com a ciência da época e extremamente fraternos. Além das abordagens, as respostas foram maravilhosas. Gostei demais”, disse Stela Pojuci. “Sempre ficamos com pena de quem não vem”, acrescentou.

A roda de conversa foi uma prévia do que será debatido no EIMEP 2019, quadragésima primeira edição do encontro, que ocorrerá na UNAMA Ananindeua nos dias 2, 3, 4 e 5 de março.

Por Wesley Lima.

 

 

 

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A reitora da UNAMA - Universidade da Amazônia, Betânia Fidalgo, ministrou palestra no evento Pará Negócios, realizado no Hangar Centro de Convenções, em Belém. O tema foi "Ética e educação nos valores construtores de humanização".

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Betânia Fidalgo falou sobre a relevância dos princípios da ética e da moral e mostrou as suas diferenças. “Os valores são construídos pela predisposição do ser humano de ser ético e a gente vai conseguir chegar até a formação do professor, até o aluno na escola, até a construção dessa outra sociedade muito mais ética a partir dos entendimentos biológicos desse ser humano”, ressaltou.

A palestra contou com participação de professores e pedagogos, que se identificaram com o tema abordado, pois é o que elas passam diariamente em sala de aula, já que há alunos com dificuldades motoras, pedagógicas e psicológicas. “A gente lida com a realidade em sala de aula constantemente. Isso implica muito na nossa prática no sentido da diversidade que recebemos em sala de aula”, explicou a pedagoga Cibelly Melo.

A coordenadora Giselle Wanszeller relembra que foi aluna da professora Betânia e diz que a ética é fundamental no dia a dia de todos, não só em sala de aula, o que é muito importante, mas fora de sala também a realidade pode ser mudada, pois a sala de aula é uma extensão de casa. “A escola é sim formadora, mas não podemos esquecer que se temos 30 alunos, nós temos 30 famílias, 30 crianças que pensam diferentes. O nosso papel é desafiador enquanto educador”, disse.

 

 

O programa Globalizando desta semana fala sobre "Filosofia para compreender o mundo". O convidado é o professor Edson Noronha, que possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Pará (UFPA, 1999), onde atualmente é professor efetivo. Tem experiência na área de filosofia, com ênfase em ética, atuando principalmente nos seguintes temas: existencialismo, fenomenologia, Nietzsche, moral e Santo Agostinho.

Acompanhe esse e outros temas no programa Globalizando, na Rádio Unama FM 105.5, produzido pelos alunos do curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia (Unama). Clique no ícone abaixo para ouvir o Globalizando.

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O Paris Saint-Germain paga um bônus de ética a seus jogadores, que incluem não criticar seus treinadores e aplaudir a torcida ao fim dos jogos. E, sem surpresas, o craque brasileiro Neymar é o atleta mais bem pago pelos gestos de fair-play, recebendo R$ 1,59 milhão por mês pelo bom comportamento. Em suas redes sociais, o jogador afirmou mais uma vez ter sido vítima de "fake news", mas o próprio PSG confirmou o bônus por ética em nota enviada à imprensa.

As revelações foram feitas pelo jornal digital Médiapart e pela rede France Télévisions, com base em documentos oficiais obtidos pelo Football Leaks. O montante recebido por Neymar é o mais elevado, mas ele não o único do PSG. O bônus de ética também beneficia jogadores como o astro francês Kylian Mbappé, com R$ 498 mil por mês, o lateral-direito brasileiro Daniel Alves e os atacantes Angel Di María e Edinson Cavani, com R$ 300 mil mensais, e ainda o zagueiro brasileiro Thiago Silva, com R$ 140,5 mil.

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A notícia causou escândalo em Paris, mas não se trata de prática isolada do PSG. O pagamento de bônus éticos se tornaram um expediente corrente no mundo do futebol na Europa nos últimos anos. O objetivo é permitir ao clube ter uma parte de remuneração variável, da ordem de 20% dos salários, que possam ser usadas para multas administrativas impostas em caso de mau comportamento.

Outros exemplos são críticas frontais e abertas ao próprio treinador do clube, a outros jogadores, ao adversário e ainda ao árbitro. Além disso, faz parte do bônus chegar aos treinos no horário marcado e não apostar em competições nas quais o clube esteja envolvido - uma forma de evitar conflitos de interesses. O PSG confirmou todas essas cláusulas contratuais.

A supressão do bônus foi um mecanismo utilizado pelo PSG, por exemplo, para punir o volante Marco Verratti em outubro passado, quando foi flagrado pela polícia dirigindo um automóvel em estado de embriaguez.

