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Depois de aguardarem por mais de uma hora para que o quórum para abertura da reunião e outros 30 minutos discutindo questões regimentais, deputados e senadores da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras aprovaram por 19 votos contra 8 o relatório do deputado Marco Maia (PT-RS), que alterou o texto na reunião de ontem (17).

No novo texto, Maia incluiu o pedido de indiciamento de 52 pessoas pelos crimes de participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa ou passiva. Entre os nomes indicados pelo relator estão os ex-diretores Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Nestor Cerveró. Marco Maia também reavaliou a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, desta vez pedindo o aprofundamento das investigações e admitindo o prejuízo de US$ 561,5 milhões na compra.

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“O que a gente percebe é que deputados da base votam não em função de conteúdo mas de defender o indefensável”, atacou o deputado Izalci (PSDB-DF). “O relator não se deixou se levar por onda alguma. O relatório não tem o princípio de aliviar costas de ninguém”, afirmou Sibá Machado (PT-AC). O deputado partiu para o ataque a outros casos de denúncias de corrupção que envolvem outros partidos. “Eu vi muito no Brasil a ideia da indignação. Eu queria dizer que se a indignação é no mérito do ilícito da administração, o que não dizer também de escândalos tamanhos em governos estaduais? São 33 indiciados em São Paulo. A responsabilidade tem que ser por igual, a indignação tem que ser para qualquer feito”, completou.

Outra mudança foi o pedido de aprofundamento das investigações de empresas citadas em negócios irregulares com a Petrobras - Andrade Gutierrez Construções, Caide União, Consórcio Renest, Construções e Comércio Camargo Correia, construtoras OAS e Queiroz Galvão - acusadas dos crimes como pagamento de propina, fraude em licitações, formação de cartel e lavagem de dinheiro.

A CPMI tinha dois relatórios para analisar. Isto porque, além do novo texto de Maia, a oposição apresentou ontem (17) um relatório paralelo com críticas mais duras e uma lista maior de sugestão de indiciamentos. O documento dos oposicionistas também pediu o indiciamento da  presidenta da Petrobras, Graça Foster, por falso testemunho na CPMI.

O senador Humberto Costa (PT-PE), um dos citados pela oposição, criticou o texto apresentado por Sampaio. Segundo ele, o relatório paralelo é todo baseado em matérias da imprensa e “não em fatos” e partiu em defesa própria. “O mais grave é que ao final esse relatório faz referência a parlamentares citados nesses vazamentos. Cerveró disse que eram mais ou menos 30 [parlamentares]. Aqui citaram três ou quatro, sendo um deles morto. Essa CPMI não teve acesso a delação premiada. Se eu tivesse qualquer dúvida sobre parlamentares citados, teria pedido quebra de sigilo”, afirmou.

A oposição queria o indiciamento de 59 pessoas e a instauração de inquérito contra 36 citados nas investigações da Operação Lava Jato, além da presidenta Dilma Rousseff que seria responsabilizada por improbidade administrativa na compra da refinaria, assim como os membros Conselho de Administração da Petrobras, na ocasião da compra.

Onyx Lorenzoni (DEM-RS) antecipou que a oposição vai recorrer ao Ministério Público para tentar dar continuidade às investigações. “Lamentavelmente estamos no epilogo de uma CPMI permeada por manobras que impediram nossas investigações com profundidade, mas tivemos coisas importantes”, avaliou ao citar a acareação feita entre Paulo Roberto Costa e Néstor Cerveró.

A oposição defendeu que as investigações continuem no próximo ano. “Espero que o novo Congresso tenha como primeira providência a coleta de assinaturas para que a gente possa instalar nova CPMI e dar sequência ao trabalho limitado e acanhado dessa comissão”, apelou o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE).

Dividido em três volumes, o relatório final da Comissão da Verdade, entregue nesta quarta-feira, 10, à presidente Dilma Rousseff aponta uma lista com nomes de pessoas que, a serviço do Estado, são responsáveis diretos e indiretos por casos de graves violações de direitos humanos praticadas entre 1946 e 1988, focalizando principalmente o período da ditadura militar, entre 1964 e 1988. Dos 377 listados, cerca de 200 ainda estão vivos.

