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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comprometeu-se nesta terça-feira a "combater o antissemitismo" em todas as suas formas, visivelmente disposto a virar a página após uma série de polêmicas sobre o assunto.

"Hoje recordamos os seis milhões de judeus, homens, mulheres e crianças, cujos sonhos foram arrancados desta terra. Recordamos as milhões de outras vítimas inocentes dos nazistas", declarou Trump em uma cerimônia organizada no Congresso pelo Museu do Holocausto de Washington, na presença de sobreviventes dos campos de concentração.

"Vamos combater o antissemitismo, eu me comprometo", acrescentou, evocando, entre outros, o antissemitismo nas universidades e outros locais públicos. "Como presidente dos Estados Unidos, sempre estarei ao lado do povo judeu e do nosso grande amigo e parceiro, o Estado de Israel", prometeu.

Dias depois de tomar posse em 20 de janeiro, Trump provocou polêmica ao divulgar, por ocasião do dia mundial em memória das vítimas do Holocausto, um comunicado em que não mencionava os judeus.

O presidente republicano também havia sido criticado por sua reação - considerada tardia - a uma série de incidentes antissemitas nos Estados Unidos.

Os episódios de antissemitismo aumentaram 36% no Reino Unido em 2016, atingindo um novo recorde, segundo um relatório de uma organização judaica, publicado nesta quinta-feira.

A fundação de segurança da comunidade (Community Security Trust, CST) informou ter registrado 1.309 episódios de antissemitismo no ano passado, enquanto em 2015 foram 960, e em 2014, ano do recorde anterior, foram 1.182. A maioria dos incidentes foram classificados como "comportamento abusivo", incluindo abuso verbal e mensagens escritas de ódio.

A CST atribuiu o aumento a uma série de fatores, como os debates acalorados sobre o suposto antissemitismo no Partido Trabalhista, o primeiro da oposição, e o referendo do Brexit.

A publicação destes dados coincidiu com declarações do secretário de Estado de Polícia de que os incidentes racistas e xenófobos voltaram ao nível anterior ao referendo sobre a permanência na União Europeia, de 23 de junho. No mês seguinte à votação, que foi marcada pelo tema da imigração, houve um aumento de 41% deste tipo de agressões.

Um ex-guarda de Auschwitz, Reinhold Hanning, 94 anos, foi condenado nesta sexta-feira pela justiça alemã a cinco anos de prisão por "colaboração" na morte de 170.000 judeus.

"O acusado foi condenado a cinco anos de prisão por sua colaboração na morte de 170.000 pessoas", anunciou o tribunal de Detmold, no oeste da Alemanha. "Ele sabia que em Auschwitz pessoas inocentes eram assassinadas diariamente nas câmaras de gás", afirmou o tribunal.

Israel resgatou os últimos 19 judeus restantes que estavam no Iêmen depois de uma "operação secreta e complexa" para retirá-los do país devastado pela guerra, informou nesta segunda-feira (21) a Agência Judaica de Israel, que trabalha juntamente com o governo e que tem ligação com os judeus ao redor do mundo.

Os judeus desembarcaram em Israel ao longo dos últimos dias. Entre eles, estava um rabino que carregava um rolo da Torá de 500 anos. Centenas de judeus chegaram a Israel do Iêmen nos últimos anos, mas a maioria dos recém-chegados poderia marcar o fim desta imigração. Os 50 judeus restantes no Iêmen querem ficar no país, disse a agência.

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"Este é um momento muito significativo na história de Israel", disse Natan Sharansky, presidente da Agência Judaica. A Agência Judaica não revelou detalhes da missão secreta, caracterizada como uma "operação secreta e complexa". A missão foi chamada de "Miktze Teiman", uma frase em hebraico tirada de um versículo bíblico que traduzida significa "a partir das extremidades do Iêmen".

Os recém-chegados deixaram para trás uma intensa guerra civil no Iêmen e uma série de ataques anti-semitas no país, que a Agência Judaica disse que coloca em risco a comunidade.

Os judeus que optaram por ficar no Iêmen vivem principalmente na capital, Sanaa, onde eles moram em uma local fechado para a embaixada dos EUA e desfrutam da proteção das autoridades iemenitas, disse a agência. Cerca de 50 mil judeus chegaram a Israel do Iêmen desde 1949. Fonte: Associated Press.

