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O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, defendeu nesta terça-feira, 18, a atuação da instituição no episódio em que a Caixa encerrou contas de poupança por irregularidades cadastrais e transferiu R$ 420 milhões como lucro para o balanço de 2012.

Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, ele disse que o procedimento de encerramento de conta é previsto e "de certa forma" incentivado. Tombini, sem entrar em detalhes, explicou que o que houve foi uma realocação contábil. "O BC determinou a cessação dessa prática e foi atendido. Os ajustes de incorreções na contabilidade estão sendo feitos por determinação do BC", afirmou.

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Tombini rechaçou que tenha havido "um confisco" dos recursos de conta de poupança, como dito em matérias na imprensa e mencionado pelo senador de oposição, Agripino Maia (DEM/RN). "Aqueles que tiveram problemas em relação ao ocorrido foram prontamente atendidos pela Caixa", disse.

O presidente do BC evitou dar mais detalhes sobre o caso e avisou que o BC não divulga seus procedimentos internos em relação a casos específicos. "Naturalmente, nós temos nossos procedimentos, que são utilizados para nos assegurarmos de que as resoluções do BC e do CMN (Conselho Monetário Nacional) sejam observadas com rigor. Certamente, no caso específico, estamos conduzindo o assunto nessa dimensão", disse.

Ele ainda lembrou que o Congresso pode requisitar mais informações. Tombini defendeu a ação do BC que, segundo ele, tomou todas as providências como regulador e deu início ao processo que continua internamente. "É necessário que haja procedimentos internos rigorosos para se conduzir esse tipo de operação. As questões que deveriam ser remediadas estão sendo remediadas e não vamos deixar que haja prejuízo para nenhum depositante", afirmou.

Tombini negou ainda que o BC só tenha agido após a publicação de matéria sobre o caso. "A ação do BC foi tempestiva e anterior a qualquer reportagem. Os mecanismos foram acionados e a correção segue procedimentos internacionais. As consequências do caso estão sendo avaliadas internamente pelo Banco Central", revelou.

A caderneta de poupança registrou em fevereiro captação líquida positiva pelo 24º mês consecutivo. Os depósitos feitos no mês passado superaram os saques em R$ 1,859 bilhão. Mesmo assim, o saldo de fevereiro deste ano é menor do que o verificado no segundo mês de 2013 (R$ 2,320 bilhões).

Os depósitos no mês passado somaram R$ 121,9 bilhões, enquanto os saques totalizaram R$ 120,1 bilhões. Com o resultado do mês passado, que inclui ainda R$ 3,453 bilhões de rendimentos creditados, o saldo total da poupança chegou a R$ 608,108 bilhões, ante R$ 602,794 bilhões no fim de janeiro.

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O pedido feito pelo governo para adiar o julgamento dos planos econômicos ganhou força entre os ministros que relatam os processos sobre o assunto no Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros são unânimes na avaliação de que precisam de informações técnicas mais aprofundadas antes de julgarem os processos em que poupadores cobram dos bancos a diferenças provocadas pela aplicação dos índices econômicos definidos pelo governo nos planos Cruzado, Bresser, Collor I e II e Verão.

Os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli avaliarão, em conjunto, após o carnaval, o que fazer em relação ao julgamento iniciado no ano passado e que seria retomado nesta semana. Uma das possibilidades, segundo eles, é converter o julgamento em diligência. Dessa forma, os ministros poderiam demandar dados que considerarem necessários antes de o assunto voltar à pauta do Tribunal.

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Outra possibilidade, conforme o pedido feito pelo Banco Central e pela Advocacia Geral da União (AGU), seria convocar uma audiência pública sobre o assunto. Além disso, seria aberto novo prazo para o Ministério Público analisar novos dados produzidos pelas partes - poupadores e bancos. Nesse caso, a retomada do julgamento poderia demorar. E, quando reiniciado, os advogados seriam novamente ouvidos.

Dúvidas

Um dos relatores reclamou que os advogados não esgotaram os argumentos técnicos sobre o assunto. Outro admitiu ter dúvidas sobre a aplicação de índices em um dos planos econômicos em questão. Por fim, um dos ministros afirmou que a defesa dos poupadores explicou de forma insatisfatória os prejuízos supostamente provocados pelos planos.

Os bancos, por sua vez, não esgotaram as dúvidas sobre a acusação de que teriam lucrado bilhões com a aplicação, tida pelos poupadores como irregular, dos índices econômicos estabelecidos pelos planos. Para rebater as demandas do governo, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), em petição encaminhada ao STF, afirmou que o BC não é parte no processo e por isso não tem legitimidade para um pedido como esse.

