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Na noite desta última sexta-feira (6), a Polícia Federal cumpriu uma decisão judicial que determinava a garantia de segurança e embarque de Angelina Maalue Avalon Mathiesen e seus dois filhos menores em vôo internacional com destino à Dinamarca. O embarque é parte integrante da medida de busca e apreensão das crianças com finalidade de propiciar o retorno imediato ao convívio de seus pais na Dinamarca, de onde Angelina teria saído ilegalmente em 2016.

Segundo informado pela Polícia Federal, a decisão foi baseada na Convenção de Haia, de 1980. Tendo como objetivos: "assegurar o retorno imediato de crianças ilicitamente transferidas para qualquer Estado Contratante ou nele retidas indevidamente. Fazer respeitar de maneira efetiva nos outros Estados os direitos de guarda e de visita existentes num Estado Contratante".

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Como Angelina Maalue estava em Belém, o cumprimento da decisão judicial foi coordenado pela Polícia Federal do Pará, juntamente com a Polícia Federal do Ceará e Pernambuco.

Entenda o caso

Angelina Maalue Avalon Mathieses e Lisbeth Markussen estavam foragidas no Brasil desde 2016. Segundo informado por elas, vieram para o país por que estavam sofrendo violência doméstica e um dos filhos da Angelina ter sofrido abuso sexual pelo pai, Vladimir Valiant Todorovski, na Dinamarca, país de origem.

Depois de terem denunciado o caso para a justiça, foi determinado que os pais das crianças deveriam ficar com os seus respectivos filhos até que toda a tramitação judicial fosse encerrada.

"Ambas sofriam violência doméstica na Dinamarca. O problema é que o país tem uma lei de responsabilidade parental bem mais dura, que obriga, mesmo com denúncia de abuso, que o pai visite e permaneça com a criança. E quando a mãe passa a denunciar o abuso ela perde o direito de guarda, pois é vista como mãe não cooperativa. “Com a Lisbeth ocorreu a mesma coisa. Elas passaram por essa violência institucional, viram que não tinha retorno das autoridades e decidiram fugir", explica Luanna Tomaz, advogada de Angelina.

Para viajar ao Brasil, elas partiram de carro pelas estradas da Europa e atravessaram vários países. Lisbeth saiu primeiro, em julho de 2015. Pegou um avião em Viena e passou pela República Dominicana, seguiu até o Peru e, por fim, até o Acre, por onde entrou no Brasil. Já Angelina fugiu depois, em março de 2016. Cruzou o Atlântico até a Guiana e, de lá, por Roraima.

Elas se encontraram em Manaus e decidiram vir juntas para Belém. A viagem foi feita de barco e durou cinco dias. As duas decidiram se estabelecer na ilha de Mosqueiro, localizada a 72 km de Belém, um balneário com 28 mil habitantes. Angelina e Lisbeth procuraram uma região da ilha que tivesse pouca gente morando. O refúgio delas foi na praia de Marauh, onde se hospedaram em uma pousada de frente para o rio. Na pousada, elas se identificaram como holandesas, disseram que eram irmãs, e que vieram ao Brasil para escrever um livro.

Em dezembro de 2016 Lisbeth Markussen decidiu ir embora. Angelina não fez o mesmo por ter conseguido, na época, um habeas corpus no dia 21/03/2016 pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Por conta disso, sua prisão não foi efetuada na época, até que com a decisão final da Justiça Federal, baseada na convenção de Haia, Angelina e os seus dois filhos embarcaram para a Dinamarca.

Em petição encaminhada nesta quinta-feira, 5, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa de Cesare Battisti alegou que o ex-ativista italiano foi alvo de "tratamento diferenciado", ao ser detido em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, quando tentava deixar o País pela Bolívia.

Os advogados do italiano reiteraram o pedido ao STF para obstar a possibilidade de extradição, deportação ou expulsão de Battisti. O relator do caso é o ministro Luiz Fux.

