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O ex-presidente da República Michel Temer compartilhou em entrevista à BandNews FM, nesta sexta-feira, 10, como foram os bastidores de sua conversa com o presidente Jair Bolsonaro que culminaram na carta de harmonização entre os poderes assinada pelo Chefe do Executivo. Segundo Temer, em um contato inicial o qual o presidente lhe permitiu que falasse "sem cerimônia", ele afirmou que o discurso de Bolsonaro no dia 7 de setembro, durante atos pró-governo, não foi "muito bom", e considerou impróprios os xingamentos do presidente contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. "Ninguém fala com um ministro do Supremo daquele jeito", declarou.

De acordo com Temer, "na tentativa de encontrar solução" para a "situação intolerável" da crise entre os Poderes, ele próprio tomou a iniciativa de redigir a carta, que mais tarde seria assinada pelo presidente. Temer afirmou que, após compartilhar o documento com Bolsonaro, o presidente o convidou para almoçar em Brasília, na tarde de quinta-feira, 9, e, após o almoço, pediu para o ex-presidente esperar duas horas para aprovar com sua equipe a nota sugerida. Temer disse que Bolsonaro alterou apenas uma sentença do documento original.

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O ex-presidente também foi responsável pela intermediação de um telefonema entre o presidente Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes. Em uma conversa amigável, como classificou Temer - que durou cerca de 15 minutos -, Bolsonaro justificou ao magistrado que seus ataques contra ele nas manifestações aconteceram "no calor do momento".

Ao narrar a conversa entre o chefe do Executivo e o magistrado, Temer disse que Bolsonaro enfatizou que não tem "absolutamente nada" pessoal contra o ministro, e que suas divergências se concentravam apenas no campo jurídico. No entanto, o presidente ponderou, segundo conta Temer, que tais conflitos poderiam ser solucionados.

"Você sabe que aquilo (ataques) foi calor do momento, evidentemente não tenho essa impressão do senhor", narrou Temer sobre as falas de Bolsonaro. Apesar do reconhecimento dos excessos cometidos, o ex-presidente disse que Bolsonaro não pediu desculpas ao magistrado.

Na avaliação de Temer, Moraes foi "muito cordial" na conversa e enfatizou que não quer tensionar as relações com o Executivo. "São apenas questões jurídicas", justificou o ministro sobre suas recentes decisões na Corte Suprema.

"Foi um momento muito útil", classificou Temer. O ex-presidente ainda disse que não esperava uma repercussão tão intensa sobre o documento. Segundo ele, o tom otimista do País após a divulgação do documento mostra "como a opinião pública estava muito ansiosa por uma solução, para encontrar um caminho". "Quem sabe este pode ser um caminho." Em tom otimista, Temer afirmou que tudo indica que Bolsonaro pautará suas ações com base no que está escrito no documento produzido ontem.

O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, fez duras críticas às ameaças que o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, fez chegar ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), como revelou o Estadão, colocando em xeque a realização das eleições de 2022, caso não seja aprovado o voto impresso.

Fachin disse na manhã desta quinta-feira, 22, que o sistema eleitoral do País "encontra-se desafiado pela retórica falaciosa, perversa, do populismo autoritário". Segundo Fachin, não é de se espantar que um "líder populista" deseje "criar suas próprias regras para disputar as eleições". As declarações foram feitas em um evento realizado pela instituição Transparência Eleitoral Brasil.

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O também ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) não citou diretamente o presidente Jair Bolsonaro, mas aludiu ao histórico do político que tem, entre suas principais pautas, a aprovação do voto impresso no Congresso. Desde que foi eleito em 2018, Bolsonaro questiona a segurança da urna eletrônica e ataca os membros do Judiciário que se opõem ao projeto, como Luís Roberto Barroso, presidente do TSE.

"No Brasil de hoje, não é de se espantar que um líder populista se recuse a obedecer as regras vigentes, que queira suas próprias regras para disputar as eleições e que se recuse a ter seu legado escrutinado pela sociedade no bojo de uma eleição política. É disso que se faz a democracia, de eleições periódicas", disse Fachin.

Como revelou o Estadão, a ameaça contra as eleições foi levada a Arthur Lira no último dia 8, por meio de um emissário político do general. "A conversa que eu soube é que o ministro da Defesa disse a um dirigente de partido: 'A quem interessar, diga que, se não tiver eleição auditável, não terá eleição'. Teve um momento de muita tensão. Não foi brincadeira, não", descreveu um dos envolvidos no assunto, sob a condição de anonimato.

No início da manhã, o ministro da Defesa classificou as revelações da reportagem como "invenção". Depois, por meio de nota, Braga Netto afirmou que não envia recados "por meio de interlocutores". O Estadão mantém todas as informações publicadas.

Como mostrou a reportagem, no último dia 7, o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior curtiu um post no qual um internauta pedia intervenção das Forças Armadas para aprovar esse sistema. "Comandante, obrigado pelo canal de comunicação. Precisamos do voto impresso auditável. Vocês precisam impor o voto auditável", dizia a mensagem. A nota do Ministério da Defesa não faz comentário sobre esse fato.

O vice-presidente do TSE apontou o que, segundo ele, seriam os três grandes objetivos do movimento populista em curso no país: "a exclusão do pensamento divergente, em primeiro lugar; em segundo lugar, o enfraquecimento dos mecanismos de monitoramento social e do sistema de freios e contrapesos; e, mais especificamente, em terceiro lugar, o descredenciamento das eleições como termômetro acurado da arbitragem social, em paralelo com a defesa inflamada de um novo método de votação".

