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O Vaticano anunciou neste sábado (15) que o papa Francisco ratificou a nomeação pela China do novo bispo de Xangai, a maior diocese católica do país, embora tenha lamentado a decisão unilateral contrária a um acordo histórico, que prevê um processo comum.

"O Santo Padre nomeou o bispo de Xangai, na China continental, S.E. Monsenhor Giuseppe Shen Bin, da diocese vizinha de Haimen", informou o Vaticano em um comunicado.

Em outubro de 2022, o Vaticano e o regime comunista de Pequim renovaram por dois anos o acordo histórico assinado em 2018 sobre a delicada questão da nomeação dos bispos na China, em um cenário de tensão a respeito da situação dos católicos no país.

No fim de novembro, no entanto, o Vaticano revelou sua "surpresa e pesar" com a nomeação de um bispo em uma diocese na China não reconhecido pela Santa Sé, por considerar que violava o acordo de 2018, renovado pela primeira vez em 2020.

Em seguida, a China decidiu nomear o Monsenhor Shen Bin em Xangai, sempre sem o acordo do Vaticano.

O acordo Vaticano-China, cujo conteúdo não foi divulgado publicamente, tem o objetivo de reunir os católicos chineses - divididos entre as Igrejas oficial e clandestina - e dar ao Papa a última palavra na nomeação dos bispos.

Em um comunicado separado divulgado neste sábado, o chefe da diplomacia do Vaticano, Pietro Parolin, justificou a decisão do pontífice papa com base em seu desejo de não piorar as relações com Pequim.

"Estas duas nomeações foram decididas sem a participação da Santa Sé. Este forma de procedimento não corresponde ao espírito de diálogo e colaboração estabelecido entre o Vaticano e a China", declarou.

O papa, no entanto, "decidiu regularizar a anomalia canônica criada em Xangai para o bem da diocese e o melhor exercício do ministério pastoral do bispo. Isso permitirá ao Monsenhor Shen Bin trabalhar com maior serenidade", acrescentou.

O Vaticano, destacou Parolin, deseja agora que as duas partes trabalhem para "prevenir de modo conjunto as situações de dissensão que criam divergências e mal-entendidos" e se esforcem para respeitar "o princípio fundamental do consenso nas decisões que afetam os bispos".

Desde a assinatura do acordo entre Vaticano e China em 2022, o texto recebe críticas dentro da Igreja: alguns o consideram um controle do governo chinês sobre os quase 10 milhões de católicos do país, onde templos foram destruídos, creches religiosas foram fechadas e a restrição das liberdades religiosas continua sendo um tema crucial.

A um mês da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), Lisboa se prepara para receber o papa Francisco, que participará do grande evento apesar de seus problemas de saúde, e quase um milhão de jovens peregrinos, anunciou a organização da JMJ.

"Não temos plano B, apenas um plano F para Francisco", afirmou o bispo auxiliar da capital de Portugal, Américo Aguiar, que preside o comitê local de organização do encontro mundial de jovens católicos.

"O papa Francisco é uma grande força de atração para os jovens, que têm uma relação muito distante com a Igreja", acrescentou.

Na sede da fundação JMJ em Lisboa, em uma antiga área militar, quase 300 voluntários trabalham para mobilizar os jovens em todo o país, responder às diversas solicitações e preparar as credenciais de mais de 3.000 convidados e jornalistas que devem visitar a cidade entre 1 e 6 de agosto.

Mais de 300.000 peregrinos de 151 países já confirmaram a participação. A organização da JMJ acredita que o evento reunirá o dobro ou o triplo de pessoas, quase um milhão de jovens.

Entre os peregrinos já inscritos, "temos jovens de todos os países do mundo, inclusive das longitudes e latitudes mais distantes", declarou Aguiar. Ele destacou que os espanhóis são os mais numerosos, seguidos por italianos, franceses e portugueses.

O papa Francisco, de 86 anos e que passou por uma cirurgia no intestino no início de junho, já confirmou presença no evento.

A visita de cinco dias do pontífice argentino a Portugal incluirá uma agenda muito movimentada.

Entre os vários encontros previstos, Francisco se reunirá com vítimas de agressões sexuais cometidas por integrantes do clero português. Uma comissão de especialistas independentes estabeleceu que pelo menos 4.815 menores de idade foram vítimas de pedofilia dentro da Igreja no país desde 1950.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs nesta quinta-feira, dia 22, que a guerra na Ucrânia seja paralisada como condição para o início das negociações de paz entre Kiev e Moscou. Lula sugeriu que os soldados ucranianos e russos devem "parar de atirar" para dar início a conversas em que cada lado na guerra ceda um pouco de sua posição inicial.

O presidente afirmou que busca a formação de um grupo de países não alinhados para sugerir mecanismos de resolução diplomática do conflito. Segundo ele, a abordagem conjunta para o cessar-fogo e posterior mesa de negociação envolveria Brasil, China, Índia, Indonésia, México e Argentina, além de representantes da África.

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"É preciso colocar os atores numa mesa de negociação, é preciso parar de atirar e tentar encontrar uma solução pacífica", afirmou o presidente. "É preciso convencer o Putin e o Zelenski que o melhor negócio é acabar com a guerra e tentar saber em que condições vamos voltar à normalidade."