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"O episódio deixa claro haver em relação ao paciente um tratamento diferenciado ao ponto das autoridades policiais terem inserido elementos exagerados e inverídicos no auto de flagrante, apenas para manter o paciente custodiado, gerando enorme repercussão nacional e internacional, com único intento de provocar comoção a favor de sua expulsão do País", alegaram os advogados de Battisti.

Procuradas pela reportagem, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal não haviam se manifestado até a publicação deste texto.

O ex-ativista italiano é acusado de evasão de divisas ao tentar deixar o Brasil pela Bolívia. Conforme informou nesta quinta-feira o jornal "O Estado de S. Paulo", a detenção pode "abrir uma porta" para que Battisti seja extraditado ao seu país de origem, na avaliação de interlocutores do presidente Michel Temer.

De acordo com os advogados de Battisti, o ex-ativista e mais duas pessoas possuíam um valor de R$ 25 mil quando tentavam cruzar a fronteira, o "que se mostra totalmente compatível para uma viagem de alguns dias que estavam realizando".

A defesa ainda alega que as autoridades policiais constaram que foi apreendido junto com Battisti um "pino de plástico com resquício de substância em pó de cor esbranquiçada".

"No entanto, pelos depoimentos dos próprios policiais, este pino foi apreendido em um veículo que o paciente (Battisti) não se encontrava. Além disto, o paciente e as outras duas pessoas que o acompanhavam aduziram, em depoimento, que este objeto não havia sido encontrado quando da efetiva detenção e minuciosa revista da Polícia Rodoviária Federal", ressalta a defesa.

O juiz federal Edwin Torres, de Miami, decidiu que o ex-presidente do Panamá Ricardo Martinelli deverá ser extraditado para enfrentar acusações de espionagem política em seu país de origem.

A decisão emitida nesta quinta-feira foi enviada ao Departamento de Estado dos Estados Unidos, que decidirá se Martinelli deverá retornar ao Panamá. O departamento argumentou, em documentos judiciais, que apoia a extradição do ex-presidente.

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Martinelli foi presidente do Panamá entre 2009 e 2014. Ele é acusado de monitorar ilegalmente telefonemas e outras comunicações de pelo menos 150 pessoas utilizando um extenso sistema de vigilância. Martinelli também é acusado de desvalorizar cerca de US$ 13 milhões em fundos públicos vinculados ao sistema.

Os advogados do ex-presidente alegaram que uma atualização do tratado de extradição do Panamá com os EUA não se aplicava a ele e que poucas evidências apoiam as acusações. Fonte: Associated Press.

O professor de direito penal internacional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e procurador regional da República Artur Gueiros considera que será "muito difícil" trazer Eike Batista, que tem dupla nacionalidade brasileira e alemã, de volta para o Brasil, caso ele vá para a Alemanha, país que não extradita seus nacionais.

O fato de Eike estar no exterior, neste momento, possibilita que ele não seja preso?

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Sim. Dentro deste quadro, há o risco da não aplicação da lei penal brasileira pelo fato de ele estar fora do Brasil e ter nacionalidade alemã. Se ele realmente estiver nos Estados Unidos, a Interpol, que o incluiu na lista vermelha, pode prendê-lo e extraditá-lo. Agora, é uma corrida contra o tempo. É fundamental que evitem que ele vá para Alemanha.

E se ele for para a Alemanha?

Neste caso, vai ser muito difícil trazê-lo, porque a Alemanha não extradita nacionais. O governo brasileiro até poderia tentar uma extradição por vias diplomáticas. Mas a repercussão negativa da situação carcerária no Brasil, com as rebeliões, pode ser um elemento contra.

Como fica a situação com ele nos EUA?

Se ele for capturado, pode ser deflagrado um processo de extradição dele para o Brasil. Fora da Alemanha, ele não tem nenhuma proteção. Também há a possibilidade de a promotoria americana resolver instaurar uma investigação sobre os fatos da Lava Jato e abrir um processo criminal contra ele. É possível que haja esse interesse devido à dimensão dos seus negócios, inclusive internacionais. O pior lugar do mundo fora do Brasil para ele estar, neste momento, é os EUA, porque eles têm essa permissão de perseguir criminalmente práticas corruptas no mundo inteiro.

