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O Papa Bento XVI fez um forte apelo neste domingo pela paz na Síria e no Oriente Médio, condenando a violência como "o que gera tanto sofrimento". Falando em uma missa campal celebrada com uma grande multidão presente na capital do Líbano, o Papa pediu à comunidade internacional, e especialmente aos países árabes, que encontrem uma solução para acabar com o conflito na Síria. O padre Frederico Lombardi, porta-voz do Vaticano, afirmou que os organizadores locais estimaram a multidão em 350 mil pessoas.

"Por que tanto horror? Por que tantas mortes?", questionou Bento XVI, lamentando que "as primeiras vítimas sejam as mulheres e as crianças". Ele afirmou que os cristãos devem fazer sua parte para acabar com a "trilha sombria de morte e destruição" na região. "Eu vos rogo que sejais pacificadores", pediu. Bento XVI disse que a justiça e a paz são necessárias para construir "uma sociedade fraternal, para construir uma amizade".

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No local onde foi colocado o altar para a celebração da missa, usou-se terra recuperada com detritos da guerra civil do Líbano (1975 a 1990), simbolizando a paz e a reconciliação entre cristãos e muçulmanos. O Papa, que tem 85 anos e vestia paramentos verdes, conforme o tempo litúrgico, pareceu aguentar bem o calor do Mediterrâneo. Helicópteros sobrevoaram a área e soldados fizeram bloqueios, patrulhando as ruas do centro de Beirute. Quando Bento XVI chegou ao local da missa, no papamóvel a prova de balas, a multidão gritava e sacudia pequenas bandeiras do Vaticano e do Líbano.

A visita papal ao Líbano ocorre num momento de cada vez maior tensão sectária na região, agravada pelo conflito na Síria, que vive uma guerra civil há 18 meses. No encontro com jovens, realizado na noite de sábado, o Papa disse que admira a coragem a juventude síria e que não esqueceu seu sofrimento. Representantes dos mais diversos grupos religiosos do Líbano compareceram ao encontro.

O patriarca Bechara al-Rai, líder da igreja oriental maronita, que se submete à autoridade do Papa, referiu-se ao pontífice antes da missa: "Sua visita é uma válvula de segurança num momento em que os cristãos sentem a instabilidade e estão fiéis, resistindo para confirmar que estão profundamente enraizados em sua terra, apesar dos grandes desafios." Muitos cristãos no Oriente Médio estão desconfortáveis com os protestos iniciados na chamada Primavera Árabe, que tem levado ao fortalecimento de grupos islâmicos na maioria dos países que tiveram tumultos.

O representante do grupo militante islâmico xiita Hezbollah que compareceu à missa, Nawaf al-Moussawi, declarou à TV libanesa LBC: "Nossa mensagem é de que queremos trabalhar juntos por um Oriente Médio e uma região onde as religiões e seitas vivam sobre a base da justiça que leva à paz."

Al-Moussawi acrescentou: "O que reclamamos sobre a região hoje é que está sofrendo com a injustiça das políticas coloniais", numa referência aparente aos Estados Unidos. "Nós só vemos suas frotas." O Hezbollah é um aliado da Síria, que acusa o Ocidente e os árabes de conspiração. Os Estados Unidos consideram o Hezbollah uma organização terrorista. O porta-voz do Vaticano, padre Lombardi, não quis detalhar qual é a posição da Santa Sé sobre o grupo. As informações são da Associated Press.

Em um discurso feito a uma multidão estimada em 20 mil jovens neste sábado (15), o papa Bento XVI disse em Beirute que admira os sírios pela coragem demonstrada pelo povo da Síria e que não esqueceu os que estão sofrendo no Oriente Médio. "Eu gostaria de dizer o quanto eu admiro a coragem de vocês", disse Bento XVI ao falar em francês, língua que é compreendida por muitos sírios e libaneses. "Digam a suas famílias e amigos que estão em casa que o papa não esqueceu vocês. Digam aos que estão ao redor de vocês que o papa está entristecido pelos sofrimentos e a aflição que vocês sentem", falou aos jovens sírios na multidão. Atualmente, cerca de 70 mil sírios estão refugiados no Líbano. Mais de 250 mil sírios fugiram do país desde que estourou a guerra civil em março do ano passado.

