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Morreu no início da manhã deste domingo (6) o cantor e intérprete oficial da escola de samba carioca Estação Primeira de Mangueira, José Luís Couto Pereira da Silva, o Luizito. Ele morreu em decorrência de um infarto. O cantor tinha 61 anos e estava na Mangueira desde 1997, quando chegou para defender um samba-enredo e deu certo. Estreou na Sapucaí em 1998 ao lado do Mestre Jamelão, e foi campeão com o enredo "Chico Buarque da Mangueira" já no primeiro ano.

"A Mangueira amanhece em luto...De 1998 a 2006 foi o fiel amigo e apoio de Jamelão, em 2007 tornou-se nossa voz oficial", informou a diretoria da escola de samba, em sua página oficial no Facebook. Neste ano, Luizito recebeu o maior prêmio do carnaval carioca o Estandarte de Ouro do Jornal O Globo. Ainda não há informações sobre o local e horário do enterro do cantor.

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O policiamento está reforçado na manhã desta quarta-feira, (29), no entorno da favela da Mangueira, na zona norte do Rio, ocupada por Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), onde dois ônibus foram incendiados durante a noite em protesto pela morte de um adolescente de 17 anos. Segundo a PM, quatro homens armados saíram de uma mata atrás da Quinta Boa Vista e atiraram contra um grupo que jogava futebol no Campo da Pedreira. Além do jovem morto, duas pessoas ficaram feridas.

A vítima foi identificada como Caio de Oliveira Ferreira, de 17 anos. Os dois feridos foram encaminhados ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio. Ainda ontem, um deles já havia recebido alta. De acordo com a PM, testemunhas disseram que os atiradores fugiram em um veículo. O motivo do crime seria uma disputa entre facções rivais.

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Os militares da UPP acionaram o 4º Batalhão de Polícia Militar, em São Cristóvão, que fez buscas para encontrar os criminosos. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil também foi acionada.

Nesta terça, o primeiro ônibus foi apedrejado e incendiado por volta de 20h30 na Av. Visconde de Niterói. O outro foi atacado na rua São Francisco Xavier, que ficou interditada por cerca de meia hora. Os criminosos levaram o dinheiro do caixa do cobrador, que prestou depoimento junto com o motorista na 18ª Delegacia de Polícia Civil, na Praça da Bandeira, onde o caso foi registrado.

Um homem foi baleado no morro da Mangueira e morreu no Hospital Municipal Souza Aguiar, na tarde deste domingo. Segundo o Grupamento Tático da Polícia de Proximidade (GTTP) da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), ele teria uma pistola Glock 9 milímetros, 40 munições e dois carregadores, e entrou em confronto com policiais que estavam em patrulhamento pela Mangueira.

O suspeito estava acompanhado de outros homens armados, informou a GTTP. O policiamento no local está reforçado desde a última terça-feira, data da morte do ex-traficante Francisco Testas Paula Monteira, o Tuchinha.

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O caso foi registrado na 17ª. Delegacia de Polícia, de São Cristóvão, e, de acordo com nota oficial da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP), o Morro da Mangueira segue com reforço no policiamento com agentes de outras UPPs da região, do 4º. Batalhão da Polícia Militar, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Grupamento Aeromóvel (GAM).

O quinto carro alegórico da Mangueira, que representa "O Ritual da Pajelança na Festa do Boi de Parintins", ficou preso na torre usada por repórteres fotográficos e cinegrafistas, no trecho final da Sapucaí. A alegoria permaneceu parada por alguns segundos. Ao ser empurrada, a parte mais alta da alegoria (a cabeça do pajé) ficou danificada.

No ano passado uma alegoria da Mangueira já havia sofrido o mesmo problema, causando atraso e complicando a evolução da escola.

