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Uma explosão de gás na Place Alphonse Laveran incendiou prédios em Paris, próximo ao distrito de Val-de-Grâce, alertou autoridade da região, Édouard Cível. Ele ainda pediu que moradores deste distrito permaneçam afastados para que bombeiros possam intervir e controlar o incêndio.

Segundo o veículo francês BFMTV, a explosão ocorreu por volta das 17 horas (horário local), derrubando nas ruas a fachada do prédio atingido.

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A explosão acontece na véspera da visita de diversos lideres mundiais à França para um summit sobre "Novo Pacto Financeiro Global" nos próximos dois dias.

Entre os convidados, está o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que nesta quarta-feira cumpre agenda na Itália.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) restabeleceu o uso obrigatório de máscaras de proteção contra a Covid-19 no âmbito de todo o Poder Judiciário de Pernambuco a partir de quinta-feira (1º), por meio do Ato Conjunto nº 45. Deverão ser observadas todas as demais medidas de prevenção sanitária, a exemplo do uso do álcool em gel a 70% e distanciamento social.

A medida, da Presidência do TJPE e da Corregedoria Geral da Justiça, considerou os últimos dados da pandemia no Estado de Pernambuco e o elevado número de servidores e magistrados que contraíram Covid-19 nos últimos dias.

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Só para se ter uma ideia, entre outubro e novembro, o número de afastamentos por Covid saltou de 28 para 301. A quantidade de afastamentos em novembro só perde para janeiro e fevereiro.

A quantidade de testes realizados no Judiciário estadual também é uma demonstração do recrudescimento da doença. Entre outubro e novembro, o número de servidores e magistrados que fizeram testes (exclusivamente no TJPE) pulou de quatro para 132. Deste último número, 64% resultaram em exames positivos.

Diante do quadro atual, o texto do ato específica para o retorno do uso obrigatório da máscara o novo aumento de casos, em virtude das novas variantes do coronavírus; a natureza essencial da atividade jurisdicional e o atual estágio da pandemia; e a imperiosa necessidade de assegurar a saúde de todos(as) os(as) magistrados(as), servidores(as), estagiários(as), colaboradores(as) e demais usuários(as) dos serviços judiciários, na atual conjuntura epidemiológica de pandemia.

Atualização - A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, na quarta-feira (23), 989 casos da Covid-19. Já o boletim divulgado pela Secretaria, na sexta-feira (25), contabiliza 1.495 casos da Covid-19. Entre os confirmados hoje, 16 (1%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.479 (99%) são leves.

Agora, Pernambuco totaliza 1.078.773 casos confirmados da doença, sendo 60.151 graves e 1.018.622 leves, que estão distribuídos por todos os 184 municípios pernambucanos, além do arquipélago de Fernando de Noronha.

Reavaliação - O uso obrigatório de que trata o ato será reavaliado a partir do retorno do recesso forense, no início de janeiro/2023 e ter as suas disposições revistas a qualquer tempo, de conformidade com as alterações das condições epidemiológicas.

Da assessoria

Nos próximos meses, a União pretende oferecer terrenos e prédios públicos desocupados para leilões de moradia social. Caberá às prefeituras fazer as licitações e escolher as famílias beneficiadas.  Essa é a premissa do Programa Aproxima, lançado nesta terça-feira (7) pelos Ministérios do Desenvolvimento Regional (MDR) e da Economia. A iniciativa comporá um dos ramos do Programa Casa Verde Amarela. 

Durante o lançamento, foi divulgada uma portaria de chamamento aos municípios e ao Distrito Federal para indicarem terrenos federais a serem usados no programa. Além da habitação social, o programa permitirá que sejam executados, no mesmo terreno ou prédio, projetos comerciais que, segundo o governo federal, pretendem fomentar a área ocupada. 

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Dessa forma, um empreendimento de habitação comercial poderá ter um shopping no térreo, estacionamentos em parte do terreno e estabelecimentos de prestação de serviços. 

Segundo o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Regional, Helder Melillo, o Programa Aproxima pretende, ao mesmo tempo, combater o déficit habitacional, promover o desenvolvimento urbano e aumentar a oferta de moradia no centro das cidades. 

“O [Programa] Aproxima tem o grande mérito de enfrentar alguns desafios centrais da nossa política habitacional e de desenvolvimento urbano. Na medida em que enfrentamos o enorme desafio de disponibilizar esses terrenos, que são bem localizados, que na maioria das vezes estão em áreas centrais de grandes municípios já dotados de infraestrutura urbana, de serviços urbanos e de localização mais próxima do trabalho”, explicou Melillo. 

Também presente ao lançamento do programa, a secretária de Coordenação e Governança do Patrimônio da União (SPU), Fabiana Rodopoulos, disse que a atuação do órgão está sendo ampliada. Além de vender lotes da União desativados ou pouco usados, a SPU pretende exercer uma função social. 

“A SPU é a maior imobiliária do Brasil, com cerca de 700 mil imóveis. Então, por que não olhar para a função social que o órgão tem? Para a provisão social de habitação, principalmente para a população de baixa renda”, declarou. 

Outra vantagem do programa, segundo o secretário-executivo do MDR, é a economia de recursos. Isso porque a União não gastará nada para ceder os imóveis para leilões. “A União vai entrar com contrapartida em imóveis. Não há recursos do Orçamento Geral da União. É um programa que não compete [em termos de verba] com outros programas. E essa é a grande inovação do Programa Aproxima”, destacou Melillo.

A partir desta segunda-feira (6), quem ainda não recebeu a segunda dose da vacina contra a Covid-19 não vai entrar em estabelecimentos públicos de Pernambuco. O comprovante de imunização passa ser cobrado na entrada dos órgãos e entidades administrativas.

Publicado no Diário Oficial do Estado na última terça (30), o decreto 51.864/21 é a proposta do Governo para estimular cerca de 581 mil pernambucanos com doses atrasadas.

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O comprovante de vacinação pode ser expedido pelo aplicativo Conecte SUS, mas também são aceitos outros meios de comprovação como o cartão de vacinação ou a caderneta de vacinas emitidos pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) ou pelas secretarias municipais.

