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Um levantamento realizado em novembro pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimou que o país pode ter cerca de 704 mil novos casos da doença por ano, no período que compreende o triênio 2023-2025. Esse é um crescimento de 12,64% na comparação com a previsão anterior, em que, para 2020 a 2022, o instituto antevia 625 mil casos. De acordo com o estudo, as regiões Sul e Sudeste concentram 70% da incidência. O Inca prevê que o câncer seja a 2ª causa de mortes por doença no mundo.

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Nas regiões Norte e Nordeste, o câncer de próstata (Norte: 28,40/100 mil; Nordeste: 73,28/100 mil) é o mais incidente, seguido do câncer de mama feminina (Norte: 24,99/100 mil; Nordeste: 52,20/100 mil) e câncer do colo do útero (Norte: 20,48/100 mil; Nordeste: 17,59/100 mil).

Esse é um crescimento que segue uma tendência mundial, não sendo exclusividade no Brasil, esclarece Amanda Gomes, oncologista do Centro de Tratamento Oncológico (CTO), de Belém. Para a médica, o que determina se alguém vai ou não ter câncer é a forma como o meio ambiente influencia o corpo humano.

“O meio ambiente mudou nos últimos 30 anos. Hoje a gente tem um dia a dia muito maluco. A gente está comendo cada vez mais [alimentos] ultraprocessados, nos exercitado e dormido menos”, explicou. “A gente tem um estilo de vida muito tóxico atualmente e isso facilita o aparecimento de doenças como o câncer. A gente teve aí um aumento de mais de 10%, então para aumentar as chances é rápido, mas pra diminuir o processo é lento.”

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Elisete Moreira foi diagnosticada com câncer de mama em grau 3. A aposentada realizava exames regularmente, por isso ficou surpresa com o diagnóstico. “A sensação que eu tive foi medo. Senti insegurança no começo também”, contou. “Prevenção em primeiro lugar, porque se descobrir no início temos chance de 95% de cura.”

Andreza Moreira, com câncer em estágio 2, disse que também sentiu medo do diagnóstico, mas sempre apostou na eficiência do tratamento. “Eu me submeti a todos os protocolos de tratamento, fiz quimioterapia, radioterapia e hemoterapia”, detalhou. “O câncer, hoje, não é mais uma sentença de morte. Tem vários tratamentos disponíveis e o melhor tratamento é sempre a prevenção, porque quanto mais cedo maiores as chances de cura.”

O câncer hereditário responde por cerca de 5 a 10% dos diagnósticos. De acordo com a oncologista Amanda Gomes, 90% dos casos são esporádicos, ou seja, vão ocorrer mesmo que o indivíduo não tenha predisposição familiar.

“Por isso as pessoas têm que ficar de olho e fazer acompanhamento médico, se ligar no estilo de vida, que é a prevenção primária, a forma como eu vivo”, explicou. “E trabalhar a prevenção secundária, que é ter contato com o seu médico e a partir de uma determinada idade você passar a fazer exames mesmo que não tenha sintomas pra saber se vai desenvolver alguma doença, pra encontrá-la de forma precoce.”

Por Sergio Manoel (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

 

Faltam menos de 20 dias para início do verão e dos dias mais quentes em todo país. Época de redobrar a atenção e o uso do protetor solar. A proteção solar diária é fundamental em qualquer época do ano, mas os dermatologistas reforçam a importância do cuidado, da prevenção do fotoenvelhecimento nos dias com maior incidência de sol.  

Os efeitos da radiação solar são, sobretudo, o envelhecimento precoce, manchas na pele, aumento da flacidez e até mesmo surgimento de câncer de pele. Há vários tipos de filtro solar e é importante uma avaliação e prescrição médica para o uso do produto mais adequado a cada tipo de pele.

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“O protetor solar eficiente tem proteção contra os raios UVA e UVB. Os protetores são produtos capazes de prevenir os males provocados pela exposição solar, como o câncer da pele, o envelhecimento precoce e a queimadura solar. Podem ser encontrados em gel, creme, spray, loção, há específicos para lábios, face e corpo, por exemplo”, explicou o Dr. André Braz, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Esses filtros podem ser físicos ou químicos.  

A exposição à radiação ultravioleta (UV) tem efeito cumulativo e os raios solares penetram profundamente na pele. Ao longo dos anos, essa exposição provoca o surgimento de pintas, sardas, manchas, rugas e outros problemas na pele. Ocorre, por exemplo, o envelhecimento precoce se a pessoa pega muito sol.

“A pele fica fina. As suas radiações UVA e UVB geram também o aparecimento de manchas. O protetor solar tem realmente uma ação direta nisso”, reforçou Braz. Ficar em piscina ou praia ou em atividades de lazer ou esporte – mais expostos ao sol, portanto – requer atenção especial, sobretudo na estação mais quente do ano. O recomendado é evitar a exposição solar entre 10h e 16h e, proteção adicional ao filtro solar, como óculos escuros e vestimentas com fator de proteção, como maiôs, blusas e chapéus.  

Há a recomendação do uso de filtro solar com cor, sobretudo no momento pós-procedimento. Hoje em dia, existe o pigmento responsável por dar cor aos filtros solares, chamado óxido de ferro. Ele promove a proteção contra a luz visível e possui uma aceitação cosmética excelente. Pode ser associado tanto aos filtros orgânicos quanto inorgânicos. Esses filtros além de protegerem, vão garantir ampla proteção contra a radiação ultravioleta. São indicados para a maioria dos pós-procedimentos, exceto nas primeiras 24h após tratamentos que promovam algum dano na pele, como o micro-agulhamento. Nesse caso, é indicado o filtro sem cor pois o pigmento pode penetrar mais profundamente na derme, correndo o risco de manchar.  

“Não espere até sentir na pele”. É com este alerta que a Sociedade Brasileira de Dermatologia lançou a campanha anual do Dezembro Laranja sobre a prevenção ao câncer de pele.

Ao longo de todo mês, estão previstas várias atividades. Entre elas, mutirões gratuitos para identificar casos novos da doença. Os atendimentos serão realizados no próximo sábado (3), das 9h às 15h. Ao todo, serão aproximadamente 100 postos cadastrados e espalhados pelo Brasil. Informações sobre os locais de atendimento presencial podem ser encontradas no site da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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Além dos mutirões, durante todo o mês, a campanha reforça a necessidade de a população buscar atendimento regular de um dermatologista que possa checar de tempos em tempos se a pele apresenta alguma lesão suspeita. 

Renato Marchiori Bakos, coordenador do Departamento de Oncologia Cutânea da Sociedade Brasileira de Dermatologia, relata que, mesmo com diâmetros assimétricos, que vão mudando de tamanho, além de terem cores variando entre claras e escuras, essas lesões, muitas vezes, não são perceptíveis por estarem na sua fase inicial. 

O especialista destaca que essas lesões, que caracterizam o câncer de pele, são fruto do acúmulo de exposição aos raios solares ao longo da vida, especialmente na forma que causa a vermelhidão ou queimaduras solares.