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Moradores do morro da Mangueira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, incendiaram um ônibus às 19h30 deste domingo (5), na Rua Ana Néri, perto de um acesso à comunidade. Ninguém se feriu. Foi um protesto contra a morte de um jovem durante uma ação da Polícia Militar, na noite de sábado (4) e contra o alegado aumento da violência no morro.

De acordo com a PM, moradores interceptaram um veículo que fazia a linha 622 (Saens Peña-Penha), da Viação Nossa Senhora de Lourdes, ordenaram que todas as pessoas desembarcassem e atearam fogo no coletivo. O incêndio destruiu totalmente o veículo e atingiu ainda a fachada de um bar. Em seguida, a PM iniciou uma operação policial no morro e interditou a rua Visconde de Niterói.

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Horas antes, durante a tarde, moradores do morro haviam incendiado montes de lixo, que foram espalhados por ruas da comunidade. Na última sexta-feira (3), a rua Visconde de Niterói foi interditada por moradores - que então protestavam contra a falta de luz.

A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) informou, nesta quinta-feira (5), que cinco bairros do Recife devem ficar sem água nesta sexta-feira (6), a partir das 8h. Bongi, Mustardinha, Mangueira, Ilha do Retiro e Afogados serão afetados. 

O motivo, segundo a assessoria da Compesa, são obras de interligação de novas redes de abastecimento de água. A previsão é de que a distribuição de água para essas localidades seja retomada às 17h. 

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Com informações da assessoria 

Está sendo realizada, na manhã desta sexta-feira (27), a operação de retirada de carcaças da calçada pública, no bairro da Mangueira, próximo à Estação do Metrô, na Zona Oeste da cidade. No local, encontram-se agentes da Secretaria-Executiva de Controle Urbano, trabalhadores da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (EMLURB), Agentes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), agentes da Guarda Municipal e policiais da Polícia Militar (PM). 

O objetivo da operação é a recuperação da calçada para o pedestre e a limpeza da localidade. Cerca de 11 carcaças foram retiradas do local, dentre elas, um carro abandonado e emplacado, dois sofás, uma churrasqueira e restos de carros e caminhões que pertencem a uma oficina da região.

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O proprietário das carcaças será notificado e terá que comparecer à prefeitura. Caso ele reincida no ato, será multado. Se quiser reaver as carcaças, terá que pagar uma multa que varia de R$242,65 a R$606,54 e taxa diária de R$12,73, por cada dia que a carcaça permanecer no pátio da prefeitura, para onde foram recolhidas.  

Segundo Anísio Aziz, Chefe da Gerência de Operações, a retirada de carcaças vêm sendo realizada desde janeiro deste ano e continuará por tempo indeterminado. “É muito importante a impeza de uma área como essa. Aqui, já havia um foco de dengue e pedestres estavam sendo impedidos de passar pelo local. Tudo o que for depositado em área pública será recolhido pela Prefeitura”, disse.

Aziz também apela à população, para que não deixe carcaças jogadas sobre as calçadas, pois o ato pode trazer doenças e provocar acidentes, além de ser prejudicial a toda a sociedade.

 

 

Um dos ícones do samba brasileiro, Leci Brandão chega ao Recife nesta sexta (10), às 21h, no Espaço Aberto, que fica localizado no Bairro do Imbireira. O show, que faz parte do projeto Canta Samba, ainda conta com a cantora Gerlane Lops, o Grupo Trasamba e Aborto do Cavaco. 

No repertório, a sambista apresenta os sucessos Zé do Caroço, Perdoa e Isso é fundo de Quintal. Com 23 discos em 37 anos de carreira, Leci é uma das intérpretes de samba mais importantes da música popular brasileira. O último trabalho da artista foi o álbum Eu e o Samba, de 2008, que conta com as participações de Simoninha, Mart'nália e Mário Sérgio, do Fundo de Quintal. 

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Natural de Madureira (RJ) e criada no Bairro da Vila Isabel, Leci foi a primeira mulher a fazer parte da ala de compositores da Mangueira. Os ingressos custam R$ 20 (individual) e R$ 150 (mesas) e estão à venda no próprio local do evento. 