O papa Francisco condenou qualquer tipo de violência religiosa e afirmou que os judeus são os "irmãos mais velhos" dos cristãos, durante visita à principal sinagoga de Roma, na Itália, onde se encontrou com a mais antiga comunidade judaica da diáspora. O encontro ocorre em um momento em que ataques extremistas ocorrem em diversas localidades do globo. A expressão "irmãos mais velhos" dos cristãos foi proferida por João Paulo II durante sua visita histórica à sinagoga 30 anos atrás.

A visita do papa Francisco dá continuidade à tradição de visitas papais que começou com João Paulo II em 1986 e continuou com Bento XVI em 2010. Também marca o 50º aniversário da revolução nas relações entre cristãos e judeus iniciada pelo segundo conselho do Vaticano - série de encontros realizados entre 1962 e 1965 que posicionaram a igreja na era moderna.

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Um dos resultados do conselho foi o documento "Nostra Aetate", que repudiou o fato de, por séculos, os judeus terem sido responsabilizados pela morte de Jesus. Francisco afirmou que a declaração equivalia a um "sim" à redescoberta das raízes judaicas do cristianismo e um "não" a todas as formas de anti-semitismo, assim como uma condenação de insultos, discriminações e perseguições delas derivados.

No início da cerimônia, o papa se juntou a um grupo de sobreviventes do Holocausto. Durante a solenidade, Francisco rejeitou todas as formas de anti-semitismo e lembrou que 6 milhões de judeus foram vítimas da "mais desumana barbárie, perpretada em nome de uma ideologia que pretendia substituir Deus pelo homem". "A Shoah nos ensina que devemos ter a máxima vigilância, a fim de sermos capazes de intervir rapidamente em defesa da dignidade humana e da paz", complementou.

O comentário chamou a atenção já que, em 2010, a visita do papa Bento XVI foi marcada por sua defesa de Pio XII, papa da época da Segunda Guerra Mundial acusado por muitos judeus de ter falhado na proteção do povo judaico durante o Holocausto. O Vaticano tem mantido a versão de que o Pio XII usou de diplomacia para tentar salvar os judeus. O papa Francisco não fez menção a Pio XII.

"A violência do homem contra o homem contradiz todas as religiões que carregam este nome, em particular as três religiões monoteístas", afirmou Francisco, em referência ao Cristianismo, Judaísmo e Islamismo. "Todo ser humano, sendo uma criatura de Deus, é nosso irmão independentemente de sua origem ou crença religiosa", complementou.

Membros da comunidade judaica adotaram discurso semelhante. "Um encontro de paz entre diferentes comunidades religiosas como este é um forte sinal contra a invasão e o abuso da violência religiosa", disse o rabino-chefe de Roma, Riccardo Di Segni.

Francisco tem um relacionamento de longa data com a comunidade judaica argentina, do tempo em que foi arcebispo em Buenos Aires. Entretanto, eventos recentes envolvendo o Vaticano desagradaram a comunidade judaica, como o recente tratado do Vaticano negociado com o Estado da Palestina. Fonte: Associated Press.

Israel indiciou neste domingo quatro judeus extremistas suspeitos de terem sido os autores de um ataque a uma residência palestina em julho deste ano. Na ocasião, uma criança e seus pais foram mortos, o que acabou estimulando a atual onda de violência entre israelenses e palestinos.

Os suspeitos são Amiram Ben-Uliel, de 21 anos, Yinon Reuveni, de 20 anos, e outros dois adolescentes cujos nomes não foram divulgados pelas autoridades. O bombardeio, ocorrido na aldeia de Duma, na Cisjordânia, foi realizado à noite, enquanto a família dormia. A criança assassinada tinha apenas 18 meses de vida e se chamava Ali Dawabsheh. Sua mãe foi identificada como Riham, e seu pai, Saad. Um segundo filho de quatro anos, Ali Ahmad, sobreviveu ao ataque.

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Embora o governo de Israel tenha autorizado uma série de investigações para desvendar o caso, os palestinos reagiram com indignação, intensificando o sentimento de justiça no território ocupado. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu "tolerância zero" na busca pelos criminosos.