Em suas conclusões, a comissão recomenda ao Estado brasileiro que as pessoas apontadas sejam responsabilizadas juridicamente - do ponto de vista civil, criminal e administrativo. O texto afirma que elas não podem ser beneficiadas pela Lei n.º 6683, de 1979, mais conhecida como Lei da Anistia.

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A recomendação - a única que não teve a unanimidade dos votos dos comissionados, numa lista de 29 - não propõe diretamente a revisão da lei de 1979. Mas afirma que o Brasil deveria se sujeitar à decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que em 2010 responsabilizou o País pelo desaparecimento de participantes da Guerrilha do Araguaia, na década de 1970.

Segundo a comissão, a sentença da corte deixou claro que "as disposições da Lei de Anistia de 1979 são manifestamente incompatíveis com a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, carecem de efeitos jurídicos e não podem seguir representando um obstáculo para a investigação de graves violações de direitos humanos, nem para a identificação e punição dos responsáveis".

Foi uma forma indireta de propor a revisão da lei.

As graves violações de direitos humanos investigadas pela comissão e que não seriam passíveis de anistia, pelas convenções internacionais, envolvem prisões sem base legal, a tortura e as mortes dela decorrentes, as violências sexuais, as execuções e as ocultações de cadáveres e desaparecimentos forçados. Praticadas de forma massiva e sistemática contra a população, essas violações tornam-se crime contra a humanidade.

O terceiro volume do relatório apresenta uma lista, com uma pequena biografia e o histórico das circunstâncias em que morreram, de 434 mortos entre 1946 e 1988. Dessa lista, 210 continuam desaparecidos.

A comissão sugere que seja criado um órgão de governo para dar prosseguimento às buscas de seus restos mortais.

Novidades

 

O relatório condensa em grande parte outros levantamentos já feitos no País sobre graves violações de direitos humanos, mas também apresenta novidades. A lista de mortos e desaparecidos, com os nomes de 434 pessoas, das quais 210 continuam desaparecidas, é a mais extensa já produzida por organismos oficiais. A Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos havia listado até agora 362 vítimas.

Uma das causas da diferença nos números é a mudança nos critérios de inclusão dos nomes. A pedido de familiares de mortos e desaparecidos, foram incluídas algumas vítimas da ditadura que não tinham ligações comprovadas com organizações de esquerda.

A lista de agentes de Estado apontados como autores de graves violações de direitos humanos também é a maior já produzida. As listas anteriores, que começaram a ser produzidas na década de 1970, quando ainda circulavam de maneira clandestina no País, continham na média cerca de duzentos nomes. A da Comissão da Verdade chegou a 377.

Isso também está relacionado a mudanças de critérios. Além dos agentes de Estado que, segundo as investigações da comissão, seriam os autores diretos de crimes como tortura, sequestro, execução sumária e ocultação de cadáver, a lista inclui os seus superiores - numa escala de comando que chega à Presidência da República. A justificativa é que os crimes registrados em instalações militares e em locais clandestinos de tortura, como a Casa da Morte, em Petrópolis, na região serrana do Rio, faziam parte de uma política de Estado.

Chama a atenção na lista a presença marcante de médicos que atuavam nos institutos médicos legais. Segundo as acusações da comissão, eles fraudavam laudos para dar cobertura às ações ilegais de agentes da repressão. Um dos nomes listados é o de Harry Shibata, que assinou o laudo do jornalista Vladimir Herzog, em 1975, em São Paulo, corroborando a versão de suicídio.

Voz às vítimas

De quase quarenta comissões da verdade já instaladas ao redor do mundo, a brasileira é uma das poucas que, além de dar voz às vítimas e descrever detalhadamente os casos de graves violações de direitos humanos, aponta os nomes das pessoas que seriam juridicamente responsáveis. Um exemplo semelhante ocorreu na África do Sul, na apuração dos crimes cometidos durante o regime de apartheid.

Outra diferença do relatório final é a ênfase dada a questões como violência sexual, violência de gênero e violência contra crianças e adolescentes na ditadura. Tratados de forma quase marginal em relatórios anteriores, esses temas ganharam um longo capítulo à parte no relatório. O grupo de trabalho que investigou essas questões ouviu 41 crianças e adolescentes que foram sequestradas, estiveram em prisões com os pais, ou foram submetidas diretamente a torturas.

No conjunto, desde sua instalação, há 31 meses, a comissão ouviu 1.116 depoimentos.

