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Apesar do pânico entre investidores e no mercado financeiro com o aceno feito por Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato ao comando do Senado, a uma possível revisão do teto de gastos (mecanismo que limita o avanço das despesas à inflação), a equipe econômica encarou as declarações do parlamentar como "retórica política" em meio à disputa pela cadeira hoje ocupada por Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, Pacheco disse que o teto de gastos não pode ser algo "intocado" e que deveria ser revisto para abrir caminho a políticas tidas por ele como necessárias, como uma nova rodada do auxílio emergencial ou um incremento no programa Bolsa Família.

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As declarações repercutiram imediatamente no mercado, porque o democrata, que é o candidato apoiado pelo Palácio do Planalto na corrida pelo comando do Senado, adotou um discurso oposto à agenda defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Além disso, Pacheco detém hoje o maior número de apoios dentro da Casa, contra a candidatura de Simone Tebet (MDB-MS).

Mesmo com a repercussão no mercado, o tom é de contemporização na equipe econômica. A avaliação é que é difícil saber o que é discurso político, devido à proximidade da disputa pela presidência do Senado, e o que é convicção própria de Pacheco. O democrata reúne em torno de sua candidatura um arco bastante diverso de siglas, que vai do PSC, tido como uma legenda conservadora, até o PT, opositor ao governo Bolsonaro e que é contra a manutenção do teto de gastos.

A pouco menos de duas semanas da eleição para a mesa do Senado, Pacheco, na avaliação da área econômica, pode ter usado da "retórica" para evitar desgaste junto a seus apoiadores num momento delicado da disputa. Por isso, a declaração foi vista com cautela dentro do Ministério da Economia, já que nada disso significa uma mudança de rota imediata na condução das negociações com o Congresso pelas medidas de ajuste.

No mercado financeiro, a entrevista do candidato à presidência do Senado reforçou o sinal amarelo que já está aceso devido à combinação de atraso na vacinação contra covid-19, pressão por prorrogação do auxílio emergencial e inflação mais elevada.

A definição no comando do Congresso é considerada essencial para destravar a pauta econômica. A mais urgente é o Orçamento de 2021, mas uma série de reformas também aguarda na fila. O foco da área econômica também se divide com o cronograma da vacinação, já que a imunização da população é importante para a retomada da atividade econômica em definitivo.

Nos últimos dias, a equipe econômica monitorou com preocupação os atrasos no envio de vacinas e insumos para a fabricação de imunizantes. A demora na vacinação pode comprometer a retomada e ampliar ainda mais a pressão por novas ajudas do governo.

Tebet quer nova metodologia para o teto de gastos

A senadora Simone Tebet (MDB-MS), candidata à presidência do Senado, prepara o lançamento de uma plataforma de campanha na próxima semana em que vai defender discutir uma nova metodologia para o teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas do governo federal à inflação do ano anterior. A emedebista é defensora do teto de gastos. A discussão na campanha, porém, ocorre com a avaliação de que uma nova metodologia pode ser necessária para transformar a regra em uma âncora fiscal mais eficaz para o governo federal. O tema deveria ser discutido por Simone Tebet em uma reunião na noite de ontem com economistas.

A reunião com integrantes do mercado foi articulada pela economista Elena Landau. Nomes como Armínio Fraga, Persio Arida, Edmar Bacha, Ana Carla Abraão, Ana Paula Vescovi , Mansueto Almeida, Mário Mesquita e outros foram convidados, de acordo com a assessoria de Tebet.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Candidato à presidência do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) afirmou que o teto de gastos não pode ficar "intocado". Em entrevista ao Estadão/Broadcast, ele defendeu uma discussão sobre a retomada do auxílio emergencial ou um aumento do Bolsa Família a partir de fevereiro.

Pacheco é apoiado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e pelo presidente Jair Bolsonaro. Fechou uma aliança com nove partidos, entre os quais o PT, que reúnem 41 senadores, sem contar dissidências. Na disputa, terá como principal adversária a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que até agora conquistou a adesão de quatro legendas (28 senadores) à sua campanha.

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Diante das críticas e da pressão que Bolsonaro vem sofrendo, Pacheco disse que o impeachment não pode ser banalizado e considerou que a conduta do presidente não representa uma ameaça à democracia.

