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A Lei da Ficha Limpa corre o risco de não valer na eleição municipal de 2012 nem nas que vierem depois. Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão pessimistas e preveem que a Corte poderá declarar a regra inconstitucional ao julgar três ações que tramitam há meses no tribunal e que tratam da lei que nasceu de uma iniciativa popular a favor da moralização dos costumes políticos no País.

Em março, o STF decidiu por 6 votos a 5 que a norma não teria validade para a eleição de 2010 porque foi aprovada com menos de um ano de antecedência ao processo eleitoral.

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Há uma regra na Constituição Federal segundo a qual modificações desse tipo têm de ser feitas pelo menos um ano antes. Na ocasião, os ministros somente analisaram esse aspecto temporal da lei.

Nos futuros julgamentos, eles deverão debater se a regra está ou não de acordo com a Constituição Federal ao, por exemplo, estabelecer uma punição (inelegibilidade do político) antes de uma condenação definitiva da Justiça.

Os contrários a esse tipo de punição afirmam que ela desrespeita o princípio constitucional da presunção da inocência, ou seja, que ninguém será considerado culpado até uma decisão judicial definitiva e sem chances de recursos.

O entendimento do Supremo será fixado durante o julgamento conjunto de três processos: duas ações declaratórias de constitucionalidade (ADCs) e uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI).

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nacional e o PPS pedem que o tribunal chancele a constitucionalidade da lei. Já a Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL) quer que a Corte declare inconstitucional um dispositivo da norma segundo o qual são inelegíveis as pessoas excluídas do exercício de profissão em razão de infração ético-profissional. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Programa Opinião Brasil 43 fala sobre a união homoafetiva. No estúdio, Rildo Veras, Assessor Especial do Governo do Estado para Diversidade Sexual, e Vanildo Bandeira, Representante do grupo homossexual do Paulista. No último bloco a conversa gira em torno da decisão do STF e as primeiras uniãoes entre pessoas do mesmo sexo. 

O Programa Opinião Brasil é uma produção dos alunos de comunicação social da Faculdade Maurício de Nassau e é apresentado pelos jornalistas Aldo Vilela e Cristiano Ramos.

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"Super tranquilo." Assim a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), definiu nesta sexta-feira o clima na corte mais alta do País após o colega Marco Aurélio Mello impedir o arquivamento, de forma sutil e quase despercebida, do pedido de impeachment do também ministro Gilmar Mendes, ex-presidente do tribunal.

A denúncia do advogado Alberto de Oliveira Piovesan contra o ministro já havia sido arquivada em maio pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), mas o advogado entrou com dois recursos no STF. O primeiro já havia sido negado pelo ministro Ricardo Lewandowski, que votou pelo mesmo fim para o último. O voto foi seguido por Luiz Fux e pela própria Cármen Lúcia, mas a atitude de Marco Aurélio Mello impediu o fim da tramitação.

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Cármen Lúcia descartou a possibilidade de o colega ter pedido vista do processo para acirrar os ânimos internamente. "Esses pedidos às vezes decorrem exclusivamente de um ponto que a pessoa prefere esclarecer melhor. Pedido de vista é regimental e não cria nenhum tipo de constrangimento nem de nada", disse a ministra.

Piovesam questiona a isenção de Gilmar Mendes e acusou o ministro de favorecer advogados. A ministra, porém, classificou o caso de "político". "O ato que era questionado era um ato político, que não se sujeita a nossa jurisdição", declarou.

 

Os juízes não estão abandonados, garantiu nesta quarta-feira o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Cezar Peluso. Em pronunciamento lido no plenário do STF, Peluso anunciou uma série de medidas tomadas após o assassinato da juíza Patrícia Acioli, que incluíram a nomeação de uma comissão extraordinária para apresentar pelo menos um esboço de uma política nacional de segurança institucional da magistratura.

"(Quero dirigir-me) Aos magistrados, para assegurar-lhes que, na medida das minhas competências e forças pessoais, não serão, sobretudo em instante tão difícil para todos nós, nem no futuro, abandonados por esta Corte nem pelo Conselho Nacional de Justiça, na garantia da segurança e da tranquilidade indispensáveis ao exercício da função essencial à efetividade dos direitos da cidadania e da subsistência do Estado Democrático de direito, e da independência inegociável do Poder Judiciário. Os juízes não estão nem estarão sozinhos", disse Peluso.

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O presidente do STF e do CNJ disse que se solidariza com a indignação da sociedade brasileira. Ele afirmou que o Judiciário não poupará esforços nem providências para que sejam apuradas as responsabilidades pelo crime. "Assim como, no curso da história, não o lograram forças mais poderosas, as do chamado crime organizado não intimidarão, agora nem nunca, a magistratura, a sociedade brasileira, tampouco o Estado Democrático de direito", disse.

Peluso reclamou de reportagem publicada hoje pelo O Estado de S. Paulo sob o título "5 dias após morte, CNJ adia proteção para juíza de PE". A reportagem relatou que um pedido de vista impediu o CNJ de concluir o julgamento de um requerimento de proteção feito pela juíza Fabíola Michelle Muniz Mendes, que diz ter sofrido ameaças no interior de Pernambuco. O texto também informou que uma liminar concedida em julho pelo então conselheiro do CNJ Ives Gandra determinou que a magistrada recebesse proteção. Na terça-feira, o conselho decidiria se a liminar concedida em julho seria ratificada ou não. O pedido de vista interrompeu a discussão.

Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, que as pessoas aprovadas em concurso público têm o direito de ser nomeadas nas vagas abertas pelo certame (com exceção do cadastro de reserva). A decisão foi sobre um caso específico em Mato Grosso do Sul, mas será aplicada em todo o País, porque o caso tinha o status de repercussão geral.

O estado alegava que o candidato não tem direito certo de ser nomeado, apenas uma expectativa de que isso aconteça. E que isso serve para preservar a autonomia da administração pública para decidir se a nomeação é útil ou não. No entanto, o relator, ministro Gilmar Mendes, considerou que as vagas previstas em edital já pressupõem a existência de cargos e a previsão de lei orçamentária. “Entendo que o dever de boa-fé da administração pública exige o respeito incondicional às regras do edital, inclusive quanto à previsão das vagas no concurso público”, disse o ministro, que acrescentou que a única liberdade da administração pública é decidir quando o candidato será nomeado, dentro do prazo de validade do concurso.

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Para o relator, apenas situações excepcionais justificam a não nomeação, como fatos importantes e imprevisíveis posteriores à abertura do edital, como crises econômicas, guerras e fenômenos naturais que causem calamidade pública.

 

O decreto que concede aposentadoria à ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie Northfleet foi publicado na edição desta segunda-feira (8) do Diário Oficial da União. Com a confirmação da aposentadoria, o STF deve pedir à presidente Dilma Rousseff que um novo ministro seja indicado rapidamente.

A ministra Ellen Gracie, a primeira mulher a ser indicada para a Corte, anunciou sua saída na semana passada. O nome da substituta vem sendo discutido pelo governo e pode ser anunciado no início desta semana.

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Cabe à presidente Dilma escolher e nomear os ministros do STF. Logo no início do mandato, em fevereiro, ela indicou Luiz Fux para ocupar a cadeira surgida com a aposentadoria do ministro Eros Grau. A expectativa é de que agora ela indique uma mulher. Entre os nomes comentados no Supremo estão o da juíza Sylvia Steiner, do Tribunal Penal Internacional, da ministra do Superior Tribunal Militar (STM) Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha e da procuradora Flavia Piovesan, especialista em direitos humanos.

A definição sobre a divisão dos royalties que serão cobrados na exploração do pré-sal pode acabar na Justiça. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que, se os governadores não chegarem a um acordo sobre como repartir os recursos arrecadados com a cobrança da compensação financeira e o Congresso insistir em manter a sistemática de rateio vetada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a decisão acabará nas mãos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Se o Congresso derrubar o veto, o Palácio do Planalto só tem um recurso: recorrer ao STF para ver se consegue uma solução", disse Lobão. O embate sobre os royalties voltou a ganhar espaço depois que os governadores do Norte e do Nordeste ameaçaram forçar suas bancadas no Congresso a derrubar o veto do ex-presidente Lula, caso um novo modelo de distribuição do dinheiro não seja definido até meados de julho, quando se inicia o recesso parlamentar.

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"Se o Congresso derrubar o veto, o Palácio do Planalto só tem um recurso: recorrer ao STF para ver se consegue uma solução"

Um dos porta-vozes do grupo, o governador de Sergipe, Marcelo Déda, admite que os chamados Estados produtores - como Rio e Espírito Santo - têm direito a uma parcela maior dos recursos. Porém, segundo ele, diante do potencial de petróleo a ser retirado da região, um novo modelo de distribuição precisa ser definido.

Ao sancionar a lei que definiu o modelo de exploração do pré-sal no fim do ano passado, o ex-presidente Lula acabou vetando o sistema de divisão de royalties aprovado pelos parlamentares. A fórmula previa um rateio dos recursos seguindo as regras dos fundos de participação de Estados e municípios (FPE e FPM), o que provocaria uma grande perda de receita para os cofres fluminense e capixaba.

Em seu lugar, Lula enviou um projeto restabelecendo a divisão acordada entre o Planalto e os governadores do Rio e do Espírito Santo em novembro de 2009. A proposta está encalhada na Comissão de Minas e Energia da Câmara desde o início do ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

"Não conheço os elementos que levaram a essa decisão, vamos aguardar. Certamente, haverá uma reclamação para o STF e aí haverá um pronunciamento sobre o assunto", disse ele, ao participar do seminário "Ciclo de Reformas do Código de Processo Civil", na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.

Mendes considerou normal a ocorrência de "um ou outro caso" que entre em conflito com a decisão do Supremo. "Não conseguimos abranger todas as situações", disse. O ministro disse ainda que é "muito pouco provável" que o posicionamento do STF sobre a união homoafetiva seja revertido e ressaltou que cabe ao Congresso Nacional disciplinar o tema. "O que o STF disse é que, se avaliarmos a diversidade de fundamentação, é razoável que se extraia do texto constitucional a ideia de uma união estável", afirmou.

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