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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu prazo de 48 horas para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) enviar de informações à Corte sobre caminhões e veículos que participaram de bloqueios em rodovias federais. 

A decisão deverá ser cumprida também pela Polícia Federal (PF) e as polícias Civil e Militar dos estados. A decisão foi tomada na ação na qual o ministro determinou o total desbloqueio das rodovias que registraram paralisações de caminhoneiros a partir do dia 30 de outubro após a divulgação do resultado do segundo turno da eleição para presidente da República. 

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Na decisão, assinada nesta segunda-feira (7), Moraes também pediu dados sobre os proprietários dos veículos. 

"Determino às polícias civis e militares dos estados e Distrito Federal, bem como à Polícia Federal e à Polícia Rodoviária Federal, o envio de e sobre a identificação dos caminhões e veículos que participaram ativamente dos bloqueios e nas manifestações em frente aos quartéis das Forças Armadas, assim como os dados dos respectivos proprietários, pessoas físicas ou jurídicas. Determino, ainda, que informem se identificaram líderes, organizadores e/ou financiadores dos referidos atos antidemocráticos, com a remessa dos dados e providências realizadas", escreveu Moraes. 

No dia 30 de outubro, após o anúncio da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva para a Presidência da República, em segundo turno, grupos de caminhoneiros iniciaram bloqueios em diversos pontos do país. 

Bloqueios De acordo com a PRF, o fluxo de veículos está parcialmente interrompido em 15 pontos do país. Há quatro bloqueios totais em Bom Jesus do Araguaia (MT), Campos de Júlio (MT), Sapezal (MT) e Rio do Sul (SC). Desde a semana passada, 1.049 manifestações foram desfeitas pelos agentes da corporação

Com menos de dois meses para o fim do governo Bolsonaro, o Ministério da Infraestrutura ainda aposta que poderá tirar do papel o leilão de concessão do Porto de Itajaí (SC) e lançar os editais para a licitação de dois lotes de rodovias no Paraná. O planejamento ainda conta com sete arrendamentos portuários previstos para 2022, nos portos de Maceió, Porto Alegre, Fortaleza e Vila do Conde (PA).

O leilão para decidir a transferência à iniciativa privada da administração da BR-381, em Minas, conhecida como "rodovia da morte", tem poucas chances de avançar neste ano. Apesar de o projeto já estar no Tribunal de Contas da União (TCU), seu teor não foi julgado pelo plenário até o momento, o que joga contra as chances do atual governo.

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O mesmo acontece com a proposta de privatização do Porto de Santos, ainda em análise no TCU - apesar de o Ministério da Infraestrutura oficialmente dizer que mantém seu cronograma.

A vantagem dos projetos relativos a rodovias no Paraná é que a Corte de Contas chancelou na semana passada as propostas do governo. A concessão dos dois lotes prevê investimentos na ordem de R$ 18,6 bilhões, para contratos com prazo de 30 anos. Além desse montante, estão previstos R$ 8,3 bilhões em custos e despesas operacionais. As modelagens foram negociadas e desenhadas com o governo estadual, comandado por Ratinho Júnior (PSD), aliado de Bolsonaro reeleito no Paraná.

No total, o programa para as estradas paranaenses negociado entre o Estado e o Ministério da Infraestrutura prevê a concessão de seis lotes de rodovias. Há tempo hábil para o atual governo encaminhar apenas os editais dos dois primeiros lotes. O restante, que ainda não passou pela chancela do TCU, ficará sob responsabilidade do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os editais

"A previsão do projeto de concessão do sistema rodoviário paranaense é de que os editais de licitação dos lotes 1 e 2, com investimentos estimados de R$ 18,6 bilhões em mais de 1 mil quilômetros de estradas que cortam o Estado, sejam lançados ainda este ano pela ANTT", afirmou ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o Ministério da Infraestrutura, sem prever mais leilões para este ano no setor de rodovias.

Por outro lado, a pasta reafirmou que pretende bater o martelo sobre a concessão do Porto de Itajaí, cuja administração hoje é municipal. A ideia é realizar o leilão em dezembro e atrair com o projeto investimentos na ordem de R$ 2,8 bilhões. "Quanto ao Porto de Itajaí, a expectativa do MInfra é realizar a licitação da concessão em dezembro deste ano com investimentos previstos de R$ 2,8 bilhões."

A modelagem prevê que o futuro concessionário administre o porto e opere contêineres, prestando serviços aos usuários dos portos (embarcadores, exportadores e importadores). As principais cargas conteinerizadas a serem transportadas são carnes, principalmente de aves, e madeiras.

Porto de Santos e BR-381

Em relação ao projeto de concessão da BR-381, cuja modelagem inicial não atraiu interessados no início do ano, o governo Bolsonaro ainda não desistiu completamente. Mas não há otimismo para realizar o leilão ou mesmo publicar o edital neste ano. Apesar de o projeto já estar no Tribunal de Contas da União (TCU), a avaliação é de que, como o ativo e o histórico são sensíveis do ponto de vista político e de engenharia, seria melhor deixar para o novo governo avaliar se seguirá com o projeto.

A privatização do Porto de Santos é outra na fila de reavaliação. O movimento de dar "um passo atrás" antes de qualquer decisão se impôs diante das diversas sinalizações de que Lula interromperia a desestatização.

Em nota, o Ministério da Infraestrutura afirmou que o processo de desestatização segue normalmente em trâmite de análise TCU, "com o mesmo teor, mesmos estudos e previsões".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pernambuco amanheceu sem pontos de bloqueio nas rodovias federais nesta quinta-feira (3), após dias de protestos e interdições em diferentes pontos do estado. Desde segunda-feira (31), um dia após o resultado das Eleições 2022, apoiadores do ainda presidente da República Jair Bolsonaro (PL) foram às ruas questionar a legitimidade do processo eleitoral sob alegações de golpe, diante da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assume em janeiro de 2023.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF-PE), o único ponto em que há manifestantes é o quilômetro sete da rodovia BR-232, em frente ao Comando Militar do Nordeste (CMNE), no Recife, mas o trânsito não foi afetado.