Outro problema pode surgir nesse meio tempo. A possibilidade de o ministro Joaquim Barbosa antecipar a aposentadoria pode comprometer o julgamento. Da composição atual, três ministros se declararam impedidos de participar do julgamento - Cármen Lúcia, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, no dia 26, o julgamento sobre o possível pagamento de expurgos inflacionários a poupadores que alegam prejuízos provocados pela correção indevida das cadernetas de poupança pelos bancos nas décadas de 1980 e 1990.

Poupadores alegam que os bancos aplicaram incorretamente os índices estabelecidos pelos planos econômicos Bresser, Verão, Collor I e Collor II. Os bancos argumentam, em defesa, ter aplicado os índices estabelecidos pelo governo na época como forma de combater a inflação.

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O julgamento foi iniciado no ano passado, mas foi interrompido após os ministros ouvirem as defesas de advogados dos bancos e dos poupadores. O tribunal julgará cinco processos distintos relatados pelos ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli.

As divergências sobre o impacto da decisão do Supremo marcaram a primeira sessão do julgamento. O governo calcula que os bancos perderiam até R$ 150 bilhões. Os poupadores, com base em estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), alegam que o impacto para os bancos seria de aproximadamente de R$ 8,4 bilhões.

A caderneta de poupança registrou em janeiro captação líquida positiva pelo 23º mês consecutivo. Os depósitos feitos no mês passado superaram os saques em R$ 1,743 bilhão, anunciou o Banco Central (BC). Mesmo assim, o número representa queda de 24% em relação ao mesmo período de 2012. Os depósitos no mês passado somaram R$ 127,6 bilhões, enquanto os saques totalizaram R$ 125,9 bilhões.

Com o resultado do mês passado, que inclui ainda R$ 3,107 bilhões de rendimentos creditados, o saldo total da poupança chegou a R$ 602,794 bilhões, ante R$ 597,943 bilhões no fim de 2013.

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A revista The Economist publica reportagem crítica sobre a possibilidade de que bancos sejam obrigados a pagar bilhões de reais para poupadores do Brasil, num caso que se arrasta há décadas na Justiça. Ao lembrar da frase que afirma que "no Brasil até o passado é imprevisível", a revista diz que o caso ameaça a credibilidade do País. "É difícil atrair negócios para um país onde a incerteza não assola apenas o futuro, mas também o passado", diz o texto.

A reportagem publicada na edição que chega este fim de semana às bancas com o título "O passado é o epílogo" explica a cobrança feita pelos poupadores que pedem a correção dos valores depositados nas cadernetas durante os vários planos econômicos vividos pelo Brasil há algumas décadas. O caso está, atualmente, no Supremo Tribunal Federal (STF).

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O conteúdo destaca que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, já divulgaram carta aberta com um alerta para o efeito negativo sobre a economia, caso as instituições financeiras sejam derrotadas no caso. Na eventualidade de as instituições perderem no STF, a revista prevê forte queda da oferta de crédito, o que prejudicaria a já "combalida" economia brasileira.

Além disso, a publicação também lembra que os dois maiores bancos estatais - o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal - são donos de cerca de metade das cadernetas de poupança nacionais e poderão ser obrigados a pedir resgate aos cofres públicos. "Apertando as já frágeis contas públicas do Brasil."

O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) instaurou inquérito civil para apurar se a Caixa Econômica Federal cometeu alguma irregularidade ao decidir encerrar quase 500 mil cadernetas de poupança em 2012 e incorporar o saldo dessas contas - R$ 420 milhões, descontados os impostos - ao lucro do banco. O banco estatal não conseguiu escapar de investigação do MP, que pretende apurar a conduta do banco e de seus dirigentes não só na área civil como também na criminal. Por outro lado, o Banco Central (BC), órgão de fiscalização do sistema financeiro, deve poupar a Caixa de responder a um processo administrativo pela operação. O BC, porém, terá que se manifestar sobre o caso no inquérito civil, de acordo com o Ministério Público.

A Caixa tem quinze dias para prestar os esclarecimentos pedidos pelo MP. O inquérito civil, cujo prazo de conclusão é de um ano, prorrogável, vai apurar se o banco estatal descumpriu alguma regulamentação do BC ou do Conselho Monetário Nacional (CMN). No ofício encaminhado à Caixa ontem, o MP solicita informações detalhadas sobre a forma como o banco agiu para identificar e regularizar as contas com irregularidades cadastrais encerradas em 2012.

