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O ciclone que passa pelo Sul do País desde quarta-feira (12) deixou até a noite desta quinta-feira (13) um idoso morto em Rio Grande, no interior gaúcho, e 20 feridos. Em todo o Estado, mais de 800 mil pessoas ficaram sem energia elétrica. Nesta quinta, o fenômeno climático já se direcionava ao Oceano Atlântico, mas seus impactos serão sentidos até o fim desta semana, dizem os meteorologistas. Desde o litoral gaúcho até a costa do Rio de Janeiro, deve haver vento forte e chuva e a frente fria avança até parte do Centro-Oeste.

Reflexo do ciclone, fortes ventos registrados ontem no Estado de São Paulo causaram as mortes de uma idosa em Itanhaém, no litoral, e de uma jovem em São José dos Campos, no interior.

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Entre a madrugada e a manhã desta quinta, o vento chegou a 140 km/h no litoral sul gaúcho. Temporais e ventos fortes causam transtornos na região metropolitana de Porto Alegre, na região dos vales, na serra gaúcha e no litoral norte do Rio Grande do Sul, segundo a Defesa Civil.

Segundo o governo gaúcho, o idoso que morreu estava em casa quando o imóvel foi atingido por uma árvore. "Provavelmente nas próximas horas e dias, haverá possibilidades de enchentes em várias regiões do Estado, o que nos coloca em uma situação de alerta", disse o governador em exercício, Gabriel Souza (MDB).

Estragos

Sede Nova, no noroeste do Estado, foi uma das cidades mais atingidas pelo ciclone. Praticamente todo o perímetro urbano registrou estragos como destelhamento de prédios públicos e comerciais e residências, além de quedas de árvores e postes. Houve falta de luz e seis feridos, com lesões e fraturas, no temporal.

A rede estadual suspendeu as aulas ontem, por risco de alagamentos. Também ocorreram interdições de estradas.

Frio

A temperatura cai ainda mais e pode gear nos três Estados da Região Sul, de acordo com o Climatempo. Esses efeitos climáticos tendem a "subir" o País conforme o ciclone se afasta - o que diminui a intensidade dos ventos e chuvas. A Marinha emitiu, no início da semana, alerta de ressaca no mar, ventania e ondas de até 4,5 m no litoral de Santa Catarina a São Paulo. Agora, o alerta também vale para o litoral do Rio de Janeiro, onde as ondas devem chegar hoje a 4 m.

A temperatura vem caindo e as rajadas de vento aumentando em São Paulo desde quarta. A velocidade do vento variou entre 40km/h e 50km/h na Grande São Paulo e no interior do Estado, segundo a Climatempo. A ventania também interrompeu o serviço de balsas entre Bertioga e Guarujá.

Uma mulher de 80 anos morreu em Itanhaém após ser vítima de uma descarga elétrica causada pela queda de um galho sobre o fio de alta tensão. Em São José dos Campos, uma jovem de 24 anos ficou gravemente ferida quando um tronco desabou sobre o carro onde ela fazia aula de direção. Ela chegou a ser internada, mas morreu no fim da tarde.

Segundo a Polícia Militar, no caso da idosa, o cabo de média tensão rompeu após ser atingido por galhos de uma árvore quebrados pelo vento. Iracy Alves de Oliveira e Silva foi encontrada caída em uma calçada, no bairro Iemanjá. Testemunhas disseram aos PMs que a casa em que ela morava ficou sem energia. Ela saiu para a rua para ver o que causou o apagão e acabou encostando em fios derrubados.

Já no acidente que vitimou a jovem em São José dos Campos, o instrutor da autoescola não ficou ferido, mas foi atendido em estado de choque pelo Corpo de Bombeiros.

O impacto no Rio de Janeiro, que começa um pouco depois de São Paulo, perdurará ao longo do fim de semana. "Os ventos vão acelerar a partir de quinta (ontem) e a ventania pode chegar a 90 km/h nas regiões da Costa Verde, Médio Paraíba, Centro-sul Fluminense e na Região Serrana do estado", disse o Climatempo. Na capital, região dos Lagos e norte fluminense, são previstas rajadas de vento entre 50 e 70 km/h. "Na sexta (hoje), as rajadas de vento mais intensas ficarão concentradas no litoral desde a Costa Verde até o norte do Estado, e podem variar entre 60 e 80 km/h."

No Centro-Oeste, em especial no Estado do Mato Grosso do Sul, depois de dias de calor intenso, a chegada da frente fria provoca chuva, ventos mais fortes e queda na temperatura, mas não deve fazer frio intenso.

"Os ventos ganharão força e o sul do Estado ficará em alerta, com rajadas podendo alcançar os 70km/h. Além disso, há expectativa de pancadas de chuva com forte intensidade no decorrer da noite", afirmou ontem a empresa de meteorologia.

Morador relata granizo 'do tamanho de laranjas'

Um barulho alto acordou no susto a família de Fábio Araújo por volta das 5h30 de ontem. O servidor público de 52 anos pulou da cama e, junto com a esposa e a filha, correu para proteger os móveis. O som veio de pedras de granizo que destruíam as telhas da residência, enquanto a água corria pelas paredes e alagava o chão. "Acabou com o teto, encharcou tudo", disse o morador de Vera Cruz, no Rio Grande do Sul.

A cidade está em situação de emergência. A casa de Araújo é uma dentre as 3 mil que foram danificadas no município, segundo a Defesa Civil local. "É muito dolorido. A gente batalha tanto para as coisas, e em questão de minutos perde tudo", lamenta. O funcionário diz que comprou telhas para tentar substituir a lona que ocupa agora o lugar do teto. Mas o medo persiste.

