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Na manhã desta terça-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro se filiou ao PL e aproveitou para trazer o senador Flávio Bolsonaro de volta ao Centrão. O evento que também marcou a saída do filho do Patriota reuniu líderes do bloco no Congresso, no auditório do complexo Brasil 21, em Brasília.

Flávio citou que a nova casa vai lhe disponibilizar mais "força, musculatura, seriedade e profissionalismo" caso confirme a candidatura para o próximo ano.

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Com 43 deputados federais, o PL é a terceira bancada mais robusta da Câmara e, por isso, Flávio revelou que gostaria de ter feito a mudança há mais tempo. 

Moro traidor

Ele agradeceu nominalmente a presença dos líderes do PP, PSL, Republicanos, Avante, PSC, Patriota e destacou o fato do bloco "não ter traído o presidente".

"A Política pode até perdoar traição, mas não perdoa o traidor", mencionou Flávio antes começar uma série de ataques contra o ex-ministro Sergio Moro. Mesmo sem citar expressamente o ex-juiz, o senador sugeriu que ele dificultou a venda de armas e seria favorável ao aborto.

Em seu livro sobre o período no Governo Bolsonaro, Moro relata que o presidente o impediu de investigar Flávio nas denúncias de rachadinhas. A restrição teria mostrado que a gestão não era comprometida com o combate à corrupção, não à toa, Jair costumava trocar os chefes da Polícia Federal (PF) para defender interesses próprios. A condição teria sido determinante para deixar o Ministério.

Em seu discurso de filiação, o senador rebateu as acusações e disse que, na verdade, Moro que havia interferido na PF.

Sem apoio para criar seu próprio partido, o Aliança Brasil, na manhã desta terça-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro filiou-se ao Partido Liberal (PL) em um evento no auditório do complexo Brasil 21, em Brasília. Após abandonar o PSL no primeiro ano de mandato, a filiação confirma a reintegração do gestor ao Centrão.

Antes de iniciar a fala, Bolsonaro fez com que o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) fizesse uma oração para abençoar sua ida ao PL.

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Com 43 deputados federais, a legenda é a terceira bancada mais robusta da Câmara, atrás do PSL (54) E PT (53).

"Estou me sentindo em casa [...] eu vim do meio de vocês", comentou Bolsonaro diante do seu time de ministros e dos representantes do Centrão no Congresso, com destaque ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Ao recordar sobre as quase três décadas no Legislativo, Bolsonaro externou a companhia dos convidados no evento trazia lembranças agradáveis de luta e embates pelo Brasil. Entre eles, os senadores Fernando Collor de Melo (PROS-AL) e Romário (PL-RJ), qualificado pelo presidente como "uma pessoa leal acima de tudo".

"Seremos uma família, mas vocês todos fazem parte dessa nossa família", reforçou em referência às demais siglas presentes. "A maioria somos nós", assegurou.

Passados os agradecimentos, o chefe do Executivo voltou a criticar as gestões do PT, com ênfase na Educação e nas leis de proteção ambiental.

"Nós todos conseguimos fazer brotar no coração do brasileiro um sentimento de patriotismo. A falar em Deus, Pátria e Família", destacou Bolsonaro, que comparou o Brasil à Venezuela para indicar que o país foi retirado de uma gestão de esquerda.

Dentre às críticas, contou que recebeu a proposta de R$ 1 bilhão de dólares para que Angra dos Reis limitasse a preservação para se tornar um destino turístico. No entanto, a legislação impede a liberação de uso comercial da área sem um decreto de autorização do Congresso.

Sobral, a cidade cearense em que o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) fez carreira, representa bem o problema que o PL enfrenta para ter o presidente Jair Bolsonaro filiado. Nas eleições de 2020, a legenda se aliou com o PT e o PSDB para apoiar a candidatura à reeleição do prefeito Ivo Gomes (PDT), irmão de Ciro.

Na quinta maior cidade do Ceará, o Partido Liberal conseguiu se aliar com três dos maiores rivais de Bolsonaro - o ex-presidente Lula (PT), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e Ciro, todos agora pré-candidatos a presidente para 2022. Alianças iguais a essa são encontradas em outras 15 cidades do País.

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Em Sobral, o PL não tem vereadores na Câmara Municipal, dominada por PDT, MDB e PSB, mas seu presidente provisório, Marcio Diego Guimarães, é secretário de Gestão Interna da cidade. Ao Estadão, ele disse que o PL local "só vai se manifestar quando houver posição concreta em relação à filiação de Bolsonaro".

Já no âmbito estadual, o PL tem maior relevância e se divide entre apoiadores e críticos ao governo do petista Camilo Santana, que é próximo dos irmãos Ciro e Cid Gomes. O presidente do PL no Ceará, Acilon Gonçalves, prefeito de Eusébio, na região metropolitana de Fortaleza, também é próximo ao governador. Procurado, ele afirmou que a direção estadual do PL "deu autonomia aos seus diretórios municipais" nas eleições de 2020.