Lula discutiu suas ideias com o Papa Francisco, no Vaticano, mas indicou que o pontífice não necessariamente vai participar desta tentativa de formar um grupo de países. Lula afirmou que o chefe de Estado da Santa Sé e autoridade máxima da Igreja Católica tem "personalidade própria do ponto de vista jurídico, moral e político" para liderar individualmente conversas de lado a lado. Tanto Kiev quanto Moscou mantêm interlocução com o Vaticano.

"O Papa Francisco é hoje a mais importante autoridade política que existe no Planeta Terra, não só pelo que representa, mas por sua postura", afirmou Lula, em entrevista a jornalistas. "O papa tem mandado seus cardeais que estão discutindo com Zelenski e com Putin."

Lula reiterou que o Brasil condenou a ocupação da Ucrânia pela Rússia em resoluções nas Nações Unidas. O País vem defendendo o cessar-fogo, o que se choca com a proposta das potências ocidentais aliadas da Ucrânia. Os Estados Unidos e a União Europeia exigem, ao lado dos ucranianos, a retirada imediata das tropas russas.

O petista disse que considera um problema o fato de Estados Unidos e União Europeia estarem completamente envolvidos na guerra, o que prejudica sua capacidade negociadora.

Lula disse que "ninguém mais aceita uma nova guerra fria", como a configuração polarizada entre EUA e China, e disse ter conversado sobre os aspectos da guerra com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, e o Papa Francisco.

"O jogo já não é mais o mesmo quando a guerra começou, tem outros ingredientes, porque tem muitas mortes e destruição. Na minha cabeça, a primeira coisa a fazer era convencê-los a parar a guerra e sentar para conversar e para dizer o seguinte 'eu não abro mão disso ou daquilo' até que a gente encontre um denominador comum. Isso leva tempo, mas quando o ser humano está disposto a fazer ele faz", afirmou Lula, durante entrevista coletiva antes de deixar a Itália rumo à França.

Lula foi questionado por jornalistas italianos se estava de acordo com as condições de paz propostas pela Ucrânia - a "fórmula da paz" de Zelenski - que prevê a retirada total das tropas russas e devolução do território ocupado, entre outros pontos. Ele respondeu a proposta equivale a uma rendição russa.

"Um acordo de paz não é uma rendição", respondeu Lula. "No acordo de paz, os dois envolvidos têm que ceder em alguma coisa, senão não tem acordo. Se tem uma proposta em que alguém tem que ceder 100%, não é acordo, é imposição. E quem sabe o que é necessário para ter acordo são os ucranianos e os russos, não sou eu brasileiro, muito menos qualquer pessoa que não seja russa nem ucraniana."

Amorim na Cúpula da Paz

O presidente também informou que vai enviar seu assessor especial Celso Amorim a uma reunião convocada pela Ucrânia, em Copenhagen, Dinamarca. Ele seguirá para a reunião na sequência da viagem a Roma e Paris.

O governo Volodimir Zelenski convidou o Brasil, África do Sul, Índia e China, além dos países do G7, para discutir a organização de uma conferência de paz. Segundo Lula, Amorim conversou com os bispos envolvidos nas tentativas de mediação da paz empreendidas pelo Papa Francisco. O cardeal Matteo Zuppi já visitou Kiev e deve ser recebido em Moscou.

Durou 45 minutos a reunião privada entre o papa Francisco e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, realizada nesta quarta-feira (21), no Vaticano.

Esse tempo é o padrão das audiências do pontífice com lideranças políticas internacionais. Lula presenteou o Papa com uma gravura do artista pernambucano J.F.Borges que retrata a Sagrada Família, enquanto a primeira-dama Janja deu ao líder católico uma estátua de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira da Amazônia.

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Já Francisco entregou ao presidente um baixo-relevo em bronze com a frase "A paz é uma flor frágil", mensagem para a Jornada Mundial da Paz deste ano, além de um documento sobre a irmandade humana e um livro sobre a pregação feita por Jorge Bergoglio em uma Praça São Pedro vazia em março de 2020, no início da pandemia de Covid-19.

Durante o encontro, Lula convidou o Papa para participar do Círio de Nazaré, uma das maiores festas católicas do Brasil e que acontece todo mês de outubro em Belém, no estado amazônico do Pará.

Francisco visitou o Brasil apenas uma vez, em julho de 2013, para a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro.

Fotos do encontro mostram um abraço comovido entre o Papa e Lula, que sempre agradeceu ao pontífice por tê-lo encorajado durante os processos da Lava Jato e o período na cadeia.

Essa foi a segunda reunião pessoal entre os dois líderes, que já haviam se encontrado em fevereiro de 2020. "Agradeço o papa Francisco pela audiência no Vaticano e a boa conversa sobre a paz no mundo", disse Lula no Twitter.

*Da Ansa 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o papa Francisco se encontraram, nesta quarta-feira (21), no Vaticano.

A visita ao pontífice faz parte da agenda que Lula cumpre na Europa, nesta semana, quando passará por Itália e França.

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Na pauta do encontro estão temas como a guerra na Ucrânia, mudanças climáticas e o combate à fome.