Bento XVI pediu também pela liberdade religiosa no Oriente Médio, ao dizer que ela é central em uma região deflagrada por conflitos religiosos e sectários. "É a hora de cristãos e muçulmanos ficarem juntos e colocarem um fim à violência e à guerra", disse. "Não nos esqueçamos que a liberdade religiosa é um direito fundamental, da qual derivam vários outros direitos", ele disse, quando falou mais cedo a funcionários do governo libanês, diplomatas e religiosos no palácio presidencial de Babda, no sul de Beirute.

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"Eu rezo pelos jovens da Síria. A coragem de vocês me moveu e eu rezo pelas suas famílias. Estou triste mas nunca esqueci o Oriente Médio que sofre. É hora dos cristãos e muçulmanos se unirem e colocarem um fim à violência", disse, em trecho de discurso reproduzido pelo jornal libanês An-Nahar. Bento XVI também saudou os jovens muçulmanos que compareceram ao local para escutar o discurso.

Ele disse que cristãos e muçulmanos no Líbano dividem o mesmo espaço - às vezes a mesma família - e perguntou: "se é possível nas famílias, porque não em uma sociedade inteira?" Casamentos nos quais marido e mulher são de religiões diferentes não são raros no Líbano. A vista de bento XVI ao Líbano, onde 40% da população é cristã, ocorre num momento de fortes tensões sectárias na região, alimentadas pela guerra civil na Síria, que dura 18 meses, e recentemente pela divulgação do filme "A Inocência dos Muçulmanos", feito nos EUA e que aumentou a fúria de radicais islâmicos.

Milhares de cristãos fugiram da Síria nas províncias onde ocorrem combates pesados entre as tropas do presidente Bashar Assad e os insurgentes, particularmente na província de Homs. Os rebeldes, quase todos muçulmanos sunitas, passaram a controlar os bairros cristãos de Hamidiyeh e Bustan Diwan em Homs, após os moradores terem fugido em fevereiro. Os cristãos formam cerca de 10% da população de 22 milhões da Síria. Um padre de Homs disse à Associated Press que quase todos os 80 mil moradores do bairro de Hamidiyeh fugiram de Homs. As informações são da Associated Press.

O Vaticano informou nesta sexta-feira que os preparativos para a viagem do papa Bento XVI ao Líbano continuam em curso, apesar da deterioração da situação de segurança no país, que passou a sofrer com conflitos sectários em Tripoli, segunda maior cidade libanesa, como efeito da guerra civil na Síria.

A Rádio do Vaticano informou hoje que Bento XVI visitará a capital libanesa Beirute entre 14 e 16 de setembro, "apesar do clima de crescente tensão" no Líbano. O monsenhor Georges Masri, patriarca dos católicos libaneses, disse que os confrontos em Tripoli, que fica 100 quilômetros ao norte de Beirute, não afetarão a viagem papal. O cardeal Jean-Louis Tauran disse à imprensa em Rimini, na Itália, que a visita de Bento XVI ao Líbano está confirmada.

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As informações são da Associated Press.

Novos confrontos irromperam nesta sexta-feira na cidade libanesa de Tripoli, no norte do país, entre muçulmanos sunitas, majoritários na cidade, e alauitas, partidários do presidente sírio Bashar Assad. Os confrontos começaram nesta sexta-feira após a morte de um jovem xeque de 28 anos, importante na comunidade sunita, Khaled al-Baradei. O jovem xeque foi morto a tiros no bairro de Qobbeh e seu falecimento acabou com uma frágil trégua que havia sido negociada ontem pelo primeiro-ministro libanês Najib Mikati, que é natural de Tripoli. Pelo menos mais uma pessoa foi morta e outras 17 feridas em Tripoli nesta sexta-feira, disseram funcionários civis e militares libaneses.

A morte do jovem xeque eleva a 12 o total de mortos em Tripoli nos últimos cinco dias, informa a agência France Presse (AFP). No total 86 pessoas ficaram feridas, incluído um menino de seis anos que foi atingido por um franco-atirador e ficou paraplégico. O governo libanês despachou tropas de Beirute para o norte e alertou as forças de segurança a "trazerem a situação sob controle, proibirem qualquer presença armada e prenderem todos os que levarem armas", disse em comunicado.

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As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Novas lutas iniciaram-se nesta quinta-feira na cidade de Trípoli, norte do Líbano, deixando um morto e dois feridos, afirmou uma fonte das forças de segurança, apesar de uma trégua entre os combatentes contra e a favor do governo da Síria. Já há relatos de mais duas mortes.

O último incidente aumenta para ao menos 10 o número de mortos nos confrontos que começaram na segunda-feira entre os moradores do bairro de Bab el-Tebbaneh, dominado por sunitas, e aqueles de Jabal Mohsen, que aderem ao ramo Alauita do Islã.