O serviço de segurança israelense diz que os suspeitos indiciados admitem a realização do ataque, que teria como principal motivação uma suposta vingança pela morte de um israelense no mês anterior. Há anos judeus extremistas incendeiam propriedades de palestinos, bem como mesquitas, igrejas e escritórios de grupos israelenses que possuem uma postura mais pacífica em relação ao conflito. Fonte: Associated Press.

Enquanto os cristãos celebram o Natal no dia 25 de dezembro, judeus de todo o mundo já comemoraram o Hanukkah, tradição conhecida como a Festa das Luzes. Engana-se quem pensa que o Hanukkah trata-se do Natal dos judeus. A tradição possui suas próprias características, datas e celebrações. Quem conta sobre as principais diferenças sobre os dois festejos é o jovem Wolf Ganm, de 25 anos, que trabalha na Sinagoga Kahal Zur Israel, localizada no Centro do Recife, e segue as crenças do judaico-cristianismo desde criança.

O Hanukkah é uma festa judaica celebrada no 25º dia do mês hebraico de Kislev, que normalmente acontece entre os meses de novembro e dezembro. Wolf Ganm explica o motivo. “As festividades judaicas não têm uma data fixa de fato. Isso porque elas estão relacionadas às estações do ano. O início das estações sempre mudam e consequentemente as festividades mudam de data”, diz.

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Enquanto o Natal celebra o nascimento de Jesus Cristo, o Hanukkah comemora a reconsagração do Templo de Jerusalém e da descoberta de um pequeno fio de óleo nas ruínas deste santuário que teria fornecido luz para oito dias após a vitória de Judas, o Macabeu, sobre o rei greco-sírio Antíoco Epífano, no segundo século antes de Cristo. O milagre se deu porque o óleo do frasco era suficiente para um dia apenas, mas queimou por oito.

Por isso, durante o Hanukkah, os judeus acendem a cada noite uma das velas do Chanukiá, candelabro de nove braços. A nona chama, que é a do meio, é usada para abastecer as outras velas. Assim como no Natal, existem várias tradições associadas com o festival, incluindo uma ceia farta e a troca de presentes. Entre as comidas típicas do festejo estão pratos fritos no óleo, como sonhos e bolinhos. O vinho é a bebida predominante durante a celebração. Também é costume dar às crianças dinheiro para que elas comprem doces e brinquedos.

A principal semelhança entre as duas festas, segundo Wolf Ganm, é a vontade de estar junto. “Tanto o Natal quanto o Hanukkah têm esse caráter familiar de união e congregação”, comenta. Ele explica que não comemora o Natal, mas respeita os que acreditam na crença. “Eu comemoro mesmo o Hanukkah, mas desejo um feliz Natal para todos que acreditam”, ressalta o jovem. Neste ano, a festividade judaica foi comemorada a partir do dia 6 de dezembro, sendo que no domingo (13) todas as oito velas do Chanukiá estavam acesas. 

Os judeus da Dinamarca agradeceram ao convite do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mas rejeitaram a oferta de imigrar para Israel, depois do ataque a uma sinagoga no fim de semana em Copenhague.

"Estamos muito agradecidos pela amabilidade do senhor Netanyahu, mas, dito isto, somos dinamarqueses - somos judeus dinamarqueses - e não é o terror que nos fará ir para Israel", declarou à AFP Jeppe Juhl, porta-voz da comunidade judia da Dinamarca.

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No domingo, Netanyahu pediu aos judeus europeus que imigrem para Israel depois do atentado contra a principal sinagoga de Copenhague que deixou um morto.

"Novamente um judeu europeu perdeu a vida por ser judeu e este tipo de atentado se repetirá", advertiu Netanyahu.

Ele assegurou que seu país "preparado para acolher uma imigração em massa procedente da Europa".

Um jovem judeu perdeu a vida no lado de fora da sinagoga de Krystalgade, a mais importante da idade de Copenhague, supostamente vítima do mesmo homem que mais cedo havia atacado um centro cultural onde era realizado um debate sobre Islã e liberdade de expressão, matando outro homem.