Lula também vai convidar o pontífice para participar do Círio de Nazaré, uma das principais festas religiosas do país realizada anualmente em outubro, em Belém (PA). A primeira-dama, Janja da Silva, inclusive, entregou ao papa uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré.

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Após o encontro com o papa, Lula tem audiência com o arcebispo Edgar Peña Parra, da Secretaria de Estado do Vaticano. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta segunda (19), que a guerra na Ucrânia será um dos temas de sua reunião com o papa Francisco na próxima quarta-feira (21), quando ele também se encontrará com seu homólogo italiano, Sergio Mattarella.

    "Eu telefonei para ele, tomei a iniciativa, liguei para o Papa e falei que queria fazer uma visita para ele.

Ele está muito interessado em acabar com a guerra da Ucrânia e da Rússia, eu também quero conversar com ele sobre essa questão da paz", declarou Lula hoje de manhã no Palácio da Alvorada.

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O presidente também afirmou que quer dialogar com Francisco sobre desigualdade. "Quero aproveitar meu mandato para tentar criar uma consciência mundial de que não é explicável não nos indignarmos contra a fome em um planeta que produz mais comida do que nós consumimos", disse.

Lula ainda reiterou a intenção de convidar o Papa para o Círio de Nazaré, uma das maiores festas católicas do Brasil e que acontece anualmente em Belém (PA), e agradeceu pela "solidariedade" do pontífice durante os processos da Lava Jato.

"Depois disso, vou ter um encontro com o presidente da Itália, vou ter reunião com o prefeito de Roma [Roberto Gualtieri], e não sei se vai confirmar o encontro com a primeira-ministra [Giorgia Meloni]", ressaltou.

Após a Itália, Lula irá à França para um fórum sobre um novo pacto econômico global convocado pelo presidente Emmanuel Macron.

*Da Ansa

O papa Francisco, que passou por uma cirurgia no abdômen no início de junho, fez a oração do Angelus neste domingo (18) diante de milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, e agradeceu por suas demonstrações de "afeto" durante sua hospitalização.

O pontífice argentino de 86 anos deixou o hospital Gemelli, em Roma, na sexta-feira (16), após dez dias internado.

"Quero expressar minha gratidão a todos aqueles que, nos dias de minha internação na Policlínica Gemelli, manifestaram afeto, preocupação e amizade", declarou o papa, debilitado por vários anos por problemas de saúde, especialmente no intestino e nas articulações.

"Esta proximidade humana e espiritual tem sido uma grande ajuda e consolo para mim", disse ele, sob aplausos da multidão.

O papa, que em várias ocasiões expressou sua preocupação com os dramas ligados à migração, reiterou sua "grande tristeza e muita dor" após o naufrágio na Grécia nesta semana de um barco pesqueiro cheio de migrantes que deixou pelo menos 78 mortos e muitos desaparecidos.

"Parece que o mar estava calmo. Renovo minha oração por aqueles que perderam a vida e imploro que tudo seja feito sempre para evitar tragédias semelhantes", disse ele.

Francisco também se pronunciou sobre o ataque na noite de sexta-feira por um grupo rebelde afiliado a jihadistas contra uma escola em Uganda, que deixou pelo menos 41 mortos, a maioria estudantes.

"Rezo pelos jovens estudantes vítimas do brutal ataque perpetrado contra uma escola no oeste de Uganda", país de maioria cristã, declarou o sumo pontífice, após a oração do Angelus.

"Esta luta, esta guerra em todos os lugares. Rezemos pela paz", acrescentou.

O papa, que se move cada vez mais em cadeira de rodas ou bengala, apareceu em boa forma, na janela de seus aposentos do Palácio Apostólico.

Embora tenha retomado sua agenda, alguns de seus atos foram cancelados, como sua próxima audiência semanal na quarta-feira.

Nove dias após uma cirurgia no intestino, o papa Francisco, 86 anos, recebeu alta nesta sexta-feira (16) do hospital Gemelli de Roma para retornar ao Vaticano, onde sua evolução será monitorada de perto.

O jesuíta argentino deixou a Policlínica Gemelli sorridente em uma cadeira de rodas às 8H45 (3H45 de Brasília).

"Ainda vivo", respondeu a um jornalista que perguntou como se sentia. Cercado por uma multidão, o pontífice acenou para os fiéis e agradeceu, antes de entrar em um Fiat 500 branco, com o auxílio de um grande dispositivo de segurança.

Com problemas no quadril, dores no joelho direito, várias operações e uma infecção respiratória recente, o papa argentino enfrenta questões recorrentes de saúde desde sua eleição em 2013.

Em 7 de junho, Jorge Bergoglio foi hospitalizado e submetido a uma operação de três horas sob anestesia geral para reabsorver dolorosas "aderências" em sua parede abdominal, consequências da cirurgia no cólon em julho de 2021.

Durante o período de internação, o Vaticano publicou boletins diários sobre a saúde do pontífice com o objetivo de tranquilizar os fiéis. As mensagens destacavam uma "evolução regular", um bom quadro clínico e "exames de sangue normais".

O papa descansou no período, mas também retomou o trabalho no 10º andar do hospital Gemelli, conhecido como "o hospital dos papas", no mesmo quarto em que João Paulo II foi internado diversas vezes.

