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A deputada Teresa Leitão (PT) protestou, na Reunião Plenária desta quinta-feira (10), contra o veto integral do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei que inclui as funções de psicólogo e de assistente social no quadro de profissionais de educação das escolas públicas. No pronunciamento, ela destacou os comunicados sobre o tema emitidos pelos conselhos federais de Psicologia (CFP) e de Serviço Social (CFESS) e pediu ao Congresso Nacional que derrube o veto.

A parlamentar comparou a matéria aprovada pela Câmara dos Deputados em setembro ao Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), lançado pelo Governo Federal. Segundo ela, a presença de psicólogos e assistentes sociais nas escolas seria mais importante que a de militares para o processo educativo, inclusive, para a prevenção da violência escolar.

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“No lugar de psicólogos e assistentes sociais, o presidente quer botar militares aposentados, que terão recursos para seus salários, ao custo de R$ 1 milhão por unidade de ensino”, afirmou. “A escola não tem soldado nem capitão: tem corpo docente e corpo discente. O estudante precisa ser respeitado, se sentir feliz, e ver na instituição um instrumento para a construção do conhecimento e da cidadania.”

Conforme a nota do CFP lida por ela, além do apoio a professores e alunos, o projeto traria economia ao Governo Federal, pois evitaria gastos do Sistema Público de Saúde decorrentes de problemas nas escolas. “Esperamos que a Câmara Federal, que aprovou essa proposta, possa também derrubar os vetos impostos pelo presidente da República”, concluiu. O discurso foi apoiado pelo deputado João Paulo (PCdoB).

*Da Alepe

 

A história da política pernambucana vivenciou um novo capítulo nesta quinta-feira (12). Isto porque, em 184 anos de existência, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) tem pela primeira vez uma mulher ocupando o cargo de presidente da Casa: a deputada Simone Santana (PSB). A pessebista foi eleita vice-presidente da Mesa Diretora e assumiu o cargo depois que o presidente, Eriberto Medeiros (PP), foi convocado para ser interinamente o governador do Estado. 

Mesmo que por um breve período, o fato dela ter alçado ao cargo significou um marco para a história do Poder Legislativo estadual, principalmente no contexto atual de representação feminina na Alepe que, nesta legislatura, tem o maior número de mandatos do gênero, um total de dez, acrescido das codeputadas que formam o mandato coletivo Juntas (PSOL). 

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O LeiaJá acompanhou as atividades do primeiro dia de Simone como presidente da Alepe. Passava das 9h30 quando ela chegou ao seu gabinete, o de número 103, e começou a se preparar para presidir a sessão legislativa que iniciaria por volta das 10h30. 

Ao conversar com a nossa equipe, antes da reunião ordinária, a deputada disse que o momento era significativo porque mudava a história de Pernambuco e, mais ainda, incentiva inserção das mulheres nos espaços públicos de poder. 

“Do ponto de vista prático, [neste período] vamos desenvolver os trabalhos de rotina, mas entendemos que isso, desprovida de qualquer vaidade, é importante para todas as mulheres que começam a ver a história mudar. Houve uma mudança na história. Nunca houve antes uma presidente do Poder Legislativo Estadual. Há uma outra referência para as mulheres, elas se veem nesse espaço de poder”, considerou.

A ampliação do espaço feminino na Alepe, para Simone Santana, quebra tabus e mostra que “a voz da mulher precisa ser ouvida em todas as instâncias, não podemos delegar isso para ninguém”. 

“Fizemos uma estatística, o ano passado, de primeiro de fevereiro até 12 de setembro, apenas sete sessões plenárias haviam sido presididas por uma deputada. Este ano isso subiu para 35. Foram 400% de aumento do número de vezes que a sessão plenária era presidida por uma deputada. Isso já mostra a mudança de postura. A mulher está mais presente na Alepe e isso tende a crescer ainda mais”, observou. 

Como muitas mulheres que são eleitas, Simone Santana é esposa do ex-prefeito de Ipojuca, Carlos Santana, e chegou à política por via de indicação e apoio do marido. Questionada sobre o estereótipo de ser parente de político tradicional, que na maioria das vezes pesa sobre as mulheres que escolhem trilhar o caminho dos mandatos eletivos, a presidente disse que o importante é a presença da mulher no setor.

“Tem sentido pensar assim [que a mulher ascendeu por conta de um parente político]. O acesso da mulher na política muitas vezes passa por isso sim, mas veja temos as Juntas, nenhuma das cinco tinha vinculação política familiar”, disse. 

“Com as mudanças que estão acontecendo nas estruturas partidárias cada vez mais mulheres de todos os segmentos vão ter acesso, a partir da atuação você se desvincula ou não, vai depender do seu perfil, desse parente que de certa forma facilitou o acesso. Independente de como vão ter esse acesso, precisamos ter mais mulheres na política. Se tiver que ser assim, que seja”, emendou Simone, deixando claro que sempre encarou seu mandato com muita responsabilidade, apesar de antes nunca ter cogitado ter tal protagonismo.

Depois da conversa com a nossa reportagem, Simone seguiu para comandar a sessão legislativa. Ao chegar no plenário, ela foi recebida com afagos dos seus pares que celebravam o fato histórico. 