"Se o indivíduo não estiver vacinado, não poderá ingressar no prédio. Ele deve buscar seu município para iniciar ou finalizar seu esquema vacinal", informa a pasta.

Vale lembrar que o uso da máscara de proteção também é necessário.

Na coletiva de imprensa da quinta (2), o secretário de Planejamento, Alexandre Rebêlo, destacou que é importante acelerar a imunização antes da chegada de 2022, quando inicia o período sazonal de outras doenças contagiosas.

"A vacinação salva vidas, a vacinação reduz a gravidade da doença, a vacinação reduz a quantidade de pessoas que precisam de internação em hospital. É fundamental que a agente tenha a maior quantidade de pessoas vacinadas em Pernambuco o mais cedo possível”, comunicou.

"Proibição" e "skate" são duas palavras que comumente andam juntas em regramentos de condomínios brasileiros. Por décadas, o esporte foi em grande parte vetado e até motivo de discórdia entre vizinhos, mas a situação tem mudado. A prática não só conquistou mais reconhecimento, chegando até às olimpíadas, como vem ganhando espaços dentro de empreendimentos e virou um atrativo para moradores - e de diferentes idades.

A dona de casa Alana Rodrigues Sales, de 31 anos, conta, por exemplo, que o filho João Guilherme, de 13, começou a praticar skate há três meses, quando a família se mudou para um edifício com pista. "Eu acho bom porque tirou ele do celular", brinca. O garoto, a mãe conta, ficou acordado até de madrugada para acompanhar o skate nas olimpíadas. Ele pratica a modalidade quase exclusivamente no condomínio, com vizinhos. "Se deixar, fica 24 horas", conta a mãe.

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Há quase 30 anos no mercado de espaços para a prática desta modalidade, o arquiteto e skatista George Rotatori vê diversificação de interessados, incluindo representantes das classes média e alta. "É um despertar. O público está crescendo naturalmente, e isso tem reflexos em todos os lugares, nos condomínios, nos clubes. Estão abrindo escolinhas", explica. "Com as olimpíadas, o mundo volta os olhares para o skate definitivamente, como se as portas de todo o planeta fossem abertas para ele entrar. Como um dia o grafite saiu das ruas e foi para as galerias. É um superpasso. Dos anos 80 para cá, ele viveu muitos movimentos."

Um exemplo é um projeto que Rotatori participou para um novo condomínio entregue no Brás, no centro expandido de São Paulo, no segundo semestre do ano passado. A pista de skate foi desenhada para atender tanto iniciantes quanto praticantes já experientes, com uma diferença de altura que vai de 30 centímetros a 2 metros. Coordenadora de Desenvolvimento da incorporadora Gamaro, a arquiteta Maria Carolina Altheman Pierini explica que a pista foi pensada para atender todas as idades, como costumeiramente ocorre com piscinas. "Colocamos em um espaço afastado das áreas privativas (para reduzir problemas com ruído)", comenta.

Coordenadora da construtora Porte, Nádia Bigliassi avalia que mesmo empreendimentos que detinham área suficiente antes não englobavam o skate. Mas isso tem mudado. Um dos projetos mais recentes da empresa incluiu um espaço para a prática, após a identificação de que ele poderia atrair o público jovem adulto. "O carro-chefe é a academia, a quadra poliesportiva e, agora, o skate."

A situação se repete em outras empresas. Para um condomínio que começará a ser construído no ano que vem na zona sul paulistana, a MAC Incorporadora incluiu uma pista de skate pela primeira vez em pelo menos dez anos, afirma Andrea Possi, diretora de incorporação. Proprietário da empresa de construção de pistas Skate Center, Edson Tuffi Junior conta que a demanda não é somente de novos empreendimentos, mas também de condomínios já existentes. Por vezes, a medida é vista como uma forma de organizar a prática, a fim de evitar conflitos, incidentes e afins. "Com a pandemia, chegou a parar (a demanda), mas voltou a ficar bombado de novembro para cá."

Características

Arquiteto e skatista, Fabio Lander explica que uma espaço para a modalidade pode ter diferentes tamanhos e características, com obstáculos, rampas e bowls (semelhantes a piscinas esvaziadas). A depender do uso, o espaço pode ser tanto móvel quanto fixo, embora as opções de concreto tenham maior durabilidade do que as de madeira.

Ele cita o caso de um condomínio que o procurou para criar um lugar para a prática do esporte. Como a área era estreita (um pouco mais larga do que uma calçada padrão), o arquiteto criou um "percurso skatável", com obstáculos, como corrimãos, bancos e minirrampas. "As possibilidades dependem do que o cliente pode (espaço, investimento, público-alvo)."

Sócio-proprietário da empresa Overall e também skatista, o engenheiro civil Raphael Humberto Silva comenta que hoje há um entendimento maior do mercado de que esse tipo de projeto precisa ser planejado. Ele cita exemplos de obras públicas de pistas recentes que precisaram ser refeitas, porque eram quase impossíveis de usar ou até perigosas. "Tem de pensar no fluxo da pista, quais vão ser as linhas que vão ser executadas, para o pessoal não se trombar", exemplifica.

Popularidade

Professor da Universidade Regional de Blumenau (Furb) e autor do livro Para além do esporte: uma história do skate no Brasil, o historiador Leonardo Brandão percebe que a implementação de espaços em condomínios mostra como a prática está em um novo momento. "Nas propagandas, esses empreendimentos destacam ter pista de skate, acaba virando um cartão de visitas, um atrativo, mostra que o skate atende também aos anseios de uma classe média, da classe média alta..." Ele aponta que o skate ganhou novos públicos também por meio da internet, com o compartilhamento de vídeos em redes sociais e afins. "Eles (os adeptos) filmam manobras, editam, colocam uma música", descreve.