A decisão de prendê-lo foi do dia 13 de janeiro, mas a PF só deflagrou a operação ontem. Houve erro neste tempo?

Devido a profundidade desta operação, que é complexa porque envolve muitos mandados de prisão e de apreensão. Mas já acompanhei casos em que houve monitoramento em tempo real do acusado. Não sei o que aconteceu, se esta pessoa é difícil de fazer esse monitoramento em tempo real, se ela não usa o telefone. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O maior narcotraficante do México, Joaquín "El Chapo" Guzmán, foi extraditado nesta quinta-feira (19) para os Estados Unidos, informou o governo mexicano. Guzmán é apontado como o líder do cartel de Sinaloa e já havia conseguido escapar duas vezes de cadeias de segurança máxima.

O traficante foi entregue às autoridades americanas um dia antes de Donald Trump assumir a presidência dos EUA. A chancelaria mexicana disse em comunicado que um tribunal rechaçou um recurso contra a extradição, por isso as autoridades decidiram já enviá-lo ao país vizinho, onde é buscado para ser processado por narcotráfico, lavagem de dinheiro e homicídio. Ele enfrenta acusações em vários tribunais dos EUA, entre eles de Illinois, Nova York, Texas e Califórnia.

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Dois funcionários dos EUA confirmaram que Guzmán estava a caminho do país. Uma das fontes disse que a agência antidrogas dos EUA, a DEA, recebeu em custódia o líder criminoso em Ciudad Juárez, na fronteira com o Texas, e um avião partiu com ele rumo a Nova York. As fontes falaram sob a condição de anonimato por não terem autorização de tratar do assunto publicamente.

Guzmán estava detido em uma prisão próxima a Ciudad Juárez. Ele foi recapturado em janeiro de 2016, quase seis meses depois de ter escapado pela segunda vez, através de um túnel. Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.

O fundador do Wikileaks, Julian Assange, exigiu nesta quinta-feira a Reino Unido e Suécia que o deixem sair da embaixada equatoriana, depois que a ONU rejeitou um recurso britânico e ratificou uma decisão em seu favor.

Refugiado desde junho de 2012 na embaixada do Equador em Londres para evitar sua extradição para a Suécia, Assange pediu ao grupo de trabalho da ONU sobre detenções arbitrárias que examinasse seu caso. Em fevereiro de 2016, os especialistas estabeleceram que o australiano de 45 anos era vítima de uma detenção arbitrária.

Depois de saber da decisão, o Reino Unido entrou com um recurso, que foi rejeitado, definitivamente, na 77ª sessão deste grupo de trabalho, realizada entre 21 e 25 de novembro.

"Agora que se esgotaram todas as possibilidades de apelação, espero que o Reino Unido e a Suécia cumpram com suas obrigações internacionais e me libertem", declarou o australiano em um comunicado. "É uma óbvia e grande injustiça deter durante seis anos alguém que não foi acusado", afirmou.

Composto por cinco especialistas independentes - Sètondji Roland Adjovi (Benin), José Antonio Guevara Bermúdez (México), Leigh Toomey (Austrália), Seong-Phil Hong (Coreia do Sul) e Elina Steinerte (Letônia) -, o grupo da ONU é subordinado ao Conselho dos Direitos Humanos e emite opiniões, as quais não são vinculantes.

O recurso apresentado por Londres argumentava que o fundador do Wikileaks deteve a si mesmo ao se refugiar na embaixada do Equador. Na Suécia, ele deve responder a denúncias de abusos sexuais que datam de 2010. Ele foi interrogado sobre o caso em meados de novembro na legação por parte da Procuradoria sueca.

Assange se recusa a retornar para a Suécia por medo de ser extraditado aos Estados Unidos, onde é acusado pela publicação, por parte do WikiLeaks em 2010, de 500.000 documentos sigilosos sobre o Iraque e Afeganistão, assim como de 250.000 conversas diplomáticas, pelo qual poderia enfrentar uma longa pena na prisão ou ser condenado à morte.