Para o agente Christophe Hutteau, a parte variável do salário de Neymar - equivalente a 15% do total - e dos demais atletas e a política do PSG não têm nada de excepcional. A própria Federação Francesa de Futebol (FFF, na sigla em francês) adota desde 2013 um sistema semelhante, chamada de Carta dos Azuis. "Trata-se de um procedimento que começou há algum tempo e que permite que o clube tenha alguma forma de punir seus contratados em caso de mal comportamento e atrasos em série", afirmou.

Segundo o agente, essa prática foi estabelecida porque o estatuto dos atletas profissionais barrava que parte dos salários fixo fosse confiscada em caso de mau comportamento.

Além do bônus, os documentos do Football Leaks permitiram saber mais sobre a remuneração de Neymar, o mais bem pago do clube. Seu salário será incrementado, por exemplo, por R$ 8,4 milhões caso ele esteja entre os três melhores jogadores do mundo na Bola de Ouro. Neymar classificou as revelações como "fake news", contrariando as informações do próprio Paris Saint-Germain.

Desde que os documentos do Football Leaks foram divulgados, o PSG vem sendo atingido em cheio. As primeiras revelações foram sobre as relações entre seus dirigentes e os da Uefa e da Fifa. Ainda nessa semana, outra investigação mostrou que funcionários incluíam critérios raciais na seleção de jovens para as categorias de base. O clube negou envolvimento e se disse surpreso pela informação. Já a ministra do Esporte da França anunciou a abertura de uma investigação sobre o caso.

Candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB) disse, nesta terça-feira (4), que os problemas do Brasil não serão resolvidos no "grito, na bala, no berro". Fazendo referências indiretas aos seus adversários, o tucano defendeu a realização de reformas para estabilizar o desenvolvimento do país.

"O Brasil não vai mudar no grito, na bala, no berro. Só vai mudar com reformas. E, para isso, é preciso ter maioria no Congresso", salientou, ao justificar, durante sabatina ao G1 com trechos publicados na conta dele no Twitter, porque fez coligação com partidos do Centrão, considerados conservadores e de onde  são filiados diversos investigados na Lava Jato. 

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Ainda abordando o envolvimento de políticos dos partidos aliados e até mesmo do PSDB com corrupção, Alckmin foi incisivo, disse que não faria campanha com o senador Aécio Neves (PSDB) e alfinetou o PT. “Nós não passamos a mão na cabeça de ninguém, nem vamos para a frente de penitenciária para transformar condenado em vítima”, ironizou.

Quanto montagem do seu governo, a partir da coligação formada, o candidato disse que vai seguir um rigor ético, caso seja eleito, para montar o primeiro escalão federal.  “Não basta ser ficha limpa, tem que ser vida limpa. Vamos montar ministério com esse padrão de rigor ético. Transparência total: homem público tem que prestar contas todo dia. Daremos todo apoio à Lava Jato, à Polícia Federal e ao Ministério Público”, declarou.

Insatisfação é uma palavra que tem estado no vocabulário brasileiro por um tempo talvez longo demais. Escândalos de corrupção, medidas econômicas polêmicas e a escalada da violência nas cidades vêm fazendo com que muitos percam aquele “orgulho de ser brasileiro” que tanto  enchia os nossos olhos. Há razões para acreditar no futuro melhor? Sempre há. Mas a realidade nos faz pensar o contrário cada vez mais.

É clara a insatisfação com a política nacional. Não escapa ninguém. Sejam da situação ou oposição, os políticos são alvos constantes de críticas – e alguns acabam pagando pelos pecados  de outros. Sejamos francos: é difícil não falar mal da classe política frente a todos os escândalos que vemos diariamente nos noticiários. A impressão é que eles passam mais tempo se defendendo de acusações do que fazendo seu trabalho – aquilo para que foram eleitos, ou seja, cuidar dos interesses da população. O próprio governo de Michel Temer amarga níveis baixíssimos de popularidade e aprovação, com algumas medidas impopulares que não parecem estar produzindo os resultados esperados.

Muito se fala da falta de identidade dos partidos políticos, e até mesmo do crescente número deles – a cada momento vemos surgir uma nova sigla ou, mais recentemente, denominações com palavras. Não se sabe mais, no entanto, se os novos grupos surgem para representar demandas de partes da sociedade ou simplesmente para dar voz aos interesses dos próprios membros. Parece que a ideologia política passou a ser cada vez menos importante, o que aumenta a sensação de distanciamento entre representantes e representados.