“Lugar de mulher é onde ela quiser”

A frase acima pode até ser corriqueira, mas por trás dela existe uma luta constante para firmar espaços. A presença de Simone Santana no comando da Alepe representou isso para outras deputadas.  

“Para nós hoje o dia é histórico. É temporário nessa legislatura, mas isso significa que esse espaço é nosso. Esse lugar é possível e necessário para toda a população. Nós conquistamos esse local, mas muitas mulheres precisam enxergar que podemos ocupar não só esse espaço, mas muitos outros”, ressaltou a deputada Gleide Ângelo (PSB), que ainda explicou que as mulheres não querem ser maiores do que os homens ou ocuparem os lugares deles, mas buscam por igualdade de espaços e direitos. 

Outra mulher que ocupa a Mesa Diretora da Alepe, a deputada Teresa Leitão (PT) também enalteceu o momento e observou que desde as mulheres de Tejucupapo, o gênero em Pernambuco se mostra altivo e resistente.  

“Nossa vida na política, a vida das mulheres na política, não é fácil. Para o homem é naturalizado, porque a política é o espaço mais público que existe. Para nós, culturalmente, o que foi reservado foi o espaço privado, do lar. Queremos estar nos espaços de poder que decidem nossas vidas. Mesmo em episódios anteriores, as mulheres foram determinantes. Como por exemplo, o primeiro a desenhar o sentido  de nação na articulação para expulsar os holandeses daqui, com as mulheres de Tejucupapo. E finalmente nós, 10 mandatos. Estamos conseguindo fazer o debate dos direitos das mulheres, do feminismo e daquilo que representamos para a sociedade de maneira suprapartidária”, frisou. 

Além delas, deputados estaduais salientaram a necessidade de mais mulheres na política e ocupando lideranças nos espaços de Poder.

“Por trás deste momento político para Pernambuco tem toda uma história de mulheres que lutaram pela emancipação, de mulheres donas de casas, mães que assumiram a responsabilidade de criar filhos sozinhas. No ponto de vista político e histórico da luta das mulheres e dos homens comprometidos com ela, digo que a luta não parou por aqui. É uma luta grande e que vai continuar por muito tempo ainda para firmar a participação e protagonismo das mulheres”, avaliou o deputado João Paulo (PCdoB). 

“Pernambuco tem uma história de mulheres destacadas, ela assume a presidência na confirmação dessa importância das mulheres no Estado. É um exemplo em todos os seguimentos quando uma mulher se destaca, uma vez que elas ainda sofrem certos preconceitos”, corroborou o deputado estadual José Queiroz (PDT). 

Depois da reunião plenária, a presidente da Alepe concedeu entrevistas e também acompanhou mais uma edição da chamada Ação Formativa Mulheres na Tribuna – Adalgisa Cavalcanti - oriunda de um projeto de sua autoria - e que levou cerca de 30 mulheres da comunidade de Tejucupapo, em Goiana, para conhecer o funcionamento da Casa e as atividades parlamentares.

*Fotos de dentro do texto: (1) Chico Peixoto/LeiaJáImagens e (2) Roberto Soares/Alepe

Quem estava no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta terça-feira (10) presenciou um embate conflitante entre os deputados Joel da Harpa (PP) e Teresa Leitão (PT).

Em seu discurso, Harpa classificou a educação pública no país como ‘caos’ e defendeu a implantação de escolas militares no Brasil. Ao ouvir Harpa fazer a sugestão, a petista, que é uma defensora das pautas de educação, se revoltou com o que foi dito e pediu a fala.

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“Eu quero lhe pedir respeito às escolas públicas, aos professores, aos servidores e aos estudantes. Não venha chamar as escolas civis de caos porque isso é um desrespeito àqueles que dão suas vidas para trabalha em um ambiente muitas vezes sem a estrutura necessária”, iniciou.

A petista lembrou que uma das melhores escolas de Pernambuco não segue a linha militar. “Para o seu governo, não são as escolas militares que estão no topo deste chamado ranking das melhores escolas. A melhor escola daqui, por exemplo, é a escola de Aplicação, da UFPE”, enfatizou.

Em seu discurso, a parlamentar ainda alfinetou o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação Abraham Weintraub. “Quem quer filho em quartel, quem quer filho em escola militar, coloca. Não tem problema nenhum. A iniciativa de se oferecer educação no Brasil é livre. Agora, querer crescer nas costas dos outros que estão no dia a dia segurando a educação pública só na cabeça de Bolsonaro e do seu ‘sinistro’ da educação”, disparou.

Por fim, Teresa Leitão exigiu respeito ao trabalho desempenhado nas escolas públicas. “Respeite e não chame de caos as escolas públicas que existem neste Brasil, que abrigam milhões de crianças e trabalhadores em educação. Caos não é passinho. Caos são milhões de analfabetos. Caos é a pobreza aumentando no país, caos é a fome, caos é o desemprego”, argumentou.

Com a presença da deputada federal Marília Arraes (PT) e da deputada estadual Teresa Leitão (PT), a Chapa Força Militante Lula Livre se reuniu na tarde desta segunda-feira (2) para divulgar os nomes das pessoas que disputarão os cargos de presidente e vice-presidente estadual do PT em Pernambuco nas próximas eleições - que têm a primeira votação no próximo dia 8 de setembro.