"Caíam pedras do tamanho de laranjas", relembra Alfeu Flores, de 46 anos. O morador do bairro do Arco-Íris, um dos mais atingidos pelo temporal em Vera Cruz, terá que trocar integralmente o telhado da casa. As telhas foram perfuradas pela chuva de granizo que caiu na quarta. "Quebrou tudo, molhou tudo, o bairro todo está destruído. Foram pancadas enormes, um susto fora do comum", relata.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ciclone extratropical do Sul que trouxe ventania, causou a queda de árvores, acidentes e mortes em São Paulo nesta quinta-feira (13) impactou também o funcionamento dos aeroportos de Congonhas e de Guarulhos, que tiveram rotas alteradas e voos arremetidos ao longo do dia.

No Aeroporto Internacional de São Paulo (Guarulhos), três voos foram arremetidos ainda durante a manhã, graças às "condições meteorológicas adversas", como informou em nota a GRU Airport, responsável pela gestão do local. Segundo a concessionária, as operações já estão normalizadas no início desta noite, para pousos e decolagens.

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Em Congonhas, os ventos fortes causaram arremetidas de seis voos entre o fim da manhã e início da tarde, mas o aeroporto já opera "normalmente" para pousos e decolagens, de acordo com a Infraero. Ainda assim, pelo menos 11 voos foram cancelados nesta noite.

"Ao todo, até as 18h, 71 voos com decolagem prevista em CGH (Congonhas) na tarde de hoje operaram com algum atraso em decorrência dos fortes ventos. Foram também seis cancelamentos devido à meteorologia adversa em CGH, GRU e bases da região Sul", disse em nota a Gol.

"Este é um fato totalmente alheio ao controle da companhia, que adota todas as medidas técnicas e operacionais necessárias para garantir uma operação segura para todos", disse a empresa, afirmando que os clientes afetados têm sido notificados diretamente e recebido "a assistência necessária". O status dos voos oferecidos pela companhia pode ser acompanhado aqui.

Ainda no início desta noite, a Azul e a Latam tiveram quatro voos com destino a Congonhas cancelados, além de outros com atrasos previstos variando entre 30 minutos e duas horas. Procuradas, as empresas não se manifestaram até a publicação.

Impacto no Paraná

Na região Sul, a Portos do Paraná informa que os portos de Paranaguá e Antonina seguem operando parcialmente devido à intensidade dos ventos. Desde a noite da quarta-feira, 12, algumas atividades alternam períodos de operação e paradas, para segurança dos trabalhadores portuários, disse a concessionária em nota.

"A empresa pública segue monitorando as condições meteorológicas, operando em contingência enquanto durar os alertas. Conforme orientação da Marinha do Brasil, autoridade portuária e demais agentes mantêm o estado de alerta, já que a navegação na região segue restrita", disse.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) elevou para "muito perigoso" o nível das tempestades e vendavais que atingem os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Segundo as previsões do instituto, os ventos provocados pelo ciclone extratropical que passa pela costa leste do sul do Brasil, podem atingir uma velocidade acima de 100 km/h e causar danos em edificações, gerar corte de energia elétrica, provocar queda de árvores, levar transtornos para o transporte rodoviário, e castigar plantações.

No Rio Grande do Sul, os ventos vão ser sentidos na região metropolitana de Porto Alegre e área do sudeste, nordeste e centro oriental do Estado. Em Santa Catarina, o vendável deverá ser notado na Grande Florianópolis e no litoral sul, bem como na região serrana e no Vale do Itajaí.

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A Defesa Civil de Santa Catarina também emitiu um alerta na noite desta quarta-feira (12). O órgão informa que haverá um "declínio acentuado das temperaturas e frio intenso" nesta quinta-feira (13), provocado pelo avanço de uma massa de ar frio. "Durante todo o dia, os ventos causados por um ciclone extratropical deixam a sensação térmica ainda mais baixa, provocando frio intenso no Estado", disse.

A Defesa Civil do estado catarinense pede que as pessoas tenham atenção com a população mais vulnerável (como idosos, crianças, enfermos e pessoas em situação de rua), protejam os animais domésticos e orienta a população a se agasalhar e beber bastante água. "Para evitar a transmissão de vírus, evite locais fechados ou com aglomeração de pessoas e mantenha a higiene das mãos", completa o órgão.

Na terça-feira, também em razão das fortes rajadas de vento e quedas de árvores, um galpão em Herval D'Oeste, cidade a oeste do Estado catarinense, ficou destruído. A Defesa Civil que classificou o fenômeno meteorológico como uma "microexplosão".

O Inmet já tinha declarado estado de muito perigo (alerta vermelho) para caso de tempestades no Rio Grande do Sul, com a previsão de chuva superior a 100 mm/dia, queda de granizo e ventos acima de 100 km/h, nesta quarta. O órgão também alertou para o risco de danos em edificações, corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores, alagamentos e transtornos no transporte rodoviário.

Na tarde desta quarta, a Defesa Civil do Rio Grande alertou que a situação de perigo pode se estender até às 10h da manhã desta quinta-feira.

"Com as instabilidades avançando para a faixa Leste, parte da Campanha, Serra, Vales e Sul gaúcho com risco de temporais isolados, a Defesa Civil alerta para chuva forte, descargas elétricas, ventos de até 100 km/h e eventual queda de granizo. Válido até às 10h do dia 13/07/23", afirmou o órgão.

A Defesa Civil também emitiu alertas de inundação a partir do aumento do nível de rios, como do rio Caí. Os alertas são válidos também até esta quinta-feira. A previsão de chuva intensa no Estado vai até sexta-feira (14).