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A violência acontece apesar de um cessar-fogo entre forças locais, polícia e autoridades religiosas, que começaria na quarta-feira. Os dois lados utilizam mísseis antitanques e armas automáticas na lutas, que também deixaram mais de 80 feridos. As informações são da Dow Jones.

Pelo menos oito pessoas foram mortas em confrontos que aconteceram nesta quarta-feira em Tripoli, no norte do Líbano, entre partidários contra e a favor do presidente sírio Bashar Assad, informaram as forças de segurança libanesas. A emissora Al Jazeera, que reportou de Tripoli, informou que existe o risco do governo libanês - uma frágil coalizão entre muçulmanos sunitas, xiitas e cristãos - cair. Nesta quarta-feira, muçulmanos sunitas, majoritários em Tripoli e no norte do país, trocaram tiros com os alaiutas na cidade do norte libanês. O exército libanês disse, em declaração reproduzida pelo jornal An-Nahar, que não se retirará da cidade. Já o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, tenta negociar um cessar-fogo.

O ambiente em Tripoli era tenso nesta quarta-feira, com homens armados dirigindo ao redor da cidade e disparando armas automáticas para o alto. Entre os mortos, está um menino de 13 anos e 75 pessoas foram feridas, incluído um menino de seis anos que ficou paralisado após levar um tiro. Pelo menos 15 soldados libaneses ficaram feridos, disse o governo.

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Os combates irromperam na segunda-feira em Tripoli, onde a maioria da população é muçulmana sunita e hostil a Assad, que é alauita, uma dissidência do xiismo. A violência dos combates é tamanha que armas antitanques estão sendo usadas nas trocas de tiros em regiões densamente povoadas, com prédios de apartamentos.

O primeiro-ministro Mikati apelou ao exército libanês e às forças de segurança a "fazerem o que puderem parar acabar com essa batalha absurda". O Exército do Líbano disse que os soldados estão caçando francoatiradores em Tripoli e "apreenderam UAM quantidade de bombas, armas e munições", informou a agência France Presse (AFP).

Os tiroteios começaram na segunda-feira nos bairros de Bab el-Tebbaneh e Jabal Mohsen, mas se espalharam por grande parte da cidade portuária. Colunas de fumaça podiam ser vistas nesta quarta-feira no topo de prédios atingidos, enquanto vários civis deixaram a cidade.

"Nós alertamos repetidas vezes contra o risco de mergulharmos nesse incêndio que está se espalhando pelo Líbano", disse Mikati, a respeito da guerra civil na Síria, que começou em março de 2011. "as está claro nessa altura que vários partidos querem empurrar o Líbano para a guerra", afirmou o premiê.

Os combatentes sunitas de Bab al-Tebbaneh acusam o governo sírio de provocar a onda de violência em Tripoli. Mas Ali Fidda, um oficial Alauita do bairro de Jabal Mohsen, disse que a comunidade, pequena no Líbano, apenas está se defendendo dos ataques dos sunitas. A onda de violência ocorre no momento em que cidadãos libaneses foram sequestrados na Síria, supostamente por insurgentes, enquanto cidadãos sírios foram sequestrados em Beirute, supostamente por um clã xiita libanês.

As informações são da Dow Jones.

Tropas do governo sírio retomaram uma cidade controlada pelos insurgentes nos arredores de Damasco nesta terça-feira após dias de ferozes combates, matando dezenas de pessoas, incluídos 23 combatentes, informaram grupos de ativistas da oposição síria e um porta-voz do rebeldes, identificado apenas como Ahmed. A cidade de Moadamiyeh foi retomada no começo da manhã.

Em Alepo, maior cidade da Síria e onde ocorrem combates entre as tropas do presidente Bashar Assad e os rebeldes, uma repórter de 45 anos da televisão japonesa que cobre a guerra civil síria, Mika Yamamoto, foi morta em um tiroteio. Ela é a primeira jornalista estrangeira a ser morta em Alepo, desde que a guerra civil chegou à cidade do norte da Síria há um mês.

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No Líbano, para onde o conflito civil sírio se espalhou a partir da fronteira, choques entre partidários de Bashar Assad e opositores do presidente sírio deixaram três mortos e 33 feridos no norte do país. O exército libanês disse que entre os feridos estão dez soldados.

