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O movimento Ocupa UFPE divulgou uma nota em sua página do Facebook, na última sexta-feira (30), se manifestando a respeito das depredações e acusações de furtos nos centros de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) e de Artes e Comunicação (CAC). 

No texto, o movimento afirma que o ocorrido nos dois centros não foi uma decisão tomada em assembleia e vai contra a diretriz do movimento de criar "um modelo alternativo de Universidade, verdadeiramente inclusiva e democrática" sendo, portanto, "acontecimentos isolados que não caracterizam a ocupação" uma vez que foram 11 centros ocupados no campus e em apenas dois ocorreram problemas. 

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Também foram destacadas na nota oficial as atividades educativas e culturais promovidas nos centros pelos ocupantes, que afirmam ter buscado integrar a universidade com a comunidade: "foram promovidas oficinas, cine debates, aulas públicas, exposições, aulões pré-Enem, peças teatrais, saraus, atividades de cuidado e saúde, atividades esportivas, mutirões de limpeza etc.". 

No que diz respeito às depredações em salas de professores, o movimento se põe contrário, mas afirma ser necessária maior reflexão sobre os motivos que levaram a isso uma vez que, segundo eles, "é perceptível que os professores alvo possuem longo histórico de denúncias de assédio moral e/ou sexual, racismo, machismo, LGBTfobia, autoritarismo e casos de agressão. Repudiamos tais práticas, bem como o silêncio e indignação seletivas da grande mídia e parte da comunidade acadêmica". 

O movimento ainda afirma que o grupo não atingiu seu objetivo final, mas teve ganhos para os estudantes: "Obtivemos, além de conquistas internas dos centros, ganhos gerais, como o arquivamento dos processos contra estudantes, manutenção do preço do Restaurante Universitário e criação de quatro Grupos de Trabalho". Ao final, afirmam que o movimento estudantil continuará mesmo com o fim das ocupações. 

Confira a nota na íntegra: 

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Atacante de ofício, mas que sob o comando de Oswaldo de Oliveira vinha sendo constantemente utilizado na lateral esquerda, o costarriquenho Rodney Wallace retomou a posição de origem sob o comando de Daniel Paulista diante do Vitória e agradou a torcida e técnico. O novo posicionamento em campo também agradou ao próprio atleta que não esconde a pretensão de seguir sendo utilizado no setor ofensivo.

Porém, apesar de declarar preferência pelo ataque, o jogador se mostra disposto a voltar a lateral em alguma ocasião, caso seja necessário. “Pessoalmente eu me senti à vontade como atacante. Neste momento estou treinando forte para seguir nessa posição mas se as coisas mudarem eu vou estar preparado. O importante é o clube somar os pontos para se manter na colocação que se encontra na classificação”, declarou Rodney, que deve ser mantido no ataque na partida contra o Palmeiras.

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A liberdade das obrigações defensivas não é atribuída pelo jogador como fator que o faz preferir atuar mais a frente. Ele afirma que se precisar marcar, fará isso para ajudar o time. “Gosto de atacar, me sinto a vontade, mas também gosto de defender para ajudar o time. Nesse momento, estou atacando e a equipe está bem com o que estamos fazendo”, avaliou.

Se preparando para enfrentar o Palmeiras, Rodney destaca que apesar do adversário estar na liderança do brasileirão, em campo as coisas irão igualar, e acredita em um resultado positivo na Allianz Arena. “É uma equipe forte, tem uma boa defesa, ataca bem, e tem qualidade. Sabemos que teremos uma partida difícil. Porém, também temos bons jogadores. Em campo, são onze contra onze. Portanto, será um jogo igual”, finalizou.

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Com a saída de Hugo, Esquerdinha ainda na transição do departamento médico e Vinícius como dúvida, a única opção de Givanildo para o setor de criação do Náutico para a partida contra o Bahia é Renan Oliveira. Conhecedor do futebol do meia, por ambos já terem trabalhados juntos no América-MG, ele colocou o jogador, que vinha atuando quase como volante na formação de Gallo, para fazer uma função mais avançada encostando mais no ataque. 

O novo posicionamento deixa Renan com menos funções defensivas, e por isso, ele acredita que o desgaste em campo será menor, podendo na ausência de outros jogadores da posição, atuar os 90 minutos. “Com o Gallo vinha mais de trás, preocupado com a marcação. Em alguns jogos fazendo até a função de volante. Com Givanildo, ele prefere que eu jogue mais na frente, chegando mais na área, ajudando os centroavantes. Ainda tenho responsabilidades defensivas, como qualquer outro jogador, mas não tantas, já que ele pede para chegar mais na frente para fazer gols”, revelou o meia.

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O conhecimento do técnico não só sobre o futebol de Renan Oliveira, mas sobre o de outros atletas com que já trabalhou como Adalberto, Walber e Rodrigo Souza, é visto pelo meia como um ponto positivo que deve auxiliar na rápida assimilação do time. “Cada treinador tem sua maneira de trabalhar, o esquema, por enquanto, está sendo bem parecido com o do Gallo, mas ele sempre pede uma coisa diferente do outro treinador, então temos que nos adaptar o mais rápido possível ao que ele pede da gente. Logicamente, conhecendo alguns jogadores, facilita um pouco, a gente também tem que falar o jeito que ele gosta de trabalhar para outros atletas para nos adaptarmos da forma mais rápida”, comentou.

