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O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Soltenberg, afirmou nesta quarta-feira (6) que os líderes dos países que integram a aliança militar se reunirão em uma cúpula em Londres em dezembro. Stoltenberg disse que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comparecerá ao evento.

Stoltenberg disse que a intenção do encontro é falar sobre "os desafios de segurança que enfrentamos agora e no futuro, e garantir que a Otan continue se adaptando para manter a população de quase um bilhão de pessoas segura". Ainda não há data definida para o encontro. Fonte: Associated Press.

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Os líderes dos partidos da Câmara realizam nesta manhã a primeira reunião para definir quais pautas devem ir ao plenário. A reunião foi convocada pelo presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e acontece um dia depois dele ter se encontrado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para tratar principalmente sobre a reforma da Previdência.

O primeiro a chegar ao compromisso foi Luiz Antônio Correa (RJ). O líder do Podemos, José Nelto (GO), chegou na sequência e quer emplacar o projeto do correligionário, o senador Alvaro Dias, que muda as regras para o foro privilegiado. O projeto está pronto para ser votado. Nelto vai levar à reunião o pedido de urgência e de inclusão de pauta da matéria. O partido tem 12 deputados, mas aguarda a conclusão da incorporação com o PHS, o que pode elevar esse número para 18.

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O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO) também já chegou para a reunião, mas não falou com a imprensa. Na terça-feira, 5, o major Vitor Hugo tentou reunir os líderes de partidos aliados pela primeira vez, mas poucos foram os parlamentares que compareceram ao encontro. O líder do Podemos foi um dos ausentes e afirmou hoje que desistiu de ir à reunião depois de saber sobre o teor do texto do convite, que convocava líderes de "apoio consistente e condicionado", o que teria irritado aliados.

A expectativa é que a primeira sessão deliberativa do ano seja realizada na próxima terça-feira (12), apesar de alguns parlamentares estarem pressionando para que possa ser realizada sessão deliberativa ainda hoje ou amanhã. Rodrigo Maia, no entanto, ao ser questionado, ao chegar para a reunião, se haveria alguma votação nesta quarta, respondeu que "não".

A cúpula histórica entre os líderes americano, Donald Trump, e norte-coreano, Kim Jong-un, e a eleição do ultradireitista Jair Bolsonaro à Presidência do Brasil são alguns dos acontecimentos que marcaram 2018. Confira a seguir um resumo dos principais acontecimentos do ano:

- O caso Skripal -

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Em 4 de março, o ex-agente duplo russo Serguei Skripal e sua filha, Yulia, são encontrados inconscientes na cidade inglesa de Salisbury, envenenados por um agente nervoso, o Novichok. Os dois são hospitalizados em estado crítico e permanecem internados por várias semanas.

Londres acusa os serviços de Inteligência militar russos, os GRU, e emite um mandado de prisão europeu contra dois russos suspeitos do ataque.

O caso provoca uma grave crise diplomática entre Moscou e o Ocidente e desencadeia uma onda de expulsões mútuas de diplomatas, além de novas sanções contra a Rússia.

Em junho, outras duas pessoas são contaminadas com Novichok, e uma delas vem a falecer.

- Vitória de Al-Assad em uma Síria fragmentada -

Em 14 de abril, o Exército anuncia a reconquista dos territórios rebeldes de Ghuta Oriental, perto de Damasco, após dois meses de uma campanha sangrenta que deixou mais de 1.700 mortos e a imposição de acordos de evacuação aos insurgentes.

O anúncio coincide com uma ofensiva militar de Estados Unidos, França e Reino Unido em represália a um ataque químico em Duma, pelo qual os ocidentais acusam o regime, que nega qualquer responsabilidade.

Desde então, o governo de Bashar al-Assad, apoiado pela Rússia, encadeia vitórias militares contra rebeldes e jihadistas, chegando a controlar dois terços do território. Mas a Síria, devastada desde 2011 por uma guerra generalizada (mais de 360.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados), continua sendo um país fragmentado e em ruínas.

Em 19 de dezembro, o presidente Donald Trump ordenou a retirada de cerca de 2.000 militares dos Estados Unidos posicionados no nordeste da Síria, onde lutan contra os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI), juntamente com uma coalizão árabe-curda. O anúncio, em um momento em que Ancara ameaça lançar uma ofensiva contra as forças curdas, resulta na renúncia do secretário de Defesa dos EUA, Jim Mattis.

- Fim de uma era em Cuba -

Em abril, Cuba marcou o fim de uma era com a substituição dos irmãos Fidel e Raúl Castro na Presidência do país por Miguel Díaz-Canel, um homem nascido depois de 1959. Com ele, inicia-se a chegada ao poder de uma geração diferente da dos históricos líderes da Revolução. Mesmo assim, Raúl Castro mantém o comando do governista e único Partido Comunista.

O novo governo iniciou uma reforma constitucional que deve terminar em 24 de fevereiro com uma Carta Magna que reconhece a propriedade privada, o papel do mercado e legaliza o casamento entre pessoas de mesmo sexo, submetido a um referendo popular.

- Trump se retira do acordo com o Irã -

Em 8 de maio, Donald Trump anuncia a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear assinado em 2015 entre o Irã e as grandes potências para evitar que a República Islâmica desenvolva a arma atômica e decide o restabelecimento de sanções contra Teerã e as empresas com vínculos com o país.

Trump considera o acordo frouxo demais sobre o tema nuclear e não inclui os mísseis balísticos do Irã, nem suas intervenções diretas, ou indiretas, em vários conflitos regionais, como os da Síria e do Iêmen.