“Está provado que, quanto mais intensidade de sol em fases iniciais da vida, maior o risco no futuro de ter a doença. Não é o sol do verão passado que causa do câncer de pele. É o acumulo de exposições intensas e queimaduras, aquela vermelhidão, descascar a pele, porque essa reação acaba danificando lentamente o DNA das células cutâneas e leva a alguma mutação que adiante vai virar um câncer.”

Para evitar a doença, o especialista dá dicas como uso do protetor solar.

“Evitar as cargas excessivas de radiação ultravioleta escolhendo horários mais adequados para atividades ao ar livre. Evitar, especialmente, o horário das 9h às 15h. Se estiver ao sol no período de intensidade, procure lugares com sombra, uso de camisetas e chapéus. Em áreas descobertas, é importante usar o protetor ou filtro solar, reaplicado a cada 2 horas, com fator de proteção 30 ou mais.”

O câncer de mama é uma doença que atinge mais de 66 mil brasileiras por ano, mas que pode ser prevenida com boa informação. É com o objetivo de informar e conscientizar mulheres que médicos e profissionais de saúde realizam uma ação de educação e saúde neste sábado (29), no Parque Ambiental do Utinga, em Belém, de 8 horas ao meio-dia. A iniciativa é do Centro de Tratamento Oncológico (CTO).

O local já é um ponto de referência para os paraenses que têm um estilo de vida mais saudável, com a prática regular de atividades físicas. Principalmente aos finais de semana, as pessoas aproveitam o contato com a natureza para cuidar da saúde.

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A ação vai destacar, de forma lúdica e divertida, as principais medidas de prevenção contra o câncer de mama. De 9h e 10h haverá aulas de FitDance (comandadas por um professor especialista na modalidade), com a participação das Branquelas paraenses (personagens inspiradas no filme com o mesmo nome), que prometem deixar a atividade física mais divertida e lembrar que a prática de exercícios, a alimentação saudável e a redução no consumo de bebidas alcoólicas são medidas capazes de diminuir em 28% o risco de ter a doença.

Haverá uma tenda onde vão ocorrer diversas atividades:

·         Conversas com médicas e exibição de 5 pequenos vídeos (30” cada vídeo - acessados via QR code) com as mais importantes orientações de especialistas sobre prevenção do câncer de mama.

·         Plataforma para gravação de vídeos 360º (diversão que faz sucesso, atualmente, em diversos tipos de evento).

·         Revitalização facial.

·         Distribuição de lanche, água e picolé.

·         Sorteio de brindes.

·         Sorteio do Combo da Prevenção (consulta com especialista + exame de mamografia) entre mulheres que não têm plano de saúde.

O principal público alvo a ser atingido (participar das aulas de FitDance, ver os vídeos, conversar com as médicas, participar de toda a programação) é formado por mulheres de 40 anos ou mais, pois, de acordo com a recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia, toda mulher nessa faixa etária tem que fazer a mamografia, anualmente, e se consultar com um médico especialista. Esse é o protocolo de rastreamento mais importante: mamografia e consulta anuais. É esse rastreamento, ou seja, essa procura sem sintomas, que assegura o diagnóstico precoce, que significa chances de cura de até 95%.

 Haverá também um apresentador, que vai convidar as mulheres que estão chegando no Parque para nossa programação e um DJ, que vai manter o ambiente animado. 

Diagnóstico tardio

A falta de rastreamento eficaz do câncer de mama tem consequências. Os Estados com piores indicadores são o Acre, com 56% de diagnósticos tardios, seguido pelo Pará e Ceará, ambos com 55% de diagnósticos tardios. “Ou seja, mais da metade das mulheres nesses estados só descobriram o câncer de mama em estágios avançados, que requerem tratamentos mais difíceis e chances de cura reduzidas”, lamenta o mastologista Fábio Botelho, do Centro de Tratamento Oncológico (CTO).

As dificuldades são grandes também para o início do tratamento. Em 2021, 52% das pacientes diagnosticadas começaram a fazer o tratamento contra o câncer de mama já em estágios avançados da doença. No Pará, esse percentual chegou a 65,32% - o 3º mais alto entre os Etados brasileiros.

Levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) aponta que, em todos os países onde foi introduzido o rastreamento mamográfico populacional com cobertura de 70% da população, a queda na mortalidade por câncer de mama foi de aproximadamente de 35%, em um período de 30 anos - entre 1987 e 2017. “É uma queda muito acentuada da mortalidade por câncer de mama, de um terço. São muitas vidas que poderiam ser salvas apenas com a realização de um exame”, lamenta o mastologista Fábio Botelho.

Da assessoria do CTO.

 

Mesmo com persistente taxa de infecção, alto volume de mortes e apresentando desafios que podem sobrecarregar o Sistema Único de Saúde (SUS), um programa abrangente de controle da Covid-19 não aparece nos planos de governo de candidatos à Presidência, alerta um grupo de mais de cem pesquisadores. A vacinação e a preparação para epidemias futuras também não constam entre os tópicos abordados nos documentos.

O estudo é da Rede de Pesquisa Solidária, que reúne cientistas políticos, sociólogos, médicos, psicólogos e antropólogos, de instituições como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Universidade Federal de Alagoas e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Eles analisaram como temas relacionados à saúde pública aparecem nos planos dos postulantes.

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De acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa, o País soma mais de 34,6 milhões de casos confirmados e 685,8 mil mortes pela Covid-19. A média móvel de novas infecções está em 6.809 e de vítimas, 57.

Coordenadora científica da Rede e professora do departamento de Ciência Política da USP, Lorena Guadalupe Barberia avalia que a pandemia no debate eleitoral parece ser uma "questão do passado" e "superada", quando, na verdade, mundialmente, "fatos novos estão sendo esclarecidos".

"Como o Brasil é o segundo país com mais óbitos no mundo - proporcionalmente, se pensamos em óbitos por 100 mil habitantes -, chama atenção que o enfrentamento do desafio não está contemplado de uma forma detalhada nos planos dos candidatos."

De acordo com o estudo, nem Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nem Jair Bolsonaro (PL) apresentam propostas sobre vigilância epidemiológica, atuação do Ministério da Saúde (articulação e níveis de governo) e acesso a tratamentos para reduzir gravidade de casos de covid e evitar morte pela doença. O petista aborda apenas a retomada de exames e consultas represados na pandemia e a assistência a pacientes com covid longa e sequelas, além de vacinação.

Levantamento do Estadão mostrou que a pandemia não retirou apoio a Bolsonaro nas cidades com mais óbitos pela covid. O presidente venceu o primeiro turno da eleição para o Palácio do Planalto em 66 dos cem municípios com maior mortalidade para doença, enquanto Lula foi o mais votado em 33. Ambos empataram em Ribeirão do Sul (SP).

O Estadão procurou as campanhas de Lula e de Bolsonaro, mas não houve resposta até a publicação deste texto.