Serviço

Projeto Canta Samba – Leci Brandão

Sexta (10), às 21h

Espaço Aberto (Rua Itacaré, 108 – Imbiribeira)

R$ 20 (individual) e R$ 150 (mesas)

(081) 3471 7799

Através do projeto Frevando no Centro Cultural Cartola, o Clube de Boneco Seu Malaquias leva até o berço do samba uma série de debates sobre a preservação do Frevo. O ritmo, que é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, também será ensinado em oficinas de dança que ocorrem durante a programação do evento, entre os dias 19 e 21 de abril, no Centro Cultural Cartola, localizado no bairro carioca da Mangueira.

A ação promovida pela Prefeitura do Recife em uma parceria com o Ministério da Cultura leva 25 pessoas do Boneco Seu Malaquias para a terra do samba, inclusive o boneco gigante. A programação começa com uma palestra sobre a indicação do frevo ao título de Patrimônio da Humanidade e termina com um arrastão do frevo que sai do espaço onde é realizado o evento e segue até a quadra da Estação Primeira de Mangueira, escola de samba que já homenageou o centenário do ritmo no carnaval de 2008.

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Depois será a vez do Centro Cultural Cartola vir ao Recife. Como retribuição os cariocas trazem suas experiências em prol da preservação de expressões artísticas e culturais para a capital pernambucana.

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) pediu na terça-feira à Justiça a quebra do sigilo bancário do presidente da Estação Primeira de Mangueira, Ivo Rene Meirelles, no período entre abril de 2009 - um mês antes da posse dele no cargo - até dezembro de 2012. O MP também requereu as declarações de imposto de renda do músico, bem como a quebra do sigilo bancário da escola de samba. Em outubro de 2011, Ivo foi indiciado no inquérito 017/1045/2011, da 17ª Delegacia de Polícia (São Cristóvão), pelo crime de associação para o tráfico de drogas no Morro da Mangueira, zona norte.

O inquérito foi instaurado em março daquele ano, após a Ouvidoria do MP-RJ receber uma denúncia anônima de que Meirelles teria sido imposto na presidência da Mangueira pelos traficantes Alexander Mendes da Silva, o Polegar, que está preso, e Vinicius de Lima Pereira, o Chevette. Em troca, Meirelles pagaria R$ 150 mil mensais ao tráfico - o dinheiro seria desviado da escola de samba.

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Após o indiciamento pela Polícia Civil, o inquérito foi remetido ao MP, que requereu novas investigações. Em novembro de 2012, o MP solicitou ao juízo da 39ª Vara Criminal a quebra do sigilo fiscal de Meirelles e da Mangueira. No início deste mês, o Banco Central informou ao MP-RJ que em nome de Meirelles há 6 contas correntes. Já a escola de samba possui 54 contas.

Caso a Justiça concorde com a quebra do sigilo bancário de Meirelles e da escola de samba, o MP-RJ vai procurar alguma transação financeira que comprove a suposta ligação do músico com os traficantes da Mangueira.

Em depoimento, Meirelles admitiu que conhece Polegar e seu tio Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, que já cumpriu pena pela acusação de ter chefiado o tráfico na Mangueira. O músico alegou que os conhece de infância, já que todos são nascidos e criados na favela.

Meirelles negou conhecer o traficante Lucio Mauro Carneiro dos Passos,o Biscoito, apesar de aparecer numa foto, anexada ao inquérito, bebendo cerveja com ele e Tuchinha. A foto foi publicada na terça-feira pelo jornal "Extra". Biscoito está preso.

"Ivo não nega que conhece Tuchinha desde a infância. Naquela ocasião, eles estavam numa churrascaria, que é um local público, celebrando a saída de Tuchinha da cadeia depois de 16 anos e a sua decisão de não retornar ao tráfico. E não vão achar nada na quebra de sigilo dele: apenas a movimentação do dinheiro que ele ganha como músico", afirmou o advogado de Meirelles, Sergio Riera.