Em agosto, Washington impõe uma primeira rodada de sanções econômicas e, em 5 de novembro, restabelece as medidas punitivas contra os setores petroleiro e financeiro iranianos.

- Embaixada dos EUA em Jerusalém -

Em 14 de maio, a inauguração da embaixada americana em Jerusalém, que supõe o reconhecimento por Washington desta cidade como capital de Israel, deflagra um banho de sangue na Faixa de Gaza. Sessenta palestinos morrem atingidos por disparos israelenses.

A tensão é elevada desde 30 de março, data do início de uma mobilização anti-israelense, a "Marcha do Retorno", protagonizada por residentes de Gaza na fronteira com Israel.

- Eleições polêmicas na Venezuela -

Em 20 de maio, em eleições antecipadas, o presidente Nicolás Maduro é reeleito até 2025 com a abstenção de mais de 50% dos votantes e em meio à pior crise da história moderna da Venezuela.

As eleições foram boicotadas pela oposição e desconhecidas pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por uma dezena de países latino-americanos, colocando em dúvida o reconhecimento de Maduro quando assumir o novo mandato, em 10 de janeiro.

O FMI projeta uma inflação de 1.350.000% para 2018 e de 10.000.000% para 2019, uma espiral que combina com a derrubada da produção petroleira e elevou a 2,3 milhões o número de venezuelanos que fugiram do país desde 2015.

- Populistas no poder na Itália -

Em 1º de junho, o novo chefe de governo italiano, Giuseppe Conte, presta juramento junto com seus dois vice-primeiros-ministros: Luigi Di Maio, líder do Movimento 5 Estrelas (antissistema) e Matteo Salvini, chefe da Liga (extrema direita), ministro do Interior.

Salvini bloqueará os portos italianos às embarcações humanitárias que resgatam migrantes no Mediterrâneo.

Em abril, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, ícone da direita populista, e que concentrou sua campanha no repúdio à imigração, saiu fortalecido com uma vitória esmagadora de seu partido nas legislativas.

- A esquerda espanhola desbanca Rajoy -

Em 2 de junho, o socialista Pedro Sánchez assume o poder na Espanha depois de desbancar o conservador Mariano Rajoy (2011-2018) com uma inédita moção de censura apoiada pela esquerda radical e os nacionalistas e separatistas bascos e catalães.

À frente do governo mais minoritário da história recente do país (84 deputados do total de 350) - e o mais feminino -, Sánchez lança uma agenda inovadora: exumação do ditador Francisco Franco de seu mausoléu, aproximação da Catalunha, aumento do salário mínimo...

Mas os obstáculos são múltiplos e crescem os boatos de eleições antecipadas, especialmente após o baque dos socialistas na Andaluzia, reduto histórico que poderiam perder pela primeira vez para uma coalizão de direita e de extrema direita.

- Cúpula entre Trump e Kim -

Em 12 de junho, o presidente americano, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, reúnem-se em uma cúpula em Singapura e assinam um documento, no qual o líder norte-coreano se compromete com uma "desnuclearização completa da península da Coreia".

Em fevereiro, as duas Coreias haviam aberto a via para uma retomada das relações diplomáticas, ao permitir que uma delegação do Norte fosse aos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeonchang-2018, celebrados no Sul. Em abril, Pyongyang anuncia o fim dos testes nucleares e com mísseis intercontinentais.

As negociações sobre o programa nuclear norte-coreano não parecem avançar, porém.

- Hodeida, principal front no Iêmen -

Em 13 de junho, forças pró-governamentais, apoiadas pela Arábia Saudita e pelos Emirados Árabes Unidos, lançam um ataque contra os rebeldes huthis em Hodeida, principal porta de entrada da ajuda humanitária no Iêmen.

O conflito armado que desde 2014 opõe o governo, apoiado por Riad, e os rebeldes, respaldados por Teerã, deixou pelo menos 10.000 mortos e levou 20 milhões de pessoas à beira da fome extrema.

Em 18 de dezembro, um cessar-fogo entra em vigor, de acordo com um acordo alcançado na Suécia e ratificado por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que prevê o envio de observadores civis para supervisionar a evacuação de caças Hodeida e garantir o funcionamento do seu porto.

- Mudança na Presidência do México -

Em 1º de julho, o esquerdista Andrés Manuel López Obrador arrasou em sua terceira tentativa de chegar à Presidência do México, com mais de 30 milhões de votos, um resultado histórico.

O presidente "teimoso", como ele próprio se define, e que oferece conferências diárias de mais de uma hora, tem um horizonte pontuado por duros obstáculos: uma violência que deixou mais de 200 mil mortos e 34.000 desaparecidos em pouco mais de uma década; milhares de imigrantes centro-americanos estacionados na fronteira com os Estados Unidos; e uma relação tensa com o presidente americano, Donald Trump, que insiste em construir um muro para conter o fluxo de imigrantes em situação ilegal.

- Os "meninos da caverna" -

Em 10 de julho, termina a evacuação dos 13 membros de uma equipe juvenil de futebol que passaram 17 dias presos em uma caverna inundada na Tailândia, após uma operação de resgate internacional extremamente complicada e que custou a vida de um socorrista tailandês.

- Recordes de temperatura e incêndios -

Em julho e agosto, a Europa vive asfixiada por uma onda de calor, que chega com incêndios florestais mortais na Grécia, na Espanha e em Portugal. A Ásia também é vítima do forte calor, assim como o oeste dos Estados Unidos, onde a Califórnia sofre com vários incêndios de grandes proporções.