Alianças

Sobral é só uma amostra de um quadro que é nacional. No total, o PL ajudou a eleger prefeitos com PT e PSDB em 517 municípios. Desses, 106 tiveram como candidatos representantes do PL, que somou 352 prefeitos entre 2020 e eleições suplementares.

Somente com o PT foram 212 coligações. Já com o PSDB, 346. Além dos municípios em que os candidatos venceram, o possível futuro partido de Bolsonaro se aliou com tucanos e petistas em outras 392 cidades em diversas regiões, entre elas Joinville (SC), Porto Alegre (RS), Macapá (AP), Manaus (AM), Aracaju (SE), Recife (PE) e Uberaba (MG).

A maior parte das cidades em que o PL se aliou com tucanos fica no Sul e no Sudeste, principalmente em São Paulo (112), Minas Gerais (65), Santa Catarina (56) e Paraná (54). No Rio, os dois partidos foram aliados em 22 das 92 cidades. Em Pernambuco, o PL esteve ao lado do PSDB em Caruaru, Petrolina, Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral.

O general Carlos Alberto dos Santos Cruz se filiou nesta quinta-feira, 25, ao Podemos. Ex-ministro da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro, o militar criticou o presidente e também os governos do PT, que deve ter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato no ano que vem.

"Esse conflito de direita, esquerda, esse extremismo, ele leva à violência. O final natural do fanatismo é a violência", disse o general, referindo-se, indiretamente, aos dois candidatos que polarizam as pesquisas de intenção de voto para presidente em 2022.

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O militar lembrou a experiência como coordenador da missão de paz no Haiti e comparou com o momento atual da política brasileira: "Passei cinco anos trabalhando em um ambiente, assistindo milhares de mortos fruto do fanatismo político. Isso não pode, o Brasil tem de repudiar todo esse fanatismo".

Apesar da entrada no Podemos, Santos Cruz evitou dizer se vai concorrer a algum cargo nas eleições do ano que vem e justificou a filiação como uma maneira de ajudar o projeto presidencial de Sérgio Moro, que entrou no partido no último dia 10 de novembro.

Também ex-ministro de Bolsonaro, Moro elogiou o general e exaltou a experiência dele na coordenação da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU). "É um dos militares de melhor currículo, de mérito, de construção de uma carreira extremamente sólida", disse o ex-juiz da Lava Jato.

O pré-candidato do Podemos à Presidência também deixou claro que, embora tenham sido auxiliares de Bolsonaro, ele e o militar hoje são críticos do governo.

"(Santos Cruz) não teve nenhum receio de se retirar do governo quando percebeu que o plano não era exatamente construir um País melhor, mas simplesmente atender a objetivos pessoais do governante do momento", afirmou Moro.

Podemos prepara campanha de filiações

Como forma de reforçar a pré-campanha de Moro, a legenda planeja uma série de eventos de filiações até o fim do ano. Entre os nomes que devem entrar na sigla estão o deputado Alexis Fonteyne, que vai sair do Novo, e o deputado Maurício Dziedricki, que sairá do PTB.

No mesmo evento, em um hotel em Brasília, a presidente do partido, Renata Abreu, confirmou a filiação de Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Lava Jato no Ministério Público Federal de Curitiba. "A gente vai definir agora, depois da filiação dos Santos Cruz, quando que vai ser a filiação do Deltan, mas possivelmente dia 10 (de dezembro) lá em Curitiba", disse a dirigente partidária, que ainda confirmou a intenção de lançá-lo para deputado federal.

Na cerimônia, Santos Cruz afirmou ainda que é contra a possibilidade de reeleição para o cargo de presidente da República, proposta também defendida por Moro. "Estou aqui para reforçar a ideia de que é uma boa medida para o Brasil (acabar com a reeleição)", disse o general.

Além de Moro e Santos Cruz, o evento contou com a presença das bancadas da sigla na Câmara e no Senado e dos presidentes estaduais do partido.

Ex-ministro da Secretaria de Governo do governo Jair Bolsonaro, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz tem filiação marcada para esta quinta-feira (25) ao Podemos, partido que planeja lançar o ex-ministro da Justiça Sergio Moro como candidato à Presidência da República. Nos bastidores há uma articulação para Santos Cruz ser candidato a vice de Moro.

A filiação de Santos Cruz e a possibilidade de uma eventual chapa presidencial com Moro é sinal visível do movimento de aproximação do ex-juiz da Lava Jato com oficiais da ativa e da reserva, um dos pilares de sustentação de Bolsonaro. Esta aproximação é recíproca por parte de alguns militares, que têm sinalizado disposição de apoiar uma eventual candidatura do ex-juiz, caso se confirme. No início do mês, Moro convidou outros generais para a cerimônia de sua filiação ao Podemos.