As audiências de Francisco foram canceladas até 18 de junho.

Na quinta-feira, o papa visitou o departamento de Oncologia Pediátrica e Neurocirurgia Infantil do hospital e conversou com os jovens pacientes, incluindo alguns que enviaram cartas, desenhos e mensagens com desejos de pronta recuperação ao pontífice.

As fotos publicadas pelo Vaticano mostram Jorge Bergoglio em uma cadeira de rodas cumprimentando os pacientes e funcionários do hospital.

- Agenda intensa -

O pontífice, que passou por uma cirurgia em um pulmão quando tinha 21 anos, é obrigado com frequência a cancelar eventos de sua agenda por problemas de saúde.

Nos últimos meses, os boatos sobre uma possível renúncia do papa aumentaram consideravelmente.

Esta foi a terceira hospitalização de Francisco em menos de dois anos. No final de março ele foi internado na Policlínica Gemelli após ser diagnosticado com uma infecção respiratória, quadro que exigiu três dias de tratamento com antibiótico.

"Ainda estou vivo", também declarou quando recebeu alta na ocasião.

Ele explicou que ainda tem "sequelas" da anestesia de 2021, o que o obrigaram a adiar uma cirurgia no joelho.

Em janeiro, o papa deu a entender que ainda sofre de problemas causados por divertículos, hérnias ou pequenas bolsas que se formam nas paredes do aparelho digestivo.

Apesar de todos os problemas médicos, Francisco mantém uma agenda intensa e um ritmo de atividade acelerado. Ele chega a participar em 10 reuniões em apenas uma manhã.

O estado de saúde frágil não o impede de viajar e sua agenda tem vários deslocamentos planejados: em agosto ele visitará Portugal para as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), em Lisboa, onde a programação inclui quase 20 eventos e 11 discursos.

Em setembro ele tem uma viagem programada para a Mongólia e uma grande missa em Marselha, sul da França.

O papa Francisco, de 86 anos, hospitalizado em Roma desde 7 de junho após uma operação abdominal, deixará o hospital na manhã de sexta-feira (16), anunciou o Vaticano nesta quinta (15).

A conselho da equipe médica e após uma evolução clínica "regular", o jesuíta argentino deixará o hospital Gemelli "amanhã de manhã, sexta-feira, 16 de junho", disse o diretor do serviço de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, em um comunicado.

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"A equipe médica informou que o papa Francisco descansou bem durante a noite. A evolução clínica continua regularmente. Os exames de sangue estão normais", acrescentou.

Nesta quinta-feira, o papa visitou o departamento de oncologia pediátrica e neurocirurgia infantil do hospital e conversou com pacientes jovens, alguns dos quais lhe enviaram cartas, desenhos e mensagens.

Em fotos divulgadas pelo Vaticano, Jorge Bergoglio é visto em uma cadeira de rodas cumprimentando pacientes e funcionários nos corredores do hospital.

Na quarta-feira também jantou com as pessoas que o atenderam e nesta quinta-feira recebeu a equipe médica que participou de sua operação, composta por cirurgiões e pessoal médico.

O papa passou por uma operação de três horas em 7 de junho sob anestesia geral para reabsorver dolorosas "aderências" em sua parede abdominal, consequências de sua operação no cólon em julho de 2021.

Desde então, Francisco se recupera no 10º andar do hospital Gemelli, conhecido como o "hospital dos papas", no mesmo quarto que foi usado em muitas ocasiões por João Paulo II.

Suas audiências foram canceladas até 18 de junho.

O papa, que passou por uma cirurgia nos pulmões aos 21 anos e sente dores nos quadris e nos joelhos, já foi obrigado muitas a cancelar eventos de sua agenda por problemas de saúde.

O papa Francisco, de 86 anos, retomou o trabalho no hospital Gemelli, em Roma, onde continua em convalescença por vários dias após uma operação abdominal — anunciou o Vaticano nesta sexta-feira (9).

"Depois do café da manhã, sua santidade voltou a se mover, mas passou a maior parte da manhã em uma poltrona. Isso lhe permitiu ler os jornais e retomar o trabalho", disse o diretor do serviço de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, em um comunicado emitido ao meio-dia.

"A equipe médica relata que o quadro clínico está melhorando progressivamente e que a evolução pós-operatória é considerada normal", acrescentou.

Francisco deveria passar vários dias internado no décimo andar da Policlínica Gemelli, conhecido como o "hospital dos papas", no mesmo quarto ocupado por João Paulo II em inúmeras ocasiões.

O Vaticano informou que todas as suas audiências foram canceladas até 18 de junho.

O papa tem um longo histórico médico. Aos 21 anos, sofreu uma pleurisia, doença grave que levou à retirada parcial de um pulmão, além de problemas no joelho e no quadril.

Em várias ocasiões, reduziu suas obrigações, devido ao seu estado de saúde, o que alimenta incertezas e especulações.

No final de março, o pontífice foi internado no hospital Gemelli por causa de uma infecção respiratória que o obrigou a tomar antibióticos por três dias.

O papa Francisco, de 86 anos, iniciou uma convalescença de vários dias nesta quinta-feira (8) após sua operação de hérnia abdominal em um hospital de Roma, o que levanta questões sobre sua saúde.