Segundo a ONU, o ano de "2018 se anuncia como o quarto mais quente já registrado. As concentrações de gases causadores do efeito estufa na atmosfera atingem níveis recordes, e as emissões seguem aumentando".

- Assassinato de Khashoggi -

Em 2 de outubro, o jornalista saudita Jamal Khashoggi, crítico do príncipe-herdeiro Mohamed bin Salman e exilado nos Estados Unidos, desaparece depois de entrar no consulado de seu país em Istambul. Após negar reiteradamente, Riad reconhece sua morte e esquartejamento dentro desse edifício, em uma operação "não autorizada".

O assassinato gera indignação mundial e arranha a imagem da Arábia Saudita. Mohamed bin Salman nega qualquer envolvimento, apesar de várias acusações.

Em 13 de dezembro, o Senado dos Estados Unidos adota uma resolução que considera Mohamed bin Salman "responsável pelo assassinato". Riad nega qualquer implicação do príncipe herdeiro.

- Brasil dá uma guinada à extrema direita -

Em 28 de outubro, o Brasil elege presidente o controverso Jair Bolsonaro, candidato da extrema direita.

Durante a campanha eleitoral, o candidato foi prolífico em discursos de ódio e de violência, e acabou ele mesmo sendo vítima de uma facada em setembro.

- Democratas avançam nos EUA -

Em 6 de novembro, as eleições de meio de mandato colocam a Câmara de Representantes nas mãos dos democratas, mas reforçam a maioria republicana no Senado.

O final da campanha é ofuscado pelo pior ataque antissemita da história do país, com 11 mortos em uma sinagoga de Pittsburgh, e é marcado pelo envio de supostas bombas caseiras para personalidades democratas. Enquanto isso, milhares de migrantes se dirigem de Honduras para a fronteira entre México e Estados Unidos.

- Os 'coletes amarelos' na França -

Em 17 de novembro, tem início uma série de protestos dos "coletes amarelos" (assim denominados devido à peça florescente que todo o motorista deve usar em caso de emergência na França) contra a alta no preço dos combustíveis e a redução do poder aquisitivo.

Durante várias semanas, os manifestantes bloqueiam rodovias em todo país.

Em 1º de dezembro, as manifestações degeneram em cenas de guerrilha urbana em vários bairros abastados de Paris.

Após suspender a elevação no preço dos combustíveis, o presidente Emmanuel Macron anuncia em 10 de dezembro várias medidas sociais para tentar acalmar a situação.

- Divórcio entre UE e Reino Unido -

Em 25 de novembro, a União Europeia e o Reino Unido selam um histórico acordo de divórcio, após 17 meses de duras negociações.

Em 10 de dezembro, porém, a primeira-ministra britânica, Theresa May, anuncia o adiamento da votação sobre o acordo, prevista para o dia seguinte no Parlamento, devido às profundas divisões dos deputados e ao temor de uma provável derrota.

Em 12 de dezembro, maio sobrevive a um voto de censura organizado por seu próprio partido conservador.

O presidente da Argentina, Maurício Macri, virá duas vezes ao Brasil nas próximas semanas. Nesta sexta-feira, 14, ele comunicou ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, que participará da cerimônia de posse e retornará no dia 16 de janeiro para uma nova conversa.

"Há pouco falamos com Jair Bolsonaro por telefone. Combinamos de nos encontrar no dia 16 de janeiro, em Brasília, para começarmos a trabalhar juntos nesta nova etapa", escreveu Macri no Twitter.

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A assessoria de Bolsonaro confirmou a conversa. Os dois queriam marcar a reunião, e a decisão de Macri vir ao Brasil ocorreu por causa do estado de saúde de Bolsonaro, que passará por cirurgia no final de janeiro para retirar uma bolsa de colostomia.

O presidente americano, Donald Trump, afirmou acreditar que fará um acordo comercial "fantástico" com a China, que beneficiará os dois países, à medida que a potência asiática vai abrir seu mercado e "fazer o que precisa fazer". Segundo o republicano, "quando" o pacto bilateral se confirmar, a economia dos Estados Unidos "ficará incrível".

Em entrevista à Fox News, o presidente americano ainda voltou a criticar a economia chinesa, que segundo ele "tem problemas" por conta das tarifas impostas por Washington.

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Também em relação a comércio, Trump defendeu o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA), que "torna realmente muito ruim para as pessoas saírem dos EUA", na sua avaliação. Ele enalteceu a decisão da Apple, que anunciou hoje planos de investir US$ 1 bilhão para construir um novo campus em Austin, no Texas, e voltou a criticar a General Motors por fechar fábricas em solo americano.

Além disso, Trump apontou que o mercado acionário "perdeu muito" por causa das tensões comerciais e, questionado sobre o que faria em relação à recente volatilidade registrada, destacou que "estou fazendo ótimos acordos". Ele também afirmou esperar que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que já chegou a classificar como a "maior ameaça à economia" dos EUA, não eleve as taxas de juros novamente. A próxima reunião da instituição ocorre na próxima semana, nos dias 18 e 19, e a expectativa do mercado é de uma nova alta de juros.

Ainda segundo o presidente, "se estivéssemos no Acordo de Paris, estaríamos pagando trilhões de dólares por nada".