 De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a incidência de câncer de mama em pacientes jovens é a maior em dois anos. A doença, que comumente afeta mulheres acima dos 50 anos, agora, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), há um aumento de incidência entre pacientes mais jovens, antes dos 35 anos passando de 2% a 5% dos casos. 

 Segundo a médica mastologista, Alessandra Saraiva, o motivo para esse aumento no número de caso entre as mais jovens acontece devido o estilo de vida, estresse e alimentação. “O câncer de mama em pacientes jovens, algumas vezes ele vem mais agressivo até porque algumas vezes vem relacionado com a genética”, afirmou. 

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 Prevenção 

Para prevenir o câncer de mama, é necessário adotar um estilo de vida saudável e realizar a prevenção primária. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que o exame seja feito anualmente em mulheres a partir dos 40 anos, mas também pode ser feito por mulheres de 25 e 30 anos que apresentem fatores de risco. 

“Sugerimos sempre ter o hábito de se consultar e procurar médicos, mesmo antes dos 40 anos, e solicitar os exames de mama. Não necessariamente a mamografia, pode ser a ultrassonografia. Em alguns casos, como pacientes que tenham histórico familiar desse tipo de câncer, podemos acrescentar a ressonância ou até mesmo antecipar a mamografia”, afirmou a especialista. 

 Além disso, é importante ter uma alimentação equilibrada combinada com a prática de exercícios físicos e controle de peso. 

Tratamento 

O tratamento varia para cada caso, já que depende do tipo de tumor, estágio da doença, idade da paciente e outros fatores, mas os biomedicamentos combinados com quimioterapia são os mais indicados.  

Para marcar o Outubro Rosa, mês de prevenção ao câncer de mama, a Secretaria Executiva de Políticas para as Mulheres de Paulista inicia nesta sexta-feira (7), às 8h, ações voltadas para o tema que, apesar de ser uma questão de saúde, o combate à violência contra a mulher também é uma preocupação.

A programação começa com a atividade de panfletagem Basta de Violência, no semáforo ao lado do Terminal Integrado Pelópidas Silveira, na PE-15, no sentido Paulista/Olinda. A campanha do mês prevê também palestras, mamografia, maquiagem, limpeza de pele, e a saída do Bloco Xingou, Bateu… É Penha!.   

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“Nós da Secretaria da Mulher iremos realizar vários eventos voltados para o Outubro Rosa, pois dentro da perspectiva do combate ao câncer de mama, o enfrentamento à violência contra a mulher também está relacionado, pois ela  agrava o risco de não detecção precoce, o que é um fator de risco para o câncer”, declarou a secretária-executiva de Políticas para as Mulheres, Bianca Pinho Alves.   

Confira a Programação do Outubro Rosa da Secretaria Executiva de Políticas para as Mulheres:   

Dia 07/10 - Ação de panfletagem Basta de Violência, no semáforo ao lado do Terminal Integrado Pelópidas Silveira, na PE-15, no sentido Paulista/Olinda;  Horário: 8h 

Dia 11/10 - Palestras sobre o enfrentamento à violência contra a mulher, serviços gratuitos como limpeza de pele, maquiagem, e serviços de saúde, como mamografia, dentre outros. Encontro será na Unidade de Saúde da Família (USF) Paratibe II;   Horário: 9h 

Dia 21/10 - Saída do Bloco Xingou, Bateu… É Penha!, com concentração na Rua Siqueira Campos, Centro do Paulista.

*Da assessoria 

Assim como outras doenças que foram erradicadas e dependem de altas coberturas vacinais para continuar longe dos brasileiros, entre elas a paralisia infantil, a raiva humana é enfermidade causada por vírus e controlada pela imunização, mas que requer vigilância constante para não voltar ao ambiente urbano. Na próxima quarta-feira (28), é celebrado o Dia Mundial de Combate à Raiva Humana e, para marcar a data, pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil destacam os principais pontos para se proteger dessa doença, que quase sempre leva à morte.

Criado em 1973, o Programa Nacional de Profilaxia da Raiva (PNPR) levou a vacinação contra a doença a cães e gatos de todo o país. O trabalho levou cerca de 30 anos para conseguir fazer com que a raiva deixasse de circular entre animais das cidades, reduzindo o número de mortes. Segundo o Ministério da Saúde, a raiva humana registrou 240 casos de 1986 a 1990, enquanto; de 2010 a 2022, foram 45 notificações. 

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Antes de a vacinação ter sucesso, era comum relacionar a raiva a animais domésticos. Cães babando ou com comportamento agressivo fazem parte do imaginário popular como os grandes transmissores da doença. A própria cadela mais famosa da literatura brasileira, Baleia, é sacrificada na obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, por suspeita de raiva. 

Com a vacina isso mudou, explica o presidente da Comissão Nacional de Saúde Pública Veterinária do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Nélio Batista. "O ciclo silvestre da doença, envolvendo morcegos, primatas não humanos, raposas, entre outros animais, passou a ocupar lugar de destaque no cenário epidemiológico, que antes era do cão". 

Apesar disso, somente a vacinação mantém os animais domésticos protegidos da doença. O veterinário explica que em áreas próximas a matas ou rurais, é comum que cachorros tenham contato com cães do mato ou raposas, e que gatos sejam atacados por morcegos. Toda vez que animais silvestres contaminados brigam ou atacam animais domésticos sem a vacina, a doença ganha nova chance de chegar às áreas urbanas.

"Precisamos resgatar o conhecimento, a divulgação e a sensibilização da população e a participação dessa população em continuar vacinando cães e gatos. Porque, se há o vírus silvestre, há o risco de contaminar cães e gatos e reintroduzir a raiva urbana no Brasil, o que seria um desastre para todos nós", afirma. "São cenários a que temos que estar atentos, porque foi uma conquista árdua, mas, para voltarmos à estaca zero, é apenas questão de 12 meses, 24 meses, para recrudescer um problema já vencido".

O veterinário destaca que o equilíbrio ambiental é essencial para que a raiva e outras doenças transmitidas por animais silvestres permaneçam sob controle, já que três em cada quatro doenças emergentes no mundo atualmente passam de animais para humanos. 

"Quando se degrada uma área ambiental, uma cadeia animal é afetada, e quando ela é afetada, uma determinada população diminui e outra população animal prospera intensamente. Tudo faz parte de um ciclo", explica. "É nesse momento que os patógenos que estão latentes no ambiente silvestre tomam força, passam a infectar outras espécies e a causar doenças novas e doenças que estavam contidas apenas nesse ambiente".

Transmissão e sintomas

O Ministério da Saúde explica que a raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo passar também por meio de arranhões ou lambidas desses animais em mucosas ou feridas. 

O período de incubação varia entre as espécies, mas nos seres humanos a média é de 45 dias após a contaminação, podendo ser mais curto em crianças. Alguns fatores reduzem a incubação, como a a carga viral inoculada e a facilidade de o vírus chegar ao cérebro a partir do local do ferimento.