O aumento astronômico da violência também é algo que assusta e causa indignação. Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte foram os estados que mais tem sofrido com esse fato, mas a situação é generalizada. A intervenção militar na capital fluminense, embora tenha sido autorizada com foco no combate ao tráfico organizado, tem recebido duras críticas da população local por possíveis excessos cometidos pelas tropas, principalmente nas favelas. O brutal assassinato da vereadora carioca Marielle Franco  de seu motorista Anderson Gomes chocou profundamente a todos. Ela que lutava pelos direitos de todos foi claramente silenciada. As investigações prosseguem e nenhum culpado foi encontrado até agora. Um crime como esse ficar sem solução só faz crescer a descrença e revolta na população.

O princípio básico da democracia é primar pelo bem comum e pela igualdade econômica, política e social. Democracia não se sustenta sem diálogo. Assim, os anseios da população precisam ser ouvidos. As dificuldades pelas quais passamos atualmente, tanto na política, quanto no meio social não irão acabar com nosso país, mas também não podemos deixar que as forças que tentam a todo custo fazer o Brasil retroceder se fortaleçam. A mudança começa em cada um de nós, por meio da consciência e da cobrança efetiva aos que nos representam na política. Devemos exigir não apenas uma política mais justa, mas precisamos trabalhar por uma sociedade mais ética.

A congregação católica Irmãos da Caridade, na Bélgica, anunciou nesta terça-feira que mantém sua "declaração de ética" autorizando o recurso à eutanásia nos estabelecimentos de saúde que administra no país, apesar da oposição do Vaticano.

"Esta declaração de ética foi redigida em conformidade com o pensamento cristão que aplicamos em nossa organização. Para estes efeitos, sempre temos em conta as mudanças e a evolução da nossa sociedade", justificou em um comunicado a congregação, com sede em Gante, no norte do país.

Três religiosos membros de seu conselho de administração (integrado essencialmente por laicos) estão no banco dos réus devido a esta tomada de posição, expressada na primavera (boreal) passada.

Eles estão ameaçados de exclusão da Igreja católica, visto que "se deve um respeito absoluto à vida", indicou no último 10 de agosto à AFP um responsável da congregação, René Stockman, que vive em Roma.

No centro do litígio, que foi o motivo de uma reunião do conselho de administração na noite de segunda-feira, figura um recente regulamento interno que permite aos médicos praticarem a eutanásia, considerada "um ato médico", nos 15 hospitais psiquiátricos administrados pelos religiosos.

Antes de aprovar este regulamento, a congregação de direito pontifício enviava a outros estabelecimentos os pacientes que tinham obtido uma autorização de eutanásia do Estado belga.

Na Bélgica, a eutanásia foi descriminalizada para os idosos em virtude de uma lei de 2002. A possibilidade de recorrer à mesma foi estendida aos menores em 2014, embora cada caso requeira um estudo rigoroso.

Em seu comunicado, "Declaração ética concernente à eutanásia e ao sofrimento psicológico em fase não terminal", os Irmãos da Caridade detalham que "o pessoal de nossos estabelecimentos respeita a liberdade dos médicos de praticar ou não a eutanásia, assim como a liberdade do resto do pessoal clínico de participar ou não neste procedimento".

"A liberdade está também consagrada pela lei", acrescentam. O Vaticano "levantou uma questão completamente pessoal e individual" aos três religiosos acusados.

E "as decisões" que eles tomaram depois de serem acusados não devem "ser debatidas pelos meios de comunicação", indica o comunicado.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou uma carta para as igrejas católicas de todo o país convidando os católicos a reservarem o dia 7 de setembro para oração e jejum pela “realidade econômica, política e ética que vem acompanhada de violência e desesperança”. 

No documento, o colegiado dos líderes religiosos diz que “vivemos um momento difícil e de apreensão no Brasil”. De acordo com o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, o ‘Dia de Oração e Jejum’ é uma oportunidade para que os cristãos ‘que querem um Brasil melhor, mais fraterno e não dividido’ se unam.

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“Nós estamos necessitados de um novo Brasil, mais ético; de uma política mais transparente. Nós não podemos chegar a um impasse de acharmos que a política pode ser dispensada. A política é muito importante, mas do modo do comportamento de muitos políticos, ela está sendo muito rejeitada dentro do Brasil. Nós esperamos que esse dia de jejum e oração ajude a refletir essa questão em maior profundidade”, declarou.

Esta não é a primeira vez que a CNBB se manifesta sobre o cenário político do país. O colegiado já se colocou contrário a reforma trabalhista, já em vigor no país, e a previdenciária, em andamento no Congresso Nacional. 

