Dia 28 de março de 2004. Com gols de Gil Baiano, Batata e Kuki o Náutico bateu o Sport por 3x1, resultado que deixou o Leão fora da disputa pelo título do estadual, pondo fim a uma sequência de sete derrotas seguidas para o rival. Neste mesmo ano, o Timbu levantou pela última vez o troféu do Campeonato Pernambucano, na decisão contra o Santa Cruz. Tantos detalhes assim podem ter escapado da memória do torcedor, especialmente dos alvirrubros. Afinal, esse jogo foi há oito anos.
Os duelos que vieram em seguida fazem parte da recente história de fracassos alvirrubros na casa do adversário. Foram 18 jogos na Ilha do Retiro, entre partidas válidas pelo brasileiro da Série A, B e do pernambucano. O Leão venceu dez vezes e empatou as outras oito. O Timbu? Esse ficou sempre no quase.
##RECOMENDA##Nesse meio tempo já teve de tudo. O Náutico já esteve melhor, pior, no mesmo nível, com desfalques, com todos os titulares, a frente do placar, atrás, mas o resultado final era o mesmo. Nas entrevistas antes do duelo, o tom era confiante: “O jejum vai acabar”, “dessa vez vamos vencer”. No final, mais declarações do tipo “ jogar na Ilha é difícil”, “o empate foi um bom resultado”, “a arbitragem prejudicou”, entre outros. No lado do Leão, a confiança de que, independente da fase atual, jogar em casa contra o rival sempre é sinal de invencibilidade.
Novamente a Ilha do Retiro receberá um Clássico dos Clássicos, neste domingo (26), às 18h30. Algumas situações se repetem e outras dão um toque ainda mais especial ao duelo.
Caçador de rubro-negro?
A torcida do Náutico gosta de chamar o atacante Kieza de “caçador de rubro-negro”. O atacante tem um retrospecto positivo contra o Leão. Em sete jogos contra o Sport, Kieza venceu quatro vezes, empatando duas e perdendo apenas uma. Sua estreia contra o rubro-negro foi em 2009, quando defendia o Fluminense. Ele marcou dois gols na goleada do tricolor carioca por 4x1. Em outra estreia, desta vez com a camisa alvirrubra, Kieza deixou sua marca mais duas vezes, ajudando o Timbu a vencer por 3x2, resultando que não foi suficiente para levar o Náutico até a final do estadual de 2011. “Sou muito feliz nas partidas contra o Sport”, resumiu o artilheiro.
Mesmo pai, novos filhos
O estilo “paizão” de Waldemar Lemos foi fundamental para o acesso do Náutico a Série A. Agora, o técnico está do outro lado. Comandando o Sport, Waldemar vai rever seus antigos filhos no domingo, só que não quer passar a mão na cabeça deles. A pressão é grande e só a vitória interessa ao Leão.