Ainda sobre o estilo do novo técnico, meia faz questão de destacar o bom relacionamento dele com o grupo nas equipes onde trabalhou. “O Givanildo é um cara tranquilo, humilde, que faz com que os jogadores corram para ele no dia a dia. É um treinador que cobra bastante, que gosta de conversar, cobrar e articular o que ele tem que melhorar, mas sempre do jeito tranquilo dele. O jogador gosta disso, que cobre, mas também incentive e o Givanildo é assim por isso que todo mundo gosta dele”, finalizou.

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Ao deixar a cerimônia que instituiu o programa de revitalização da Bacia do Rio São Francisco, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), evitou responder sobre seu posicionamento na sessão de votação do relatório da comissão especial no Plenário, que dá continuidade no processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. "Na política nunca é recomendável você predizer o que vai acontecer", afirmou. Minutos antes, Renan estava ao lado do presidente em exercício, Michel Temer.

Além de Renan, os senadores que ainda não manifestaram voto, Otto Alencar (PSD-BA) e Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), também estavam na cerimônia. Otto, inclusive, fez um discurso de quase 15 minutos e recebeu afagos de Temer em seu discurso.

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Questionado sobre seu posicionamento na votação desta terça-feira, 9, Valadares disse que não votaria de forma contrária a sua coerência "Temer se comprometeu com um projeto vital para o Nordeste", salientou Valadares.

Em pleno Século 21, diversos segmentos da sociedade ainda sofrem sendo estereotipados e apontados de forma preconceituosa. O universo das misses é um desses nichos que sempre conviveu com estigmas e imagens 'pré-fabricadas' e, mesmo após a modernização e reformulações dos concursos, meninas que decidem seguir a carreira acabam tendo de enfrentar julgamentos e situações delicadas. Algumas candidatas do Miss Pernambuco 2016 falaram sobre o assunto e contaram como fazem para driblar o preconceito.  

As concorrentes foram unânimes. Para elas, o mundo das misses ainda é cercado por estigmas e as profissionais acabam sendo vistas com outros olhos. Para a miss Bom Jardim, Juliana Mendes (primeira da foto acima), esta é uma realidade que não deveria mais existir: "As pessoas pensam que a miss não passa de um rostinho bonito, um corpo. E na verdade, não é nada disso, ela desempenha um papel fundamental na sociedade, ela representa a sua cultura", disse. A representante de Garanhuns, Viviane Félix (centro da foto acima), vai um pouco além na problemática: "A sociedade brasileira é machista. Desde sempre as mulheres vêm sendo tratadas com inferioridade e sofrem preconceitos", disse e acrescentou: "Aqui no nosso grupo existem advogadas, fisioterapeutas, enfermeiras; não é só beleza, também temos cérebro".

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As meninas também comentaram situações onde o julgamento alheio é bem perceptível: "Às vezes, quando chegamos em determinados lugares, algumas pessoas nos olham com um olhar mais estranho. Mas com jetinho e educação nós provamos o contrário", contou Juliana. Já Viviane chegou a ser questionada sobre sua opção: "Eu acabei de me formar em direito e muitos me perguntaram: Uma menina com uma profissão tão linda pela frente, por que quis ser miss?", contou.   

Mas, a despeito das opiniões e olhares atravessados, as meninas demonstram firmeza e segurança em suas posições. Elas lançam mão da educação e da simpatia para sair de tais situações sempre deixando o seu recado. "Prestem mais atenção à sociedade como um todo. É preciso ter mais respeito ao próximo. Falta amor a essas pessoas que julgam os outros pela capa", disse a Miss Barreiros, Daniliz Paz (terceira da foto acima). E a Miss Bom Jardim ainda indicou: "Se amem mais e nos enxerguem como exemplos". 

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Após ocupar a sede no Ministério da Educação e Cultura, na Rua do Bom Jesus - Recife Antigo, na última segunda-feira (16), parte da classe artística de Pernambuco está há três dois no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Desde a terça-feira (17) estão sendo promovidas várias ações culturais como oficinas de malabares, e acrobacias, apresentação de grupos musicais e exibição de filmes, no pátio do equipamento.

A mobilização está integrada às ocupações nacionais, que protestam quanto à extinção do Ministério da Cultura (Min), que foi fundido ao Mec e está sendo representado pelo ministro Mendonça Filho (DEM). Em nota oficial, o movimento ‘Ocupa Minc PE’ se posicionou em relação à iniciativa e reformou as ações promovidas. Confira a nota na íntegra a seguir:

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O Ocupa MinC PE é um movimento autônomo, suprapartidário e autogestionado iniciado como resposta à extinção do Ministério da Cultura (MinC). Nos somos às ocupações nacionais de resistência que se levantam devido a mais este ataque à cidadania no Brasil. A extinção do Ministério da Cultura representa a intenção de desmonte de instituições responsáveis por políticas públicas de desenvolvimento social, diversidade, respeito às diferenças e a emancipação de cidadãos e cidadãs. O fim do MinC simboliza o retrocesso dos direitos conquistados, e afeta diretamente a parcela mais vulnerável da população Brasileira.