Glaucus Lima e Cristina Costa são os nomes escolhidos pela chapa para disputar a presidência e a vice-presidência, respectivamente, da sigla no estado. Ele é um conhecido militante do partido em Pernambuco e já endossou diversos movimentos de esquerda no estado. Já ela é vereadora pelo PT em Petrolina e filiada ao partido há mais de 20 anos.

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De acordo com Teresa Leitão, a chapa visa a construção de unidade dentro do partido. “Queremos construir um PT que possa exercer na militância a sua resistência. Vamos elevar as propostas do partido neste momento de tantas incertezas que o país vive. Seguiremos defendendo a educação, o meio ambiente, a Amazônia. Não podemos pensar em 2020 com um pensamento fatalista”, destacou Teresa Leitão.

Marília Arraes pontuou que uma das prioridades da chapa é fortalecer a visibilidade do partido no estado, visto que atualmente o PT comanda poucas prefeituras em Pernambuco. “Buscamos engajamento político até porque só temos 7 prefeituras no estado, todas no interior. Então precisamos dar mais atenção à população que está fora da Região Metropolitana. O PT precisa de uma interiorização maior em prol de uma harmonização da sigla”, pontuou a deputada.

A candidata à vice-presidência, Cristina Costa, fez menção a importância da elevação do nome do ex-presidente Lula neste processo. “A pauta do Lula Livre precisa de militantes mais participativos. A nossa chapa está firme. O nome de Lula passa pelo fortalecimento dos diretórios. Vamos fazer um trabalho cada vez mais voltado para os trabalhadores”, alegou Cristina.

Glaucus também endossou o discurso feito por suas companheiras de militância e disse que estará à frente da Presidência estadual do PT para fortalecer a relação do partido com movimentos sociais e trabalhadores.

“A nossa chapa objetiva muito diversos temas, mas todos eles visam o fortalecimento do PT no estado. Estaremos mais fortes e mais contundentes com os próximos passos. Assim, buscaremos uma maior organização eleitoral para que seja dada uma nova figuração em Pernambuco. Queremos fortalecer a militância e os movimentos sociais”, detalhou Glaucus.

Além disso, o candidato à Presidência do PT em Pernambuco falou que é preciso fazer no âmbito local o que Lula fez no Brasil: “Descentralizar o foco de um lugar só e construir alternativas de candidatos e forças políticas nas cidades que consideramos prioritárias para o estado. Queremos um projeto de partido, assim como construir uma alternativa real para as pessoas”.

A deputada estadual Teresa Leitão (PT) já é um rosto conhecido nas mobilizações contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Nesta terça-feira (13) não foi diferente e a parlamentar marcou presença no ato dos estudantes.

Ainda concentração, na Rua da Aurora, Leitão reafirmou a importância de se fazer presente em ocasiões como essa. “É mais do que necessário. Esses atos alimentam nossa resistência. Esse povo não desiste frente à tanto desastre que Bolsonaro implanta no país, envergonhando até seus aliados”, destacou a deputada.

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A petista acredita que, apesar do ato ser chamado pela pauta da educação, outros assuntos viram motivo de manifestação porque a educação é um polo. “Por exemplo, na hora que você corta verbas na educação, você corta verbas para o filho do trabalhador que está na universidade pública. São varias consequências que são acarretadas”, pontua.

No Recife, a mobilização também faz menções a todo o momento a Fernando Santa Cruz, pai de Felipe Santa Cruz, presidente da OAB, que foi alvo de comentários debochados de Bolsonaro.

 

O afastamento do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, e a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis ilegalidades cometidas no âmbito da Operação Lava Jato foram defendidos pela deputada Teresa Leitão (PT), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta quarta-feira (13).

As solicitações fazem parte de um manifesto conjunto de partidos de oposição ao Governo Federal, e ocorrem após a divulgação de conversas entre o então juiz e os procuradores da Força Tarefa da Lava Jato, em Curitiba.

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No documento – assinado por PT, PCdoB, PDT, PSB, PSOL e PCB – é exigido o afastamento imediato de seus cargos públicos do ministro da Justiça, Sérgio Moro, e dos procuradores da República que atuam na força tarefa da Lava Jato.

“A democracia está ameaçada e a simples dúvida sobre a atuação idônea de membros da magistratura e do Ministério Público é prejudicial às instituições”, diz o texto, lido na íntegra pela deputada. Além disso, os partidos defendem a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso Nacional para apurar as condutas reveladas nos vazamentos.

“Os partidos de oposição entendem que o combate à corrupção é medida indispensável para a redução das desigualdades sociais e o desenvolvimento do Brasil. Ainda assim, é intolerável que juízes e procuradores mantenham uma relação promíscua que resvala para a degeneração institucional”, declara o manifesto.

Teresa Leitão destacou, ainda, que Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept e o marido dele, o deputado federal David Miranda (PSOL), estariam sofrendo ataques homofóbicos e ameaças por conta da publicação dos diálogos envolvendo integrantes da Lava Jato.

“Manifesto solidariedade irrestrita aos dois. Exigimos a garantia de integridade física das pessoas que estão sendo atacadas, e também a liberdade para o exercício do jornalismo”, finalizou.

