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Após sair na liderança no primeiro turno das eleições ao Palácio dos Bandeirantes, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) pregou continuidade na gestão estadual, se eleito, e disse ao Estadão nessa quinta (6) que "não vai ter tecla reset" ou "cavalo de pau" em São Paulo. O candidato afirmou que não estará ao lado do governador Rodrigo Garcia (PSDB) na TV, e que tucanos não devem assumir cargos em secretarias ou diretorias de estatais se for governador. O ex-ministro afirmou que seu eventual governo vai privilegiar técnicos de carreira nas posições de comando.

Apesar de dizer que não estará no palanque com Garcia, que confirmou "apoio incondicional" a ele e à reeleição de Jair Bolsonaro nesta semana, Tarcísio disse que o embarque do tucano é "bem-vindo" e que vai dar continuidade a algumas políticas da atual gestão, se eleito governador.

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Nos últimos três dias, os diretórios estaduais do Podemos, MDB e União Brasil também embarcaram em sua candidatura. Questionado se, em eventual eleição, vai terminar o mandato de quatro anos no governo de São Paulo, o ex-ministro disse somente que se compromete a "trabalhar e entregar". "Não sei, não sei se estou vivo amanhã", pontuou.

Eleição nacional

Sobre o resultado do primeiro turno da eleição nacional, Tarcísio disse que "o bolsonarismo saiu fortalecido". "Lula teve a maioria eleitoral, a maioria política ficou com Bolsonaro. Bolsonaro fez 20 dos 27 senadores. O partido do Bolsonaro fez 99 deputados. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal estão na mão da direita".

São Paulo

Na disputa ao Bandeirantes, ele alegou que não se surpreendeu com a vitória de Haddad na capital paulista. "A gente não pode se surpreender com esse movimento. A capital se move por ciclos", disse, ressaltando a alternância de poder entre direita e esquerda na Prefeitura.

Dilma

Servidor de carreira, Tarcísio disse que assumiu cargo no governo da ex-presidente Dilma Rousseff por ter visto uma oportunidade de "dar o exemplo". Sobre o governo do PT à época, argumentou que houve pressão para que saísse do cargo no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), mas que foi blindado para continuar atuando contra a corrupção.

Apesar de criticar a gestão de Dilma e dizer que ela não percebeu ou coibiu "a corrupção acontecendo embaixo do nariz", Tarcísio afirmou que tem gratidão à petista. "Por que não teria? Ela foi muito correta. Não quer dizer que eu ache o governo dela um bom governo. Não acho que ela tenha acertado como presidente", disse.

Padrinho político

Tarcísio também defendeu a atuação de Bolsonaro à frente do governo federal e de programas no Nordeste. Questionado sobre a associação entre nordestinos e analfabetismo feita pelo presidente nesta semana, disse que "quem está muito exposto, uma hora ou outra dá uma escorregada", mas ponderou que Bolsonaro está "mais maduro, muito apto".

PSDB

Tarcísio afirmou que não via sentido ter Garcia em seu palanque, e que o apoio é programático. "As estruturas que estavam mobilizadas vão trabalhar agora em nosso favor", disse. "Tenho que deixar claro que há uma mudança. A mudança não significa desconstrução, porque as boas políticas públicas que já estão incorporadas e fazem parte do dia-a-dia paulista têm que ser preservadas", defendeu. Ele prometeu dar continuidade e ampliar programas de transferência de renda e de segurança alimentar, como o Bom Prato.

Covas

Tarcísio também ressaltou o legado tucano no Estado. "Não vou ficar trocando nome de programa, eu quero resolver problemas. Vou manter o que é bom e acelerar o que eu acho que está andando devagar", completou. Ele reforçou que não preservará cargos de tucanos em secretarias ou diretorias de estatais, mas que vai privilegiar técnicos de carreira nas posições de comando.

O candidato atribuiu as políticas que deram certo do PSDB ao ex-governador Mário Covas, morto em 2001. "Covas foi um grande governador e depois dele você teve um lampejo de gestão com Serra mas faltou novidade com Alckmin", disse. "Gestão Doria é para ser esquecida". Segundo ele, o ex-governador Geraldo Alckmin, que agora concorre à vice de Lula, fez um governo burocrático, sem inovações.

Após o MDB liberar seus filiados no 2° turno, o ex-presidente Michel Temer (MDB) decidiu apoiar o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa pelo governo de São Paulo e o presidente Jair Bolsonaro (PL) na corrida presidencial. O anúncio oficial será feito nos próximos dias depois uma conversa onde serão alinhados pontos "programáticos" entre os dois. Segundo interlocutores de Temer, o apoio a Tarcísio é um gesto para o prefeito da capital Ricardo Nunes (MDB).

Principal nome da sigla no Estado, Nunes projeta uma disputa contra o PT, que anunciou apoio prévio a ao deputado eleito Guilherme Boulos (PSOL) na eleição municipal de 2024, e por isso precisa se posicionar contra a Haddad.

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Já no plano nacional, o entorno de Temer diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) explodiu pontes quando chamou o governo do ex-presidente de "golpista" no último debate. Petistas tentaram articular uma aproximação entre os dois ex-presidentes, mas as conversas não avançaram.