Se por um lado um Ministério como o da Cultura é um espaço central para a formulação de políticas públicas, a ocupação é o lugar da resistência da sociedade civil organizada no momento em que políticas públicas fundamentais são removidas. Quando um grupo de políticos ligados aos interesses econômicos mais retrógrados e elitistas se articula para desestabilizar a democracia e, como parte desse processo, tentam sufocar os espaços da cultura, atacam diretamente às expressões e identidades da periferia, das negras e dos negros, povos indígenas, comunidades quilombolas, LGBTTs, das e dos trabalhadores da cultura, das diversas linguagens artísticas e no patrimônio histórico cultural brasileiro. Consideramos ainda que são pequenos os avanços conquistados anteriormente e queremos mais, caminhamos a passos lentos e suados, não admitimos caminhar pra trás, e a luta não é apenas para voltar ao que era antes e sim avançar cada vez mais na nossa frágil democracia. O golpe consolidado no Brasil ataca esses espaços por medo, sabem que a cultura é um espaço de formação.

Nossa resistência e construção democrática da cultura são abertas, coletiva e pretende agir em função da transformação social. Direitos não são negociáveis. Não há diálogo possível com governo ilegítimo. E nossa mobilização continuará resistindo até que um governo legítimo seja reestabelecido.

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“É um absurdo. Uma rua com muitas residências e, agora, com esse barulho todo. Em dias de jogos, fica intransitável”. O depoimento é de Rachel Marques, que há 52 anos reside na Rua Monsenhor Júlio Maria, no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife. A pacatez da via, segundo alguns moradores, não tem sido a mesma desde a inauguração da sede-social da Torcida Jovem do Sport numa casa do local. 

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A aposentada Rachel Marques lembra o quão assustador foi aquele 10 de abril, quando a sede “abriu as portas” para a organizada do time rubro-negro. “Achei muito irresponsável da parte deles, porque nenhum morador foi avisado. De repente, à noite, começaram aquela série de fogos de artifícios. Muita gente assustada e, claro, precisamos chamar a polícia para saber o que estava acontecendo”. Com o passar dos dias, os incômodos aos moradores permanecem: barulho dos ensaios de bateria e quantidade de torcedores no meio da rua, em dias de jogos, são os mais apontados por quem vive na rua.

“Complicado, porque não temos controle urbano. Entendo que eles estão aqui para torcer, mas ficam no meio da rua e quem vier de carro que se vire, dê meia volta, porque eles não saem. A polícia acoberta, ao invés de controlar”, criticou um morador que preferiu manter anonimato. Segundo ele, é comum vários torcedores passarem correndo pela rua, entoando gritos de guerra que estimulam violência. De dentro de casa, a insegurança pulsa (veja o vídeo abaixo enviado por um dos moradores da rua): 

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Por meio da contribuição dos seus sócios, a Torcida Jovem alugou a casa na Rua Monsenhor Júlio Maria. Em rápido levantamento, a equipe de reportagem do Porta LeiaJá identificou que o aluguel de um imóvel do tipo, no local especificado, tem uma média de R$ 5 mil por mês. A sede-social tem TV a cabo, varanda com churrasqueira, primeiro andar e amplo espaço para as reuniões e ensaios dos membros. 

“Trouxemos mais movimento à rua”, se defende a Jovem

Obviamente manchada por atos de vandalismo que, segundo os representantes da Torcida, não são compactuados pelos “verdadeiros” apoiadores do clube, a Jovem se defende e diz ter trazido benefícios à rua. “Até os seguranças das ruas nos dizem que a rua era morta e a gente trouxe movimento, vida ao lugar. Ninguém nunca nos procurou para questionar nada, nem o dono da casa nunca trouxe queixas”, afirma Márcio Cleyson, puxador da Torcida Jovem. 

De acordo com ele, os integrantes respeitam a vizinhança e só fazem ensaios dentro dos horários permitidos. Sobre a questão da Torcida “fechar a rua”, Cleyson nega. “Não tem nada disso. Se fecharmos (a rua), a polícia aparece, então isso não tem nada a ver”. Segundo o representante da Jovem, a decisão de levar a sede-social da torcida para a Madalena foi até um modo de evitar episódios de violência comumente vistos no Centro do Recife.

“Era complicado, porque os três times da capital tinham sede no Centro, então de vez em quando rolava confronto. Então escolhemos a casa até para evitar isso e para termos um lugar mais perto do Sport, um lugar só da gente, para podermos guardar nossos materiais”.  Através da página da Torcida no Facebook, os membros têm programado atividades na sede e divulgado ações como a reunião do Grupo de Trabalho das Torcidas Organizadas de Recife, cujo objetivo é evitar novos episódios de violência envolvendo membros de torcidas divergentes. 

Vale ressaltar que, logo após a inauguração da sede-social da Jovem, a Justiça de Pernambuco  – por meio do juiz Edvaldo Palmeira, da Quinta Vara da Fazenda Pública – determinou o banimento da Torcida de todos os jogos do clube, seja como mandante ou visitante. Segundo o documento, a Jovem é passível a multas de R$ 10 mil se descumprir a decisão. 

Com a proximidade das eleições, a Rede Sustentabilidade é um dos partidos que ainda não definiu como marchará na disputa pela Prefeitura do Recife. Apesar disso, a legenda criada pela ex-senadora Marina Silva entregou um documento com 18 eixos programáticos ao prefeito Geraldo Julio (PSB). O material, apresentado pelo porta-voz da sigla em Pernambuco Roberto Leandro, aborda temas como saúde e qualidade de vida, planejamento urbano sustentável e educação inclusiva.

De acordo com Leandro, a documentação pretende oferecer a gestão municipal propostas que possam proporcionar melhorias para a população recifense. “Esse não é de um documento pronto e acabado, mas um documento que está aberto à participação popular. Vamos entrar num processo esse ano e sem dúvida o debate desses pontos junto a população é importante. Isso faz parte da discussão programática. Essa contribuição é importante não só para a Rede, mas para gestão”, frisou. A ideia, segundo ele, é de criar um grupo de trabalho para discutir as propostas para a cidade, integrando a sociedade no debate.