Em debate sobre os impactos das reformas da Previdência e Trabalhista na vida das mulheres, nessa sexta-feira (17) um senador, deputados e deputadas Federais e Estaduais foram unânimes em dizer que a reforma da previdência atinge mais as mulheres, não combate privilégio, não resolve déficit financeiro e ainda promove o desmonte do Sistema de Proteção Social do Brasil. O evento foi organizado pela Secretaria da Mulher de Pernambuco e pelo Conselho Estadual dos Direitos das Mulheres (Cedim-PE).

 A secretária da Mulher do Governo de Pernambuco, Silvia Cordeiro, mediadora do debate, falou da importância das mulheres conhecerem e ficarem atentas às novas regras da reforma que retiram direitos conquistados e abriu os debates. O senador Humberto Costa (PT) disse que o que está sendo criado não é um processo de mudança das regras para as pessoas se aposentarem e sim um desmonte de um Sistema de Proteção Social que não existia no Brasil antes de 1968.

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“As pessoas que tinham carteira assinada utilizavam o antigo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), quem não tinha só podia se socorrer da caridade, da filantropia e dos serviços precários oferecidos pelos estados e municípios”, esclareceu o senador.

O deputado federal Tadeu Alencar (PSB) explicou que a reforma não foi estruturada para combater privilégio tendo em vista que o corte de R$ 715 bilhões atinge o Regime Geral o qual o teto dos salários é de R$ 5.800, e a média atingida recebe R$ 1.256. “Se fosse para combater privilégio, no Regime Geral ninguém seria atingido. A mulher, o trabalhador e a trabalhadora rural estão entre os mais afetados”, refletiu o deputado.

O deputado federal Carlos Veras (PT) alertou para a desconstitucionalização do sistema de Previdência do Brasil para colocá-la nas mãos dos banqueiros em forma de capitalização. “Eles argumentam que a previdência só gera gastos, mas 90% do dinheiro pago de aposentadoria e benefícios é o que mantém a economia dos municípios”, argumentou. Carlos Veras acrescenta que as mulheres “as principais penalizadas” terão a tripla jornada destruída quando tira o tempo de serviço e iguala ao dos homens.

A deputada estadual Teresa Leitão (PT), diz que estão trocando a seguridade social por ajuste fiscal. “Não se faz reforma com aumento de alíquota sem apresentar dados”, disse a deputada. Ela lembra que a reforma trabalhista não alcançou resultados positivos ao contrário, ela aumentou foi o número de diaristas atingindo diretamente as trabalhadoras domésticas que perderam garantias.

A co-deputada do Juntas, Carol Virgolino (PSOL), revelou que essa é uma reforma de ódio que aprofunda as desigualdades, é machista e racista porque atinge mais as mulheres, principalmente as negras e periféricas. “Chamam de privilegiados 92% dos que recebem R$ 2.260. Isso é um insulto”, criticou Carol. Sobre o sistema de capitalização, Carol questiona como a mulher rural pode contribuir passando fome? “Esse é um projeto de extermínio para as mulheres invisibilizadas como as negras, trans, lésbicas e trabalhadoras domésticas.

O deputado estadual Isaltino Nascimento (PSB) fez um balanço dos principais impactos da reforma na vida das mulheres e sugere que esse evento seja realizado nas 12 regiões de desenvolvimento do Estado com as mulheres dos Sertões, Zona da Mata, Agreste e Região Metropolitana do Recife.

Isaltino explicou que a perspectiva de progressão da vida profissional das mulheres é menor do que a atividade masculina, não só na área pública como na privada. “Chega determinada hora da carreira que as mulheres param e consequentemente pagam menos benefício e recebem menos”, disse. Ele acrescentou que no caso da pensão por morte, as mulheres também são as mais atingidas: “84,4% das pessoas que recebem pensão por morte são mulheres apenas 15% são homens”, pontuou. Outro impacto para as mulheres e no Benefício de Prestação Continuada - o BPC que atinge diretamente as mulheres porque ou são 58,5% dos que recebem.

Os cortes anunciados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nos recursos destinados ao Censo Demográfico 2020 foram criticados pela deputada Teresa Leitão (PT), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nessa terça-feira (7).

Por conta da redução no orçamento, o órgão estuda a possibilidade de reduzir o número de perguntas da pesquisa. Para a parlamentar, a medida pode prejudicar políticas públicas que dependem de dados detalhados.

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“O Censo traz informações de cada bairro de cada cidade do Brasil. Como calcular o número necessário de vacinas ou de vagas na escola pública sem esses dados?”, questionou. A petista registrou que o diretor responsável pela iniciativa, Cláudio Crespo, foi exonerado após criticar a medida.

“Os técnicos do IBGE lançaram uma campanha contra a suspensão de verba, que teve a adesão de geógrafos, estatísticos e personalidades como o médico Drauzio Varella. Essa iniciativa tem todo o meu apoio”, declarou Teresa Leitão.

“Apenas as áreas de segurança e de armamento não têm reduções neste governo. Não sei onde vamos parar”, considerou a deputada. Ela também criticou declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a metodologia de cálculo de desemprego do IBGE.

“Os servidores do órgão, através de sua representação sindical, mostraram que a metodologia utilizada segue exatamente as orientações internacionais”, concluiu.

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A postura adotada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), que se declarou incompetente para definir o valor financeiro e a precificação do Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi), recebeu críticas da deputada Teresa Leitão (PT). Durante a Reunião Plenária dessa terça-feira (16), a parlamentar repercutiu a nota de repúdio emitida pelo Conselho Estadual de Educação de Pernambuco, que também protestou contra a entidade nacional por não se posicionar sobre o índice.