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Na terça-feira (1º), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que as polícias militares liberassem imediatamente todas as vias públicas bloqueadas pelos protestos, cujo objetivo é considerado ilegítimo por lei.

PM precisou intervir em PE

Nesse Dia de Finados (2), o último ponto de interdição nas rodovias federais de Pernambuco foi liberado, após mais de 40 horas de bloqueio realizado por manifestantes no quilômetro 22 da BR-104, em Taquaritinga do Norte, no Agreste de Pernambuco. 

A ação foi realizada pela PRF com o apoio da tropa de choque da instituição, do Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPI-PF), Secretaria de Defesa Social (SDS), 4⁰ Batalhão de Polícia Militar de Caruaru e 24⁰ Batalhão de Polícia Militar de Santa Cruz do Capibaribe.

“Após esgotados todos os meios de negociação e diante da insistência dos manifestantes em permanecerem bloqueando a rodovia, a utilização da tropa de choque da PRF foi necessária para garantir a liberação do trecho. A ação obedeceu aos protocolos de segurança da instituição e não foram registrados feridos na ação. Um suspeito de liderar a manifestação foi identificado e encaminhado à Delegacia de Polícia Federal em Caruaru, para a adoção das medidas legais cabíveis”, informou a PRF.

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais, nesta quarta-feira (2), para pedir aos seus eleitores que fazem manifestações e bloqueiam rodovias pelo país que desobstruam as estradas. O apelo do presidente, que aparece em vídeo falando sobre o assunto, acontece apenas após três dias de protestos em diversas BRs. 

Na gravação, Bolsonaro diz saber que os manifestantes estão "chateados e tristes", assim como ele, mas não podem prejudicar o direito constitucional de ir e vir das pessoas, além da economia do país.  

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"Brasileiros que estão protestando por todo Brasil, sei que vocês estão chateados e tristes, esperavam outras coisas, eu também estou chateado e triste, mas temos que ter a cabeça no lugar. Os protestos são muito bem-vindos, fazem parte do jogo democrático, mas tem algo que não é legal, o fechamento de rodovias pelo Brasil prejudica o direito de ir e vir das pessoas, está lá na Constituição, e nós sempre estivemos dentro das quatro linhas", disse.

Os protestos fecham estradas pelo país desde o último domingo (30), quando Bolsonaro foi derrotado nas eleições e a maioria da população brasileira elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para governar o país a partir de janeiro de 2023. Além disso, também há pedidos antidemocráticos, como a intervenção militar.

Bolsonaro disse que todo mundo está tendo prejuízo com as rodovias fechadas. "A economia tem sua importância, você talvez dê mais importância a outras coisas agora, mas eu quero fazer um apelo a você, desobstrua as rodovias, isso não faz parte, ao meu ver, das manifestações legítimas. Outras manifestações, em praças, fazem parte do jogo democrático. Prejuízo todo mundo está tendo com essas rodovias fechadas, o apelo que eu faço a você é que proteste de outra forma, em outros locais, isso é bem-vindo e faz parte da democracia", declarou. 

Veja a gravação completa:

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Pernambuco informou, por volta das 17h40 desta quarta-feira (2), que não há mais registros de interdições nas rodovias federais do Estado. O último bloqueio que estava sendo realizado no km 22 da BR-104, em Taquaritinga do Norte, foi liberado totalmente por volta das 17h05.

Para o desbloqueio da via, após 40 horas de manifestação, a PRF precisou usar a tropa de choque da instituição, do Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPI-PF), Secretaria de Defesa Social (SDS), 4⁰ Batalhão de Polícia Militar de Caruaru e 24⁰ Batalhão de Polícia Militar de Santa Cruz do Capibaribe. 

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Segundo a PRF,  após esgotados todos os meios de negociação e diante da insistência dos manifestantes em permanecerem bloqueando a rodovia, a utilização da tropa de choque da PRF foi necessária para garantir a liberação do trecho. "A ação obedeceu aos protocolos de segurança da instituição e não foram registrados feridos na ação. Um suspeito de liderar a manifestação foi identificado e  encaminhado à Delegacia de Polícia Federal em Caruaru, para a adoção das medidas legais cabíveis", diz a nota da polícia.

Outros Estados

O mais recente balanço da PRF aponta que o Brasil tem 15 estados com rodovias interditadas na tarde desta quarta-feira (2). No levantamento do fim da manhã, eram 15 e, em seguida, o total subiu para 17. Tocantins, que não tinha ações pela manhã, registra quatro interdições. Os manifestantes não aceitam o resultado das eleições presidenciais. O segundo turno foi domingo (30). 

Na comparação com o período da manhã, houve piora em Goiás, que passou de duas para três interdições; Amazonas e Espírito Santo, que tinham três pontos, agora têm quatro; Maranhão, que apresentava um ponto com fluxo parcialmente impedido, agora tem bloqueio total da via; Mato Grosso (31 pontos de interdição. Antes, eram 30); Rondônia (tinha 11 interdições e agora tem 12); e Rio Grande do Sul, que registra três pontos com bloqueio total da pista, além de uma interdição.

A PRF informou, também, que os bloqueios são interrupções totais das vias, enquanto as interdições mantêm o fluxo parcialmente impedido. A situação permaneceu igual no Acre (duas interdições) e Rondônia (12 interdições).

Houve liberação de vias nos seguintes estados, também na comparação com o período da manhã: Bahia (sem interdições), Mato Grosso do Sul (duas interdições. Antes, eram quatro); Pará (as vias interditadas passaram de 17 para 13); Santa Catarina (de 36 bloqueios, o cenário mudou para 14 interdições e 20 bloqueios); e São Paulo (recuo de três para duas interdições).

A Polícia Rodoviária Federal anunciou, também, que, em todo o país, 688 rodovias federais já foram liberadas. No balanço anterior, divulgado no início da tarde de hoje, eram 667. E, no fim da manhã, eram 631.