A polícia de Israel prendeu nesta terça-feira dez integrantes de um grupo extremista que se opõe à convivência entre árabes e judeus. Segundo o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, as prisões aconteceram em Israel e na Cisjordânia. Os suspeitos, entre eles o líder do movimento, Bentzi Gopstein, foram presos sob a acusação de incitação ao racismo, à "atividade violenta e ao terror".

Segundo oficiais, as prisões ocorrem depois de uma investigação de dez meses que usou agentes infiltrados dentro do Levaha, grupo que se tornado conhecido no país. Na segunda-feira, Israel também condenou três membros da organização por atearem fogo a uma escola bilíngue no mês passado.

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O Levaha é conhecido por seus esforços para acabar com relações entre árabes e judeus. Sua popularidade aumentou nos últimos meses, em meio ao crescimento das tensões sobre um local santo de Jerusalém e uma recente onda de mortes provocadas por ataques palestinos.

Ativistas do grupo, que surgiu em 2009, fazem campanhas por telefone exortando judeus a não terem relacionamentos com árabes e incitando empresas a não contratarem mão de obra árabe. Em agosto, militantes do grupo fizeram um protesto em frente a uma cerimônia de casamento das duas etnias.

Membros do Levaha se comunicam utilizando o serviço de mensagens instantâneas WhatsApp, afirmou Avraham, um ativista de dezenove anos que não quis revelar seu sobrenome por medo das autoridades. "Muitas pessoas começam a entender que a convivência é ruim para o judaísmo", disse.

Os líderes do movimento afirmam que se opõem à violência e que simplesmente tentam prevenir que a juventude israelense seja assimilada. "Em vez de dar um prêmio pelo trabalho importante que faço resgatando as filhas de Israel, o Estado de Israel me algema", afirmou Gopstein, nesta terça-feira.

O Israel Religious Action Center, um observatório liberal judeu, afirma ter pedido insistentemente às autoridades para agirem contra o Levaha nos últimos anos. "Não precisávamos esperar por uma escola em chamas", afirmou Ruth Carmi, advogada do grupo. "Isto já estava anunciado." Fonte: Associated Press.

O governo francês prometeu mais ação para combater o antissemitismo após um ataque a um casal reavivar preocupações com o crescente número de incidentes de segmentação a judeus no país. O ministro do Interior Bernard Cazeneuve disse que a França vai "defender (os judeus) com toda sua força" e que a luta contra o antissemitismo "será uma grande causa nacional."

Várias centenas de pessoas se reuniram em uma manifestação neste domingo, no subúrbio parisiense de Créteil para chamar a atenção para a questão. A liderança da organização judaica da França diz que neste ano houve quase o dobro de incidentes antissemitas, em relação a 2013.

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Assaltantes invadiram um apartamento em Créteil na semana passada, amarraram um jovem e uma mulher, exigiram dinheiro e estupraram a mulher. Eles alegaram que o ataque foi motivado porque as vítimas eram judias. A França tem a maior comunidade judaica da Europa Ocidental. Fonte: Associated Press.

A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu aos cidadãos da Alemanha que participem de uma manifestação contra o anti-semitismo na próxima semana em Berlim, onde ela pretende discursar. Merkel disse que fará o que for possível para ter certeza de que o anti-semitismo não terá espaço na Alemanha.

Suas declarações acontecem após recentes protestos no país contra o conflito na Faixa de Gaza terem se transformado em ações anti-semitas, com sinagogas e judeus sendo atacados. Alguns manifestantes defenderam que os judeus deveriam ser mandados a câmaras de gás.

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Merkel destacou que a segurança dos judeus continua sendo uma prioridade para a Alemanha, 75 anos depois do início da Segunda Guerra Mundial, que resultou na morte de seis milhões de judeus. Ela expressou preocupação com a necessidade de proteção policial para instituições judaicas. "Precisamos coibir todos os sinais de anti-semitismo", afirmou. Fonte: Associated Press

O esquadrão antibombas desarmou na noite desta terça-feira (29), na frente de uma agência de turismo em Curitiba, um pacote com ameaças a judeus e referências à ação militar em Gaza.