Crise política, competividade nas empresas, Sócrates e inverno recifense. Com uma multidisciplinaridade apresentada de forma carismática e eloquente, o professor e historiador Leandro Karnal - um dos mais relevantes pensadores brasileiros contemporâneos - retornou à capital pernambucana para integrar o Encontro de Notáveis, no Centro de Convenções de Pernambuco. Para um público majoritariamente empreendedor, Karnal destrinchou as nuances da ética e fez, como de costume, ácidas ponderações em relação à política nacional. 

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"A ética não é mais um debate universitário. A ética faz parte das planilhas de Excel das empresas sérias. Quem duvidou disso está sofrendo nesse momento. A ética é uma ferramenta estratégica de sucesso e de vitória", diagnosticou o autor dos livros Conversas Com Um Jovem Professor e Todos Contra Todos.

Ao refletir sobre a indispensabilidade da ética, o historiador foi bem-humorado ao citar "casos hipotéticos" de empreiteiras e políticos com contas no exterior. Para Karnal, "há muito tempo não temos, no Brasi, políticos estadistas, quer dizer, que pensam o país daqui a 50 anos". O intelectual teceu críticas ao que chama de "políticos reeleicionistas", obcecados em se reelegerem e elegerem aliados de seus partidos. 

"Quase todos nós consideramos política um palavrão. Obviamente não é um momento onde olhemos para a classe política com muita esperança. Mas a política é a solução. Alienar-se da política ajuda, e muito, o corrupto, o autoritário". O educador crê numa sutil melhora na situação econômica do Brasil e foi firme ao dizer que "todas as crises brasileiras passaram e essa também vai passar".

Todo problema humano tem solução humana

Carregado de influências psicanalíticas, Leandro Karnal destacou que o protagonismo individual de cada cidadão é essencial para o desenvolvimento pessoal, social e profissional. "Eu defino qual o patamar do meu sucesso. Só pensar não conduz a nada. O futuro começa a todo instante e as escolhas são livres. Toda escolha implica perda e uma das maiores infantilidades é querer tudo ao mesmo tempo". 

O Encontro de Notáveis é uma parceria da Winner Eventos e a CIN Capital Intelectual. Além de Leandro Karnal, esta primeira edição trouxe ao Teatro Guararapes o poeta e empreendedor social Bráulio Bessa. Uma nova edição do evento será realizada em abril, com palestras de Mário Sergio Cortella e Pedro Calabrez. 

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Fux, votou a favor da cassação da chapa Dilma-Temer na noite desta sexta-feira (9). O magistrado disse que era “como brasileiro que ama o país”. Ele ainda acompanhou o voto do relator Herman Benjamin, que também votou pela condenação.

“Como brasileiro que amo este país, porque o Brasil é o ar que respiramos, é o berço dos nossos filhos e netos, em nome de tudo isso, da ética e da moralidade e [por esse] quadro de corrupção endêmico, eu acompanho o eminente relator”, declarou Fux.

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Durante seu pronunciamento, o ministro salientou que “não dá para fechar os olhos” para as provas dos autos. Luiz Fux citou como “circunstâncias fáticas” a utilização de campanha eleitoral para lavagem de dinheiro, além de empresas de fachadas por "laranjas", que estariam ligadas a grupos políticos dos referidos partidos, entre outros pontos.

O ministro ressaltou que, a partir do momento em que os eleitores descobriram que elegeram seus representantes através de vias informais e ilícitas, “eles [eleitores] não atribuem a menor credibilidade a esses representantes”. Fux ainda fez uma lamentação ao expor que o Brasil vive uma “crise de representatividade” e que “a corrupção é uma das maiores travas para o desenvolvimento do país”.

O novo Conselho de Ética da Câmara considera insuficientes as autorizações de abertura de inquéritos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra 39 deputados federais para justificar a instauração de processos de cassação de mandato. Dos 21 titulares do órgão ouvidos pelo jornal O Estado de S.Paulo, 12 afirmaram que somente provas de crime cometido no exercício do mandato levarão a ações por quebra de decoro parlamentar em razão do conteúdo das delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht.

Segundo os conselheiros empossados na semana passada, inquérito é fase inicial de processo e somente a partir da formalização da denúncia - em caso de a Procuradoria-Geral da República (PGR) pedir ao STF para tornar investigados réus - o processo disciplinar pode ganhar força, principalmente se tratar de episódios relativos à atual legislatura. Parlamentares, porém, disseram já saber que haverá implicação de atos cometidos neste mandato.