O resultado do primeiro turno da disputa pelo governo paulista surpreendeu o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), que buscam agora o apoio do PSDB e o "espólio" do governador Rodrigo Garcia.

Interlocutores das duas campanhas tinham números internos diferentes do resultado final. Os petistas esperavam uma vitória tranquila no primeiro turno, enquanto o candidato bolsonarista previa que Haddad venceria por uma pequena margem. A vantagem de Tarcísio deixou o PT pessimista.

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Em conversas reservadas, quadros da legenda admitem que é remota a chance de vitória em São Paulo e dizem que Haddad vai agora cumprir o papel de linha auxiliar para Lula no Estado, que deve ser a principal arena do segundo turno na corrida pelo Palácio do Planalto. O petista terminou o primeiro turno em segundo lugar, com 35,7% dos votos válidos, ao contrário do que apontavam as pesquisas. Tarcísio obteve 42,32% dos votos válidos.

No campo das articulações, as conversas de Haddad e Tarcísio com o PSDB têm acontecido por meio de interlocutores. Após participar de uma reunião do PT no hotel Grand Mercure, na Zona Sul de São Paulo, marcada para discutir o resultado das urnas no primeiro turno, Haddad disse que não entrou em contato com Garcia e afirmou que "ritos precisam ser respeitados".

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, é quem vai procurar o presidente do PSDB, Bruno Araújo.

O diretório nacional tucano deve formalizar, na próxima quarta-feira, em uma reunião da executiva, que vai liberar os filiados no segundo turno. O PSDB paulista terá, portanto, autonomia e a palavra final será de Garcia, que está sendo pressionado a se posicionar.

O presidente estadual do PSDB, Marco Vinholi, se reuniu nesta segunda-feira, 3, com o governador para tratar do tema.

A leitura entre os tucanos é de que Haddad não é um nome "palatável" para a base do PSDB, enquanto Tarcísio dialoga melhor com lideranças do partido.

Aliado de Lula, Guilherme Boulos (PSOL) afirmou que Haddad ainda tem chances de reverter o quadro e vencer Tarcísio. Ele afirma acreditar que o governador tucano já perdeu votos para Tarcísio. "O resto do voto do Rodrigo pode migrar mais", disse.

Em outra frente, Tarcísio já negocia o apoio do PP e MDB, que estavam na coligação de Garcia.

Lideranças do PSDB do Estado sinalizaram que aceitam uma composição, desde que haja uma contrapartida programática e a promessa de manter os programas vistos como "legado" da sigla, que comandou São Paulo por 28 anos.

A costura com os partidos está sendo feita pelo ex-ministro Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, que assumiu um papel de destaque nos bastidores.

Prefeitura de SP

A expectativa na campanha de Tarcísio é que a campanha presidencial será mais concentrada na Região Sudeste, o que torna o palanque do ex-ministro um fator determinante na estratégia de Bolsonaro.

A expectativa no entorno de Tarcísio é que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) apoie o ex-ministro e reforce a campanha na capital.

Como o emedebista projeta disputar a reeleição em 2024 contra o bloco PT-PSOL, que deve ter Guilherme Boulos (PSOL) candidato, Nunes não cogita estar no mesmo palanque que Haddad este ano. A articulação com o MDB passa pelo apoio de Tarcísio na corrida municipal.

Os candidatos Tarcísio de Freitas (PT) e Fernando Haddad (PT) vão disputar o segundo turno das eleições para governador do estado de São Paulo. Tarcísio tem 42,43% dos votos válidos e Haddad tem 35,60% dos votos válidos.
 
Até agora, foram apurados 96,53% das urnas.

Tarcísio Gomes de Freitas é servidor público de carreira, 47 anos, é formado pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e graduado em engenharia no Instituto Militar de Engenharia. Fez parte da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti. Trabalhou nas áreas de infraestrutura e investimento, foi presidente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), e ministro da Infraestrutura O vice na chapa é o administrador Felicio Ramuth.

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É professor universitário e cientista político, tem 55 anos. É formado em direito pela Faculdade do Largo São Francisco e doutor em filosofia. Leciona ciência política na USP. Foi ministro da Educação e prefeito de São Paulo. É casado com Ana Estela Haddad e pai de dois filhos. A vice na chapa é a diretora escolar Lucia França.

O candidato do Republicanos ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse nesta quinta-feira, 22, que não se recordava do bairro e do local de votação no município de São José dos Campos, interior de São Paulo. Questionado sobre onde vota, o ex-ministro afirmou apenas ser "um colégio", sem saber informar qual. "Agora fugiu à cabeça", afirmou em entrevista à Rede Vanguarda, filiada da Rede Globo.

O ex-ministro nasceu no Rio e, até o início da corrida eleitoral, morava em Brasília. Para poder concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, transferiu seu título e declarou endereço em São José dos Campos, onde afirma ter familiares residindo há mais de 20 anos. A mudança repentina foi questionada em inquérito do Ministério Público, mas o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) rejeitou por unanimidade a ação movida contra ele.

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O candidato do Republicanos ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse nesta quinta-feira, 22, que não se recordava do bairro e do local de votação no município de São José dos Campos, interior de São Paulo. Questionado sobre onde vota, o ex-ministro afirmou apenas ser "um colégio", sem saber informar qual. "Agora fugiu à cabeça", afirmou em entrevista à Rede Vanguarda, filiada da Rede Globo.