A Projeto Israel leva turistas para o país e tem uma bandeira israelense na fachada. "Imaginamos que tenham achado que o lugar está ligado ao governo de Israel", disse o pastor Vilmar José de Souza, representante da agência.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Judeus alemães condenaram nesta segunda-feira a "explosão de ódio" contra a sua comunidade nas recentes manifestações no país contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

"Estamos experimentando neste país uma explosão de ódio violento e nefasto contra os judeus, que nos abala", declarou o presidente do Conselho Central de Judeus da Alemanha, Dieter Graumann.

Manifestantes carregando bandeiras palestinas e imagens do líder falecido Yasser Arafat proferiram insultos e gritos antissemitas nestas manifestações, segundo a imprensa alemã.

Nos protestos de Berlim foram ouvidas frases como "Morte a Israel!" e "Os sionistas são fascistas, matando crianças e civis".

Um imã em Berlim rezou publicamente pela aniquilação dos judeus sionistas, pedindo a Alá que "mate até o último deles", segundo um vídeo publicado na internet pelo jornal israelense Haaretz.

Graumann denunciou em um comunicado que nunca poderia ter imaginado que voltariam a ser ouvidos cantos tão repugnantes e primitivos nas ruas da Alemanha contra os judeus.

Ele pediu "uma clara e forte condenação por parte de políticos, meios de comunicação e da sociedade civil" no país onde o Holocausto foi organizado.

Várias manifestações pró-palestinas e contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza foram realizadas nos últimos dias em várias cidades europeias, incluindo na França, onde algumas delas terminaram em atos violentos.

Uma pichação em hebraico insultando Jesus foi descoberta nesta sexta-feira nos muros de uma igreja em Beersheba, sul de Israel, a três dias da visita do Papa Francisco, anunciou o porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld.

A pichação, contra a mãe de Jesus, foi fotografada para a polícia que distribuiu as imagens.

Além disso, segundo Rosenfeld, dois israelenses judeus foram detidos nesta sexta-feira em Jerusalém por terem colado cartazes "condenando o cristianismo e o Papa", e libertados sob a condição de não se aproximar do pontífice.

A polícia anunciou ter iniciado medidas de segurança contra 15 ativistas de extrema direita suspeitos de querer "causar problemas" durante a visita do Papa e fortaleceu a proteção de certos locais sagrados cristãos.

As autoridades israelenses lutam há meses contra um ressurgimento de atos de vandalismo racista e de intolerância atribuídos a extremistas judeus, que se intensificaram com a aproximação da chegada do Papa, esperado em Jerusalém domingo à noite depois de sua visita a Amã e Belém domingo de manhã.

"Não temos nenhuma informação sobre planos contra o próprio Papa, mas há planos para constranger o Estado de Israel ou perturbar a ordem pública durante esta visita sensível", disse na quinta-feira o chefe da polícia de Jerusalém, Yossi Pariente.

Abel Ferrara, diretor do polêmico filme "Welcome to New York", inspirado no escândalo DSK, rebateu acusações de antissemitismo em entrevista à AFP neste domingo.

"Eu não sou antissemita. Espero que não seja. Fui criado por mulheres judias", disse o norte-americano Ferrara.

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O jornal francês Le Monde e a ex-mulher de Dominique Strauss-Kahn, Anne Sinclair, avaliaram que a descrição da esposa do protagonista, interpretada pela britânica Jacqueline Bisset, é antissemita.

A personagem é apresentada como uma mulher rica, que ajuda o estado de Israel e herdou uma fortuna acumulada durante a guerra.

Em entrevista ao site The Huffington Post, a jornalista Anne Sinclair falou sobre seu "desgosto ao ver o suposto cara-a-cara dos protagonistas, onde os autores e produtores do filme projetam seus fantasmas sobre o dinheiro e os judeus".

"As alusões à minha família durante a guerra são particularmente degradantes e difamatórias. Elas contam exatamente o contrário do que aconteceu. Meu avô (o comerciante de arte Paul Rosenberg, ndlr) teve que fugir dos nazistas, e teve a nacionalidade francesa retirada pelo governo de Vichy. Meu pai entrou na França Livre e lutou até a Liberação. Dizer outra coisa que não isso é calúnia", continua Sinclair, chamando os ataques de "claramente antissemitas".

A jornalista explica que, mesmo assim, não pretende levar o caso à justiça. "Eu não ataco a sujeira, eu a vomito".