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"À medida que tiver prova e [o representado] virar réu, aí a gente vai ter de trabalhar", afirmou o deputado Izalci Lucas (PSDB-DF), membro do órgão responsável pelo julgamento da conduta de seus pares.

O deputado Aluísio Mendes (PTN-MA) disse que é cedo para instaurar qualquer procedimento no colegiado. "Se o STF autorizar é porque já tem indícios. Se transformar em denúncia, é porque os indícios são fortes", afirmou. "Ser réu é meio caminho andado", disse o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS).

Os parlamentares esperam pelo surgimento de fato relevante para discutir eventual punição aos colegas investigados. "Ser réu não é suficiente, tem de ter um fato", resumiu o deputado Augusto Coutinho (SD-PE). "Se tiver prova cabal, meu voto será pela punição", disse o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG). A avaliação é a mesma do primeiro-vice-presidente do conselho, João Marcelo Souza (PMDB-MA): "No meu entender, tem de ter prova cabal, senão não vamos a lugar algum".

Entre as punições para a condenação em um processo no Conselho de Ética, a mais radical é a cassação. Valmir Prascidelli (PT-SP) considerou que eventual perda de mandato deve ter como base condenação ou indícios contundentes. "Não é porque foram citados em delação que são culpados. Não faz sentido abrir processo antes do trânsito em julgado ou ter evidências bastante robustas, como no caso do Eduardo Cunha [deputado cassado, preso e condenado pela Operação Lava Jato]", afirmou Prascidelli.

Representantes do PP - um dos alvos da força-tarefa que investiga esquema de corrupção e desvios na Petrobrás - também exigem a existência de condenação ou de provas para dar prosseguimento a ações. "O conselho não pode julgar por indício, sem nenhum tipo de prova. Mas isso não impede a admissibilidade do processo de caminhar", disse Cacá Leão (PP-BA).

Seu colega de bancada Hiran Gonçalves (PP-RR) defendeu o "princípio pétreo da presunção de inocência" e recomendou cautela para que não haja prejulgamento. "Colocar fogo nas coisas não é bom para o País."

Na terça-feira passada, após o Estadão revelar a lista do ministro-relator da Lava Jato, Edson Fachin, o PSOL anunciou que vai analisar as acusações contra os deputados e avaliar se entrará com representações por quebra de decoro. O colegiado foi instalado no mesmo dia e elegeu Elmar Nascimento (DEM-BA) para presidi-lo. Ele é aliado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um dos parlamentares com abertura de inquérito autorizada.

Blindagem

 

Deputados disseram temer que a composição do conselho atue para proteger investigados. "Forças antagônicas se juntaram no conselho para blindar os investigados", disse o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que foi relator dos processos de cassação de José Dirceu (PT) e André Vargas (ex-PT).

O deputado Sandro Alex (PSD-PR) disse que houve um acordo entre os grandes partidos para eleger Elmar, que teria um perfil mais favorável aos investigados. "Não acredito no funcionamento do conselho nos próximos dois anos. Ele foi composto para blindar", afirmou. O parlamentar prevê que a maioria dos investigados será denunciada e considera graves os casos relacionados à atuação em medidas provisórias (MPs) para favorecer empresas. Alex está descrente sobre o andamento dos processos: "Os tentáculos de Cunha estão aí e influenciaram a eleição no conselho".

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Nabuco Recife realizará nos dias 22 e 23 de março, próximas quarta e quinta-feira, o IV Simpósio Nabuco de Retórica  e Filosofia Aplicada ao Direito, pela manhã das 9h às 12h e a noite das 18h às 21h. O evento é voltado aos estudantes da instituição e tem como objetivo integrar a comunidade acadêmica local através da reflexão a respeito das crises institucionais que instigam a sociedade e o mundo do Direito nacional. 

Para a coordenadora do Núcleo de Práticas Jurídicas da unidade Recife, Manuella Nadége, o debate é importante para que os estudantes desenvolvam afinidade com o tema em questão. "Essas discussões permitem aos estudantes de Direito uma aproximação com conteúdo da filosofia, além de uma aproximação com debates relacionados a uma sociedade mais justa e ética”, salienta. 

