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Um piloto morreu após uma aeronave cair em uma fazenda em João Pinheiro, em Minas Gerais, na manhã desta quarta-feira (24). Ainda não há informações sobre a identificação da vítima.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o monomotor fazia a pulverização de uma lavoura de cana-de-açúcar na fazenda. Ainda não há informações sobre as causas do acidente.

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A aeronave está registrada na empresa Lusa Aviação Agrícola, com sede em Pelotas-RS. Ela estava regular, de acordo com registro da Anac.

O britânico Lewis Hamilton venceu neste domingo (21) sua segunda corrida seguida e diminuiu ainda mais a vantagem de Max Verstappen no campeonato.

O piloto da Mercedes liderou a corrida no circuito de Losail, em Doha, de ponta a ponta. Seu rival da Red Bull, por sua vez, foi punido antes da disputa e largou em sétimo lugar, mas chegou rapidamente na segunda posição. O holandês ainda conseguiu um ponto extra pela volta mais rápida.

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O espanhol Fernando Alonso, da Alpine, que não subia ao pódio desde 2014, terminou na terceira colocação e quebrou um jejum de sete anos. Sergio Pérez garantiu o quarto lugar, logo à frente de Esteban Ocon, da Alpine.

Lance Stroll, da Aston Martin, surpreendeu e finalizou a disputa na sexta posição, superando assim a dupla da Ferrari, com Carlos Sainz em sétimo e Charles Leclerc em oitavo. Lando Norris (McLaren) foi o nono e Sebastian Vettel (Aston Martin) o décimo.

A corrida ainda ficou marcada por uma série de pilotos com pneus dianteiros furados: Valtteri Bottas (Mercedes), George Russell (Williams) e Nicholas Latifi (Williams).

Com o resultado, Hamilton soma sua sétima vitória em 2021 e a 102ª de sua carreira na F1, além de reduzir a desvantagem sobre Verstappen, que está na liderança do campeonato, de 14 para oito pontos.

A 21ª e penúltima etapa da temporada será o estreante GP da Arábia Saudita, no Circuito de Jeddah, enquanto a última ocorrerá em 12 de dezembro com o GP de Abu Dhabi. 

Da Ansa

Mais um avião da LATAM Airlines Brasil precisou retornar ao aeroporto após decolagem nessa quinta-feira (18). Após um passageiro descumprir normas de segurança e fumar dentro da aeronave, o piloto tomou a decisão de voltar. Na quarta-feira (17), outra aeronave retornou ao ponto de partida após colidir com uma ave.

O percurso programado era de São Paulo a Porto Seguro, na Bahia, quando pouco depois de alçar voo, o comandante do avião foi notificado da ocorrência, decidindo por retornar ao Aeroporto de Guarulhos para retirada do passageiro e reabastecimento para seguir viagem.

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Segundo o portal Metrópoles, que recebeu vídeo de outros tripulantes da aeronave, o comandante informou pelo sistema de comunicação a decisão: “Para a segurança de todos, tivemos que retornar. Estamos fazendo os nossos procedimentos de abastecimento. Peço desculpas pelo inconveniente, mas nossa segurança sempre em primeiro lugar”.

De acordo com o artigo 221 do Código Penal, fumar durante o voo é crime por expor o avião e os passageiros a perigos, atentando contra a vida dos mesmos. A pena pode ir de dois a cinco anos de prisão.

Vitória Medeiros, filha do piloto de avião de Marília Mendonça, resolveu processar a companhia de energia Cemig. De acordo com os representantes da jovem, a falta de sinalização nas torres é a principal causa do acidente. Geraldo Martins foi uma das vítimas fatais da queda da aeronave, no último dia 5, em Caratinga (MG), que transportava Marília e mais três pessoas.

Nos stories do Instagram, Vitória comentou sobre a decisão de mover a ação contra a empresa de energia. "Sobre o processo, eu só tenho uma coisa a falar, por ora: se tivesse a sinalização tudo poderia ser diferente. E isso vai ser importante agora para poder proteger a vida de outras pessoas caso haja uma emergência", explicou.

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Em um comunicado, a Cemig declarou: "A sinalização por meio de esferas na cor laranja é exigida para torres em situações específicas, entre elas estar dentro de uma zona de proteção de aeródromos, o que não é o caso da torre que teve seu cabo atingido". Segundo o jornal Extra, a defesa de Vitória Medeiros alegou que a filha do piloto busca defender a honra do pai.

O corpo do piloto Geraldo Martins de Medeiros Júnior, que comandava o avião que levava a cantora Marília Mendonça e caiu na última sexta-feira (5), foi sepultado na manhã deste domingo (7) no cemitério Campo da Esperança, em Brasília (DF).

O sepultamento ocorreu por volta de 11h30, com a presença de familiares e amigos, que se despediram cantando músicas como Andanças, de Beth Carvalho. Medeiros Júnior pilotava um avião de pequeno porte e decolou de Goiânia (GO) com destino a Caratinga (MG), onde Marília teria uma apresentação na noite de sexta. Os cinco a bordo morreram.

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A cantora foi enterrada ontem em Goiânia, junto com o tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho. O produtor Henrique Ribeiro, que também estava no avião, foi enterrado em Salvador (BA) e o copiloto Tarcísio Pessoa Viana será enterrado neste domingo em Taguatinga (DF).

A professora e advogada Euda Dias, ex-esposa do piloto, disse que a família sabia que Medeiros Júnior estaria trabalhando para a cantora naquele dia e, por isso, ficou apreensiva ao ouvir as notícias sobre a queda do avião de Marília Mendonça.