Comércio fechado

Pelo segundo dia consecutivo, o comércio no Morro da Mangueira permaneceu fechado na terça-feira por ordem do tráfico. O luto foi imposto após o traficante Acir Ronaldo Monteiro da Silva, o 2K, ter sido assassinado, na noite de domingo, na zona oeste. Outros dois homens ligados à escola de samba foram executados na madrugada de segunda. A polícia ainda investiga se os crimes estão relacionados à eleição para a presidência da Mangueira.

O traficante 2K foi acusado por Ivo Meirelles de ter invadido a quadra da Mangueira durante a eleição para a presidência da agremiação, em março do ano passado. O pleito foi parar na Justiça, que marcou a data da votação para o 28 de abril.

O desfile da Mangueira foi comprometido por um problema no último carro alegórico, que representa Cuiabá como cidade-sede da Copa. A Mangueira estourou em seis minutos o tempo de desfile ´do último carro, que representa Cuiabá. Uma borboleta, que se destacava no alto da alegoria, ficou presa na torre reservada aos fotógrafos. O atraso fará a escola perder um décimo por minuto.

A escola será penalizada ainda no quesito evolução, já que foi aberto um enorme vazio na pista entre o carro e o restante dos componentes. O fato de ter desfilado com duas baterias - que fizeram um bonito efeito -, pode ter deixado a apresentação da escola mais lenta.

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Quando o carro alegórico ficou preso na torre, o presidente da escola Ivo Meirelles entrou em desespero. Ele próprio correu para trás da alegoria e coordenou a atuação dos componentes para liberar o carro. No fim do desfile, Ivo Meirelles chorou. "Nós sabíamos que atrasaríamos um minuto, mas preferimos perder um décimo e terminar o desfile sem correr. No fim, com o problema, acabamos atrasando mais", afirmou Meirelles. O presidente da escola não acredita que o atraso tenha ocorrido por causa das duas baterias.

A Mangueira havia começado a apresentação em grande forma - com homenagens aos seus baluartes, o verde e rosa predominando nas fantasias, carros luxuosos, o samba na ponta da língua dos componentes. A bateria Surdo 1, multiplicada por dois, arrebatou o público: 500 ritmistas, divididos em dois grupos, que se alternavam.

Aos 48 minutos de desfile, as duas baterias silenciaram pela primeira vez. Por três minutos , os componentes e o público sustentaram o samba sobre Cuiabá, uma das cidades-sede da Copa. Na segunda paradona, o efeito não se repetiu. As arquibancadas não reagiram.

Outro ponto alto da escola de samba foi a comissão de frente, que retratava a formação do povo de Cuiabá - índias, portugueses, guiados por um pároco. Num efeito de fumaça, Delegado, mais importante mestre-sala da escola, morto ano passado, surgia por entre os bailarinos. O equipamento que liberava fumaça entrou em curto em frente ao setor 10.

A Mangueira se apresentou em grande forma - com homenagens aos seus baluartes, o verde e rosa predominando nas fantasias, o samba na ponta da língua dos componentes. A bateria Surdo 1, multiplicada por dois, arrebatou o público: foram 500 ritmistas, divididos em dois grupos, que se alternavam.

O presidente da Mangueira, Ivo Meirelles, havia dito que seria um desfile para os componentes "brincarem o carnaval". E foi isso o que aconteceu. Quando a segunda bateria assumiu o samba, os ritmistas do primeiro grupo ergueram os instrumentos, sambaram e se alternaram nas posições.