Temperatura deve cair em SP

A frente fria também alcança o Estado de São Paulo. A região não deve sofrer com os fortes ventos e tempestades intensos como no sul, segundo previsão do Inmet. Contudo a Defesa Civil do Estado também alerta que as temperaturas devem cair em diferentes pontos do território paulista, com pontos de geada em algumas regiões. Na capital, a previsão é de os termômetros registrem 8ºC de mínima e uma sensação térmica de 5ºC entre quinta e domingo (16).

O Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da cidade de São Paulo informa que formação de uma área de baixa pressão no Sul do Brasil pode gerar ventos com rajadas moderadas a fortes, até 70 Km/h, na Capital e Grande São Paulo, com potencial para quedas de árvores.

A Defesa Civil alerta para fortes rajadas de vento na faixa leste do Estado na quinta e sexta-feira, e pede atenção especial para os moradores do litoral. "Nas áreas litorâneas, devido ao vento intenso, a agitação marítima aumentará, sendo recomendado evitar o mar e as orlas das praias. Proteja suas embarcações e evite navegar em alto mar, pois há risco de acidentes marítimos".

Uma estamparia de peças nazistas foi desmontada, nessa terça (11), em uma operação conjunta entre a Polícia Civil de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O grupo investigado cultuava Hitler e se identificava como “a nova SS de Santa Catarina”. 

O cumprimento dos mandados e busca e apreensão pela Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância determinou o recolhimento dos materiais estampados com símbolos nazistas e supremacistas que estavam no local.  

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O inquérito foi deflagrado em outubro do ano passado e investigava a fabricação de arma de fogo, com uso de uma impressora 3D, por uma célula nazista de Santa Catarina. 

“Em encontros presenciais, além de produção de propaganda para fins de divulgação do nazismo, o grupo realizava rituais de culto à doutrina Hitlerista, nos quais os criminosos se autointitulavam ‘a nova SS de Santa Catarina’”, descreveu a polícia gaúcha, que atuou na operação. 

Em Nova Petrópolis, uma mulher foi presa em flagrante depois de atirar contra policiais que chegavam na residência. Foram encontradas duas armas, munições e itens nazistas dentro do imóvel. 

Além de Passo Fundo e Nova Petrópolis, foram cumpridas ordens judiciais nos municípios de Florianópolis, Blumenau, Joinville e Curitibanos, em Santa Catarina, em Praia Grande, em São Paulo, e em Curitiba, Maringá e Marialva, no Paraná. 

A deputada federal Clarissa Tércio (PP-PE) definiu como "absurda" a possibilidade da criação de uma nova turma de medicina na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), destinada aos moradores de assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).   

A parlamentar bolsonarista, que é investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por possível apoio aos atos antidemocráticos do 8 de janeiro, disse que a possível decisão "priorizaria a filtragem ideológica". Além disso, Clarissa usou o assunto para fazer críticas à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

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"A cara do desgoverno do PT e um verdadeiro absurdo, querer criar uma turma específica do curso de Medicina para assentados", escreveu a deputada através do Twitter. 

Curiosamente, a bolsonarista ainda disse que o governo Lula "quer formar médicos sem qualificação". Porém, vale ressaltar que, um estudante universitário de medicina no Brasil consegue se qualificar durante a sua graduação e quando finaliza o curso, ele já pode iniciar sua carreira profissional, tanto na rede pública quanto na rede privada, em clínicas ou até à frente de seu próprio negócio.

  Segundo Adelar Pretto, membro da direção do MST no Rio Grande do Sul, a UFPel), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o movimento já estão discutindo o tema. “Já queremos iniciar no ano que vem com a primeira turma”, adiantou. 

“Oxalá a gente consiga formar muitos médicos para trabalhar nos municípios mais distantes, espalhados pelos rincões do nosso Brasil para atender nas comunidades pelo SUS”, diz Pretto. “É uma necessidade muito grande. É com esse foco que vamos pelear.” A primeira turma, segundo ele projeta, terá 60 alunos já que “a demanda é grande”. 

Graduação para assentados e filhos de assentados da reforma agrária não é novidade na universidade gaúcha. Através de convênio, a instituição já formou 139 profissionais de medicina veterinária e tem mais duas turmas em andamento. Uma dessas turmas, está com formatura agendada para 2023. 

Todos os estudantes ingressaram na universidade através do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), que atua na promoção da educação para os trabalhadores e trabalhadoras do campo. 

Mesmo com alguns grupos conservadores e políticos bolsonaristas sendo contrários a formação destes estudantes, acusando a decisão de priorizar "a filtragem ideológica", a nova turma de medicina não prejudicará na quantidade de vagas destinadas a outros estudantes que desejam ingressar na instituição.

O primeiro dia de passagem de um novo ciclone pelo Rio Grande do Sul neste sábado (8) teve acumulados de chuvas acima dos 100 milímetros em cidades do Litoral Norte, Vale do Taquari e Serra do Estado. As chuvas também causaram bloqueios em rodovias estaduais e federais, mas até o momento não há desalojados ou desabrigados.

Na cidade de Nova Petrópolis, um deslizamento de pedras causou o bloqueio da BR-116. Já entre as estradas estaduais, duas vias estão totalmente bloqueadas por consequência das chuvas.

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Em Santo Antônio da Patrulha, no Litoral Norte gaúcho, o acesso que havia sido construído na RS-474 após a queda de uma ponte durante o ciclone de junho, teve acúmulo de água e precisou ser interrompido.

Situação semelhante aconteceu na cidade de Morro Azul, onde o acesso construído ao lado da ponte do quilômetro 7 da RS-494, cedeu diante do grande volume de água. A ponte também havia caído durante as enchentes de junho.