Por disposição de um tribunal de apelação sueco, é mantida uma ordem de prisão internacional contra Assange, a quem Londres nega um salvo-conduto para viajar ao Equador em condição de asilado.

O governo britânico expressou nesta quinta-feira sua decepção com a rejeição de sua apelação. "Julian Assange não está, e nunca esteve, detido arbitrariamente no Reino Unido", afirmou o secretário de Estado britânico para Europa e as Américas.

"Rejeitamos integralmente a opinião do grupo de trabalho da ONU e estamos muito decepcionados porque não revisaram este veredicto cheio de erros", acrescentou.

Condenado pelos crimes de tráfico de drogas, porte de arma de fogo, receptação, falsificação de documentos e roubo, o italiano Gianluca Medina foi extraditado pelo governo brasileiro. Além dele, na última sexta-feira (11), o Brasil extraditou o equatoriano Eduardo Cecílio Vásquez Ortiz, que havia fugido da prisão de Las Rocas, onde já cumpria pena por ter cometido assassinatos por encomenda. Ortiz era um dos criminosos mais procurados do Equador.

Segundo o Ministério da Justiça, além de Medina e Ortiz, desde setembro o Brasil extraditou mais sete estrangeiros: dois colombianos, quatro espanhóis e um britânico. No mesmo período, um argentino e um venezuelano foram extraditados para o Brasil. Eles haviam sido condenados no Brasil e foram extraditados, a pedido do governo brasileiro, pelos governos da Argentina e Espanha. Dois brasileiros que estavam em Portugal também foram transferidos para o Brasil pelas autoridades portuguesas após pedido brasileiro.

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Italiano preso no Ceará

Procurado pela Interpol, Medina estava detido para fins de extradição desde julho de 2015, quando foi preso na Praia de Jericoacoara, no Ceará. O governo da Itália pediu a extradição de Medina para que ele cumpra penas decorrentes de duas sentenças condenatórias.

Em 2008, Medina foi condenado na Itália a três anos e quatro meses de reclusão e a pagamento de multa por tráfico de drogas, porte de arma de fogo, posse de munição de guerra, receptação e falsificação de documentos. Em 2013, o criminoso italiano voltou a ser condenado, dessa vez, a três anos, seis meses e 15 dias de reclusão, pelo crime de roubo praticado em concurso de pessoas e porte de arma. Essas duas sentenças transitaram em julgado em 13 de outubro de 2009 e 2 de abril de 2015, respectivamente.

Em junho desse ano, por maioria, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) acatou pedido do governo italiano para a extradição.

Equatoriano

Já Eduardo Ortiz, também procurado pala Interpol, havia sido preso em fevereiro de 2013, em Brasília. O governo do Equador pediu a extradição para que Ortiz cumpra pena de 25 anos de prisão por homicídio e porte ilegal de armas. Além disso, ele irá responder por outros casos de homicídios dos quais é acusado. A extradição de Ortiz também foi aceita pelo STF.

De acordo com o Ministério da Justiça, as duas extradições ocorreram com base em tratados assinados pelo Brasil e os dois países.

Pizzolato

No ano passado, após longa disputa judicial, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, de 63 anos, foi extraditado pela Itália a pedido do governo brasileiro para que ele cumpra, no Brasil, pena decorrente de condenação na Ação Penal 470, do processo conhecido como mensalão.

Um tribunal da Cidade do México autorizou nesta quinta-feira (20) a extradição do narcotraficante Joaquín "El Chapo" Guzmán aos Estados Unidos. No entanto, o criminoso ainda pode apresentar recurso para tentar impedir sua transferência. Ele é alvo de processos na Califórnia por formação de quadrilha e narcotráfico.

Ex-chefe do cartel de Sinaloa, "El Chapo" foi preso no último dia 8 de janeiro, seis meses depois de sua fuga cinematográfica da penitenciária de segurança máxima Altiplano I, na qual usou um túnel de 1,5 km. Ele chegou a ser considerado o segundo homem mais procurado do mundo, atrás apenas do fundador da Al Qaeda, Osama bin Laden. Sua extradição já foi autorizada pelo governo, mas El Chapo iniciou uma batalha judicial para ficar em seu país.