"A Vitória (filha do piloto) sabia para quem ele estava voando. E a TV divulgou que o avião da Marília Mendonça tinha caído", lembra Euda. "Ficamos em choque, ninguém acreditou. A gente ficou pedindo a Deus que fosse mentira, que tivesse sobrevivente. Ele era um piloto muito experiente."

Segundo ela, a filha preferiu não comparecer ao velório. Na manhã de sábado (6), Vitória Medeiros postou uma homenagem ao pai. "Meu maior medo era te perder", escreveu. "Agora já não tenho mais medo de nada. Estamos juntos sempre."

Medeiros Júnior é descrito por Euda como alguém "apaixonado" pelos filhos e pela profissão. "Ele largava qualquer coisa para fazer um voo", diz. Apesar da separação, ela afirma que tinha uma boa convivência com o ex-marido. "Ele era meu melhor amigo. Perdi minha pessoa no mundo."

Um dos irmãos do piloto, o profissional autônomo Antônio Helder Medeiros também afirma guardar boas lembranças de Júnior, como era conhecido. Ele era o terceiro de quatro filhos, nascido em Floriano, no interior do Piauí, e criado em Brasília. Permaneceu na capital federal mesmo quando os pais se aposentaram em 1992 e retornaram com parte da família ao Piauí. Seu sonho era estudar aviação.

"Ele sempre gostou da sensação de liberdade, fez curso de paraquedismo, depois como piloto privado", lembra o irmão.""Só temos que agradecer por ele ser nosso irmão, nosso companheiro, nosso amigo."

Segundo os familiares, Medeiros Júnior tinha cerca de 30 anos de experiência como piloto e chegou a fazer carreira na aviação comercial. Aposentou-se, mas voltou a atuar na profissão e, mais recentemente, pilotou diversos voos para levar insumos, oxigênio e vacinas até Manaus (AM), uma das cidades mais atingidas pela covid-19 no País. Foi um período de trabalho intenso, diz o irmão. "Ele foi uma pessoa muito presente na família, um cidadão de bem, aquela pessoa que inspira gratidão e prontidão. Um pai muito presente na família, aquela pessoa que está pronta para tudo", afirma Antônio.

Medeiros Júnior estava de férias quando precisou atender ao voo da cantora Marília Mendonça. Segundo Antônio, outros dois pilotos da empresa para a qual o irmão trabalhava, a PEC Taxi Aéreo, pediram demissão. "Ele teve que ir fazer esse voo", diz.

O avião caiu a cerca de quatro quilômetros do Aeroporto Regional de Ubaporanga, em uma cachoeira próxima ao município de Caratinga, no interior de Minas Gerais. Técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), unidade da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável por investigar acidentes e incidentes de aviação, ainda apuram as causas da queda, mas já se sabe que a aeronave colidiu com fios de alta tensão antes de cair.

Na noite da última sexta-feira (5), a filha mais velha do piloto Geraldo Medeiros Júnior, de 56 anos, que estava no avião que caiu e vitimou não só ele, mas também a cantora Marília Mendonça e mais três pessoas, usou as redes sociais para homenagear o pai.

Compartilhando uma fotografia em que aparece ao lado do pai dentro de um avião, Vitória Medeiros escreveu: "Te amo para todo sempre. Descansa em paz, pai. Obrigada por ter vindo me visitar”. Em outro texto, Vitória exaltou as qualidades de Geraldo.

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“Seu abraço é o melhor e mais cheiroso do mundo, sou infinitamente grata por ter permanecido no seu abraço e aproveitado de cada um, muito, nos últimos três meses, e eu nem imaginava o que ia acontecer. Já tá fazendo imensa falta”, legendou. Confira a publicação:

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No próximo sábado (23) é celebrado o Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira (FAB), data instituída pela Lei nº 218, de 4 de julho de 1936, que presta uma homenagem ao primeiro voo realizado pelo aeronauta e inventor brasileiro Santos Dumont (1873-1932), por meio da aeronave 14-Bis, também conhecido como Oiseau de Proie.

A data também presta homenagem a todos os pilotos que se aventuram pelos ares e auxiliam muitos passageiros a chegarem em seus destinos de maneira rápida e segura, como é o caso do piloto de Boeing 737, Rafael Teixeira Scantamburlo, 39 anos, de São José dos Campos.

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Scantamburlo iniciou sua carreira como controlador de tráfego aéreo e ele conta que a aviação sempre foi uma atividade que o inspirou. Além disso, seu pai trabalhava como mecânico na FAB. “Hoje trabalho como piloto em uma grande companhia aérea do país. Já são quase 20 anos e parece que foi ontem. Fazer o que gosta torna o trabalho um passatempo remunerado, mesmo com todas as responsabilidades envolvida nas operações aéreas”, comentou.

Durante toda a carreira de Scantamburlo, muitos foram os desafios que o envolveram na profissão de aviador mas, para ele, o maior deles é seguir todos os procedimentos e ser cauteloso com os detalhes da operação. “Isso também torna o trabalho mais fácil”, afirma.

A adrenalina presente na viagem aos ares também vem acompanhada do medo, que segundo Scantamburlo, é o que impõe limites. “Sugiro nunca voarem com um piloto que não tem medo. A aviação me ensinou a lidar com os medos e usar a habilidade e o treinamento para superar os desafios do dia-a-dia”, destaca.

Dicas para futuros pilotos

Aos que desejam se aventurar pelos céus, o primeiro passo é buscar por uma escola de aviação ou aeroclube para realizar a parte teórica e prática do curso, como indica o piloto privado de avião, bacharel em ciências aeronáuticas, mestre em Meteorologia; professor no Centro Universitário Universus Veritas (Univeritas)e  diretor e fundador da Companhia das Asas Escola de Aviação Civil, Marcos Paulo de Souza.