Qual é o melhor caminho para o auxílio emergencial?

Temos um compromisso absoluto com o teto de gastos e o ajuste fiscal. Não é possível gastar o que não tem. Todavia, há um estado de necessidade em função da pandemia. Precisamos, enquanto Estado, encontrar uma solução para remediar o problema dessas pessoas mais vulneráveis, seja com auxílio emergencial renovado seja com incremento do Bolsa Família ou de algo assemelhado.

Poderia ser feito com crédito extraordinário, fora do teto?

A forma de fazer, se é com crédito extra, com cumprimento do teto, rompimento do teto, isso tudo precisamos dialogar com o Ministério da Economia. Tem que ser rápido porque a fome não espera. Precisamos compatibilizar a observância da rigidez fiscal com a necessidade de ter esse auxílio.

O teto corre risco com a execução do Orçamento neste ano. A regra precisa ser rediscutida?

Seria difícil. Exigiria mudança de regra e muita boa vontade e sacrifício do governo federal e do País. Essa é uma discussão que devemos fazer à luz da técnica, dos números, do regramento, mas à luz também da sensibilidade humana e política de atender às pessoas.

Então o teto de gastos não vai ficar intocado?

O teto não pode ficar intocado em um momento de extrema necessidade em que é preciso salvar vidas. Obviamente, essa rigidez pode ser relativizada, mas vamos trabalhar muito para que não seja relativizada.

O governo errou na condução da vacinação contra a Covid-19?

Vejo erros e acertos do governo federal, dos estaduais e das prefeituras. Não vejo erro deliberado, com vontade de errar, especialmente em um tema que sacrifica a população. São erros decorrentes do inusitado da situação. Agora, temos que reunir o Congresso e buscar mais acertar do que errar.

Durante a pandemia, é possível avançar com alguma pauta fora do combate à Covid-19?

Podemos evoluir com a reforma tributária e administrativa, não necessariamente nos moldes concebidos pelo governo federal.

Reforma tributária com CPMF?

A reforma tributária não pode ser errada e sacrificar setores inteiros e Estados. Não se pode criar mais um imposto sem modificar os atuais. É até aceitável se pensar na criação de um tributo, desde que haja desoneração na outra ponta, um sistema que não imponha sacrifício ao contribuinte. Aí, eventualmente, pode ser discutido, cria CPMF e desonera a folha. Acho que este ano a reforma sai do papel e vira realidade.

Tem ambiente para discutir privatizações? O Congresso pode aprovar a privatização da Eletrobras neste ano?

Tem espaço para discutir privatizações. Eu defendo o conceito, mas não pode ser entreguismo sem critério num momento de muita dificuldade econômica, porque, se não, vira uma gota de água na chapa quente do orçamento. Não é raciocínio fácil dizer que a Eletrobras precisa ser vendida. Episódios recentes demonstraram que a iniciativa privada é muito boa, mas por vezes não tem o compromisso social que o setor público tem, vide o que aconteceu no Amapá.

Em 2018, o sr. disse que chegaria ao Senado para "dar uma chacoalhada naquilo lá". O que pretende fazer agora?

A pandemia é o mote principal. O foco haverá de ser a preservação da saúde pública, um programa social e o crescimento econômico a partir das reformas que sejam necessárias.

Bolsonaro declarou ter simpatia pela sua candidatura. O sr. é o candidato do governo?

Eu sou candidato dos senadores e das senadores. A manifestação do presidente foi por mim muito bem recebida. Não há interferência do presidente Bolsonaro. É uma sinalização positiva de que podemos ter um ambiente de pacificação nos próximos dois anos, mas sempre resguardada a independência do Senado.

Um advogado criminalista disputando a presidência do Senado é uma ameaça à Lava Jato?

Não podemos considerar um partido A ou B como inimigo da Lava Jato. A operação cumpriu e cumpre papel importante por alcançar toda e qualquer pessoa, mas não se pode atropelar a Constituição. É questão interna corporis da Procuradoria-Geral da República a manutenção ou não da Lava Jato. Não haverá da minha parte resistência a pautas de moralidade, ética e combate à corrupção. Essa é uma pauta do Senado, não da Lava Jato.