O ex-ministro nasceu no Rio e, até o início da corrida eleitoral, morava em Brasília. Para poder concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, transferiu seu título e declarou endereço em São José dos Campos, onde afirma ter familiares residindo há mais de 20 anos. A mudança repentina foi questionada em inquérito do Ministério Público, mas o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) rejeitou por unanimidade a ação movida contra ele.

Na entrevista desta quinta-feira, Tarcísio justificou a escolha por São José por conhecer a cidade e ter familiares morando no município. "No período do Ministério (da Infraestrutura) trabalhamos na questão da (rodovia) Dutra, na questão da concessão do aeroporto, que foi logo após passado para iniciativa privada. Trouxemos investimentos para essa região, tenho familiaridade, tenho vínculo afetivo, frequentei muito durante um período da minha vida, é o local mais lógico para estabelecer domicílio eleitoral", afirmou.

A campanha do governador Rodrigo Garcia (PSDB), que disputa o segundo lugar nas pesquisas com Tarcísio, ironizou a falha do concorrente no Twitter. "Já que é a primeira vez que você vota em SP, clica aqui pra descobrir o seu local de votação", escreveu, inserindo um link do Tribunal Superior Eleitoral que ajuda o eleitor a saber onde vota.

O candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) voltou a afirmar que repudia ataque às mulheres. O candidato citou, mais uma vez, o ato do seu correligionário, Douglas Garcia, que atacou a jornalista Vera Magalhães nos bastidores do último debate.

"Repudio qualquer ataque às mulheres, repudiei veemente o que aconteceu no debate da TV Cultura", disse o ex-ministro da Infraestrutura durante debate esta noite. Tarcísio também se comprometeu a criar uma plataforma de governo "viva" para mulheres, começando pela criação de uma secretaria dedicada para o público feminino.

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Tarcísio aproveitou a pergunta sobre mulheres para fazer ataques à atual gestão paulista no que tange a políticas públicas voltadas à saúde e educação, por exemplo. "O respeito à mulher vai além e inclui o respeito aos filhos, também", disse, ao mencionar que "22% das escolas estavam sem professores."

Apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, o candidato do Republicanos ao governo de São Paulo, o ex-ministro Tarcísio de Freitas, relacionou a melhora de seus números na mais recente pesquisa Datafolha ao "cansaço" que, na visão dele, a população paulista sente em relação aos governos do PSDB, partido que há 28 anos comanda o Estado, e a uma rejeição ao PT.

"Ninguém suporta mais o PSDB. O PSDB já deu e todo mundo sabe que o PT não dá", afirmou o candidato, durante visita à Santa Casa da Misericórdia de Mogi das Cruzes, nesta sexta-feira, 2. No levantamento divulgado na noite desta quinta-feira, Tarcísio alcançou 21% das intenções de voto, cinco pontos a mais que o levantamento anterior.

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O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) se mantém na liderança na disputa pelo governo de São Paulo, mas a vantagem para os principais rivais diminuiu. O petista agora tem 35% das intenções de voto - antes tinha 38%. Candidato à reeleição, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) também subiu - tinha 11% e foi a 15%. Tarcísio também ganhou pontos no Ipec (ex-Ipobe) divulgado na terça-feira.

"Acho que a gente está caminhando na direção correta, em contato com o povo, mostrando o que a gente pensa, apresentando nosso projeto. E esse projeto está sendo muito bem recepcionado", disse Tarcísio.

Para ele, não há dúvidas de que haverá um segundo turno na eleição ao governo de São Paulo e também na disputa ao Planalto. "A gente não escolhe adversário, mas, pelo lastro, Haddad vai para o segundo turno. E tenho certeza que estamos caminhando a passos largos na direção dos segundo turno. Vamos fazer uma boa disputa e estou muito confiante no sucesso dessa eleição", declara Tarcísio. Ele também atribui a alta na pesquisa à exposição dos eleitores ao horário eleitoral gratuito, que iniciou há uma semana.

Propostas

Durante a visita, o candidato também falou de propostas que considera prioritárias em seu governo, se eleito. As principais medidas serão investimento na educação, redução de impostos e promoção de crédito para pequenos empresários. "A gente tem que aliviar a carga tributária que asfixia o setor produtivo e não deixa que o pequeno e o novo empreendedor prospere", afirmou.

Ele se diz preocupado com a avaliação de São Paulo no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). "O jovem está terminando o seu ensino médio e não tem ferramentas para atuar no mercado de trabalho. A gente tem que mudar essa lógica", disse.

Ele propõe apoio pedagógico aos municípios com infraestrutura, valorização dos profissionais da educação e profissionalizar o ensino médio. "A gente tem que aliar o ensino de tempo integral com profissionalizante, aumentar a oferta de vagas para o ensino profissional, com parte do tempo na prática em uma pequena e microempresa", disse.

Tarcísio voltou a falar em aumentar o prazo de pagamento do ICMS. Ele também quer impulsionar o Desenvolve SP, alongando prazos de financiamento e diminuindo taxas, aumentar o repasse financeiro do governo federal às Santas Casas e atualizar a tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). "A tabela não remunera mais os procedimentos e a gente vai ter um problema de estrangulamento financeiro. Essa atualização é fundamental para que elas [Santas Casas] comecem a operar no azul", afirmou Tarcísio.

Candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes, o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) preparou um programa de governo para São Paulo com propostas distantes das pautas ideológicas defendidas no plano elaborado pelo padrinho político e candidato à reeleição.

Enquanto a minuta de Bolsonaro apresenta tópicos como mineração em terras indígenas, incentiva o porte de armas e faz menções a valores como "Deus, Pátria, família, vida e liberdade", o material de Tarcísio evita entrar na arena de costumes.

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Ainda que a perspectiva de programas para o governo do Estado e para a Presidência sejam diferentes de acordo com as atribuições de cada um, os candidatos podem apresentar suas visões de valores, por exemplo, nos planos protocolados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No entanto, apesar de atrelar cada vez mais sua imagem à de Bolsonaro em sua na campanha, Tarcísio evitou tratar de temas mais ideológicos e de costumes em suas propostas.

O programa de governo de Bolsonaro, de acordo com a minuta obtida pelo Estadão que ainda será entregue ao TSE, dedica um capítulo aos "valores e princípios centrais do plano de governo". Em toda a proposta, de 48 páginas, a palavra liberdade é citada 55 vezes e família, 67.

Sem citar diretamente políticas contra o aborto ou atacar instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF), o programa sugere que a liberdade é um conceito caro a quem acredita "no direito à vida do nascituro" e "na possibilidade de expressar suas opiniões e na condução de suas vidas de acordo com valores e propósitos".

"É por meio dessa LIBERDADE que o cidadão e a coletividade se expressam, inclusive nas redes sociais, construindo pontes para um futuro mais consistente e justo para o País", diz trecho da minuta do programa de governo.

A proposta do presidente para mais quatro anos também reforça a política armamentista adotada por Bolsonaro em seu primeiro mandato ao ressaltar a "importância de preservação e potencialização do exercício de legítima defesa". Conforme o programa, é preciso que o governo autorize "o uso da força para evitar injusta agressão, inclusive com o uso de arma de fogo".

O programa argumenta, ainda, que o aumento de aquisição de armas pelo cidadão está relacionado a um menor índice de homicídios e contribui para a "pacificação social e preservação da vida".

Entre as propostas para a política ambiental, a minuta defende que povos indígenas e quilombolas devem ser respeitados em suas cultura e tradição. Para isso, propõe que a pecuária, a agricultura e a mineração, entre outros tópicos, se tornem uma "realidade permanente para essas populações".

Tarcísio foge de polêmicas do padrinho político

Tarcísio, por sua vez, foge de temas mais polêmicos e já afirmou em outras ocasiões que "nunca foi radical", que adota uma linha mais "pragmática" e que sua conduta é apoiada pelo presidente.

"Mesmo conhecendo meu perfil, ele me abençoou porque ele percebeu que tenho identidade com o eleitor paulista. A minha postura é bastante aliada ao presidente, foi nesse perfil que ele apostou", disse em evento que participou com Bolsonaro no final de julho.

A diferença aparece no programa do candidato do Republicanos ao governo de São Paulo. A palavra "Deus", por exemplo, não é citada nenhuma vez, enquanto o termo "liberdade" é lembrado somente em três ocasiões - quando trata da saída de presos e da proposta de uma Lei de Liberdade Econômica no Estado. Outros argumentos do projeto de Bolsonaro, como a defesa do direito à vida do nascituro não são lembrados.

Diferentemente de Bolsonaro, Tarcísio não cita o armamento da população no âmbito das políticas de segurança, mas coloca no planejamento a proposta de "rever a política de câmeras corporais" dos policiais.

No planejamento para São Paulo, o ex-ministro também preferiu não fazer menções a "eleições livres e transparentes", como feito no material do presidente.

Tarcísio propõe programas de preservação ambiental assim como Bolsonaro. O material elaborado para a campanha do presidente, por exemplo, propõe combater e fiscalizar queimadas e promover a sustentabilidade ambiental. O ex-ministro também lista ações de restauração ambiental e diversas medidas para o agronegócio, como a integração "lavoura-pecuária-floresta", mas não menciona a população indígena ou atividades de mineração.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa, na manhã desta quinta-feira (4), de uma reunião com pastores da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) em São Paulo. O candidato ao Executivo paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), o candidato ao Senado Marcos Pontes (PL-SP) e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) participam da agenda.

Nesta quarta-feira (3), Bolsonaro, que é católico, também cumpriu agenda com evangélicos e participou de um culto em auditório da Câmara dos Deputados. Como mostrou o Estadão/Broadcast, o presidente busca fidelizar o eleitorado evangélico que tem sido procurado por seu principal adversário político na disputa pelo Palácio do Planalto, o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.

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Nos seus discursos, o presidente recorre à pauta de costumes para se aproximar deste público considerado conservador.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) solicitou a abertura de inquérito para apurar eventuais irregularidades no registro de domicílio eleitoral do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos), que pretende disputar o governo de São Paulo no palanque do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Recentemente, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) deu parecer favorável ao ex-ministro em uma ação que questionava seu domicílio eleitoral. O processo havia sido ajuizado pelo presidente do PSOL, Juliano Medeiros, que, em outra frente, conseguiu anular a pré-candidatura do ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) ao Senado pelo Estado.