Fachin apontou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria da deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF), que busca instituir a impressão do comprovante de voto sob o argumento de ser este mais um mecanismo de auditagem das urnas eletrônicas, como um projeto reconhecido por especialistas por seu caráter "pernicioso, antieconômico e ineficaz".

"Ao lado disso, o Brasil experimenta hoje o assédio discursivo que engloba referências diretas a um eventual boicote ao pleito de 2022", afirmou. O presidente Jair Bolsonaro já declarou publicamente que, sem o voto impresso, "não haverá eleições" em 2022. Em encontro com apoiadores em frente ao Palácio do Alvorada, no dia 8 deste mês, Bolsonaro ameaçou: "ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições". Ele afirma ter provas de que foram fraudadas as eleições presidenciais de 2014 e 2018, mesmo tendo saído vencedor desta última. Derrotado em 2014, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) disse não ver indícios de fraudes no ano em que concorreu à Presidência.

Até o momento, porém, nenhuma evidência de ato ilícito nos pleitos foi apresentada.

Em sua fala à Transparência Eleitoral, Fachin defendeu novamente que os ataques ao sistema eleitoral são baseados em "acusações de fraude categoricamente vazias de provas e sem respaldo na realidade".

Parlamentares reagiram duramente à ameaça do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, de condicionar as eleições de 2022 ao voto impresso. Como revelou o Estadão, o recado foi enviado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), no último dia 8, por meio de um emissário político do general. A hashtag #BragaNetto esteve entre os assuntos mais comentados no Twitter na manhã desta quarta-feira (22).

"A conversa que eu soube é que o ministro da Defesa disse a um dirigente de partido: 'A quem interessar, diga que, se não tiver eleição auditável, não terá eleição'. Teve um momento de muita tensão. Não foi brincadeira, não", descreveu um dos envolvidos no assunto, sob a condição de anonimato. Braga Netto negou que tenha enviado o recado. Ao chegar ao Ministério da Defesa, o general limitou-se a dizer que se trata de uma "invenção". O chefe das Forças Armadas não deu nenhuma informação complementar. O Estadão mantém todas as informações publicadas.

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No mesmo dia em que o fato teria ocorrido, o próprio presidente Jair Bolsonaro repetiu publicamente a ameaça. "Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições", afirmou Bolsonaro a apoiadores, naquela data, na entrada do Palácio da Alvorada. Nas últimas semanas, o chefe do Executivo tem subido o tom das ameaças ao processo eleitoral e das alegações sobre fraude nas eleições.

Pelo Twitter, congressistas classificaram a declaração do general como "golpe" e cobraram que Braga Netto seja convocado a prestar explicações sobre o episódio no Congresso. Já existe um convite para que ele compareça à Câmara, aprovado após a nota divulgada pelo Ministério da Defesa e assinada pelos chefes das Forças Armadas a respeito das investigações da CPI da Covid, que mira suspeitas de corrupção na compra de vacinas com envolvimento de militares, como o próprio general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde. Como se trata de um convite, porém, Braga Netto não é obrigado a comparecer.

O vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), destacou que é a Constituição Federal que determina sobre a realização de eleições, não as Forças Armadas. Ele disse ainda que a revelação é importante para que a sociedade e os Poderes possam reagir a "tamanha insensatez."

"Numa Democracia não são os militares que dizem se tem e como tem eleição. Quem faz é a CF. O presidente Arthur Lira já demarcou que está ao lado da Democracia e da Constituição. A publicidade do fato é importante pra sociedade e os Poderes reagirem a tamanha insensatez", comentou.

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), chamou o ministro da Defesa de "ditador" e disse que ele precisa ir à Câmara prestar contas sobre essa "ameaça à democracia".

"O ministro da Defesa, gal de reserva Braga Netto, e o presidente da Câmara, tem de explicar essa ameaça à democracia. Grave essa militância política do comando das FFAA. Ao invés de defender o país, o ameaçam?! A Câmara tem de aprovar a convocação do general pretendente a ditador", escreveu no Twitter.

Para o líder da oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), a fala atribuída ao general Braga Netto "é extremamente grave".

"Não cabe ao ministro da Defesa querer impor ao Parlamento o que deve aprovar, nem estabelecer condições para que as eleições aconteçam. O papel constitucional das Forças Armadas é garantir os poderes constitucionais, e não subordiná-los. Vou propor que a Câmara convoque o Ministro em Comissão Geral para esclarecer os fatos", afirmou por meio de nota.

Até mesmo ex-apoiadores do presidente Jair Bolsonaro reagiram contra Braga Netto. A deputada federal Professora Dayane Pimentel (PSL-BA) sugeriu que "o golpe de 2022 já está sendo ensaiado."

"Braga Neto manda recado para o Congresso: "Sem voto impresso, sem eleição!" Queria saber se já é o golpe de 2022 sendo ensaiado e se as FFAA, que tanto defendi, será palco para extremistas, bandidos, corruptos e milicianos se apresentarem(?). #ForaBolsonaro", escreveu a deputada na rede social.

Também ex-bolsonarista, o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) disse que a população deve fazer "pressão" frente ao "golpe em andamento".

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), chamou a revelação de "gravíssima" e disse que o Ministério da Defesa precisa se manifestar imediatamente sobre o caso. "Muito importante que o Ministério da Defesa se manifeste imediatamente. Denúncia gravíssima. A democracia admite tudo, menos crimes que visam destruí-la", escreveu.