O CAQi traduz, em valores, o quanto o Brasil precisa investir por aluno ao ano, em cada etapa e modalidade da Educação Básica pública, para garantir um padrão mínimo de qualidade do ensino. Para realizar esse cálculo, o CAQi contempla as condições e os insumos materiais e humanos mínimos necessários para que os professores consigam ensinar e para que os alunos possam aprender, como infraestrutura, material didático e formação profissional dos docentes.

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 “O Conselho Estadual de Educação de Pernambuco repudia tal posicionamento, que revela uma vergonhosa relação de submissão do CNE, na medida em que esvazia suas próprias definições para atender orientações políticas do Governo Federal, em detrimento da sua autonomia e do desenvolvimento da educação brasileira”, diz a nota lida pela parlamentar.

A petista lembrou que o CNE aprovou, ainda em 2010, o Parecer CNE/CEB n° 8/2010, favorável à aplicabilidade do CAQi. “Tal declaração desmonta a citada resolução, colaborando para aprofundar o esvaziamento do Plano Nacional de Educação 2014/2024 que completará, em junho de 2019, cinco anos de descumprimento”, prossegue a nota. “Eu, como cidadã, deputada e educadora, subscrevo e apoio esta posição de repúdio do Conselho Estadual de Educação”, concluiu Teresa.

Vereador do Recife, João da Costa (PT) alfinetou a comemoração de um ano da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) feita pelo movimento Vem Pra Rua durante ato na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, neste domingo (7). Para o petista, os que celebram a reclusão do ex-presidente “apoiam ladrões”.

“A gente não deve comemorar a prisão de ninguém. No Brasil, os verdadeiros ladrões  estão soltos. A turma que comemora a prisão de Lula apoia muitos deles”, disparou, em conversa com o LeiaJá, ao participar de um ato político-cultural pela liberdade de Lula na Praça do Arsenal, no bairro do Recife.

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Na ótica do parlamentar, na realidade, os brasileiros deveriam estar preocupados com o que ele chamou de “retrocessos” que aconteceram neste último ano. “A gente está preocupado é que em um ano a gente viu um grande retrocesso no Brasil. Ataque à liberdade, à democracia; a perda de soberania no Brasil com atitude de subserviência internacional e o direito dos mais pobres bastante ameaçados. Não é um ano só da prisão de Lula, mas um ano de retrocesso no Brasil”, observou.

João da Costa acredita que é preciso “exigir a liberdade de um homem que está preso sem provas” segundo o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). “Lula é um preso político e como ele, qualquer dia pode ser um de nós”, declarou.

Além de João da Costa, diversos políticos participaram do ato que integra a chamada “Jornada Lula Livre”. Entre eles, os deputados estaduais João Paulo (PCdoB) e Teresa Leitão (PT), o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB), e a ex-candidata governadora Dani Portela (PSOL).  

Para Teresa Leitão, o dia foi para “reviver o que Lula disse há uma ano: eu sou uma ideia”. “Não é uma festa, poderia ser. Mas é a festa da resistência, da solidariedade. Vamos seguir nas ruas até que Lula seja livre e a democracia volte, estamos aí ameaçados por uma reforma que vai acabar a previdência pública. A rua e a tribuna é o nosso lugar”, frisou a parlamentar.

Para o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira, “a prisão de Lula é e sempre foi um marco na política brasileira na atualidade porque é resultante, produto, do golpe que afastou a presidenta Dilma e levou ao ambiente as circunstâncias que levou a eleição de Bolsonaro”.

“Como é que num país em que as pessoas para estarem presas dependem de provas e se tem uma figura como Lula preso sem que até hoje se tenha um documento que comprove as acusações contra ele? É uma arbitrariedade. A liberdade para Lula é uma tarefa eminentemente política. Depende da resistência democrática e do sucesso da luta para que possamos estabelecer a plenitude da reconstrução do país... É preciso libertá-lo”, cravou Siqueira.

Lula está preso há um ano na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, cumprindo a condenação de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá, um dos desdobramentos da Lava Jato. O ex-presidente, inclusive, já foi condenado a mais 12 anos de prisão, em primeira instância, no caso do sítio Atibaia. Os dois processos apontam que o líder petista recebeu propinas de empreiteiras em troca de favores no governo. Ele nega as acusações.

A situação da orla da cidade de Olinda foi pauta durante o expediente dos deputados na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) desta segunda-feira (25). A parlamentar Teresa Leitão (PT) criticou as ações de ordenamento no local, lembrando acontecimentos do último final de semana.

Em sua fala, Leitão afirmou que é preciso haver mais diálogo com os vendedores ambulantes que trabalham na área. Ela também pontuou que é necessária uma apresentação de um plano para que a intervenção seja realizada de forma mais coerente.

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“Os ambulantes foram avisados apenas no sábado de que não poderiam atuar no domingo. Uma trabalhadora, quando viu o carrinho sendo levado, perdeu o controle emocional. Ela acabou passando a noite detida”, contou a parlamentar.

A deputada ainda enfatizou que “esse tipo de ação deixa marcas. É preciso ter diálogo e respeitar quem quer trabalhar com honestidade, principalmente quando sabemos que Pernambuco tem o maior desemprego da região Nordeste.”