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Na versão do banco estatal, foram encerradas 496.776 contas cujos CPF tinham sido cancelados, suspensos ou pendentes de regularização com a Receita Federal. No conjunto, as cadernetas encerradas detinham R$ 719 milhões, que, descontados os impostos, aumentaram o lucro líquido da instituição em R$ 420 milhões, o que representa em torno de 7% do lucro apresentado naquele ano.

Auditoria - O MP ainda vai avaliar o impacto da incorporação do saldo dessas cadernetas no resultado do banco e, consequentemente, nos repasses de dividendos ao Tesouro Nacional e na participação de lucros e resultados aos empregados. A operação foi descoberta em uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU).

Depois de vir a público, por determinação do BC, a Caixa disse ter expurgado do lucro de 2012 o saldo dessas contas. Na única manifestação sobre a operação, o Banco Central disse que, como não houve qualquer prejuízo para correntistas e poupadores do banco estatal, não se pode falar em confisco.

Para comparar o que a Caixa fez, o MP requisitou aos 17 maiores bancos comerciais do País informações sobre como cumprem as regras do CMN e do BC ao encerrarem contas com problemas cadastrais.

Em nota, a Caixa informou que está à disposição do MP para prestar os esclarecimentos necessários à investigação. "A Caixa confia que ao final da investigação estará comprovada a regularidade dos procedimentos adotados pelo banco".

Qual o número da sua independência financeira? Foi esta a pergunta que o consultor financeiro Reinaldo Domingos respondeu no livro Terapia Financeira, e que muitas pessoas nunca pararam para se questionar, e muitas vezes, criam o hábito de poupar, mas de forma desordenada, e outras acreditam que a previdência pública pode resolver esta questão. Ele desenvolveu uma fórmula que permite calcular com mais precisão qual o valor de sua aposentadoria.

“O INSS é uma ótima garantia, mas não representa uma aposentadoria satisfatória, principalmente pela redução drástica nos ganhos da família, em função de vários motivos. É preciso que paralelamente se tenha um planejamento que permita a manutenção do padrão de vida e possibilite viver com qualidade”, acredita Domingos.

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Para o consultor, o indivíduo deve encontrar o número que se pretende atingir e a data desejada a se tornar independente, na qual ela passa a trabalhar somente por prazer, mantendo o padrão de vida.

De acordo com a fórmula desenvolvida por ele, que consiste em obter dados pessoais, como idade desejada e o ganho atual, a pessoa deve guardar mensalmente um número que proporcione um ganho mensal do dobro de seu padrão atual, e pode sacar apenas 50% destes juros mensais, guardando o restante como reserva acumulada.

A partir daí, caso queira, a pessoa trabalhará apenas por prazer, podendo aproveitar a vida sem se preocupar com os rendimentos. “Essa metodologia não é benéfica apenas para a pessoa que a aplica, mas também para toda a família, pois, mesmo no caso da morte de quem a aplica, o rendimento se manterá para os demais”, afirma.  

Assim se multiplica a idade estimada para a aposentadoria com o ganho no último ano. Em seguida, deve-se multiplicar este número por 40%, obtendo o valor que deverá ter para aposentadoria, em uma aplicação com rendimento mensal com juros de 0,65% ao mês.

Nos casos em que as taxas de juros mensais praticadas no mercado forem menores de 0,5%, o percentual de 40% deverá ser aumentado. No site da editora do livro, os interessados encontram uma planilha para ajudar no controle. "Disponibilizei esta fórmula para atingir a missão de disseminar a educação financeira no Brasil e nada mais justo do que possibilitar às pessoas o acesso a essas informações", finaliza o consultor.

Com informações da assessoria

Os clientes da Caixa Econômica Federal que tiveram suas contas de poupança encerradas têm direito ao saldo existente, a qualquer tempo, após regularização, informou o Banco Central (BC) nesse domingo (12).

O banco promoveu uma varredura entre 2005 e 2011 para identificar contas de titulares com irregularidades no CPF ou no CNPJ. Segundo o banco, 346 mil contas foram regularizadas depois que os clientes foram contatados por correspondência ou por telefone, mas os correntistas que não se manifestaram tiveram a conta encerrada em 2012.

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Ao todo, 496.776 contas foram encerradas. O encerramento, destacou nota da Caixa, ocorreu conforme as regras determinadas pelo Banco Central (BC) e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), sem nenhuma ilegalidade.