Para o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), Braga Netto "chantageia a democracia" e deve "se retratar publicamente ao País", escreveu.

O deputado federal Fábio Trad (PSD-MS) classificou o episódio como "ameaça de golpe" e defendeu "o imediato chamamento do ministro à Câmara dos Deputados para se explicar sobre os fatos". "Nossa Democracia não pode viver sob chantagem. A Constituição do Brasil resistirá!", disse.

A vereadora paulistana Erika Hilton (PSOL) sugeriu nas redes sociais que o ministro da Defesa deveria ser preso. "ABSURDO! Luz giratória de carros de polícia", comentou.

O deputado federal Denis Bezerra (PSB-CE) engrossou o coro de parlamentares que cobrou uma resposta do Congresso ao "discurso golpista e autoritário" de Braga Netto. "Lamentável em todos os sentidos, sobretudo vindo de alguém com carreira no Exército Brasileiro. Cabe ao Congresso Nacional responder à altura e dar um basta nessas chantagens", afirmou.

O líder do PT na Câmara, deputado Bohn Gass (RS), foi na mesma linha e sugeriu ainda que o general "se recolha a seus deveres constitucionais, explique o nepotismo dos militares e a corrupção do governo". "Vamos convocá-lo.Terá de dar explicações ao Congresso. Sua fala atenta contra a democracia", afirmou.

O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) afirmou que vai propor "uma interpelação formal do ministro da Defesa" na Câmara. "Caso se confirme que ele articulou essa ameaça, deve ser responsabilizado com todo rigor. Que os golpistas sejam duramente enquadrados!", pregou.

O senador Humberto Costa (PT-PE) chamou a situação de "escandalosa" e também defendeu a convocação do general. "É absolutamente escandalosa a informação de ameaça de golpe feita pelo ministro da Defesa. Se confirmada, enseja crime contra o Estado de Direito. Convocaremos Braga Netto para que repita, diante do Congresso, a agressão à democracia que teria dirigido ao presidente da Câmara", escreveu.

Na avaliação do senador Rogério Carvalho (PT-SE) o episódio protagonizado pelo general Braga Netto "expõe" as Forças Armadas. "A tirania cruel exercida à sombra da lei precisa ser combatida. O tempo dirá o quanto o nosso sistema democrático está maduro e capaz de responder a rompantes autoritários", disse pelo Twitter.

A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) disse que são "inaceitáveis as ameaças explicitamente golpistas de Braga Netto e da cúpula militar". E seguiu: "Assim como Jair Bolsonaro, pisoteiam o juramento de proteger e cumprir a Constituição. Sábado, dia 24, todos às ruas para pôr fim a esse governo golpista que odeia o Brasil e os brasileiros".

Em uma sequência de dois tuítes, o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) disse que o ministro da Defesa "age como menino de recado de um delinquente golpista" e que "os atos de Braga Netto são ilegais e rebaixam institucionalmente as FFAA."

'Sermões populistas'

Durante discurso de abertura no II Encontro Internacional Democracia na Pós-Pandemia, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin não citou nominalmente o ministro da Defesa, mas disse que bastava ler os jornais de hoje para notar que populistas "buscam naturalizar um eventual descarte da consulta popular o que na prática significa restaurar um regime de exceção."

A fala do ministro foi centrada na defesa do processo eleitoral e no "encalço populista diante de uma desordem informativa e de ameaças, por ora, verbais à democracia". Segundo ele, neste sentido, é "fundamental a defesa da engenharia eletiva contra a franca nocividade de sermões populistas que embalam ameaças verbas à democracia", afirmou.

Como mostrou o Estadão, um ministro do Supremo a par do episódio avaliou que o comando militar procurou repetir agora o episódio protagonizado pelo então comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, que, em post com 239 caracteres publicado no Twitter no dia 3 de abril de 2018, tentou constranger a Corte para que não fosse concedido um habeas corpus ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com o sucesso conquistado no BBB 21, Juliette Freire viu seu número de seguidores no Instagram saltar dos módicos quatro mil para mais de 31 milhões. Ela conquistou o posto de ex-BBB mais seguida nas redes sociais, retirando o título de Sabrina Satto e Grazi Massafera, no entanto, os números acabaram sofrendo uma baixa após a paraibana se posicionar contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

Na última segunda (21), Juliette publicou em suas redes sociais alguns posts lamentando os mais de 500 mil mortos no país por conta da Covid-19 e culpando a atual gestão pela tragédia. “Não são apenas números. É uma terrível consequência da negligência da gestão do atual governo Bolsonaro. Eles tinham como ter evitado essa tragédia. É claro que é #ForaBolsonaro". O posicionamento da paraibana, no entanto, não agradou a alguns fãs e elas acabou perdendo seguidores. 

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Segundo o Social Blade, antes das postagens, a campeã do BBB 21 tinha cerca de 31.122.000 seguidores. Agora, ela tem de 31 milhões, diminuição aproximada de mais de 100 mil pessoas. A quantidade, no entanto, ainda é expressiva e pode oscilar rapidamente. Quando ela ainda estava dentro do reality, chegava a ganhar em média 50 mil novos seguidores por dia. 

Felipe Neto usou seu perfil do Twitter, nesta terça (22), para tecer comentários a respeito do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O YouTuber falou sobre o comportamento do chefe de Estado em relação a uma jornalista da TV Vanguarda, afiliada da TV Globo em Guaratinguetá (SP), que foi recebida por ele aos gritos e ofensas. Para Neto, Bolsonaro só “late para cima de mulher”.