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Na tentativa de livrar da imagem de símbolo da antipolítica - por causa de sua atuação na Lava Jato - Moro tem procurado líderes de partidos do Centrão e da "terceira via" em busca de apoio à sua eventual candidatura. Nos últimos dias, o ex-juiz e dirigentes do Podemos conversaram com Republicanos, Patriota, Novo, Cidadania e União Brasil, legenda que será resultado da fusão do DEM com o PSL.

Ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, o Republicanos integra o Centrão e está na base do governo Bolsonaro, que espera apoio na campanha à reeleição.

Mesmo assim, líderes da sigla não fecham a porta para Moro. O deputado Marcos Pereira (AM), que comanda o partido, e sua colega de Câmara Renata Abreu, presidente do Podemos, são aliados.

Na terça-feira, Moro jantou com a bancada do Cidadania na Câmara. Organizador do encontro, o líder do partido, deputado Alex Manente (SP), fez elogios ao ex-ministro e disse ter "identidade" com as pautas que ele apresenta. "Dialogamos com todas as forças da terceira via, tentando buscar uma unidade capaz de vencer Bolsonaro e o ex-presidente Lula. Moro, na minha opinião, é o pré-candidato mais afirmativo desse campo", disse.

O partido tem o senador Alessandro Vieira (SE) como pré-candidato ao Planalto, mas ele já admitiu abrir mão da disputa em nome de um concorrente com mais chances. Quando questionado sobre Moro, entretanto, o presidente da sigla, Roberto Freire, diz que o ex-juiz é "mais um" entre os nomes apresentados pela terceira via.

Palanque

Moro esteve na quarta-feira (24), em Minas Gerais e participou de um almoço com o governador Romeu Zema (Novo). O líder do Podemos na Câmara, Igor Timo (MG), se mostrou esperançoso com a possibilidade de Zema abrir palanque para o ex-juiz, apesar de o Novo ter lançado o cientista político Luiz Felipe d’Ávila à Presidência. Timo avalia , no entanto, que isso não deve ser empecilho. "Existe uma convergência de bandeiras e ideais. Aos poucos as coisas vão se encaixando".

No começo do mês, Moro e Renata Abreu também estiveram com Ovasco Resende, presidente do Patriota. A exemplo dos outras siglas, Resende não fechou as portas para o ex-juiz, mas também não a abriu.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmou, nesta quarta-feira (24), sua filiação ao Partido Liberal (PL) na próxima terça-feira (30), conforme anunciado nessa terça (23) pela legenda. "Está tudo certo", afirmou o chefe do Executivo enquanto se dirigia, a pé, do Palácio do Planalto à Câmara dos Deputados para participar da cerimônia de entrega da medalha Mérito Legislativo 2021.

Esta é a segunda vez que a filiação de Bolsonaro é marcada pelo PL. O martelo foi batido, segundo o comunicado do partido, durante uma reunião entre o chefe do Executivo e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, nessa terça. 

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A filiação será às 10h30, em Brasília, no complexo Brasil 21.

A filiação do presidente Jair Bolsonaro ao Partido Liberal (PL) será oficializada no dia 30, próxima terça-feira, às 10h30, informou a legenda em nota oficial divulgada nesta terça-feira, 23. O ato deve acontecer em Brasília, no complexo Brasil 21.

"A definição da data é produto do encontro que, na tarde de hoje, 23, reuniu o presidente da República e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto", acrescenta o comunicado do partido.

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A agenda oficial de Bolsonaro não traz o encontro com Costa Neto. Mais cedo, em entrevista a uma rádio da Paraíba, o presidente afirmou que sua filiação à sigla do Centrão estava praticamente certa.

Após o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, receber "carta branca" dos diretórios estaduais, o presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, 23, que sua entrada no partido está quase certa.

"Está praticamente resolvido. Converso com ele (Valdemar Costa Neto) nos próximos dias. Mas, na política, só está fechado quando fecha", afirmou o presidente em entrevista à Rádio Correio, da Paraíba, sem precisar a data para a entrada no PL.

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Bolsonaro confirmou que o principal entrave para sua filiação ao partido é a aliança do PL com o PSDB em São Paulo, o maior colégio eleitoral do País. "(Costa Neto) tem compromisso com o vice-governador e tinha que acertar uma maneira de resolver", disse o presidente, numa referência a Rodrigo Garcia, pré-candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes.

O PL integra a base do governador de São Paulo, João Doria, e se comprometeu a apoiar Garcia na disputa pela sua sucessão, em 2022. Agora, a cúpula do partido quer abandonar a aliança para abrigar Bolsonaro, mas enfrenta resistências internas.

Lula e Moro

Durante a entrevista, o chefe do Executivo também minimizou as pré-candidaturas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro (Podemos) ao Palácio do Planalto. "Não estou preocupado com isso. O povo que escolha o melhor", afirmou. "A grande maioria da população não quer a volta do Lula. A gente vai para debate? Vai. Debato com Lula sem problema nenhum."