Hoje, Brandão avalia, o esporte está em todas as capitais e em grande parte do interior. "A juventude atualmente está mais atraída pelo skate do que muitos dos outros esportes. Diferentemente de outras práticas tradicionais, ele está mais ligado à ideia de liberdade, que é um conceito-chave para a juventude", aponta. "O skate não tem regras. Você vai tentar fazer o que quiser ou o que acha que consegue." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A capital paulista tem, pela primeira vez, mais residências verticais, ou seja em prédios, do que residências horizontais, mostra estudo divulgado hoje (6) pelo Centro de Estudos da Metrópole (CEM), Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O dado faz parte de um conjunto de notas técnicas intitulado Políticas do Urbano, Desigualdades e Planejamento. Os trabalhos sobre planejamento municipal, mobilidade, participação social e orçamento serão divulgados semanalmente até setembro, quando ocorre o Fórum SP 21. O evento entre os dias 21 e 30 analisará o planejamento urbano de São Paulo.

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A primeira nota técnica explora o tema do estoque residencial formal do município entre 2000 e 2020. Foram utilizadas informações da Secretaria da Fazenda Municipal (SF), as quais servem de base para o lançamento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU). Ficam de fora, portanto, favelas e loteamentos não regularizados. “Tem aí entre 20% e 25% das residências em São Paulo fora desse universo”, explica Eduardo Marques, diretor do CEM.

De acordo com os pesquisadores, a expansão dos prédios se dá com o significativo crescimento dos imóveis verticais de padrão médio, assim como pelo dos imóveis verticais de padrão alto. O texto da nota aponta que “a cidade parece estar acelerando um processo de elitização das tipologias residenciais”.

No ano 2000, São Paulo tinha 1,23 milhão de imóveis residenciais horizontais, ocupando 152 milhões de metros quadrados (m²). No mesmo período, eram 767 mil unidades verticais em 108,7 milhões de m². Dez anos depois, as casas eram 1,37 milhão em 183,7 milhões de m² e os imóveis verticais somavam 1,38 milhões, numa área de 190,4 milhões de m².

“Outras notas mais pra frente que vão explorar essa informação geral que estamos lançando na primeira nota em termos geográficos, em termos espaciais. Vamos poder entender as tendências mais localizadas, porque certamente atrás desse número total estão ocultos processos espaciais que são diferenciados”, apontou Marques à Agência Brasil.

Seis imóveis tiveram que ser interditados depois de serem afetados pelo desabamento de um prédio residencial de quatro andares em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro. Uma criança com cerca de dois anos e o pai dela morreram no acidente. A construção irregular desmoronou na madrugada desta quinta-feira, 3, deixando outras quatro pessoas feridas. O corpo do homem foi o último a ser resgatado dos escombros pelos bombeiros, no início da tarde.

Todas as vítimas moravam no imóvel que desabou. Uma sétima pessoa da família não estava em casa no momento do desmoronamento.

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Três dos feridos foram socorridos ainda de madrugada e levados para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. Uma mulher, de 29 anos, e um homem, de 38 anos, já tiveram alta médica. Uma mulher, de 28 anos, permanece sob cuidados médicos na unidade, com quadro de saúde estável, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. A última resgatada com vida, Kiara Abreu, de 27 anos, retirada dos escombros pela manhã, foi levada para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, onde passou por avaliação e exames. O estado de saúde dela é grave.

A Secretaria Municipal de Assistência Social acolheu 20 pessoas de sete diferentes imóveis, que ficaram desalojadas. Um posto de atendimento foi montado, juntamente com a Defesa Civil e a Secretaria de Saúde, num salão de festas da comunidade, perto do local do acidente.

A Secretaria de Conservação informou que, desde janeiro deste ano, "já foram demolidas mais de 180 construções irregulares e emitidas mais de 150 notificações, que geram processos administrativos visando à demolição", em áreas que englobam a zona oeste do Rio.

"A gente tem que melhorar a questão da fiscalização", disse o governador Cláudio Castro (PL), sobre a situação irregular do prédio.

Além do governador do Rio, o prefeito Eduardo Paes também acompanhou o trabalho de equipes de resgate. A Defesa Civil ainda avalia prédios da vizinhança possivelmente afetados e riscos de novos desabamentos.

"Provavelmente vão ser condenados, vamos ter laudo mais técnico da Defesa Civil Municipal", disse o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

No entorno da construção que desabou, moradores comentaram que a comunidade é repleta de prédios em situação parecida. Empregada doméstica, Maria Elizabete, de 41 anos, diz que se sente "um lixo" por viver nessa situação. Ela está em Rio das Pedras há 20 anos.

"Vamos para onde, se o que dá pra pagar é aqui?", questiona. "O prédio onde moro é todo rachado. Quando chove, tem água pingando toda hora."

Ao sair da área de isolamento dos Bombeiros, o prefeito Eduardo Paes (PSD) reconheceu a situação complexa da região, que há décadas vem passando por construções desse tipo. O foco agora, segundo ele, é fiscalizar os prédios já existentes e evitar que novos sejam erguidos.

"Comigo, milícia não vai mais construir porcaria nenhuma nessa cidade", disse.

O prefeito disse que vai combater a construção de novos edifícios irregulares e que a Prefeitura já tem atuado em demolições, mas que esse tipo de moradia "é uma realidade da cidade".

"Ninguém vai construir mais nada nessa cidade de maneira irregular. Só essa semana foram três operações", afirmou Paes a jornalistas.

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias do desabamento. Os agentes farão a perícia nos escombros.

Moradores relatam ter ouvido "estalos" por volta das 2h e, mais tarde, "muito fogo". O desabamento ocorreu por volta das 3h. Os bombeiros do quartel de Jacarepaguá foram acionados às 3h22 para a ocorrência na esquina da Rua das Uvas com a Avenida Areinha.

Outros quatro quartéis - Alto da Boa Vista, Barra, Magé e São Cristóvão - deram apoio à operação de resgate. Em meio ao desabamento, um incêndio também precisou ser contido no local.

Também atuaram no local do desabamento equipes da Guarda Municipal, Polícia Militar, Light, CET-Rio, Naturgy, Comlurb, Secretaria de Ordem Pública e Secretaria de Infraestrutura.