Cresce a pressão pelo impeachment do presidente Bolsonaro. Tem espaço para discutir isso?

Impeachment é algo muito grave, que abala as estruturas da República e que precisa ter fundamento de fato e jurídico. Nós já tivemos dois episódios de impeachment recentemente. Não foram passagens boas para a estrutura da República. Justo ou não, é sempre um episódio ruim da vida nacional. Não podemos banalizar o instituto do impeachment. De qualquer forma, minha percepção de nada vale neste momento porque, caso haja algum pedido, será submetido à Câmara.

Vê crime de responsabilidade nos pedidos feitos até agora?

Seria leviano da minha parte dizer. Isso é um exame que tem que ser muito apurado, responsavelmente feito.

O presidente participou de atos pelo fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Congresso. Recentemente, falou que as Forças Armadas decidem se o país vai viver em uma democracia ou em uma ditadura. Isso preocupa?

Vivemos numa democracia. Há divergências que, às vezes, evoluem para atritos. E esses atritos, por vezes, têm algum tipo de rispidez. A democracia do Brasil está consolidada. Obviamente, teremos toda a observância e cautela para preservar a defesa do estado democrática de direito. Há uma distância muito longa entre manifestações e ameaça concreta às instituições democráticas. Não acredito que passe pela cabeça do presidente qualquer iniciativa de ruptura democrática.

Pretende reativar o Conselho de Ética para analisar as representações contra Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Chico Rodrigues (DEM-RR)?

O conselho deverá ter funcionamento oportuno assim que as regras sanitárias permitirem.

O Senado vai pautar a prisão em segunda instância, se o sr. se tornar presidente?

Aguardamos a elaboração da Câmara de algo que concilie o anseio da sociedade com a observância do princípio da culpabilidade. É preciso compatibilizar o trânsito em julgado com o efeito da pena.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PDT, com três senadores, declarou apoio a Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para a presidência do Senado. Com isso, os partidos que manifestaram apoio público ao candidato do DEM somam 41 senadores, quantidade suficiente para uma vitória na disputa de fevereiro, desconsiderando traições.

O apoio do PDT já estava precificado por Pacheco, candidato do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). A oficialização, porém, era aguardada para fazer o concorrente chegar aos 41 votos. Além do PDT, o senador do DEM também garantiu apoio do maior partido de oposição no Senado, o PT, que tem seis integrantes.

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Em nota, a bancada tentou desvincular o apoio à concordância com pautas defendidas por Rodrigo Pacheco, candidato que conta com a simpatia do presidente Jair Bolsonaro na sucessão do Senado. "Esse apoio não representa um apoio automático da bancada pedetista às pautas defendidas por todos os partidos que estão na base da candidatura do senador Rodrigo Pacheco."

A eleição de fevereiro vai definir quem comandará o Senado pelos próximos dois anos. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) será a adversária de Pacheco na eleição. O grupo que chegar ao poder terá influência direta na eleição presidencial de 2022, cenário destacado pelo PDT ao oficializar o apoio ao candidato do DEM.

De acordo com a bancada do PDT, o País tem a tarefa de superar a pandemia de covid-19, recuperar a economia, "garantir a estabilidade institucional e democrática e preparar um clima saudável e equilibrado para as eleições de 2022". Para o partido, Rodrigo Pacheco reúne características para uma condução "firme, independente, porém serena, madura e visando acima de tudo os interesses do País."

Alianças

Com o PDT, já são nove os partidos fechados Pacheco - DEM, PSD, PT, PL, PROS, Republicanos, PSC e Progressistas. Juntas, essas legendas somam 41 senadores - quantidade de votos suficientes para dar uma vitória na disputa. Nem todos os integrantes das bancadas, porém, vão seguir seus partidos. No dia da eleição, a votação é secreta.

No Progressistas, por exemplo, o senador Esperidião Amin (SC) declarou voto em Simone Tebet. Pacheco, por sua vez, conta com dois votos do Podemos, que anunciou aliança com a candidata do MDB, e quatro no PSDB, que liberou os integrantes para votar em qualquer candidato.

Até o momento, a candidata do MDB garantiu o apoio do Podemos e do Cidadania, além do próprio partido. Essa aliança soma 27 senadores, desconsiderando as dissidências.