O acidente ferroviário, que deixou sete mortos e centenas feridos no dia 12 de julho do ano passado, em Brétigny-sur-Orge, ao sul de Paris, na França, foi definitivamente provocado por um problema de manutenção, afirmou o jornal francês Le Figaro, citando relatórios da perícia ferroviária e metalúrgica. O trem seguia de Paris para Limoges quando descarrilou com mais de 350 passageiros a bordo.

Segundo o jornal, os relatórios deverão ser divulgados nesta segunda-feira (7) pelo procurador da República de Évry. Os peritos engenheiros (do Tribunal de Apelação de Douai) Michel Dubernard e Pierre Henquenet destacam nos relatórios que os exames que foram realizados encontraram mais de 200 anomalias de níveis variados de gravidade. Os peritos afirmam também que a empresa ferroviária SNCF e seus agentes sabiam da maior parte dessas anomalias, mas não fizeram nada para corrigi-las de maneira adequada. O Le Figaro afirma ainda que a conclusão dos especialistas é final e evoca uma "estado de negligência nunca visto em outro lugar".

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Antes da sessão da comissão mista que analisa a MP dos Portos, os parlamentares se reuniram na liderança do governo para tentar um acordo sobre o parecer do relator, senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Esse encontro prévio causou o atraso da sessão, marcada inicialmente para as 14h30.

Para esta quarta-feira (24) está previsto o encerramento da discussão sobre o relatório final. Na sessão dessa terça (23), o prolongamento do debate foi solicitado, a fim de que os integrantes da comissão pudessem se manifestar caso o relator fizesse algum adendo ou retificação.

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A medida provisória 595/2012 estabelece um novo marco regulatório para o setor portuário. Ela recebeu cerca de 640 emendas dos parlamentares. Dessas, 137 foram acolhidas pelo relator. “Construímos um parecer feito não pelo relator, mas pela comissão, pelo governo, pela sociedade, pelas entidades de classe, enfim, pelo povo brasileiro”, frisou Eduardo Braga.

Na sessão dessa terça, Humberto se mostrou favorável a aprovação da matéria porque ela "ataca os principais problemas do setor portuário atualmente: a ineficiência e o alto custo na movimentação de portos brasileiros".

Na semana passada, o relator já havia confirmado que atenderia às solicitações da bancada de Pernambuco, que pediu que a MP incluísse a possibilidade de os governos estaduais e municipais responsáveis por portos delegados pela União continuar tendo poder sobre os editais e processos licitatórios, com as devidas autorizações da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Esse artigo atende aos anseios do Governo de Pernambuco, responsável pelo Porto de Suape.

De acordo com o relator, para os pontos-chave da medida provisória já há um compromisso de não-veto pela Presidência da República para o texto apresentado por ele. A MP precisa ser aprovada ainda nos plenários da Câmara e do Senado até o dia 16 de maio, para, então, seguir para a sanção presidencial.

Logo após a abertura da sessão desta quarta-feira (17), o presidente da comissão mista que analisa a MP dos Portos, deputado José Guimarães (PT-CE), anunciou que a discussão e votação do relatório final será feito apenas na próxima semana. O adiamento já era esperado pelos parlamentares, já que o parecer ficou pronto pouco antes da reunião e não daria tempo para a apreciação completa.

Na sessão desta quarta, o relator, Eduardo Braga (PMDB-AM), leu a íntegra do parecer. As discussões serão feitas na próxima terça-feira (23), pela manhã. Já a votação só deverá ocorrer na quarta-feira (24).

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O texto estabelece um novo marco regulatório para o setor portuário, centralizando a gestão na Secretaria Especial de Portos (SEP), retirando a autonomia dos governos estaduais. A matéria é um dos pontos de tensão entre a gestão de Dilma Rousseff e o Governo de Pernambuco. Enquanto o governo federal diz que a medida permitirá mais competitividade ao segmento, Eduardo Campos acredita que a medida provisória poderá atrasar e prejudicar o planejamento regionalizado que hoje é feito pelos estados.

A proposta dos parlamentares do Pernambuco é alterar a MP, para flexibilizar a gestão portuária. A mudança permitiria que o Governo de Pernambuco, assim como outros gestores, elaborasse os editais para a realização de procedimentos licitatórios, com a autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que transferiria essas competências para a gestão estadual.