O banco, no entanto, admitiu divergências em relação a contabilização dos R$ 719 milhões que estavam nas contas encerradas. Os recursos foram registrados como receitas operacionais, o que elevou o lucro líquido da Caixa em R$ 420 milhões no balanço de 2012 depois do pagamento de tributos.

De acordo com a Caixa, o registro dos recursos das contas encerradas foi aprovado por auditorias independentes, mas foi contestado pela Controladoria-Geral da União (CGU). O órgão fez uma consulta ao BC, que determinou que o saldo das contas inativas não fosse computado como receita. Segundo a instituição financeira, o ajuste aparecerá no balanço de 2013, como diminuição do lucro em R$ 420 milhões.

Reportagem da revista Isto É informava que a Caixa tinha encerrado ilegalmente as contas com irregularidades no CPF ou no CNPJ, confiscado os recursos da caderneta de poupança e usado o dinheiro para inflar os lucros em 2012. Segundo o banco, o recadastramento ocorreu para combater fraudes, evitar danos à credibilidade da caderneta de poupança e cumprir as regras estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.

Segundo o BC, “não há qualquer prejuízo para correntistas e poupadores da instituição e, portanto, não há que se falar em confisco, termo usado indevidamente pela publicação”. “Diferentemente do que afirmou a revista, a motivação para encerramento das contas não foi falta de movimentação ou de saldo, mas irregularidades cadastrais”.

O BC disse ainda que “a Caixa Econômica Federal está providenciando a regularização de alguns dos procedimentos internos utilizados no encerramento de contas irregulares, bem como ajustes contábeis no seu balanço”.

O Banco Central divulgou em seu site, na tarde deste domingo (12), nota afirmando que operação feita pela Caixa Econômica Federal, que elevou o lucro do banco, não pode ser caracterizada como "confisco". Neste fim de semana, a revista "Istoé" publicou reportagem dando conta que uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU) e relatórios do BC mostram que a Caixa encerrou irregularmente mais de 525 mil contas de poupança e usou o dinheiro para engordar seu lucro de 2012 em R$ 420 milhões.

Porém, de acordo com a nota da autoridade monetária, "a regulação brasileira determina que contas irregulares devem ser encerradas, nos termos da Resolução 2025/1993, do Conselho Monetário Nacional (CMN), e da Circular 3006/2000, do BC". A instituição afirma ainda que "clientes que tiverem suas contas encerradas têm direito ao saldos existentes, após regularização da sua situação, a qualquer tempo".

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"No caso específico da Caixa Econômica Federal, não há qualquer prejuízo para correntistas e poupadores da instituição e, portanto, não há que se falar em 'confisco', termo usado indevidamente pela publicação", acrescentou o BC por meio da nota, em resposta à "Istoé". "Diferentemente do que afirmou a revista, a motivação para encerramento das contas não foi falta de movimentação ou de saldo, mas irregularidades cadastrais", disse o BC.

A instituição informou ainda que a Caixa "está providenciando a regularização de alguns dos procedimentos internos utilizados no encerramento de contas irregulares, bem como ajustes contábeis no seu balanço".

"A medida resultou de auditoria periódica efetuada pela Controladoria Geral da União (CGU) e de trabalhos rotineiros realizados pela área de fiscalização do Banco Central", completou o BC na nota.

Na reportagem, a "Istoé" afirma que, em relatório composto por 87 páginas, os auditores da CGU dão detalhes da operação definida como "sem respaldo legal", que envolveu o encerramento de milhares de contas de cadernetas de poupança sem movimentação por até três anos e com valores entre R$ 100 e R$ 5 mil. Os documentos mostram, conforme a revista, que o saldo dessas contas foi lançado como lucro no balanço anual da Caixa.

Os brasileiros que aplicaram na caderneta de poupança no ano passado perderam dinheiro ou tiveram o mais baixo ganho dos últimos onze anos. Os depósitos feitos depois de maio de 2012, quando entrou em vigor as novas regras de rentabilidade da principal aplicação do País, renderam 5,67%, menos do que o avanço de 5,91% da inflação oficial.

Já para quem ainda tem a "velha poupança", depósitos anteriores a maio de 2012, a rentabilidade real (quando se desconta a inflação) foi a pior dos últimos onze anos. De acordo com cálculos da consultoria Economática, o ganho real foi de apenas 0,43%. Sem descontar a inflação, o ganho nominal foi de 6,37% - o pior para os últimos 47 anos.

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De 2000 para cá, o melhor dos últimos anos para o poupador foi 2006, quando a aplicação rendeu 5,10%, já descontado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2002, porém, houve perda real de 2,9%.