Após a incubação, o paciente passa por um período de dois a dez dias com mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura, anorexia, dor de cabeça, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia.

Depois disso, a doença passa para um quadro mais grave, causando ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes, febre, delírios, espasmos musculares generalizados e convulsões. Esses espasmos evoluem para um quadro de paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e prisão de ventre grave. Esse agravamento pode durar até sete dias, e o quadro terminal é antecedido por um período de alucinações, até que o paciente entre em coma e morra .

Doença letal

Ainda que seja uma velha conhecida da ciência, a raiva raramente tem cura, e mesmo os tratamentos mais atuais dificilmente têm sucesso. Quando a profilaxia antirrábica não ocorre em tempo oportuno e a doença se instala, o protocolo de tratamento da raiva humana inclui a indução de coma profundo, o uso de antivirais e outros medicamentos específicos, mas a letalidade permanece de quase 100%. Em toda a série histórica da doença no país, somente duas pessoas sobreviveram.

"A raiva ainda é a doença mais temida do planeta, pelo seu desenlace quase sempre fatal. Os casos de cura são raros", alerta Nélio Batista. 

De janeiro até o início de agosto de 2022, foram confirmados cinco casos de raiva humana no Brasil, e todos terminaram em morte. Quatro deles foram em uma aldeia indígena no município de Bertópolis-MG (sendo dois adolescentes de 12 anos e duas crianças de 4 e 5 anos), e um no Distrito Federal-DF (adolescente entre 15 e 19 anos). Os casos em Minas Gerais foram transmitidos por morcego, e o caso do DF, por um gato.

O veterinário alerta que, além de vacinar os animais, é importante observar comportamentos estranhos que podem ser fruto de doenças neurológicas em animais domésticos. 

"Os sinais da raiva não mudaram. O animal muda de comportamento, e o dono sabe melhor do que ninguém o comportamento do seu animal. Ele procura locais escuros, tem latido diferente do normal, dilatação pupilar muito clara e uma tendência a atacar objetos, pessoas e, inclusive, seu próprio dono", explica Nélio Batista, que recomenda que os donos desses animais devem buscar centros de controle de zoonoses.

No caso de animais silvestres, fica mais difícil perceber esses sinais, mas o veterinário alerta que mordidas ou arranhadas de morcegos, micos, saguis, cães do mato e raposas do mato sempre devem ser tratados com seriedade. "Se for atacado por um animal silvestre, é soro e vacina imediatamente", diz o pesquisador, que acrescenta que morcegos voando durante o dia ou caídos no chão têm grande probabilidade de estar contaminados.

Vacina eficaz

Se, por um lado, a raiva é praticamente incurável quando se instala no organismo, por outro, o protocolo pós-exposição é eficaz, gratuito e seguro. O epidemiologista José Geraldo, professor emérito da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, explica que a vacina antirrábica contém o vírus morto e é capaz de salvar a vida de uma pessoa contaminada se ela buscar uma unidade de saúde nos primeiros dias depois do ferimento.

"A vacina da raiva no passado apresentava eventos adversos que não existem mais com esse produto nova. A gente lamenta muito quando ocorre algum caso de raiva humana, porque se você for atendido em um prazo adequado, a doença é plenamente prevenível".

Em 2018, um surto deixou dez mortos na cidade de Melgaço, no Pará, sendo nove menores de idade que não foram submetidos à profilaxia antirrábica. O epidemiologista explica que, após uma mordida ou arranhadura, deve-se lavar imediatamente o ferimento com água corrente e abundante, retirando quaisquer resíduos que possam ter sido deixados pelo animal.

"Imediatamente, deve-se procurar a unidade de saúde, porque, dependendo do local da agressão e do tipo de animal que fez a agressão, existe um protocolo diferente", afirma o médico. "Quanto mais rápido a vacina e o soro forem feitos, mais eficazes serão".

A gravidade da contaminação por raiva responde a alguns fatores, como o risco de contaminação do animal, que é maior em morcegos, animais silvestres e outros com sintomas; ferimentos no rosto, pescoço, mãos e pés, onde há mais conexões nervosas; profundidade da dilaceração e quantidade de mordidas e arranhões. Quanto mais agravantes, maior é a chance de o protocolo incluir também o soro antirrábico, que já contém anticorpos prontos para a defesa do organismo no curto prazo, enquanto a vacina estimulará o sistema imunológico nos dias seguintes. 

A procura por uma unidade de saúde é importante para que o médico avalie o ferimento e decida que ações adotar, segundo Nota Técnica do Ministério da Saúde. No caso de cães e gatos que não têm sintomas e podem ser observados pelos próximos dez dias, o protocolo prevê o acompanhamento do animal e a adoção da vacina somente se ele apresentar sintomas, morrer ou desaparecer. 

Em alguns casos, o risco de exposição faz com que a vacina seja usada antes mesmo de qualquer ferimento ocorrer. É a chamada profilaxia pré-exposição, prevista no Brasil para profissionais como médicos veterinários, biólogos, profissionais de laboratório de virologia e anatomopatologia para raiva, estudantes de veterinária, zootecnia, biologia, agronomia, agrotécnica e áreas afins.

"Para esses profissionais de mais risco, o ideal é vacinar durante a formação, porque os veterinários já lidam com os animais durante o curso. O ideal é que seja feita a vacinação durante a faculdade", diz o epidemiologista.

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo definiu nessa quarta-feira (24) medidas sanitárias para prevenção e controle da varíola dos macacos em estabelecimentos de prestação de serviços, como restaurantes, supermercados, salões de beleza, academias, hotéis e motéis. O protocolo traz ainda orientações sobre identificação, isolamento e rastreamento de contatos.

A recomendação é que as medidas já adotadas durante a pandemia de covid-19, como uso de máscara, higienização frequente de superfícies, disponibilização de recipientes com álcool em gel 70% ou de pias com água e sabão para lavagem das mãos, sejam reforçadas.

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O comitê técnico operacional para o enfrentamento da doença também está dialogando com a Secretaria Municipal da Educação e com o governo do estado para determinar os protocolos sanitários a serem seguidos pelas escolas.

“Estamos trabalhando no detalhamento das diretrizes, mas a orientação é que pais ou responsáveis não encaminhem seus filhos à escola caso a criança apresente qualquer suspeita de sinal ou sintoma de varíola dos macacos, como lesões na pele associadas ou não a febre, ínguas, cansaço e dores de cabeça, musculares e nas costas e procurem imediatamente a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de casa para avaliação”, alertou a médica da Vigilância Epidemiológica da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), Melissa Palmieri.

Segundo o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, as equipes técnicas da prefeitura avaliam e monitoram atentamente o cenário epidemiológico da varíola dos macacos na cidade elaborando estratégias assertivas e eficazes de controle da doença, assim como foi feito com a covid-19.

“A rede municipal está com toda a operação de atendimento, diagnóstico e monitoramento em pleno funcionamento para o enfrentamento da monkeypox [varíola dos macacos]”.