Impacto em São Paulo

Por volta das 14h de hoje, balanço da Polícia Militar de São Paulo indicava a interdição de 18 rodovias no estado. A pesquisa mostrou, também, que 121 rodovias estaduais foram liberadas e 137 tinham sido parcialmente desimpedidas. No final da manhã, a Tropa de Choque da Polícia Militar foi acionada para liberar as faixas da Rodovia Castello Branco, na região de Barueri. 

A venda de passagens nos terminais rodoviários do Tietê e da Barra Funda foi parcialmente retomada nesta quarta-feira, informou a concessionária Socicam. Desde o dia 31, quando começaram os bloqueios nas estradas e até a madrugada de hoje, cerca de 1,4 mil viagens, que partiriam desses terminais, foram canceladas. Foram retomadas as partidas para o Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis e outras cidades menores.

A concessionária informou, ainda, que a movimentação nos terminais rodoviários segue tranquila e que há baixa demanda por se tratar de um feriado nacional no meio da semana. Para os passageiros que tiveram viagens canceladas, a orientação é que procurem as  empresas para remarcar os bilhetes.

A GRU Airport, concessionária do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, informou que, nesta quarta-feira, as vias de acesso aos terminais estão livres, mas nove voos foram cancelados, ainda como reflexo das manifestações na Rodovia Hélio Smidt. A administração do terminal orienta que os passageiros verifiquem a situação dos voos com as companhias aéreas.

*Com a Agência Brasil

Em boletim divulgado às 11h20 (de Brasília), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que os pontos de interdições e bloqueios em rodovias do País somavam 145, de 156 no meio da manhã. O número de interdições caiu de 110 para 93 e o de bloqueios avançou de 46 para 52. O Espírito Santo voltou a registrar bloqueio (1); no Rio Grande do Sul subiu de 1 para 3; no Paraná, de 8 para 10; e em Santa Catarina, de 35 para 36. As informações foram publicadas na conta oficial do Twitter da PRF.

Há ocorrências em 15 Estados. São eles: Acre, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Não há informações neste boletim sobre a situação no Tocantins, que constava no informe anterior como sem ocorrências.

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O maior número de bloqueios é registrado em Santa Catarina, com 36, e o de interdições, em Mato Grosso e no Pará, com 30 e 17, nesta ordem. Segundo a entidade, 631 manifestações já foram desfeitas.

A corporação anunciou uma operação para liberar estradas na madrugada da terça-feira, após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinar a liberação imediata das vias públicas.

Desde a noite de domingo, após a derrota eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), manifestantes interditam rodovias pelo País. Eles pedem a intervenção do Exército. Há registro de envolvimento de caminhoneiros e produtores rurais nos atos, mas são majoritariamente organizados por "populares", segundo a PRF.

Um vídeo que circula na internet de policiais rodoviários estaduais prestando continência a manifestantes bolsonaristas durante um bloqueio ilegal na Rodovia Cândido Portinari (SP-334), na noite da terça-feira (1º), em França (SP), será apurado pela Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo.

O conteúdo que circula nas redes sociais e nos grupos do WhatsApp mostra quatro policiais da Polícia Militar Rodoviária de São Paulo prestando continência, enquanto os apoiadores gritam em apoio aos agentes. Em seguida, um deles parece comemorar com os manifestantes que cumprimentam os policiais. 

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Num grupo do WhatsApp usado para a comunicação da PM, um tenente informou que estava no local e que os agentes agiram dessa forma para evitar que a via fosse obstruída novamente. “Como forma de agradecimento prestamos a continência. Utilizamos de meios de negociação para evitar males e a segurança da rodovia”, afirmou.

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Em nota enviada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP/SP), a Polícia Militar garantiu que vai apurar o caso. “A Polícia Militar esclarece que, tão logo tomou conhecimento dos fatos, acionou a Corregedoria da instituição para apuração e providências referentes ao caso”.

 

Bloqueios de rodovias

Depois da vitória de Lula (PT) nas eleições e, consequentemente, a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Presidência da República, os apoiadores do atual presidente não aceitaram o resultado das urnas e iniciaram uma série de bloqueios nas rodovias de todo o País.

As rodovias do Estado do Rio de Janeiro estão livres dos bloqueios e interdições promovidos por grupos antidemocráticos bolsonaristas. Não há intercorrências, de acordo com boletim da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A rodovia Dutra (BR-116) foi a última a ser desocupada. Até as 5 horas, informou a PRF, havia manifestantes.

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A faixa da direita chegou a ser interditada em Barra Mansa (km 281), mas o trânsito fluiu normalmente pela esquerda. O fluxo também seguiu em Itatiaia (km 310), onde cerca de 30 pessoas se aglomeraram no acostamento.

As estradas fluminenses tiveram, nos últimos dias, bloqueios com pneus incendiados, como aconteceu no Trevo de Manilha, impedindo o trânsito na Rio-Magé e na Niterói Manilha.

Com as rodovias liberadas, as viações retomaram, ao longo da madrugada, a venda de passagens da Rodoviária Novo Rio.

Os protestos antidemocráticos que impedem o tráfego em rodovias de todo o País já causam prejuízo para pacientes que precisam se deslocar para consultas, exames e tratamentos de alta complexidade, como cirurgias oncológicas, quimioterapia e hemodiálise. Há relatos de doentes que, por causa dos bloqueios, perderam atendimentos que demoraram meses para conseguir agendar.

As manifestações atrapalham ainda a entrega de medicamentos e insumos para hospitais, laboratórios e clínicas, que já observam queda nos estoques, além de dificultar a chegada de profissionais da saúde aos seus locais de trabalho.

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No município de Taquara (RS), na Região Metropolitana de Porto Alegre, ao menos cinco pacientes com câncer perderam atendimentos por ficarem presos na estrada. "Uma paciente perdeu uma cirurgia ginecológica (oncológica), os outros pacientes perderam consultas. A maioria era primeira consulta, que são reguladas pelos municípios de origem e que os pacientes geralmente levam muitos meses para conseguir", contou Vitória Silva, que trabalha no setor de regulação de um hospital que atende SUS no município e é referência em oncologia para cidades da região.