O dinheiro aplicado a partir de 4 maio de 2012 passou a obedecer a nova regra de rentabilidade da poupança. O governo Dilma Rousseff definiu que a aplicação rende menos toda vez que a taxa básica de juros foi igual ou inferior a 8,5% ao ano. Quando alcança esse patamar, a "nova poupança" têm seus rendimentos calculados com base em 70% da Selic mais Taxa Referencial (TR).

Migração. O objetivo ao vincular a remuneração da poupança à Selic foi evitar que a queda da taxa básica de juros tornasse a poupança mais atrativa que outras aplicações de renda fixa e provocasse grande migração de ativos. Assim, na prática, Dilma liberou o Banco Central (BC) para reduzir a taxa básica de juros. Depois de começar o ano no patamar mais baixo, de 7,25% ao ano, a Selic voltou a subir em 2013 e fechou o ano em 10% ao ano.

José Nicolau Pompeo, professor de Economia e Finanças da PUC-SP, afirma que, com a inflação pressionada, o pequeno poupador está fadado a ganhar pouco. "Colocar na poupança é melhor do que deixar o dinheiro debaixo do colchão e perder toda a inflação acumulada do ano", afirma. Para ele, a poupança ainda continua atrativa para a maioria dos investidores - no ano passado bateu recorde de captação de R$ 71 bilhões - porque apenas uma parcela pequena faz cálculos sobre a rentabilidade real dos investimentos.

"Para os investidores que têm pouco dinheiro e querem liquidez imediata, o mercado não oferece outras opções além da poupança", completa Paulo Cesar Batista, professor da Universidade Estadual do Ceará. "O governo acaba tirando vantagens da aplicação: simplicidade, liquidez imediata, isenção do Imposto de Renda", afirmou. Segundo ele, os investidores da caderneta de poupança não recuperam a inflação acumulada ao longo de todo o ano. "Outros fundos e aplicações são muito complexos para o pequeno investidor. O custo da gestão financeira torna impossível que esse tipo de aplicador invista em outras modalidades", explica.

A caderneta de poupança da Caixa registrou captação líquida - diferença entre depósitos e retiradas - de R$ 22,3 bilhões em 2013, o que foi o recorde para a instituição. "A poupança da Caixa registrou, em 2013, a maior captação líquida de sua história", destaca nota à imprensa sobre o resultado divulgada há pouco. A caderneta da Caixa terminou o ano de 2013 com mais de 52 milhões de contas ativas e um saldo acumulado de R$ 208 bilhões.

Somente em dezembro, foram abertas mais de 600 mil contas de poupança na Caixa. Considerando o resultado apenas do último mês de 2013, a captação liquida foi de R$ 3,157 bilhões, 43% superior à registrada no mesmo período de 2012. Para o diretor de Clientes Estratégia de Varejo da Caixa, Édilo Valadares, os números demonstram o grau de confiança que o poupador deposita no banco.

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A caderneta de poupança da Caixa conta com um público de faixas etárias diversificadas. São mais de 1,4 milhão de poupadores com até 15 anos de idade e 5,7 milhões com mais de 65 anos. A maior concentração está na faixa de 25 a 45 anos, responsável por 43% da base de clientes. As mulheres respondem por 51% das contas. A região Sudeste concentra 46% dos clientes da poupança da Caixa.

A Caixa destaca que a classe média também tem poupado mais. Nos últimos três anos, houve um acréscimo de 41% na quantidade de poupadores dos segmentos de média renda na instituição. Houve aumento, ainda, no número de novos poupadores: 54% dos clientes tem conta há no máximo 12 meses.

Geral - Nesta terça-feira, 7, o Banco Central anunciou que, no conjunto de todas as instituições, a caderneta de poupança registrou novo recorde de captação em 2013. Os depósitos feitos durante o ano passado superaram os saques em R$ 71,047 bilhões. Em 2012, recorde anterior, a captação ficou positiva em R$ 49,719 bilhões.

Somente em dezembro, a captação ficou positiva em R$ 11,201 bilhões. Esse é o maior valor para todos os meses da série histórica do Banco Central, que começa em janeiro de 1995. O recorde anterior era de R$ 9,451 bilhões (junho de 2013).

Pernambuco-  Em Pernambuco a Poupança da CAIXA fechou o ano com mais de 2 milhões de contas ativas e com um saldo de R$ 7 bilhões.