De acordo com a Secretaria de Saúde, com o registro dos primeiros casos no mundo em maio, a Covisa deflagrou alertas para a rede municipal, com orientações para busca ativa e monitoramento de casos suspeitos nos serviços de saúde. Posteriormente, foram adotadas outras medidas para conter a disseminação do vírus, como elaboração de fluxograma de atendimento, protocolo de assistência laboratorial e capacitações.

O primeiro caso da doença na cidade de São Paulo foi registrado no dia 9 de junho. Até ontem, o total de pacientes confirmados era de 1.912, de acordo com o Boletim Monkeypox da Secretaria de Saúde do município. O atendimento para os casos suspeitos de infecção é realizado em toda a rede municipal de saúde, como UBSs, pronto-socorro e prontos atendimentos da capital.

A cantora Simony revelou nesta semana que foi diagnosticada com um câncer no intestino após realizar uma colonoscopia. Segundo médicos, o exame que analisa o intestino grosso deve ser feito a partir dos 45 anos, mesmo quando não houver sintomas. Apesar da recomendação, é comum que a colonoscopia acabe sendo esquecida em boa parte dos casos.

"Antigamente a recomendação era de que se começasse a partir de 50 anos", explica o cirurgião geral e oncológico Arnaldo Urbano Ruiz, coordenador do Centro de Doenças Peritoneais da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

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"Mas, por causa dos hábitos de vida e do risco de desenvolver câncer colorretal (câncer de intestino) mais precocemente, recentemente essa idade de 50 anos baixou para 45", completa Ruiz. A Sociedade Americana de Câncer passou a recomendar o rastreamento de câncer colorretal a partir dos 45 anos, após identificar aumento de casos entre pessoas mais jovens.

Após a primeira colonoscopia, se os resultados estiverem normais, o exame deve ser repetido em 3 ou 5 anos, a depender da avaliação, diz Ruiz. Pessoas mais jovens com histórico de câncer colorretal na família devem procurar um médico para que ele avalie a necessidade e frequência do rastreio. Em caso de sintomas, como alteração nas fezes e sangramentos, a recomendação também é buscar ajuda médica.

O exame ajuda a detectar o câncer do intestino (também chamado colorretal) precocemente e a prevenir a doença por meio da retirada de pólipos. Na colonoscopia, um cateter com uma microcâmera é inserido no ânus para analisar as paredes internas do intestino. Tecidos suspeitos, como pólipos, podem ser retirados para uma biópsia posterior.

Esse tipo de tumor é um dos mais comuns na população brasileira - fica atrás apenas do câncer de pele não melanoma e dos tumores de mama e próstata. No Brasil, 40 mil novos casos de câncer colorretal são diagnosticados por ano, entre homens e mulheres, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). O câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus.

ATENÇÃO

Apesar de o câncer colorretal ser muito comum, o exame para rastreio é bem menos difundido do que outros. "A gente se depara com muitas pessoas que nunca fizeram com 60, 65 anos", diz Ruiz. Ele conta que é frequente ver mulheres que fazem mamografia anualmente, mas nunca fizeram a colonoscopia. O exame pode ser solicitado por qualquer médico que acompanha o paciente, como clínicos, cardiologistas e ginecologistas.

No caso de Simony, a colonoscopia foi indicada depois que a cantora percebeu um gânglio na região da virilha. "Costumo dizer que esse gânglio me salvou", disse ela.

Simony aproveitou para ressaltar a importância da colonoscopia após os 45 anos. Ruiz lembra que o exame tem riscos, como perfuração intestinal, mas são raros - os benefícios superam eventuais riscos.

Especialistas lembram que mudanças de hábitos também ajudam a prevenir a doença. O câncer de intestino está ligado a um estilo de vida sedentário, à obesidade, tabagismo e ingestão de álcool e embutidos, como presunto e salsicha. Fazer atividades físicas, emagrecer e melhorar a alimentação ajudam. "As pessoas acham que ter vida saudável é um passaporte para nunca ter câncer, mas o câncer é multifatorial", alerta Ruiz.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Secretaria da Mulher de Pernambuco (SecMulher-PE) lançou, nesta sexta-feira (1), o projeto Jornada dos Núcleos de Estudos de Gênero e Enfrentamento da Violência Contra a Mulher (NEGs). A iniciativa, de acordo com a pasta, visa a prevenção da violência de gênero, assim como, busca a melhoria da qualidade de vida da comunidade escolar.

O projeto Jornada vai percorrer as escolas nos municípios de Araripina, Petrolina, Salgueiro, Floresta, Afogados da Ingazeira, Arcoverde, Garanhuns, Caruaru, Palmares, Limoeiro, Nazaré da Mata e Recife ofertando cursos, formação e integração com a rede de enfrentamento da violência contra a mulher em Pernambuco.

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“Nossa meta é fechar o ciclo produção de conhecimento no ensino de base de não a qualquer forma de violência contra as mulheres, preconceito e diferenças entre as pessoas provocando as mudanças através da educação”, explica Juliane Oliveira, gerente de Formação em Gênero da SecMulherPE, por meio da assessoria.

A iniciativa conta com a parceria das Secretarias de Educação e Esportes (SEE), Planejamento e Gestão, Ministério Público de Pernambuco, Promotoria Pública de Pernambuco, Defensoria Pública de Pernambuco, Tribunal de Justiça de Pernambuco, Instituições de Ensino Superior, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), gestoras de ações para mulheres e estudantes da rede estadual de Pernambuco.

A Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo (SBU-SP) promove, durante todo este mês, a campanha Maio Vermelho para alerta e prevenção do câncer de bexiga. A iniciativa, feita nas redes sociais, visa orientar e conscientizar a população para que, caso os sintomas apareçam, a pessoa procure atendimento médico o quanto antes.

O mês foi escolhido por ser o mesmo período em que ocorre a mobilização contra o tabaco, já que o tabagismo está relacionado diretamente ao aparecimento da doença.

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De acordo com o urologista e membro da SBU-SP Fabrizio Messetti, a doença é agressiva e acomete tanto mulheres quanto homens, mas com incidência quatro vezes maior entre os homens.

O principal sintoma é o sangramento visível na urina. "Geralmente, é um sangramento que não dói, que não tem nenhum fator de causa e é um sangue vivo. Não que esse sangue seja exclusivamente o câncer de bexiga, mas pode se tratar de um", explicou.

Para obter o diagnóstico, a pessoa faz um exame de imagem, preferencialmente a tomografia abdominal com contraste, por meio do qual é possível identificar a maior parte dos tumores de bexiga. "Para evoluir um pouco no diagnóstico, fazemos a cistoscopia, que é uma câmera inserida no canal da uretra para olhar dentro da bexiga e identificar a lesão. Também fazemos biópsia", explicou o médico.

Tumor

Para ele, a chance de cura depende do estágio em que se descobre o tumor. Se ele for não invasivo, que não tenha atingido o músculo do órgão, as chances são bem mais altas, porque se tratado corretamente esse tipo de tumor não tende a evoluir. "O único problema é que esses tumores podem voltar, então temos que fazer o acompanhamento com exame de imagem e tomografia e cistoscopia", afirmou.