Para aprovar a transferência, o México recebeu garantias de que o criminoso não será condenado à morte, já que tal pena não existe na legislação mexicana.

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O clérigo e magnata turco Fethullah Gülen, acusado pelo presidente Recep Tayyip Erdogan de patrocinar uma tentativa fracassada de golpe em julho passado, estaria planejando uma fuga dos Estados Unidos, e entre os possíveis destinos estaria o Brasil.

Segundo o ministro da Justiça Bekir Bozdag, o governo recebeu informações de inteligência sobre um plano do imã para escapar de uma eventual extradição dos EUA, onde vive em exílio voluntário. O jornal turco "Hürriyet" publicou que ele poderia pedir asilo no Brasil, no Canadá ou na Bélgica.

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Gülen lidera um movimento homônimo também conhecido como "Hizmet" ("Serviço", em turco), a quem Ancara culpa pela tentativa de golpe realizada no último dia 15 de julho. O grupo reúne centenas de instituições de ensino e prega uma versão moderada do islamismo, com grande influência na sociedade civil da Turquia.

O movimento é o principal alvo dos expurgos promovidos nos últimos meses por Erdogan, que o acusa de estar infiltrado em todos os aparatos do Estado. Nesta terça-feira (4), a agência oficial "Anadolu" disse que a polícia demitiu 12.801 pessoas - incluindo 2.543 oficiais - suspeitas de ligação com Gülen.

O clérigo de 75 anos é tido como um dos muçulmanos mais influentes do mundo e é autor de livros bem sucedidos, além de empreendedor e filósofo. No passado, ele foi aliado de Erdogan e até o ajudou a reduzir o poder dos militares, mas rompeu com o então primeiro-ministro após o fechamento de escolas gülenistas.

Erdogan então acusou o imã de estar por trás de denúncias de corrupção contra ele e iniciou uma severa campanha de demissões e prisões de supostos membros do movimento. Atualmente, Gülen, que nega qualquer participação no golpe, vive na Pensilvânia, mas a Turquia já pediu sua extradição aos EUA. 

Istambul, 20 - O primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim, afirmou neste sábado que seu governo deseja que os Estados Unidos acelerem o processo para a extradição do clérigo Fethullah Gulen. O religioso vive em território norte-americano, mas é acusado pelo governo turco de orquestrar o fracassado golpe do mês passado.

Yildirim disse a representantes da imprensa internacional que a Turquia e os EUA têm um acordo de extradição e pediu rapidez. "Nós queremos que o processo seja acelerado", comentou. "Este homem era o líder de um golpe. O que estão esperando? O acordo entre os dois países é claro."

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O governo do presidente Barack Obama pediu evidências do envolvimento de Gulen e disse que o processo regular de extradição precisa seguir seu curso. O clérigo nega envolvimento no golpe de 15 de julho, que deixou mais de 270 mortos.

Yildirim disse também que a Turquia está disposta a aceitar um papel para o presidente sírio, Bashar al-Assad, durante um período de transição na Síria. Segundo ele, porém, Assad não tem lugar no futuro. Para o premiê turco, é preciso que a Síria não seja um país etnicamente dividido e que seja criado um sistema no qual todos os grupos étnicos estejam representados. A Turquia é um dos principais apoiadores dos rebeldes que lutam para derrubar Assad e abriga mais de 2,7 milhões de refugiados sírios.

O premiê turco ainda comentou as divergências internas de seu próprio país. Yildirim descartou uma nova iniciativa de paz com os rebeldes curdos. "Nós não vamos entrar em um diálogo com uma organização terrorista", afirmou.

A declaração é dada no momento em que o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) intensifica seus ataques com bombas contra policiais e militares. Mais de dez pessoas foram mortas em ataques nesta semana. Um cessar-fogo entre governo e PKK fracassou no ano passado, o que levou à retomada da violência que já levou a centenas de mortes.