A capital Damasco e seus subúrbios assistiram nos últimos dois meses a uma forte escalada nos confrontos. As tropas do governo reforçaram ainda mais a ofensiva na capital após os insurgentes terem tomado grande parte de Alepo, maior cidade síria no norte do país, no final de julho. Até então, a revolta popular contra Assad, que estourou em março de 2011, estava fora de Alepo e Damasco.

O Comitês de Coordenação Local, grupo opositor sírio, e um porta-voz insurgentes identificado apenas como Ahmed, disseram que as tropas do governo retomaram hoje, logo após a alvorada, a cidade de Moadamiyeh, perto de Damasco. Os soldados invadiram a cidade a partir de quatro pontos, após terem bombardeado a área urbana. Ahmed disse que os soldados e milicianos shabiha (fantasmas, em árabe), invadiram as casas em busca de rebeldes. Três homens, na faixa dos 20 aos 30 anos, foram empurrados para a rua e fuzilados na calçada. Ahmed disse que 23 combatentes do Exército Livre da Síria (ELS) foram mortos quando as tropas do governo tomaram a cidade na aurora.

Mais tarde, ativistas disseram que dezenas de corpos foram encontrados em um abrigo na cidade. O Comitês disse que os corpos parecem ser de pessoas mortas em execuções. Mas Rami Abdul-Rahman, diretor do Observatório Sírio pelos Direitos humanos, grupo opositor sediado em Londres, disse que não está claro se as pessoas foram mortas em um bombardeio ou então executadas.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A oposição síria acusou forças do governo do presidente Bashar Assad de desfecharem mais um massacre de civis nesta quarta-feira, desta vez na província de Hama. O número de civis mortos ainda não está claro. Segundo o jornal libanês An Nahar, pelo menos 47 civis, a maioria mulheres e crianças, foram chacinadas no vilarejo de Mazraat al-Qubair, na província de Hama. A versão on line do jornal libanês cita os Comitês de Coordenação Local, um dos grupos opositores sírios. Já a Sky News, ao citar o Conselho Nacional da Síria, afirmou que foram mortas 78 pessoas em uma matança que aconteceu em Hama.

Se confirmada, a matança se somará a outros episódios violentos que aconteceram nesta quarta-feira na Síria - mais cedo, insurgentes e desertores sírios atacaram tropas do governo ao redor de Damasco. Pelo menos 18 pessoas teriam sido mortas em episódios violentos no país nesta quarta-feira, sem contar os civis que teriam sido chacinados em Mazraat al-Qubair. "Confrontos violentos ocorreram no subúrbio de Harasta entre tropas do governo e insurgentes", disse o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, organização opositora com sede em Londres.

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Mais cedo, os insurgentes partiram para a ofensiva não apenas nos subúrbios de Damasco, como também na cidade costeira de Latakia. Um estudante foi morto por forças do regime em Hreitan, na província de Alepo, disse o Observatório. Outros dois civis foram mortos em um tiroteio no vilarejo de Sheikh Issa.

Na província sulista de Deraa, confrontos entre soldados regulares e desertores no vilarejo de Lajat deixaram três soldados do governo mortos e oito feridos, disse o Observatório. Três outros soldados também foram mortos por insurgentes no vilarejo de Srakeb, na província de Idlib, perto da Turquia.

AS informações são da Associated Press, Dow Jones e do diário An Nahar.

Um grupo que defende direitos dos refugiados e é baseado em Washington (EUA), pediu nesta segunda-feira ajuda para os refugiados sírios que fugiram da revolta e da repressão que começou em março do ano passado e estão no Líbano e na Jordânia. A organização Refugees International (RI) afirma que a Jordânia recebeu mais de 110 mil refugiados sírios e o Líbano outros 26 mil. Na Jordânia, muitos refugiados estão nas casas de jordanianos, que ajudam a alimentar e a prover abrigo aos refugiados. A RI é uma Organização Não Governamental.

A organização alertou em comunicado que a crise de refugiados sírios "pode ameaçar a estabilidade política tanto do Líbano quanto da Jordânia, por isso a comunidade internacional precisa aumentar a ajuda humanitária para os dois países".

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A Refugees International afirma que seus dados refletem números oficiais dos governos da Jordânia e do Líbano, embora não do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Dados do ACNUR de 12 de abril indicavam que existiam 44.570 refugiados sírios, dos quais 24.674 estavam na Turquia. Não existe explicação clara para a discrepância de números entre as organizações; uma hipótese é que muitas famílias de refugiados estejam abrigadas nas casas de familiares, amigos e conhecidos.