Bolsonaro também classificou como "censura" a desmonetização de canais que divulgam fake news, ordenada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mas, na sua avaliação, o veto de hoje é muito pior do que a ditadura militar praticou contra a imprensa.

"Esse tipo de censura não existia no período militar. O que não era permitido, muitas vezes, era uma matéria ser publicada. Daí o pessoal botava lá uma receita de bolo, um espaço em branco", disse o presidente, que apoiou o regime. "Censura, naquele momento lá, mas nem se compara com o que está acontecendo no Brasil."

Ao longo da resposta, Bolsonaro tentou justificar a censura. "Aí você vai naquela matéria que foi censurada (e pergunta): Foi censurada por quê? Não tinha razão de ser; era porque davam recados, naquela época, para seus comparsas aqui no Brasil, através daquele tipo de matéria", declarou.

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, informou ter recebido "carta branca" dos diretórios estaduais, nesta quarta-feira, 17, para mexer em alianças regionais e facilitar a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao partido.

Um dos principais pontos de divergência entre a cúpula do PL e Bolsonaro é justamente São Paulo, o maior colégio eleitoral do País. Foi por causa da aliança do PL com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e também pela disposição do partido em apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Estados do Nordeste que Bolsonaro decidiu adiar a filiação à sigla comandada por Costa Neto.

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O PL compõe a base aliada que dá sustentação a Doria na Assembleia Legislativa e tem cargos importantes na área de infraestrutura. Integrante do Centrão, o partido tem compromisso de apoiar o vice-governador Rodrigo Garcia, pré-candidato do PSDB ao Palácio dos Bandeirantes, mas Bolsonaro quer lançar para essa cadeira, em 2022, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

Em reunião realizada nesta quarta-feira, 17, com dirigentes dos diretórios estaduais e parlamentares, Costa Neto comunicou que a configuração dos palanques nos Estados sofrerá mudanças. Segundo o senador Wellington Fagundes (MT), o presidente do PL disse que o apoio ao PSDB paulista "pode ser revisto de acordo com as condições de agora".

Mesmo assim, ainda não há definição sobre quais arranjos estaduais serão mudados. "O partido definiu, homologou e entregou carta branca ao presidente Valdemar para que, em nome do diretório nacional, junto com os membros do diretório, possa ver caso a caso", disse Fagundes.

Vice-líder do governo, o senador Jorginho Mello (PL-SC) também demonstrou confiança na filiação de Bolsonaro. "O partido, unanimemente, entregou uma procuração ao presidente Valdemar para que ele trate com o presidente Bolsonaro e todo mundo vai receber o presidente de braços abertos", disse Mello.

Bolsonaro está em viagem por países árabes e só retornará ao Brasil nesta quinta-feira, 18. Apesar das declarações otimistas, a entrada do presidente no PL não está certa e ainda haverá um encontro entre ele e Costa Neto. A filiação estava marcada para o dia 22, mas foi adiada após troca de mensagens entre os dois, nos últimos dias, nas quais houve até xingamentos.

Ao chegar à reunião desta quarta-feira, o ex-senador e presidente do PL no Espírito Santo, Magno Malta, aliado de Bolsonaro, minimizou as divergências entre o partido e o presidente. "Temos que resolver problemas paroquiais. Nada além disso", afirmou.

No Nordeste, porém, o PL também tem alianças que esbarram nos planos de Bolsonaro. No Piauí, por exemplo, o partido está aliado ao governador Wellington Dias (PT). Na Bahia, embora o PL planeje se aliar a ACM Neto (DEM) para o governo estadual, há uma ala do partido que mantém proximidade com o governador Rui Costa (PT).

Já em Pernambuco, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), tem compromisso firmado com a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), para uma dobradinha com vistas à eleição ao governo estadual. Isso inviabiliza os planos eleitorais do ministro do Turismo, Gilson Machado, que é citado por Bolsonaro como candidato ao governo ou ao Senado no Estado.

Integrantes do PL rejeitam o ministro para a eleição majoritária e sugerem o nome dele para deputado federal. Tanto no caso do Piauí, quanto em Pernambuco, Costa Neto emitiu comunicados oficiais na semana passada garantindo a autonomia dos diretórios. Nesta quarta-feira, Anderson, que também é presidente do PL em Pernambuco, evitou comentar os planos eleitorais do ministro do Turismo, mas disse que "o partido está muito alinhado para receber bem o presidente Bolsonaro".

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) revelou que foi convidado para se filiar ao PP, mas só deve decidir quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) definir os próximos passos para a sua reeleição.

Em entrevista ao UOL, Mourão disse que o PRTB vive uma situação delicada e que não está acostumado com o troca-troca de siglas. "Eu não estou acostumado a troca de partido como a maioria dos políticos faz. Igual jogador de futebol. Hoje eu beijo o escudo do Flamengo, amanhã do Vasco. E segue o baile", disse.