Segundo Souza, o aluno precisará primeiro realizar o curso de piloto privado e, após a conclusão das partes teóricas e práticas, será possível iniciar um curso de piloto comercial. “Por meio de uma busca no site da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o aluno poderá conferir quais instituições de ensino são homologadas para oferecer tais cursos”, explica.

Souza destaca que é fundamental dominar o idioma inglês, pois tanto pilotos da aviação comercial, como pilotos da aviação executiva que viajam para o exterior, são submetidos ao exame Santos Dumont English Assessment (SDEA), popularmente conhecido como teste da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO). “É necessário alcançar no mínimo o nível 4, que tem o nível máximo de 6”, pontua.

De acordo com Souza, a formação superior não é uma exigência, mas é um diferencial para se destacar em processos seletivos.

O piloto de helicóptero Adonis Lopes foi rendido por dois homens e entrou em luta corporal em pleno voo durante uma viagem entre Angra dos Reis e o Rio, na tarde do domingo (19). Os criminosos queriam que ele sobrevoasse o Complexo de Presídios de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio.

Lopes chegou a fazer uma manobra de emergência sobre um Batalhão da Polícia Militar. Com medo que a aeronave caísse, os suspeitos acabaram desistindo do sequestro.

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Segundo a Polícia Civil, a dupla havia contratado um voo do Rio para Angra dos Reis pela manhã, com retorno para a capital previsto para acontecer nesta segunda. No fim da tarde, contudo, os passageiros anteciparam a volta. O piloto que fizera o voo de ida não se sentia bem, e pediu que a viagem de retorno fosse feita pelo colega.

Adonis, que o substituiu, é piloto da própria Polícia Civil, mas fez o voo em aeronave particular. De acordo com a polícia, logo após a decolagem ele foi rendido e avisado que deveria ir para o presídio de Bangu.

"Durante o trajeto, o piloto realizou uma manobra para pousar em um batalhão da Polícia Militar. Ao perceber a manobra, os marginais agarraram o piloto, que entrou em luta corporal com os criminosos", narrou a corporação. "Após alguns segundos, percebendo que o helicóptero cairia, deixaram o piloto voltar a conduzir a aeronave. Os bandidos desistiram do plano e mandaram seguir para Niterói, onde pularam do helicóptero em uma área de mata."

Após a fuga, o piloto pousou a aeronave no Grupamento de Aeromóvel da Polícia Militar, também em Niterói. Os policiais fizeram buscas pela região, mas não encontraram os suspeitos.

O caso foi registrado na Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco).

Fuga de 'Escadinha', em 1985, também usou helicóptero

Em 31 de dezembro de 1985, um helicóptero alugado e depois sequestrado foi usado para a fuga do traficante José Carlos dos Reis Encina, o Escadinha, que cumpria pena no Instituto Penal Cândido Mendes, na Ilha Grande, no litoral fluminense.

O aparelho recolheu o criminoso fora do presídio e o levou para o continente, em plano arquitetado por outro dos chefes do bando, José Carlos Gregório, conhecido como Gordo. Um dos chefes da Falange Vermelha, que originou o Comando Vermelho, Escadinha foi morto em 2004.

Outro helicóptero também alugado e sequestrado foi usado dois anos depois, em 30 de agosto de 1987, para tentar resgatar detentos do presídio Milton Dias Moreira, que ficava na rua Frei Caneca, no Estácio, na capital fluminense.

Quatro presos estavam no telhado de um dos prédios da unidade, para tentar embarcar. A aeronave foi alvejada por guardas, bateu em uma caixa d'água, caiu e explodiu. Dois presos morreram.

Nelson Piquet deu entrevista a Luís Ernesto Lacombe, nessa quinta-feira (9), em seu programa da ‘RedeTV!’ e voltou a elogiar o presidente Jair Bolsonaro, afirmando que ele conseguiu acabar com a “roubalheira” e é a “salvação do Brasil”. “Sou Bolsonaro até a morte”, declarou em trecho.

O tricampeão mundial da Fórmula 1 revelou nunca ter gostado de se envolver em política, mas virou fã do Bolsonaro ao ver as coisas que ele faz pelo país. Sem citar nenhuma ação governamental, Piquet explicou: “Eu sou fã dele por parar com essa roubalheira incrível que tem no país. Hoje, você enxerga isso. A imprensa não fala nada disso. Fiquei fã dele. Eu o conheci, ele me convidou para almoçar e a gente se deu bem. Nunca me envolvi em política na vida, hoje sou Bolsonaro até a morte. Se a gente ajudar ele, se o povo ajudar ele, eu acho que ele é a salvação do Brasil”.

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Nessa terça-feira (7), Dia da Independência do Brasil, Piquet dirigiu o Rolls-Royce presidencial com Bolsonaro e a primeira-dama Michelle durante o ato pró-governo. Em sua entrevista, o ex-piloto finalizou aproveitando para criticar os “esquerdistas que falam mentiras todos os dias”.

“Está todo mundo unido para tentar resolver os problemas, com o povo unido. É impressionante o que ele está passando e tudo que está fazendo para o Brasil. Impressionante também os esquerdistas falarem todos os dias uma mentira diferente, mas a verdade sempre prevalece”, concluiu Piquet.

Zara Rutherford, uma piloto de 19 anos, decolou nesta quarta-feira(18) da Bélgica em seu ultraleve de dois lugares, para a primeira etapa de sua volta ao mundo, passando por 52 países e cinco continentes.

A belga-britânica sonha em se tornar astronauta, mas hoje seu objetivo é ser a mulher mais jovem a voar sozinha ao redor do globo.