Questionado pouco antes da publicação da entrevista de Sinclair, Abel Ferrara se defende e diz não ter manchado a memória do pai da ex-mulher de DSK. "Não foi um colaborador. Ele quase foi morto pela Gestapo. Ele foi justamente o oposto disso, e quase teve o mesmo destino que outros seis milhões de judeus".

A polícia israelense prendeu sete menores de idade judeus acusados de atos de vandalismo racistas em Jerusalém, anunciou a porta-voz da polícia, Luba Samri. Os adolescentes, com idades entre 13 e 15 anos, picharam a frase "O preço a pagar", utilizada pelos colonos extremistas e ativistas de ultradireita contra locais de culto muçulmanos e cristãos, e mensagens em homenagem ao rabino Meir Kahane (líder do movimento Kach de inspiração racista antiárabe).

A polícia prendeu nesse domingo (4) na área antiga de Jerusalém outros três jovens israelenses. Eles cuspiram em um sacerdote e tinham em suas mochilas bandeiras israelenses com a palavra "Nekama" (vingança em hebraico) e "O preço a pagar", segundo a porta-voz.

Os menores serão levados para uma audiência com um juiz para uma eventual prorrogação da detenção. As agressões contra árabes e cristãos aumentaram nos últimos meses. A ministra da Justiça israelense, Tzipi Livni, afirmou que as ações dos colonos extremistas deveriam ser tratadas como atos "terroristas".

Eva Braun, a esposa de Adolf Hitler, pode ter tido origens judaicas, segundo novas análises de DNA realizadas para um documentário que será transmitido na quarta-feira pelo canal britânico Channel 4.

Esta tese se apoia na análise de cabelos provenientes de uma escova encontrada em Berghof, a residência de Hitler na Baviera, onde Eva Braun passou a maior parte do tempo durante a Segunda Guerra Mundial.

Nos cabelos, os pesquisadores encontraram uma sequência específica de DNA "fortemente associada" aos judeus asquenazes, que representam aproximadamente 80% da população judaica.

Na Alemanha, muitos judeus asquenazes se converteram ao catolicismo no século XIX.

"É uma descoberta impressionante. Jamais teria imaginado ver um resultado potencialmente tão extraordinário", comentou Mark Evans, o apresentador do programa "The Dead Famous DNA" no Channel 4.

Segundo os produtores do documentário, tudo indica que os cabelos analisados são provenientes de Eva Braun, mas o único meio de garantir formalmente seria compará-los com o DNA de um de seus dois descendentes vivos, mas eles se negaram a se submeter à análise.

Eva Braun foi amante durante longos anos de Hitler. Eles se casaram no dia 29 de abril de 1945, na véspera do suicídio de ambos no bunker do ditador nazista em Berlim.

O presidente do Irã, Hassan Rohani, doou quantia equivalente a US$ 170 mil ao único hospital israelita do país, informa a agência estatal de notícias Irna.

Esta é a segunda vez que o atual presidente iraniano colabora financeiramente com o Hospital Doutor Sapir, estabelecido desde 1942 em Teerã. No ano passado, Rohani fez uma doação no mesmo valor ao hospital.

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A doação é considerada parte da promessa de Rohani de dar mais atenção às minorias do Irã. Atualmente, cerca de 25 mil judeus vivem na república islâmica. Trata-se da maior comunidade judaica em um país do Oriente Médio fora de Israel. Fonte: Associated Press.

O idoso alemão que escondia em seu apartamento de Munique centenas de obras de arte espoliadas dos judeus pelos nazistas afirmou que não entregará o material de forma voluntária.

Cornelius Gurlitt, de 80 anos, disse à revista Der Spiegel que seu pai, um poderoso comerciante de arte da época nazista, adquiriu as obras de forma legal e que, como herdeiro, se considera o legítimo proprietário. "Não devolverei nada voluntariamente", disse a um jornalista que afirmou ter passado 72 horas com o excêntrico idoso na semana passada. "Espero que isto seja resolvido em breve e consiga recuperar meus quadros", completou.

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Gurlitt disse que entregou documentos "suficientes" aos promotores que o investigavam por fraude fiscal e apropriação de bens. De acordo com o idoso, os documentos comprovam sua inocência.