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Desta vez, a representação contra Tarcísio partiu de Renato Battista (União Brasil), membro do Movimento Brasil Livre (MBL) e pré-candidato a deputado estadual em São Paulo.

No documento, Battista pede que o Ministério Público ingresse "com todo o tipo de ação cabível perante a Justiça Eleitoral, a fim de impedir a candidatura de Tarcísio de Freitas".

A representação também tem como alvo a ex-senadora Marina Silva (Rede). "Como se sabe, a ex-senadora sempre desenvolveu suas atividades políticas representando o Acre. Agora, subitamente, sem qualquer explicação, a ex-senadora está se dizendo residente no Estado de São Paulo e pretende concorrer a um cargo público pelo Estado", diz o documento.

Contudo, no parecer encaminhado a Battista, o Ministério Público informou que abriu inquérito contra Tarcísio, mas não respondeu sobre Marina.

Para poder concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, o ex-ministro transferiu seu título e declarou endereço em São José dos Campos, onde afirma ter familiares residindo há mais de 20 anos. A Justiça Eleitoral exige a comprovação de "vínculos políticos, econômicos, sociais ou familiares" pelo menos três meses antes da mudança.

Questionada, a assessoria de Tarcísio afirmou que o ex-ministro recebeu a iniciativa "como mais um sinal de incômodo com o fortalecimento e contínuo crescimento de sua pré-candidatura". "É, ao mesmo tempo, um ato de desrespeito com o Ministério Público e Poder Judiciário, uma vez que estes já foram provocados com questionamentos similares e reconheceram a regularidade da situação do Tarcísio", diz a nota.

Em entrevista ao programa Roda Viva nesta segunda-feira, 27, Tarcísio disse não temer qualquer impedimento à sua candidatura em função das ações jurídicas questionando a validade da transferência de domicílio. "A gente fez tudo com muito planejamento e estritamente dentro da lei. Foi analisado duas vezes (pela Justiça Eleitoral)", afirmou. "Há relação de afinidade, trabalho, afetiva, não é simplesmente o domicílio físico", completou, destacando que seu caso é diferente do de Sérgio Moro, que teve a transferência para São Paulo impugnada. "Eu comecei minha trajetória profissional nas Forças Armadas em Campinas. É um pouco 'forçação' de barra dizer que não tenho vínculo com o Estado. Eu tenho família em São José dos Campos."

O apresentador José Luiz Datena (PSC), que é pré-candidato ao Senado por São Paulo, foi vaiado em um evento do Republicanos com a participação do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, pré-candidato ao governo de São Paulo. O episódio ocorreu durante o Encontro Regional da legenda realizado no último sábado (9), em Rio Preto (SP). O objetivo do evento era apresentar a chapa de Tarcísio no Estado.

As vaias a Datena vieram de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao ser anunciado, ele foi aplaudido por quem estava no palco, como Tarcísio e o presidente do Republicanos, o deputado federal Marcos Pereira. Pela plateia, contudo, foi recebido de forma hostil.

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Recentemente, o apresentador disse ao UOL que nunca apoiou Bolsonaro e que não votou em ninguém na eleição de 2018. "A última pessoa em quem votei foi em Lula", disse ele ao portal, em fevereiro.

Após o ocorrido, Marcos Pereira foi às redes sociais celebrar a realização do evento. Sem citar as vaias a Datena, ele afirmou que o encontro foi o "termômetro inicial de tudo que pretendemos mostrar neste ano de 2022".

"Se alguém ainda tinha dúvidas de que o nosso projeto para São Paulo é competitivo, então não tem mais. O Encontro Regional do Republicanos realizado neste sábado, em Rio Preto (SP), ficará marcado como o primeiro grande evento estadual que reuniu o nosso pré-candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o pré-candidato ao Senado, José Luiz Datena. Foi o termômetro inicial de tudo que pretendemos mostrar neste ano de 2022", publicou.

Apoiado pelo chefe do Executivo, Tarcísio de Freitas será o palanque bolsonarista no Estado de São Paulo. Após ser vaiado, Datena comentou o episódio em seu programa de rádio. "Se me torrarem muito a paciência, eu saio chapa pura, sem apoiar governador, sem apoiar presidente da República, e faço minha campanha com celular", disse.

O futuro eleitoral dos ministros Tarcísio Freitas e Damares Alves será definido no evento de filiação ao Republicanos nesta segunda-feira (28). Os dois representantes do governo Bolsonaro devem abandonar o cargo até o fim do mês para começar a estruturar as candidaturas próprias.

O ato de assinatura da carta de filiação foi agendado 19h30, com transmissão simultânea nas redes do partido. Nessa semana, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, informou ao presidente que não disputaria mais o Senado pelo Amapá. Contudo, a movimentação volta a colocar a evangélica como postulante cotada pelos eleitores do estado.

"Que honra dividir este momento com ele! Amo você amigo", escreveu a ministra para anunciar o evento.

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Pré-candidato ao Governo de São Paulo, o ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas já articulava a filiação ao Republicanos para lançar de vez a pré-campanha.