O aumento promovido pelo Banco Central na taxa básica de juros (Selic) em 2013 e a expectativa de novas elevações já contribuíram para elevar em quase 50% a remuneração dos depósitos na caderneta de poupança. No início de 2013, as aplicações feitas dentro da regra criada em maio do ano anterior chegaram ao piso de 0,4134% ao mês.

Os investimentos com aniversário no começo de 2014 já apresentam rentabilidade de 0,6155% ao mês, porcentual fixado pelo Banco Central (BC) para 6 de janeiro deste ano. Isso representa uma remuneração 49% maior em apenas 12 meses. No mesmo período, uma aplicação corrigida pela Selic, por exemplo, passou a render 38% mais.

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O aumento no índice de correção da poupança é explicado por dois fatores: o fim da aplicação da regra criada pelo governo Dilma Rousseff para tirar atratividade da caderneta e o aumento da Taxa Referencial (TR).

A forma de cálculo criada em 2012 para a caderneta só se aplica quando a taxa básica de juros for igual ou menor que 8,5% ao ano. Nesse caso, o rendimento passa a ser 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR) para depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012. Desde setembro do ano passado os juros estão acima desse patamar, o que faz com que o rendimento seja igual para todos os depósitos: remuneração fixa de 0,5% ao mês mais TR. Atualmente, a Selic está em 10% ao ano.

A alta dos juros e a expectativa de novos aumentos da Selic também contribuem para que a TR fique mais alta. Essa taxa, calculada com base na taxa média dos CDBs prefixados de 30 dias, era zero no primeiro semestre de 2013 e vem subindo desde então.

A caderneta rendeu 5,85% em 2013, perdendo apenas para o dólar (15,5%) entre as principais aplicações. Também superou a rentabilidade da maioria das outras aplicações em renda fixa, algumas inclusive com rentabilidade negativa em 2013, como os títulos de prazo mais longo do Tesouro Direto.

Captação

A melhora na rentabilidade da poupança, que superou os índices de inflação já divulgados e deve ficar acima também do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segundo expectativa do mercado, é um dos fatores que ajudam a explicar a captação recorde de recursos no ano passado.

Segundo dados do BC, os depósitos feitos durante o ano passado na poupança superaram os saques em R$ 71,0 bilhões. O resultado representa aumento de 43% em relação ao recorde anterior, de 2012, quando a captação ficou positiva em R$ 49,7 bilhões.

Somente em dezembro, a captação ficou positiva em R$ 11,2 bilhões. Esse é o maior valor para todos os meses da série histórica do BC, que começa em janeiro de 1995. O recorde anterior era de junho de 2013 (R$ 9,45 bilhões).

A caderneta de poupança registrou novo recorde de captação em 2013. Os depósitos feitos durante o ano passado superaram os saques em R$ 71,047 bilhões. Em 2012, recorde anterior, a captação ficou positiva em R$ 49,719 bilhões.

Somente em dezembro, a captação ficou positiva em R$ 11,201 bilhões. Esse é o maior valor para todos os meses da série histórica do Banco Central, que começa em janeiro de 1995. O recorde anterior era de R$ 9,451 bilhões (junho de 2013).

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Os depósitos no mês passado somaram R$ 148,5 bilhões, enquanto os saques totalizaram R$ 137,3 bilhões. No ano, foram R$ 1,435 trilhão em depósitos e R$ 1,364 trilhão em saques.

Com o resultado do ano passado, que inclui ainda R$ 30,592 bilhões de rendimentos creditados, o saldo total da poupança chegou a R$ 597,943 bilhões, ante R$ 496,302 bilhões no fim de 2012.

Escaldado do consumo excessivo dos últimos anos que levou à escalada da inadimplência, o brasileiro está mais cauteloso neste fim de ano. Pela primeira vez o principal destino da segunda parcela do 13º salário neste ano será a poupança, revela pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em parceria com o Instituto Ipsos.

A enquete ouviu mil pessoas em 70 cidades entre 19 de novembro e 1º de dezembro, e revela que 32,6% dos entrevistados pretendem poupar esse dinheiro, enquanto 30,4% planejam comprar presentes.

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Desde 2009, quando a pesquisa começou a ser realizada pela associação, é a primeira vez que a caderneta de poupança é o principal destino da segunda parcela do 13º salário. Em anos anteriores, o gasto com presentes liderou o ranking do destino da segunda parcela do 13.º. Em alguns anos, como em 2010 e 2012, o gasto com presentes dividiu o pódio com o pagamento de dívidas.