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O vice-presidente revela ainda que as trocas de partido o constrange. "O partido (PRTB) ainda vive um momento delicado. Não venceu a cláusula de barreira nas últimas eleições, a liderança principal do partido, que era o seu presidente, Levy Fidelix, faleceu no primeiro semestre. Eu vejo que ainda preciso ajudar as pessoas de bem que estão lá no partido", afirma.

Hamilton Mourão aponta que ainda não recebeu o convite de Bolsonaro para permanecer na chapa na corrida eleitoral de 2022, mas prefere esperar para definir o seu futuro político.

Em nova reviravolta sobre seu destino político, o presidente Jair Bolsonaro colocou em dúvida, neste domingo (14), sua filiação ao Partido Liberal (PL), um dos integrantes do Centrão. Apoios do PL a políticos de esquerda irritaram o clã Bolsonaro. A filiação estava agendada para o dia 22, dias após o retorno de Bolsonaro ao País, após um giro por países árabes, mas tende a ser postergada.

"(A filiação) só vale depois que eu assinar embaixo", disse Bolsonaro neste domingo, durante visita à feita Dubai Air Show, nos Emirados Árabes Unidos. "Tenho muita coisa a conversar com o Valdemar Costa Neto ainda. Afinal de contas, não é a minha bandeira que vai ficar isolada no partido dele. Queremos um projeto de Brasil e o discurso não é apenas o meu, mas do presidente do partido também, nós estarmos perfeitamente alinhados."

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O presidente já havia declarado que estava 99% acertado com o PL, e o partido já confirmava sua filiação. Antes, Bolsonaro conversava também com o Progressistas e o Republicanos, além de siglas menores. Agora, nem a data de filiação, pré-agendada para o dia 22 de novembro, mesma legenda do partido, ele confirma.

"Quer saber a data da criança se eu nem casei ainda. Se até lá nos afinarmos, pode ser, mas acho difícil essa data. Estamos de comum acordo que podemos atrasar um pouco esse casamento para que ele não comece sendo muito igual aos outros", disse Bolsonaro.

Há desacordo principalmente sobre quatro Estados, três deles no Nordeste, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, costuma ter seu melhor desempenho eleitoral: Piauí, Pernambuco e Bahia. Além disso, São Paulo ainda está em questão. O Palácio do Planalto vai buscar um nome viável e alinhado para o Palácio dos Bandeirantes - o preferido do presidente é o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.

"A gente não vai aceitar por exemplo em São Paulo apoiar alguém do PSDB", disse Bolsonaro. "Não tenho candidato em São Paulo ainda. Talvez o Tarcísio aceite esse desafio."

Bolsonaro endossava as conversas do PL para apoiar uma candidatura do ex-governador tucano Geraldo Alckmin. Segundo o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o presidente teria dado um passo atrás depois de o tucano fazer o que o parlamentar considera um "gesto de amor ao PT".

"São Paulo estava tudo a princípio conosco podendo dar mais um passo, caso fosse possível conversar com o Alckmin, mas aí com essa declaração dele fazendo um gesto suicida ao Lula fica difícil. Vamos pensar numa candidatura própria em São Paulo", disse Flávio.

A discussão envolve acordos estaduais para lançamento de candidatos a serem lançados por Bolsonaro e pelo PL, além de nomes que o partido venha a apoiar. Bolsonaro não quer dar autonomia total ao partido. "Não pode o PL dá essa autonomia para o presidente de um diretório estadual de Pernambuco para o cara apoiar o PT", disse o senador.

Flávio disse considerar o desentendimento "contornável", mas argumentou que haverá um veto ao PT e partidos de esquerda. "É bastante óbvio que o partido para o qual o presidente vá tenha esse entendimento vertical da proibição de apoio institucional do partido a qualquer outro de esquerda nos Estados. É inegociável, nosso eleitoral jamais entenderia um diretório do PL em qualquer Estado apoiar um candidato do PT. Um deputado ou dois individualmente, sem problema", disse Flávio.

Durante a viagem pelos países árabes, Bolsonaro está mantendo conversas por telefone com o presidente do PL, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, condenado e preso no escândalo do mensalão. Bolsonaro vai voltar a conversar pessoalmente com Costa Neto ao retornar ao Brasil. Ele disse que deseja ainda tratar sobre posicionamentos de Valdemar a respeito das pautas conservadoras, de Defesa, Relações Exteriores e manter o "padrão" dos ministros do atual governo.

A entrada de Jair Bolsonaro no PL, marcada para o próximo dia 22, já começou a provocar problemas para a montagem de palanques com aliados do presidente. Em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, o PL apoiará a candidatura do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) ao Palácio dos Bandeirantes, embora Bolsonaro quisesse que seu novo partido lançasse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, à sucessão de João Doria.