O papa argentino tem problemas de saúde recorrentes desde que sucedeu Bento XVI em 2013, que renunciou por motivos de saúde e morreu em dezembro passado aos 95 anos.

"O papa teve uma noite tranquila e pôde descansar por um longo tempo. Seu estado geral de saúde é bom, ele está acordado e respirando naturalmente", disse o diretor do serviço de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, citando a equipe médica do sumo pontífice.

"Os exames de monitoramento estão bons. Ao longo do dia ele fará um necessário repouso pós-operatório", acrescentou em um comunicado, no qual acrescentou que o papa agradeceu as muitas mensagens recebidas.

Francisco afirmou em várias ocasiões que cogitava renunciar, como fez seu antecessor, caso seu estado de saúde piorasse, mas recentemente disse que esse não é o cenário atual.

O papa sofre de dores crônicas no joelho e no quadril, o que o obriga a se locomover em uma cadeira de rodas ou com a ajuda de uma bengala. No entanto, na quarta-feira presidiu a habitual audiência na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Depois foi para o hospital Gemelli, em Roma, onde foi submetido a uma cirurgia, uma intervenção de três horas sob anestesia geral para remover "aderências" dolorosas na parede abdominal como resultado de uma operação de cólon em abril de 2021.

Seu cirurgião, Sergio Alfieri, disse que foi uma operação "benigna" que não deixará sequelas e destacou que o papa não sofre de outras patologias.

Agora, Francisco deve passar vários dias internado no décimo andar da Policlínica Gemelli, conhecido como o "hospital dos papas", no mesmo quarto que João Paulo II ocupou em inúmeras ocasiões.

- "Todas as precauções" -

Alfieri explicou que uma intervenção desse tipo geralmente requer entre "cinco a sete dias" de convalescença e que "todas as precauções" serão tomadas para garantir a saúde do papa.

O Vaticano informou que, como "precaução", todas as suas audiências foram canceladas até 18 de junho.

O papa tem um longo histórico médico. Aos 21 anos sofria de pleurisia, doença grave que levou à retirada parcial de um pulmão, além de problemas nos joelhos e no quadril. Em várias ocasiões reduziu suas obrigações devido ao seu estado de saúde, o que alimenta incertezas e especulações.

No final de março, o pontífice foi internado no hospital Gemelli com uma infecção respiratória que o obrigou a tomar antibióticos por três dias, gerando preocupação.

Francisco confessou há duas semanas em entrevista à televisão de língua espanhola Telemundo que esta "pneumonia" foi tratada "a tempo" e que, se tivesse esperado mais tempo, poderia ter sido mais grave.

Nos últimos meses, os rumores sobre uma possível renúncia do pontífice se intensificaram. Mas, apesar dos diversos problemas de saúde, Francisco mantém uma agenda apertada, que às vezes inclui uma dezena de entrevistas na mesma manhã.

A sua saúde frágil também não o impede de viajar e nos próximos meses tem várias viagens planeadas: uma visita a Portugal no início de agosto, uma passagem pela Mongólia no mês seguinte e uma missa massiva em Marselha, no sul de França , em 23 de setembro.

O papa Francisco seguiu nesta terça-feira para um hospital de Roma para exames médicos, informaram as agências de notícias italianas, apenas dois meses após uma internação devido a uma bronquite.

O pontífice, de 86 anos, entrou na unidade geriátrica do hospital Gemelli, onde foi atendido em março por uma bronquite e em 26 de maio por uma febre, às 10H40 (5H40 de Brasília), de acordo com as agências ANSA e AGI.

Questionados pela AFP, nem o Vaticano nem o hospital confirmaram a informação de maneira imediata.

Em março, o Vaticano anunciou que o papa estava no hospital para exames já agendados, antes de admitir que Francisco estava com dificuldades respiratórias e que tinha uma infecção que exigia tratamento com antibiótico.

O papa declarou há duas semanas, em uma entrevista ao canal Telemundo, que a "pneumonia" foi tratada "a tempo".

"Se tivéssemos esperado mais algumas horas, teria sido mais grave", comentou.

Ao falar sobre as dores no joelho que o obrigam a usar uma cadeira de rodas ou a caminhar com a ajuda de uma bengala, Francisco disse estava "muito melhor".

"Já consigo caminhar, o joelho está melhorando. Em alguns dias é mais doloroso, como hoje, e em outros dias não. Mas é parte do desenvolvimento", explicou.

O estado de saúde do pontífice argentino, eleito como líder da Igreja Católica em 2013, provoca com frequência especulações sobre uma eventual renúncia e a respeito de sua sucessão.

Francisco já declarou em várias oportunidades que cogitaria renunciar, como fez o antecessor Bento XVI, falecido em dezembro, em caso de estado grave de saúde, mas recentemente afirmou que a ideia não estava em seus planos.

O papa Francisco alertou nesta segunda-feira (5) que servir ao dinheiro é "pior que servir ao diabo".

A declaração foi dada durante um congresso no Vaticano e reforça o tom crítico do líder da Igreja Católica ao que ele define como "busca desenfreada pelo lucro".