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Para o prefeito, as propostas "trazem a assinatura do que é a Rede". "Um partido que pauta suas alianças em conteúdo programático e que contribui para a construção de uma parceria mais qualificada. Vamos continuar conversando sobre o futuro do Recife e do Brasil", avaliou o prefeito Geraldo Julio.

Presidente estadual do PSB de Pernambuco, Sileno Guedes acompanhou o encontro, que aconteceu nessa segunda (9), e destacou a importância do documento. O dirigente ainda ressaltou o desejo de manter a aliança que se iniciou com a Rede Sustentabilidade em 2014, quando o ex-governador e então presidente nacional do PSB Eduardo Campos e a ex-senadora Marina Silva se uniram para apresentar uma alternativa ao Brasil. “A Rede Sustentabilidade traz sua importante contribuição para o Recife e nossa expectativa é repetir a aliança democrática de 2014”, afirmou.

 

A ex-senadora e líder da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, defendeu no sábado, 9, que seu partido vote a favor do impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Apesar disso, Marina afirmou que haverá liberdade de votação no plenário. Em rápida entrevista a jornalistas antes de fazer palestra em Chicago (EUA), na noite de sábado, Marina Silva também pediu urgência ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a chapa que elegeu a presidente Dilma Rousseff e o vice Michel Temer seja cassada.

No início da semana, a candidata à Presidência derrotada na última eleição afirmou que o processo de impeachment "cumpre com a legalidade, mas não com a finalidade". Para ela, a saída de Dilma e Temer via TSE "é o caminho ético". Naquela oportunidade, a Rede ainda não havia declarado um posicionamento sobre o processo de impedimento da presidente na Câmara. Hoje, a posição favorável ao impeachment foi oficializada por Marina.

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Questionada sobre a divisão de seu partido para a votação do impeachment de Dilma, Marina disse que "talvez só o PT hoje esteja unido" e que o PSDB está completamente desunido. "Trabalhamos com um consenso progressivo", disse ela.

A ex-senadora afirmou também que, no plenário da Câmara, a tendência é que a bancada seja liberada, mas ela, pessoalmente, defende o voto a favor do impeachment. "O meu entendimento é que o impeachment não se fabrica, ele se explicita do ponto de vista político. Quanto mais ele se explicita, mais a necessidade de julgamento do TSE", disse ela aos jornalistas. "A minha posição é que o partido decida pela admissibilidade do impeachment e pela liberação da bancada no voto no plenário", afirmou.

Pesquisa

Questionada sobre a pesquisa do Datafolha para a corrida presidencial de 2018, que mostra Marina na liderança junto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-senadora disse que "pesquisas são registros do momento" e que "não fica ligada" a esses levantamentos. "A gente está vivendo uma das piores crises do nosso país e eu acho que o mais importante é ficar atento ao que a população está dizendo em relação àquilo que ela não quer", disse Marina. "E o que ela não quer é inflação alta, não quer essa corrupção, não quer juros altos, não quer a falta de perspectiva e de esperança. A sociedade está dizendo fartamente."

Marina fez palestra em evento da Universidade de Chicago, que reuniu 300 pessoas e foi organizado pela Associação de Estudantes Brasileiros no Exterior (Brasa, na sigla em inglês). Ela falou da necessidade de combate à corrupção e de sustentabilidade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A três dias da votação do relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), lideranças do PSDB, reunidas nesta sexta-feira, 8, em São Paulo, reiteraram o apoio integral ao afastamento da petista. "Por mais penoso que seja interromper um mandato, é mais penoso ver o Brasil se esfacelar e ver que não existe capacidade do atual governo se recompor e se reconstruir", disse o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Para FHC e líderes da sigla é momento de dar um basta ao atual governo petista e iniciar um novo ciclo no País.

Apesar da defesa de um novo ciclo que leve em conta o PT fora do Palácio do Planalto, os líderes do PSDB não se manifestaram a favor de um eventual governo Michel Temer (PMDB). O secretário-geral do PSDB, deputado Silvio Torres (SP), resumiu o mote do encontro desta sexta: "o nosso foco é o impeachment, o Temer é uma segunda etapa, não há para nós outro foco hoje que não seja o afastamento da presidente Dilma." E lembrou que a sigla defende a continuidade plena da Operação Lava Jato.

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O encontro desta sexta do PSDB reuniu, por mais de duas horas, na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), o ex-presidente FHC, parlamentares, como os senadores José Serra e Aloysio Nunes Ferreira, o deputado Silvio Torres, governadores da sigla, como Geraldo Alckmin (São Paulo), Beto Richa (Paraná), e Pedro Taques (Mato Grosso), além do líder do partido na Câmara, Antônio Imbassahy.

Também participaram lideranças de outras siglas, como José Carlos Aleluia (DEM) e o presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, que chegou no final da reunião com algumas lideranças sindicais.

Após o encontro, FHC, Aécio e Alckmin fizeram um rápido pronunciamento em favor do impeachment e não responderam perguntas da imprensa. Aécio disse que o PSDB reafirma seu compromisso absoluto com a interrupção do mandato de Dilma Rousseff, pela via constitucional, o impeachment. E que os governadores e lideranças da sigla vão trabalhar nos seus Estados junto aos parlamentares e outros líderes que ainda estão indecisos nessa questão.