Nos próximos dias, os dois candidatos vão tentar atrair os três partidos que ainda não anunciaram apoio oficial: Rede (2 senadores), PSL (2) e PSB (1). No PSL, Major Olimpio (SP) é candidato. Outro que corre por fora é Jorge Kajuru (Cidadania-GO). Os dois tendem a manter a candidatura como forma de protesto e, no dia da eleição, declarar voto em Simone Tebet.

O PL anunciou apoio a Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na eleição para a presidência do Senado. O partido, uma das siglas do Centrão no Congresso, tem três senadores. Os partidos em torno de Pacheco até o momento (DEM, PSD, PT, PROS, Republicanos e PL) somam 30 senadores na data da disputa, em fevereiro.

"A importância disso é que o PL vai unido com todas as suas forças participar da próxima gestão do Senado com a presidência do nosso senador Rodrigo Pacheco", afirmou o líder do PL na Casa, Carlos Portinho (RJ), em vídeo distribuído pela assessoria de imprensa.

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O PL filiou Carlos Portinho, que estava no PSD, em dezembro.

O senador assumiu o mandato após a morte de Arolde Oliveira (PSD-RJ), vítima da covid-19.

Na esteira das negociações para a sucessão, o PL recuperou o direito a ter um gabinete de liderança, com acesso a cargos e verbas, após a filiação.

O gabinete é garantido apenas a legendas com três ou mais senadores, o que aumentou o cacife da bancada na negociação.

A aproximação do presidente Jair Bolsonaro com o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato de Davi Alcolumbre (DEM-AP) à presidência do Senado, levou o MDB a cobrar apoio do Palácio do Planalto na disputa. Pacheco terá como principal adversário um candidato emedebista, que deve ser definido até o dia 15.

O Republicanos, partido do senador Flávio Bolsonaro (RJ), filho do presidente, declarou nessa sexta (8), a adesão à campanha de Pacheco. O anúncio expôs a aproximação do governo com o nome escolhido por Alcolumbre para a sua sucessão e fez o MDB se queixar com o Planalto. A eleição que vai renovar o comando da Câmara e do Senado está marcada para fevereiro.

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O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), se reuniu ontem à tarde com Bolsonaro. Pré-candidato à presidência da Casa, Bezerra Coelho está em campanha e tem pedido voto aos colegas.

Bolsonaro, no entanto, mantém a disposição de apoiar Pacheco, líder do DEM, mesmo contrariando o MDB. Para não criar mais melindres, o presidente não deve fazer uma declaração pública.

"O Republicanos acredita que o senador Rodrigo Pacheco tem o preparo necessário para conduzir os trabalhos da Casa, com coerência e determinação e que, de forma conciliadora, saberá lidar com as demais instituições sempre com respeito à Constituição Federal", diz a nota assinada pelo líder do Republicanos no Senado, Mecias de Jesus (RR).

Embora tenha apenas dois senadores, a bancada do Republicanos indica para onde vai o governo nessa disputa, já que abriga Flávio Bolsonaro. Pacheco atraiu, ainda, o apoio do PSD e do PROS. As bancadas que fecharam com ele somam 21 votos. O PT, com seis senadores, também está prestes a compor essa aliança.

O aval dos petistas ao deputado Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa pela presidência da Câmara empurra o partido a avalizar Pacheco para o comando do Senado. O motivo alegado é evitar que o MDB volte a ter o comando das duas Casas do Legislativo.

Além de Bezerra Coelho, o MDB tem outros três pré-candidatos. Estão no páreo Eduardo Braga (AM), Simone Tebet (MS) e Eduardo Gomes (TO), que é líder do governo no Congresso. De todos esses nomes, apenas Tebet não tem qualquer aproximação com o Planalto. Apesar de Baleia Rossi na Câmara se apresentar como uma chapa que prega independência do Executivo, no Senado o MDB é governista.

Para tentar barrar uma aliança do DEM com o PT, Braga -- que lidera a bancada do MDB -- fez ontem uma reunião virtual ontem com senadores petistas. Apelou para que o PT adie o anúncio de apoio que se prepara para fazer na próxima segunda-feira, mas o partido está praticamente fechado com Pacheco. Se vencer, o líder do DEM prometeu ao PT a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), que hoje está com o Podemos.