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"Vem à mente uma passagem do Evangelho, quando Jesus nos diz que não se pode servir a dois senhores: 'ou você serve a Deus' - e eu esperava que ele dissesse 'ou serve ao diabo' -, 'ou você serve ao dinheiro'. Então o dinheiro é pior que o diabo", afirmou o pontífice.

De acordo com o Papa, os "servos do dinheiro" não são verdadeiramente livres, e o atual modelo econômico "produz descartes e favorece a globalização da indiferença".

"Ninguém se salva sozinho, e a redescoberta da fraternidade e da amizade social é decisiva não não cair em um individualismo que faz perder a alegria de viver", acrescentou Francisco.

Da Ansa

Alunos da rede estadual de Pernambuco viralizaram nas redes sociais, nesta sexta-feira (2), após publicarem um vídeo relatando que passaram a semana comendo uma única refeição na merenda escolar, papa de aveia. De forma humorada, os estudantes se apresentam dizendo seus nomes e com o sobrenome “Papa”.

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“Foi papa segunda, papa terça, papa quarta, papa quinta e papa sexta”, dizem os alunos em formato de jogral. Eles pedem que a governadora Raquel Lyra (PSDB) “reaja, por favor”, para que o cardápio da merenda tenha uma variação maior.

A chefe do executivo estadual esteve presente no lançamento de um programa voltado para a educação em toda a rede pública, que tem como um dos eixos de base a segurança alimentar.

O papa Francisco, 86 anos, cancelou sua agenda na manhã desta sexta-feira (26), devido a um estado febril — informou o porta-voz do Vaticano.

"Devido a um estado febril, o papa Francisco não recebeu uma audiência esta manhã", declarou o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni, sem revelar qual era o programa previsto para o pontífice.

O anúncio acontece dois meses após a hospitalização de três dias do papa em Roma, no fim de março, em consequência de uma pneumonia, superada graças ao tratamento com antibióticos.

Em uma entrevista exibida na quinta-feira pelo canal de língua espanhola Telemundo, Francisco declarou que a pneumonia foi "tratada a tempo" e que, se tivessem esperado mais algumas horas, a situação poderia ter sido "mais grave".

Ao comentar as dores no joelho, que o obrigam a usar uma cadeira de rodas, ou a caminhar com a ajuda de uma bengala, o pontífice declarou que está "muito melhor".

Questionado sobre os problemas de saúde no fim de abril, quando retornou de uma viagem na Hungria, o pontífice expressou a vontade de continuar viajando.

De 2 a 6 de agosto, ele viajará para Lisboa para as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ). Em setembro, visitará Marselha, na França, e a Mongólia.

O papa argentino sofreu uma pleurisia aguda aos 21 anos, que foi tratada com a ablação parcial do pulmão direito.

A saúde frágil de Jorge Bergoglio, eleito papa em 2013, alimenta com frequência as especulações sobre uma eventual renúncia.

O papa Francisco, líder da Igreja Católica, e o patriarca egípcio Teodoro II, líder da Igreja Copta, presidiram a audiência geral no Vaticano, nesta quarta-feira (10), um gesto inédito de amizade entre as duas religiões.

Teodoro II (Tawadros II) faz uma visita de quatro dias ao papa Francisco para comemorar o 50º aniversário do encontro entre Paulo VI e o líder ortodoxo Shenouda III, ocorrido em maio de 1973. Com ele, iniciou-se o diálogo entre as duas igrejas.

O pontífice argentino abraçou calorosamente o chamado "papa copta", que falou para milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro para a tradicional audiência geral das quartas-feiras.

"Aprecio tudo o que você fez nesses 10 anos de serviço ao mundo em todos os campos. Rezo para que Cristo o conserve em plena saúde e lhe conceda a bênção de uma vida longa", disse Teodoro II, dirigindo-se a Francisco.

"Caro amigo e irmão Teodoro (...) Agradeço-lhe sinceramente por seu compromisso com a crescente amizade entre a Igreja Ortodoxa Copta e a Igreja Católica", devolveu Francisco.

Este é o terceiro encontro entre os dois líderes religiosos após a primeira visita do patriarca ortodoxo ao Vaticano em 2013 e o encontro em 2017 durante a viagem do papa Francisco ao Egito. Na ocasião, assinaram uma declaração conjunta, reafirmando seus laços de "fraternidade e amizade", apesar da separação das duas religiões.

Os coptas representam a maior comunidade cristã no Oriente Médio, com cerca de 10% dos aproximadamente 100 milhões de habitantes do Egito. Sofreram represálias de islâmicos, sobretudo, após a queda do presidente islâmico Mohamed Mursi em 2013, quando igrejas, escolas e casas foram incendiadas.

O papa Francisco inicia na sexta-feira (28) uma visita de três dias à Hungria para se reunir com o líder ultranacionalista Viktor Orbán, com quem discutirá a guerra na Ucrânia e a política contra a migração, criticada pelo Vaticano.

Um mês após sua internação por bronquite, a saúde do papa argentino de 86 anos será constantemente monitorada durante sua estadia em Budapeste, a capital, onde permanecerá o tempo todo.

Durante a sua delicada viagem ao coração da Europa, a um país com 9,7 milhões de habitantes, dos quais cerca de 39% são católicos, segundo os últimos dados de 2011, o papa deseja abrir pontes de diálogo entre Rússia e Ucrânia e falar sobre a proteção dos migrantes.