"Essas consultas são super importantes para que eles possam iniciar o tratamento", disse ela ao jornal O Estado de S. Paulo.

Vitória conta que alguns médicos estenderam seus plantões até mais tarde para conseguir atender outros pacientes que se atrasaram horas por causa dos bloqueios.

Crianças com câncer perdem sessões de quimioterapia

Em Florianópolis, crianças com câncer perderam sessões de quimioterapia por ficarem presas nas estradas de Santa Catarina, um dos Estados mais afetados pelas manifestações antidemocráticas. Segundo relato feito pela oncologista pediátrica Amanda Ibagy nas redes sociais, as crianças não conseguiram chegar a tempo na segunda-feira (31), e só puderam comparecer nesta terça (1º) ao "provarem" para os manifestantes que tinham câncer.

"Hoje (terça-feira) elas conseguiram (chegar), mas tiveram que sair muito cedo, ficaram presas nos bloqueios. Só deixaram passar porque elas tinham uma cartinha nossa, dizendo que elas têm câncer. Uma inclusive teve que tirar a touquinha para mostrar que a criança era careca. Isso tudo é muito triste porque, além de ter que lidar com a dor dos procedimentos, ainda tem essa incerteza se vão chegar ou não para o tratamento da criança", disse a médica, em sua página no Instagram.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, a médica contou que o paciente que mostrou a careca para conseguir autorização para passar no bloqueio é um menino de quatro anos que enfrenta uma leucemia. De acordo com a oncologista, a família mora em Lages, na Serra Catarinense, e saiu às 2 horas da madrugada de casa para conseguir chegar na manhã desta terça em Florianópolis. Foram seis horas na estrada em um trajeto que costuma demorar pouco mais de três horas.

"As mães entravam em contato com a gente desesperadas pedindo uma carta para provar que as crianças estavam indo para tratamento oncológico. Os pacientes que estavam em carros de secretarias da saúde até conseguiam passar, mas as que estavam com carro particular tinham dificuldade", relatou Amanda.

Uma das mães de paciente pediu que a equipe médica enviasse o documento detalhado para ela reconhecer a autenticidade em cartório para mostrar aos manifestantes e à Polícia Rodoviária Federal nos dias das próximas sessões de quimioterapia.

Ainda em Santa Catarina, a Prefeitura de Navegantes informou que profissionais da saúde não estavam conseguindo chegar aos postos de saúde. Ao menos três Unidades Básicas da Saúde (UBS) do município estavam sem médico na manhã desta terça.

Atraso em insumos para tratamento de leucemia

Em São Paulo, os pais de Clara, de 2 anos, que faz tratamento contra uma leucemia, sofrem com o atraso dos insumos para o medicamento quimioterápico que a menina precisa tomar todos os dias. O estoque que os pais tinham terminou nesta terça-feira e uma nova quantidade do medicamento foi solicitada pelo hospital que atende a criança na semana passada, com entrega prevista para segunda, 31, o que não se concretizou por causa das paralisações.

"A empresa transportadora disse que não tem previsão de quando vai conseguir entregar", conta a mãe de Clara, a enfermeira Marina Martins Ondei, de 36 anos.

Sem o remédio, a família conseguiu com outro hospital a doação de comprimidos para mais três dias e não sabe como dará continuidade ao tratamento caso o abastecimento não seja normalizado até a próxima sexta-feira. "Esses bloqueios insanos não vão prejudicar apenas minha filha, mas várias crianças que precisam chegar a outras cidades para fazer seus tratamentos. Isso é muito grave", disse ela.

O Hospital de Amor (antigo Hospital do Câncer de Barretos), no interior de São Paulo, informou que as paralisações já afetam o setor de suprimentos da unidade, que "deixou de receber mantimentos alimentícios, exigindo uma readequação no cardápio, mas não ocasionando danos aos pacientes, acompanhantes e colaboradores".

De acordo com o hospital, pacientes tiveram dificuldades para retornarem para suas cidades de origem, pois o transporte precisou ser remarcado devido aos bloqueios.

Pacientes em tratamento renal também estão sendo prejudicados. De acordo com a Associação Brasileira de Centros de Diálise e Transplante (ABCDT), "estoques de insumos e medicamentos para o tratamento de doentes renais já começam a ficar em estágio crítico e pacientes relatam dificuldade em chegar às clínicas em algumas cidades". A entidade destaca que cerca de 150 mil brasileiros dependem da diálise realizada três vezes por semana para sobreviver.

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) também manifestou preocupação diante dos bloqueios. De acordo com a entidade, "laboratórios de medicina diagnóstica de todas as regiões brasileiras já registram dificuldades em relação ao transporte e abastecimento de insumos, como reagentes e contrastes, e até mesmo de amostras coletadas dos pacientes para processamento de exames".

No Pará, população ribeirinha perde cirurgias

No Estado do Pará, pacientes com cirurgias agendadas em um hospital do município de Belterra não compareceram por causa dos bloqueios. Graças a uma iniciativa da ONG Zoé, a unidade de saúde abriu uma agenda excepcional de cirurgias, exames e consultas nesta semana para atender a população ribeirinha de povoados do entorno. A expedição organizada pela ONG reuniu 30 profissionais da saúde, entre eles mais de 20 médicos, para atender a população gratuitamente.

"Estamos fazendo cirurgia laparoscópica e aberta, colonoscopia, endoscopia, ultrassom, clínica médica e dermatologia. Mas eles (manifestantes) fecharam a BR, então há uma dificuldade de locomoção e essas pessoas acabaram prejudicadas e não conseguiram chegar ao hospital. Algumas especialidades estão tendo uma ociosidade até. O que a gente traz é algo que eles não têm no dia a dia, então isso (bloqueios) gera um prejuízo para a população. É uma pena", disse Marcelo Averbach, cirurgião, colonoscopista e cofundador da ONG Zoé.