No caso dos tumores invasivos, a opção é fazer uma cirurgia radical, com a retirada de todo o órgão. "Nessa situação, a cura é por volta de 70% dos pacientes", disse Messetti. Em alguns casos, consegue-se, com um aparelho endoscópico, ressecar o tumor e, posteriormente, o indicado é fazer o tratamento com quimioterapia e radioterapia.

Ele destacou que o principal fator de risco para o aparecimento do câncer de bexiga é o tabagismo, sendo que 70% dos tumores ocorrem em pessoas que fumam. O paciente que fuma tem de três a cinco vezes mais chances de desenvolver a doença.

"Lógico que isso depende também da quantidade de cigarros que ele consome. Então, quando falamos de câncer de bexiga é importante também aderirmos às campanhas contra o tabagismo, estimulando a população a parar de fumar", declarou.

Cigarro

Massetti explicou que o cigarro tem vários componentes que induzem ao câncer. Depois que o indivíduo fuma e os carcinógenos caem na corrente sanguínea, eles passam pelo rim e são depositados na bexiga. "A parte interna da bexiga fica em contato íntimo com esses agentes cancerígenos por mais tempo, porque ficam armazenados até a pessoa urinar", acentuou.

Sabe-se, ainda, que esse o câncer de bexiga atinge principalmente pessoas na terceira idade, com aumento da incidência depois dos 50 anos, mas os mais acometidos são aqueles entre 65 e 70 anos, porque esses, provavelmente, ficaram por muito tempo em contato com esses cancerígenos que um dia evoluem para o câncer.

"Naqueles que não fumam pode haver uma parte genética que pode influenciar ou pode haver um problema de contaminação profissional em pessoas que trabalham em fábricas de componentes químicos, como tintas e petróleo. A recomendação é a de manter hábitos saudáveis e ter alimentação adequada", finalizou.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) promoverá uma campanha nacional para alertar sobre a importância do controle das infecções hospitalares. A campanha Cirurgias seguras: prevenção de infecções de sítio cirúrgico acontece por ocasião do Dia Nacional de Prevenção das Infecções Hospitalares, celebrado todos os anos no dia 15 de maio.

Com a redução de casos de Covid-19 e, consequentemente, das internações no país, as cirurgias eletivas voltaram a ser realizadas, com uma demanda represada desses procedimentos. Nesse cenário, a Anvisa considera ainda mais importante conscientizar os gestores e os profissionais da saúde, bem como a população, sobre a necessidade de implementar ações de prevenção e controle das infecções cirúrgicas.

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Durante os próximos dias, os serviços de saúde são estimulados pela Anvisa a desenvolver campanhas de comunicação social e ações educativas. O objetivo é aumentar a consciência da população sobre o problema representado pelas infecções hospitalares e a necessidade de seu controle.

Na próxima segunda-feira (16), a agência promoverá um seminário virtual sobre o tema, às 10h, com o Dr. Luiz Carlos Von Bahten, do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, e com a Dra. Viviane Maria de Carvalho Hessel Dias, presidente da Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar. Os interessados deverão acessar, no dia e hora marcados, o link.

No Brasil, desde 1999, a Anvisa é o órgão responsável pelas ações nacionais de prevenção e controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (Iras), exercendo a atribuição de coordenar e apoiar tecnicamente as Coordenações Distrital, Estaduais e Municipais de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde.

Em 2021, a agência lançou um Programa Nacional de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde para o período de 2021 a 2025. A finalidade é reduzir em todo o país a incidência de infecções hospitalares, implementando práticas de prevenção e controle de infecções baseadas em evidências.

De acordo com a Anvisa, pesquisas mostram que quando os serviços de saúde e suas equipes conhecem a magnitude do problema das infecções e passam a aderir aos programas para prevenção e controle dessas infecções, pode ocorrer uma redução de mais de 70% de algumas infecções como, por exemplo, as infecções da corrente sanguínea.

Prevenção

Dentre as medidas importantes para garantir uma cirurgia segura, estão:

- Higiene adequada das mãos pelos profissionais de saúde, seguindo a técnica correta, seja na antissepsia ou preparo pré-operatório das mãos com água, seja na antissepsia cirúrgica das mãos com produto à base de álcool;

- Utilização de antissépticos que contenham álcool, associados a clorexedina ou iodo, no preparo da pele do paciente antes da cirurgia;

- Orientação a pacientes e familiares sobre as principais medidas de prevenção de infecção do sítio cirúrgico, como a higiene das mãos e cuidados com curativos e drenos;

- Manutenção da normotermia (temperatura considerada normal do corpo humano) em todo o perioperatório, ou seja, em todo o tempo relacionado ao ato cirúrgico.

Hoje (25) é comemorado o Dia Mundial da Luta Contra a Malária. A malária é uma doença infecciosa febril aguda causada por um protozoário. As espécies que podem causar essa doença nos seres humanos são: Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax, Plasmodium malariae, Plasmodium ovale e Plasmodium knowlesi. No Brasil, somente três dessas espécies se transmitem em humanos, que são Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax e Plasmodium malariae.  

A malária apresenta um período de preparação de sete a 14 dias, porém isso varia conforme o agente causador, podendo chegar a meses. Os sintomas são calafrios, sudorese e febre, que pode atingir acima de 40 ºC. Também podem ocorrer dores de cabeça, dores musculares, náusea e vômitos. Dentro dos grupos mais sujeitos à doença, destacam-se as gestantes e crianças. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, no Brasil, a maioria dos casos se concentra na região amazônica. Em 2019, houve uma redução de 10,5% nos casos.  

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A equipe do LeiaJá entrevistou a biomédica e também aluna de doutorado do Núcleo de Pesquisa em Doenças Negligenciadas (NPDN), Ana Carolina Mengarda. “A maior concentração de pacientes infectados são nessas regiões não só pela caracterização do ambiente, mas também por um grande número de indivíduos residirem em ambientes onde ocorrem alta proliferação de mosquitos”, explica a biomédica sobre os dados do Ministério da Saúde.  

As formas de prevenção da malária são medidas coletivas que incluem drenagem de coleções de água, aterro, modificação do fluxo da água e controle da vegetação aquática “A forma mais eficaz de prevenção é evitar contato com o vetor (inseto) que transmite a doença. No caso, mosquitos fêmeas do gênero Anopheles infectadas com o parasito causador da doença, protozoários do gênero Plasmodium”, aponta Ana Carolina. “Programas coletivos de quimioprofilaxia também são realizados como forma de prevenção, que seria basicamente o uso de medicamentos em regiões endêmicas para malária.”, complementa. 