A equação política para esse impasse não está fechada. Uma das alternativas cogitadas agora pela cúpula do PL é lançar Tarcísio como candidato ao Senado por Goiás. Mesmo assim, em conversas reservadas, bolsonaristas avaliam que costurar um acordo com Garcia equivale a ajudar Doria, ferrenho adversário do presidente, e tentam barrar esse acerto. Se o apoio do PL à candidatura de Garcia for mantido, deputados federais de São Paulo aliados de Bolsonaro já avaliam a possibilidade de não entrar no novo partido do presidente.

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O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, avisou a Bolsonaro ter dado a palavra a Doria de que vai aderir à campanha de Garcia. O PL integra o Centrão, tem indicações no governo de São Paulo na área de infraestrutura e comanda estruturas como o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

TARCÍSIO. Não é apenas a aliança com Doria que complica a situação do PL com Bolsonaro no Estado. Costa Neto também vê com reserva o nome de Tarcísio. Motivo: o ministro da Infraestrutura demitiu pessoas ligadas ao PL. Durante anos, a área de transportes foi feudo do partido chefiado por Costa Neto, condenado e preso no escândalo do mensalão.

As divergências, porém, não se resumem a São Paulo. O PL e Bolsonaro têm obstáculos a superar no Estados do Piauí e Alagoas - onde o partido de Costa Neto deve apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - e no Amazonas, onde o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos é adversário de Bolsonaro e ameaça sair do PL.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após ser preso no inquérito das fake news, usar tornozeleira eletrônica e ter os canais removidos da internet por determinação judicial por mentiras contra Guilherme Boulos (PSOL), nessa quinta-feira (11), o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio se filou ao PMN e lançou pré-candidatura ao Senado por São Paulo. 

"A minha presença é para tornar o PMN uma casa para os conservadores aqui de São Paulo", afirmou após a assinatura ao lado do presidente estadual do partido, João Garcia, e da esposa Sandra Terena.

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Como primeiro 'ato' de filiação convidou o amigo e ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, para integrar o projeto do PMN e se candidatar ao Governo de São Paulo.

"São Paulo vai ter um candidato de direita conservadora. Nós vamos ganhar a eleição", projetou o pré-candidato ao Senado.

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No ato de filiação de Sérgio Moro ao Podemos, realizado nesta quarta-feira, 10, em Brasília, dois ex-ministros de Jair Bolsonaro prestavam atenção ao discurso que o antigo colega de equipa ministerial fazia, repletos de críticas ao presidente. O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, que comandou a pasta da Secretaria de Governo, e Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, eram dos principais nomes entre os ex-aliados de Bolsonaro que se aproximaram de uma possível candidatura presidencial do ex-ministro da Justiça. Mas nas primeiras filas do auditório Ulysses Guimarães, parlamentares eleitos na onda do bolsonarismo, em 2018, já ocupavam as primeiras filas para ouvir as palavras de Moro, deixando o presidente Bolsonaro de lado.

Nessa plateia de ex-bolsonaristas, além dos ex-ministros estavam, por exemplo, os deputados federais Júnior Bozzella (PSL-SP), Professora Dayane Pimentel (PSL-BA), Julian Lemos (PSL-PB) e Luis Miranda (DEM-DF).

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"Todos têm o direito de apoiar e votar em quem quiser. Mas ninguém tem boas justificativas para votar em Lula ou em Bolsonaro. Dito isso, estamos no jogo da democracia e cada um defenderá quem melhor lhe representa. Eu me sinto representada por Moro", disse a deputada Professora Dayane.

"Moro é o herói de toda uma geração cansada de ver o Brasil ser saqueado por corruptos. Ele representa o significado mais genuíno do patriotismo. Deixou a toga e o ministério por convicção, por comprometimento com o país, e isso está na memória de todo brasileiro", disse Bozzella nas suas redes sociais.

Pivô de uma crise direta com o presidente Bolsonaro, por conta de denúncias feitas pelo seu irmão em relação à pressão para aquisição de vacinas contra a covid, o deputado Luis Miranda fez questão de posar para fotos ao lado de Moro.

"Nós continuamos combatendo a corrupção. Nós não nos aliamos a corruptos de nenhum lado. Nós não fechamos os olhos para os erros de ninguém. Nós pagamos um preço alto por isso. Nós temos a consciência tranquila. Nós vamos construir um país verdadeiramente diferente", afirmou o deputado.

O general Santos Cruz concorda que Moro pode se tornar a opção preferencial para quem, como ele, ficou decepcionado com o governo Bolsonaro.

"Na campanha de 2018, existia um entusiasmo muito grande para encerrar aquele período do PT. O PT estava desgastado por escândalos financeiros, escândalos de corrupção. Então, existia um entusiasmo geral para terminar aquele período e começar um novo. E Bolsonaro se apresentou com um discurso do qual não cumpriu nada", lembra o general.