A região de Rio das Pedras é conhecida como um lugar com forte atuação das milícias cariocas. Os prédios daquela área costumam ser construídos de maneira irregular, como foi o caso dos edifícios que desabaram e deixaram 24 mortos na Muzema, comunidade vizinha, em 2019.

A morte de Célia Cezaria de Barros, de 60 anos, que passava pela calçada do Edifício São Cristóvão, na Rua da Aurora, quando foi atingida de uma pedra que se desprendeu do prédio, para atingir sua cabeça às 8h49 da última segunda (8), chocou a opinião pública do Recife. Para os comerciantes e moradores da via, contudo, o incidente não se deu por obra do acaso. São muitos os relatos de queda de componentes das edificações da área, em alguns casos causando ferimentos e prejuízos materiais a transeuntes e comerciantes.

O ambulante Gilson José da Silva, que trabalha na calçada de um edifício de três andares na altura do cruzamento com a Rua Imperatriz, relata que quase foi atingido por uma pedra que caiu da fachada. “Já faz uns dois anos. Eu estava aqui na frente com um colega e nos afastamos para conversar. Poucos momentos depois, a pedra caiu, se espatifando em cima da minha mercadoria. Se eu tivesse lá, poderia ter morrido”, lembra. Desde então, Gilson dispensa a sombra da fachada. “Fico mais afastado, mas me arrisco aqui porque a prefeitura não me dá outro local para trabalhar”, completa.

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Gilson já teve mercadoria atingida por pedra que se desprendeu de edifício, na Rua Aurora. (Arthur Souza/LeiaJá Imagens)

Em novembro de 2020, um ar-condicionado despencou da parte de trás do Recife Plaza Hotel- cuja entrada se dá pela Rua da Aurora e os fundos ficam na Rua da União- caindo ao lado de um fiteiro. “Eu escutei o estrondo e saí correndo para olhar. A base do motor do equipamento, totalmente enferrujada, cedeu e caiu. Poderia ter acontecido uma tragédia, chegou a derrubar as mercadorias do rapaz”, conta o gerente comercial Roberto Silva, que presenciou a situação. O dono do fiteiro se recusou a dar entrevista para a reportagem do LeiaJá, mas informou que entrou em acordo com o edifício, para reparação dos danos.

O ambulante Edvaldo Holanda, lamenta que os incidentes ocorram na Aurora, que é um dos cartões-postais do Recife. “Deveriam fazer um reparo nesses prédios, colocar fiscalização para cobrar a revitalização dessas fachadas, até porque é a área histórica da cidade. Ficou todo mundo abalado quando soube da morte da mulher [Célia Cezaria de Barros]. A gente trabalha aqui com medo”, completa.

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A moradora do Edifício São Cristóvão Raimunda do Carmo conta que, antes do acidente, já evitava andar pela calçada onde ficam os edifícios da Rua da Aurora. “Sempre venho pelo lado do rio [Capibaribe], porque já tinha medo de algo assim acontecer. E agora mais ainda, não tem quem não fique apavorado com uma coisa dessas”, conclui.

Defesa Civil

Depois da ocorrência, a Secretaria-Executiva de Defesa Civil (Sedec) intimou o condomínio a realizar a instalação imediata de uma tela de proteção, para evitar novos acidentes. O órgão apontou ainda a necessidade de manutenção da fachada e da instalação de “bandejas”, equipamentos de segurança que bloqueiam a passagem de componentes estruturais soltos para o chão. Vale lembrar que, no Recife, a lei 13.032, de 14 de junho de 2006, determina que o proprietário do imóvel e o condomínio são responsáveis por realizar, a cada três anos, a vistoria da edificação.

Por meio de nota, a Prefeitura do Recife informou que, qualquer cidadão, sendo morador de algum imóvel ou transeunte, pode acionar a Defesa Civil do Recife pelo 0800 081 340, com o intuito de verificar possíveis problemas na conservação dos imóveis que gerem riscos. "Os técnicos realizam vistorias nestes locais e elaboram pareceres técnicos, que são encaminhados para a Secretaria Executiva de Controle Urbano (Secon), responsável por exigir que os proprietários executem as medidas recomendadas para restaurar a segurança das edificações", diz o posicionamento.

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Diversas entidades especializadas em defesa dos animais pediram nesta semana para que o Vaticano permita a presença de cachorros e gatos nos prédios do país.

De acordo com um regulamento de 1976 da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (Apsa), é estabelecido que os edifícios do Vaticano não podem receber cães ou gatos.

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A divulgação dessa norma não agradou diversas entidades que lutam pelos direitos dos animais, que já pediram para o papa Francisco analisar e retirar a medida.

Em nota, a presidente da Entidade Nacional de Proteção Animal (Enpa), Carla Rocchi, alertou que a norma "força a separação entre entes queridos, especialmente neste triste momento de pandemia".

"A vossa sensibilidade vai assegurar que acabe com este anacronismo do passado, que temos a certeza de que não reflete o seu sentimento e a profundidade de sua alma. Em nome de São Francisco, permita que cães e gatos sejam permitidos nos prédios do Vaticano", disse Rocchi.

Já Walter Caporale, presidente da Animalisti Italiani, afirmou em um comunicado que a "capacidade de amar não faz distinção".

"Santo Padre, a capacidade de amar não faz distinção. E quem se professa portador do amor universal, não pode discernir entre as criaturas, porque todas são obras de Deus", comentou o ativista.

Da Ansa

Com o avanço da covid-19 no Brasil, o Ministério da Saúde (MS) tomou medidas dpara tentar conter a propagação do novo coronavírus, e uma delas foi o isolamento social. O vírus, no entanto, tem se alastrado e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, teme colapso no Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, alguns empresários se solidarizaram e ofereceram apoio.

O grupo Ser Educacional ofereceu todo o apoio para que o governo utilize os espaços das suas unidades, UNAMA, UNINASSAU, UNINORTE, UNIVERITAS, UNG E UNINABUCO, como um lugar de tratamento para pacientes da covid-19.