TRATAMENTO

Para o tratamento da malária, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda combinações terapêuticas à base de artemisinina para infecções causadas pela espécie Plasmodium falciparum. Para infecções causadas por Plasmodium vivax, o tratamento recomendado é o uso de cloroquina em áreas onde o medicamento ainda não é resistente. “Em áreas resistentes à cloroquina, faz-se o uso de artemisinina. Para quadros graves de malária o tratamento inicial consiste na administração de artesunato injetável via intramuscular e intravenosa, seguido de tratamento à base de artemisinina assim que o paciente estiver apto a tomar medicamentos via oral.”, esclarece a biomédica. 

Por Camily Maciel

Prevenção e diagnóstico precoce salvam vidas. O movimento Março Azul Marinho foi criado para alertar e conscientizar a população sobre a prevenção do câncer colorretal (ou câncer de intestino). Excetuando o câncer de pele não melanoma, o colorretal é o segundo tipo de tumor mais frequente entre homens e mulheres no Brasil, atrás apenas dos de mama e próstata.

 Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são 41 mil novos casos previstos para 2022. Na região Norte do País, o Pará é o que apresenta maior incidência de câncer colorretal, com 560 novos casos previstos para este ano, número bem superior aos demais estados: Acre, 50 novos casos; Amapá, 20; Amazonas, 210; Rondônia, 130; Roraima, 30; Tocantins, 170.

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 Em todo o mundo, a incidência da doença vem crescendo entre os adultos jovens, mas a incidência é mais comum entre homens e mulheres com mais de 45 anos ou em pessoas que tenham casos na família.

A despeito da possibilidade de prevenção, 85% dos casos de câncer colorretal são diagnosticados em fase avançada, quando a chance de cura é menor. "Com a pandemia da covid-19, quando muitas pessoas deixaram de fazer exames preventivos e interromperam processos de diagnóstico, esse índice tende a aumentar e a demora na descoberta pode agravar a doença e dificultar o tratamento e a cura", alerta a oncologista Paula Sampaio.

A incidência de câncer colorretal está ligada ao estilo de vida, especialmente aos hábitos alimentares. Ter mais de 50 anos, ser sedentário, obeso e se alimentar mal são características comuns de quem está no grupo de risco para desenvolver câncer colorretal. Entre os hábitos que podem influenciar no surgimento da doença estão dieta rica em carne vermelha e alimentos processados, tabagismo e consumo excessivo de álcool.

Histórico de diabetes tipo 2 e doenças inflamatórias intestinais (colite ulcerativa e doença de Crohn) são fatores que podem aumentar o risco de aparecimento do câncer de cólon e reto também.

 Apesar da alta incidência, o câncer colorretal pode ser evitado. Isso porque a doença tem início a partir de pólipos - uma lesão pequena e não maligna nas paredes do intestino. (após os 50 anos de idade, a chance de ter pólipos gira entre 18 e 36%).

Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores é a detecção e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos. Eles podem ser detectados precocemente através de exames como a pesquisa de sangue oculto nas fezes, endoscopia e colonoscopia, capazes de identificar as lesões com potencial de malignidade e removê-las, evitando um futuro câncer.

Para diminuir as chances de ter câncer colorretal é recomendado adotar uma alimentação rica em frutas e hortaliças; evitar o consumo de alimentos processados e de bebidas alcoólicas, refrigerantes e outras bebidas açucaradas. Excesso de carne vermelha e alimentos calóricos e/ou gordurosos também aumentam o risco para a doença, assim como sedentarismo, obesidade e tabagismo.

Por Dina Santos, especialmente para o LeiaJá.

 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), devido ao caráter epidêmico e pelos índices crescentes de mortalidade, o câncer é o principal problema de saúde pública do mundo. A mais recente estimativa mundial, do ano de 2018, aponta que ocorreram no mundo 18 milhões de casos novos de câncer e 9,6 milhões de óbitos.

Segundo o Inca, no período de 2020 a 2022, o Brasil terá 1.875.000 novos casos de câncer. Ou seja, só em 2022, sem considerar a subnotificação, a incidência da doença no País será de aproximadamente 625 mil novos casos (considerando a subnotificação estimada, seriam 685 mil). Desde que o Instituto Nacional de Câncer iniciou o monitoramento anual dos casos de câncer, no final da década de 1970, os números não pararam de aumentar.

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“No Brasil, temos um motivo muito claro para o crescimento da incidência e da mortalidade, que é o baixo investimento em prevenção. Em 2019, mais de 90% dos países de alta renda relataram que serviços abrangentes de tratamento para câncer estavam disponíveis no sistema público de saúde. No grupo dos países de baixa renda apenas 15% declararam essa condição, segundo levantamento feito pela OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde”, observa a médica oncologista Paula Sampaio.

O Dia Mundial do Câncer foi criado pela União Internacional Contra o Câncer (UICC) em apoio aos objetivos da Declaração Mundial do Câncer, lançada em 2008. A cada 4 de fevereiro, um esforço coletivo e mundial é realizado para conscientizar a população e as autoridades sobre a prevenção e o controle da doença, com o objetivo de diminuir o número de mortes causadas pela doença.

No Brasil, o tipo mais comum é o câncer de pele não melanoma, que deve atingir mais de 177 mil casos até o final de 2022. Os outros tipos de maior incidência no Brasil, segundo o INCA, são:

* câncer de mama, com 66.280 casos por ano;

* câncer de próstata, com 65.840 casos por ano;

* câncer de cólon e reto, com 40.990 casos; 

* câncer de pulmão, com 30.200 casos;

* câncer de estômago, com 21.000 casos por ano no Brasil.

“As terapias mais modernas de combate ao câncer, quando não oferecem a cura ou remissão da doença, aumentam a sobrevida a ponto de o câncer virar uma doença crônica, em que o paciente, medicado, leva uma vida normal. Temos experimentado avanços importantes na oncologia nos últimos cinco anos. Tratamentos com melhores resultados e menos efeitos colaterais”, comemora a oncologista Paula Sampaio.

A partir de testes moleculares realizados no tumor, é possível conhecer em detalhe as alterações bioquímicas, o que permite o uso de drogas com atuação voltada para a mutação identificada.

“É uma mudança de paradigma. Antes se recomendava a mesma quimioterapia para um mesmo tipo de câncer. Hoje, a tendência é uma abordagem individualizada. O resultado disso pode ser visto nos casos em que há mutação genética, pois o uso desses medicamentos dobra a duração da resposta, ou seja, o tempo em que o tumor é controlado”, explica a médica.

Com o diagnóstico genético, o médico pode adotar medidas mais adequadas para o paciente, implementando, quando possível, medidas que previnem o câncer ou que favorecem o diagnóstico mais precoce.

Além disso, a área de testes genéticos tem avançado também em outros aspectos. Há grandes avanços na identificação de novos genes de predisposição e na caracterização de novas síndromes de predisposição ao câncer. Esses indicadores são gerados em pesquisas e organizados em bancos de dados. 

Mais informações: Centro de Tratamento Oncológico (CTO).

Assessoria de imprensa: Ronaldo Penna – 98814-1569 – ronaldo.penna@hotmail.com/Dina Santos – 991613302 e 983747880 – dinnasantos@gmail.com

Da Redação do LeiaJá (com informações do CTO).