O trajeto começou com uma curta travessia do Canal da Mancha, de sua cidade natal, Kortrijk (Flandres, oeste da Bélgica), até a costa da Inglaterra. As próximas etapas a levarão por oceanos, desertos, florestas e a vasta natureza da Sibéria.

Em seu minúsculo avião a hélice, um ultraleve Shark UL, pesando apenas 325 quilos, ela pretende contornar aeroportos movimentados, com exceção do JFK em Nova York, e planeja pousar em pequenos aeródromos onde deve reabastecer a aeronave.

A jovem obteve autorizações para sobrevoar Groenlândia, Honduras, Arábia Saudita e Mianmar e estará sozinha em todos os voos, que terão duração de cinco a seis horas cada.

Zara Rutherford não é a piloto mais jovem a tentar dar a volta ao planeta sozinha. O britânico Travis Ludlow, de 18 anos, tomou esta posição em julho. Mas, ela pretende ser a mulher mais jovem a alcançar esse feito.

Além de bater o recorde, quer se tornar uma inspiração. "Eu realmente espero encorajar meninas e mulheres jovens a entrarem na aviação, ciência, tecnologia, engenharia e matemática", disse ela antes de decolar.

“Cresci sem ver muitas mulheres nesses setores e foi muito desanimador. Então, desejo mudar isso”, insiste. Sua odisseia aérea pode ser acompanhada em seu site: FlyZolo.com e na plataforma TikTok.

- "Alcançar as estrelas" -

A jovem tem um telefone via satélite e um rádio para se comunicar com os controladores aéreos dos países que ela sobrevoar, mas na cabine ficará sozinha com suas músicas e podcasts.

Embora nenhuma outra aeronave vá acompanhá-la, sua equipe de apoio na Bélgica planejou cuidadosamente a aventura e obteve as autorizações necessárias para voar em espaços aéreos de pouco mais de cinquenta países.

Depois da Bélgica e das Ilhas Britânicas, o primeiro desafio será atravessar o Atlântico, depois passará pela Mongólia e Sibéria, às vezes longe de áreas habitadas.

“Não dormi bem, pois estou bastante nervosa e muito animada. Ainda não consigo acreditar, vou começar a acreditar quando aterrissar no Reino Unido”, confidenciou à AFP.

No aeroporto de Kortrijk-Wevelgem, sua família, amigos, o prefeito da cidade e alguns jornalistas se reuniram para testemunhar o início de sua aventura.

Um momento difícil para sua mãe belga, Béatrice De Smet. "Obviamente, sinto uma mistura de emoções. Sou mãe e meu coração aperta ao vê-la partir assim", desabafa.

Mas, ao mesmo tempo, "estou extremamente orgulhosa do seu voo e da missão por trás dele, que é encorajar as meninas a seguirem seus sonhos e alcançarem as estrelas", diz ela, enquanto o ultraleve de sua filha desaparece no céu cinza de Flandres.

Se tudo correr como planejado, Zara voltará à Bélgica no dia 4 de novembro e com outro objetivo: iniciar os estudos de engenharia.

Um piloto de motovelocidade de 14 anos morreu neste domingo durante uma corrida em Alcaniz, na Espanha. Hugo Millan competia no MotorLand Aragon, quando sofreu uma queda e foi atropelado por Milan Leon Pawelec. O jovem foi atendido na pista antes de ser levado ao hospital, onde não resistiu aos ferimentos.

Sua escola de formação no esporte, Cuna de Campeones, o homenageou no Twitter: "Nós sempre lembraremos de você pelo seu sorriso, seu grande coração e seu profissionalismo". A MotoGP, principal categoria da motovelocidade, também enviou uma mensagem de apoio à família, amigos e o time de Millan. Pelo Twitter, Marc Márquez, espanhol seis vezes campeão da competição, deixou suas "sinceras condolências" àqueles próximos do menino.

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O atleta mirim estava participando da Copa Europeia de Talentos, um campeonato internacional para pilotos promissores e organizado pela FIM CEV Repsol, responsável por competições mundiais como Moto2 e Moto3. Em sua estreia no torneio, Millan teve duas poles positions e quadro pódios.

Três meses atrás, Jason Dupasquier, de apenas 19 anos, morreu no hospital após se envolver em um acidente com mais duas motos durante uma sessão qualificatória no circuito de Mugello, na Itália. O suíço, filho do ex-piloto Phillippe Dupasquier, corria pela Moto3.

Caio Castro e Rafa Kalimann foram alvos de polêmica nesse domingo (30). Os dois compartilharam em suas redes sociais um vídeo em que o pastor Cláudio Duarte se posiciona contra o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo. Em trecho, o líder religioso afirma: “Não sou a favor. Por mais que eu respeito, tenho minhas convicções”.

No vídeo, o pastor conta história da sua infância e diz ter convivido em um dos lares que morou, com um “cara que era seu irmão e era gay”, onde um usava roupas do outro, emprestadas, tênis. Cláudio em trecho após ser perguntado se é a favor do “casamento gay”, diz: “A bíblia diz que há amigos mais chegados que irmãos. Então não tem problema nenhum, eu tenho valores e não vou abrir mão deles. Se você me perguntar se eu acho certo, eu não acho, mas isso não nos torna inimigos, por que não posso sentar com você e bater um papo, te abraçar, te respeitar? [...] Então eu nunca vou negociar com divórcio, adultério e homossexualismo, mas eu vou amar, vou respeitar, entendeu?”.

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Rapidamente após o compartilhamento do vídeo por Caio e Rafa, seus nomes foram parar nos assuntos mais comentados do Twitter, fazendo com que a influencer percebesse seu erro e viesse a público pedir desculpas.