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Aos 48 minutos de desfile, as duas baterias silenciaram. Por dois minutos e meio, os componentes e o público sustentaram o samba sobre Cuiabá, uma das cidades-sede da Copa. Na segunda paradona, que chegou a 3 minutos, o efeito não se repetiu. As arquibancadas não reagiram, principalmente nos setores 10, 12 e 13. Sem ouvir o som, o público desanimou. No recuo, houve certo tumulto para acomodar os integrantes da bateria 2.

Outro ponto alto da escola de samba foi a comissão de frente, que retratava a formação do povo de Cuiabá - índias, portugueses, guiados por um pároco. Num efeito de fumaça, Delegado, mais importante mestre-sala da escola, morto ano passado, surgia por entre os bailarinos. O equipamento que liberava fumaça entrou em curto em frente ao setor 10.

A escola se apresentou de forma irregular. Na segunda metade do desfile, os carros não tinham tanto luxo e as fantasias e alegorias também não.

São Clemente

A São Clemente, primeira escola a se apresentar na noite desta segunda-feira (11), também fez bonito na bateria, com cinco paradinhas, que fizeram os integrantes da agremiação cantarem o samba Horário Nobre, sobre as novelas brasileiras. Mas, o público do sambódromo não entrou no clima de "vale a pena ver de novo", e não acompanhou o coro do samba em muitos momentos, tirando o brilho do desfile da escola.

A São Clemente iniciou o desfile com uma coreografia na comissão de frente em que os personagens marcantes das novelas da TV Globo saíam de uma grande tela de televisão, formada por painéis de LED. Pelas alas, a escola relembrou com bom humor as tramas e personagens inesquecíveis, como Odete Roitman, Perpétua, Gabriela, Sinhozinho Malta, entre outros.

O destaque entre as alegorias ficou por conta da reprodução de Escrava Isaura, com atores representando os escravos acorrentados. Assim como em 2011, a escola usou balões cenográficos em seu desfile. Neste ano, eles representavam a personagem Rita, de Avenida Brasil, e foi incluída no enredo após o sucesso da novela no último ano. A Carminha, outra personagem da novela, teve seu espaço de destaque na comissão de frente.

À frente da bateria, apesar do esforço da rainha Bruna Almeida, quem reinou foi o ator Marcelo Serrado. Ele esteve ao lado do Mestre Marcão comandando os ritmistas que estavam fantasiados de Crô, seu personagem na novela Fina Estampa. "Eu não vinha, mas na última hora não resisti. Quando teria uma oportunidade dessas?" disse o ator.

Apesar do belo desfile, a São Clemente teve pequenos problemas no desfile que devem comprometer sua pontuação. Em diversas alas, as fantasias e adereços estavam com problemas de acabamento e chegaram a cair pela Sapucaí.

O mestre dos mestres-salas, Delegado, da Mangueira, morreu nesta segunda-feira (12), aos 90 anos. Reverenciado como o maior da história do carnaval carioca, ele estava internado havia seis dias em uma clínica na Baixada Fluminense. Há três sábados, ainda era visto no ensaio na quadra da escola de samba - o Palácio do Samba, onde na noite desta segunda seria realizado o velório. O enterro está marcado para a manhã desta terça-feira. A família não quis divulgar detalhes sobre a morte.

Nascido no morro em 29 de dezembro de 1921, companheiro de muitos carnavais de Cartola e Nelson Cavaquinho, Hégio Laurindo da Silva era o presidente de honra da Mangueira. Havia sido escolhido por baluartes ano passado, em substituição ao intérprete de sambas da escola, Jamelão, que morreu em 2008. O cargo, simbólico, é ocupado por figuras históricas da Verde e Rosa, com décadas de serviços prestados. No caso de Delegado, foram 36 anos só recebendo notas 10 dos jurados - o último foi em 1984, quando o Sambódromo foi inaugurado.