A Procuradoria Geral da República (PGR) divulgou nota em conjunto com outros dois órgãos do Ministério Público Federal em que repudia os assassinatos de dois militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) ocorridos na noite de 8 de dezembro em Alhandra, na Paraíba. Para os órgãos, as mortes preocupam pelo atual "contexto sombrio de violência contra os movimentos sociais" no País.

A Polícia Civil trata o caso como execução. De acordo com testemunhas, criminosos encapuzados invadiram o acampamento Dom José Maria Pires e assassinaram Rodrigo Celestino e José Bernardo da Silva, conhecido como Orlando, que estavam jantando, a tiros.

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A PGR afirma que Orlando era irmão de Odilon da Silva, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), também assassinado, há nove anos, na Paraíba. Ambos eram irmãos de Osvaldo Bernardo, atual líder do MAB.

"Agora, a dois dias da comemoração dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), mais um irmão de Osvaldo é assassinado, fato que preocupa diante do contexto sombrio de violência contra os movimentos sociais e demonstra quão distante ainda estamos da efetivação dos direitos garantidos pela Declaração."

Também assinam a nota a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) e a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão na Paraíba (PRDC/PB). Os órgãos prometem "compromisso com a proteção dos direitos humanos dos assentados" e afirmam que ajudarão os órgãos de investigação para que "a autoria do duplo assassinato seja esclarecida e os responsáveis punidos conforme a lei".

Dois militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram mortos a tiros, na noite deste sábado, 8, no interior de um acampamento, no município de Alhambra, a 45 km da capital da Paraíba. De acordo com testemunhas ouvidas pela Polícia Civil, criminosos encapuzados invadiram o acampamento D. José Maria Pires, foram ao local e assassinaram os dois homens que estavam jantando.

Conforme o MST, as vítimas eram Rodrigo Celestino e José Bernardo da Silva, conhecido como Orlando. Eles foram identificados pelo movimento como coordenadores do acampamento. Para o MST, este fato "evidencia o caráter de crime para intimidar a luta pela terra". Não há, até o momento, informações oficiais sobre a motivação dos crimes.

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A Polícia Militar informou que realizava buscas neste domingo, 9, na tentativa de prender os suspeitos. Até a tarde, ninguém tinha sido preso.

De acordo com a 1ª Companhia da PM de Alhambra, foram recolhidas no local cápsulas de espingarda calibre 16 e de revólver calibre 38. Outros acampados estavam no local, mas os tiros foram direcionados para as duas vítimas, segundo as testemunhas. A Polícia Civil informou que trata o caso como execução, pois os homens renderam os dois líderes e mandaram os outros acampados se afastarem, antes de fazer os disparos.

O acampamento fica na Fazenda Garapu, que foi ocupada pelos sem-terra em julho de 2017. Conforme o MST, as terras estavam abandonadas. Atualmente, no local vivem 450 famílias que fazem cultivo de subsistência.

Os corpos das vítimas passaram por necropsia no Instituto de Criminalística de João Pessoa. O corpo de Orlando será sepultado no município de Pari (PB), neste domingo. Ele era irmão de Odilon da Silva, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), também assassinado, há 9 anos, na Paraíba. O corpo de Celestino será sepultado na capital também neste domingo.

Em nota, o MST pediu a punição dos assassinos dos trabalhadores rurais. "Nestes tempos de angústia e de dúvidas sobre o futuro do Brasil, não podemos deixar os que detêm o poder político e econômico traçar o nosso destino. Portanto, continuamos reafirmando a luta em defesa da terra como central para garantir dignidade aos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade."

Dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgados em abril indicam aumento da violência no campo. Em 2017, houve 70 assassinados relacionados a disputas de terra no Brasil, o maior número desde 2003, quando houve 73 mortes. Em 2016, tinham sido registradas 61 e, no ano anterior, 50 mortes.

A eleição de 2018 representa um desafio para nomes conhecidos da política nacional, que tiveram desempenho abaixo das expectativas nas urnas. Os candidatos derrotados Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e Eduardo Suplicy (PT) e também o senador José Serra (PSDB) são alguns exemplos.

Alckmin e Marina Silva, por exemplo, receberam, respectivamente, 4,76% e 1% dos votos no primeiro turno da corrida presidencial, enquanto Suplicy sofreu sua segunda derrota consecutiva ao Senado, onde já atuou por 24 anos.

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O professor Luiz Bueno, da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), ressalta que ainda é possível que essas figuras consigam retornar em outras eleições, pois têm capital político para isso. "Vai depender da adequação e do ajuste no posicionamento deles." A tendência é que ocupem cargos no Legislativo ou ministérios.

Este cenário abre espaço para novos nomes, mas descobrir quem irá ocupar os espaços dependerá do tempo. Na avaliação de Kléber Carrilho, cientista político da Universidade Metodista de São Paulo, isso acontece em razão da incapacidade dos partidos em renovar seus quadros. "Devemos ter instabilidade democrática pela falta de liderança, já que as siglas não conseguiram formar novos políticos. O ideal é que haja gente pronta em todas as gerações, mas há um vácuo", diz.

O professor Maurício Fronzaglia, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, atribui a falta de novos líderes à inabilidade e ao desinteresse dos partidos em formar quadros. "As estruturas partidárias são rígidas e não favorecem o aparecimento de novos líderes, a não ser que os candidatos construam sua fama em outra área", cita. "Os líderes dificilmente abrem mão do poder e as barreiras de entrada são muito grandes", avalia.

