A morte do ator, diretor e roteirista norte-americano Chadwick Boseman (1976-2020) obviamente afetou os planos para a história de “Pantera Negra: Wakanda para sempre”. Ao perder o seu protagonista, a continuação teve que mudar o foco de sua trama, que se concentraria na relação entre o herói T’Challa, e seu filho. A sequência do sucesso de 2018, que arrecadou mais de um bilhão em bilheterias ao redor do mundo, estreia nos cinemas nesta quinta-feira (10).
O roteiro espelha um pouco a vida real e coloca a irmã (Letitia Wright) e a mãe (Angela Bassett) do protagonista para lidarem com as repercussões da morte do personagem, rei e protetor de uma das nações mais poderosas do mundo. “O filme era sobre o T’Challa lidando com as questões de se tornar pai, o que achávamos que era muito interessante. E quando perdemos Chadwick, o paradigma todo mudou e se tornou sobre uma mãe e uma filha”, contou o produtor Nate Moore à entrevista. “Achamos que isso era muito interessante, porque parecia verdadeiro em relação ao que essas personagens vivenciariam se T’Challa tivesse sido tirado delas. E também pareceu verdadeiro em relação aos atores que tiveram que viver esses papéis”, continuou.
##RECOMENDA##A morte de Boseman, aos 43 anos, surpreendeu o mundo e a indústria cinematográfica. Diagnosticado em 2016 com câncer de cólon, ele passou quatro anos sem falar publicamente sobre a doença. Em dezembro do mesmo ano, os estúdios Marvel anunciaram que manteriam o desenvolvimento da continuação e, que não escalariam outro ator para o papel. A tarefa de reajustar os rumos da história ficou com o diretor Ryan Coogler, responsável pelo primeiro filme, cujo roteiro divide com Joe Robert Cole.
Em algumas entrevistas a revistas americanas, o cineasta Cole afirmou que o tom do filme já seria parecido com o que é agora. Ao invés do luto da irmã e da mãe, o novo filme acompanharia o pesar do herói pelos anos em que ficou desaparecido por causa da ação do vilão Thanos em “Vingadores: Guerra Infinita” (2018).