A postura do presidente para com a repórter Laurene Santos, na última segunda (21), repercutiu bastante nas redes sociais. Bolsonaro gritou e hostilizou a profissional após ser questionado a respeito das mais de 500 mil mortes no país em função da pandemia. Felipe Neto também comentou sobre o acesso de raiva de Messias e disse, no Twitter. “Já repararam que o Bolsonaro só cresce e late pra cima de mulher?”.

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Não foi a primeira vez que Bolsonaro se dirigiu aos jornalistas de forma desrespeitosa. A imprensa tem sido alvo de ataques por parte do presidente há bastante tempo. Segundo levantamento feito pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), em outubro de 2020, o mandatário havia, até então, desferido ataques à jornalistas e veículos de imprensa 299 vezes. Em 2021, o mesmo aconteceu em 17 das 21 lives que ele promoveu em suas redes sociais, segundo a Revista Piauí. 

Uma menina de 3 anos, aluna da Unidade Municipal de Educação Leonor Mendes de Barros, no município de Santos (SP), morreu na madrugada da última quarta-feira (9) devido a complicações causadas pela Covid-19. O fato repercutiu de forma negativa, em especial no Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos (Sindserv), que denunciou a Secretaria de Educação (Seduc) da cidade pelo retorno às aulas presenciais nas escolas da cidade.

A escola publicou um texto em seu perfil no Facebook lamentando o ocorrido. “É com imenso e profundo pesar que comunicamos o falecimento da nossa aluna, a pequena e querida Alice. Nos solidarizamos com seus pais por todo o período de internação da filha e nos manteremos à disposição para todo apoio, acolhimento e atenção necessários nesse momento tão triste. Nossa comunidade escolar mantém-se em orações e emana energias positivas a toda família", diz a publicação.

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Em nota, o Sindserv alerta que a categoria dos profissionais de saúde não estão em segurança. “Mais uma morte que poderia ser evitada. E não foi por falta de aviso, os trabalhadores denunciam que as aulas presenciais iriam matar trabalhadores e alunos desde o ano passado. Hoje foi mais um dia em que os servidores fizeram ato em frente ao Paço Municipal exatamente sobre isso. A luta é pelo ensino 100% remoto enquanto a população não é vacinada e contra o Decreto que impõe a volta ao trabalho presencial a todos os servidores que estão em regime de home office. Já são mais de 948 crianças, de 0 a 9 anos, mortas no Brasil pela covid-19. O país é o 2° com mais mortes de crianças”, afirmou o Sindicato.

A Seduc divulgou uma nota lamentando a morte da menina. A pasta informou que ela estava internada em um hospital particular, e comenta sobre a condição dela e de seus pais. “A aluna da rede municipal era autista e os pais da menina tiveram a doença. A estudante compareceu presencialmente à escola, pela última vez, no dia 12 de maio, pelo fato de que seus pais já estavam com a covid-19, e ela ser, à época, considerada contactante. De acordo com a notificação do caso da bebê à Secretaria Municipal de Saúde, o laudo com o resultado positivo para covid saiu no dia 23 de maio, dois dias após a criança fazer a teste”, informou a Seduc.

A nota da pasta ainda informa sobre os procedimentos tomados na escola depois da confirmação da infecção da aluna. “28 profissionais da educação fizeram os testes para detecção de covid-19, de forma preventiva, na semana passada (31/05 e 01/06). Todos os testes foram negativos. As aulas na unidade continuaram a ser oferecidas de forma híbrida, com aulas presenciais três vezes por semana (segundas , quartas e sextas), com aproximadamente 25% dos alunos matriculados, por período. Mais de 70% das famílias optaram pelo ensino remoto. Não houve necessidade de mudança na estrutura de atendimento da escola, pois os sintomas da aluna apareceram em casa, não tendo ela contato com outros alunos, nem professores”, diz a nota da Secretaria de Educação.

“A Seduc informa, ainda, que os contactantes (indivíduos que tiveram contato próximo e por um período superior a 15 minutos) dos casos (confirmados e suspeitos), em cada uma das unidades de ensino, ficam afastados por medida de precaução, sendo que, passado o período de afastamento (10 dias) e não apresentando sintomas, retornam às atividades, conforme orientação da portaria conjunta 01 (Seduc e SMS), de 22 de janeiro de 2021. Destaca que todas as escolas municipais seguem os protocolos sanitários de segurança e receberam itens de proteção individual e materiais de higienização”, finaliza a nota.

Silêncio e constrangimento. A decisão de não punir o general Eduardo Pazuello pela quebra das regras e normas disciplinares do Exército foi recebida na tropa com sentimentos amargos. Informalmente, o efetivo se divide entre os "operacionais" e os "políticos" - sendo esses geralmente os articuladores dos interesses da Força, cabendo aos primeiros cuidar da prontidão para emprego em caso de mobilização. Na quinta-feira, depois da divulgação da opção pela blindagem de Pazuello por pressão do presidente da República, Jair Bolsonaro, poucos oficiais se dispuseram a fazer comentários.

A punição ou o arquivamento da apuração é atribuição do comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira. A consulta aos outros 15 generais de quatro estrelas integrantes do Alto Comando é uma formalidade.

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O colegiado queria uma punição, ainda que limitada a mera advertência verbal. Não funcionou. A desaprovação do presidente Jair Bolsonaro não admitiu concessões. O Exército foi enquadrado. Como disse um oficial da reserva, "Bolsonaro está bem perto de conseguir o que sempre quis, o Exército dele".