Yildirim também disse que o grupo rebelde falhou em levar o processo de paz adiante. A Turquia e seus aliados consideram o PKK uma organização terrorista. Fonte: Associated Press.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusou o clérigo Fethullah Gulen de participar da conspiração que resultou na tentativa fracassada de golpe de Estado no país, e pediu sua extradição dos Estados Unidos, onde ele vive.

Em um discurso transmitido pela televisão, Erdogan fez o pedido e afirmou que a Turquia nunca negou solicitações semelhantes feitos pelos EUA. Ele lembrou também do papel importante de sua nação na coalizão contra o terrorismo dos Estados Unidos.

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"Eu digo que, se somos parceiros estratégicos, então os EUA deveriam cooperar com nosso pedido", afirmou o presidente turco.

Em visita à Luxemburgo, o secretário de Estado John Kerry afirmou que o governo norte-americano irá analisar o pedido de extradição, mas lembrou que o governo em Ancara terá de provar suas acusações sobre Gulen, que deixou a Turquia em 1999.

O clérigo, por sua vez, condenou duramente a tentativa de golpe feita por setores militares do país, que resultou em uma noite de explosões, batalhas aéreas e tiros, que deixaram centenas de mortos. "Como uma pessoa que já viveu muitos golpes militares nas últimas cinco décadas, é especialmente insultante ver meu nome ligado a essa tentativa", afirmou.

Gulen vive em exílio no estado da Pensilvânia, onde promove uma filosofia que mistura uma forma mística de Islã com a defesa radical de democracia, educação, ciência e diálogo entre credos.

Erdogan há muito acusa Gulen, um antigo aliado, de tentar derrubá-lo do poder. Washington nunca encontrou nenhuma evidência sobre essas afirmações. Fonte: Associated Press.

A Polônia vai reabrir o processo de extradição aos Estados Unidos do cineasta franco-polonês Roman Polanski, acusado de ter estuprado uma menor de idade em 1977, anunciou nesta terça-feira (21) o ministro da Justiça, o conservador Zbigniew Ziobro.

O ministro informou que apresentará um recurso ao Tribunal Supremo para impugnar "uma decisão do tribunal de Cracóvia de não extraditar aos Estados Unidos Polanski, acusado de um crime cruel contra uma menor, o estupro de uma menor".

A declaração foi feita durante uma entrevista a uma rádio pública. "Para nós, isto não é uma surpresa", disse à AFP Jerzy Stachowicz, um dos advogados do diretor de filmes como "Chinatown" e "O Pianista".

"Nós já esperávamos. O senhor Ziobro já havia declarado há algum tempo que faria isto. No momento não podemos fazer comentários, pois não sabemos se já fez ou se ainda vai fazer", completou o advogado.

O tribunal de Cracóvia rejeitou no dia 30 de outubro a extradição de Roman Polanski e a promotoria da cidade decidiu não apelar contra a decisão.

O Departamento de Relações Exteriores do México autorizou hoje a extradição do traficante Joaquín Guzmán, conhecido como "El Chapo", para os Estados Unidos. De acordo com o departamento, os EUA garantiram que El Chapo não vai encarar pena de morte, que não é aplicada no México.

Ainda cabe recurso, o que significa que pode levar semanas ou até meses até que o chefe do cartel de Sinaloa seja levado para os EUA. Os advogados de El Chapo têm 30 dias para fazer a apelação.

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No histórico do líder do cartel de Sinaloa consta a fuga de dois presídios de segurança máxima, o que rendeu a El Chapo o título de traficante de drogas mais procurado do mundo. Hoje ele está detido num presídio localizado ao sul de Ciudad Juárez. Fonte: Associated Press.

Um ano depois de promover um verdadeiro tsunami no mundo do futebol com a prisão de dirigentes esportivos em Zurique, a Justiça suíça finalmente completa a extradição de todos os envolvidos no maior escândalo de corrupção do futebol. Nesta quarta-feira (18), o nicaraguense Julio Rocha foi extraditado aos Estados Unidos, onde responderá por acusações de corrupção.