Francisco será recebido na sexta-feira pelo primeiro-ministro Orbán, a quem expressou sua gratidão em abril de 2022 pela proteção que a Hungria oferece aos ucranianos que fogem da guerra com a Rússia, durante uma audiência no Vaticano.

Os dois líderes têm opiniões opostas em vários pontos: Orbán, calvinista, defende uma "Europa cristã", pelo que justifica a sua política severa contra a migração muçulmana, enquanto o pontífice apela a uma distribuição justa nos países da União Europeia de todos os que fogem das guerras e da fome.

Por outro lado, Orbán quis manter os laços com Moscou e se abstém de criticar o presidente russo Vladimir Putin, além de se recusar a enviar armas para a Ucrânia.

- "Ventos da guerra" -

Em Budapeste, o pontífice argentino tem um encontro agendado com os refugiados ucranianos, aos quais reiterará sua posição a favor da paz, apesar do fracasso dos esforços de mediação da Santa Sé até agora.

No último domingo, Francisco falou de uma visita "ao centro da Europa, onde sopram os ventos gelados da guerra", assim como do "deslocamento de tantas pessoas, que coloca questões humanitárias urgentes na agenda".

Mais de um milhão de ucranianos cruzaram a fronteira desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e 35.000 solicitaram status de proteção temporária, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

"Nossa posição é próxima à do Vaticano: cessar-fogo imediato e negociações de paz", resumiu à AFP o embaixador húngaro na Santa Sé, Edward Habsburg.

"Meu país realiza a maior ação humanitária de sua história, oferecendo moradia, educação e trabalho para aqueles que desejam ficar conosco", acrescentou o diplomata.

O embaixador reconheceu que os "refugiados de guerra" são tratados de forma diferente dos "imigrantes ilegais", uma política denunciada como discriminatória.

Em sua 41ª viagem internacional, o papa Francisco fará seis discursos e presidirá uma missa ao ar livre no domingo. Ele também se encontrará com pessoas pobres, jovens, membros da igreja local e representantes dos setores acadêmico e cultural.

Francisco é o segundo pontífice a visitar a Hungria, depois de João Paulo II em 1991 e 1996.

O papa Francisco, que foi hospitalizado na semana passada para tratar uma bronquite, cancelou sua presença na Via-Crúcis noturna desta sexta-feira (7) no Coliseu de Roma devido às baixas temperaturas registradas na capital italiana, informou o Vaticano.

"Devido ao frio intenso dos últimos dias, o papa Francisco seguirá a Via-Crúcis desta noite em sua residência de Santa Marta" (no Vaticano), informa um comunicado divulgado pela Santa Sé.

A decisão foi tomada para proteger a saúde do pontífice, pois a Via Sacra é um evento noturno e acontece ao ar livre, diante do famoso monumento de Roma, com a presença de fiéis e turistas de todo o mundo.

Uma onda de frio incomum para este período do ano afeta a capital italiana há alguns dias, com temperaturas que não superam 10°C durante a noite.

O jesuíta argentino, de 86 anos, presidirá a missa que acontece poucas horas antes na basílica de São Pedro.

Desde sua eleição em 2013, Francisco participa na Via-Crúcis de Roma, um grande momento da Semana Santa, que recorda a morte de Cristo, segundo os relatos dos Evangelhos.

Organizada desde 1964 no anfiteatro romano, especialmente iluminado para a ocasião, a Via Sacra não foi celebrada no local apenas em 2020 e 2021 devido à pandemia de coronavírus.

Jorge Mario Bergoglio, que tem problemas de saúde e utiliza uma cadeira de rodas para os deslocamentos devido a dores em um joelho, passou três dias hospitalizado na semana passada em Roma para tratar uma bronquite infecciosa, o que aumentou as especulações sobre uma possível renúncia.

Desde que recebeu alta no sábado (1), o pontífice participou em várias cerimônias públicas no Vaticano, incluindo a missa do Domingo de Ramos (2) e a audiência geral semanal de quarta-feira (5).

Na quinta-feira, Francisco lavou os pés de 12 jovens detidos em uma instituição para menores de idade em Roma, na tradicional cerimônia do lava-pés.

No domingo o papa vai presidir a missa de Páscoa na praça de São Pedro, com a tradicional bênção "Urbi et Orbi" (à cidade e ao mundo), além de ler a tradicional mensagem sobre os problemas do mundo.

O papa Francisco lavou os pés de 12 jovens detidos em uma instituição para menores de Roma, cumprindo os ritos da Quinta-feira Santa, apesar de seus recentes problemas de saúde.

Conforme a tradição cristã, Francisco representou o gesto de humildade de Cristo com seus apóstolos antes de ser preso, condenado à morte e crucificado em uma sexta-feira em Jerusalém.

O pontífice argentino, de 86 anos, foi nesta quinta-feira à tarde ao presídio Casal del Marmo, no norte da capital italiana, onde já havia realizado esse rito em 2013, após sua eleição para o trono de Pedro.

Apoiado em uma bengala, Jorge Mario Bergoglio apareceu sorrindo e se colocou diante de cada um dos 12 jovens detidos, incluindo duas meninas, para lavar seus pés. Abaixou-se para beijá-los.