O avanço do candidato de Alcolumbre poderá fazer Eduardo Gomes e Bezerra Coelho desistirem da disputa. Integrantes do PSDB, por exemplo, negociam uma aliança, mas rejeitam os dois nomes por serem líderes do governo no Congresso e no Senado, respectivamente.

"Eles vão precisar decidir o que fazer. O importante é que seja uma pessoa mais independente, que o Senado fique à altura. Não dá para ficar submisso ao Executivo ou apenas carimbando medida provisória", disse o líder em exercício do PSDB no Senado, Izalci Lucas (PSDB-DF).

O PSDB avalia a possibilidade de montar um bloco com Cidadania, Podemos e PSL para derrotar Alcolumbre, podendo inclusive apoiar o MDB. Juntos, esses partidos reúnem até 22 votos, mas não há consenso dentro das bancadas para apoiar um nome único. A falta de acordo pode levar o grupo a lançar vários candidatos.

Acordos

Outras bancadas também se movimentam para definir, na próxima semana, se apoiarão Pacheco ou o candidato do MDB. O Progressistas, presidido pelo senador Ciro Nogueira (PI), mantém conversas com os concorrentes em articulação paralela com a Câmara. O partido tenta favorecer Arthur Lira (AL), chefe do Centrão e seu candidato na Câmara, tirando votos do DEM de Rodrigo Maia (RJ), que está aliado a Baleia.

Em conversas reservadas, integrantes do Centrão dizem que as traições na Câmara podem levar o Progressistas a apoiar o DEM no Senado. Para que um candidato seja eleito presidente da Casa precisa ter o apoio de 41 dos 81 senadores.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Republicanos, partido de Flávio Bolsonaro (RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, declarou apoio a Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na disputa pela presidência do Senado. Pacheco é o candidato do atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), à sucessão.

O apoio do Republicanos sinaliza uma aproximação do Palácio do Planalto com o candidato de Alcolumbre. Em dezembro, na véspera do Natal, o presidente do Senado levou Pacheco para um almoço com Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada. O encontro serviu para demonstrar que o candidato terá uma ponte amigável com o governo.

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"O Republicanos acredita que o senador Rodrigo Pacheco tem o preparo necessário para conduzir os trabalhos da Casa, com coerência e determinação e que, de forma conciliadora, saberá lidar com as demais instituições sempre com respeito a Constituição Federal", diz a nota assinada pelo líder do Republicanos no Senado, Mecias de Jesus (RR).

Atualmente, o Republicanos tem três senadores, mas na eleição. em fevereiro, terá apenas dois: Flávio Bolsonaro e Mecias de Jesus. Ney Suassuna (Republicanos-PB) é suplente do senador Veneziano Vital do Rêgo (PB), que estava no PSB e vai se filiar ao MDB na próxima semana.

Alianças

Candidato de Alcolumbre, o líder do DEM também tenta fechar uma aliança com a oposição, em especial com PT e PDT. Os partidos oposicionistas, porém, só devem anunciar uma decisão na semana que vem. Essas legendas também são cortejadas pelo MDB, a maior bancada da Casa, que ainda não definiu quem será o candidato.

Conforme o Estadão/Broadcast antecipou, o apoio do PT ao deputado Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa pela presidência da Câmara empurra o partido a fechar uma aliança com Pacheco para o comando do Senado. O motivo alegado por integrantes da sigla é evitar que o MDB volte a ter o comando das duas Casas do Legislativo, como ocorreu no fim do governo de Dilma Rousseff, quando houve o impeachment.

Para tentar barrar uma aliança do DEM com o PT, o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), se reúne com senadores petistas nesta sexta-feira, 8.

O apoio do PT ao deputado Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa pela presidência da Câmara deve levar o partido a fechar uma aliança com Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato ao comando do Senado. O motivo alegado por integrantes da sigla é evitar que o MDB volte a ter o comando das duas casas do Legislativo, como ocorreu no governo de Dilma Rousseff, abreviado pelo impeachment.