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A Faculdade Joaquim Nabuco fica localizada na Avenida Guararapes, 233 – bairro de Santo Antônio, Recife. Confira abaixo a programação completa:

Quarta-Feira  (22)

9h às 12h

“A crise do conceito de constituição: por uma sociologia das constituições? ” - Dr. Alexandsre da Maia

“Ética e Direito na teoria dos sistemas de Niklas Luhmann” - Dr. Artur Stamford

“A retórica da ilusão das massas pelos governos” - Msc. Joelson Vale

18h às 21h

“Entre a técnica jurídica e a estratégia política: qual o momento ideal para proferir decisões judiciais?” - Drndo. Ronaldo Bastos

“Lógica e retórica” - Drndo. Ítalo Oliveira

“A Ética e os limites da Interpretação” - Drndo. Lourenço Torres

Quinta-Feira  (23)

9h às 12h

“Do crepúsculo do dever à aurora da liberdade: o problema de como podemos ser individualistas e coletivamente responsáveis?” - Dr. Pablo Falcão

“Crise na Administração Pública: planejamento tributário e guerra fiscal” –  Dr. Diógenes Teófilo

“A Irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas, e os Direitos Fundamentais” - Dr. João Janguie Bezerra Diniz

“Retórica, relativismo e ética” - Dra. Graziela Bachi Hora

18h às 21h

“Judicialização da Política: um estudo de caso” - Msndo. Renato Hayashi

“Cultura política entre os intelectuais da Faculdade de Direito do séc. XIX” - Dr. Rômulo Oliveira

“Pragmática Jurídica é a mesma coisa que Pragmática Linguística? ” - Dra. Virgínia Colares

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, cancelou na noite de ontem a coletiva de imprensa agendada para quinta-feira (13), a primeira desde que ele venceu a eleição.

Era esperado que o republicano anunciasse como pretende lidar com preocupações sobre a sobreposição de seus interesses como empresário com seu novo cargo.

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A coletiva deve ser remarcada para o próximo mês, segundo Sean Spicer, seu porta-voz. Não foi dado um motivo para o atraso.

A equipe do próximo presidente dos EUA tem evitado questionamentos sobre como ele vai lidar com questões éticas em relação às operações da Trump Organization, seu império imobiliário e de branding, afirmando que elas seriam respondidas durante a coletiva agora adiada. Trump não faz um evento aberto com a imprensa desde 27 de julho, em meio à Convenção Democrata.

Os conflitos éticos não se resumem apenas aos seus negócios. Trump é também o primeiro a ocupar a Casa Branca a não revelar seu imposto de renda desde o Gerald Ford, que governou entre 1974 a 1977. Fonte: Dow Jones Newswires.

O procurador da República e coordenador da força tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, adquiriu dois apartamentos de um condomínio construído com o financiamento do Minha Casa Minha Vida (MCMV), no Paraná. A informação é do Portal Diário do Centro do Mundo (DCM). De acordo com a reportagem, as compras foram feitas em agosto de 2013 e fevereiro de 2014 nos valores de R$ 76 mil e R$ 80 mil, respectivamente. 

A aquisição de imóveis destinados preferencialmente a beneficiários do MCMV não é ilegal para quem tem altos rendimentos, como é o caso de Deltan Dallagnol que teve, em outubro, um total de vencimentos [brutos] no valor de R$ 35.607,28. Entretanto, quem compra um apartamento habilitado para o programa, sem estar no perfil, retira a possibilidade de outros compradores, que se adéquam ao programa, conquistarem o financiamento com a taxa de juros subsidiada. 

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Dallagnol reside num bairro de classe média da capital paranaense e nenhum dos apartamentos comprados foi para moradia própria, mas para investimentos. Procurado pela reportagem do DCM, o procurador foi questionado sobre a questão ética de adquirir um imóvel sem estar adequado ao perfil. O coordenador da Lava Jato justificou que se tivesse utilizado o dinheiro para investir em títulos do Tesouro Direto, do Governo Federal, atualizados pela Selic, resultaria em valor muito próximo ao valor pelo qual os apartamentos foram anunciados para venda [R$ 134 mil cada].

“O Le Village Pigangui é um empreendimento não exclusivo do programa. Assim, os imóveis comprados estavam disponíveis para aquisição por qualquer pessoa, independentemente de atender os requisitos do programa MCMV. Os apartamentos que adquiri foram comprados com recursos próprios, à vista, declarados em imposto de renda e sem qualquer financiamento. Não obtive financiamento do programa MCMV ou de qualquer outro banco, pois comprei à vista”, diz Dallagnol.

O presidente da Comissão de Ética da Presidência, Mauro Menezes, informou nesta sexta-feira (25) que o processo aberto contra o agora ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, continua mesmo após o seu pedido de demissão.

Segundo Menezes, uma eventual punição pelo colegiado teria como efeito uma "mancha ética" no currículo político de Geddel. "Não podemos dizer que alguém não pode continuar na vida pública, apenas deixamos registrado que uma autoridade tem em seu currículo determinada avaliação quanto ao seu comportamento ético. E hoje no Brasil isso tem valido muito", afirmou.