A ex-BBB apagou a publicação e disse: “Quis vir aqui me desculpar por um vídeo que compartilhei no stories. Meu intuito era repassar aquilo para aqueles que tratam mal os LGBT’s por conta de religião, pra de uma vez por todas isso parar. Sinto muito se ofendi  e se pareceu que eu discordo de relacionamentos homoafetivos (jamais!!!). Apaguei depois de ver que estavam levando como uma opinião minha, e está longe de ser. Muito pelo contrário, entendi completamente o ponto de vista de vocês, respeito e peço desculpas pelo meu compartilhamento”, finalizou ela em postagens no Twitter.

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Bronca do Gil do Vigor

O pernambucano e também ex-BBB Gilberto respondeu o pedido de desculpas de Rafa, explicando onde ela errou e agradecendo por ela ter assumido o erro e se desculpado. “Rafa, a questão é que ele disse que tem valores e que acha errado, mas respeita e é contra isto que lutamos, contra pessoas que acham que relacionamentos homoafetivos são errados e contra os valores. Sou bicha e tenho valores! Mas que bom que você apagou e entendeu!”, escreveu Gilberto.

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Já Caio Castro, também se pronunciou sobre o assunto, na manhã desta segunda-feira (31), usando os stories do Instagram. O ator explicou o motivo de ter compartilhado o vídeo. Veja:

 

Um helicóptero da TV Record precisou fazer um pouso de emergência, nesta sexta-feira (28), após o piloto da aeronave ser atingido por um tiro enquanto sobrevoava o Morro da Mangueira, na zona norte do Rio. O profissional foi baleado na perna e, mesmo ferido, conseguiu levar o helicóptero até as proximidades do estádio do Engenhão, onde recebeu o primeiro atendimento.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a unidade do Méier foi acionada às 7h49 para ajudar no atendimento a uma pessoa baleada nas proximidades do estádio.

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O piloto, identificado como Darlan Santana, de 31 anos, foi atendido e encaminhado ao Hospital Salgado Filho. No início da tarde, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o estado de saúde dele era considerado estável.

Pela manhã, um intenso tiroteio foi registrado na região da Mangueira, após policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) serem atacados a tiros por criminosos durante patrulhamento pela rua Visconde de Niteroi.

A Polícia Civil informou que o caso envolvendo a aeronave da TV Record foi registrado na 17ª DP, que já requisitou a perícia para identificar o tipo de armamento que a atingiu e de onde partiram os disparos que também feriram o piloto.

Procurada, a TV Record ainda não se manifestou. Em nota conjunta, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) consideraram o caso "de extrema gravidade" e declararam que é "inaceitável que a imprensa seja submetida a este nível de violência".

"ABERT, ANER e ANJ seguirão empenhadas em coibir toda e qualquer represália ao trabalho jornalístico e pedem providências imediatas às autoridades locais para o esclarecimento do caso e rigorosa apuração dos fatos", acrescenta o texto.

O heptacampeão da Fórmula 1, Lewis Hamilton, publicou em seus “stories” do Instagram um lamento sobre os impactos da Covid-19 no Brasil. O inglês se mostrou muito triste com as notícias oriundas da pandemia.

“Estou muito triste em saber que o Brasil está sendo atingido tão gravemente por esta pandemia. Meus pensamentos e orações estão com o povo brasileiro e seus familiares que estão sofrendo agora. Pensando em vocês hoje”, escreveu o piloto.

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No "storie" seguinte, o atleta lamentou também a situação da Índia, terceiro país com mais casos de Covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. "Para todos na Índia, eu sei que vocês também estão lutando contra a pandemia agora. Minhas orações estão com vocês”, finalizou.

Um avião agrícola caiu e pegou fogo em um canavial na cidade de Conquista-MG na manhã deste sábado (13). O piloto teve apenas ferimentos leves, segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave, propriedade da Air Tractor Inc e operada pela Nova Aviação Agrícola Ltda, voava sem plano de voo.

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Os bombeiros informaram que o avião pegou fogo logo após a queda. As chamas se alastraram pelo canavial. 

O piloto conseguiu sair da cabine antes que o avião fosse completamente incendiado. Ele estava consciente e com algumas escoriações, sendo encaminhado a um hospital em Uberaba-MG.

O fogo foi apagado por caminhões pipas enviados pela Usina Delta. As causas do acidente não foram esclarecidas, e a Anac investigará o caso.

O americano Chuck Yeager, uma lenda da aviação e primeiro piloto a romper a barreira do som, morreu na segunda-feira (7) aos 97 anos.

"Com profunda dor eu informo que o amor da minha vida, o general Chuck Yeager, morreu pouco antes das 9pm ET" (23H00 de Brasília), escreveu Victoria Yeager na conta do marido no Twitter.

"Teve uma vida incrível, bem vivida, foi o maior piloto dos Estados Unidos e seu legado de força, aventura e patriotismo será recordado para sempre", completou a viúva. Victoria não anunciou a causa da morte do marido.

Yeager foi um piloto de combate na Segunda Guerra Mundial que ganhou fama ao romper a barreira do som na aeronave experimental Bell X-1 em 14 de outubro de 1947.

Sua façanha ajudou a pavimentar o caminho do programa espacial americano.

"Isto abriu a porta para o espaço, Star Wars, os satélites", disse Yeager em 2007 em uma entrevista à AFP.

Seus testes como piloto foram posteriormente imortalizados no filme de 1983 "The Right Stuff" ("Os Eleitos" no Brasil).

- "Contribuição brilhante" -

Nascido em 13 de fevereiro de 1923 na pequena cidade de Myra, na Virginia Ocidental, Yeager cresceu consertando caminhonetes com seu pai.

Ele se alistou à Força Aérea em setembro de 1941, três meses antes da entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Começou como mecânico de aeronaves antes do treinamento como piloto.