"Já que o PT apoiou o MDB na Câmara dos Deputados, não faz muito sentido apoiar o mesmo partido no Senado. A tendência maior é trabalhar para o nome do Rodrigo Pacheco, mas não fechamos ainda formalmente", disse o senador Humberto Costa (PT-PE). O partido tem uma reunião agendada para a próxima segunda-feira.

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Pacheco lidera a bancada do DEM e é candidato do atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Anteontem à noite, o PSD - a segunda maior bancada no Senado e majoritariamente próxima do governo do presidente Jair Bolsonaro - anunciou que apoiará Pacheco.

Na Câmara, o PT optou por apoiar Baleia para derrotar o deputado Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão e candidato do Palácio do Planalto. O partido tem 52 deputados federais e seis senadores. No Senado, Pacheco também se aproximou de Bolsonaro, mas prometeu garantir espaços para a oposição. O líder do PT na Casa, senador Rogério Carvalho (SE), é próximo a Alcolumbre e chegou a sinalizar apoio para a reeleição do atual presidente do Senado, mas a possibilidade de recondução foi barrada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Pacheco deve ter como principal adversário na disputa um nome do MDB, a maior bancada da Casa, com 13 senadores. O nome do partido para a disputa ainda não foi definido.

Antes da decisão que barrou a reeleição, Alcolumbre se aproximou de um acordo com a oposição. Além do PT, ele tinha apoio do líder do PDT no Senado, Weverton Rocha (MA), para tentar a recondução no cargo. Agora, Pacheco procurou senadores de oposição ao governo na Casa em busca do "espólio" de Alcolumbre e prometeu garantir espaço na Mesa Diretora e nas comissões. A oposição não deve lançar candidato no Senado.

Discussão

Além do PT, o bloco que reúne PDT, Rede, PSB e Cidadania, com nove senadores, também discutirá nos próximos dias que rumo tomará na sucessão. "A decisão ainda passará pela direção do PDT e pelo bloco, mas eu defendo que tenhamos um conjunto de exigências, que a Mesa Diretora seja independente e tenha uma agenda que privilegie o Senado, e não fique a reboque do Executivo", afirmou o senador Cid Gomes (PDT-CE).

Dentro desses partidos, há quem apoie o candidato de Alcolumbre, mas também há dissidentes em prol de um apoio que derrote Pacheco, entre eles integrantes do "Muda, Senado", grupo composto por parlamentares de várias legendas. Adversário do atual presidente do Senado, o grupo avalia lançar um bloco independente para tentar derrotar o candidato indicado por ele.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sem a presença dos principais caciques nacionais do partido, o DEM anunciou neste domingo, 5, em convenção realizada na capital mineira, o deputado federal Rodrigo Pacheco como candidato ao governo de Minas Gerais. O presidente do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, não estiveram na convenção.

O partido de Pacheco se aliou ao PSDB na disputa pelo Palácio do Planalto. Em Minas, os tucanos têm o senador Antonio Anastasia como candidato ao governo do Estado.

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Pacheco afirmou não ter se sentido desprestigiado com a ausência das lideranças. "Até ontem estive com o presidente ACM Neto em Brasília, junto com nossos deputados federais, sobre a convenção de hoje, e na verdade nessa reta final, e em razão do projeto presidencial dos partidos, eu próprio deixei ambos à vontade em relação a essa vinda a Belo Horizonte, mas estão absolutamente comprometidos com nosso projeto em Minas Gerais", justificou o parlamentar.

Angústia. O vice-presidente do Progressistas em Minas, aliado do DEM em Minas, Luiz Fernando Faria, afirmou em discurso durante a convenção que Pacheco sofreu nesta semana um "terrorismo psicológico". "Os últimos dias foram de angústia e sofrimento para Rodrigo", disse.

Ao longo de toda a pré-campanha eram constantes os rumores de que Pacheco desistiria da candidatura, e que esperaria apenas a desistência do deputado federal Rodrigo Maia (DEM) em disputar o Palácio do Planalto para abandonar a briga pelo governo de Minas e se candidatar ao Senado em coligação aliada. Rodrigo era garantia de palanque de Maia em Minas caso a candidatura do colega de chapa para o governo federal decolasse.