Os recentes escândalos políticos também são responsáveis por dificultar o futuro de quadros nacionais, aponta Kléber Carrilho. Ele cita a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e Aécio Neves, ambos senadores que decidiram descer um grau: foram eleitos deputados, mas eram integrantes de uma geração com potencial de projeção nacional. Em 2014, Aécio teve 48,36% dos votos na disputa presidencial, quando perdeu para Dilma Rousseff (PT).

"Esse problema atinge todos os partidos. Parece que eles ficaram tão felizes estando no poder que não foram capazes de renovar seus quadros. Agora temos ou atingidos pelos escândalos ou líderes ainda tímidos, deixando o futuro incerto", diz Carrilho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou a Nova York nesta quarta-feira, 26, para participar da Assembleia-Geral das Nações Unidas, onde seu governo tem sido duramente criticado. Maduro apareceu na TV estatal venezuelana e disse que está pronto para defender seu país. A confirmação de que iria para os EUA foi feita no voo para a cidade americana. Maduro havia dito que podia não comparecer à Assembleia porque teme por sua segurança.

O presidente americano, Donald Trump, disse no início que está disposto a se encontrar com Maduro, caso isso ajude a aliviar o sofrimento da nação sul-americana e voltou a dizer que todas as opções estão sobre a mesa quando se trata do conflito no país bolivariano. "Todas as opções estão sobre a mesa, todas. As fortes e as menos fortes", disse Trump à margem da Assembleia-Geral da ONU. "Já sabem o que quero dize com forte", disse, em referência a uma possível intervenção militar dos EUA.

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Vários países latino-americanos e o Canadá pediram ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que investigue o governo da Venezuela por supostos crimes contra a humanidade.

Alunos da Universidade da Amazônia (UNAMA) tiveram a oportunidade de conhecer e discutir assuntos como as diferentes formas de liderança, tipos de líderes e de como se tornar um excelente líder. Tudo isso com um especialista no assunto, o engenheiro logístico finlandês Kari Mattila. O encontro ocorreu na sexta-feira (18), no campus Alcindo Cacela da instituição.

Segundo o especialista, mais de 75% dos erros nas decisões ou falências se devem à falta de inteligência emocional. “No novo currículo nacional brasileiro para escola primária já existem algumas habilidades e competências emocionais e isso mostra que é uma nova geração que está se criando. A inteligência emocional é uma ferramenta muito importante, não só para os líderes do futuro, mas para os estudantes começarem a entender como aprender, se desenvolver e crescer melhor”, declarou Kari.

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Mattila falou também da importância de se discutir sobre liderança nas universidades. “O que eu aprendi sobra as universidades, especialmente na Finlândia e na China, é que há pouca habilidade e disciplina, especialmente para liderança sobre inteligência emocional, que é a ferramenta mais poderosa e importante para os líderes do futuro”, diz o especialista.

A palestra teve objetivo de dar as boas-vindas aos alunos de Comunicação Social e Relações Internacionais que retornaram das férias de julho, para o início do semestre, e apontar as novas perspectivas sobre as questões de liderança que envolvem todas as áreas. “É muito importante que os alunos comecem a se apropriar desses conceitos porque eles vão ser exigidos no mercado de trabalho, em qualquer uma das áreas, e são conceitos que servem para a vida. A palestra não é especifica de um conhecimento técnico, mas é uma palestra para a vida, o que é a principal motivação”, disse William Monteiro, coordenador dos cursos de Comunicação Social e Relações Internacionais.

A palestra agradou aos que estavam presentes no evento. “É sempre muito importante a gente ter visão de outras pessoas, de outras culturas. Eu acho que é uma proposta de conhecimento e reflexão. Não precisa ser de ações imediatas, mas principalmente de reflexão e conhecimento deste mundo conturbado em que a gente está vivendo”, contou Analaura Corradi, professora do programa de pós-graduação da UNAMA.

Por Rosiane Rodrigues.

 

Líderes europeus enviaram condolências pela morte do ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Kofi Annan, elogiando sua liderança forte e graciosa.

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse em um tuíte neste sábado que "nunca esqueceremos seu olhar calmo e resoluto, nem sua força nas batalhas".

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Já a primeira-ministra britânica, Theresa May, também escreveu em seu Twitter que Annan "fez uma enorme contribuição para tornar o mundo que ele deixou um lugar melhor do que o que ele nasceu".

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, afirmou ainda que o "calor" de Annan nunca deve ser confundido com fraqueza. A ONU e o mundo perderam um de seus gigantes". Fonte: Associated Press

Kofi Annan faleceu neste sábado. Sua fundação, por meio de um comunicado, anunciou sua morte, apenas indicando que ele teria sofrido uma doença súbita. Chefe da ONU entre 1997 e 2006, Annan teve seu mandato marcado pela decisão de denunciar como "ilegal" a guerra de George W. Bush no Iraque. Fonte: Associated Press

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse hoje (14) que os turcos vão boicotar os produtos eletrônicos, inclusive o iPhone, que vêm dos Estados Unidos. A iniciativa é uma retaliação às sanções impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que aumentou os impostos sobre alumínio e aço. Paralelamente, os norte-americanos exigem a libertação de um religioso preso há dois anos na Turquia.

"Vamos boicotar os produtos eletrônicos dos EUA", disse Erdogan durante discurso em Ancara.  "Vamos produzir todos os produtos que estamos importando do exterior, com moeda estrangeira aqui, e nós seremos os que exportam esses produtos. Vamos impor um boicote aos produtos eletrônicos dos Estados Unidos. Se eles têm iPhones, existe a Samsung do outro lado. E temos o nosso próprio Vestel", afirmou o presidente se referindo à fabricante turca de eletrodomésticos.