Dados oficiais da Defesa Civil do Estado, as cidades de Candelária, na região Central, e Lajeado, no Vale do Taquari, foram as com maiores volumes de chuvas acumuladas nas últimas 48 horas, com 120 mm e 118,8 mm.

No mês passado, a passagem de um ciclone no Sul do País deixou 16 mortos no Rio Grande do Sul, além de milhares de desabrigados e desalojados pelo Estado.

A inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorrida pouco depois das 12h desta sexta-feira (30), após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formar maioria pela condenação, repercutiu imediatamente em um evento do qual participa hoje o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em solenidade de entrega de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida no Rio Grande do Sul, a militância presente gritou "Inelegível, inelegível" em tom de comemoração. Lula ainda não havia discursado até a publicação desta nota.

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O Rio Grande do Sul confirmou, neste sábado (17), o aumento para sete no total de mortes relacionadas à passagem do ciclone extratropical pela costa do Estado. Equipes fazem buscas por ao menos oito desaparecidos. A prioridade neste momento é atender aos moradores ilhados na região metropolitana de Porto Alegre, especialmente no Vale dos Sinos, e no litoral norte.

Mais de 2,4 mil pessoas precisaram ser resgatadas pelo Corpo de Bombeiros de residências, unidades de saúde e outros espaços inundados, ilhados ou em risco. Segundo a corporação, foram atendidas mais de 1,5 mil ocorrências, com efetivo de 440 bombeiros voltados exclusivamente a esse tipo de operação.

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De acordo com a Defesa Civil, mais de 2,3 mil desabrigados e 602 desalojados foram atendidos em ao menos 40 municípios. Além disso, foram registrados deslizamentos, enxurradas, inundações e quedas de pontes e outras ocorrências que dificultam o acesso a áreas atingidas. Algumas estruturas foram interditadas por risco de colapso.

Os óbitos confirmados ocorreram nos municípios de São Leopoldo (com duas vítimas), Gravataí e Novo Hamburgo, na Grande Porto Alegre, Maquiné e Caraá, no litoral norte, e Bom Princípio, no Vale do Caí. Seis desaparecidos são procurados em Caraá e outros dois em Maquiné.

Os três óbitos confirmados neste sábado são de um homem de 29 anos (em Gravataí), com suspeita de afogamento, um idoso de 73 anos (em Bom Princípio), que estava em um veículo que caiu no Rio Caí, e uma terceira vítima em Caraá, ainda não identificada.

Além disso, um barco pesqueiro naufragou no litoral de Santa Catarina na noite dessa sexta-feira (16). As equipes da Marinha buscam ao menos oito desaparecidos.

A Defesa Civil do Estado emitiu alerta para risco de deslizamentos e inundações diante das cheias dos Rios Caí, Sinos, Gravataí e Guaíba. Moradores de diferentes cidades estão desabrigados, desalojados e ilhados. O funcionamento de serviços públicos, escolas e eventos também foi interrompido, suspenso ou afetado.

Mais de 120 mil residências seguiam sem fornecimento de energia elétrica até as 9 horas deste sábado, segundo a CEEE-Equatorial, responsável pelo serviço. Do total, 100 mil estão na Grande Porto Alegre e 20 mil no litoral norte.

Na noite de sexta-feira, o governo Eduardo Leite (PSDB), visitou Maquiné e disse que a prioridade é "encontrar os desaparecidos e salvar pessoas que possam ainda estar ilhadas por causa das inundações". "Paralelamente a isso, vamos avaliar os danos em pontes, estradas e moradias para que possamos atuar na recuperação destas estruturas", completou em postagem em rede social.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) telefonou na sexta-feira para o governador gaúcho. Uma comitiva com os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, chegou neste sábado ao Estado e irá visitar municípios atingidos no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além de anunciar ações conjuntas. "Falamos com os governadores, com os prefeitos, as nossas equipes estão mobilizadas", declarou Góes em rede social.

Em Maquiné, centenas de famílias foram abrigadas no salão paroquial após as chuvas chegarem a 233 mm em 12 horas, com ventos de mais de 100 km/h. Segundo Leite, os dois desaparecidos no município são moradores de uma mesma residência, atingida por um deslizamento. "Estamos dando toda a assistência", disse, em anúncio na noite de sexta-feira.

O governador também comentou sobre um levantamento que será feito sobre as famílias vulneráveis atingidas e danos às plantações. Maquiné tem cerca de 6,7 mil habitantes.

O prefeito de Maquiné, João Marcos Bassani (PDT), afirmou que foi a maior enchente já registrada no município e que mais de 200 famílias foram afetadas. "Claro que havia os alertas, mas a dimensão não era esperada. E muitas famílias foram pegas de surpresas, pelo nível de água que subiu", declarou.

Na quinta-feira à noite, o prefeito fez um apelo para a população deixar as casas, o qual chamou a atenção nas redes sociais. "Estou pedindo, implorando: saiam", dizia.

O resgate de um homem e de um cachorro que estavam ilhados após a passagem do ciclone extratropical pela costa do Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (16), expõe o drama dos moradores das áreas afetadas e o desafio das equipes de busca e salvamento. Um vídeo compartilhado pelo governo gaúcho nas redes sociais mostra o momento em que o morador e o vira-lata caramelo são içados de helicóptero por uma equipe da Brigada Militar.

O resgate foi realizado pelo batalhão de aviação da Polícia Militar gaúcha em Lindolfo Collor, município de 6,1 mil habitantes do Vale dos Sinos, a cerca de 60 quilômetros de Porto Alegre. "Resgate emocionante ocorreu nesta sexta", dizia a publicação.