"Em termos do direito de ir e vir, não podemos deixar que a saúde, que é um direito universal, seja prejudicado", afirmou o endoscopista Marco Aurélio D'Assunção, também fundador da ONG e outro médico que integra a expedição.

O feriado de 2 de novembro começa com 167 pontos de bloqueios e interdições nas rodovias do País, segundo informe divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) por volta das 6 horas desta quarta-feira. Ainda há ocorrências no Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Paraná, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

O total de manifestações bolsonaristas desfeitas pela corporação chegou a 563, conforme o boletim mais recente.

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Santa Catarina segue sendo o Estado com mais bloqueios e interdições, 37. São Paulo, que chegou a ter oito na terça-feira, agora tem três.

Os manifestantes contestam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas contra o presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), e parte deles, contrariando a Constituição do Brasil e agindo de maneira golpista, pede que haja intervenção militar para impedir o petista de assumir a Presidência do País.

Ao longo da madrugada, a maior parte das manifestações nas estradas de São Paulo passou a se concentrar às margens das rodovias federais.

Na rodovia Régis Régis Bittencourt, que, na terça, registrou bloqueios, interdições e pneus queimados pelos manifestantes, as vias começaram a ser totalmente liberadas.

Discurso de Bolsonaro

Quase 45 horas após a confirmação da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente Jair Bolsonaro finalmente se pronunciou na tarde da terça sobre o resultado das urnas.

O chefe do Executivo não reconheceu diretamente ter sido derrotado no domingo, mas evitou questionar a vitória do adversário e fazer críticas frontais ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao TSE.

Bolsonaro disse ainda que o fechamento de estradas federais por seus apoiadores são "fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral".

Ele ponderou, no entanto, que os métodos de manifestação devem ser outros. "As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir", disse, em ataque à esquerda brasileira.

Um novo trecho foi interditado e um outro voltou a ser ocupado nas rodovias de Pernambuco após o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira (1º). O trecho entre o quilômetro 83 e 84 da BR-101 em Jaboatão dos Guararapes voltou a ser interditado, e o quilômetro 34 da BR-232, em Moreno, foi um novo ponto interditado após a fala do presidente. 

No pronunciamento feito depois das mais de 40 horas de silêncio, Bolsonaro reconheceu as manifestações e afirmou que elas são “bem-vindas”, apesar de ter feito a observação de não se igualar “às manifestações da esquerda”. 

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De acordo com a Polícia Rodoviária Federal em Pernambuco, que segue mobilizando o efetivo para restabelecer o fluxo das rodovias federais que cortam o Estado, já foram liberados mais de 10 pontos de concentração de manifestantes. 

Na BR-232, em Jaboatão dos Guararapes, próximo ao Comando Militar do Nordeste do Exército Brasileiro, e na BR-423, em Lajedo, há manifestantes, mas sem interdições no local. 

As equipes policiais informam que os grupos são compostos por cidadãos que demonstram insatisfação com o resultado das eleições, e não necessariamente por caminhoneiros.

Veja os pontos que estão interditados às 18h15: 

-BR 232, KM 34, MORENO. COM MANIFESTANTES E INTERDIÇÃO PARCIAL. 

-BR 101, KM 83 e 84, JABOATÃO DOS GUARARAPES. COM MANIFESTANTES E INTERDIÇÃO PARCIAL. 

-BR 232, CARUARU (UNINASSAU). INTERDIÇÃO PARCIAL COM MANIFESTANTES. 

-BR 232, BEZERROS (PARQUE RUFINA BORBA). INTERDIÇÃO PARCIAL COM MANIFESTANTES. 

-BR 104, TAQUARITINGA DO NORTE (DISTRITO DE PÃO DE AÇÚCAR). INTERDIÇÃO TOTAL COM MANIFESTANTES.

-BR 104, CARUARU (4º BPM ). INTERDIÇÃO PARCIAL COM MANIFESTANTES. 

-BR 232, KM 176, BELO JARDIM (PRÓXIMO AO POSTO DO PLANALTO). INTERDIÇÃO PARCIAL COM MANIFESTANTES. 

A PRF segue cumprindo com sua missão de garantir o direito de ir e vir das pessoas e para isso mobiliza todo seu efetivo, incluindo policias dos grupos especializados. As ações de desbloqueio contam ainda com a parceria da Polícia Federal e da Secretaria de Defesa Social, por meio da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros. 

O UFC Las Vegas 64 pode ter sua luta principal cancelada. A brasileira Amanda Lemos, que luta no próximo sábado (29) contra Marina Rodriguez, também brasileira, não conseguiu embarcar e segue solo nacional por conta do movimento golpista de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que pedem intervenção militar depois da vitória de Lula e bloqueando rodovias 

Amanda tinha previsão de embarcar na segunda-feira (31), mas não conseguiu e por enquanto segue em solo brasileiro. Ela chegou a fazer uma postagem na rede social nesta terça-feira (1º) do hotel em que ela está hospedada.

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Por conta do bloqueio feito próximo ao aeroporto de  Guarulhos diversos voos foram cancelados. Além de Amanda, outras duas brasileiras do card preliminar, Poliana Viana e Tamires Vidal, também ficaram presas em São Paulo e aguardam a liberação e o horário de um novo voo.

A adoção do modelo de PPPs em rodovias onde a tarifa seria muito elevada se estruturada em formato de concessão "pura" poderá ser uma das vias do programa de infraestrutura rodoviária em um eventual novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à Presidência da República. O estudo dessa opção está sugerido em documento de propostas da Fundação Perseu Abramo, instituto do Partido dos Trabalhadores (PT), que tem entre seus integrantes articuladores da campanha do petista.

Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), apesar de o caderno não ser parte do programa de governo de Lula, funciona como uma espécie de ensaio de propostas que podem ser efetivadas caso o petista seja eleito.

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Na terça-feira, o presidenciável prometeu em encontro com empresários da construção civil, se eleito, anunciar um grande programa de infraestrutura já em janeiro.