Além disso, Teresa pleiteou que as ações de ordenamento sigam um planejamento definido no Plano Diretor do município. “A orla de Olinda tem sido muito prejudicada pelo avanço do mar, e acaba ficando com poucos atrativos. Precisamos levar isso em conta ao pensar o ordenamento da área”, finalizou a petista.

Durante reunião plenária na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a deputada estadual Teresa Leitão (PT) repercutiu o posicionamento da Arquidiocese de Olinda e Recife sobre a situação dos moradores do Edifício Holiday, localizado em Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

Nesse final de semana, o órgão da Igreja Católica pediu que seja tomada uma solução que respeite os direitos das pessoas e ainda reforçou o desejo de participar do processo de negociação com as autoridades.

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“Parabenizo a Arquidiocese por se integrar a essa causa, atuando em defesa de uma saída humanitária, negociada, e que respeite a vida e os direitos de todos os moradores e moradoras”, afirmou a parlamentar.

Leitão ainda disse que é preciso cuidar das pessoas que estão vivendo esse momento de incertezas. “A preocupação é mais que legítima. É uma situação dolorosa, que merece atenção, ainda mais em tempos de quaresma, de solidariedade e de reflexão sobre o outro”, complementou.

A deputada estadual Teresa Leitão (PT) fez duras críticas à proposta de Reforma da Previdência, durante reunião plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nessa quinta-feira (21).  A parlamentar criticou pontos do projeto, que foi apresentado ao Congresso Nacional na última quarta (20), mas também comemorou a criação, na Alepe, de uma comissão especial para analisar as alterações da Previdência.

De acordo com Leitão, o texto traz obstáculos aos professores e trabalhadores rurais, “mas a principal maldade da Proposta de Emenda Constitucional é quanto ao Benefício de Prestação Continuada (BPC)”.

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Em seu pronunciamento, a deputada também sugeriu que a questão seja tratada como prioridade pelo colegiado da Alepe. O sistema de capitalização, defendido pelo Governo Federal, também foi alvo de críticas da deputada.

A petista pontuou que “não podemos partir da perspectiva de encurtar o ‘cobertor social’. Nenhum país civilizado no mundo abre mão de um modelo que protege o cidadão quando ele mais precisa”.

Ao fim de sua fala, Leitão garantiu que vai acompanhar a atividade da comissão especial e contribuir com o debate propositivo.

Os problemas de gestão no Paço do Frevo, que está funcionando com equipe e horário reduzidos, foram alvo da deputada Teresa Leitão (PT) em discurso no na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A parlamentar fez cobranças à Prefeitura do Recife, responsável pelo espaço, para que garanta o funcionamento pleno do equipamento cultural.

“Havia uma previsão de que a situação se normalizasse até o dia 1º de dezembro, mas isso não ocorreu, o que gera preocupação”, observou, nessa segunda-feira (10). “Um grupo de turistas tentou visitar o local no último domingo, mas não conseguiu porque o elevador estava quebrado”, contou, acrescentando. 

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Na ótica da petista, "o frevo é Patrimônio Imaterial da Humanidade, faz parte da identidade do Recife e de Pernambuco; não é possível passar o período de férias e pré-Carnaval, quando há maior fluxo de turistas, com o local fechado ou funcionando de forma precária”.

O Paço do Frevo reduziu os serviços desde o dia 14 de novembro, quando se encerrou o contrato da Prefeitura com o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), organização social (OS) responsável pela administração do lugar.

“Não houve tempo para a renovação do contrato. O IDG até ganhou a licitação para se manter à frente da gestão, mas com o espaço de tempo entre o vencimento e a assinatura de um novo contrato, a OS acabou por demitir 36 dos 41 funcionários que trabalham no local, entre outros problemas”, relatou a deputada.

*Do site da Alepe

 

Hoje o país vai parar, nada funciona e desde as primeiras horas do dia é assim, as pessoas já acordaram em um frenesi total ou boa parte das pessoas. Sem querer sou chato, pelo amor de Deus! Onde estamos, onde chegamos, o mundo mudou, estamos no século vinte e um e a parte da sociedade ainda insiste em valorizar mais uma partida de futebol do que cobrar das autoridades públicas melhor atendimento na saúde, na educação, na segurança. E aí quando falamos vem a grande máxima da nação “ o brasileiro precisa de um alívio e o futebol e a seleção brasileira promovem isso a um povo tão sofrido”, quanta conversa fiada, o brasileiro precisa de homens de bem, de pessoas sérias comandando os estados, o país inclusive o futebol palco de roubos e falcatruas. Vocês acham que Neymar e companhia estão preocupados com o Brasil ou apenas pensam nos bens conseguidos e milhões de euros acumulados? Impressionante como os anos passam e a boiada segue comandada por corruptos que se perpetuam por anos através de filhos, netos, sobrinhos, ninguém quer largar o osso e a sociedade idiota que é aceita tudo e se contenta com uma simples partida de futebol, viva o Brasil!!

Alkmin o candidato ruim e voto

Pesquisa encomendada pelo DEM reforçou a ala do partido que é refratária a uma aliança com Geraldo Alckmin. O tucano não decola de jeito nenhum nem entre eleitores que dizem simpatizar com o PSDB.