Dentro de seu novo partido, Moro já desperta a admiração de aliados atuais de Bolsonaro, como os senadores Eduardo Girão (CE) e Marcos do Val (ES), que atuaram na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid alinhados ao governo Bolsonaro. Os dois compareceram ao ato de filiação. Girão considerou o discurso de Moro "sereno e forte".

"Participei do ato de filiação do ex-ministro Sérgio Moro ao Podemos. Em seu discurso sereno e forte, ele ressaltou a necessidade de diálogo para unir o País, a importância de enfrentar a corrupção, o retorno da prisão em 2ª instância, o fim da reeleição e do foro privilegiado", postou o senador nas suas redes sociais.

O presidente Jair Bolsonaro criticou, nesta quinta-feira (11), o discurso do ex-juiz da Operação Lava Jato Sérgio Moro, feito ontem em evento para marcar sua filiação ao Podemos. "Eu assisti porque foi meu ministro. Não aprendeu nada. Um ano e quatro meses não sabe o que é ser presidente, nem ser ministro", declarou Bolsonaro a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.

Abandonando a promessa de nunca entrar na política eleitoral, Moro se filiou ao Podemos com a intenção de disputar a Presidência da República. Em tom de candidato, Moro criticou Bolsonaro, de quem foi ministro da Justiça, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também prometeu uma força-tarefa para combater a pobreza e colocou-se "à disposição" para ajudar o País.

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O chefe do Executivo ainda disse aos apoiadores que "está difícil" escolher um candidato para as eleições de 2022 em São Paulo, o maior colégio eleitoral do Brasil. "A gente não vê nome", afirmou. Bolsonaro deseja lançar como candidato ao governo paulista o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas - que resiste ao convite e prefere ser candidato ao Senado por Goiás.

Após o presidente Jair Bolsonaro acertar filiação com o PL, o PRTB, partido do vice-presidente Hamilton Mourão, formalizou um convite para o presidente se filiar ao partido. Em vídeo publicado no site da legenda, a presidente nacional da sigla, Aldineia Fidelix, convidou o chefe do Executivo e seus filhos para se filiarem. Segundo ela, o PRTB está "de braços abertos para recebê-los".

"Na qualidade de presidente nacional do PRTB, eu, Aldineia Fidelix, venho aqui fazer um convite ao nosso presidente Jair Messias Bolsonaro, a seus filhos Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Carlos Bolsonaro, grupos políticos e militantes para filiar-se ao PRTB", anuncia Aldineia, em vídeo, na quarta-feira (10). A presidente nacional da sigla classifica o PRTB como "partido genuinamente da direita conservadora", em um aceno à convergência de ideias com o chefe do Executivo.

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Ao som do Hino Nacional brasileiro, Aldineia reforça o apoio dado ao presidente nas últimas eleições. "Já estivemos juntos em 2018 e parece ser destino do PRTB estar à disposição para lutarmos pelo bem do nosso povo e da nossa pátria", declara. "Portanto, eis-me aqui, eis aqui o PRTB. Damos boas vindas ao nosso presidente Jair Messias Bolsonaro. Vamos juntos, mais uma vez, em 2022, rumo a vitória."

A presidente nacional do partido concluiu o vídeo com o lema: "Deus, pátria e família".

Após ter brigado com o comando do PSL, Bolsonaro está, desde novembro de 2019, sem partido. Depois de tentar fundar o Aliança pelo Brasil, que não avançou por não ter conseguido as assinaturas necessárias para formalizar a sigla no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente negociou a entrada em vários outros partidos, dentre eles o PRTB. O chefe do Executivo, no entanto, enfrentou resistência pelas exigências às legendas.

No entanto, nesta semana, o presidente acertou sua filiação ao PL e, conforme apuração do Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a assinatura do partido deve ocorrer no próximo dia 22. O presidente estadual do PL no Rio de Janeiro, Altineu Côrtes, disse ainda que o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente, também se filiará ao partido no mesmo dia.

Nos momentos finais do evento de filiação ao Podemos, nessa quarta-feira (10), Sergio Moro foi chamado de traidor por um homem que atirou moedas no palco. Após o protesto, ele foi retirado por seguranças.

Moro havia acabado o discurso com críticas ao presidente Jair Bolsonaro e foi surpreendido enquanto apresentava a carta de filiação ao lado de representantes do Podemos no Congresso, como os senadores Marcos do Val e Eduardo Girão - integrantes da base governista na CPI da Covid.

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"Tá aqui suas moedas seu traidor", afirma o militante identificado como Joaquim. Em seguida, joga as moedas aos pés do ex-ministro da Justiça, que passou a ser cotado para disputar a Presidência pelo Podemos.

Moro chega a olhar as moedas espalhadas no palco, mas não reage ao xingamento. Dois seguranças são acionados pela presidente nacional do partido, a deputada Renata Abreu, e retiram o homem do local do evento.