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Há uma década, ele só desfilava no alto do carro alegórico destinado aos decanos. "Quando entro, fico lembrando do passado. E me dá aquela vontade de sair do carro e pegar a porta-bandeira para sair dançando. Levei só dez, dez, dez, não é brincadeira, não vão mais repetir", ele declarou em janeiro, por ocasião de seus 90 anos recentemente celebrados. À época, estava bem de saúde. Recebia atenção do filho único, Ézio, motorista de táxi e cantor de pagode, e de vizinhos, que ajudavam no dia a dia espontaneamente, assim como a agremiação. A data redonda também lhe rendera homenagens em outras escolas e em programas de televisão.

Delegado morava sozinho numa casinha bem simples de fachada verde e rosa num dos acessos à favela; na sala, reunia um monte de troféus e placas comemorativas concedidas pelo mundo no samba. Passava parte dos dias sentado à porta, observando o vaivém da favela. Pelas ruas, todos o conheciam; nos eventos da escola, sua presença era sempre saudada. Fumava, mas não muito. Com 1,92 metro e 70 quilos, era uma figura aparentemente frágil. Mas quando lhe pediam para sambar um pouquinho, não desapontava. Não se sabia de qualquer doença crônica. Ele contava que apenas tomava vitaminas para deixar as pernas fortes.

"Pelé dos mestres-salas", Delegado era conhecido por ser galanteador. Jamais quis se casar. O apelido, ganhou na adolescência, por "prender" as meninas com seu charme.

Viveu carnavais em várias avenidas do centro do Rio, e ganhou seu lugar na história das escolas de samba por ter inventado passos consagrados pelas gerações de mestres-salas que lhe sucederam. Como companheiras de bailado, teve porta-bandeiras como Neide, Nininha e Mocinha, as mais célebres da Mangueira.

Uma manobra famosa criou num desfile nos anos 50, na Avenida Presidente Vargas: o "parafuso da morte" consistia em vergar o tronco todo para trás e se reerguer sem tocar o chão. Nasceu quando o chapéu da porta-bandeira caiu na pista, e ele, gentil, se abaixou para apanhá-lo, sem atravessar o samba-enredo. Tinha saudade dessa época, da festa menos acelerada. O menino Hégio, filho de dançarino, nasceu sete anos antes da Mangueira e a viu ser campeã 17 vezes. Foi ritmista, virou mestre-sala aos 27 anos, e se virou como apontador do jogo do bicho e fiscal de feira. Tudo que sabia criou em casa, usando as irmãs como par, de vassoura na mão, e observando seus antecessores.

A Polícia Civil do Rio investiga uma suposta invasão à quadra da Mangueira por criminosos que teriam tentado intervir na eleição para a presidência da escola de samba, marcada para 28 de abril. A ação criminosa teria ocorrido quarta-feira e foi denunciada à imprensa pelo músico Ivo Meirelles, presidente da escola, que só comunicou o fato à polícia após ser convocado para depor.

A chefe de Polícia do Rio, delegada Marta Rocha, soube da suposta invasão pela imprensa e determinou a abertura de inquérito policial para investigar o caso. Ivo Meirelles foi convocado e depôs durante duas horas, na tarde desta quinta-feira, à delegada Monique Vidal, da 17ª DP (São Cristóvão), que apura a denúncia. Quando saiu da delegacia, Meirelles afirmou apenas que continua sendo o presidente da Mangueira.

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Segundo a denúncia do músico, um grupo de homens armados invadiu a quadra, roubou documentos referentes à eleição e anunciou que a escola será presidida por um advogado indicado por traficantes. O grupo também teria anunciado que um carnavalesco que já conquistou o título do carnaval carioca será contratado pela escola. Os criminosos fugiram sem ser identificados.

Segundo a Polícia Civil, Meirelles confirmou as informações à polícia, mas disse que não estava na quadra e, portanto, não testemunhou a ação. Policiais militares que estavam trabalhando anteontem em um posto da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) em frente à escola de samba negam ter visto qualquer movimentação suspeita. Meirelles, que recebe críticas de vários segmentos da escola, concorre à reeleição disputando o cargo com Percival Pires, que já foi presidente da escola, e outros candidatos.