Cerca de nove ministros devem deixar o Planalto para concorrer em outubro. Dentre os cotados estão João Roma, Fábio Faria, Gilson Machado, Rogério Marinho e o general Braga Netto, apontado como possível vice na chapa de Jair Bolsonaro.

A entrada dos ministros Tarcísio de Freitas e Damares Alves no Republicanos reaproxima o presidente Jair Bolsonaro do partido, que vinha se afastando do chefe do Executivo. Ligada à Igreja Universal, a legenda, que chegou a avaliar a possibilidade de anunciar neutralidade nas eleições de outubro, agora tem como quadros dois pré-candidatos do palanque bolsonarista - Tarcísio para o governo de São Paulo, Damares ainda sem cargo e Estado definidos, mas possivelmente para o Senado.

O motivo para o afastamento era uma orientação do Planalto para que ministros e parlamentares escolhessem o PL, partido do presidente Bolsonaro, para filiação. Em entrevista ao Estadão, o líder do Republicanos na Câmara, Vinícius Carvalho (SP), expressou insatisfação com a falta de espaço no governo. Segundo ele, faltava "reconhecimento" e "respeito" por parte do Executivo.

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De fato, Tarcísio conversava com o PL e dava como provável a filiação ao partido. O cenário foi reavaliado graças à interpretação de que o Republicanos poderia dar sustentação à campanha de Bolsonaro pela reeleição. Já Damares hesitava em aceitar o convite de ser lançada ao Senado, mas foi convencida pelo presidente e também deve ir para a legenda.

A sigla também recebeu a filiação do vice-presidente Hamilton Mourão, que saiu do PRTB. Embora não vá ser companheiro de chapa de Bolsonaro novamente, o general espera ter o apoio do presidente no Rio Grande do Sul.

Um dos principais trunfos do Republicanos para a campanha de Bolsonaro é a aproximação com a Igreja Universal, do bispo Edir Macedo. Diversos integrantes da igreja são filiados ao partido. O eleitorado evangélico é caro ao chefe do Executivo e pode ser definidor para sua reeleição. A Universal, além de ter um vasto número de fiéis no País, também tem influência midiática por meio de seus canais de comunicação próprios, como o jornal Folha Universal.

Pré-candidato ao governo de São Paulo, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, negocia uma filiação ao Republicanos. O Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou que, apesar de a ida do ministro à sigla não estar fechada, a probabilidade de Tarcísio se filiar ao partido comandado pelo deputado federal Marcos Pereira é grande. O ato deve acontecer na próxima semana, já que o prazo de filiação partidária e da renúncia do ministro para disputar cargos eletivos vai até o dia 2 de abril.

As tratativas representam uma virada de chave, já que nas últimas semanas a ida ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, era dada como mais provável, inclusive pelo próprio Tarcísio. A sustentação à campanha de Bolsonaro, no entanto, mexeu nesse cenário. Segundo interlocutores, a avaliação é de que a filiação de Tarcísio ao Republicanos ajudará numa costura nacional de apoio nacional à reeleição do chefe do Executivo.

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Nos últimos tempos, a relação entre Bolsonaro e o partido revelava sinais de desgaste. Parte do Centrão, o Republicanos vinha demonstrando insatisfação com a falta de espaço no governo, como mostrou o Estadão/Broadcast. Em fevereiro, Marcos Pereira chegou a criticar Bolsonaro publicamente. O tom começou a mudar nas últimas semanas. Durante o ato de filiação de Mourão ao Republicanos, no último dia 16, Pereira afirmou que as conversas com Bolsonaro estavam avançando.

A possível filiação de Tarcísio ao Republicanos deve representar um sinal verde importante para frear o desembarque da sigla na empreitada pela reeleição de Bolsonaro - com um palanque de destaque, como é o de São Paulo. Além disso, mexerá no tabuleiro da eleição paulista, com o consequente abandono do partido no apoio a candidatura do hoje vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que também entrará na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

Para formar a chapa encabeçada por Tarcísio, a deputada Janaína Pascoal (PRTB-SP) e o ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Paulo Skaf continuam como os principais cotados a candidatos ao Senado. O apresentador José Luiz Datena (União Brasil) também estava na lista, mas por enquanto a aliança é descartada, após Datena fechar chapa com Garcia.

O presidente Jair Bolsonaro transformou a cerimônia de concessão de rodovias em São José dos Campos (SP), nesta sexta-feira, 4, em palanque eleitoral para o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, pré-candidato ao governo de São Paulo.

Tarcísio foi recebido na solenidade com fortes aplausos e, durante o discurso, destacou obras da pasta que comanda, como rodovias e ferrovias. "A gente tem se acostumado, no governo Bolsonaro, a grandes entregas", disse o ministro. "Eu estou indo embora, o time não. E o time é muito bom, é um time de ponta", completou, numa referência à campanha ao Palácio dos Bandeirantes.

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Pouco antes dele, quem discursou - mas sob vaias dos bolsonaristas presentes - foi o prefeito de São José dos Campos, Felício Ramuth, pré-candidato ao governo estadual pelo PSD de Gilberto Kassab.