Oposição age em bloco e barra projeto que prorroga cobrança para o setor produtivo

A Bancada da Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), conseguiu adiar, nesta terça-feira (26), a votação do Projeto de Lei nº 2001/2018, que prorroga a vigência da contribuição do setor produtivo ao Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal - FEEF. O PL altera a lei 15.865 de 2016, que instituiu a cobrança de 10% no valor do incentivo ou benefício fiscal dado à empresa.

Na prática

Isso representa uma diminuição do benefício já instituído ao empresário. A votação do PL foi adiada pela Mesa Diretora da Casa após o bloco oposicionista cobrar por respostas aos representantes do executivo estadual sobre a urgência de votar a matéria, que chegou ao legislativo na última quinta-feira (21).

Silvio segue batendo

Para o líder da Oposição, Silvio Costa Filho (PRB), a aprovação pode afetar o planejamento estratégico das empresas. “o Fundo foi criado no sentido de aumentar a arrecadação do Estado, para poder pagar a folha e ajudar no equilíbrio fiscal. O que nos surpreende é que o projeto chegou no fim da semana passada. Nós só tivemos a tarde desta segunda-feira (25) para se debruçar sobre a matéria. Um projeto que penaliza o setor produtivo do Estado. Setor que gera emprego, renda, movimenta a economia”, pontuou o parlamentar. 

 

Como é hoje?

Atualmente, a cobrança é feita para os beneficiários do Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco – PRODEPE, Programa de Desenvolvimento do Setor Automotivo do Estado de Pernambuco – PRODEAUTO, Programa de Estímulo à Atividade Portuária e do Programa de Desenvolvimento da Indústria de Calçados, Bolsas, Cintos e Bolas Esportivas do Estado de Pernambuco. As empresas têm como penalidade a revogação do benefício, caso atrase o depósito, ou o faça inferior a 10%. “Ao invés de fortalecer a cadeia produtiva, o governador Paulo Câmara quer, por mais dois anos, prorrogar uma lei que interfere na saúde fiscal e financeira das empresas. Sabemos que ele é competente na arte de cobrar impostos, mas não podemos aceitar esse procedimento”, destacou Silvio.

Audiência Pública discute nomeação de professores concursados

Enquanto Pernambuco tem 14.788 contratos temporários trabalhando na rede estadual de ensino, professores e professoras remanescentes do último concurso público realizado pela Secretaria de Educação esperam ser chamados para assumir a regência de salas de aula em todo o Estado de Pernambuco. 

 

O chamado de Teresa Leitão

Para tratar do tema, a presidenta da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa, deputada Teresa Leitão (PT/PE), realizará na manhã desta quarta-feira (27), às 10h, uma audiência pública que contará com a presença da comissão de professores concursados, do Sintepe (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco), da Secretaria de Educação e do MPPE (Ministério Público de Pernambuco).O último certame realizado em 2015 pela Secretaria de Educação teve sua validade prorrogada para dezembro de 2018, após muita pressão dos concursados, que alegam estarem aptos a assumir vacâncias na rede estadual de ensino.

Defeitos de construção em apartamentos - Até quando pode-se buscar reparação? Abaixo interessante observação do advogado André Frutuoso.

No dia-a-dia da advocacia para condomínios, adquirentes e proprietários com vícios construtivos, além de encontrar rachaduras, erros de projeto, afundamentos, nos deparamos ainda com estes agentes perdidos por não terem noção de até quando podem buscar seus direitos. Muitos entram no engodo disseminado por vendedores, construtores Incorporadores de que após 5 anos da entrega do empreendimento estariam por si só, desamparados de cobertura legal acreditando na lenda de que após o quinto ano não há mais garantias. De fato, nossa legislação fez uma salada na cabeça de juízes e advogados quando o assunto é prazo de prescrição de reparação por defeito em obra, há quem entenda que a prescrição é em 20 anos; 10 anos; 5 anos e até 3 anos, vejam o porquê: A súmula 194 do STJ, oriunda de entendimentos firmados na década de 80 e 90 diz: Prescreve em vinte anos a ação para obter, do construtor, indenização por defeitos da obra.

Todavia, a referida súmula foi concebida sob a égide do CC de 1916 o qual tinha todas as suas regras de prescrição mais elásticas do que as atuais do CC de 2002. A dinâmica da vida atual fez com que o legislador abreviasse todos os prazos prescricionais, estabelecendo o novo teto em 10 anos, assim, quando a lei não estipulasse prazo menor a prescrição se operaria em uma década, conforme redação do art. 205 do CC. Alguns doutrinadores entendem que a súmula 194 não estaria obsoleta, apenas deveria ser interpretada para a nova realidade legal vigente, ou seja, sua redação conteria o mesmo prazo anterior, a saber, o prazo máximo prescricional do ordenamento, agora em 10 anos. Só ai já temos dois possíveis prazos, o sumular de 20 anos e o teto legal em 10 anos. Perceberam a confusão?

 Para dificultar mais, o art 618 do CC trouxe insculpido em suas linhas o prazo de 5 anos de forma taxativa, confiram: Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante o prazo irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão dos materiais, como do solo.