"Esse resultado nos surpreendeu", diz o economista da associação, Emílio Alfieri. Ele diz que há muitas incertezas em relação à economia em 2014, e isso pode ter afetado a confiança do consumidor e ampliado a cautela. "Se essa intenção se confirmar, a caderneta de poupança poderá bater novo recorde de captação. Em novembro, isso já ocorreu."

Se o resultado da intenção de gasto da segunda parcela do 13.º salário for combinado com a pesquisa do destino da primeira parcela, sobrarão poucos recursos para consumo neste fim de ano, reafirmando as projeções de várias entidades ligadas ao comércio varejista de que este será um Natal moderado.

Na enquete feita na última semana de outubro, também pela ACSP em parceria com o Instituto Ipsos, 24,5% dos entrevistados indicaram que o principal uso da primeira parcela do 13.º salário seria o pagamento de dívidas, seguido pela poupança (20,4%) e pelas compras de presentes (18,4%).

No caso da primeira pesquisa, Alfieri diz que o resultado reflete o movimento de antecipação de renegociação de dívidas, iniciado no primeiro semestre, para que a segunda parcela fosse destinada ao consumo. Mas não foi isso que a pesquisa mostrou em relação ao uso da segunda parcela do 13.º.

Apesar de a cautela do consumidor representar um breque no consumo no melhor período de vendas para o varejo, Alfieri vê um lado bom nesse resultado. Com esse "colchão" de recursos poupados, o cenário para o varejo em 2014 poderá ser mais positivo e com menor risco de calote nas vendas a prazo. "Se o consumidor tiver o equivalente a uma ou duas prestações guardadas, o risco de inadimplência diminui", diz o economista da associação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os depósitos em cadernetas de poupança somaram R$ 120,826 bilhões no mês de novembro, enquanto os saques contabilizaram R$ 114,440 bilhões, deixando saldo de R$ 6,385 bilhões. Com isso, a captação líquida no ano sobe para R$ 59,845 bilhões, ou R$ 10,126 bilhões a mais que em todo o ano passado, e é a maior captação anual já registrada na história das cadernetas de poupança.

Os números foram divulgados, nesta quinta-feira (5), pelo Banco Central, em relatório que mostra estoque total de R$ 583,728 bilhões, dos quais R$ 456,193 bilhões em depósitos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que opera parte dos financiamentos imobiliários, e R$ 127,535 bilhões se referem à poupança rural.

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A captação da poupança está positiva há 21 meses, desde março do ano passado, e poderia até ter sido maior no mês, não fosse o fato de novembro ter tido só 21 dias úteis, enquanto outubro teve 23. A diferença explica em parte por que depósitos e retiradas das cadernetas foram maiores no mês anterior. Os rendimentos do estoque da poupança somaram R$ 3,092 bilhões em novembro.

A caderneta de poupança registrou captação líquida de R$ 6,386 bilhões em novembro, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, 5, pelo Banco Central (BC). O resultado é o mais elevado para o mês da série histórica do BC, iniciada em 1995. Até então, o saldo mais alto para novembro havia sido registrado em 2009, no valor de R$ 4,469 bilhões.

O forte resultado de novembro é o quarto melhor de 2013 até agora - dezembro costuma ser o mês mais robusto. Os maiores saldos foram vistos em junho (R$ 9,451 bilhões), julho (R$ 9,331 bilhões) e setembro (R$ 6,695 bilhões). Até 28 de novembro, o saldo líquido da poupança estava em R$ 2,08 bilhões. Apenas no dia 29 ingressaram na aplicação R$ 4,306 bilhões, ou 67,6% do saldo total do mês, o que equivale a pouco mais de dois terços da soma de novembro. Em novembro, os depósitos somaram R$ 120,826 bilhões, enquanto os saques totalizaram R$ 114,440 bilhões. Em outubro, a captação foi positiva em R$ 4,512 bilhões. Em novembro de 2012, a entrada superou a saída de recursos em R$ 4,086 bilhões.

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A robustez do resultado de novembro pode ser explicada, pelo menos em parte, pelo pagamento da primeira parcela do 13º salário. O prazo final para os depósitos foi exatamente o último dia útil do mês, quando o ingresso de recursos na aplicação foi forte. Agosto e setembro também foram meses considerados relevantes em razão do adiantamento desse pagamento a aposentados e pensionistas. Após um mês um pouco mais fraco em outubro, a caderneta volta a ter fôlego em novembro.