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Já receberam visita das prefeituras as unidades da UNINASSAU em Recife, Fortaleza e João Pessoa. Em Belém, as autoridades de saúde do Estado estão avaliando as instalações da UNAMA para transformá-las em hospitais de campanha. O Ser Educacional conta com mais de 50 unidades distribuídas em todas as regiões do Brasil.

A decisão tomada foi em resposta ao aumento de número diário de infectados no país, que tem dobrado a cada 54 horas. A ideia é dar auxílio aos governos estadual e municipal no atendimento a pessoas com a covid-19.

O presidente do Ser Educacional, Jânyo Diniz, explicou que nesse momento difícil para o país e para o mundo, o grupo está buscando formas de contribuir com os governantes na luta contra o vírus e que vários estudos mostram a grande possibilidade de faltar leitos para atendimento aos infectados. “Por isso estamos colocando à disposição as estruturas das nossas unidades que estão espalhadas pelo Brasil, visando aumentar a capacidade de isolamento, atendimentos e apoio aos pacientes”, disse Jânyo.

“É importante lembrar que esta é uma medida que vai beneficiar toda a sociedade, mas que não acarretará atrasos ou interferências no calendário acadêmico dos nossos discentes. No momento correto retornaremos as nossas aulas”, disse Jânyo, explicando que a decisão não afeta os alunos.

Com informações da Ascom UNAMA.

Buscando fazer a sua parte no combate ao novo coronavírus, o grupo Ser Educacional irá disponibilizar os prédios das suas Instituições de Ensino Superior para serem utilizados como ponto de apoio no tratamento de pacientes com a COVID-19. A decisão é válida para diversas unidades da UNINASSAU, UNAMA, UNINORTE, UNIVERITAS, UNG e UNINABUCO espalhadas em todo o território nacional. A medida vem em resposta ao aumento diário no número de infectados no país e a perspectiva de que o sistema de saúde não tenha estrutura suficiente para receber todos.

A ideia é auxiliar os governos estaduais e municipais no combate ao novo coronavírus. “Neste momento difícil para o país e para o mundo, estamos buscando formas de podermos contribuir com os governantes nesta luta contra a COVID-19. Vários estudos mostram a grande possibilidade de faltar leitos para atendimentos aos infectados. Por isso, estamos colocando à disposição as estruturas das nossas unidades, que estão espalhadas por todo o Brasil, visando aumentar a capacidade de isolamento, atendimentos e apoio aos pacientes”, explica o presidente do Ser Educacional, Jânyo Diniz.

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Jânyo também destaca que a decisão não afeta os estudantes das Instituições. “É importante lembrar que esta é uma medida que vai beneficiar toda a sociedade, mas que não acarretará atrasos ou interferência no calendário acadêmico dos nossos discentes. No momento correto, retomaremos às nossas aulas”, complementou. Entre as unidades que já receberam visita das prefeituras estão a UNINASSAU Recife, João Pessoa e Fortaleza, além da UNAMA Belém, onde os governantes estão avaliando as instalações para transformá-las em hospitais de campanha. Atualmente, o Ser Educacional conta com mais de 50 unidades distribuídas em todas as regiões do Brasil.

Da assessoria

A Prefeitura do Rio de Janeiro iniciou, no fim da manhã desta terça-feira (3), a demolição de prédios irregulares na Muzema, comunidade na zona oeste da cidade, onde, em abril do ano passado, dois edifícios desabaram causando a morte de 24 pessoas. As demolições, segundo promessa da Prefeitura, serão feitas apenas em prédios que ainda estão em construção.

A ação estava prevista para iniciar às 9h30, mas moradores fizeram barricadas na entrada do Condomínio Figueiras do Itanhangá, onde fica o conjunto de prédios, para tentar impedir o início das demolições. Após cerca de uma hora de negociações e a promessa de que nenhum imóvel habitado seria destruído, os moradores acabaram permitindo o acesso de funcionários para iniciar a operação.

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Uma decisão judicial, que é contestada pela Defensoria Pública, já autorizou a Prefeitura do Rio a demolir também seis edifícios já ocupados, mas que estão em área de risco na localidade. Um acordo, porém, estabeleceu que novos testes nas edificações serão feitos para tentar evitar a derrubada.

Detrás de tapumes, um guindaste constrói um edifício na Avenida Faria Lima, zona oeste de São Paulo. De uso comercial e três pavimentos, o espaço segue uma tendência internacional que chega aos poucos ao Brasil, a dos prédios de madeira. Para 2021 está prevista a entrega do primeiro no País, o Floresta Urbana, com 13 pavimentos, na Vila Madalena (zona oeste).

Com a confecção de placas mais resistentes, a madeira voltou a ser opção para construções de maior porte. E também pela busca de alternativas de menor impacto ambiental: menos poluente que o cimento e usando material totalmente certificado no Brasil, proveniente de pinus.

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Projetos no exterior já preveem a construção de edifícios de mais de 80 andares. O cenário inclui Austrália, Europa, América do Norte e Japão, com edifícios, prédios universitários, estádios (como o de Tóquio) e até museus de madeira, parte assinada por arquitetos renomados. Tudo isso aliado a mudanças legislativas para incentivo ao material.

Esse tipo de projeto envolve a "madeira engenheirada", que consiste em diferentes técnicas industriais de junção de várias camadas (como a colagem) em uma placa única de madeira, que recebe a adição de químicos de controle de umidade e afins. O resultado é uma chapa pré-fabricada personalizada nas medidas encomendadas para ser "encaixada" na obra, o que acelera a construção.

Em São Paulo, os projetos cabem à Amata, empresa da exploração e comércio de madeira que passou a investir na construção. "Não é incomum que, quando se fala de madeira, se visualize uma cabana, uma choupana, uma coisa meio artesanal, meio rústica. Mas a madeira virou um produto de alta tecnologia", diz Ana Bastos, CEO da Amata. A tendência envolve tanto o uso exclusivo quanto a construção de imóveis híbridos com tijolo, argamassa e outras matérias-primas. "É um material leve, que permite furos, cortes, ajustes na obra", comenta Ana Belizário, gerente de projeto da empresa.