Por 21 votos a 7, os integrantes da Comisssão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira aprovaram o relatório paralelo do deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF), encerrando os trabalhos da comissão depois de oito meses.

O texto aprovado tem apenas uma página e meia e não indicia ninguém. O voto não cita nenhum nome de pessoas investigadas, mas critica o trabalho da comissão e pede que todos os documentos recolhidos, inclusive os sigilos bancários e telefônicos, sejam encaminhados ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal, para que as investigações sejam aprofundadas. Luiz Pitiman defendeu o relatório por dar andamento ao que já foi feito. "Penso que a única solução seria encaminhar todos os trabalhos realizados pela CPI para o Ministério Público Federal", indica o texto.

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Segundo ele, com a aprovação, a CPMI chegou a um resultado. "Uma página e meia com encaminhamento de tudo. Nós poderemos sim, nessas duas instituições (PF e MP), separados do calor político, separados da questão do momento, termos todas as condições de que haja realmente a continuidade das investigações", declarou.

A decisão de envio os documentos para o MPF foi criticada pelo deputado Silvio Costa (PTB-PE). "Isso já veio de lá. Isso é a maior piada que eu já ouvi, uma brincadeira. Não dá para transformar a CPI numa papagaiada dessas", frisou. Já o deputado Armando Vergílio (PSD-GO) disse que novas informações foram coletadas pela comissão, como as quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico de diversos investigados. Segundo ele, o texto conseguiu reunir o pensamento da CPI, para que a comissão não passe em branco.

Mais cedo, a comissão rejeitou o relatório do deputado Odair Cunha, por 18 votos a 16. Em mais de cinco mil páginas, ele acusava 41 pessoas por relação com as ações ilícitas da organização criminosa chefiada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Odair pediu o indiciamento de 29 pessoas e a responsabilização de outras 12, que têm foro privilegiado.

Com a rejeição do parecer do relator, o voto em separado de Luiz Pitiman tornou-se o relatório final.

Depois de três semanas de discussões, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira rejeitou o relatório do deputado Odair Cunha, por 18 votos a 16. Nesta terça-feira (18), os parlamentares estão reunidos na última reunião da CPI.

O relatório acusava 41 pessoas por relação com as ações ilícitas da organização criminosa chefiada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Odair pediu o indiciamento de 29 pessoas e a responsabilização de outras 12, que têm foro privilegiado.

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O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) reafirmou a insatisfação com o texto. "A CPI terminou onde deveria começar, mas a blindagem e estabeleceu, para proteger o governo federal", afirmou. Apesar de não considerar o conteúdo do relatório completo, o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) considerou que o melhor teria sido aprovar o parecer de Odair Cunha, para que a CPMI não terminasse sem relatório.

Ainda nesta terça, serão analisado os votos em separado apresentados pelo senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), pelos deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Rubens Bueno (PPS-PR) e Luiz Pitiman (PMDB-DF) e pelo PSDB.

O presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), abriu nesta terça-feira (18) a reunião na qual deverá ser votado o relatório final das investigações apresentado pelo deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da comissão. É a terceira tentativa de votação do parecer, que corre o risco de encerrar os trabalhos sem aprovação do texto, uma vez que o prazo final para a conclusão da CPI é no dia 22 próximo. Esta semana o Congresso, caso aprove o Orçamento da União, entrará em recesso parlamentar.

A proposta de Odair Cunha sugere ao Ministério Público o indiciamento de 29 pessoas e a responsabilização de outras 12 por participar ou se envolver criminosamente com a quadrilha comandada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Na lista de indiciados estão o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), o deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e o senador cassado Demóstenes Torres (sem partido-GO).

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Bombardeado por críticas quando apresentou pela primeira vez, no final de novembro, o relator da CPI retirou do seu relatório os pedidos de indiciamento de jornalistas e de investigação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Mas, ainda assim, a proposta de Cunha deve ir à votação sem o apoio unânime dos parlamentares.

Descontentes, oposicionistas e até parlamentares da base aliada apresentaram cinco relatórios em separado que pedem, entre outros fatos, o aprofundamento das investigações sobre a construtora Delta e também dos governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) e de Tocantins, Siqueira Campos (PSDB).