Também estabeleceu outros recordes da aviação, mas na maior parte de sua carreira atuou como comandante militar de esquadrões de combate nas décadas de 1950 e 1960.

Passou para a reserva da Força Aérea em 1975.

O diretor da Nasa, Jim Bridenstine, lamentou a "enorme perda" e elogiou o "caráter pioneiro e inovador" de Yeager.

"A coragem de Chuck e suas façanhas são um testamento de sua força permanente, que o tornou um verdadeiro americano. O trabalho da Nasa Aeronautics deve muito a sua contribuição brilhante à ciência aeroespacial", afirmou em um comunicado.

Os testes de Yeager a bordo do Bell X-1 em que rompeu a barreira do som renderam o apelido "homem mais rápido da Terra".

O amigo de Yeager Chalmers "Slick" Goodlin, outro piloto de testes para os Laboratórios Bell, descreveu em uma ocasião o X-1 como uma "bala com asas".

E de fato a aeronave foi concebida seguindo o modelo da bala calibre .50, com asas curtas e frente pontiaguda, o que permitia atravessar o ar com mais eficiência.

O "homem voador" Vince Reffet, autor de façanhas espetaculares com seu colega dos Soul Flyers Fred Fugen, morreu nesta terça-feira (17) em um acidente durante um treinamento, declarou um porta-voz da Jetman Dubai.

Vince Reffet, de 36 anos, ficou conhecido por ter entrado em um avião em pleno voo em 2017, mas também por ter saltado da mais alta torre do mundo, a Burj Khalifa (828 m) em Dubai, ou por voar ao lado do esquadrão militar acrobático Patrulha da França em 2016.

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"Com uma tristeza inimaginável anunciamos a morte do piloto Jetman, Vincent (Vince) Reffet, que faleceu nesta manhã, 17 de novembro, durante em treinamento em Dubai", declarou à AFP o porta-voz da Jetman Dubai, Abdalá ben Habtour.

O acidente, que ocorreu na base da Jetman no deserto nos arredores da cidade, está sendo investigado, disse Abdalá ben Habtour.

As façanhas do atleta, ex-membro da equipe de paraquedismo da França e associado há 20 anos à Fugen (41 anos), viralizaram no início do ano, com um vídeo dele decolando do solo e voando até 1.800 metros de altitude, uma primazia mundial.

Para realizar este feito, Vince Reffet foi equipado com uma asa de fibra de carbono e movido por quatro mini motores a jato. Controlado pelo corpo humano, o equipamento permite ao Jetman alcançar velocidades de 400 km/h e mudar a direção do voo.

Mundialmente conhecido e com experiência técnica de 30 anos nos mundiais de MotoGP e World SBK, Marco Bonesso escolheu Belém do Pará para morar. Apaixonado pela adrenalina da motovelocidade, o Diretor técnico agora faz parte da equipe da Terranew Motos Concessionaria Yamaha e KTM, assim como na Terranew Race Academy, única escola de motovelocidade do Norte do país e que fará a II Taça de Motovelocidade Paraense, dia 6 de dezembro, no Kartódromo Bené Maranhense, em Castanhal.

Nascido no Sul do Brasil, Marco Bonesso atuou em grandes equipes de motovelocidade pelo exterior, como Yamaha, Honda, Ducati, Aprilia e Kawasaki. Ele traz na bagagem a humildade e vasta experiência técnica para o crescimento da prática esportiva no Pará. “Eu acredito que Belém ainda tem muito a crescer e quero transmitir às pessoas do meu país todas as minhas experiências. Eu acredito que a potencialidade de Belém é só crescer”, disse Bonesso.

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Crente na capacidade do profissionalismo local, Marco Bonesso recusou trazer uma equipe de fora do Estado e criou uma equipe com jovens daqui, alguns desses escolhidos no SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), que terão o privilégio de aprender com o profissional. “Fiquei muito surpreso com o que é desenvolvido no SENAI, é tudo muito organizado, as pessoas bem capacitadas, os jovens têm muita vontade de crescer e aprender. Meu projeto é trabalhar com o Estado do Norte e com pessoas de Belém e região”, detalhou.

Segundo Néstore Guarino Filho, diretor de Marketing da Terranew Motos Yamaha/KTM e Terranew Race Academy, ter um dos nomes mais conhecidos mundialmente no MotoGP fazendo parte da equipe é uma honra muito grande. “Para você chamar a atenção de uma pessoa com esse currículo, ao ponto de vê-lo vir da Europa e voltar ao Brasil, morar no Pará, é uma grande honra e estamos felizes por formar essa equipe aqui em Belém”, afirmou, com alegria.

Agora, Marco Bonesso se prepara para a segunda Taça Terranew de Motovelocidade Paraense, que terá a presença de pilotos campeões no Campeonato Brasileiro e pilotos destaques nos campeonatos do exterior. Para mais informações acesse @motovelocidade_paraense nas redes sociais.

Por Rosiane Rodrigues.

 

O piloto Wellington Garcia, vencedor do Campeonato Brasileiro de Motocross, esteve no Pará, no último final de semana, para ensinar os pilotos de Motocross a se aperfeiçoarem nas técnicas do esporte. As aulas foram no CT do Tatu, em Paragominas, sudeste paraense.

Em 2019, Wellington Garcia foi campeão brasileiro de Motocross na categoria MX Pró. O piloto, que se aposentou em 2016, correu ano passado só para brincar nas pistas, e acabou levando mais um pódio, somando 11 títulos no Campeonato Brasileiro, entre as categorias 65cc, 85cc, MX2 e MX1 e Nacional Pró.