As PPPs podem ser viabilizadas de algumas formas, mas, em geral, o conceito prevê uma parceria com a iniciativa privada de modo que a União continue presente no ativo, mesmo após o leilão. Diferente de uma concessão comum, o poder público pode fazer aportes no projeto, por exemplo, remunerando a empresa privada pela prestação dos serviços. Ou seja, exige desembolso de recursos do Tesouro.

Os autores da Perseu Abramo sugerem um fortalecimento amplo das PPPs num eventual governo petista. Para o caso das rodovias, a opção pode ser usada para trechos em regiões onde o valor da tarifa de pedágio de uma concessão comum não compensaria os ganhos que os veículos têm com a redução de custo de uma estrada bem administrada. Atualmente, não existe uma PPP em rodovia federal.

"Estudar novos modelos de contratação de manutenção em rodovias sem capacidade de pagamento de tarifas, seja na modalidade de concessão administrativa ou de Programa de Contratação, Restauração e Manutenção (CREMA)", sugerem os autores, que falam na estruturação de um banco de estudos e projetos para o setor rodoviário.

A busca de outras modelagens para conceder trechos à iniciativa privada - com PPPs, por exemplo - é um assunto que tem mobilizado o segmento. Isso porque, apesar de ainda existirem projetos e trechos viáveis de leiloar a partir de uma concessão pura, há um reconhecimento de que a quantidade desses ativos é limitada. Ou seja, muitos quilômetros de estrada que precisam de intervenção e investimento não seriam economicamente atrativos para a iniciativa privada assumir de forma completa. Também não há recurso público para investir em todas, o que leva a necessidade de novos arranjos para a conservação e ampliação dessas estradas.

Um eventual governo Lula, contudo, deve continuar licitando no formato de concessões comuns onde é possível. No plano para rodovias, os autores da Perseu Abramo sugerem a realização de novas concessões priorizando projetos que analisem o impacto no custo do frete e na capacidade de pagamento local. Uma avaliação sobre mecanismos de redução de riscos e de ampliação da atratividade de operadores, como mecanismos de bandas de demanda e mitigação de risco cambial, também é citada.

Em relação às concessões e autorizações que já estão em vigor, não só de rodovias, o caderno ainda sugere que haja uma avaliação dos cronogramas de investimentos para eventualmente se promover uma repactuação, estabelecendo "sanções mais claras e rigorosas" para atrasos no empreendimento.

O pré-candidato ao governo de Pernambuco, Miguel Coelho (UB) declarou que vai repetir em Pernambuco o que fez em Petrolina: dar um banho de asfalto nas estradas. O ex-prefeito garantiu que, se eleito, irá recuperar as principais rodovias da Zona da Mata Sul para retomar o desenvolvimento econômico. O compromisso foi firmado durante agenda em Escada, um dos municípios visitados pelo ex-prefeito de Petrolina, nesta quarta-feira (20), além de Água Preta e Quipapá. 

Acompanhado da pré-candidata a vice-governadora pela chapa do União Brasil, Alessandra Vieira, do deputado estadual Antônio Coelho (UB), e de lideranças locais das três cidades, Miguel Coelho lembrou inúmeras promessas feitas e não cumpridas pela gestão do PSB nos últimos oito anos. 

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Ele detalhou também ações de sua administração na cidade sertaneja, aprovada por 90% da população, que viu mais de 1200 ruas serem pavimentadas, 2 viadutos construídos e várias avenidas duplicadas em cinco anos de governo. 

Para reforçar a defesa da necessidade de  obras viárias, Miguel lembrou uma pesquisa recente da Confederação Nacional de Transportes (CNT). No ranking das piores rodovias do Brasil, duas estão na Mata Sul do estado: PE-177 (Quipapá/Garanhuns) e PE-096 (Palmares/Barreiros/Litoral Sul). As PE-45 (Escada/Vitória de Santo Antão) e PE-60 (Grande Recife/Litoral Sul) são outras duas em péssimo estado de conservação.

"Vamos dar um banho de asfalto nas rodovias e estradas de todo o estado de Pernambuco, que foram classificadas como as piores do Brasil", declarou. "Nosso plano de governo contempla R$ 400 milhões por ano em manutenção das rodovias e vamos resolver o problema das estradas na Zona da Mata", completou.

Miguel também falou que irá duplicar rodovias estratégicas. Citou algumas como a BR-232, a PE-60 e a PE-90. “Tudo isso é muito importante. Serão dois programas que estão nos nossos compromissos do plano governo, a recuperação das estradas e a duplicação de outras rodovias. Com isso, o estado voltará a ter uma malha viária decente e a economia será impulsionada”, disse o pré-candidato.

Último balanço divulgado pela Central de Operações da Secretaria Executiva de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe), na manhã desta terça-feira (31), confirma que 6.198 pessoas estão desabrigadas em Pernambuco por conta das chuvas que caem no estado desde a semana passada. 

A Codecipe também atualiza que subiu para 24 o número de cidades que já decretaram situação de emergência por conta dos impactos provocados pelas chuvas. 

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São elas: Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, São José da Coroa Grande, Moreno, Nazaré da Mata, Macaparana, Cabo de Santo Agostinho, São Vicente Ferrer, Paudalho, Paulista, Goiana, Timbaúba, Camaragibe, São Lourenço da Mata, Abreu e Lima, Araçoiaba, Igarassu, Aliança, Glória do Goitá, Vicência, Bom Jardim, Limoeiro e Passira.

Continuidade das chuvas

A Agência Pernambucana de águas e Clima (Apac) prevê a continuidade de chuvas rápidas ao longo do dia, com volumes moderados, tanto na Região Metropolitana do Recife como na Mata Norte. Na Mata Sul, Agreste e Sertão as chuvas serão isoladas, com poucos acumulados. A mesma previsão é válida para quarta-feira (1º). 

A Defesa Civil mantém o alerta para deslizamentos, por conta das condições do solo, ainda encharcado nas áreas afetadas.