Bolsonaro chegou à cerimônia em uma motociata e não poupou elogios ao trabalho de Tarcísio. "Mais uma entrega do Ministério da Infraestrutura, do meu amigo capitão Tarcísio de Freitas. Um homem mais do que competente, um homem que tem compromisso com o bem estar de vocês", afirmou o presidente.

Ele também fez afagos ao ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, que teve uma gestão criticada por especialistas e vai se lançar candidato a deputado federal. Em seu discurso, Bolsonaro disse que o Brasil terá "um ano difícil" pela frente.

Tarcísio, por sua vez, anunciou que os motociclistas, importante base de apoio do bolsonarismo, serão isentos de pedágio nas rodovias da nova concessão.

"A iniciativa privada ouviu nosso chamado e acreditou no nosso projeto. Tivemos como resultado uma empresa de altíssimo nível na licitação. A empresa não vai decepcionar vocês e vai fazer o investimento", declarou o ministro.

O CEO da CCR, Marco Antonio Souza Cauduro, garantiu que a empresa vai investir R$ 15 bilhões em inovações nas estradas. "A necessidade de transformação da infraestrutura no Brasil é gigante. Nossa companhia se apresenta com protagonismo para colaborar com essa agenda de transformação", destacou.

Os deputados Eduardo Bolsonaro (União Brasil-SP), filho "03" do presidente, e Carla Zambelli (União Brasil-SP) também compareceram à cerimônia, além do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. O general foi para a reserva para se candidatar a deputado pelo Rio.

Ao lado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, seu provável candidato ao governo de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro esteve nessa quinta (24), em São José do Rio Preto, no interior paulista, onde liderou uma motociata, caminhou entre apoiadores e defendeu seu governo. Durante a visita, que teve clima de campanha, o presidente evitou a imprensa. Em seu discurso, criticou governadores e as gestões petistas, sem citar diretamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de votos.

"Quero que vocês voltem a 2018 e pensem que, se aquela facada tivesse sido fatal, quem estaria no meu lugar? Como estaria o nosso Brasil, não apenas na questão da economia, mas de um bem maior, muito mais valioso do que a nossa própria vida, que é nossa liberdade?", discursou.

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O presidente participou da inauguração da obra de duplicação de um trecho da rodovia Transbrasiliana (BR-153), que corta a área urbana de Rio Preto, mas seu discurso ignorou o motivo de sua ida à cidade, deixando de dar qualquer detalhe sobre a obra inaugurada.

Bolsonaro chegou ao local do evento na carroceria de uma caminhonete, à frente de uma motociata com centenas de participantes, acompanhado por Tarcísio. Durante 12 minutos, caminhou em meio aos apoiadores, distribuindo abraços, apertos de mão e posando para selfies. Em coro, Bolsonaro era chamado de "mito" e Tarcísio, de "governador".

Criticado por sua postura durante a pandemia de Covid-19, Bolsonaro defendeu as ações do seu governo e atacou governadores. "Quase todos os governadores obrigaram o povo a ficar em casa e não pensaram nas consequências."

Prefeito

O governador de São Paulo, João Doria, pré-candidato do PSDB à Presidência, não compareceu às agendas do presidente - o governo paulista tem acusado o Palácio do Planalto de sabotar o Estado. Bolsonaro encerrou sua visita na capital, onde participou da solenidade de inauguração de dois reservatórios de água de macrodrenagem do Córrego Ipiranga que terão a finalidade de conter inundações.

Ele e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) trocaram elogios durante a solenidade. "Muito obrigado, presidente, pelo seu olhar de sensibilidade com a cidade de São Paulo", disse Nunes, que mencionou o acordo sobre o Aeroporto do Campo de Marte. O acerto extingue a dívida municipal com a União em troca da cessão do local.

O primeiro Clássico das Multidões do ano, válido pelo Campeonato Pernambucano, não tinha muita coisa em jogo, além da rivalidade histórica. E só isso bastou. Após um primeiro tempo apático, os times trabalharam na segunda etapa e resolveram balançar as redes. O 2 x 2 na Ilha do Retiro, neste sábado (19), teve direito a virada e empate no finalzinho.

O JOGO

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O primeiro tempo foi ataque contra defesa, mas mesmo com a posse de bola quase que total, o Sport não conseguiu furar o bloqueio tricolor. As duas melhores chances foram com Búfalo. Aos 29, ele recebeu cruzamento, chegou batendo de primeira, mas jogou ao lado esquerdo do gol. Aos 37, ele chutou da entrada da área, mas desequilibrado, a bola saiu fraca e Klever pegou. O Santa Cruz, todo atrás, não conseguiu criar nenhum contra-ataque.

A segunda etapa começou da mesma forma, com os donos da casa tomando as rédeas do jogo. E água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. De tanto pressionar, a bola acabou sobrando para Luciano Juba, que bateu forte, de dentro da área, e abriu o placar.

Aí o Santa Cruz resolveu acordar e, na primeira vez que chegou, mandou para as redes. A blitz resultou em uma bola para Matheuzinho na esquerda. Ele cruzou na medida e Tarcísio apareceu no meio da zaga rubro-negra para empatar de cabeça. 

E a cobra virou com Rafael Furtado, recebendo na entrada da área e batendo no canto de Mailson. Quando todo mundo esperava uma vitória tricolor, Rodrigão apareceu no meio da defesa e, de cabeça, deixou tudo igual, já nos acréscimos. 