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Gaudenio Toscano, piloto paraense que corre com o número 3, foi quem trouxe o piloto goiano para fazer o curso no Pará. Foi o primeiro curso ministrado por Wellington Garcia no Estado. “O que eu tento fazer no curso é orientar os pilotos para a segurança devida e ensinar como andar certo, porque quando a gente anda certo, a gente começa a andar mais rápido e sem fazer força. Quando fazemos muita força andando de moto é porque provavelmente estamos andando errado", explicou o Wellington Garcia.

O atleta também destacou que gosta de ensinar os pilotos porque acredita que ninguém é melhor que ninguém e que "Deus dá oportunidades para todos", mas tudo depende do comprometimento e esforço de cada um, destaca. “Quando eu comecei, as pessoas falavam para o meu pai que eu era ruim, que não tinha talento, mas eu sou a prova viva que a persistência supera o talento e eu acredito muito nisso. Meu propósito maior no curso é mostrar isso para os meninos”, disse o piloto.

Nilson Gusmão, dono da Traterra e proprietário do CT do Tatu, apelido usado por ele nas competições de Motocross, disse que o local já foi escolhido para vários cursos, mas que está em seus planos repetir o de Motocross com Wellington Garcia. “Às vezes o pai dá uma moto para o filho que não sabe andar corretamente e se machuca. Queremos incentivar o esporte de forma segura. Dificilmente alguém que pratica esporte vai para as drogas. Também muda a visão da vida”, detalhou o empresário, que ajuda e incentiva as crianças e adolescentes do Projeto Menino Feliz na prática esportiva.

O piloto também parabenizou a postura de Wellington Garcia. “Ele é muito simpático, sabe pilotar, é campeão brasileiro e também sabe passar as instruções. Sabemos que as crianças que estão no projeto Menino Feliz e que praticam esportes dificilmente vão fazer coisa errada, porque o esporte ensina e, inclusive, é antidepressivo, que é a doença do século”, disse Nilson Gusmão, que já teve o esporte como forte aliado para vencer a depressão.

O curso foi limitado a 15 pilotos, para que os participantes recebessem a atenção necessária. “O curso ensina as técnicas e é muito bom para pegar preparo”, afirmou Angelo Clayton, piloto de Benevides que corre com o número 313, e foi até Paragominas para participar das aulas. 

O público pode seguir o trabalho de Wellington Garcia no canal do YouTube: Wellington Garcia.

Por Rosiane Rodrigues.

 

A crise decorrente da pandemia obrigou empresas aéreas a estacionar a maior parte de suas frotas de aviões e, consequentemente, paralisou a carreira de milhares de pilotos no mundo todo.

No Brasil, parte dos profissionais já vinha sofrendo com a quebra da Avianca Brasil e teve de deixar o País, no ano passado, para trabalhar na Ásia, um mercado que vinha crescendo rapidamente e cujos salários são mais elevados. Agora, porém, com a crise global, as saídas são mais escassas. Só na última semana, 700 pilotos (ou 11% dos profissionais brasileiros da aviação regular de carga e de passageiros) foram demitidos pela Latam. Na Azul e na Gol, os pilotos tiveram salários e jornadas reduzidos até o fim de 2021.

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Dispensados, profissionais tentam agora voltar à carreira de piloto de jatos executivos, alguns pensam em largar a profissão até que haja uma melhora no setor e outros dizem que vão esperar uma recuperação no mercado asiático, que deve ser o primeiro a ver uma retomada, para procurar uma vaga na China ou no Vietnã.

"Foram 700 demitidos na Latam. Quantos vão conseguir se realocar? Imagino que nem 10% no médio prazo. As empresas aéreas estão sangrando continuamente. O mercado de aviação civil é difícil, com margem pequena. Aí vem uma pandemia e acaba com o setor turístico", diz o piloto Paul Pic.

Se o grande número de profissionais sem emprego e a baixíssima demanda por eles já tornam o retorno ao mercado de trabalho difícil, os pilotos enfrentarão um problema extra nos próximos anos: precisarão manter suas licenças para voar atualizadas. Normalmente, as companhias aéreas arcam com esse custo, que pode chegar a US$ 5 mil por ano. Agora, esse dinheiro terá de sair do próprio bolso, caso eles queiram estar prontos para serem contratados quando o setor se recuperar.

A Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata) prevê que o mercado global só volte ao patamar de 2019 em 2024. No Brasil, porém, segundo o diretor da entidade no País, Dany Oliveira, a retomada pode ser mais rápida, puxada pela aviação doméstica. "A aviação que a gente tem hoje é 15% do que foi a de 2019. Então, tem um excesso de recursos humanos. Fazendo uma simples correlação, o mercado de trabalho deve retornar aos níveis de 2019 junto com o setor."

Aulas

A crise já se reflete no Aeroclube de São Paulo, onde a maioria dos alunos pretende seguir a carreira de piloto. "Estamos com dificuldade para fechar turmas. Agora temos oito inscritos para uma turma que deveria ter 20", diz Marcos Pereira, diretor do aeroclube. Além do futuro obscuro, a mudança de classes presenciais para virtuais nos últimos meses também prejudicou o andamento dos cursos, diz Pereira. A intenção agora é conseguir fechar uma nova turma presencial.

Com a formação de piloto concluída no começo deste ano, Yuri Prado Silva, de 24 anos, estava participando de uma seleção da Azul quando a quarentena começou. O processo foi interrompido e, agora, ele pretende trabalhar como instrutor de voo até que as seleções sejam retomadas.

"Há uma semana, me tornei instrutor de voo. Meu sonho é chegar a uma linha aérea. Sei que o mercado está parado, mas a aviação não tem hora para ficar boa. Pode ser que, do nada, um companhia aérea comece a contratar. Por isso, é bom estar preparado", diz.