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No vídeo, um agente suspenso e com equipamento de proteção deixa o animal dentro do helicóptero e ajuda o morador, igualmente içado, a entrar na aeronave. Abaixo, a área aparece amplamente alagada.

Segundo o Corpo de Bombeiros, mais de 2,3 mil pessoas precisaram ser resgatadas de residências, unidades de saúde e outros espaços inundados, ilhados ou em risco. Foram atendidas mais de 1,5 mil ocorrências.

O Rio Grande do Sul confirmou neste sábado, 17, a quinta morte relacionada à passagem do ciclone extratropical pela costa do Estado. Equipes fazem buscas por ao menos 11 desaparecidos. A prioridade neste momento é atender aos moradores ilhados na região metropolitana de Porto Alegre, especialmente no Vale dos Sinos, e no litoral norte.

De acordo com a Defesa Civil, mais de 2,2 mil desabrigados e 282 desalojados foram atendidos em 39 municípios. Além disso, foram registrados deslizamentos, enxurradas, inundações e quedas de pontes e outras ocorrências que dificultam o acesso a áreas atingidas. Algumas estruturas foram interditadas por risco de colapso.

Os óbitos confirmados ocorreram nos municípios de São Leopoldo (com duas vítimas), Gravataí e Novo Hamburgo, na Grande Porto Alegre, e Maquiné, no litoral norte. A última confirmação foi a morte de um homem de 29 anos em Gravataí, com suspeita de afogamento, segundo a Defesa Civil. Nove desaparecidos são procurados em Caraá, também no litoral norte, e outros dois em Maquiné.

A Defesa Civil do Estado emitiu alerta para risco de deslizamentos e inundações diante das cheias dos Rios Caí, Sinos, Gravataí e Guaíba. Moradores de diferentes cidades estão desabrigados, desalojados e ilhados. O funcionamento de serviços públicos, escolas e eventos também foi interrompido, suspenso ou afetado.

Mais de 120 mil residências seguiam sem fornecimento de energia elétrica até as 9 horas deste sábado, segundo a CEEE-Equatorial, responsável pelo serviço. Do total, 100 mil estão na Grande Porto Alegre e 20 mil no litoral norte.

Na noite de sexta-feira, o governo Eduardo Leite (PSDB), visitou Maquiné e disse que a prioridade é "encontrar os desaparecidos e salvar pessoas que possam ainda estar ilhadas por causa das inundações". "Paralelamente a isso, vamos avaliar danos em pontes, estradas e moradias para que possamos atuar na recuperação destas estruturas", completou, em postagem em rede social.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) telefonou na sexta-feira para o governador gaúcho. Uma comitiva com os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, chegou neste sábado ao Estado e irá visitar municípios atingidos no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além de anunciar ações conjuntas. "Falamos com os governadores, com os prefeitos, as nossas equipes estão mobilizadas", declarou Góes em rede social.

Em pronunciamento ao vivo feito pelo Facebook, o prefeito de Maquiné, no norte gaúcho, João Marcos Bassani dos Santos, alertou em tons de desespero para que moradores saíssem de suas casas devido a fortes chuvas causadas por um ciclone extratropical que atingem o Estado. "Estou pedindo, implorando, saiam", diz, ao afirmar que não existem equipes do Corpo de Bombeiros suficientes para atender a demanda. "Antes que seja tarde".

O prefeito alertou para que as pessoas procurassem lugares mais altos e preservassem a vida ao invés dos bens materiais.

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O ciclone extratropical se formou na madrugada desta sexta-feira (16) no Rio Grande do Sul e causou fortes chuvas, ventanias e alagamentos no litoral norte do Estado. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul já havia alertado na quinta-feira (15) para chuvas intensas e volumosas com risco de enxurrada nas regiões, com possibilidade de enchente nos rios Caí e Sinos, no nordeste do Estado.

Segundo MetSul Metereologia, empresa local, algumas cidades registraram durante madrugada um volume de chuva que chegou até 233mm/h, como foi o caso de Maniqué.

O governador Eduardo Leite (PSDB) se pronunciou pelo Twitter, e afirmou que as equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar estariam mobilizadas para atender os lugares mais afetados. "Acompanho a situação junto a nossas forças de segurança", disse.

A MetSul afirmou que estações registraram rajadas de vento ao redor de 70 km/h em Porto Alegre no começo desta sexta-feira. Pelas redes sociais, moradores, jornalistas e portais locais também relataram e publicaram vídeos de enchentes e fortes ventos em diversos pontos do Estado durante a noite.

A reportagem entrou em contato com a Defesa Civil para obter informações sobre os prejuízos que a chuva desta madrugada causou, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

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O Rio Grande do Sul registrou seu primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) em uma ave silvestre da espécie Cygnus melancoryphus (cisne-de-pescoço-preto). A confirmação foi divulgada na noite desta segunda-feira, 29, pelo Ministério da Agricultura, em nota. O animal doente foi encontrado na Estação Ecológica do Taim, sul do Estado e o local já foi interditado para visitação.

Com os casos notificados hoje, sobe para 13 o número de confirmações de casos em aves silvestres no Brasil, sendo nove no Estado do Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares, Itapemirim, Serra e Piúma; três casos no Estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra, Cabo Frio e Ilha do Governador, e um no sul do Rio Grande do Sul.

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A doença já foi identificada ao todo em seis espécies: Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo), Thalasseus maximus (trinta-réis-real), Sterna hirundo (Trinta-réis-boreal), Megascops choliba (corujinha-do-mato) e Cygnus melancoryphus (cisne-de-pescoço-preto).

