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Tim Berners-Lee, criador da World Wide Web (www) e mais conhecido como "pai" da internet, juntou-se ao grupo que se opõe aos projetos de lei norte-americanos Stop Online Piracy Act (SOPA) e o Protect Intellectual Property Act (PIPA), que visam acabar com a pirataria online, mas também dão ao governo dos Estados Unidos o direito de censurar a internet.

Segundo informações do site americano Business Insider, durante a conferência Lotusphere, IBM, Berners-Lee disse que “se você está nos Estados Unidos, você deveria se mover, ligar para alguém ou mandar um e-mail para protestar contra esses projetos, porque eles não foram elaborados para respeitar os direitos humanos, como seria apropriado em um país democrático”.

Atualmente, o SOPA está passando por uma revisão, devido à grande quantidade de críticas que o projeto recebeu.

Nesta semana, diversas empresas do ramo da tecnologia tiraram seus sites do ar em forma de protesto contra a censura na web. As páginas da Wikipedia em inglês ficaram inacessíveis por 24 horas, na última quarta-feira. Os sites do ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, da Mozilla e do Wordpress também ficaram fora do ar.

Os portais do Google, do Instituto de Defesa do Consumidor e da publicação Wired continuaram funcionando, mas exibiram mensagens de protesto.

O Congresso dos Estados Unidos anunciou, nesta sexta-feira (20), o adiamento da votação dos projetos de lei Stop Online Piracy Act (SOPA) e Protect IP Act (PIPA), após diversos sites (como o Wikipédia) promoverem um blackout de 24 horas, em protesto pela cuasa. "Em face dos eventos recentes, eu decidi postergar a votação do PROTECT IP Act, desta terça", disse Harry Reid, líder da maioria e presidente da Comissão de Justiça do Senado, através de sua conta no Twitter.

O SOPA é um projeto que cria regras mais rígidas contra sites estrangeiros que distribuem livremente conteúdo protegido por direitos autorais. A ideia seria impedir o acesso à determinados sites dentro dos Estados Unidos, retirando-os dos resultados de buscas e exigindo o bloqueio do endereço pelas empresas provedoras de Internet. "Ouvi os críticos sobre a proposta e está claro que precisamos revisar as formas de solucionar este problema [pirataria online]”, afirmou o senador republicano Lamar Smith, autor do projeto do SOPA, através de um comunicado.

No Senado americano, também tramita um projeto similar que ficou conhecido pela sigla PIPA. A proposta, do senador democrata Leahy Patrick, além de pedir o bloqueio de sites envolvidos com pirataria, cria dispositivos legais para o "vigilantismo" online. Basicamente, mesmo morando fora dos Estados Unidos, você poderia ser acusado de crime contra propriedade intelectual ao, por exemplo, enviar para seu melhor amigo um e-mail que contenha link para download ilegal de música, software etc.

O autor da Lei de Proteção à Propriedade Intelectual (Sopa, na sigla em inglês), que deu início a um amplo protesto online nesta quarta-feira, disse que "espera avançar" na aprovação da lei no mês que vem. O presidente do Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes, Lamar Smith (republicano, do Texas), disse em entrevista nesta quarta-feira que não ficou desencorajado pelas críticas lançadas contra ele por oponentes da lei.

Segundo ele, a maioria das preocupações dos críticos foi tratada nas mudanças do projeto. "É fácil se engajar em algo movido pelo medo e é fácil levantar controvérsias e pistas falsas, mas se eles lerem o projeto serão tranquilizados", disse Smith.

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Versões semelhantes da legislação antipirataria apresentadas na Câmara e no Senado têm como objetivo interromper o acesso doméstico a sites sediados no exterior que oferecem filmes, música e outros conteúdos pirateados. A lei daria à procuradoria-geral dos Estados Unidos novos poderes para cortar o recebimento de recursos, de propaganda e acesso a esses sites.

A Wikipedia, décimo site mais popular nos EUA, paralisou nesta quarta-feira a maior parte de seus serviços em língua inglesa, substituindo por uma página branca e cinza com seu símbolo em negro. "Imaginem um mundo sem o conhecimento livre", afirma um texto no site.

Segundo a Wikipedia, "neste momento, o Congresso dos EUA estão considerando uma legislação que poderia prejudicar fatalmente a internet livre e aberta".

Além da Wikipedia, milhares de outros sites deixaram de funcionar nesta quarta-feira em protesto contra a lei, que segundo afirmam pode resultar numa internet menos aberta e à responsabilização legal de sites norte-americanos que inadvertidamente hospedarem filmes, música e outros conteúdos piratas.

"Obviamente, não há censura no projeto de lei e ninguém pode indicar qualquer tipo de censura. Não é a censura que vai interromper as atividades ilegais", disse Smith. "O que fazemos é tentar impedir atividades ilegais de sites estrangeiros."

A lei aguarda uma decisão do Comitê Judiciário da Câmara, que tentou encerrar os trabalhos sobre o projeto em dezembro, mas parou porque os oponentes propuseram dezenas de emendas. A Câmara voltou aos trabalhos nesta semana, após o recesso de final de ano. Smith disse na terça-feira que pretende tentar aprovar a lei novamente no mês que vem.

Mesmo se ele conseguir, não está claro se a lei poderá seguir a menos que alterações sejam feitas para agradar os oponentes. Nesta quarta-feira, o presidente da Câmara disse aos jornalistas que a lei sobre pirataria não deve ser votada em breve porque "está bastante claro para muitos de nós que há falta de consenso no momento".

"Eu espero que o comitê continue a trabalhar e tente chegar a um consenso antes de o projeto ir a plenário", afirmou Boehner. As informações são da Dow Jones.

O Ato Contra Pirataria Online (SOPA, em inglês) está mesmo indigesto. Depois de quase três anos de absoluto de silêncio, Mark Zuckerberg postou em seu perfil no Twitter um pedido para que os usuários peçam aos congressistas para "serem pró-internet”, incluindo em seguida um link para um post no Facebook onde comenta o projeto em tramitação no Congresso americano. 

“A internet é a ferramenta mais poderosa que temos para criar um mundo mais aberto e conectado. Não podemos deixar que leis mal-pensadas fiquem no caminho do desenvolvimento da Internet. O Facebook é contra o SOPA e o PIPA, e continuaremos a nos opor a qualquer lei que fira a Internet”, escreveu o Zuckerberg, em seu perfil. 

“O mundo precisa atualmente de líderes políticos que sejam a favor da internet. Estivemos trabalhando com muitas dessas pessoas por meses em alternativas melhores às propostas atuais. Encorajo vocês a ficarem sabendo mais sobre essas questões e a dizerem aos seus congressistas que eles devem ser pró-internet” finalizou, direcionando os internautas para uma terceira página na qual são expostos mais pontos de vista sustentados pelo Facebook

Em protesto ao SOPA, empresas importantes como Wikipedia, Reddit, Wordpress, Wired, 4chan restringiram parcial ou totalmente o acesso ao conteúdo de seus sites, enquanto que gigantes comoGoogle, Facebook e Amazon anunciaram blecautes em protesto à lei que tramita em regime de emergência no congresso americano. 

O CEO da maior rede social do mundo não tuitava em seu perfil desde que avisou que havia criado uma página pública em seu próprio site. 

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