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Segundo Menezes, Geddel ainda não entregou a sua defesa à comissão e o prazo se encerra no dia 1º de dezembro. A Comissão decidiu nesta semana, por unanimidade, avaliar a conduta de Geddel, após denúncias do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, de que o ministro baiano o teria pressionado para liberar a obra de um empreendimento em Salvador onde Geddel possui um apartamento. A infração ética no caso seria de conflito de interesses, ao misturar ações públicas com interesses privados.

Menezes disse ainda que é prerrogativa de qualquer autoridade pedir demissão e que isso não constitui ter havido por parte do ministro um desvio ético. "Mas o processo tem continuidade e permanece sob exame, estando a autoridade no cargo ou não."

Questionado sobre o suposto envolvimento do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do presidente Michel Temer no episódio, e se as eventuais gravações das conversas de Calero com os ministros e com o presidente não poderiam culminar na abertura de outros processos, Menezes explicou que a Comissão não tem competência para intimar presidentes e vice-presidentes da República. No caso de Padilha, ainda não há uma definição.

"Não existe sinalização de que venhamos a abrir processo contra outra autoridade citada", disse Menezes. Ele informou ainda que a Comissão remarcou sua próxima reunião do dia 14 para o dia 15 que, diante dos desdobramentos dos fatos, nos próximos dias podem ser discutidos eventuais novos procedimentos. "A Comissão é muito criteriosa. Não basta uma citação em qualquer depoimento ou denúncia para que a Comissão abra de pronto o processo, mas a comissão fica sempre atenta", disse.

Dispensa

Menezes disse ainda que a Comissão dispensou novos esclarecimentos de Calero, já que o ex-ministro depôs a autoridades competentes, como a Polícia Federal. "Depoimento integral veio a público pela imprensa e não foi contestado" disse o presidente. "A comissão entendeu que não fazia sentido prorrogar o processo intimando Calero", completou.

Há algum tempo os termos “ética” e “transparência” tem tomado força nos debates públicos e tem sido cada vez mais recorrente a exigência da população para que nossos gestores públicos mantenham um perfil que valorize essas duas palavras.

Entretanto, não é apenas na gestão pública que percebemos a mudança. Nas instituições privadas o ditado “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”, já não tem tanto espaço. Hoje, os colaboradores se espelham nos gerentes, diretores e donos de empresas que entendem e executam a frase: “faça o que eu digo e o que eu faço, porque são a mesma coisa”.

Vivemos em uma época na qual o conhecimento é, cada vez mais, o alicerce das relações entre consumidores e fornecedores e, por isso, é necessário que sejam respeitados os princípios da ética e da transparência em respeito à sociedade. Em um mercado competitivo, a atitude ética é um dos principais valores na diferenciação da sua atuação e de seu concorrente.

No mundo dos negócios, o comportamento ético deve ser instituído na empresa de modo que todos os envolvidos tenham conhecimento das práticas empresariais e estejam focados em um mesmo objetivo. Um ambiente empresarial saudável vai prezar, sempre, pela aplicação de medidas que visam comunicar e treinar, aperfeiçoando um ciclo de atividades que valorizam honestidade, justiça, compromisso, respeito ao próximo, integridade, lealdade e solidariedade.

É preciso ressaltar que ética e transparência precisam andar juntas. Uma não existe sem a outra. Se determinada empresa não trabalha com ética, coerência e transparência, a probabilidade de o ambiente interno para os colaboradores ser péssimo é muito alta. É certo que nesse tipo de empresa existe uma alta rotatividade de colaboradores, pessoas estressadas e resultados inconsistentes.

Empresas que prezam por esses valores são percebidas como positivas pela sociedade e tendem a se firmar no mercado. No caso inverso, as empresas tornam-se frágeis, sem competitividade e ficam suscetíveis a riscos de imagem e reputação perante todos.

Mas, se agir com consciência moral é tão positivo, por que ainda há tantas pessoas que não seguem esses valores?

Uma publicação da ISAE/FGV coloca três pontos de reflexão sobre o tema: uma primeira causa pode ser a qualidade do seu aprendizado. A segunda causa pode ser a imaturidade do raciocínio moral, que pode reduzir valores éticos a comportamentos visando simples obediência para evitar punições ou para a satisfação de interesses pessoais. Um terceiro motivo é o desconhecimento dos outros, determinado por baixo grau de empatia e, por último o desconhecimento de si, alimentado por autoimagem irreal e autoestima exageradamente alta ou baixa.