Outro ponto que costuma ser destacado é a experiência sensorial do morador ou frequentador. "Esse espaço tem outro som, outra acústica, outro cheiro, prazeres que a madeira pode trazer", aponta Carol Bueno, uma das sócias do escritório franco-brasileiro Triptyque, que projetou o Floresta Urbana. Embora a experiência seja pioneira no País, o escritório realiza projetos com madeira na Europa há quase dez anos. Carol ressalta que as iniciativas brasileiras deixam a madeira em evidência por uma escolha mais estética, pois ela pode ser revestida com outras matérias-primas e ficar "invisível".

Há espaço ainda em construções mais populares, no caso da Tecverde, que já construiu prédios para o programa Minha Casa Minha Vida com wood frame, técnica de encaixe de painéis aplicada em construções de até quatro andares. "Atende às normas de prédio de alvenaria", afirma o CEO, Caio Bonatto, que diz ter reduzido 85% de resíduos em obras e economizado 90% de recursos hídricos.

Sustentabilidade

A madeira é vista como uma alternativa de menor impacto ambiental para a construção civil por ser renovável e estar em uma cadeia produtiva de absorção de dióxido de carbono (pelas árvores). O poluente, relacionado às mudanças climáticas, tem a indústria do cimento como um de seus maiores emissores. Além disso, o concreto também depende da extração de areia.

Segundo Ligia Ferrari Torella di Romagnano, pesquisadora do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a maior parte da madeira engenheirada no País é proveniente de pinus, árvores que têm um crescimento considerado rápido, com corte por volta dos 20 anos, e apropriadas para receber tratamento com cola e aditivos químicos. "Com o clima, cresce muito mais rápido aqui. O Brasil tem um potencial de produção muito grande."

Para garantir que o material não é de desmatamento ilegal, são emitidas certificações de origem. O cultivo de pinus requer o monitoramento de áreas próximas, pois as sementes da árvore se espalham pelo vento e se desenvolvem facilmente sem a intervenção humana, diz a professora Luciana Duque Silva, do Departamento de Ciências Florestais da Escola Superior da Agricultura da USP.

Ela reitera que, se cultivado corretamente, o pinus não causa erosão. "Só em situações muito particulares." Outro ponto envolvendo a madeira engenheirada e afins é o da segurança. Segundo Ligia, os tratamentos feitos nas fábricas ajudam a prevenir a ação de fungos e insetos, como brocas e cupins, assim como a entrada de água. Da mesma forma, especialistas e empresários garantem que o material é tão seguro quanto o concreto para incêndios.

Técnica pouco estudada

A madeira foi uma das principais matérias-primas da construção civil até a popularização do concreto, há pouco mais de cem anos, como explica Marcelo Aflalo, arquiteto, professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e presidente da associação Núcleo da Madeira - apoiada por empresas do setor. "O concreto foi visto como 'salvador da pátria' no começo do século 20. Mas, com o tempo, mostrou que não é tão durável assim, que tem vida útil, com manutenção cara. Hoje se está descobrindo que ele não é essa maravilha, que se precisa de alternativas."

Aflalo pontua, contudo, que a construção com madeira engenheirada é pouco abordada dentro de universidades e entre empresas do meio, o que dificulta o uso em maior escala. "Por isso, arquitetos têm muito receio, construtores não conhecem, a mão de obra também não. Estamos quase começando do zero", afirma.

"As escolas hoje não ensinam nada disso. Tem meia dúzia de pessoas que realmente domina", continua o especialista. "Temos madeira laminada colada há anos, mas não temos escala grande (no País) que permita construir dez prédios ao mesmo tempo, por exemplo."

Ele comenta que a madeira pode também ser utilizada em obras de ampliação de imóveis antigos, o que é facilitado por ser um material leve. "As placas chegam a ter 16 metros de comprimento e 20 centímetros de espessura, se montam como um castelo de cartas, empilhando. Você constrói nove andares em menos de um mês, com quatro funcionários."

O professor comenta, também, que a construção de um prédio de madeira envolve algumas mudanças no planejamento do setor imobiliário. "Hoje, o setor vai pagando aos poucos, faz o lançamento, vende 70%, se capitaliza e aí começa a construção. No prédio de madeira, tudo precisa acontecer em um prazo muito mais curto. Precisa ter outro modelo de negócio, de financiamento." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os portões dos locais de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já estão abertos. Neste domingo (3), primeiro dia do processo seleivo, exatamente às 12h, conforme o horário de Brasília, os prédios de realização do certame foram liberados para a entrada dos candidatos. Em todo o Brasil, mais de 5 milhões de estudantes se inscreveram na edição 2019 do Enem.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), existem 10.133 locais de aplicação distribuídos em 1.727 municípios. Os portões fecham às 13h e o início do Exame é às 13h30, conforme o horário de Brasília. 

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"A pessoa tem que estar confiante e tranquila, tem que pensar positivo para ler a prova com atenção", afirma Cibele Cristina da Silva, de 21 anos. Essa é a segunda vez que a estudante tenta passar na prova e este ano tentará para Pedagogia. Acordada desde às 5h, jovem veio do bairro de Curado V. Para estar pontualmente no exame "cheguei aqui era umas 9h", disse, em entrevista ao LeiaJá.

Neste primeiro dia do Enem 2019, os candidatos respondem 90 questões de Ciências Humanas, Linguagens, além da redação. Ao todo, a duração do Exame é de cinco horas e 30 minutos.

No dia 10 de novembro, os estudantes vão encarar quesitos de Ciências da Natureza e matemática. Na ocasião, os feras também terão 90 questões.  

Após constatar evolução em rachaduras em cinco blocos de um conjunto residencial no Pinheiro, um dos quatro bairros de Maceió que apresenta fissuras e afundamento desde o ano passado, a Defesa Civil da capital alagoana analisa a possibilidade de demolição dos imóveis. O problema afeta mais de 40 mil pessoas.