O governador Geraldo Alckmin, anfitrião do encontro no Palácio dos Bandeirantes, falou do momento grave que o País enfrenta, com reflexos no emprego e na vida das pessoas. "Assistimos a economia derreter e vemos um quadro político de extrema gravidade que precisa ser abreviado", destacou. FHC disse também que a economia não aguenta mais tanta desordem, é preciso recuperar a confiança.

O ex-presidente FHC disse que tem certeza que o povo brasileiro vai se manifestar pelo impeachment nas ruas, 'democrata e pacificamente'. E Aécio disse que o partido está otimista com a votação na próxima segunda-feira e também no plenário da Câmara. "O PSDB não é beneficiário, enquanto partido, dessa solução, mas todos convergimos pela urgência e necessidade de solução deste impasse."

Após o encontro, Aécio seguiu com Paulinho para o ato promovido pela Força Sindical em favor do impeachment da presidente da República nesta tarde na capital paulista.

O ator Wagner Moura criticou, em artigo publicado no jornal “Folha de S.Paulo”, nesta quarta-feira (30), a perseguição judicial contra a presidenta Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores. Sob o título “Pela legalidade”, Moura cita erros dos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma, mas lembra que foram os governos que tiraram milhões da miséria e deram “oportunidades nunca antes vistas para os pobres no País”. Ele também pede respeito pela democracia e pela decisão popular nas urnas.

“É uma tentativa revanchista de antecipar 2018 e derrubar na marra, via Judiciário politizado, um governo eleito por 54 milhões de votos. Um golpe clássico”, afirma.

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Ele lembra que o discurso de ódio ao PT é semelhante a de momentos totalitários da história da humanidade. “Arrepio-me sempre que escuto alguém dizer que precisamos ‘limpar’ o Brasil. A ideia estúpida de que, ‘limpando’ o País de um partido político, a corrupção acabará remete-me a outras faxinas horrendas que aconteceram ao longo da história do mundo. Em comum, o fato de todos os higienizadores se considerarem acima da lei por fazerem parte de uma ‘nobre cruzada pela moralidade’”.

Moura diz que o nome da presidenta não consta na lista, “agora sigilosa”, da Odebrecht, ao contrário de muitos que querem seu afastamento e que um impeachment sem crime de responsabilidade provado contra a presidente “é inconstitucional”.

O ator termina o artigo afirmando que não é necessário ser defensor do governo para desconfiar das verdadeiras intenções das investigações judiciais. “E se você também achar que há algo de tendencioso no reino das investigações, não significa que você necessariamente seja governista, muito menos apoiador de corruptos. Embora a TV não mostre, há muitos fazendo a mesma pergunta que você”

Da Redação da Agência PT de Notícias

Após o Itaquerão ser citado na 26ª fase da operação Lava Jato, nesta terça-feira (22), o Corinthians se pronunciou por meio de nota oficial e afirmou que irá apurar se houve, de fato, pagamento de propina ao vice-presidente do Corinthians, André Luiz de Oliveira, conhecido como André Negão. O dirigente é suspeito de ter recebido R$ 500 mil da Odebrecht, construtora do estádio. André Negão foi preso em flagrante nesta terça-feira, mas foi por porte ilegal de armas. Às 6h, agentes da Polícia Federal foram a sua casa no Tatuapé com a missão de conduzi-lo coercitivamente para depor na Superintendência da Corporação, na Lapa. Durante as buscas em sua residência, os federais encontraram uma arma de fogo, sem licença.

Porém, seu nome apareceu numa planilha de contabilidade secreta de propinas da Odebrecht, segundo apontou a PF na Operação Xepa, a nova fase da Lava Jato. Na planilha, André Luiz de Oliveira está ligado a "uma anotação de um possível pagamento" no endereço Rua Emilio Mallet, em São Paulo, "a ser liquidado na data de 23 de outubro de 2014, no valor de R$ 500 mil, com a anotação do telefone".

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O Corinthians se manifestou no início desta tarde em resposta à investigação. "O Sport Club Corinthians Paulista atesta por meio desta que quaisquer irregularidades ou desvios de conduta, constatados por autoridades ou não, serão devidamente apurados, e a instituição tomará todas as providências a si cabíveis para punir os responsáveis, bem como diligenciar para que todos os prejuízos causados ao clube e à Arena Corinthians sejam ressarcidos", declarou o clube. Palco da abertura da Copa do Mundo, o estádio que foi inaugurado em 2014 custou cerca de R$ 1,2 bilhão e está sendo pago, em parte, com financiamento do BNDES.

O Brasil vive hoje um de seus mais importantes momentos políticos em toda a história. A democracia, diante de tantos debates, é o principal foco das pessoas que se posicionam abertamente. Tanto é que uma instituição de ensino pública resolveu explicitar sua posição. Em nota divulgada nesta quinta-feira (17), a Universidade de Pernambuco (UPE), em nome do reitor Pedro Falcão, se mostrou contra o rompimento da ordem democrática, o que se entende pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A UPE se classificou como “instituição autônoma e de responsabilidade social” e informou que não pode se omitir sobre os fatos ocorridos na nossa sociedade. Para a instituição de ensino, “o rompimento da ordem democrática poderá trazer graves consequências, não só para o campo político, mas para todas as esferas da sociedade civil”.