Barragens

Em relação aos acumulados de chuvas registrados nas últimas 24 horas, alguns pontos da Rede de Alerta de Rios atingiram a cota de alerta. Foram emitidos dois novos avisos hidrológicos entre a madrugada e início da manhã de hoje, para os rios Sirigi (Vicência) e Capibaribe Mirim (Timbaúba), ambos na Bacia do Goiana. O reservatório de Goitá – que cumpriu sua função no plano de contenção de cheias, acumulando cerca de 75% de sua capacidade total – teve a abertura parcial de uma das comportas, dentro dos protocolos previstos.

Rodovias

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) permanece monitorando as rodovias estaduais e federais sob sua jurisdição. De acordo com informações registradas hoje, ainda há alguns trechos com alagamentos ou deslizamento de barreiras, que provocam interdições parciais ou tráfego em meia pista.

Em razão das fortes chuvas que atingem Pernambuco neste sábado (28), algumas rodovias do estado apresentam condições difíceis de tráfego. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), BR-408, BR-101 e BR-232 possuem trechos obstruídos por quedas de barreiras, pontos de alagamento e árvores que desabaram. 

As intercorrências provocam engarrafamento nas áreas afetadas. Confira a relação dos trechos obstruídos:

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BR 408 - Km 99  - São Lourenço da Mata- Sentido interior - há registro de interdição parcial na rodovia em virtude de queda de barreira

BR 101 Km 58 Sentido Recife - queda de barreira e árvore - interditado parcialmente

BR 101 - Km 60 - Guabiraba - alagamento nos dois sentidos da rodovia

BR 101 - Km 72 - Barro - alagado nos dois sentidos

BR 101 - Km 84 - Jaboatão dos Guararapes - alagado nos dois sentidos, mas passando veículos;

BR 101 - Km 105 - Cabo de Santo Agostinho - Sentido Alagoas - houve queda de barreira que está ocupando o acostamento

BR 101 - Km 159 em Gameleira houve queda de barreira que está ocupando o acostamento BR 232

BR 232 - entre os Kms 11 a 21, entre Jaboatão dos Guararapes e Moreno, no sentido Recife, há diversos deslizamentos de barreira e queda de árvore, mas os veículos estão passando por uma faixa

BR 232 - nos Kms 18 e 19 em Jaboatão dos Guararapes, no sentido interior, há deslizamento de barreira, mas os veículos estão  passando por uma faixa

BR 232 - Km 62 - Pombos - Sentido Recife- meia pista interditada devido à queda de barreira

Neste sábado (28), as chuvas em Pernambuco tornaram o tráfego difícil nas principais rodovias do estado, em especial as que dão acesso ao Grande Recife, Zona da Mata e interior. Autoridades da Defesa Civil recomendam que a população fique em casa, se possível, e que evitem regiões alagadas que ofereçam perigo à vida.

Confira, abaixo, o balanço de rodovias alagadas e interditadas, com base em informações da Polícia Rodoviária Federal em Pernambuco (PRF-PE). 

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BR 408  

BR 408 - entre Jaboatão dos Guararapes e São Lourenço da Mata, no sentido interior, há registro de interdições parciais na rodovia em virtude de queda de barreira ou de árvore entre os quilômetros 92 a 99; 

BR 101 

BR 101 - no quilômetro 33, em Igarassu, no sentido Recife, o trânsito está fluindo em uma faixa com congestionamento leve; 

BR 101 - no quilômetro 60, na Guabiraba, há grande alagamento nos dois sentidos da rodovia; 

BR 101 - no quilômetro 66 da Cidade Universitária (embaixo do viaduto da Caxangá) há registros de alagamento nos dois sentidos e interdição no sentido Jaboatão dos Guararapes;  

BR 101 - no quilômetro 72, do Barro, há interdição no sentido Jaboatão dos Guararapes; 

BR 101 - no quilômetro 73 de Tejipió há registro de alagamento, mas trânsito flui; 

BR 101 - quilômetro 84 - Jaboatão dos Guararapes - alagado nos dois sentidos, mas passando veículos; 

BR 101- no quilômetro 178 da Joaquim Nabuco, no sentido Recife, há registro de alagamento na faixa da esquerda; 

BR 101 - no quilômetro 159 em Gameleira e no quilômetro 182 em Palmares houve queda de barreira e interdição do acostamento; 

BR 232 

BR 232 - no quilômetro 14, em Jaboatão dos Guararapes, sentido interior, há registro de deslizamento de barreira, mas o tráfego segue; 

BR 232 - no quilômetro 18, sentido interior, deslizamento de barreira, há interdição total no sentido interior; 

BR 232 - no quilômetro 62, em Pombos, há registro de pedras de barreira caindo sobre a pista; 

BR 232 - no quilômetro 19, em Jaboatão dos Guararapes, houve deslizamento de barreira e interdição parcial, no sentido interior. 

LeiaJá também: Mais informações sobre a chuva em Pernambuco 

- - > ‘Metrô do Recife tem estações inundadas e linha é fechada’ 

- - > ‘Chuva forte causa transtornos e alagamentos no Recife’ 

- - > ‘Três pessoas morrem após deslizamento em Camaragibe’  

- - > ‘Chuvas: Prefeitura ativa Plano de Contingência no Recife’    

- - > ‘Com 516 desalojados, Governo de PE entra em prontidão’ 

 

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin reagiu nesta quarta-feira, 16, ao acordo de colaboração premiada do ex-CEO do grupo Ecovias, Marcelino Rafart de Seras, que o acusa de ter recebido mais R$ 3 milhões da concessionária via caixa 2 de campanha.

Cotado para disputar a vice-presidência na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Alckmin disse que não teve acesso aos termos da colaboração, mas 'sabe que a versão divulgada não é verdadeira'.

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Em nota, o ex-governador negou ter recebido doações ilegais ou não declaradas e afirmou que todas as suas contas de campanha foram fiscalizadas pela Justiça Eleitoral e pelo Ministério Público.