"É isso que ele merece. Eu simplesmente dei as moedas. Não tinha, eu coloquei três moedas para ele. É um traidor que traiu a população brasileira em plena pandemia", disse Joaquim em referência à passagem bíblica de Judas Iscariotes.

O ex-juiz Sérgio Moro se filiou ao Podemos, nesta quarta-feira (10), e durante seu primeiro discurso como presidenciável, além de se colocar à disposição do povo brasileiro e criticar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – de quem era aliado, ele afirmou que o seu projeto político pretende criar uma espécie de força-tarefa para a erradicação da pobreza.

"Uma das prioridades do nosso projeto será erradicar a pobreza, acabar de vez com a miséria. Isso já deveria ter sido feito anos atrás. Para tanto, precisamos mais do que programas de transferência de renda como o Bolsa Família ou o Auxílio Brasil. Precisamos identificar o que cada pessoa necessita para sair da pobreza", declarou o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, fazendo uma leve crítica aos governos atual e do PT.

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"E, como medida prioritária, sugerimos a primeira operação especial: a criação da Força-Tarefa de Erradicação da Pobreza, convocando servidores e especialistas das estruturas já existentes. Ela será uma força-tarefa permanente e atuará como uma agência independente e sem interesses eleitoreiros, com a missão de erradicar a pobreza no país", emendou Moro.

Ainda na ótica do presidenciável, "muita gente pensa que isso é impossível, como diziam que era impossível combater a corrupção. Não é, e nem precisa destruir o teto de gastos ou a responsabilidade fiscal para fazê-lo. Nós podemos erradicar a pobreza e esse é o desafio da nossa geração”.

Em seu discurso de filiação ao Podemos, na manhã desta quarta-feira (10), Sergio Moro apresentou um plano de governo aparentemente distante da gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Favorável ao fim do foro pivilegiado e da reeleição em cargos do Executivo, o alinhamento mais evidente se apresentou no apoio à agenda liberal.

O ex-ministro da Justiça fez uma série de críticas a Bolsonaro e à irresponsabilidade fiscal do Governo, mas encerrou o discurso ao lado de apoiadores do presidente no Congresso como os senadores Marcos do Val e Eduardo Girão, que ganharam destaque na CPI da Covid.

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Apoiado no combate à impunidade, Moro disse que 'sonhava' que o sistema político ia se corrigir após a Lava Jato e repudiou esquemas como a 'rachadinha' e o 'orçamento secreto' no Legislativo. "É mentira dizer que acabou a corrupção, quando na verdade enfraqueceram as ferramentas para combatê-la", afirmou.  

Presidente só se preocupa com a reeleição

Para enfraquecer a corrupção, ele propôs o fim do foro privilegiado e reiterou a ambição em retomar a execução da condenação criminal em segunda instância.

Após a experiência ao lado do presidente, o ex-magistrado disse que passou a enxergar a necessidade de acabar com a reeleição no Executivo. "Presidente assim que eleito, e eu vi isso, começa desde o primeiro dia a se preocupar mais com a reeleição do que com a população. Está em permanente campanha política", revelou.

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Reformas e privatizações

Em seu projeto classificado como "não agressivo", o pré-candidato defendeu "a Verdade, a Ciência e a Justiça", e previu que o agravamento da crise econômica, que não aponta indícios de melhora. "Os juros vão aumentar ainda mais nesse governo", anunciou.

Defensor do livre mercado e mínima interferência do Estado, sua gestão na Economia vai manter as negociações para privatizar estatais e por reformas "bem feitas", sobretudo do sistema tributário.  

"Ao olharmos para as reformas que estão sendo aprovadas, o que percebe é que ninguém está olhando para as pessoas", considerou ao comentar sobre o furo de teto de gastos e as últimas movimentações do legislativo pela aprovação da PEC do calote.  

O presidente Jair Bolsonaro reúne-se nesta quarta-feira (10) com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para acertar sua filiação ao partido. A informação foi dada pelo próprio chefe do Executivo durante entrevista à Rádio Cultura FM, do Espírito Santo. "É a última conversa com ele. Acho que nós devemos bater o martelo hoje", declarou Bolsonaro. "É 99,9%, depende da última conversa hoje".

O presidente disse que ele e Costa Neto, condenado e preso no escândalo do mensalão, estão acertando "um pequeno detalhe" sobre a situação da legenda em São Paulo. "Se eu vier a disputar a reeleição, quero ter um candidato ao Governo do Estado de São Paulo, um candidato ao Senado e uma boa bancada de indicados. E está faltando acertar esse pequeno detalhe com o Valdemar", afirmou Bolsonaro. "Vou levar mais solução que problemas", garantiu, sobre sua filiação.

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Bolsonaro ainda chamou de "especulação" acordo que teria sido feito por ele de que caberá ao Progressistas, partido do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL), a indicação do vice na chapa para disputar a reeleição.

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