Diferentes generais da reserva que eram favoráveis à punição não quiseram comentar o caso após a decisão do comandante, por respeito à hierarquia e por ainda estarem subordinados a Paulo Sérgio.

Um dos únicos a falar, o general Paulo Chagas, combatente de cavalaria e já reformado, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que o desfecho do caso Pazuello ameaça a disciplina e o comandante colocou sua autoridade em risco.

"Lamento a decisão. Está aberto o precedente para que a política entre nos quartéis. A disciplina está ameaçada", afirmou Chagas, que fez campanha com Bolsonaro e depois se afastou do presidente.

Os fundamentos da Força contemplam uma tropa formada por brigadas chefiadas por generais e batalhões comandados por coronéis, quase todos combatentes, líderes da tropa. Para um desses coronéis, a não punição de Pazuello por participar de um ato político "é um convite à insubordinação: nada mais impede que na campanha eleitoral de 2022 haja um 'manifesto dos sargentos' ou uma 'carta dos capitães' apoiando uma ou outra candidaturas".

De fato, seria ingênuo supor que entre os cerca de 200 mil homens e mulheres do Exército as ideias políticas sejam unanimemente conservadoras e à direita. A aparência monolítica tem sido o resultado da combinação das três virtudes militares básicas - ordem, disciplina, hierarquia - obedecidas com extremo rigor. 

O general Carlos Alberto Santos Cruz publicou, nesta sexta-feira (4), um texto em que se diz envergonhado pela decisão do Exército de não punir o general Eduardo Pazuello por ter participado de um ato político com o presidente da República, Jair Bolsonaro. Santos Cruz escreveu que o ocorrido é uma "desmoralização para todos nós" e que o presidente "procura desrespeitar, desmoralizar pessoas e enfraquecer instituições".

"Mais um movimento coerente com a conduta do Presidente da República e com seu projeto pessoal de poder", disse o militar, que foi ministro-chefe da Secretaria de Governo de Bolsonaro. "A cada dia ele avança mais um passo na erosão das instituições."

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Santos Cruz chamou a decisão de não punir Pazuello de "subversão da ordem, da hierarquia e da disciplina no Exército, instituição que construiu seu prestígio ao longo da história com trabalho e dedicação de muitos".

O militar lembrou ainda que Bolsonaro já se referiu à instituição como "meu Exército". "O 'seu Exército' não é o Exército Brasileiro. Este é de todos os brasileiros. É da nação brasileira", escreveu ele.

O general terminou o texto pedindo que a politização das Forças Armadas seja combatida "pela raiz". "Independente de qualquer consideração, a união de todos os militares com seus comandantes continua sendo a grande arma para não deixar a política partidária, a politicagem e o populismo entrarem nos quartéis", concluiu.

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Santos Cruz foi secretário nacional de Segurança Pública de Michel Temer. Ele apoiou a candidatura de Bolsonaro em 2018, e chegou a chamar o candidato opositor, Fernando Haddad (PT), de "fascista".

O general se tornou ministro-chefe da Secretaria de Governo de Bolsonaro, mas foi demitido em 2019.

Desde então, o militar assumiu uma postura crítica ao governo. Em março deste ano, ele publicou uma carta em que pedia a união do centro contra Lula e Bolsonaro. Na ocasião, escreveu que "o Brasil não merece ter que optar entre dois extremos já conhecidos, viciados e desgastados".

Políticos lamentaram a morte do empresário e ex-deputado federal Camilo Cola. Cola morreu na noite de ontem aos 97 anos de causas naturais em Cachoeiro de Itapemirim (ES). O executivo foi fundador da Viação Itapemerim e deputado federal pelo MDB do Espírito Santo entre 2007 e 2015.

O presidente Jair Bolsonaro destacou a atuação de Cola como ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial. "Obrigado por garantir nossa liberdade na luta contra o nazismo e fascismo", escreveu Bolsonaro em sua conta oficial do Twitter.

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O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que o empresário ajudou a profissionalizar o transporte no Brasil. "Lamento o falecimento do visionário Camilo Cola, fundador da Itapemirim e que ajudou a profissionalizar o transporte no Brasil. Em 2020 pude agraciá-lo com a Medalha Barão de Mauá, honraria àqueles que fizeram pelo setor", disse Tarcísio, também no Twitter. Em novembro de 2020, Cola recebeu a Medalha de Mérito Mauá de Freitas, como homenagem à sua contribuição ao desenvolvimento e progresso do setor de infraestrutura e do País.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), informou que vai decretar luto oficial de três dias no Estado. "Recebi com pesar a notícia do falecimento de Camilo Cola, ex-combatente, apaixonado pela política e, sobretudo, um dos maiores empreendedores do Brasil, que mesmo com o avançar da idade sempre fez planos para o futuro", escreveu Casagrande, na rede social.

O senador Fabiano Contarato (Rede Sustentabilidade-ES) disse que Cola deixa um legado de liderança inspirador para as novas gerações. "O Espírito Santo e o Brasil perdem Camilo Cola, um empresário visionário, que aliou sua ampla visão empreendedora com o desenvolvimento econômico que gerou riqueza ao País", escreveu o senador no Twitter.