"Não me senti pressionado. Até porque, quando me perguntam se há algum tipo de pressão, eu respondo que pressão só existe quando se rende a ela. Não me senti pressionado hora nenhuma. Obviamente a decisão do DEM de se alinhar ao PSDB no plano nacional é algo significativo e que nós temos que considerar em Minas Gerais, mas não me senti pressionado."

Segundo o deputado, o que houve foram diálogos. "A política de Minas Gerais anda muito confusa nos últimos dias. Isso especialmente com o candidato Marcio Lacerda, que teve sua candidatura frustrada", disse Pacheco. "Não sofri pressão. Obviamente que há sugestões, algum tipo de interferência que se busque fazer em relação a decisões", acrescentou.

Aceno. Com a possível saída de Lacerda da disputa em Minas, por força de acordo fechado com o PT, Pacheco disse que pretende conversar com o PSB e aliados. "Os partidos de sua base de composição vão a partir de agora se reagrupar em torno de nova candidatura. É esse diálogo que temos que estabelecer. Aqueles que queiram estabelecer uma terceira via no Estado podem estar conosco".

Carros de militantes e aliados do DEM já rodam por Belo Horizonte com plotagem com a frase "nem um", em vermelho, "nem outro", em azul. Remetendo, respectivamente, ao governador Fernando Pimentel (PT), que disputa reeleição, e Anastasia, do PSDB. Abaixo, as palavras "sou Rodrigo".

Militantes do Avante participaram da convenção do DEM. Ontem, 4, o partido oficializou apoio ao candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes. Pacheco afirmou que o comando nacional do DEM, apesar da aliança com o PSDB, liberou a realização de acordos que forem convenientes nos Estados.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), suspendeu novamente, por volta das 15h50, a sessão do colegiado desta terça-feira, 10, em que deve ser lido o parecer do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer. O relatório também se pronunciará acerca da denúncia contra os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).

Pacheco suspendeu os trabalhos em razão da ordem do dia no plenário da Câmara. Neste momento, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), preside sessão plenária em que está sendo votada a medida provisória (MP) 784/2017, que, entre outras coisas, autoriza o Banco Central a firmar acordos de leniência com instituições financeiras. O presidente da CCJ informou que só retomará os trabalhos do colegiado após a conclusão da votação no plenário da Casa, ainda sem previsão.

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Bonifácio já está na CCJ. Ele terá tempo ilimitado para ler seu parecer, que tem entre 35 e 40 páginas, segundo o relator. Após a fala dele, será a vez dos três advogados fazerem a defesa de seus clientes. Eles terão direito ao mesmo tempo de fala do relator. O primeiro a falar será o advogado de Temer, seguido pelas defesas de Padilha e Moreira. Encerrada esta fase, o presidente da CCJ prevê que algum deputado deverá pedir vistas do relatório, adiando o início da votação do parecer para próxima semana.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), saiu em defesa do relator Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), que vem sofrendo pressão do PMDB para deixar a legenda após apresentar voto a favor da denúncia contra o presidente Michel Temer. "Acho que seria um absurdo pensar na hipótese de expulsão de um parlamentar que tenha expressado o que é o seu entendimento como deputado", declarou.

Pacheco, que tem uma atuação independente em relação ao governo, escolheu um relator também independente para produzir o parecer sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ontem, Zveiter apresentou parecer pela admissibilidade da denúncia.

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Durante a sessão desta manhã na CCJ, peemedebistas cobraram a saída dele do partido. "Entendo que ele não tem condições de ficar no partido", pregou o vice-líder da bancada do PMDB, Carlos Marun (MS).

Pacheco lembrou que a expulsão só seria possível se houvesse fechamento de questão do partido contra a denúncia, o que não ocorreu. "Essa hipótese de expulsão é incabível", comentou.

Hoje, parlamentares do PMDB apresentaram um voto em separado pela inadmissibilidade da denúncia. O objetivo é derrotar o parecer de Zveiter com mais de 34 votos e aprovar um parecer contra a denúncia. Se o parecer de Zveiter não for aprovado, Pacheco escolherá um novo relator para proferir o voto contra a denúncia. Esse novo relator poderá apresentar novo parecer ou escolher um dos votos em separado já protocolados como base de seu voto.