Iranildo Rosa da Silva, de 29 anos, foi assassinado a tiros, no último domingo, na rua 21 de Abril, no bairro da Mangueira, Zona Oeste do Recife. De acordo com a polícia, o rapaz voltava da casa do irmão quando um homem, não identificado, sacou o revólver e disparou contra ele. Segundo informações, a vítima era viciada em bebida alcoólica.

Após perícia realizada pelo Instituto de Criminalística (IC) o corpo de Iranildo Rosa da Silva foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), em Santo Amaro, Zona Norte do Recife. O caso será investigado pela Força Tarefa Capital do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

 

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Três amigos conversavam na noite dessa quarta-feira (29), próximo a Estação Mangueira, no bairro de mesmo nome, na Zona Oeste do Recife, quando foram baleados. Dois homens, ainda não identificados, se aproximaram em uma moto, de placa não anotada, e efetuaram os disparados.

Carlos Amâncio Campos de Oliveira, 22 anos, ainda chegou a ser socorrido para o Hospital Getúlio Vargas (HGV), no bairro do Cordeiro, também na Zona Oeste, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Robson Antão da Silva, 22, e uma adolescente de 14 anos, também foram levados para o HGV, mas não correm risco de morte.

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O corpo de Carlos foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), no Recife. A investigação do caso ficará a cargo da Força Tarefa Capital do Departamento de Homicídio e de Proteção à Pessoa (DHPP).

A bateria da Mangueira inova e faz várias paradinhas, nas quais o público leva o canto do samba. Numa delas, a cantora Alcione foi quem assumiu o samba. Em uma "paradona", por quase um minuto, os ritmistas silenciaram os instrumentos e o samba sobre o Cacique de Ramos foi cantado pelo público da arquibancada. A inovação causou estranheza a princípio. Na primeira parada, muitos pensaram tratar-se de falha técnica no carro de som.

A Mangueira é a quarta escola a desfilar nesta segunda noite de apresentações das escolas do Grupo Especial do Rio. São 50 alas, 8 alegorias e 4 mil componentes. Dudu Nobre, Alcione Beth Carvalho e Jorge Aragão desfilam pela escola e aparecem nos carros alegóricos. A Mangueira canta os símbolos da escola; destaque para Cacique de Ramos.

Acompanhe o samba-enredo da escola:

 

"Vou Festejar! Sou Cacique, Sou Mangueira!"

Autores: Junior Fionda - Lequinho - Igor Leal - Paulinho Carvalho

Intérprete: Zé Paulo Sierra - Luizito - Ciganerey - Vadinho Freire

Salve a tribo dos bambas!

Onde um simples verso se torna canção…

Salve o novo palácio do samba!

O "doce refúgio" pra inspiração

Debaixo da tamarineira

Oxossi guerreiro me fez recordar

Um lugar… o meu berço num novo lar

Seguindo com os "pés no chão"

"Raiz" que se tornou religião

da boêmia, dos antigos carnavais

Não esquecerei jamais!

Firma o batuque, quero sambar… me leva!

O surdo um faz festa!

esqueça a dor da vida…

caciqueando na avenida

Sim…

Vi o bloco passando, o nobre rezando e o povo a cantar

Sim…

Era um nó na garganta ver o bafo da onça desfilar…

Chora, chegou a hora eu não vou ligar

minha cultura é arte popular,

nasceu em fundo de quintal…

Sou imortal e vou dizer

agonizar não é morrer

Mangueira, fez o meu sonho acontecer…

O povo não perde o prazer de cantar

por todo universo minha voz ecoou

respeite quem pôde chegar

onde a gente chegou!

Vem festejar, na palma da mão

eu sou o samba, "a voz do morro"!

não dá pra conter tamanha emoção

Cacique e mangueira num só coração

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