Todos os nome de cartolas que haviam sido presos a partir de 27 de maio de 2015 pela polícia suíça a pedido do FBI agora foram extraditados, num processo lento e que se traduziu em uma batalha legal nos tribunais. Segundo um comunicado do Departamento de Polícia da Suíça, praticamente todos os presos aceitaram de forma espontânea sua extradição, na esperança de fechar um acordo de delação com a Justiça norte-americana, pagar uma multa milionária e encerrar o caso.

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A extradição espontânea aconteceu no caso de José Maria Marin, ex-presidente da CBF, Jeffrey Webb, ex-presidente da Concacaf, Juan Napout, ex-presidente da Conmebol, Alfredo Hawit e no caso de Eugênio Figueredo, outro ex-mandatário da Conmebol, para o Uruguai. Já Eduardo Li, da Costa Rica, aceitou a extradição declarada por um tribunal suíço e não apresentou recurso.

Em três casos, porém, os dirigentes optaram por questionar a extradição até a última instância do sistema judicial na Suíça: Rafael Esquivel, Costas Takkas e Julio Rocha. Em todos eles, porém, o Tribunal Penal do país rejeitou os recursos. Todos são acusados de corrupção e de terem manipulado o mercado de contratos no setor do futebol com exigências de pagamento de propinas.

Segundo a polícia suíça, ainda que todos os nove dirigentes tenham sido extraditados, o caso continua em Berna, assim como a cooperação com os EUA. Os suíços indicaram que repassaram ao norte-americanos um vasto material de extratos bancários de cerca de 50 contas bancarias nas instituições financeiras do país. Conforme o jornal O Estado de S. Paulo revelou, pelo menos três delas seriam controladas por Ricardo Teixeira, o ex-presidente da CBF. Os dados foram repassados aos norte-americanos em dezembro e um total de US$ 80 milhões estão bloqueados em 13 contas identificadas como tendo sido usadas como forma de receber e pagar propinas.

A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a perda da cidadania brasileira de Cláudia Cristina Sobral, que é naturalizada americana e alvo de um pedido de extradição. Ela se mudou para os Estados Unidos em 1990, onde se casou e obteve visto de permanência.

Em 2007, após renunciar à cidadania brasileira, voltou ao País, poucos dias antes de o marido ser encontrado morto a tiros na residência do casal. Os Estados Unidos a indiciaram por homicídio e requereram a extradição.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Suspeito de ser um dos principais autores dos atentados de novembro em Paris, Salah Abdeslam não se oporá a uma extradição da Bélgica para a França, afirmou nesta quinta-feira (24) o advogado dele, Sven Mary.

Abdeslam foi detido na última sexta-feira (18). Nesta quinta-feira, o advogado dele compareceu a um tribunal belga, em meio a uma forte presença policial e militar para a segurança da área. Anteriormente, Mary havia sugerido que seu cliente contestaria a determinação para que fosse extraditado, mas agora o advogado disse que Abdeslam quer ser transferido para a França rapidamente.

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O suspeito não estava presente para a audiência no tribunal, realizada para determinar se as autoridades continuarão a mantê-lo preso. A decisão sobre esse ponto foi retardada até 7 de abril, para que a defesa tivesse mais tempo de analisar o caso.

Mary disse que seu cliente, mantido em uma prisão perto de Bruges. Abdeslam está isolado e sem acesso à imprensa e, por isso, disse o advogado, ele não poderia ter tido reação alguma aos ataques ocorridos na terça-feira em Bruxelas. Fonte: Dow Jones Newswires.

Costas Takkas, um dos principais assessores do ex-presidente da Concacaf, Jeffrey Webb, foi extraditado para os Estados Unidos nesta terça-feira (22). Envolvido no caso de corrupção da Fifa, ele estava preso na Suíça desde o dia 27 de maio do ano passado, quando outros seis cartolas da entidade máxima do futebol mundial também foram detidos, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.

Além de dirigente da Concacaf, Takkas era secretário-geral da Associação de Futebol das Ilhas Cayman. De origem grega e britânica, ele é acusado de cobrar e receber milhões de dólares em propina na negociação para ceder os direitos de transmissão de jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo.