O ministério informa ainda que segue em alerta e que, com a intensificação das ações de vigilância, é "comum e esperado o aumento de notificações sobre mortalidades de aves silvestres em diferentes pontos do litoral do Brasil".

Reforça, ainda, que o Brasil continua livre de influenza aviária em criações comerciais e que mantém seu status de livre da doença. "O consumo de carne e ovos se mantém seguro no País", assegura, na nota.

Somente neste ano, 1.201 pessoas foram resgatadas de situações análogas à escravidão. A informação foi destacada neste sábado (13) em postagem publicada nas redes sociais por Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).

Pimenta escreveu ainda que o governo brasileiro fará o que for necessário para construir um país mais justo. O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, também lamentou em suas redes sociais o alto número de ocorrências de trabalho escravo no país: "Até hoje a abolição não foi concluída. Estamos todos chamados a concluí-la". 

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Os dados relacionados ao resgate de pessoas em situações análogas à escravidão constam no Radar SIT, mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Trata-se de um painel de informações e estatísticas online sobre as inspeções do trabalho realizadas no país.  Em 2023, ocorreram resgates em 17 das 27 unidades federativas.

Dos casos registrados, 87,3% envolvem trabalho rural. Em Goiás, 372 pessoas foram encontradas em situação análoga à escravidão desde o início de janeiro. Todas elas em estabelecimentos agrários. É o estado com o maior número de ocorrências.  Em seguida, aparece o Rio Grande do Sul, com 296 casos.

Esse número foi impulsionado pela inspeção nas vinícolas Aurora, Garibaldi e Salton, em Bento Gonçalves (RS), onde 207 trabalhadores viviam em condições degradantes. Em março, semanas após a fiscalização, foi assinado um acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT) no qual as três se comprometeram a pagar R$ 7 milhões em indenizações.

O episódio também gerou reação da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, que pediu a expropriação dessas terras e o confisco dos bens das vinícolas, como prevê o Artigo 243 da Constituição Federal. A entidade divulgou um manifesto público que recolheu centenas de assinaturas.

No recorte por ocorrências em áreas urbanas, Minas Gerais responde por 71,9% dos casos com 110 pessoas resgatadas. Todas elas eram de estados do Norte e do Nordeste e trabalhavam em condições degradantes na construção de uma linha de transmissão de energia em Conselheiro Pena (MG). A obra é de responsabilidade do Consórcio Construtor Linha Verde, formado pelas empresas Toyo Setal e Nova Participações. 

Inspeções também costumam levar à descoberta de casos de empregadas domésticas submetidas a condições análogas à escravidão. No mês passado, o governo lançou uma campanha nacional para receber denúncias desse tipo de ocorrência por meio do Disque 100. A iniciativa integrou as ações anunciadas por ocasião do Dia Nacional da Empregada Doméstica, celebrado no dia 27 de abril. 

Série histórica

Se comparado com os anos anteriores, os números parciais de 2023 chamam a atenção. Já é aproximadamente metade do total de resgate de 2022, ano com o maior número de ocorrências nos últimos dez anos. Além disso, superam as ocorrência registradas tanto em 2019 como em 2020 e representam 60% dos registros de 2021. 

Os últimos anos, porém, revelam uma queda quando se amplia a análise para a série histórica. Mais de 61 mil brasileiros foram resgatados em condições análogas à escravidão desde 1995. O ano que registrou o maior número de ocorrências é 2007, quando foram encontrados cerca de 6 mil trabalhadores em situação degradante.

  A recente queda tem sido relacionada com a menor fiscalização ao longo dos últimos governos. Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, não há concursos desde 2013 e, embora existam 3.644 vagas, apenas 1.949 estão ocupadas. A entidade sustenta que é o menor número em três décadas.

Entre especialistas, há o receio de que os casos cresçam diante da combinação entre flexibilização das regras trabalhistas e aumento da desigualdade social nos últimos anos. "Se em algum momento a gente conseguiu evoluir, no sentido de garantir um patamar de proteção às pessoas trabalhadoras, desde 2016, com a reforma trabalhista, com a uberização, com várias leis que vieram para diminuir o patamar de proteção da classe trabalhadora, a gente tem retornado a esse vazio protecionista. E os trabalhadores não têm mais um arcabouço protetivo que lhe garanta o mínimo de dignidade no trabalho", disse há duas semanas o procurador do MPT, Tiago Cavalcanti.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul apreendeu 60 quilos de drogas que estavam sendo transportados em um caminhão dos Correios na madrugada de domingo (9) durante a Operação Via Expressa que desarticulou um esquema de tráfico de drogas interestadual com a utilização de transportadoras. O motorista foi preso em flagrante na região de Gravataí, que fica a 30 quilômetros de Porto Alegre. As investigações para identificar integrantes da quadrilha continuam em andamento.

A operação é realizada por meio da 3ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (3ªDIN), do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), que também acompanha os fatos.

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A investigação teve início há 90 dias, após uma série de apreensões de drogas por parte da 3ªDIN. Conforme o delegado Gabriel Borges, na cabine do motorista foram apreendidos 32 quilos de cocaína pura e 28 quilos de crack, totalizando 60 quilos de droga. A carga é avaliada em R$ 3 milhões.

"Com o avançar da investigação foi possível apurar que grupos criminosos gaúchos passaram a aliciar caminhoneiros para o transporte de entorpecentes dos Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina ao Rio Grande do Sul", afirmou ele.

Segundo Borges, no monitoramento foi apurado que a carga legal transportada pelas empresas permanecia separada no compartimento específico, mas os motoristas aliciados transportavam as drogas na cabine, de modo a não chamar a atenção da empresa nem da polícia.