Rito

Pacheco disse que vai atuar junto à oposição e aos governistas para que seja cumprido o acordo feito com coordenadores de bancada e a sessão de debates não seja encurtada. "Acordo é para ser cumprido", declarou.

A base governista começou a articular uma manobra para acelerar a tramitação da denúncia. No domingo, líderes governistas se reuniram com Temer e ministros para discutir formas de impedir que apreciação da denúncia se estenda na CCJ. A base aliada quer liquidar o assunto e votar a denúncia no plenário antes de 18 de julho, início do recesso.

Pelo acordo, 132 membros da CCJ (entre titulares e suplentes) poderão discursar por 15 minutos e outros 40 não membros (metade contra a denúncia e a outra metade a favor) poderão falar por até 10 minutos. Com os longos discursos, a fase de debates deve superar 40 horas e Pacheco calcula que a votação do parecer de Zveiter acontecerá na sexta-feira, 14, ou na segunda-feira, 17. Ele não quer votação de madrugada.

Na ocasião do acordo, houve um compromisso firmado para que ninguém apresentasse requerimento de encerramento de discussão após o 10º discurso na comissão. Agora, governistas consideram a possibilidade de quebrar o acordo para garantir a votação na CCJ o quanto antes.

Sobre as trocas na comissão, Pacheco disse que as mudanças ferem a independência da CCJ e dos parlamentares, além de ser inadequado do ponto de vista ético. Ainda assim, observou, as trocas são regimentais e elas são despachadas pela Secretaria Geral da Mesa (SGM) diretamente à CCJ, que não faz esse controle. Quanto à possibilidade de judicialização, ele disse que se tratava de um direito de cada parlamentar.

O ministro da Agricultura de Moçambique, José Pacheco, disse que mais de 300 mil pessoas no país passam fome no país este ano. Falando à estação de rádio estatal no domingo, Pacheco afirmou que a penúria, que afeta principalmente as regiões central e sul de Moçambique, foi causada por vários fatores, incluindo seca, enchentes e pragas de insetos. As lavouras também estão sendo destruídas por animais selvagens, como elefantes e hipopótamos.

Pacheco disse que o governo está desenvolvendo mecanismos para ajudar agricultores a produzir mais alimentos. Entre eles, está a organização de pacotes de ajuda financeira para estimular a compra de fertilizantes e implementos agrícolas e contribuir na disseminação da irrigação. O governo também obteve US$ 100 milhões do Brasil para máquinas agrícolas destinadas a impulsionar a produção agrícola no país.

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Enquanto isso, no terreno político, líderes do governo moçambicano e do principal grupo de oposição, o ex-movimento rebelde Renamo, afirmaram que há uma necessidade urgente de encerrar o conflito entre os dois lados. Nesta segunda-feira, representantes de ambas as partes participavam de discussões sobre o tema na capital do país, Maputo. Fonte: Associated Press.

Após uma semana da demissão do treinador Giovane Gavio, o Sesi-SP oficializou nesta terça-feira (09) a contratação de Marcos Pacheco. O treinador, de 46 anos, é tricampeão da Superliga de vôlei, comandando o Florianópolis. Juntamente com Pacheco chegará para a temporada 2013 Marcel Matz, primeiro assistente técnico, o preparador físico Jaime Lansini e Gerson de Oliveira, que é segundo assistente técnico. 

Marcos Pacheco tem 15 anos de carreira e já atuou como jogador de vôlei entre 1981 e 1992. Antes de iniciar a carreira como treinador, ele trabalhou como auxiliar técnico entre 1994 e 2007. De 2007 a 2011 esteve no comando do Florianópolis e levou o time catarinense ao tricampeonato da Superliga (2007/2008, 2008/2009 e 2009/2010). No seu currículo, Pacheco ainda tem cinco medalhas de ouro em cinco torneios nacionais (sendo três Gran Prix e duas Supercopa Nacional) e venceu 14 estaduais.

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Giovane havia sido campeão da Superliga Masculina na temporada 2010/2011 e no último dia 30 de março foi eliminado na semifinal da edição atual da competição, cuja final será neste domingo (14), entre Rio de Janeiro e Cruzeiro, no Maracanãzinho.

 

 

 

 

 

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