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Antes dele, Webb já havia sido extraditado para os Estados Unidos. Agora ele aguarda sentença da Justiça norte-americana. Outros quatro dirigentes, incluindo Marin, também estão em solo americano, após extradição aprovada pela Ministério da Justiça da Suíça.

Com a transferência de Takkas, resta agora apenas um dirigente da Fifa ainda preso em Zurique. Trata-se de Julio Rocha, ex-presidente da Federação de Futebol da Nicarágua. Sua extradição está sendo negociada e deve ser confirmada nas próximas semanas.

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O italiano Pasquale Scotti, 57 anos, preso no Recife no dia 26 de junho de 2015, foi extraditado à Itália na quarta-feira (9). Ele é condenado pela justiça italiana à prisão perpétua por fazer parte de uma máfia e cometer crimes de porte ilegal de armas de fogo, resistência, extorsão e 26 homicídios entre 1980 e 1983.

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Antes de vir para o Recife, Pasquale passou por vários estados do Brasil e estava usando o nome de Francisco de Castro Visconti. Ele foi sócio de uma boate em Boa Viagem, Zona Sul da capital, atuava nos ramos de fogos de artifício e importação de alimentos e estava no Brasil desde 1986, casando-se em 1995 com uma brasileira, com quem teve dois filhos.

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Pasquali é apontado como ex-líder da organização criminosa Camorra. O estrangeiro é acusado de 26 homicídios, incluindo o assassinato do banqueiro Roberto Calvi, conhecido como o “Banqueiro de Deus”. Calvi foi morto em Londres, em 1982, e inicialmente acreditava-se ter sido um caso de suicídio. Pasquali integrava uma lista de dez superprocurados pela Itália. Em 1991, ele teve a prisão decretada pela justiça italiana e foi condenado à prisão perpétua em 2005.

Segundo a Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE), nem a mulher nem os filhos do acusado tinham conhecimento do seu histórico criminoso. Ele foi preso após deixar as crianças na escola, para evitar constrangimento. O italiano foi enviado a Brasília no dia 27 de junho de 2015. Ontem, ele saiu de Brasília por volta das 16h e foi entregue no Rio de Janeiro às 18h10 para policiais federais italianos. 

O México iniciou o processo para extraditar o narcotraficante Joaquín "El Chapo" Guzmán para os Estados Unidos, dois dias após o famoso fugitivo ser recapturado após uma dramática caçada que durou meses.

As autoridades advertiram que o processo de extradição do líder criminoso para o país vizinho pode levar pelo menos vários meses, enquanto os advogados de Guzmán buscarão manter o cliente no México, de onde ele já fugiu duas vezes da prisão. A Procuradoria Geral da República disse no domingo em comunicado que agentes mexicanos informaram a Guzmán sobre a possibilidade de que ele seja extraditado. A defesa terá três dias para apresentar alegações contra seu eventual envio para os EUA e mais 20 dias para comprovar suas alegações.

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Guzmán lidera o Cartel de Sinaloa, que contrabandeia grandes quantidades de cocaína e maconha, além de fabricar e transportar metanfetaminas e heroína, sobretudo para os Estados Unidos.

Enquanto estava fugindo, Guzmán procurou promover um filme sobre sua história, disseram autoridades após a detenção. Ele inclusive concedeu uma entrevista ao ator norte-americano Sean Penn, que escreveu um artigo para a revista Rolling Stones. As autoridades disseram que os contatos com Penn ajudaram na captura. Fonte: Associated Press.

A justiça polonesa rejeitou em definitivo o pedido de extradição americano de Roman Polanski, acusado nos Estados Unidos de ter estuprado uma menor de idade em 1977, anunciou a promotoria de Cracóvia, que desistiu de apelar da decisão de primeira instância favorável ao cineasta franco-polonês.

A análise dos motivos da decisão dos juízes "permite reconhecer como justificada a decisão do tribunal regional de Cracóvia de rejeitar a entrega de Roman Polanski às autoridades americanas", afirma um comunicado da promotoria.

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"Isto encerra os procedimentos judiciais contra Polanski", disse à AFP Jerzy Stachowicz, um dos advogados do cineasta.

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