A Refugees disse que com suas economias enfraquecidas e problemas políticos, tanto o Líbano quanto a Jordânia não têm condições de aceitar de maneira digna "milhares de refugiados pobres e vulneráveis da Síria". O Líbano e a Jordânia já abrigaram, nos últimos dez anos, dezenas de milhares de refugiados iraquianos.

Na Jordânia, particularmente, os funcionários públicos reclamam que os refugiados sírios estão exaurindo os serviços sociais e de saúde do governo e também os esparsos poços d'água do deserto. Eles temem que a chegada do verão e da estação seca, a partir do final de junho, leve à falta d´água.

O presidente da RI, Michel Gabaudan, disse que considerando a pressão que os governos do Líbano e da Jordânia enfrentam, com alto desemprego interno e uma rede de proteção social fraca, os países fizeram "um esforço verdadeiro para acomodar os refugiados sírios". Ele afirma, contudo, que os serviços sociais dos dois países já estão "no limite".

"A não ser que os países ocidentais ajudem a suprir essas carências, essa generosidade poderá evaporar rapidamente sob pressões políticas e econômicas internas".

As informações são da Associated Press.

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), que presta assistência a cerca de 5 milhões de pessoas no Oriente Médio, está pedindo US$ 75 milhões para ajudar a pagar por escolas, clínicas e para fornecer uma pequena renda para auxiliar os mais pobres. A UNRWA atua no Líbano, Síria, Jordânia, Faixa de Gaza e Cisjordânia.

Filippo Grandi, comissário geral da UNRWA, disse nesta sexta-feira que a agência tem no alvo principalmente economias emergentes e poderes políticos em ascensão, como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Ele espera que esses países dividam os custos de financiamento da UNRWA, atualmente supridos pelos Estados Unidos, Canadá, Arábia Saudita, Japão, Austrália e vários países da Europa Ocidental.

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As informações são da Associated Press.

Tropas sírias bombardearam nesta terça-feira o vilarejo de Hirak, na província de Deraa, e entraram em confrontos com desertores, em choques que deixaram pelo menos seis mortos, incluindo cinco soldados regulares e um adolescente de 15 anos, informaram ativistas sírios nesta terça-feira. Após esmagar a rebelião em grande parte da província de Homs, o governo sírio parece dirigir a repressão à província sulista de Deraa, onde a revolta contra o presidente Bashar Assad começou há um ano.

"Os confrontos em Deraa foram muitos intensos nesta terça-feira e prosseguem desde a manhã", disse Rami Abdul-Rahman, diretor do Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres. Abdul-Rahman disse que o Exército luta contra um grande número de desertores em Hirak. Desertores emboscaram um veículo militar e mataram cinco soldados e feriram vários outros. Tanto ele quanto os Comitês de Coordenação Local, outro grupo de ativistas na Síria, confirmaram a notícia da morte do adolescente de 15 anos, que teria sido morto por francoatiradores.

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Os Comitês de Coordenação Local afirmam que as tropas do governo conduzem buscas e reides aleatórios, não apenas em Homs e Deraa, mas em várias outras províncias sírias. O grupo de ativistas reportou pelo menos 21 mortes nesta terça-feira - o número não pôde ser confirmado por fontes independentes.

Segundo informações da Sky News, forças do governo bombardearam uma ponte perto da fronteira libanesa, na província de Homs, para cortar uma rota de fuga para os refugiados que tentam escapar para o Líbano. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) informou ontem que pelo menos 2 mil refugiados sírios atravessaram a fronteira libanesa, a partir da província de Homs, entre sábado e segunda-feira.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Mais de dois mil refugiados sírios atravessaram a fronteira com o Líbano, carregando em sacolas plásticas os seus poucos pertences enquanto fogem da repressão do governo, que caça seus opositores pela Síria. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) informou nesta segunda-feira que pelo menos duas mil pessoas cruzaram a fronteira vindas da Síria para o Líbano nos últimos dois dias. Repórteres da Associated Press, que foram ao vilarejo libanês de Qaa, viram várias famílias com crianças que fugiram da Síria apenas com poucos pertences.

"Nós fugimos dos bombardeios e dos ataques", disse Hassana Abu Firas, que fugiu para o Líbano. Ela veio com duas famílias que fugiram dos ataques do governo contra a cidade de al-Qusair, a apenas 22 quilômetros do outro lado da fronteira. A cidade, na província de Homs, é um dos centros da oposição e está sob pressão das tropas do governo há mais de um mês. A província de Homs fica na fronteira com o Líbano. "O que nós poderíamos fazer? As pessoas estão nas suas casas e os soldados atiram nelas com tanques. Quem pode foge. Quem não pode, morre em casa", ela disse.