No Brasil, a corrupção é o principal exemplo da falta de ética e transparência nos processos. Neste caso, há inúmeras consequências para a construção da sociedade e a principal delas é a destruição da meritocracia. Para evitar tal efeito, além da justiça, é preciso exigir punição, dentro dos padrões previstos na Constituição.

A educação tem um papel determinante neste contexto, visto que é de sua responsabilidade o processo pedagógico de informar comportamentos éticos e morais para futuros cidadãos. Assim, como Roberto Shinyashiki afirmou: ‘’Seja ético: a vitória que vale a pena é a que aumenta sua dignidade e reafirma valores profundos”.

O PTB é o partido com o maior número de deputados alvo de representação no Conselho de Ética desde que o colegiado foi criado, em 2001. Ao todo, 23 petebistas já enfrentaram questionamentos. Hoje, a bancada da legenda na Câmara é composta de 25 parlamentares.

A presidente nacional da sigla, Cristiane Brasil, afirmou em nota que "ter representação no conselho não é sinônimo de culpa e, mesmo parlamentares com trajetória reconhecidamente pautada pela ética, já foram um dia representados".

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A filha do ex-deputado Roberto Jefferson, condenado no julgamento do mensalão, acrescentou que o pai foi o "denunciante do maior escândalo de corrupção da República até aquele momento" e provocou a cassação de outros deputados, "incluindo três representantes do PT, o partido ainda hoje no poder".

Em seguida na lista estão o PL, com 19 deputados; o PP, com 17; o PT, com 14, e o PMDB, com 11.

Recordista. O deputado recordista de processos no conselho é Jair Bolsonaro (PP-RJ), com três representações, todas por ofensa, racismo ou agressão. Bolsonaro afirma ser vítima de perseguição política e nega agressões - sejam verbais ou físicas. "Eles não se cansam de me representar. Já respondi a mais de 20 processos por aí, sempre fui provocado. Não vou deixar certas propostas seguirem sem dar minha opinião. Não sendo agressão e roubalheira, vale tudo. Você acha que vou me importar com o Conselho de Ética?"

Em 14 anos, o partido que mais entrou com representações no colegiado foi o PSOL, com 13 pedidos de julgamentos. "Nunca fomos afiliados a um bloco de poder em que o corporativismo predomina. O pessoal tem mais liberdade. A Câmara é a Casa do jeitinho em detrimento da ética pública, mas não queremos ser o chicote do mundo. Ser o maior autor é até uma situação incômoda, gostaríamos de mais apoio dos outros", afirmou o líder do partido na Câmara, Chico Alencar (RJ).

O parlamentar foi alvo recente de um processo por quebra de decoro, mas o procedimento, apresentado pelo Solidariedade, foi arquivado. Segundo Alencar, houve "retaliação combinada entre o Eduardo Cunha (presidente da Câmara, do PMDB) e o Paulinho da Força (deputado do Solidariedade)". "Querem inibir a ação do PSOL. Eu e o Cunha somos iguais em duas letras do nome e só", disse Alencar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), reagiu com indignação nesta terça-feira, 22, ao recurso do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pedindo à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que anule o trâmite do processo disciplinar no colegiado.

"Ele (Cunha) quer acabar com o Conselho de Ética. Na verdade, ele quer tirar o presidente, os vice-presidentes, ele quer tirar o outro relator, quer tirar tudo. Ele pode tudo, esse que é problema. Essas coisas não podem continuar nessa Casa dessa forma", reclamou Araújo.

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O presidente do Conselho disse que, mesmo com os recursos favoráveis a Cunha e aptos à votação na CCJ, o colegiado seguirá seu trâmite normal. A previsão é que vença em 10 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, o prazo para a entrega da defesa formal do peemedebista.

Caso o pedido de Cunha seja acolhido pela CCJ, Araújo estuda a possibilidade de recorrer ao plenário, mas ainda não está claro o que pode ser feito para evitar que o processo volte à estaca zero. "No plenário a coisa é outra", prevê Araújo.

Hoje, a CCJ não conseguiu apreciar o recurso do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) contra a não concessão de vista ao relatório preliminar de Marcos Rogério (PDT-RO) pela admissibilidade do processo por quebra de decoro parlamentar. Adversários de Cunha não marcaram presença na sessão e não houve quórum sequer para abrir os trabalhos.

Na avaliação de Araújo, "caiu a ficha" dos deputados de que o peemedebista queria usar a comissão para manobrar. "Eles não querem compactuar com isso", comentou.

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