O ex-tucano, que se desfiliou do PSDB em dezembro do ano passado após mais de três décadas no partido, afirmou ainda que ordenou 'diversas ações contra os interesses de concessionárias', inclusive da Ecovias (antiga Primavi), durante seu governo.

As declarações do executivo foram prestadas em abril de 2020, quando ele fechou o acordo com o Ministério Público de São Paulo e se comprometeu a pagar R$ 12 milhões a título de indenização ao Tesouro.

Com a homologação feita pelo Conselho Superior do MP nesta terça-feira, 15, os integrantes da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público começam a ouvir investigados. Em depoimento já prestado anteriormente aos promotores, o executivo chegou a afirmar que 'todas as licitações de concessões de rodovias no Estado de São Paulo entre 1998 e 1999 foram fraudadas'.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DIVULGADA PELO EX-GOVERNADOR:

O ex-governador Geraldo Alckmin informa que:

- Não conhece os termos da colaboração, mas sabe que a versão divulgada não é verdadeira;

- As suas campanhas eleitorais jamais receberam doações ilegais ou não declaradas;

- Todas as contas foram efetuadas sob fiscalização da Justiça Eleitoral e do próprio MP;

- No seu governo, inclusive, ordenou diversas ações contra os interesses de concessionárias, inclusive contra a suposta doadora;

- Lamenta que, depois de tantos anos, mas em novo ano eleitoral, o noticiário seja ocupado por versões irresponsáveis e acusações injustas;

- Seguirá prestando contas para a sociedade e para a Justiça, como é dever de todos.

Em acordo de colaboração fechado com o Ministério Público de São Paulo, o ex-CEO do grupo Ecovias Marcelino Rafart de Seras declarou que a empresa fez repasses de mais R$ 3 milhões, via caixa 2, para campanhas do ex-governador Geraldo Alckmin. O ex-tucano é o provável candidato a vice em uma chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição ao Palácio do Planalto em outubro. O colaborador disse que isso ocorreu em razão de "uma política de boa vizinhança" com Alckmin.

Na esfera criminal, a Polícia Federal em São Paulo concluiu a investigação em fevereiro e enviou o inquérito ao juízo da 1.ª Zona Eleitoral. O relatório apontou falta de provas contra o ex-governador e, por isso, ele deixou de ser indiciado. Segundo a PF, não haveria outros elementos de prova que corroborassem a palavra do delator.

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O Ministério Público Estadual mantém, no entanto, investigação que apura suspeita de atos dolosos de improbidade administrativa. Nesta frente, a promotoria pode pedir o pagamento de multa e a cassação dos direitos políticos. A pena de ressarcimento aos cofres públicos não prescreve, ao contrário de crimes eleitorais.

As declarações foram feitas na época em que Seras fechou o acordo com o MP, em abril de 2020. Com a homologação feita pelo Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo, anteontem, os integrantes da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público começarão a ouvir investigados. O Estadão apurou que pelo menos 30 citados vão ser ouvidos.

A decisão do conselho foi tomada por unanimidade. O ex-presidente da Ecovias vai pagar R$ 12 milhões, segundo prevê o acordo, a título de indenização ao Tesouro. Em depoimento já prestado aos promotores, o executivo chegou a afirmar que "todas as licitações de concessões de rodovias no Estado de São Paulo, entre 1998 e 1999, foram fraudadas".

Cartel

As informações já reveladas pelo colaborador da Ecovias - que na época tinha o nome de Primavi - vão permitir aos promotores traçarem o mapa da investigação. Segundo Seras, na época das licitações, os grupos econômicos "combinaram valores para pegar as concessões". Participaram do cartel 80 empresas, divididas em 12 grupos, relatou.

Os 12 grupos - inclusive a própria Ecovias - fatiaram o mercado das rodovias, de acordo com Seras. Ele apontou dezenas de políticos que abasteceram campanhas com recursos de caixa 2 e autoridades de diversos escalões que teriam recebido propina, entre eles nove deputados estaduais que integravam a CPI dos Pedágios, na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Os promotores vão submeter, agora, os dados da delação às Varas da Fazenda Pública de São Paulo, para que ela seja homologada na Justiça. A partir dela, os promotores avaliam pedir indenizações bilionárias em favor do Tesouro. Estima-se que apenas uma outra concessionária do cartel deverá ter de pagar pelo menos R$ 7 bilhões por sequência de prejuízos aos cofres públicos.

Pelo acordo com a promotoria, a Ecovias concordou em pagar indenização ao Estado de R$ 638 milhões, dos quais R$ 450 milhões em obras e o restante depositado em dinheiro no caixa da Fazenda, parceladamente, em até oito anos.

Omissões

O colegiado da cúpula do MP estadual já havia homologado o acordo da Ecovias, mas restaram "omissões". Na sessão de anteontem, os conselheiros ajustaram esses pontos que haviam sido "excluídos", como a obrigação da concessionária de construção do boulevard Anchieta, na altura do Sacomã, ponto histórico de estrangulamento da rodovia, na entrada de São Paulo. Os valores a serem pagos pela Ecovias e por seu ex-CEO serão corrigidos desde abril de 2020, quando os acordos foram firmados.

Agora, Ecovias e Seras ficam livres do inquérito civil instaurado pela promotoria que mira os outros grupos econômicos que fizeram "divisão de mercado" e quem se beneficiou do cartel. No âmbito criminal, parte da investigação não deve ter desdobramento porque os beneficiários da fraude foram alcançados pela prescrição - caso dos deputados da CPI dos Pedágios.

Defesas

Alckmin afirmou que suas campanhas "jamais receberam doações ilegais ou não declaradas". Em manifestação no Twitter, o ex-governador declarou ainda que não conhece os termos da colaboração, "mas sabe que a versão divulgada não é verdadeira". E disse lamentar que, "em ano eleitoral, o noticiário seja ocupado por versões irresponsáveis e acusações injustas".

As defesas de Marcelino Seras e da Ecovias não foram localizadas. PF e MP estadual não quiseram se manifestar. COLABORARAM LUIZ VASSALLO E MARCELO GODOY

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