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Homs, capital da província e terceira maior cidade da Síria, com 1 milhão de habitantes, emergiu como o palco central da rebelião contra Bashar Assad, que está completando um ano neste mês. Ativistas afirmam que centenas de pessoas já foram mortas apenas na cidade no último mês, enquanto a ONU elevou para 7.500 o número de pessoas mortas na revolta contra Assad. Ativistas, contudo, dizem que o número de mortos passa de 8 mil.

A Cruz Vermelha disse que nesta segunda-feira obteve permissão do governo sírio para entrar no bairro de Baba Amr, o mais atingido pelos combates e pelas tropas do governo. O bairro foi controlado por desertores e insurgentes durante meses, até que na quinta-feira passada foi reconquistado pelas tropas de Assad. O regime proibiu a entrada de trabalhadores humanitários no bairro desde a quinta-feira. Ativistas denunciam que após a retomada do bairro, os soldados executaram dezenas de moradores e queimaram algumas casas em vingança contra a revolta. O governo sírio afirma que proibiu a entrada de trabalhadores humanitários por motivos de segurança.

As informações são da Associated Press.

Dois jornalistas franceses que foram retirados da cidade síria de Homs, que ficou durante semanas sob o assalto das tropas do presidente sírio Bashar Assad, chegaram a Paris nesta sexta-feira, vindos de Beirute. O avião que transportou a repórter do Le Figaro, Edith Bouvier, e o fotógrafo William Daniels, chegou ao Aeroporto Militar da capital francesa. Bouvier sofreu ferimentos em uma perna. Os dois foram recebidos pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy.

Mais cedo, uma fonte disse que Edith Bouvier atravessou a fronteira entre a Síria e o Líbano até o Vale do Bekaa, no nordeste do Líbano, e foi levada para o hospital Hotel-Dieu de France, em Beirute, onde chegou logo após a meia-noite de quinta-feira (horário local).

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A autoridade libanesa, falando sob condição de anonimato, afirmou que o comboio de ambulâncias e veículos da polícia percorreram as montanhas do Líbano em meio a uma forte tempestade de neve, a fim de levar Bouvier e Daniels para Beirute.

Bouvier foi ferida em um ataque com foguetes durante a ofensiva das tropas síria no bairro de Baba Amr, na cidade de Homs. O ataque também matou dois jornalistas ocidentais, a repórter norte-americana Marie Colvin, de 56 anos, e o fotógrafo francês Remi Ochlik, de 28, além de ferir o fotógrafo britânico Paul Conroy, de 47 anos. Conroy conseguiu chegar ao Líbano nesta semana com a ajuda de ativistas sírios, bem como o repórter espanhol Javier Espinosa, que escapou de Homs para o Líbano um dia depois.

No final da tarde desta sexta-feira pelo horário de Damasco, o porta-voz da Cruz Vermelha, Bijan Farnoudi, disse que a organização recebeu do governo os corpos de Ochlik e de Colvin e que eles serão transportados de Homs a Damasco.

Na quinta-feira, ativistas sírios postaram vídeos lúgubres na internet mostrando os enterros dos corpos de Colvin e de Ochlik em um cemitério em Baba Amr. Logo depois, o bairro foi ocupado pelas tropas regulares sírias. O governo do País disse que retirou os cadáveres das sepulturas e que eles serão entregues pela Cruz Vermelha às famílias.

As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Funcionários do judiciário libanês disseram nesta sexta-feira que um tribunal militar condenou à morte um ex-policial por supostamente ter espionado para Israel. O Líbano e Israel permanecem tecnicamente em guerra, uma vez que não possuem tratado de paz. Um tribunal militar condenou o ex-sargento da polícia Haitham al-Sahmarani, considerado culpado de passar informações importantes da segurança para a espionagem de Israel em 2006, durante a guerra de Israel contra o grupo xiita libanês Hezbollah. Na época, Israel invadiu o sul do Líbano e atacou bases do Hezbollah até o rio Litani, no sul libanês.

Os funcionários do judiciário libanês disseram que a irmã de al-Sahmarani e o marido dela foram julgados e condenados à morte, à revelia, sob acusações similares. Eles acreditam que o casal está foragido em Israel. Mais de 100 pessoas foram presas no Líbano desde 2009 sob a suspeita de espionar para Israel.

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As informações são da Associated Press.

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