"O engenheiro que avaliou as condições dos prédios não descartou a possibilidade de demolição. Mas foi informado que as medidas a serem adotadas serão discutidas pelo órgão municipal e demais órgãos necessários para, então, serem implantadas", informou a gestão municipal, em nota.

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Segundo a prefeitura, uma vistoria realizada pela Defesa Civil na manhã de terça-feira (29) constatou evolução nas rachaduras em cinco blocos do Conjunto Jardim Acácia, que estão isolados desde junho.

"A Defesa Civil de Maceió informa que há avanço nas feições (rachaduras) em alguns pontos dos bairros Pinheiro, Mutange e Bebedouro, uma vez que o solo continua em movimento", complementa a nota.

Presidente do SOS Pinheiro, associação que reúne moradores afetados pelo problema, o administrador de empresas Geraldo Vasconcelos, de 55 anos, diz que o conjunto foi um dos primeiros a apresentar as rachaduras e que os cinco blocos já foram evacuados.

"A ideia de demolição é muito incipiente, é a primeira vez que falam sobre isso. Tem um engenheiro ligado ao movimento que não identifica a necessidade de demolição", disse. "Poderia ser feito um processo de escoramento."

O conjunto, segundo ele, é formado por 24 prédios e tanto quem já deixou o bairro quanto quem continua morando no local está abalado com a situação.

"O fator emocional é sempre muito forte. As pessoas têm suas raízes sociais no bairro e há muita expectativa sobre o que vai acontecer, mas está tudo parado", afirmou Vasconcelos. "Não sabemos como serão as ações."

Rachaduras

Em fevereiro de 2018, após fortes chuvas, rachaduras começaram a aparecer em dezenas de imóveis do bairro do Pinheiro. Em 3 de março, foi registrado abalo sísmico no local. Em maio deste ano, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) divulgou relatório informando que a extração de sal-gema - matéria-prima usada na fabricação de soda cáustica e PVC - feita pela Braskem foi a principal causa para o surgimento de rachaduras não só no Pinheiro, mas em outros dois bairros: Bebedouro e Mutange.

Em nota, de julho de 2019, a Braskem informou que o documento elaborado pelo CPRM apresenta "inconsistências técnicas relevantes e a falta de uma solução definitiva que garanta a segurança aos moradores dos bairros afetados".

Em setembro, também em nota, a empresa disse que "instituições de estudo geológico e especialistas do Brasil e do exterior" apontam "inconsistências de metodologias usadas na elaboração do Relatório Síntese da CPRM".

Já nesta quarta-feira (30), a Braskem informou seguir "empenhada em contribuir com as autoridades na identificação das causas e das soluções e tem cooperado com a adoção das medidas emergenciais necessárias definidas em Termo de Cooperação com os Ministérios Públicos Estadual e Federal, Município de Maceió e CREA-AL (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura)".

A empresa ainda disse reafirmar "seu comprometimento e sua atuação responsável com as pessoas de Alagoas, onde atua há mais de 40 anos".

Auxílio-moradia

Atualmente, segundo a gestão municipal, 2.108 famílias afetadas pelo problema recebem auxílio-moradia. Moradores do Mutange, bairro que apresenta a situação mais grave, devem ser realocados para unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida assim que a transferência for autorizada pelo governo federal.

Em setembro, a prefeitura de Maceió incluiu o bairro do Bom Parto no decreto de calamidade pública declarado após registros de rachaduras e afundamentoS. Segundo moradores, ao menos 300 imóveis apresentavam o problema.

A Justiça do Rio, por meio da 3.ª Vara de Fazenda Pública da Capital, determinou a suspensão liminar de desmatamento, venda de lotes e de construções irregulares em uma área de cerca de 15 mil m² próxima à Muzema, zona oeste da cidade. A decisão do juiz auxiliar Marcelo Martins Evaristo da Silva, publicada na quarta-feira, 18, acatou uma Ação Civil Pública do Ministério Público do Estado contra a prefeitura do Rio e a empresa Ecco Terraplanagens e Demolições Ltda, além de seus donos, Ricardo Gaudie Ley Castro e Rafael de Souza Dalma.

Na ação, a Promotoria afirma que há pelo menos seis anos "o Poder Público municipal comporta-se como observador privilegiado da ilicitude ambiental e urbanística cometida no imóvel, constatando seguidamente o descumprimento de seus atos administrativos (embargos, notificações e autuações), todos completamente inócuos, inúteis e ineficazes para surtir quaisquer efeitos relacionados ao poder/dever dos órgãos competentes pela fiscalização da ocupação do solo na cidade".

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No dia 12 de abril, dois prédios desabaram na Muzema, resultando na morte de 24 pessoas.

A favela é dominada por uma milícia e há suspeita de envolvimento dos milicianos com a construção dos edifícios.

Em julho, pelo menos 14 pessoas foram presas por envolvimento na organização criminosa responsável pela exploração imobiliária ilegal na região da Muzema.

A milícia é acusada de ocupação irregular de terrenos, construção, venda e locação de imóveis clandestinos na região, num negócio que movimentou pelo menos R$ 25 milhões nos últimos cinco anos.

O juiz Marcelo Martins Evaristo da Silva citou na decisão liminar que se apuram indícios da insuficiência e ineficiência da fiscalização municipal, "cujas investidas se revelaram absolutamente inidôneas à contenção do avanço do empreendimento sobre a vegetação protegida".

Ele também aponta que a Delegacia de Proteção do Meio Ambiente lavrou auto de prisão em flagrante de um dos réus em 2018, "supostamente porque ofertava, na ocasião, lote de 120 m2 pelo valor de cento e vinte mil reais cada".

O juiz determinou a suspensão de "qualquer supressão vegetal, movimentação adicional de terra, qualquer lançamento de aterro, qualquer obra e construção nova, ou acréscimo às já existentes, demarcação ou intervenção no terreno", além de "qualquer alienação de lotes ou frações novas e recebimento de valores em razão de alienações já iniciadas, compreendendo os atos de celebração de promessa de compra e venda, compra e venda e cessão de direitos".

