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Parlamentares da França aprovaram hoje a contribuição do país com o mais novo pacote de resgate à Grécia, tornando-a a primeira nação europeia a fazê-lo. O Senado aprovou a contribuição junto com o plano de austeridade fiscal apresentado pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, para reequilibrar a economia do país.

A decisão ocorre em um momento no qual a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) adverte que os países desenvolvidos correm o risco de voltar à recessão. O resgate de 160 bilhões de euros à Grécia foi aprovado por líderes da zona do euro em 21 de julho, mas sofreu uma série de reveses políticos pelo continente e alguns especialistas já advertem que ele pode não ser suficiente para conter a crise da dívida.

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A participação francesa no resgate financeiro à Grécia é de 15 bilhões de euros. A França é a segunda maior economia da zona do euro. Os senadores da governista UMP, de centro-direita, votaram a favor, os socialistas se abstiveram e os comunistas votaram contra.

Hoje, a Grécia divulgou que sua economia encolheu mais 7% no segundo trimestre e a OCDE advertiu que o crescimento está se desacelerando nos países desenvolvidos. A OCDE recomendou que o pacote seja implementado rapidamente e defendeu medidas capazes de recapitalizar os bancos europeus, muitos dos quais são vistos como superexpostos a dívidas soberanas.

A aprovação de hoje fez da França o primeiro país europeu a aprovar o resgate à Grécia, que só deve ser implementado em 2012. Diversos governos europeus têm pressionado Atenas a atender às condições impostas pelos credores em troca da ajuda. As informações são da Dow Jones.

A Corte Constitucional da Alemanha validou hoje a participação do país nos pacotes de ajuda financeira à Grécia e a outros países da zona do euro, com a condição de que o Parlamento tenha uma participação maior na aprovação dos planos de resgate. A decisão foi recebida com alívio pelos mercados financeiros na Europa.

A corte de Karlsruhe considerou que a chanceler Angela Merkel respeitou a Constituição ao aprovar o primeiro pacote de ajuda concedido à Grécia, em maio de 2010, e a criação do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF).

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Merkel elogiou a decisão como um aval das políticas de seu governo. Em discurso no Parlamento, a chanceler afirmou que o euro significa para a Europa mais do que uma zona monetária em comum. "O euro é a garantia de uma Europa unificada", disse Merkel. "Se o euro desmoronar, a Europa desmorona", completou.

A decisão da corte é interpretada como uma modesta vitória para Merkel, que enfrentou a derrota de seu partido em eleições locais este ano, além de forte oposição pela forma como tem lidado com a crise europeia. Seu próximo teste será no final de setembro, quando o Parlamento votará propostas de mudanças ao FEEF. As informações são da Associated Press e Dow Jones.

Mais um caso de violência atingiu a imagem do futebol na Grécia. Um homem de 21 anos foi esfaqueado até a morte durante confrontos entre torcedores de equipes rivais na ilha de Creta, informou a polícia nesta segunda-feira. Outros dois jovens, de 19 e 21 anos, foram hospitalizados com ferimentos de faca que não ameaçam suas vidas.

A polícia disse que ao menos 30 pessoas participaram dos confrontos, que ocorreram nas primeiras horas da manhã em Iaklio, a principal cidade da ilha, e envolveu torcedores dos clubes OFI e Irotodos. Quatro pessoas foram presas por envolvimento nos incidentes e outros dois para que sejam interrogados, explicou a polícia.

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A violência dos torcedores é um dos problemas do futebol da Grécia, que está em crise e sofreu recentemente com um escândalo de manipulação de resultados. No início do ano, as autoridades gregas chegaram a cogitar a possibilidade de proibir a presença de torcedores de Panathinaikos e Olympiacos no clássico em outros esportes por conta da violência.

Os governos da Alemanha e da França vão se reunir separadamente com representantes de bancos e instituições financeiras de seus respectivos países para discutir as opções em torno da proposta de participação voluntária dos credores privados no esforço para evitar um default (não pagamento da dívida) da Grécia. Os encontros seguem-se ao acordo fechado na semana passada entre a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, prevendo a participação voluntária dos credores privados no resgate da Grécia.

Fontes disseram que o Ministério das Finanças da Alemanha vai se reunir com representantes de vários bancos e seguradoras alemãs para discutir uma rolagem voluntária da dívida grega pelos credores privados. Segundo as fontes, uma solução imediata não é esperada, já que as negociações estão em um estágio inicial. O Deutsche Bank, o Commerzbank e a seguradora Allianz devem estar presentes ao encontro.

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O porta-voz do ministério das Finanças da Alemanha, Martin Kotthaus, não falou sobre o encontro, mas disse que o governo estuda "possibilidades concretas" para um participação voluntária dos credores privados em uma nova ajuda à Grécia. "Buscamos iniciar as conversações com o setor privado, a nível nacional e internacional, para ver como podemos quantificar a participação" para o encontro de ministros das finanças da zona do euro de 3 de julho, disse o porta-voz.

O Commerzbank possui uma exposição de 2,9 bilhões de euros na dívida grega e é o maior credor do país entre outros bancos alemães. O Deutsche Bank possui uma exposição de cerca de 1,6 bilhão de euros na dívida grega, segundo informações divulgadas recentemente. Estima-se que a exposição total dos bancos alemães à dívida grega seja de 10 bilhões de euros a 20 bilhões de euros, disse ontem o diretor-gerente da associação alemã de bancos BdB, Michael Kemmer.

Segundo ele, os bancos deveriam receber incentivos como garantias pelos bônus gregos em troca da participação na solução dos problemas da Grécia. Pelos dados do início de junho do Banco de Compensações Internacionais (BIS), a exposição dos bancos alemães à Grécia estava em cerca de US$ 22,7 bilhões. As informações são da Dow Jones.

A Bolsa de Tóquio fechou em alta acentuada, com o crescente otimismo de que a Grécia pode aprovar medidas de austeridade e evitar um calote de sua dívida. Pesos pesados da bolsa japonesa, como Softbank e Sony, apresentaram forte valorização. O índice Nikkei 225 ganhou 169,77 pontos, ou 1,8%, e fechou aos 9.629,43 pontos.

Muitos investidores ficaram de lado, aguardando os resultados da reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) e os comentários do presidente do banco, Ben Bernanke, sobre as condições econômicas dos EUA.

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A notícia de que o primeiro-ministro grego, George Papandreou, havia sobrevivido à votação de uma moção de confiança no Parlamento fez a Bolsa de Tóquio abrir de forma positiva. As ações de bancos e corretoras subiram na medida em que diminuía o nervosismo sobre os problemas da dívida da Grécia. As informações são da Dow Jones

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