Integrantes do PSDB reagiram aos elogios públicos e à aproximação entre os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. A notícia de que ambos almoçaram juntos, na semana passada, na casa do ex-ministro Nelson Jobim, provocou mal estar no partido. Bruno Araújo, presidente da Executiva nacional tucana, resumiu o incômodo e fez um apelo para o partido evite 'passar sinais trocados" a seus eleitores.

"Esse encontro ajuda a derrotar Bolsonaro, mas não faz bem a um potencial candidato do PSDB. Nossa característica é saber dialogar, inclusive com adversários políticos. De toda forma, precisamos evitar sinais trocados aos nossos eleitores. O partido segue firme na construção de uma candidatura distante dos extremos que se estabeleceram na democracia brasileira", afirmou Araújo. "Depois de o petismo rotular seu governo de 'herança maldita', parece mais que estão em busca de votos do que um reconhecimento da gestão de FHC."

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Lula registrou o encontro nesta sexta-feira, 21, por meio de suas redes sociais. A aproximação com o tucano faz parte da estratégia do petista de se apresentar como um pré-candidato moderado e atrair lideranças do centro político. À coluna Direto da Fonte, FHC afirmou nesta sexta que continua buscando uma terceira via entre Bolsonaro e Lula. Se possível, no PSDB. "Se essa não acontecer, não vou deixar meu voto em branco". Ele também tuitou sobre o assunto: "Reafirmo, para evitar más interpretações: PSDB deve lançar candidato e o apoiarei; se não o levarmos ao segundo turno, neste caso não apoiarei o atual mandante, mas quem a ele se oponha, mesmo o Lula."

O ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) reviveu no domingo o luto de perder um Covas e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de assumir o comando do Estado. Em 2001, assim como ocorre agora com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), o tucano passou de vice a titular também por causa de um câncer. "Depois disso, ao governar, sempre pensava o que ele faria em meu lugar."

Mas, se há semelhanças nas trajetórias de Alckmin e Nunes, há diferenças significativas. O tucano cita talvez a principal: "Fui seis anos copiloto de Mário Covas." Outra diz respeito à formação "chapa pura" do governo.

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Ambos eram do PSDB, ou seja, o poder não mudou de partido. Além disso, Alckmin já havia sido prefeito e deputado.

Um dos poucos participantes da missa de corpo presente celebrada na sede da Prefeitura, Alckmin também se recordou da fé que envolveu a doença de Mário Covas e também do neto. "Estive com Bruno há poucas semanas. Assim como o avô, nunca o vi reclamando da doença, do sofrimento. Muito impressionante pra mim essa resignação que os dois tiveram diante dos desígnios de Deus."

O ex-governador ainda conta que a missa foi celebrada pelo mesmo sacerdote que acompanhou a família durante a doença de Mário Covas: o padre espanhol Rosalvino Morán Viñayo, um dos responsáveis pela Obra Social Dom Bosco, na zona leste. "Ele chegou a caminhar até Aparecida do Norte para pedir pela saúde de Mário Covas. É muito próximo de todos, dá conforto. Bruno mostrou que era um homem de fé, não merecia isso."

Para Alckmin, o legado público de Bruno foi a coragem, a determinação em enfrentar a doença sem nunca se deixar desanimar. E a transparência. "Desde o primeiro momento ele informou a população não só sobre a doença, mas sobre toda a sua evolução", afirma.

O tucano também elogiou a proximidade com o filho. "Ficou certamente para o Tomás o exemplo de bom pai. Sabe que um dia o visitei na Prefeitura e ele fez questão de abrir a porta da sala ao lado para me mostrar Tomás, que estava ali ao lado, estudando. Eles eram grudados, amigos mesmo, uma relação muito forte", diz.

Diante da polarização política cada vez mais acentuada no País, Alckmin ainda ressalta que Bruno mostrava que era possível fazer política sem vale tudo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, prestou no período da tarde deste domingo, 16, solidariedade aos familiares e amigos do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, que morreu no período da manhã. A mensagem de Bolsonaro foi publicada no Twitter cerca de seis horas depois da comunicação da morte de Covas em nota da prefeitura.

A manifestação do presidente da República foi publicada no momento em que um cortejo com o corpo de Covas seguia por São Paulo até Santos, para o enterro.

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"Nossa solidariedade aos familiares e amigos do Bruno Covas, que faleceu hoje após uma longa batalha contra o câncer. Que Deus conforte o coração de todos!", escreveu Bolsonaro.

Mais cedo, os ministros da Secretaria-Geral de Governo, Onyx Lorenzoni, e da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, também prestaram condolências à família.

Políticos de diversos espectros, como o candidato derrotado por Covas à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) e a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), além de várias lideranças lamentaram a partida do tucano.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, disse que o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), que morreu neste domingo (16), deixou "valiosas lições de perseverança e esperança a todos nós".

Em nota, Fux destacou que Covas "partiu ainda muito jovem". O prefeito morreu aos 41 anos, vítima de câncer. "Deu grande exemplo de dedicação à vida pública. Toda a minha solidariedade à família, ao filho e aos amigos", completou.

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, que também é ministro do STF, divulgou nota em nome dos demais ministros do TSE em que se solidariza com a família de Covas e com a população paulistana.

"Bruno Covas foi reeleito, no ano passado, com mais de 3 milhões de votos e honrou a tradição democrática da família, que teve no Senador Mário Covas outro integrante respeitado e admirado pela nação brasileira", completou.

Time do coração do prefeito de São Paulo, o Santos Futebol Clube usou sua página online para lamentar neste domingo a morte do prefeito de São Paulo, Bruno Covas. O clube lembrou que Covas era sócio e ex-conselheiro e decretou luto oficial de sete dias.