O trabalho como instrutor ajuda também Silva a somar horas de voos para poder atuar em uma companhia aérea. Enquanto algumas empresas pedem 250 horas de experiência, outras exigem 500 - Silva tem 257.

É um caminho longo e caro. Para tirar a carteira de piloto comercial e ter 150 horas de voo, o custo chega a R$ 200 mil. O salário, porém, costumava compensar. Em média, um comandante recebia R$ 20 mil por mês. Com a crise, tem profissional recebendo R$ 5 mil, diz o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Ondino Dutra.

‘Estamos vivendo um luto profundo’

Paul Pic, de 45 anos, é filho de piloto. Seu pai tinha uma empresa de aviação agrícola, segmento mais pesado do setor aéreo, dado que o piloto trabalha no calor, em aviões sem ar condicionado, voa em altitude baixa e não se hospeda em hotéis confortáveis. "Não queria isso para mim, mas hoje não descarto", diz ele, que trabalhou em companhia aérea por 13 anos e havia sido promovido a comandante há um.

Apesar da crise histórica na aviação, Pic se diz realizado com a carreira que traçou. "Sempre sonhei em pousar no Charles de Gaulle (aeroporto em Paris), em Nova York... Realizei esses sonhos. Fui muito feliz, mas sei que agora tem um risco grande de não entrar em um avião por muito tempo. Talvez minha carreira tenha sido concluída aqui, mas tenho a satisfação de ter chegado a uma empresa grande e ter voado um 777 (avião para 365 passageiros). Eu e meus colegas estamos vivendo um luto profundo, porque não é só de emprego, é de carreira."

Pic diz que as chances de conseguir um emprego novo como comandante são baixas, pois tem pouca experiência no cargo. "Só vou conseguir ser contratado como copiloto. Seria como reiniciar a carreira." Pessimista com o futuro, ele destaca que as qualificações de pilotos não são muito valorizadas em outras carreiras, o que dificulta uma recolocação. "Sei, por exemplo, me comportar num sistema de tráfego aéreo. Para que serve isso aqui embaixo?"

Fluente em francês e em inglês, está tentando uma vaga em uma startup, onde poderá ganhar um terço da remuneração que tinha. "Isso vai ser por um tempo. Depois vou ter de recomeçar. Piloto tem uma capacidade de se manter sereno no momento de crise. Mas tudo isso não é sem tristeza."

‘Na aviação, temos de ter um plano B’

"Como a aviação é muito sensível à economia, para a gente que busca uma carreira na área, é importante ter sempre um plano B", diz Peterson Ramos dos Santos, de 37 anos, que está sendo obrigado a recorrer a essa estratégia agora. No caso dele, o plano B é o trabalho como servidor público no governo do Distrito Federal, do qual havia se licenciado quando conseguiu um emprego como copiloto, em 2017.

No trabalho público, porém, Santos recebe um terço do que ganhava como piloto. Antevendo esse cenário, ele já se mudou para um apartamento menor, vendeu o carro e transferiu a filha para uma escola pública. A esposa também trancou a faculdade. "Na aviação, dizemos que temos de estar sempre à frente do avião, sempre preparados para tomar alguma atitude. Dentro dessa perspectiva, reduzi despesas e fui me preparando para um cenário mais difícil, que foi o que acabou acontecendo. Mas vamos conseguir passar por essa turbulência e se preparar para a retomada."

Santos diz estar otimista em relação ao futuro, já que o mercado doméstico brasileiro tem grande potencial. Mesmo assim, não vê uma retomada rápida nos próximos dois anos. "O momento agora é de deixar o tempo passar e continuar estudando", acrescenta ele, que pretende retomar o mestrado em Transporte - que havia parado por causa do trabalho - enquanto a aviação não se recupera.

"Por enquanto, a situação é muito complicada, mas cada um vai encontrando um caminho. Tem gente já trabalhando como motorista de aplicativo. A questão é que todo piloto quer voar. Quem é piloto nasceu para isso. O olhar está sempre voltado para o céu. Esse é sempre o objetivo."

‘No setor, não havia passado dificuldade ’

Marcelo Americano, de 39 anos, está com o casamento marcado para agosto do ano que vem, após adiá-lo duas vezes por causa da pandemia. Sua noiva e família moram no interior de São Paulo e, mesmo assim, ele não descarta a possibilidade de se mudar para China ou Vietnã. A aposta é que, como esses países foram atingidos antes pela pandemia e conseguiram contornar a crise de modo mais eficiente, eles se recuperem antes e suas empresas aéreas voltem a contratar.

"Tenho ouvido falar que, nesses países, podem começar a contratar no início do ano que vem. A princípio, não gostaria de sair do Brasil. Tenho uma noiva e minha família toda aqui. Mas, se aparecer oportunidade lá fora, vou ter de ir."

Americano sabe que a concorrência vai aumentar muito no setor nos próximos meses, com a demissão de pilotos em todo o mundo. "Vai ter um excedente de profissionais. Eu estou me atualizando, estudando aviação por conta própria para os processos seletivos. Também comecei um curso online sobre mercado de capitais."

Apesar de ter tirado sua licença de piloto comercial pouco depois dos ataques de 11 de setembro, que também arrasaram o setor aéreo, Americano logo conseguiu seu primeiro emprego para pilotar um avião de uma siderúrgica. Depois, passou por uma empresa de táxi aéreo e foi contratado pela então TAM em 2007.

"Nunca passei por nenhuma dificuldade no setor como agora. Dessa vez, a crise é grave no mundo todo. Nunca fiquei desempregado e jurava que ia me aposentar na empresa (Latam). Mas, apesar de toda dificuldade atual, vejo muito potencial de crescimento do setor no Brasil, porque as pessoas ainda viajam pouco." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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