A poupança segue como importante investimento entre os brasileiros. Isso, mesmo com as mudanças nas regras de remuneração da aplicação, que diminuíram o rendimento da caderneta dos depósitos feitos entre maio de 2012 e agosto de 2013. Pela nova forma de remuneração, sempre que a taxa básica de juros, a Selic, for igual ou menor que 8,5% ao ano, o rendimento passa a ser 70% dela mais a Taxa Referencial (TR). Atualmente, a Selic está em 10% ao ano. Quando a taxa básica sobe a partir de 8,75% ao ano, passa a valer a regra antiga de remuneração fixa de 0,5% ao mês mais TR.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, negou nesta quinta-feira, 28, seguimento ao pedido para que três ministros fossem impedidos de participar do julgamento dos planos econômicos. Assim, não há risco de falta de quórum para a análise do caso.

O pedido foi feito pela Associação dos Direitos dos Consumidores Mutuários da Habitação, Poupadores da Caderneta de Poupança, Beneficiários do Sistema de Aposentadoria e Revisão do Sistema Financeiro (Procopar). Foi requisitado o afastamento do caso dos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Luiz Fux. Fux já se declarou suspeito e não julgará o caso. Gilmar Mendes e Dias Toffoli são relatores de dois dos processos.

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No pedido feito ao STF, a associação alegava que a mulher de Gilmar Mendes trabalha no escritório do advogado Sérgio Bermudes, que atua nos processos em julgamento. Toffoli teria, quando foi advogado-geral da União, tratado do assunto. Os ministros Fux, Cármen Lúcia e Luís Roberto Barroso estão afastado do caso. Sem mais dois ministros, não haveria número mínimo de ministros para prosseguir a análise do processo. Barbosa afirmou que decidiu hoje pela manhã negar seguimento ao pedido.

O presidente do STF já encerrou a sessão do julgamento da correção das cadernetas de poupança em função do lançamento dos planos econômicos das décadas de 80 e 90. Com isso, o tema volta a ser abordado apenas em fevereiro de 2014.

A Associação dos Direitos dos Consumidores Mutuários da Habitação, Poupadores da Caderneta de Poupança, Beneficiários do Sistema de Aposentadoria e Revisão do Sistema Financeiro (Procopar) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento dos ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli nos processos sobre a correção das cadernetas de poupança nos lançamentos de planos econômicos nas décadas de 1980 e 1990. A solicitação foi feita ao gabinete do ministro Ricardo Lewandowski, que é relator do processo.

Se apenas um deles já for aceito, não haverá quórum suficiente para a apreciação. O pedido terá de ser avaliado pelo tribunal. Dois ministros já se consideraram impedidos no processo: Luís Roberto Barroso e Luiz Fux. Na quarta-feira o ministro Celso Mello informou que Cármen Lúcia também não participará do julgamento. Assim, se mais um ministro ficar de fora da sessão, não haverá quórum suficiente para julgar o processo.

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Na quarta-feira ficou definido que a votação ficará apenas para fevereiro de 2014, quando os ministros regressam do recesso de final de ano. Ainda assim, a maioria dos ministros decidiu iniciar o julgamento ouvindo argumentos dos dois lados, deixando os votos para serem proferidos no ano que vem. Nesta quinta, 28, o tribunal continua ouvindo as sustentações dos advogados. Depois, o julgamento deve ser suspenso.

O julgamento da ação que trata da correção da caderneta de poupança nas décadas de 1980 e 1990, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), está previsto para começar nesta quarta-feira (27), mas só será concluído em 2014. Essa é a expectativa de ministros do STF. Isso porque estão previstas 29 sustentações orais de advogados, além da do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

A previsão é que essas argumentações tomem conta pelo menos das sessões destas quarta e quinta-feira, 28. Nos dias 4 e 5, o ministro Dias Toffoli, que é relator de dois dos processos, estará ausente para tratamento de saúde. O processo poderia voltar à pauta na semana dos dias 11 e 12. Mas a última sessão antes do recesso do Judiciário é dia 19. Os ministros do Supremo Tribunal já defenderam o adiamento para 2014 em razão de o tema ser muito complexo. Com isso, a análise da matéria seria retomada em fevereiro.

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Nos últimos dias, ministros e técnicos do governo têm se encontrado com membros do STF para tentar evitar uma derrota bilionária na Corte com o julgamento dessa ação. A conta pode chegar a R$ 149 bilhões. Quase todos os ministros do Supremo receberam a visita de representantes da equipe econômica. Nesta segunda-feira, 25, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, o presidente do BC, Alexandre Tombini, e o procurador do BC Isaac Sidney Menezes Ferreira estão reunidos com a ministra Cármen Lúcia. Faltaria apenas o ministro Teori Zavascki receber a visita da administração federal.

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