A CPI do Cachoeira deve votar nesta terça-feira (18) seu relatório final. Apesar do clima acirrado entre situação e oposição, o deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI, garantiu que não deixará a comissão ser usada para alimentar o caso nem cederá a pressões. "Não vamos incluir ou excluir nada que faça parte do eixo essencial do nosso relatório", afirmou Cunha. Sua decisão sobre os votos em separado também será apresentada amanhã.

O relatório deveria ter sido apreciado semana passada, mas, com cinco votos em separado e requerimentos para novas investigações, houve adiamento. Cunha excluiu do texto dois capítulos e retirou o pedido de indiciamento do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e de vários jornalistas, entre eles o chefe da sucursal de Brasília da revista Veja, Policarpo Júnior.

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Cinco partidos (PSDB, PMDB, DEM, PSOL e PPS) apresentaram votos alternativos ao do relator. A maioria reivindica o aprofundamento das investigações em torno da empreiteira Delta, acusada de atuar em parceria com o contraventor Carlos Cachoeira. A oposição também pede mais apurações sobre as empresas apontadas como fantasmas, que ajudariam a lavar dinheiro ilícito do esquema.

Os tucanos querem, ainda, a inclusão do empresário Fernando Cavendish, da Delta, do ex-diretor da empreiteira Carlos Roberto Duque Pacheco, do ex-chefe do Dnit Luiz Antonio Pagot e até do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu na lista dos indiciados. Cunha admitiu que o nó que impede a aprovação do relatório tal como se encontra está atado porque não houve articulação suficiente em torno das cinco mil páginas apresentadas por ele.

"Havendo decisão política, o tempo é o menos importante", afirmou Cunha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Cachoeira tem reunião marcada nesta terça-feira (11), para a discussão e votação do parecer do relator Odair Cunha (PT-MG). A votação estava marcada para semana passada, mas foi adiada a pedido de lideranças partidárias, já que as atenções estavam voltadas para investigações da Operação Porto Seguro da Polícia Federal.

Outro motivo para o adiamento foi o pedido de vistas ao relatório, que contem 5.100 páginas. No final de novembro, Odair Cunha apresentou uma nova versão do relatório, em que retirou o pedido de indiciamento de jornalistas e de investigação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

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Após as alterações, o parecer final pede o indiciamento de 29 pessoas e a responsabilização de 12 agentes com foro privilegiado na Justiça.

O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), formalizou a retirada do seu relatório final do pedido de indiciamento de cinco jornalistas e a sugestão para que o procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, seja investigado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

Com a retirada dos dois itens polêmicos, Cunha espera conseguir aprovar o restante do relatório, que tem 5.100 páginas. Ele não aceitou o acordo de procedimentos acertado pelo presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que permitia a derrubada de partes do relatório pelo voto dos integrantes da comissão de inquérito. "Não aceito esse acordo. Quem discordar do meu relatório terá que votar contra todo o relatório", disse Cunha, logo depois anunciar a retirada dos pontos polêmicos.

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Apesar de o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira já estar disponível aos parlamentares, a leitura do documento em sessão foi adiada mais uma vez. O relator, o deputado Odair Cunha (PT-MG), pretende fazer a apresentação na próxima quarta-feira (28).

Até lá, ele pretende conversar com os integrantes da comissão, a fim de chegar a um consenso. "Não jogarei fora o que escrevi. Pretendo continuar dialogando com o conjunto dos membros da comissão", disse. Odair Cunha admite que possa haver alterações no texto, mas não quis falar sobre o conteúdo das mudanças no relatório, que tem 5.100 páginas.

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Mais uma vez, a decisão de adiar a leitura gerou críticas. "O ele vai fazer? Retirar o pedido de investigação contra o procurador-geral da República? Se o fizer vai se desmoralizar. O relatório é incorrigível. A investigação foi pessoal, direcionada e restrita. Não se apresenta relatório com essa intranquilidade. Demonstra insegurança e falta de compromisso com conteúdo", acusou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).

Já o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) aprovou o adiamento. "Se temos a chance de aprovar um relatório que mais se aproxime do pensamento médio dos integrantes da comissão, não acho que seja questão de insegurança", argumentou.

Desde o início dos trabalhos, a relatoria e a presidência da CPMI tem sido acusada de direcionar os trabalhos por critérios partidários. O PSDB elaborou uma espécie de relatório paralelo e protocolou uma representação para que a Procuradoria-Geral da República investigue a relação da Delta com 29 empresas de fachada que supostamente integravam o esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira.