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De acordo com Erdogan, os turcos enfrentam um "ataque econômico" e os Estados Unidos tentam "esfaquear a Turquia pelas costas".

O governo Trump cobra da Turquia a libertação do pastor evangélico norte-americano Andrew Brunson, acusado de terrorismo e espionagem. O impasse entre os dois países levou à queda das bolsas de valores em vários países e afetou também o preço do dólar no Brasil. No mercado brasileiro, a situação indica estar normalizada.

*Com informações da PressTV, emissora estatal de televisão do Irã.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu o uso de tarifas para obter acordos comerciais mais justos e disse que os agricultores americanos irão se beneficiar "eventualmente" das políticas tarifárias de seu governo. "Fiquem com a gente. Não acreditem na porcaria que vocês leem na mídia 'fake news'", disse o republicano em evento com veteranos em Kansas City.

Trump afirmou desejar acordos comerciais justos "e não estúpidos como os que temos atualmente". Durante seu discurso, ele também lembrou que irá negociar as relações comerciais entre EUA e União Europeia com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, nesta quarta-feira. "Eles vieram negociar comigo depois que eu ameacei tarifar os veículos deles. O que a UE faz conosco no comércio é incrível", comentou o líder americano. Novamente, Trump disse que os acordos comerciais americanos são "um desastre" e que precisa lutar contra eles.

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Trump também anunciou um plano de US$ 12 bilhões em ajuda de emergência a agricultores que foram afetados pela política tarifária. O anúncio havia sido antecipado por fontes do Wall Street Journal, que informaram que a ajuda tem como objetivo atenuar os efeitos das disputas comerciais envolvendo Washington.

Em relação à sua política de defesa, Trump comentou que está aberto a ter um "acordo real" com o Irã, mesmo após a troca de ameaças entre ele e o presidente iraniano, Hassan Rouhani, no fim de semana. "Vamos ver o que acontece", disse o republicano.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que sua cúpula com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi um sucesso e advertiu que os opositores de Trump em solo americano estão impedindo qualquer progresso nos assuntos discutidos pelos dois, como a limitação aos arsenais nucleares ou o fim da guerra na Síria.

Em seus primeiros comentários públicos sobre o encontro, Putin afirmou a diplomatas russos que as relações entre Washington e Moscou são "piores do que durante a Guerra Fria", mas ressaltou que sua reunião com Trump na segunda-feira permitiu que os dois iniciassem o caminho para uma "mudança positiva".

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"É ingênuo pensar que os problemas seriam resolvidos em poucas horas. Mas ninguém esperava isso", disse Putin. "Vamos ver como as coisas se desenvolvem ainda mais", afirmou o líder russo, evocando "forças" anônimas nos EUA tentando impedir qualquer melhora nas relações e "colocando interesses partidários restritos acima do interesse nacional".

Putin não enfrenta oposição política forte, mas Trump, por outro lado, sofreu críticas internas generalizadas sobre o encontro, tanto da oposição democrata quanto de senadores republicanos. O presidente americano inverteu o que disse a Putin no encontro e afirmou acreditar que a Rússia interferiu na campanha eleitoral de 2016. Fonte: Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump e o líder da Coreia do Norte Kim Jong-un fazem uma reunião histórica em Cingapura nesta segunda-feira às 22h (9h de terça-feira, no horário local). Um oficial da Casa Branca confirmou à imprensa norte-americana que Trump e Kim iniciarão o encontro frente a frente sozinhos, com apenas tradutores presentes. Em seguida, os principais assessores farão a reunião bilateral ampliada.

Comitivas dos dois países fizeram hoje um encontro prévio em um hotel. O secretário de estado Mike Pompeo acompanha o presidente norte-americano em Cingapura e adiantou que os Estados Unidos só aceitarão a “completa, verificável e irreversível” desnuclearização da Coreia do Norte.

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Em outras ocasiões, Kim afirmou estar disposto a se comprometer com o desarmamento nuclear, mas ainda há analistas céticos sobre a postura do líder. O encontro de Trump e Kim será o primeiro entre os líderes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte, inimigos desde a Guerra da Coreia (1950-1953).

Na véspera da reunião histórica, Kim Jong-un fez um passeio para conhecer pontos turísticos de Cingapura. Ele surpreendeu os hóspedes do hotel onde está hospedado ao dar uma caminhada pelas áreas comuns. No domingo, o líder norte-coreano foi recebido pelo primeiro-ministro do país que sedia o encontro histórico, Lee Hsien Loong.

Donald Trump também se encontrou com o líder cingapurense. O norte-americano, que completa 72 anos na quinta-feira (14), ganhou um bolo de aniversário adiantado. Sobre o encontro, disse acreditar que a reunião “vai funcionar muito bem”.

O anúncio do encontro de Kim e Trump marcou uma reviravolta em um discurso, até então, agressivo entre os dois países. Ano passado, Trump ameaçou destruir totalmente a Coreia do Norte e chamou o norte-coreano de “homemzinho do foguete”. Em resposta, Kim xingou o presidente de “ignorante mentalmente perturbado”.

O encontro que ocorre daqui a pouco despertou interessa da imprensa internacional. Mais de 2,5 mil jornalistas estão em Cingapura para acompanhar a reunião.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou hoje (1º) que vai se encontrar com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em Singapura, no dia 12 deste mês, como estava previsto inicialmente desde que a cúpula foi anunciada. A declaração foi feita depois de o presidente se reunir na Casa Branca com Kim Yong Chol, considerado o braço direito do líder norte-coreano.