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Confira a nota na íntegra:

Diante da crise na atual conjuntura política brasileira, notoriamente caracterizada por uma polarização de ideias e debates que têm dividido o País, a Universidade de Pernambuco, como instituição autônoma e de responsabilidade social, no seu papel de vanguarda na construção do conhecimento e na formação de pessoas, não pode se omitir sobre os fatos ocorridos em nossa sociedade.

Defendemos o Estado de Direito, a ética, a justiça para todos, o respeito às instituições e a ordem democrática. Reconhecemos os substantivos avanços no campo social que o País vivenciou, bem como o esforço para continuidade de políticas que diminuem as assimetrias regionais de uma nação historicamente desigual.

O rompimento da ordem democrática poderá trazer graves consequências, não só para o campo político, mas para todas as esferas da sociedade civil. Neste sentido, a Universidade de Pernambuco, reafirma seu compromisso com a Democracia e entende que a comunidade acadêmica deve buscar no debate o melhor entendimento sobre o Brasil de hoje.

Com a decisão do Governo em romper o contrato com a Arena Pernambuco, várias dúvidas surgiram em relação ao uso do espaço esportivo e principalmente sobre o Náutico, que atualmente manda seus jogos no estádio. Sobre o fim contratual com o Estado, o time alvirrubro divulgou, neste sábado (5), seu posicionamento acerca deste novo cenário.

De acordo com o Náutico, até o momento o clube não foi oficialmente notificado pela Arena Pernambuco sobre a rescisão. Dessa forma, a instituição alvirrubra diz que continua com vínculo de contrato firmado com a concessionária.

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O posicionamento do Náutico também diz que seu presidente, Marcos Freitas, está acompanhando o fato. Junto com a vice-presidência jurídica do clube, o gestor afirma que está atuando para que o direito do Náutico seja “resguardado”. Confira a seguir a nota na íntegra:

1) Até o presente momento, o Clube Náutico Capibaribe não foi oficialmente notificado pela Arena Pernambuco sobre a suposta rescisão, de modo que segue vinculado ao contrato firmado com a concessionária;

2) Em se confirmando a rescisão noticiada, o Clube Náutico Capibaribe fará valer as prerrogativas que o contrato em vigor com a Arena Pernambuco lhe confere, bem como analisará as opções que o Governo de Pernambuco, na qualidade de proprietário do equipamento, nos oferecerá;

3) O Presidente do Clube Náutico Capibaribe está conduzindo o assunto, em conjunto com a Vice-Presidência Jurídica, a fim de que o direito do clube seja integralmente resguardado;

4) O momento requer serenidade e parcimônia, a fim de que não sejam tomadas decisões precipitadas e de que seja encaminhada a melhor solução para todos.

Marcos Freitas
Presidente do Clube Náutico Capibaribe

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse nesta quarta-feira, 24, que "tem gente graúda fugindo da Justiça" em um vídeo publicado na internet. Ele também afirmou ser alvo de mentiras dos "operadores lulopetistas" sempre quando há um novo capítulo da Operação Lava Jato, como a mais recente fase, denominada de Acarajé.

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O tucano não citou nomes. Porém, na semana passada, o PT conseguiu suspender um depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na investigação aberta pelo Ministério Público de São Paulo sobre um apartamento tríplex no Guarujá, alvo da Lava Jato.

"Todas as vezes, e têm sido muitas, que a Polícia Federal prende alguém ligado ao petrolão, os operadores do esquema lulopetista soltam uma mentira sobre mim, querendo obviamente com isso confundir a opinião pública", afirmou o ex-presidente tucano no vídeo de pouco menos de um minuto publicado em sua página pessoal no Facebook. "Francamente, virou gozação", disse.

FHC declarou ainda no vídeo não temer a Polícia Federal e o Ministério Público após comentar informações de que seria proprietário de um apartamento em Paris. "Noutro dia, até inventaram que eu tenho um apartamento em Paris. Ora, podem me investigar no que quiserem. Eu não temo o Ministério Público, nem a Polícia Federal. Agora, tem gente graúda aí que anda fugindo da Justiça."

O depoimento de Lula estava previsto para quarta-feira passada, no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona norte de São Paulo, mas foi cancelado depois de um conselheiro do Ministério Público ter acatado um "pedido de providências", com efeito liminar, protocolado pelo deputado Paulo Teixeira (PT-SP), um dos parlamentares mais próximos a Lula.

Ainda sem citar nomes, FHC criticou indiretamente os petistas que, segundo o tucano, tentam "botar a culpa" nele quando "não conseguem se explicar" sobre, entre outras coisas, o suposto envolvimento de Lula no esquema de corrupção e de desvios na Petrobras. "E como não conseguem se explicar, porque lhe pagaram tantas contas, botam a culpa no FHC", disse o ex-presidente tucano no vídeo que, até a conclusão desta edição, tinha mais de 400 mil visualizações e cerca de 16 mil compartilhamentos.

Investigação

As declarações de FHC ocorreram um dia depois de deputados do PT e do PC do B terem pedido ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal o investigasse por supostos crimes de evasão de divisas, corrupção passiva e crime contra a ordem tributária.

No requerimento, os parlamentares citaram a entrevista concedida pela jornalista Mirian Dutra, com quem o FHC teve um relacionamento extraconjugal nos anos 1980 e 1990, na qual ela disse que o ex-presidente teria usado a empresa Brasif Exportação e Importação para enviar remessas de dinheiro para ela entre 2002 e 2006.