Também disse estar impactado com toda a atenção midiática do caso, incluindo a presença de fotógrafos na porta de sua casa ou que o seguem durante as compras. "Não sou Boris Becker", declarou à revista, em referência ao ex-tenista alemão.

"O que desejam de mim?".

O pai de Gurlitt, Hildebrand Gurlitt, foi um comerciante de arte que recebeu dos nazistas a missão de vender obras confiscadas, saqueadas ou extorquidas para obter divisas.

Apesar de ter vendido a maior parte das obras, se apropriou de um bom número delas. As autoridades acreditavam que grande parte da coleção estava perdida ou havia sido destruída, mas elas foram encontradas durante uma investigação de rotina na casa de Gurlitt em fevereiro de 2012.

O tesouro encontrado está armazenado atualmente em um local não revelado.

As autoridades da Alemanha deixaram o caso em sigilo para evitar de pedidos de recuperação das obras, que incluem peças de Picasso, Matisse, Chagall, Renoir e Delacroix.

Várias famílias judaicas e museus já reclamaram parte das obras que foram roubadas há mais de 60 anos. Muitos criticam o fato do caso ter sido revelado apenas por uma revista alemã, a Focus.

Três em cada quatro judeus europeus (76%) consideram que o antissemitismo progrediu nos cinco últimos anos na União Europeia, em particular através da internet, revela nesta sexta-feira um estudo da UE.

Duas em cada três pessoas interrogadas encaram o antissemitismo como um verdadeiro problema, e este sentimento é mais forte na Hungria (91%), na França (88%) e na Bélgica (88%), segundo um relatório feito pela Agência de Direitos Fundamentais (FRA) da União.

A pesquisa foi realizada na internet entre setembro e outubro de 2012, com pouco menos de 6.000 europeus que se definem de confissão judia e que são provenientes de oito países - Alemanha, Bélgica, França, Grã-Bretanha, Hungria, Itália, Letônia e Suécia - que reúnem 90% dos judeus da UE.

Cerca da metade das pessoas teme uma agressão verbal em local público e um terço teme um ataque físico. Mas, para 75% dos perguntados, o antissemitismo se manifesta principalmente na internet e na imprensa (59%).

Um dos entrevistados, de nacionalidade francesa, denuncia "os fóruns de discussão na internet e os comentários no YouTube, (que) estão cheios de mensagens antissemitas e antissionistas".

Algumas especificidades aparecem em função dos países. Assim, na França, para 78% das pessoas perguntadas, o antissemitismo se expressa em atos de vandalismo contra os edifícios, quando a média europeia não supera 45%.

"Pedem que nos dispersemos rapidamente na saída da sinagoga, com um serviço de segurança importante quando, que eu saiba, isso não é necessário na saída das igrejas, nem dos templos ou das mesquitas", lamenta um francês.

Para 84% das pessoas questionadas na Hungria (contra 44% de média na Europa), o antissemitismo está presente no discurso político, quando, desde abril de 2010, o partido de extrema direita Jobbik, abertamente antissemita, possui 43 dos 386 deputados no Parlamento.

O antissemitismo é um exemplo inquietante da persistência de "alguns preconceitos através dos séculos", denunciou o diretor da FRA, o dinamarquês Morten Kjaerum: "Não tem seu lugar na sociedade de hoje".

As conclusões da FRA são publicadas coincidindo com a celebração neste fim de semana dos 75 anos da "Noite dos Cristais" contra os judeus durante o Terceiro Reich, momento que mostrou ao mundo a violência antissemita do regime nazista.

Na madrugada de 9 para 10 de novembro de 1938, e durante todo o dia que se seguiu, propriedades de judeus foram saqueadas em todo o país, sinagogas foram queimadas e 30.000 homens presos e deportados.

Este pogrom, que terminou com 90 pessoas mortas entre a população judaica alemã, foi apresentado como uma revolta espontânea em resposta ao assassinato de Ernst vom Rath, secretário da embaixada alemã em Paris, por Herschel Grynszpan, um estudante de 17 anos que queria vingar a expulsão de sua família da Alemanha, junto aos cerca de 15.000 outros judeus poloneses.

Mas os tumultos foram, de fato, organizados pelo regime de Hitler.

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