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Ficha Técnica

Competição: Campeonato Pernambucano

Local: Ilha do Retiro

Sport: Mailson; Ezequiel, Chico, Rafael Thyere e Sander; Blas, Luciano Juba, William Oliveira e Everton Felipe; Jaderson (Rodrigão) e Búfalo (Pedro Naressi). Técnico: Gustavo Florentín

Santa Cruz: Klever; Edson Ratinho, Júnior Sergipano  Alex Alves e Ítalo Silva; Gilberto, Elyeser (Esquerdinha), Rodrigo Yuri, Tarcísio (Dudu Mandai) e Matheuzinho (João Cardoso); Walter (Rafael Furtado). Técnico: Leston Júnior

Gols: Luciano Juba e Rodrigão (SPO); Tarcísio e Rafael Furtado (SAN)

Arbitragem: Déborah Cecília

Assistentes: Ricardo Chianca e Marcelino Castro

Cartões amarelos: Blas (SPO); Matheuzinho  e Klever (SAN)

Na vitória do Santa Cruz por 5x2 sobre o Afogados, o grande destaque do jogo foi o atacante Walter com um gol e duas assistências. Mas ele não foi o único a brilhar no Arruda. Tarcisio marcou duas vezes e saiu bem na fita com a torcida tricolor.

“Todos nós queríamos o estádio cheio. Seria um belo presente para os torcedores que amam e apoiam tanto esse time. Infelizmente não foi possível, mas dedico meus dois gols e essa grande vitória a cada apaixonado pelo tricolor. São eles que fazem o Santa Cruz ser um clube gigante”, disse.

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Tarcisio ainda elogiou o time pela postura em campo e fez questão de realçar o jogo coletivo nos gols marcados. “Fico muito feliz pelos gols que ajudaram na vitória, e mais ainda pela grande atuação de todo o time. Nossos gols foram bem trabalhados, sempre com um companheiro buscando o outro melhor posicionado. Isso é fruto do intenso trabalho nos treinamentos e do nosso espírito de grupo”, declarou.

Caminhoneiros desrespeitam ordem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e rodovias amanhecem bloqueadas nesta quinta-feira (9). Em um áudio que circula em grupos de mensagens bolsonaristas, o chefe do Executivo pede o fim da mobilização.

Na dúvida de uma nova fake news, apesar do apelo enviado por Bolsonaro, os caminhoneiros desconfiaram do áudio e foi preciso que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, confirmasse que o pedido foi gravado pelo próprio presidente, na noite dessa quarta (8).

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No registro, Bolsonaro chama os caminhoneiros de aliados, mas diz que "esses bloqueios aí atrapalham nossa economia. Isso provoca desabastecimento, inflação, prejudica todo mundo, em especial os pobres". Ele acrescenta que deve deixar as reivindicações "para a gente aqui em Brasília", sinalizando uma resolução por vias políticas.

Ainda assim, BRs foram obstruídas por militantes bolsonaristas em Pernambuco e em outros estados. Filas extensas tomaram postos de combustíveis na Região Metropolitana do Recife (RMR) por medo de uma nova crise de desabastecimento, como em 2018.

Em contrapartida, o deputado governista Otoni de Paula (PSC-RJ), que está ao lado de caminhoneiros em Brasília, afirma que Bolsonaro é um "estrategista" e que o áudio não condiz com o desejo do presidente. "O presidente não vai recuar porque vocês, principalmente o agro e os caminhoneiros estão ao lado dele", aponta.

"Ventila-se uma história que o presidente da República estaria pedindo para acabar a mobilização dos caminhoneiros. Eu afirmo a vocês que é mentira", frisou o parlamentar.

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O Departamento Médico do Santa Cruz criticou a postura da arbitragem durante o jogo desta segunda-feira (30), com o Volta Redonda, no lance faltoso que o juiz não marcou em cima do volante Tarcisio. Além disso, o médico Wilton Bezerra falou do fato da equipe médica ter sido proibida de entrar em campo para atendimento do atleta.

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Clube publicou registro da lesão. Foto: Santa Cruz

O Santa venceu a partida apesar de tudo, mas, fez questão de mostrar o dano causado no pé de Tarcísio e todo o desconforto com a atitude da arbitragem comandada por Paulo Henrique Vollpkof. Na foto divulgada no site oficial do clube, é possível ver o pé do jogador sangrando. O lance aconteceu no segundo tempo em uma solada que sequer foi marcada falta. 

“O Tarcísio levou um trauma muito forte no dorso do pé, que chegou a fazer uma ferida grande e houve a necessidade de sutura. O árbitro sequer permitiu que o médico entrasse em campo, o que é lamentável colocar o atleta na maca sem a presença de um médico. Solicitamos o exame de imagem, porque o atleta ainda sente muita dor, e vamos aguardar o resultado”, disse Wilton Bezerra.

O profissional ainda comenta a situação de Lelê que, segundo ele, está evoluindo e pode ser liberado para a transição nos próximos dias. Ele também sobre Elias que em um jogo treino contra o Centro Limoeirense, nesta terça-feira (31), acabou sofrendo uma entorse e vai ser avaliado.

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