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Nesta quarta-feira (15), o Governo de Pernambuco lançou um programa de prevenção e tratamento do câncer do colo do útero, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). 

Segundo dados obtidos pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), em 2022 são esperados 730 novos casos da doença em Pernambuco. Em razão disso, no próximo ano serão feitos rastreamentos e o acompanhamento de 80 mil mulheres moradoras do Recife e de oito cidades da Mata Sul.

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O investimento na iniciativa é da ordem de R$ 6 milhões. 

O Governador Paulo Câmara (PSB) afirmou que o programa irá auxiliar na melhoria da saúde pública de Pernambuco.

"Nós compramos a nossa rede, compramos equipamentos, temos uma consultoria técnica junto com a OPAS, qualificamos as nossas equipes e agora temos condições de ir a campo junto com os municípios para fazer todo um diagnóstico, os exames, e encontrar as mulheres que precisam da prevenção”, destacou Câmara.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) afirmou que, após os primeiros resultados do rastreamento no próximo ano, vai expandir o programa para todas as regiões do Estado.

O aperfeiçoamento da linha de cuidado passa pelo rastreio e detecção da lesão no colo do útero até a assistência na atenção especializada para o tratamento dessa ferida pré-cancerígena, que pode se transformar num tumor grave.

A SES salienta que o programa também prevê chegar ao patamar preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para 2030, de 90% das adolescentes pernambucanas vacinadas contra a doença (HPV), 70% de mulheres rastreadas – na faixa etária de 35 a 45 anos – e, para completar, 90% das mulheres tratadas. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050 cerca de 25% da população do planeta vai ter algum grau de perda de audição. Em outras palavras, estima-se que pelo menos 700 milhões de pessoas passem a ter a necessidade de recursos médicos para reabilitação auditiva, o que fará com que essa parcela da população tenha dificuldades com a comunicação em geral, seja na vida pessoal ou profissional.

Segundo a entidade, dentre as principais causas para a projeção de surdez na população está o barulho excessivo, principalmente relacionado a profissionais que trabalham em ambientes com alto teor de ruído, que podem chegar a um quadro de perda de audição irreversível. Além disso, os fones de ouvido surgem como possíveis agravantes, já que a saída de som do objeto pode lesionar a célula da orelha interna.

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Vale lembrar que o relatório divulgado pela OMS afirma que aproximadamente 60% dos casos de pessoas com futuros problemas de surdez podem ser evitados, caso haja investimento na prevenção e tratamentos precoces ligados à saúde do ouvido. Destacam-se também planos de vacinação contra doenças que podem estar ligadas a algum quadro de surdez, como a rubéola e a meningite.

Há casos em que há a necessidade de utilizar o aparelho auricular, dispositivo vendido geralmente por preços pouco acessíveis no Brasil. Segundo especialistas da área da saúde, é interessante que o país passe a ter uma produção local de aparelhos com valores mais baixos, já que a demanda pode aumentar nos próximos anos.

 

 

Um dos alertas deste Dia Mundial da Visão (14) é o prejuízo causado pelo tempo em frente a telas de aparelhos eletrônicos. Além dos efeitos psicológicos, o isolamento social indispensável na pandemia aproximou as pessoas de celulares e computadores, seja para assistir aulas ou reuniões, bem como da televisão nos momentos de lazer com filmes, séries e games. 

Em entrevista ao LeiaJá, a oftalmologista pediatra do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE), Eveline Barros, pontuou sobre os danos do uso indiscriminado e indicou hábitos que podem prevenir complicações à visão.

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Ela dividiu os cuidados por faixa etária e ressaltou que o uso de telas é contraindicado para crianças até dois anos. Além de reduzir a sociabilidade, o contato precoce com eletrônicos retrai o desenvolvimento dos olhos.

"A criança também precisa forçar a visão para longe para enxergar e ter um bom desenvolvimento visual. A gente também tem a questão da interação dessa criança com o meio ambiente e as pessoas que rodeiam", aponta. 

O desenvolvimento visual, chamado de 'maturação cerebral visual', ainda está em formação até os sete anos. Por isso, é importante estipular o limite diário de 1h de uso. A especialista percebeu que a faixa etária vem apresentando uma tendência ao aparecimento precoce de alguns tipos de grau, principalmente a miopia. 

“É como se você informasse para o cérebro que ele não precisa de uma visão de longe". Com a fase seguinte da pré-adolescência, o período de uso pode ser estendido para 2h por dia.

De acordo com Eveline, a faixa vem apresentando um maior índice de estrabismo - desvios oculares - e do chamado 'olho seco'. "Se você prestar atenção quando tá no eletrônico, a quantidade de vezes que você pisca é bem menor, então a lágrima tem uma evaporação maior. Aí você fica com o olho vermelho, pode dar aquela sensação de corpo estranho dentro do olho, lacrimejamento excessivo, tudo isso por conta do olho seco", descreve.

Os casos de estrabismo também vêm aumentando nos adultos, muitas vezes acompanhado por visão dupla e um leve aumento do grau que já estava estabilizado. Para evitar os danos decorrentes da necessidade de permanecer mais tempo em atividade com os dispositivos, ela recomenda a Regra 20x20.

"Tem uma regra que a gente chama 20x20, para aquelas pessoas que tem mais cansaço ocular. Para cada 20 minutos que você passa na tela, você pode tirar os olhos por 20 segundos e descansar um pouquinho", aconselha.

Esse descanso consiste em fechar o olho ou buscar o horizonte. Quando o uso contínuo é superior a 2h, a pausa deve ser de, pelo menos, 10 minutos. "Nossa visão também mexe com a musculatura ocular, músculos ciliares. Então é dar um tempinho mesmo de relaxamento", acrescenta.

Além das paradas para relaxar, a médica lembra que lubrificantes oculares também podem ajudar. Preferencialmente sem conservantes, eles podem ser utilizados de 3 a 4 vezes ao dia. O soro fisiológico é outra opção, contudo não é ideal devido à rápida evaporação. Manter distância da tela também é interessante para minimizar os prejuízos aos olhos.

O mercado oftalmológico ainda oferece as lentes com filtros especiais que, de fato, trazem benefícios. Porém, a especialista destaca que o fundamental é manter os hábitos saudáveis à visão. "Hoje em dia você tem no mercado lentes com filtros especiais. Elas causam uma sensação de conforto melhor, mas o mercado joga como se fosse a 'grande solução' e não é assim. Vai dar um conforto, mas se você não tiver a medida de controle ambiental, que é dar uma parada, dar uma relaxada, não vai adiantar. A lente é um ‘plus’, vai ajudar, mas o grande fator é o controle do tempo", considera.

A necessidade de óculos ou qualquer outro método de precaução à visão varia conforme a condição de cada pessoa. Pela individualidade de cada caso, Eveline conclui que a avaliação clínica é necessária para definir a melhor forma de proteger os olhos. 

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