O ex-presidente tem negado enfaticamente que usou a Brasif ou qualquer outra empresa para enviar remessas para Mirian Dutra no exterior. O ex-presidente classificou a afirmação da jornalista como "invenção".

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) emitiu uma nota, nesta quarta-feira (20), endossando o posicionamento da família do ex-governador Eduardo Campos sobre o resultado das investigações do acidente aéreo que matou o pernambucano, em 13 de agosto de 2014, e mais seis pessoas. No texto, assinado pelo presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, o PSB “expressa sua concordância com as ponderações feitas pela família de Campos a respeito das conclusões do trabalho”.

O relatório do Centro de Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), divulgado pela Força Aérea Brasileira (FAB) nessa terça (19), aponta que as péssimas condições meteorológicas na hora do acidente, o cansaço do piloto Marcos Martins e do copiloto Geraldo Magela Barbosa, além da falta de treinamento deles para a condução daquela aeronave, ocasionaram a queda e a morte dos tripulantes. 

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O Cenipa descarta qualquer falha técnica no modelo do jatinho, o que é contestado tanto pela família de Campos quanto das demais vítimas. "O PSB entende que o Cenipa deveria ter considerado outros acidentes e incidentes envolvendo aeronaves da mesma família, Citation, de fabricação norte-americana, e realizado durante a investigação um teste de simulador de voo", reforça a nota. 

Siqueira diz ainda que agora espera a conclusão da apuração a cargo da Procuradoria da República e da Polícia Federal.

O presidente da República em exercício, Michel Temer (PMDB), afirmou nesta quinta-feira, 10, que ele e a presidente Dilma Rousseff (PT) "acertaram os ponteiros" no encontro que tiveram nesta quarta-feira, 9, à noite, no Palácio do Planalto, o primeiro após Temer enviar uma carta à Dilma dizendo que foi "menosprezado" pelo governo. "Conversamos, eu e a presidente e, digamos assim, acertamos os ponteiros", falou em palestra a um grupo de empresários e políticos na capital gaúcha. "Ela compreendeu as manifestações que fiz de maneira pessoal. Se fosse um instrumento político, teria feito outra escrita." Dilma está na Argentina para a posse do presidente Maurício Macri.

Nesta quarta-feira, ao deixar o encontro, Temer se limitou a dizer que ele e Dilma haviam combinado de "manter uma relação pessoal e institucional que seja a mais fértil possível". À plateia que o ouviu no Rio Grande do Sul, o peemedebista explicou que escreveu a carta com o propósito que tem "todo o bom brasileiro". Ele também disse que, ontem, ele e a presidente se entenderam perfeitamente sobre os destinos do País. "Acertamos que tanto no plano pessoal como profissional teríamos a relação mais profícua possível. Quando isso ocorre é em nome do País", revelou.

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Temer falou por cerca de 20 minutos. Segundo ele, é necessário estabelecer no Brasil um clima de otimismo que foi se perdendo com o tempo. "Quando você não tem entusiasmo dos setores eles não prosperam", disse. "A palavra que eu tenho procurado trazer é sempre de otimismo."

Reunificação do País

Temer voltou a falar na necessidade de reunificação do País e fez um chamamento a um processo de pacificação nacional. O presidente em exercício disse que hoje há uma espécie de dissensão entre os brasileiros. Ele também disse que tem falado sobre este assunto com a presidente Dilma Rousseff (PT).

"Começou a se estabelecer, nos últimos tempos, uma guerra quase fratricida entre setores da sociedade. O que nós precisamos é da pacificação nacional. Precisamos reunificar o País. Se quisermos realmente, e eu tenho trocado ideias com a presidente sobre isso, se quisermos fazer o País prosperar neste momento de dificuldade, nós temos que chamar todos os setores sociais, todos os partidos políticos. Temos que fazer quase um governo de união nacional", falou.

No decorrer de seu pronunciamento, ele lembrou ganhos sociais, políticos e econômicos conquistados desde a Constituição de 1988. De acordo com Temer, o Brasil "cresceu com toda a liberdade" e que, num determinado ponto desse processo, "começaram as reivindicações". Ele citou a tese da democracia da eficiência, defendida pelo PMDB, para dizer que não se surpreendeu com as manifestações populares de 2013.

Em outro ponto, sem citar a crise atual, afirmou que a harmonia dos poderes está acima da independência deles. "Importante dizer isso porque, sempre que há desarmonia entre Executivo e Legislativo, há uma inconstitucionalidade. Não pode haver desarmonia", avaliou.

Durante o discurso, Temer foi aplaudido no momento em que defendeu o estabelecimento de um novo pacto federativo no Brasil. Ele disse que existe necessidade de haver uma repartição mais justa dos recursos, hoje majoritariamente nas mãos da União. A reformulação do pacto federativo, segundo ele, passaria por uma reforma tributária. "Se esta ideia for levada adiante, isso dará um fôlego ao País".

A carta

O ex-ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha (PMDB) foi homenageado pela revista que promoveu o evento. Ao subir ao palco para agradecer o reconhecimento, antes de Temer falar, o político gaúcho disse que a carta enviada pelo vice-presidente era privada, mas que sua divulgação teve um lado positivo.

De acordo com Padilha, todos os brasileiros tiveram a oportunidade de conhecer um outro lado de Temer que não o de vice-presidente. "Uma pessoa humilde, que quando é preterida sente, quando é magoada sente, como qualquer outro brasileiro. Ele se mostrou como é", disse, acrescentando que o colega de partido abriu seu coração e sua alma.