"Perdemos um batalhador, um homem que lutava pela comunidade. Nos deixa muito cedo", afirmou Andres Rueda, presidente do Santos. "Um santista que nos encheu de orgulho, assim como o seu avô Mário Covas. Nos solidarizamos com a dor da família e expressamos nossos mais profundos votos de pesar."

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Covas morreu aos 41 anos. Ele lutava desde novembro de 2019 contra um câncer que, inicialmente, atingiu o trato digestivo. Nas últimas semanas, exames detectaram novos tumores no fígado, na estrutura da bacia e na coluna vertebral.

Santista fanático, Bruno Covas apareceu em fotos com a camisa do Santos nos últimos meses. Uma das imagens mais emblemáticas mostrava Covas no hospital, de mãos dadas com o filho Tomás, que vestia uma camisa do clube.

Corinthians

O Corinthians também manifestou, por meio de redes sociais, pesar pela morte de Bruno Covas. "Gestor jovem, pai e grande apreciador do futebol, Bruno também deixou um exemplo de luta pela vida. O clube se une a todos os paulistanos, em especial à família Covas, neste dia de luto e dor", escreveu o clube.

O Palmeiras usou o Twitter para lamentar a morte de Covas. "O clube se solidariza com os familiares, amigos e admiradores neste triste momento de luto".

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou neste domingo a morte do prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas (PSDB). "Meus sentimentos aos familiares, amigos e correligionários de Bruno Covas, que nos deixou hoje após travar uma longa e dura batalha contra o câncer. Que Deus conforte o coração de sua família", disse, em sua conta do Twitter.

Até a manhã deste domingo, o presidente Jair Bolsonaro ainda não se manifestou sobre o ocorrido. Covas morreu neste domingo aos 41 anos, após uma longa batalha contra um câncer no sistema digestivo.

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O ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta lamentou, neste domingo (16), por meio do Twitter, a morte do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB). "Tristeza, Bruno Covas, meu colega de legislatura, homem público de valores, íntegro. Lutou o bom combate. Que possa descansar em paz após essa batalha. E que Deus conforte o coração dos familiares e amigos", escreveu.

Covas morreu aos 41 anos. Ele lutava desde novembro de 2019 contra um câncer que, inicialmente, atingiu o trato digestivo.

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Nas últimas semanas, exames detectaram novos tumores no fígado, na estrutura da bacia e na coluna vertebral, agravando o seu quadro a ponto de a equipe médica do Hospital Sírio Libanês decretar a irreversibilidade do seu estado de saúde.

O apresentador Luciano Huck, considerado potencial candidato nas próximas eleições presidenciais, postou nesta manhã de domingo uma mensagem sobre a morte do prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas, que morreu aos 41 anos.

Segundo Huck, a cidade de São Paulo está de luto. "Que tristeza. A cidade de São Paulo está de luto. O prefeito Bruno Covas partiu. Cedo demais. Fica o exemplo de um gestor moderno, que fez política com espírito público e responsabilidade. Um cara correto e trabalhador. Aos familiares, todo o meu carinho. Fiquem com Deus", disse pelo Twitter.

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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) lamentou a morte de seu correligionário, o prefeito Bruno Covas. Na manhã deste domingo (16), Covas faleceu em decorrência de um câncer contra o qual lutava desde 2019.

Em nota, o governador relembrou a carreira política do prefeito paulista, destacando sua coragem e lealdade. "Você foi e continuará sendo para todos nós, um eterno exemplo", diz o governador.

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"Obrigado Bruno Covas, por ter compartilhado, com todos nós, tanto carinho e dedicação. À Renata e ao Pedro, seus Pais, Gustavo, seu irmão, e especialmente Tomás, seu filho, meu afeto nesse momento doloroso em que a natureza subverte o curso da vida. São Paulo terá sempre muito orgulho desse filho querido", afirmou em nota.

Durante dois anos Covas e Doria atuaram juntos na cidade de São Paulo, quando Covas foi vice-prefeito da capital paulista até que o então prefeito João Doria pediu licença do cargo para disputar o governo do Estado, vencendo o pleito no primeiro turno.

Doria destacou o período em sua mensagem. "Tive o privilégio de acompanhá-lo desde o início da vida pública, ao lado do seu avô Mario Covas. Tive a honra de tê-lo como vice, na prefeitura de São Paulo. E a alegria de ver seus ideais e realizações aprovados nas eleições de 2020" disse.

Desde a última sexta-feira, o quadro do prefeito, que estava licenciado do cargo, foi considerado irreversível pela equipe médica que o acompanhava. Às 8h20 desta manhã o Hospital Sírio-Libanês confirmou a morte de Covas, que deixa o filho de 15 anos, Tomás Covas Lopes.

Considerada a operação mais letal da história do Rio de Janeiro, a ação policial na favela do Jacarezinho, zona norte da capital fluminense, nessa quinta-feira (6), deixou 25 mortos e mais uma mancha no histórico de despreparo da segurança pública carioca. O caso, que segue enfrentando grande repercussão e críticas, chegou com força à mídia internacional, que não poupou palavras ao descrever e relembrar episódios de violência policial no Brasil.

No novo triste episódio, segundo a Polícia Civil, 24 suspeitos de integrar o crime organizado foram mortos durante o conflito com traficantes. As identidades ou circunstâncias das mortes ainda não foram reveladas, embora a corporação fale em baixas conflituais, o que entra em conflito com os relatos da população, que menciona execução e abuso policial.