Entre as críticas sobre o relatório está a responsabilização do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), além do fato de o relator ter poupado o chefe do Executivo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Odair Cunha também pediu que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM) investigue a suposta demora do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em abrir investigação para apurar o elo do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos de Goiás.

Devido aos questionamentos feitos por integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, o relator dos trabalhos, deputado federal Odair Cunha (PT-MG), não conseguiu começar nesta quarta-feira (21) a leitura do relatório, que foi adiada para sessão extraordinária convocada para esta quinta-feira (22).

Vários parlamentares disseram que não houve tempo hábil para que o documento, com 5.328 páginas distribuídas por cinco volumes, fosse apreciado. O texto só foi liberado para consulta na página eletrônica do Senado na madrugada de hoje. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) foi um dos que reclamaram. Segundo ele, o prazo regimental previsto para conhecimento do relatório não foi respeitado.

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No relatório, o deputado Odair Cunha  recomenda o indiciamento de 46 pessoas. Na lista, estão o ex-presidente da Delta Construção, Fernando Cavendish; o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB); o ex-senador Demóstenes Torres; o deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO); e o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT).

O relatório também incluiu o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e o chefe da sucursal de Brasília da revista Veja, Policarpo Junior. No caso de Gurgel, o relator sugere que ele seja investigado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), tendo como base “indícios de omissão e prevaricação”. De acordo com o Código Penal, a prevaricação é crime praticado por funcionário público que retarda ou deixa de praticar indevidamente ato de ofício.

Segundo consta no texto do relatório, o procurador-geral da República  suspendeu "sem justificativa" as investigações da Operação Vegas, da Polícia Federal. Iniciado em 2009, o trabalho policial apontou os primeiros indícios de ligação de Cachoeira com parlamentares, entre eles o então senador Demóstenes Torres, cassado em julho. Roberto Gurgel explicou à comissão que decidiu parar as investigações da Vegas para encontrar elementos mais fortes da atuação de Cachoeira.

Já Policarpo Júnior, que aparece conversando com o contraventor em gravações obtidas pela Polícia Federal, foi indiciado por formação de quadrilha. “As investigações sobre esse profissional nos permitem divisar que Policarpo Júnior não mantinha com Carlos Cachoeira uma vinculação que se consubstanciava apenas na relação de jornalista e fonte", diz um trecho do relatório.

O relatório foi criticado pela oposição por não incluir o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), entre os indiciados. Esses parlamentares alegam que o governador teria favorecido Cachoeira em contrato relacionado à coleta de lixo. O relator, no entanto, disse que a organização não chegou a ser  beneficiada pelo governo do Distrito Federal. Parlamentares insatisfeitos querem apresentar um relatório paralelo.

O presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB -PB), disse que os deputados e senadores que quiserem podem apresentar sugestões de alteração do relatório, mas cabe ao relator acatar ou não os pedidos.

Na próxima terça-feira (20), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira se reunirá para a apresentação do relatório final. O relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), não adiantou o posicionamento em relação às pessoas investigadas, como o dono da Delta Construtora, Fernando Cavendish, e o governador de Goiás, Marconi Perillo.

O relator poderá ler trechos ou a íntegra de seu relatório, que deverá ter aproximadamente duas mil páginas. Os integrantes da comissão podem solicitar ainda o pedido de vista - para exame mais detalhado do processo. Se isso ocorrer, a votação do relatório fica para a semana seguinte.

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Depois de votado, o texto será remetido ao Ministério Público.

Cronologia - A CPI do Cachoeira foi instalada em abril, para investigar a relação de agentes públicos e privados com as atividades criminosas do contraventor Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro, na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Ele foi acusado de chefiar uma rede de exploração de jogos ilegais.

Ao longo das reuniões, os depoentes, amparados por habeas corpus conferido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), usaram o direito de permanecerem calados para não produzirem provas contra si. O próprio Cachoeira decidiu permanencer em silêncio. Os governadores Marconi Perillo, de Goiás, e Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, prestaram depoimentos, que dividiram a opinião dos parlamentares e evidenciou o conflito entre o PT e o PSDB.