Ainda de acordo com as investigações, a rota efetuada pelos motoristas também não era alterada, o que confirmava a atividade, em tese, lícita. "A investigação apurou que o transporte da droga era efetuado de forma semanal, sendo aproximadamente meia tonelada de entorpecentes no mês. Na data dos fatos, a equipe de investigação recebeu a informação que uma carreta faria uma entrega de crack em um posto perto do pedágio de Gravataí", disse a polícia.

Aos policiais, o motorista, sem antecedentes criminais e residente em Curitiba, no Paraná, afirmou que recebeu R$ 4 mil para fazer o transporte da droga.

Conforme Borges, a cocaína apreendida é de origem peruana e possui altíssimo grau de pureza –submetida a processos químicos poderia render até cinco vezes mais a quantidade original da droga.

"A operação ajudou a evitar que uma grande quantidade de substâncias entorpecentes fosse distribuída em pontos de venda de drogas no Estado do Rio Grande do Sul", completou o delegado Carlos Wendt, diretor-geral do Denarc.

Sobre a operação Via Expressa realizada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, no último fim de semana, a área de segurança corporativa dos Correios afirma que está acompanhando o caso e colaborando com as autoridades competentes.

"A estatal está adotando as medidas contratuais cabíveis para a ocorrência, pois trata-se de veículo da frota terceirizada. As encomendas que eram transportadas pelo caminhão apreendido seguiram o fluxo normal de entregas", disse em nota.

Quatro trabalhadores argentinos em condição análoga à de escravo foram resgatados na noite deste sábado (1º) em Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha. Segundo a Polícia Federal e o Ministério do Trabalho e Emprego, que participaram da operação, uma das vítimas é menor de idade.

As pessoas resgatadas trabalhavam no corte de lenha em uma propriedade rural do município. Segundo a Polícia Federal, eles haviam sido abandonados pelos empregadores e estavam sem recurso para alimentação e estadia.

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A Polícia Federal foi acionada após receber denúncia da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, que também participou da operação. Um homem, responsável pelas atividades, foi preso em flagrante por submeter trabalhadores à condição análoga à de escravo, crime previsto no Artigo 149 do Código Penal. Conduzido à Polícia Federal em Caxias do Sul (RS), ele será encaminhado ao Sistema Penitenciário e permanecerá à disposição da Justiça Federal.

Ao chegarem à propriedade rural, os policiais federais, brigadistas militares e auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego encontraram os trabalhadores acampados na mata em condições insalubres e totalmente desassistidos. Os argentinos estavam sem água potável, sem energia elétrica e sem acesso a banheiros.

Alguém perdeu o sorriso, literalmente, na primeira partida da final do Campeonato Gaúcho. Caxias x Grêmio jogavam no Estádio Centenário, neste domingo (1), quando um fato inusitado aconteceu na hora do gol dos donos da casa, que abriu o placar da decisão.

Uma dentadura foi atirada da arquibancada e atingiu o repórter Fernando Becker, que fazia a transmissão para o canal Sportv. “O torcedor do Caxias ainda estava comemorando a abertura do placar quando senti um objeto bater no meu braço. Fui olhar, pensei que fosse uma pedra, mas era uma dentadura. Foi jogada ou caiu da boca de um torcedor”, disse Fernando ao GE. Caxias x Grêmio empataram em 1 x 1.

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Um homem ameaçou passageiros em um ônibus e foi morto pela polícia ao tentar fugir na noite da última terça-feira (28), em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Ele estaria portando uma arma de fogo durante a ação.

Policiais da Brigada Militar foram acionados para deter o homem, que havia descido do veículo e estava em fuga. Eles o cercaram em uma rua e atiraram contra ele. Os agentes alegaram que foi legítima defesa, mas não houve troca de tiros.

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O caso está sob investigação da Polícia Civil. A delegada responsável, Marcela Longo, não passou detalhes sobre o ocorrido, nem o que levou à morte dele, por haver o risco de atrapalhar as investigações. Também não foi informado se algum pertence dos passageiros foi levado.

Uma casa com uma estátua de Belzebu na frente de uma casa viralizou nas redes sociais nos últimos dias após um internauta publicar a foto e escrever que “o vizinho novo chegou causando no bairro”. Após a repercussão, a proprietária da casa Mãe Michelly da Cigana, que, na verdade, mora no local há sete anos, publicou uma sequência de stories no Instagram falando sobre a imagem: “Belzebu pode te dar tudo o que tem na terra. Ele é o senhor dos caminhos”. 

Mãe Michelly explicou que a imagem de Belzebu representa proteção/guardião, e o colocou no local para proteger a casa. Além disso, segundo ela, a cor da casa era rosa, mas está em processo de mudança para cinza e branco após uma ordem da divindade. 

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“Foi por isso, para proteger o meu portão, que eu coloquei Belzebu, o maioral. E eu não sou vizinha nova, não. Já moro há sete anos aqui. Agora, coloquei ele no portão há alguns meses. A frente da minha casa tá uma loucura, virou ponto turístico”, disse, bem humorada, enquanto vários carros e motos passavam na rua. 

Cigana também mostrou o túmulo de Belzebu, que fica na parte interna da casa e é aberto apenas uma vez ao ano, “entre a quinta e sexta-feira santa, à meia-noite”. “Tem também a casa da Maria Padinha e, dentro dela, o assentamento de Belzebu, que fica enterrado e abrimos o túmulo, tiramos a imagem e ele come na terra. Belzebu pode te dar tudo o que tem na terra. Ele é o senhor dos meus caminhos. Toda semana a gente serve sete bebidas diferentes, fazemos os nossos ritos”, informou. 