A área explorada pela empresa fica junto à zona de amortecimento do Parque Nacional da Tijuca e os réus devem retirar anúncios relacionados à venda de lotes no terreno.

Eles deverão colocar no local um informe de que as vendas foram suspensas por decisão judicial.

Em caso de descumprimento das obrigações impostas, foi arbitrada multa solidária de R$ 50 mil para cada ato de desobediência. No caso da fixação de aviso da suspensão da comercialização de lotes, foi estabelecida multa diária de R$ 5 mil, no caso de não cumprimento.

Defesas

A reportagem buscou contato com a Ecco Terraplanagens e Demolições Ltda, Ricardo Gaudie Ley Castro e Rafael de Souza Dalma. O espaço está aberto para manifestação.

Em nota, a Procuradoria Geral do Município (PGM) do Rio de Janeiro informou que "ainda não foi intimada da decisão. Quando o for, analisará a questão."

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na tarde desta sexta-feira, 5, Renato Siqueira Ribeiro, acusado de ser um dos vendedores de apartamentos nos dois prédios ilegais que desabaram na comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio, em abril passado, causando a morte de 24 pessoas. Contra ele havia um mandado de prisão temporária.

Preso em Nova Friburgo, na Região Serrana, Ribeiro é um dos três investigados pelos 24 homicídios. Todos tiveram a prisão decretada. Rafael Gomes da Costa foi o primeiro a ser preso, em maio. José Bezerra de Lima, conhecido como Zé do Rolo, continua foragido. A favela é dominada por uma milícia e há suspeita de envolvimento dos milicianos com a construção dos edifícios.

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O desabamento dos prédios ocorreu três dias depois de um forte temporal atingir a cidade, castigando, especialmente, a zona oeste. A área onde estavam já tinha sido interditada em fevereiro justamente pelo risco de desabarem.

No fim de junho, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) suspendeu, em caráter liminar, a demolição de seis prédios construídos no local. A demolição estava planejada pela Prefeitura do Rio.

Uma explosão destruiu dois prédios residenciais e deixou ao menos 25 pessoas feridas em Linkoping, cidade ao sul da Suécia, nesta sexta-feira (7), informaram policiais e equipes médicas. A causa do incidente ainda não foi determinada, mas um esquadrão antibombas foi encaminhado ao local e a região foi cercada pela polícia. Autoridades afirmaram que uma investigação criminal foi aberta para apurar o caso.

"Até o momento, pudemos confirmar que há pessoas com ferimentos leves", disse o porta-voz da polícia local, Bjorn Oberg, acrescentando que ainda não há informações sobre suposta ligação com terrorismo.

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A força da explosão quebrou janelas e destruiu varandas dos edifícios no centro de Linkoping, localizada cerca de 175 km ao sudoeste de Estocolmo. Um dos prédios tinha cinco andares e outro, quatro. (Com agências internacionais).

Policiais civis fazem nesta quinta-feira (2) uma operação contra a milícia que atua na Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro. A meta é buscar documentos e computadores para auxiliar no inquérito sobre o desabamento de dois prédios na comunidade, no dia 12 de abril, o que deixou 24 mortos.

Entre os endereços que estão sendo alvo da operação de hoje está a Associação de Moradores da Muzema.

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A ação é coordenada pela Delegacia da Barra da Tijuca (16ª DP), responsável pelo inquérito dos desabamentos, em parceria com a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), responsável pelas investigações contra milícias no Rio.

Os prédios que desabaram eram ilegais, ou seja, não tinham autorização da prefeitura para ser construídos.

As obras chegaram a ser embargadas em novembro do ano passado, mas isso não impediu que seus apartamentos fossem ocupados. A polícia busca os responsáveis pelas construções.

Vários outros prédios ilegais, construídos na região, serão demolidos. Segundo a prefeitura, 16 deles serão demolidos para a construção de um parque.

Os trabalhos de demolição de dois prédios no condomínio Figueiras do Itanhangá, na Muzema, no Rio de Janeiro, foram iniciados nesta quarta-feira (24). As duas construções ficam ao lado dos dois edifícios que desabaram no dia 12 deste mês, deixando 24 mortos e sete feridos.

Duas pessoas permanecem internadas: Paloma Paes Leme, de 44 anos, e o filho dela, Rafael, de 4 anos, estão na Unidade Intermediária Pediátrica do Hospital Miguel Couto, na Gávea, com quadro clínico estável.
 
Segundo a prefeitura, as demolições serão feitas de forma manual pela Secretaria Municipal de Conservação (Seconserva), com auxílio de máquinas para não abalar estruturalmente os prédios das imediações.

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O trabalho deve durar 30 dias e está em avaliação a necessidade de contratar emergencialmente uma empresa para auxiliar na demolição, o que poderia acelerar o processo.

Buscas são encerradas

O Corpo de Bombeiros encontrou o corpo da última vítima nos escombros na madrugada de domingo (21) e deu por encerradas as buscas.

Na segunda-feira (22), a Defesa Civil municipal fez nova vistoria no local da tragédia e emitiu laudo em que condena os prédios localizados nos lotes 93-A e 92, vizinhos ao desabamento. Eles apresentavam graves riscos estruturais.
 
A Defesa Civil vai analisar se os moradores do primeiro prédio a ser demolido, no total de quatro famílias, poderão entrar para retirar pertences, móveis e eletrodomésticos.

Como o acesso ao prédio de oito andares está bloqueado por escombros, a Seconserva fará um acesso por um dos apartamentos do primeiro andar.
 
A Polícia Militar foi acionada para apoiar a ação e a Guarda Municipal estará com 30 agentes no local, para auxiliar no isolamento da área e no controle do trânsito.
 
A Secretaria Municipal de Urbanismo aumentou a fiscalização na região e elabora atos administrativos para dar suporte às ações da prefeitura.

Já foram abertos 33 processos novos de notificação no condomínio, com a identificação individual das construções irregulares.

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