Em julho, o senador Demóstenes Torres foi cassado, acusado de quebra de decoro parlamentar por usar o mandato para beneficiar os negócios ilícitos de Cachoeira. No segundo semestre legislativo, a CPI praticamente não andou com a interrupção dos trabalhos devido às eleições municipais. No retorno, a base de governo conseguiu reunir as assinaturas necessárias para prorrogar a comissão até dezembro, apenas para a votação do relatório final.

Inconformados com o rumo da comissão, os parlamentares do PSDB protocolam na Procuradoria-Geral da República representação para que sejam investigadas as conexões da empreiteira Delta com empresas laranjas ligadas ao esquema do contraventor goiano cujas relações não foram apuradas pela comissão.

Com informações da Agência Câmara.

A investigação francesa sobre a queda do avião da Air France no Oceano Atlântico, em 2009, concluiu que uma combinação de erros de pilotos mal treinados e problemas no equipamento causaram a tragédia, que matou todas as 228 pessoas a bordo.

O relatório final sobre o voo 447, que ia do Rio de Janeiro para Paris, lista "fatores técnicos e humanos" que estiveram por trás do acidente. Após três anos de investigação, o Bureau d'Enquêtes et d'Analyses (BEA), agência de segurança da aviação civil da França, recomenda melhor treinamento de pilotos e regras de certificação de aviões mais estritas.

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Em uma decisão fatal, diz a agência, um dos copilotos empinou o nariz do Airbus 330 para cima quando o avião começou a perder sustentação - em vez de para baixo, como deveria - por causa de dados errôneos sobre a posição do avião vindos dos sensores. A tragédia aconteceu durante a noite, em meio a uma tempestade.

O investigador chefe do caso, Alain Bouillard, disse que os pilotos não entenderam que o avião estava em estol (perdendo sustentação). Ele afirmou que apenas uma tripulação experiente e com claro entendimento da situação poderia ter estabilizado o avião naquelas condições. "Nesse caso, a tripulação estava em um estado de perda quase total do controle", afirmou Bouillard.

Robert Soulas, pai de uma das 228 vítimas, afirmou que os investigadores franceses disseram que o sistema indicou a "informação errônea" de que o avião estava mergulhando, "e, portanto, para compensar, o piloto acelerou para faze-lo subir". O Airbus, no entanto, estava em estol. Nesta situação os pilotos são instruídos a manobrar de forma que o nariz do avião aponte para baixo. Mas, como pensou que estava mergulhando, piloto apontou a aeronave para cima.

Barbara Crolow, uma alemã que perdeu o filho no acidente, disse que está "desapontada", pois acha que o relatório foca demais no erro humano. O piloto Gerard Arnoux defendeu as ações dos comandantes do Air France: "Um piloto normal, em uma companhia aérea normal, segue os sinais do sistema, que diz para ir para esquerda, direita, para cima ou para baixo". As informações são da Associated Press.

O piloto do avião da Air France que caiu no Oceano Atlântico em 2009 foi confundido por dados errôneos emitidos pelos sensores da aeronave. O relatório final sobre a queda do Voo 447 também aponta erro humano, afirmam familiares das vítimas que tiveram acesso a ele antes de sua divulgação, que deve ocorrer ainda nesta quinta-feira.

O comandante apontou o nariz do avião para cima quando este perdia velocidade, quando na verdade deveria guiá-lo para baixo pois foi induzido ao erro pelos sensores, disse Robert Soulas, pai de uma das 228 pessoas que morreram na tragédia. De acordo com ele, os investigadores franceses disseram que o sistema indicou a "informação errônea" de que o avião estava mergulhando, "e, portanto, para compensar, o piloto acelerou para faze-lo subir". Quando um avião começa a perder velocidade a manobra comum é guiado para baixo.

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Também espera-se que o relatório explique o porquê de a manobra ter sido feita de maneira abrupta e razão dos pilotos terem ignorado vários avisos de perda de velocidade nos 4 minutos antes de o avião cair no oceano.

Barbara Crolow, uma alemã que perdeu o filho no acidente, disse que está "desapontada", pois acha que o relatório foca demais no erro humano. O piloto Gerard Arnoux defendeu as ações dos comandantes do Air France: "Um piloto normal, em uma companhia aérea normal, segue os sinais do sistema, que diz para ir para esquerda, direita, para cima ou para baixo". As informações são da Associated Press.

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