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Também perdeu a vida durante o confronto o policial civil André Leonardo de Mello Frias, da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod). Outros dois agentes foram baleados e dois passageiros do metrô ficaram feridos após serem atingidos dentro de uma composição.

Repercussão internacional

O massacre na favela carioca teve repercussão imediata no exterior. Na mídia britânica, as manchetes que mais repercutiram foram do The Guardian e The Independent. Na Argentina, o La Nación também noticiou o ocorrido. Veículos franceses como o Le Monde Diplomatique ou catarianos, como o Al Jazeera, integraram a cobertura internacional sobre o caso. Em todas as publicações, classificações como “carnificina”, “violência policial”, “banho de sangue” dão o tom necropolítico que descreve a ação policial no Rio de Janeiro.

A publicação francesa se baseia em texto da agência de notícias AFP e fala em "banho de sangue", trecho em destaque na reportagem. O Le Monde cita depoimentos de moradores da região sobre corpos em poças de sangue no chão e outros sendo levados para veículos blindados das forças de segurança, assim como depoimentos que falam em execução.

“Moradores relataram ter visto cadáveres caídos na calçada em poças de sangue e vários corpos retirados de um veículo blindado da polícia, disse uma autoridade da comunidade local, pedindo por razões de segurança que seu nome não fosse publicado”, diz o texto.

O The Guardian foi o primeiro veículo internacional a noticiar o massacre. Com tom altamente crítico, o britânico menciona “comemorações” da Polícia Civil e chama de “carnificina” o ocorrido, citando falas polêmicas de figuras brasileiras sobre a operação.

“Policiais e suas animadoras de torcida nos tabloides cariocas celebraram a missão como um ataque essencial às gangues de traficantes que há décadas usam as favelas como suas bases. “Seria ótimo se a polícia pudesse lançar duas operações como essa todos os dias para libertar o Rio de Janeiro dos traficantes, ou pelo menos reduzir seu poder”, disse o apresentador do Balanço Geral, um popular programa policial de televisão, aos telespectadores saudando o que ele chamado de ataque ‘cirúrgico’”, escreveu o jornal.

Na rede de notícias Al Jazeera, do Catar, a reportagem traz o termo “carnificina” no título (foto de capa). "A mídia brasileira aplaudiu amplamente a operação, dizendo que foi uma repressão justificada ao tráfico de drogas e outros crimes violentos na comunidade."

Após diversas publicações sobre o assunto, o espanhol La Nación dedicou um dos textos para falar dos relatos de abuso policial durante a operação. Na foto, se destaca o registro da fotógrafa Silvia Izquierdo, da AP, que mostra uma jovem do Jacarezinho gritando em direção aos policiais durante o conflito.

“Ecos de um tiroteio sangrento de várias horas em uma favela do Rio de Janeiro duraram até sexta-feira: as autoridades disseram que a operação policial matou com sucesso duas dúzias de criminosos, e moradores e ativistas denunciaram abusos dos direitos humanos. Pouco depois do amanhecer de quinta-feira, dezenas de policiais civis do estado invadiram o Jacarezinho. Eles procuravam traficantes de drogas de uma das organizações criminosas mais conhecidas do país, o Comando Vermelho, e os corpos se amontoaram rapidamente”, relatou o veículo.

No fim da manhã desta terça-feira (4), um atentado a uma pré-escola da cidade de Saudades, em Santa Catarina, deixou quatro pessoas mortas, sendo três crianças e uma professora. De acordo com declaração do delegado Jerônimo Marçal Ferreira, o autor do crime, que tem 18 anos, teria invadido a creche por volta das 10h, portando um facão.

"A única coisa que a gente não tem é exatamente o motivo que o levou a fazer isso. A gente vai tentar descobrir. Nossa maior preocupação é confirmar que foi um fato isolado. Porque é provável que seja, mas a gente precisa descartar a possibilidade que tenha mais alguém pensando em fazer uma coisa dessa", disse o delegado Jerônimo Marçal Ferreira, em entrevista à Globo.

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O acusado foi preso ainda no local do crime, quando tentava desferir golpes em si mesmo, e encaminhado para atendimento médico no Hospital Beneficente de Pinhalzinho, cidade vizinha. Em entrevista ao G1, a secretária de Educação de Saudades, Gisela Hermann, que esteve no local do crime após o ataque, descreveu o ambiente como uma “cena de terror”, e disse estar “em choque”. A creche Aquarela atende crianças de seis meses a dois anos de idade, conforme informou a secretária.

No Twitter, a hashtag #forçasaudades está sendo usada para repercutir o caso. A Chapecoense, por exemplo, compartilhou uma mensagem à cidade. "Estamos extremamente consternados com a notícia da tragédia que acaba de acontecer no município de Saudades. Faltam palavras para mensurar a dor que estamos sentindo diante de tamanha atrocidade", postou o clube.

A deputada federal Carla Zambelli também se manifestou. "Absolutamente chocada com a barbárie hedionda que acaba de ocorrer no município de Saudades no Oeste de Santa Catarina. Minha solidariedade às vítimas e seus familiares. O Brasil está de luto", escreveu no Twitter.

Também por meio das redes sociais, o Cortinhians prestou solidariedade às famílias e amigos das vítimas. "O Corinthians se solidariza com o município de Saudades, em Santa Catarina, ante o horror da manhã desta terça-feira. O clube se une às famílias das vítimas na dor desse episódio incompreensível", escreveu.

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