Alguns deles retribuíram o gesto com um beijo na mão, enquanto outros trocaram algumas palavras com Francisco.

"Vou cumprir este ritual. Não é folclore. Espero sair dessa, porque não consigo andar muito bem", disse o papa, que ficou vários minutos de pé, referindo-se aos seus problemas de locomoção pelas dores no joelho que o obrigam a usar uma cadeira de rodas.

Entre os jovens havia até um muçulmano, além de católicos de várias partes do mundo, segundo o Vaticano, que transmitiu a cerimônia ao vivo pela primeira vez.

Desde o início de seu pontificado, em 2013, o papa Francisco decidiu levar esta celebração para fora do Vaticano.

Hoje de manhã, o papa Francisco presidiu a tradicional missa crismal, na Basílica de São Pedro. Nela, abençoa-se o óleo sagrado que será usado para outros sacramentos ao longo do ano.

No domingo de Páscoa, que comemora a ressurreição de Cristo segundo o relato dos Evangelhos, o sumo pontífice dará a bênção "Urbi et Orbi", à cidade e ao mundo, e lerá a tradicional mensagem sobre os problemas do mundo.

O papa Francisco ouve com atenção e responde sem hesitar às questões de jovens hispânicos que o questionam sobre aborto, identidade de gênero, homossexualidade e feminismo, em um documentário que vai ao ar nesta quarta-feira (5).

Em "Amém: Perguntando ao Papa", disponível na plataforma Disney+, 10 jovens católicos, ateus e muçulmanos, com idades entre 20 a 25 anos, confrontam o papa argentino de 86 anos com um público diferente do habitual nos salões do Vaticano.

"Você conhece o Tinder?", pergunta Celia, por exemplo, referindo-se ao aplicativo de relacionamento.

Depois de admitir que não sabe do que se trata, Francisco afirma que "os jovens têm essa vontade de se conhecerem e isso é muito bom".

O documentário de 80 minutos, coproduzido pelos espanhóis Jordi Évole e Màrius Sánchez, aborda temas como feminismo, migração, saúde mental e direitos LGBTQIA+.

E tem momentos inesperados, como quando uma criadora de conteúdo adulto explica ao papa sua relação com a masturbação.

- Sem espaço para o ódio -

Évole e Sánchez indicam que seu objetivo era "aproximar dois mundos que não costumam se comunicar e ver uma das pessoas mais influentes do mundo conversar com um grupo de jovens cujo modo de vida às vezes se choca com os princípios da Igreja".

Os interlocutores do papa, a maioria da América do Sul, foram selecionados entre 150 jovens adultos pelas perguntas que desejavam fazer.

Mas "em nenhum momento escolhemos as perguntas", insistem os cineastas.

Celia, que se define como uma pessoa não binária, pergunta a Francisco o que ele acha dos membros da Igreja "que promovem o ódio e usam a Bíblia para apoiar" esse tipo de discurso.

"São infiltrados que usam a Igreja para suas paixões pessoais", criticou o papa, que às vezes parecia perplexo e outras divertido com as perguntas.

Francisco mantém seu habitual discurso de abertura sobre orientação sexual e identidade de gênero: "Toda pessoa é filha de Deus. Deus não rejeita ninguém, Deus é pai. Não tenho o direito de expulsar ninguém da Igreja", afirmou.

Longe de ficar chocado, o pontífice sempre parece ouvir e responder caso a caso. Por um lado, reconhece a riqueza dos estilos de vida que lhe são descritos. Por outro, adverte contra alguns excessos.

Temas como aborto ou gestão dos casos de pedofilia da Igreja provocam intensos debates, como quando Juan, vítima de um religioso, o questiona sobre seu caso, arquivado pela Santa Sé.

"Me dói o que me diz, uma sentença assim tão leviana", responde Francisco, especificando que aguarda uma decisão final "para que o caso seja revisto".

- Humor e confidências -

O documentário foi feito a partir de uma conversa de quatro horas ocorrida em junho de 2022 no bairro popular de Pigneto, em Roma.

O filme estreia coincidindo com a Semana Santa e poucos dias depois de Francisco ter recebido alta do hospital de Roma, onde ficou internado durante três dias devido a uma bronquite.

"Nós o tratamos com menos reverência do que ele está acostumado (...). Quando nos reunimos com ele usamos o senso de humor, o sarcasmo, falamos de assuntos mundanos, às vezes sobre igreja, sobre futebol", explicou Màrius Sánchez à AFP.

"Acho que ele se diverte conosco. Ele confia em nós. Ele considera que somos honestos", acrescentou.

O documentário começa com imagens inéditas de Francisco sentado em sua escrivaninha e no refeitório da residência Santa Marta, onde mora no Vaticano.

Há também momentos cheios de humor e em que Francisco confidencia detalhes de sua vida pessoal.

"Não tenho salário. Mas isso não me preocupa porque posso comer de graça. Em geral, meu estilo de vida é bastante modesto, de funcionário de nível médio", admite Jorge Bergoglio.

Também revela que não tem celular. "Sou um pouco anacrônico", admite.

Quanto a sua conta no Twitter, com cerca de 54 milhões de seguidores, confessa entre sorrisos que "são os secretários que a administram".

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