Na entrada do hotel onde ocorria o evento, Temer era esperado por um grupo de manifestantes contrários ao impeachment. A mobilização fez com que o carro que levava o vice-presidente entrasse pelos fundos. Temer chegou com quase duas horas de atraso. Antes de se dirigir ao salão principal, se reuniu privadamente por alguns minutos com um pequeno grupo de convidados, entre eles o empresário Jorge Gerdau Johannpeter.

Depois, participou de almoço e, na sequência, proferiu a palestra para lideranças gaúchas. A cúpula do PMDB gaúcho compareceu em peso. Estavam presentes, além do ex-ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha, os deputados federais Darcísio Perondi e Osmar Terra e os deputados estaduais Ibsen Pinheiro, que é presidente do partido no Rio Grande do Sul, e Edson Brum, que preside a Assembleia Legislativa do Estado. Também participaram representantes do PP e do PSDB. Nenhuma liderança do PT estava presente.

Destituído do cargo de diretor de Inovação Tecnológica da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), Mozart Sales (PT) negou "veementemente" ter cometimento qualquer ilícito no comando da estatal. O petista foi afastado do primeiro escalão da empresa pela Justiça Federal, nessa quarta-feira (9), após a Operação Pulso ser deflagrada para reprimir a atuação de uma suposta organização criminosa especializada em direcionar licitações e desviar recursos públicos na Hemobrás. 

Sales prestou esclarecimentos à Polícia Federal e teve um mandado de busca e apreensão cumprido em sua casa. Em depoimento, Mozart afirmou ter reforçado que todas as decisões administrativas tomadas nas licitações foram lastreadas em pareceres técnicos e jurídicos da estatal. “Entrei na Hemobrás em março deste ano de 2015 e priorizei a questão de armazenamento de plasma, por ser um material perecível e imprescindível para fabricação de diversos medicamentos e que se encontrava comprometido por falta de capacidade de armazenamento”, observou.

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De acordo com Mozart Sales, vários hemocentros no país já haviam reportado o problema e era fundamental solucioná-lo o quanto antes. Defendendo-se o petista salientou que todo o procedimento foi fruto de auditoria interna, recebeu parecer favorável da Advocacia Geral da União e também foi acompanhado pelo Tribunal de Contas da União. “Sem que qualquer um deles apontasse qualquer indício de favorecimento ou mesmo superfaturamento”, enfatizou.

Segundo as investigações da PF, os prejuízos causados por essa suposta organização criminosa são incalculáveis. Há indícios, inclusive, de que os recursos desviados teriam sido usados para custear campanhas políticas. "Existem indícios de dinheiro ligados a diretores da Hemobrás em campanhas políticas na região”, afirma o delegado Wagner Menezes, coordenador da Operação Pulso. Essa informação será repassada para Justiça Eleitoral a fim de serem averiguadas.

Cogitado como um dos candidatos para assumir a Prefeitura de Olinda, o irmão do ex-governador de Pernambuco, Antônio Campos, publicou uma nota em defesa do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O texto, enviado ao Presidente Nacional do PSB, Carlos Siqueira, diz que este é um momento histórico e que ele é favorável a saída de Dilma do poder.

“Diante da grave crise econômica, política e ética que se abate sob nosso País, o PSB, sempre fiel às melhores causas do povo brasileiro, precisa se posicionar de forma firme e clara. Venho externar minha posição, na condição de integrante do Conselho de Ética da Executiva Nacional do PSB, neste momento histórico, favoravelmente ao impeachment da Presidente Dilma Roussef, conforme requerimento assinado pelos juristas Hélio Bicudo - fundador do PT - e Miguel Reale Júnior e que, neste momento, encontra-se em apreciação no Congresso Nacional”, declarou Antônio Campos, através da nota.

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Para Antônio Campos, é preciso pensar o futuro do Brasil de forma esperançosa e com convicção de que o medo, a corrupção e a “falta de governo” precisam ser vencidos. De forma enfática, o irmão de Eduardo Campos finalizou a nota torcendo por uma rápida saída de Dilma da presidência. “Impeachment já!”, consta no texto.

Um dia após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolher o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), os nove governadores do Nordeste, região que mais apoiou o PT nas últimas eleições presidenciais, repudiaram nesta quinta-feira, 3, a decisão do peemedebista. Em nota, eles classificaram a abertura do processo como "absurda tentativa de jogar a nação em tumultos derivados de um indesejado retrocesso institucional".

A nota diz que o processo de afastamento, "por sua excepcionalidade, depende da caracterização de crime de responsabilidade tipificado na Constituição, praticado dolosamente pelo Presidente da República". "Isso inexiste no atual momento brasileiro. Na verdade, a decisão de abrir o tal processo de impeachment decorreu de propósitos puramente pessoais, em claro e evidente desvio de finalidade", afirmam o potiguar Robinson Farias (PSD), o maranhense Flavio Dino (PC do B), o paraibano Ricardo Coutinho (PSB), o cearense Camilo Santana (PT), o baiano Rui Costa (PT), o pernambucano Paulo Câmara (PSB), o piauiense Wellington Dias (PT), o sergipano Jackson Barreto (PMDB) e o alagoano Renan Filho (PMDB).

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Os chefes de Executivos estaduais do Nordeste provocaram Cunha e afirmaram que, em vez de "golpismo", "o Brasil precisa de união, diálogo e de decisões capazes de retomar o crescimento econômico, com distribuição de renda".

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