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Em mensagens enviadas pelo WhatsApp, criminosos ameaçaram de morte e estupro a jovem Nicole Radde, filha do deputado estadual Leonel Radde (PT-RS). A mensagem enviada no último domingo (19) por um número anônimo, dá a entender que o motivo das ameaças é o fato do parlamentar ter denunciado e solicitado o cancelamento do show de uma banda acusada de apologia ao nazismo.

“Enquanto teu papai não parar de atacar não iremos parar também. Ele joga sujo e a gente joga mais sujo ainda. Isso é uma ameaça real, depois que ele encontrar a filinha dele estuprada jogada numa vala será tarde demais. O recado tá dado”, disse a mensagem encaminhada à moça.

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Na última semana, Leonel integrou um movimento na internet que solicitava o cancelamento do show da banda norueguesa Mayhem, que ocorreria nesta terça-feira em um bar na cidade de Porto Alegre. Após protestos de moradores e parlamentares da cidade, a banda teve seu show cancelado.

Ex-integrantes da banda já usaram suásticas em suas vestimentas e declararam ser contra a “mistura de raças”. O local onde aconteceria o show amanheceu com uma faixa em que se lia: “Nazismo não é opinião! Fora Mayhem”.

Leonel registrou Boletim de Ocorrência e declarou em suas redes sociais que esse é o resultado de enfrentar e expor grupos de nazifascistas. “Não daremos um passo atrás no enfrentamento a esses criminosos. Fascistas, nazistas não passarão!“, pontuou o deputado.

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Em nota, a bancada do PT do Rio Grande do Sul repudiou o caso: ". É inaceitável a intolerância, a disseminação de mensagens de ódio e a violência contra as mulheres, no caso específico, de uma jovem, filha do parlamentar", diz trecho do posicionamento do partido.

 

O Rio Grande do Sul tem 374 municípios em situação de emergência por causa da estiagem, que ocorre desde dezembro. Os dados são os mais recentes da Defesa Civil do Estado. O número vem crescendo ante as 356 cidades que haviam decretado situação de emergência na última sexta-feira, 3.

Do total, 313 tiveram a situação de emergência homologada pelo governo do Estado e 287 foram reconhecidas pela União.

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O reconhecimento da situação pelo Estado permite aos municípios receberem ajuda humanitária, enquanto com a chancela da União as prefeituras podem receber recursos para enfrentar a seca. O reconhecimento estadual da situação de emergência possibilita também que os produtores rurais acionem o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).

Na safra passada, 2021/22, 426 municípios gaúchos decretaram situação de emergência, enquanto 417 obtiveram reconhecimento da situação de emergência pela União.

Uma semana depois do resgate de mais de 200 trabalhadores encontrados em situação análoga à escravidão e que atuavam em vinícolas de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, a Aurora publicou carta na qual se diz envergonhada e pede desculpas não só às vítimas, mas à toda população brasileira. A vinícola diz trabalhar em "programa robusto" para modificar dinâmicas.

"Os recentes acontecimentos envolvendo nossa relação com a empresa Fênix nos envergonham profundamente. Envergonham e enfurecem. Aprendemos com aqueles que vieram antes que, sem trabalho, nada seríamos. O trabalho é sagrado. Trair esse princípio seria trair a nossa história e trair a nós mesmos. Entretanto, ainda que de forma involuntária, sentimos como se fora isso que fizemos", diz o texto, publicado no site da Vinícola Aurora.

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Outras duas vinícolas gaúchas envolvidas no caso são a Garibaldi e a Salton. O Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul (MPT-RS) deu dez dias para que as três expliquem a relação delas com a terceirizada Fênix Serviços de Apoio Administrativo, que foi flagrada mantendo trabalhadores em condição análoga à escravidão. Ambas alegaram não ter conhecimento das irregularidades.

O proprietário da Fênix, Pedro Augusto de Oliveira Santana, chegou a ser detido, mas foi liberado após pagar fiança de quase R$ 40 mil. Em nota à imprensa, a defesa afirma que "qualquer conclusão neste momento é meramente especulativa e temerária, uma vez que os fatos e as responsabilidades devem ser esclarecidas em juízo".

Depoimentos aos quais o Estadão teve acesso revelam condições de trabalho degradantes e agressões físicas contra quem se insubordinasse. Os trabalhadores, em sua maioria moradores da Bahia, não tinham dinheiro para irem embora, pois os empregadores controlavam suas finanças.

Os trabalhadores prestavam serviços nos parreirais para colheita de uvas nas vinícolas. Segundo eles, era normal trabalhar 14 horas por dia e ter valores descontados. Os depoimentos também revelam alimentação com comida azeda e castigos físicos, como choque a laser.

Na carta, a Aurora destacou que repudia a situação com todas suas "forças". "Gostaríamos de apresentar nossas mais sinceras desculpas aos trabalhadores vitimados pela situação. Ninguém mais do que eles trazem, nos ombros curados pelo Sol, o peso de uma prática intolerável, ontem, hoje e sempre. A testa daqueles que fazem o Brasil acontecer, todos os dias, às custas do seu suor honesto, deveria estar sempre erguida, orgulhosa, e nunca subjugada pela ganância de uns poucos."

A empresa disse trabalhar em "programa robusto que deve implementar mudanças substanciais nas dinâmicas da Vinícola Aurora". "A Vinícola Aurora não medirá esforços para colaborar com a construção de um mundo em que o respeito, o orgulho e a realização façam parte da vida de cada trabalhador", afirmou.

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