Trump disse que não discutiu direitos humanos com o representante norte-coreano e que as sanções ao país asiático serão mantidas. Ele ressaltou que não haverá novas sanções enquanto estiverem em curso as negociações. “Eu espero que chegue o dia em que eu possa retirar as sanções”, afirmou Trump.

O presidente americano e o representante de Kim Jong-un também conversaram sobre a negociação para pôr fim, de maneira formal, à guerra da Coreia, que até hoje não terminou, apenas foi interrompida por um armistício.

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Trump também disse que Japão, Coreia do Sul e China terão que desempenhar papeis importantes para ajudar a Coreia do Norte a se desenvolver: “É a vizinhança deles. Nós estamos muito longe”, afirmou. 

Cúpula

A reunião foi primeiro anunciada pela Casa Branca em março, porém, depois de muitas trocas de acusações entre líderes norte-americanos e norte-coreanos, acabou sendo cancelada no último dia 24 por uma carta de Trump acusando a Coreia do Norte de “hostilidade aberta”. Logo depois, no mesmo dia, Trump voltou a dizer que a reunião ainda poderia acontecer. 

Ontem, Kim Yong Chol foi a Nova York para se reunir com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo. Ficou combinado que ele iria a Washington nesta sexta-feira entregar uma carta do líder norte-coreano ao presidente dos Estados Unidos. Desde 2000, durante a presidência de Bill Clinton, um funcionário tão alto do governo norte-coreano não visitava a Casa Branca.

Trump disse que o encontro, daqui a menos de 10 dias, pode não resolver todas as questões pendentes entre Coreia do Norte e Estados Unidos, mas será o início de um processo de construção de relacionamento bilateral. 

A liberação de alguns trechos de estradas, como em São Paulo, está longe de significar o fim da greve. Nos grupos de WhatsApp dos caminhoneiros, a ordem é manter a paralisação, pelo menos, até terça-feira, 29. Por ora, a maioria concordou em liberar as estradas e continuarem estacionadas em pontos estratégicos.

Mas, nas últimas postagens, lideranças dos caminhoneiros começam a organizar novas paralisações a partir de amanhã, às 8 horas. Num vídeo que está circulando nos grupos de WhatsApp, representantes chamam, além dos caminhoneiros, veículos de passeio para parar as BRs. Além disso, uma manifestação em pontos estratégicos das principais capitais também está sendo organizada.

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Pelo tom das conversas, as reivindicações vão além do problema do preço do diesel. Depois da dimensão que a greve tomou nos últimos dias, os motoristas acreditam que podem mudar o rumo do País. Cada um tem uma tese, mas todos apostam no força do exército como aliada e na intervenção militar como solução para os problemas do País.

Alguns vídeos mostram a atuação dos soldados acionados para liberar as estradas. Eles são recepcionados com palmas e continência pelos caminhoneiros, que prometem manter um protesto pacífico, o que é apoiado pelos soldados. Em outros vídeos, a polícia militar também demonstra apoio aos grevistas.

A Coreia do Norte ajustou neste sábado (horário local) seu fuso horário ao da Coreia do Sul, anunciou sua agência oficial de notícias, após a cúpula entre os presidentes do dois países na semana passada.

"A adoção do fuso horário é a primeira medida prática após a histórica terceira cúpula Norte-Sul para acelerar o processo em que o Norte e o Sul vão se tonar um (só país)", informou a agência KCNA.

KCNA indicou na segunda-feira que o líder norte-coreano Kim Jong Un decidiu adotar esta medida durante a reunião de 27 de abril com o presidente sul-coreano Moon Jae-in em Panmunjom, na Zona Desmilitarizada que divide a península.

As duas Coreias não estavam no mesmo fuso horário desde 2015, quando o Norte decidiu que todos os relógios no país seriam adiantados em 30 minutos.

Pyongyang explicou na ocasião que queria acabar com o horário imposto mais de um século antes pelo colonizador japonês e, assim, marcar o 70º aniversário da libertação da Coreia do jugo de Tóquio.

Mas Kim assegurou que foi "doloroso" ver durante a última cúpula dois relógios de parede marcando horários diferentes, do Sul e do Norte, de acordo com a KCNA.

Desta forma, o Parlamento norte-coreano aprovou na segunda-feira um decreto ajustando o fuso horário a partir de sábado, 5 de maio.

Após o anúncio desta medida, o porta-voz da presidência sul-coreana, Yoon Young-chan, saudou "uma medida simbólica" que reflete o desejo de melhorar as relações bilaterais.

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reduzir o alcance do foro privilegiado para deputados federais e senadores, considerando crimes cometidos no exercício do mandato e em função do cargo, foi bem recebida por alguns líderes partidários na Câmara. Já o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), líder da bancada na Casa, cobrou que a medida também se estenda a magistrados, promotores e outras autoridades que permanecem com foro privilegiado.

Em um vídeo publicado no Facebook, o petista disse ser a favor do fim do foro para todos, afirmou ter "aversão à hipocrisia e à demagogia" e questionou o fato de a decisão dos ministros da Corte se restringir apenas aos parlamentares federais. Pimenta também criticou os privilégios concedidos a magistrados e militares.

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"Qual é a razão de nós acabarmos com o foro privilegiado para deputados e senadores e também não acabarmos com o foro para juízes, promotores, delegados, conselheiros de Tribunais de Contas e milhares de outras pessoas que também têm um tratamento diferente?", comentou.

O líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT), divulgou nota dizendo que os tucanos têm "total interesse" na restrição do foro especial e que a decisão do STF é "um passo importante na direção do que a sociedade deseja".

"No entanto, é preciso avançar ainda mais, já que a restrição afeta apenas 594 de um universo de 55 mil autoridades com foro especial. Essa discussão poderá ser feita na Comissão Especial que será instalada na Câmara dos Deputados na semana que vem para apreciar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) sobre o tema", emendou.

O deputado Alex Manente (PPS-SP), líder da bancada na Casa, disse que a decisão não soluciona de vez a questão. "Sem dúvida a decisão do STF representa um avanço, mas não resolve o problema. Infelizmente o fim desse privilégio ainda não foi votado na Câmara, mas nós precisamos continuar nessa batalha para alterar a Constituição e acabar de uma vez por todas com essa aberração", pregou.

"A decisão do STF ainda permite que políticos e outras autoridades tenham tratamento diferenciado em função do cargo. Mas a sociedade não aceita isso. Pesquisa do Ibope mostrou que 78% dos brasileiros são a favor da extinção do foro privilegiado", observou o parlamentar em nota divulgada pela assessoria do PPS.

Autor de uma das propostas apensadas na PEC que começará a tramitar na comissão especial a partir da próxima quarta-feira, 9, o deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR) disse que o Legislativo está abrindo mão de suas funções e deixando que o Judiciário legisle.

"O Congresso precisa se mexer e cumprir seu papel de legislar. Já passou do limite essa omissão que obriga o STF a atuar em questões que deveriam ser resolvidas pelo Legislativo. Nós temos mais de 50 mil autoridades que estão protegidas por esse mecanismo. Temos que acabar com isso de vez", defendeu.

Após a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, investigadores ligados à operação dizem que os próximos passos devem ser o aprofundamento das apurações contra líderes de outros partidos, assim como a aprovação de mudanças na legislação penal e o fim do foro privilegiado.

O delegado da Polícia Federal Milton Fornazari Júnior, responsável pela Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros em São Paulo (Delecor), afirmou em uma rede social que "agora é hora de serem investigados, processados e presos os outros líderes de viés ideológico diverso, que se beneficiaram dos mesmos esquemas ilícitos que sempre existiram no Brasil (Temer, Alckmin, Aécio etc)."

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O jornal O Estado de S. Paulo procurou no sábado, 7, as assessorias do presidente Michel Temer, do ex-governador Geraldo Alckmin e do senador Aécio Neves, mas até a noite deste domingo, 8, nenhuma delas se havia manifestado. Temer foi denunciado duas vezes e é investigado em um inquérito pela Procuradoria-Geral da República. Aécio foi denunciado e é investigado na Lava Jato. Alckmin é investigado em inquérito por caixa 2 no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em razão da delação da Odebrecht.

O texto de Fornazari foi publicado no sábado, no momento em que Lula era levado pela PF para Curitiba (PR). A um amigo que lhe perguntou se podia compartilhar, ele respondeu: "Fique à vontade". Na noite de domingo, porém, o policial o retirou do ar. E publicou novo texto: "Para você que gosta de me monitorar aqui, não adianta se articular, vamos continuar prendendo os corruptos de todos os gêneros".

Experiente, o delegado tem em seu currículo a apuração sobre o cartel do Metrô de São Paulo. Também foi responsável pelo inquérito que apura desvios de recursos nas obras do Rodoanel, em São Paulo, que levou à prisão de Paulo Vieira de Souza, ex-diretor do Dersa, apontado como operador do PSDB paulista. Ele é ainda especialista em cooperação internacional para identificação de lavagem de dinheiro e ocultação de valores.

Fornazari também comentou a situação de Lula. Ele escreveu que o ex-presidente "objetivamente recebeu bens, valores, favores e doações para seu partido indevidamente por empresas que se beneficiaram da corrupção em seu governo". "Por isso merece a prisão." Ele conclui afirmando que se as investigações futuras do órgão chegarem aos outros líderes políticos que ele enumerou "teremos realmente evoluído muito como civilização". "Se não acontecer e só Lula ficar preso, infelizmente, tudo poderá entrar para a história como uma perseguição política."

MPF

No domingo, foi a vez do procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, desmentir a acusação de "seletividade" da Lava Jato feita por petistas. Ele comentou uma reportagem de "O Globo" que mostrava investigações que envolviam além de Lula e o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB), além de Temer e Aécio. "Mas ainda é preciso fazer mais por todo o Brasil. Lute pelo fim do foro privilegiado, de mudanças nas leis penais e no fortalecimento da democracia."

Para a presidente do Sindicato dos Delegados Federais de São Paulo, Tânia Prado, a prisão de Lula cria condições para o fortalecimento do papel da PF. "Vemos uma investigação que começou há quatro anos dar resultado." Para ela, fica "evidente" pelas investigações feitas até agora que a PF não tem partido e que investiga independentemente da ideologia do acusado.

"Vamos mostrar que o trabalho da Lava Jato vai continuar, não só em São Paulo mas em outros Estados, com seus desdobramentos", disse. Segundo Tânia, os delegados querem procurar "a verdade" em seus inquéritos e determinar "quem é o autor e encontrar a materialidade dos delitos". "É o que sempre fizemos."

Após a prisão de Lula, a Associação Nacional de Delegados Federais publicou uma nota na qual dizia que a PF "não tem cor, nem partido - tem missão! E exerce seu papel independentemente de quem seja o investigado, com equilíbrio, moderação e responsabilidade". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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