 Eis o nosso terceiro prazo, agora o de 5 anos. Por último, ainda temos a regra contida no inciso V do § 3o do art. 206 do CC: Art. 206. Prescreve: … § 3o Em três anos: … V - A pretensão de reparação civil; Eis a nossa quarta previsão legal sobre o mesmo tema, para de forma peculiar e com requintes atabalhoar o assunto e dificultar a vida daqueles que estão nesse imbróglio. Temos 4 previsões legais para a mesma situação fática. Por isso muitos adquirentes de imóvel, síndicos condominiais, síndicos profissionais ou investidores se submetem a sangrar com altíssimas taxas extras, rateios para a contratação de empreiteiras visando reverter problemas os quais estão totalmente segurados, apenas não sabem. Onde está o segredo? O segredo está na discussão sobre o início desse prazo! Os tribunais vêm entendendo que a natureza dos problemas estruturais faz com que não seja possível estipular a data exata de quando iniciou o referido problema e, nessa impossibilidade, diante dos princípios protetivos do consumidor, se admite condenação de construtores, incorporadores e até seguradores. Segue:

"... É notório que a ocorrência de sinistros como os que se apresentam autos se protrai no tempo, não se originando de um único fato que pode posicionado em uma data determinada, para fins de fixação do dies a quo do prazo prescricional. A pretensão do segurado, portanto, acaba se renovando, de modo a afastar a incidência de prazo de prescrição. (Agravo Instrumento Nº 300791-2. TJPE. Relator: Bartolomeu Bueno. Órgão Julgador: 3ª Câmara Cível. Data de Julgamento: 16/5/2013)”.

Assim sendo, deixar de exercer um direito potestativo diante das dificuldades, até mesmo apresentadas pelos próprios advogados do incorporador ou do construtor de que o direito está prescrito, não é a melhor alternativa diante dos vícios que todos os dias vemos aparecer. Uma visita cuidadosa ao assunto fará com que adquirentes e proprietários em geral economizem fortunas em taxas-extras para contratação, desnecessária, de empreitadas para corrigir erros de construção causados inclusive há 10, 20 anos atrás, quiçá até em datas mais longínquas.

André Frutuoso de Paula, advogado, pós-graduado em gestão jurídica pela EPD/SP, especialista em direito processual civil pela Universidade

Católica de PE, pós-graduando em direito imobiliário, sócio-diretor do escritório Frutuoso Advocacia.

 

Na expectativa diante das tratativas que vão definir o alinhamento do PT nas eleições deste ano, a deputada estadual Teresa Leitão afirmou, nesta segunda-feira (4), que está “confiante” no resultado do encontro marcado para o próximo domingo (10), quando os 300 delegados da legenda vão escolher por candidatura própria ou aliança com o PSB. Teresa é da ala petista que defende a postulação da vereadora do Recife, Marília Arraes, ao Governo de Pernambuco. 

Apesar da “tranquilidade” expressada pela parlamentar diante da decisão, a petista alertou sobre o “receio” que sente sobre a possibilidade de este ano se repetir o cenário pré-eleitoral de 2012, quando o PT chegou rachado às eleições no Recife e perdeu o comando da prefeitura para Geraldo Julio (PSB).  

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“Há um receio sim, mas se você observar não vai ver da nossa parte nenhuma posição em desacordo as resoluções do PT que decidiu, por unanimidade no Congresso, a candidatura própria. Agora a direção nacional colocou a possibilidade de se abrir o horizonte de conversas, mas não criticamos por isso, é o papel dela de garantir a Lula o leque maior de apoios”, salientou Teresa, em conversa com o LeiaJá.

“O que não podemos é aceitar essa história de que a aliança está definida e o encontro [de domingo] cancelado. Espero que não se faça em 2018 o que se fez em 2012”, completou. 

De acordo com Teresa, apesar das declarações constantes dos petistas que são favoráveis ao retorno do PT ao palanque do PSB, não há nada firmado sobre a aliança entre os dois partidos e uma pesquisa interna encomendada ao Vox Populi deve embasar ainda mais os argumentos da ala pró-Marília Arraes diante da direção nacional. 

“A posição que nos foi dada na videoconferência nos tranquilizou. Foi dito que não haverá intervenção, vamos construir tudo junto com a nacional. Então, como não há mudança de posição dos nossos delegados, isso nos dá um certo conforto. E estamos na expectativa da pesquisa, de consumo interno, que terá um peso importante”, explicou, levando em consideração o fato de ter ouvido da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, que se tivesse de haver alguma intervenção na decisão em Pernambuco já teria feito.

O deputado estadual de Pernambuco Álvaro Porto (PTB) disparou críticas contra o PSB que vem buscando o apoio do PT para as eleições deste ano. O petebista apontou uma mudança no discurso dos socialistas que apoiaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, e agora buscam ter os petistas no mesmo palanque adotando, sob a ótica dele, o discurso de que a destituição do mandato de Dilma foi “golpe”. 

“O mesmo PT que foi massacrado e anulado pelos socialistas agora é cortejado pelo Palácio Campo das Princesas. E, neste processo de reaproximação, nomes do PSB negam decisões públicas tomadas em assembleia para derrubar Dilma Rousseff”, afirmou o deputado petebista, durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco dessa quarta-feira (2).

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Porto acusou o partido de “agir ao sabor das conveniências” e de tentar se eximir da responsabilidade de ter levado o então vice-presidente Michel Temer ao comando do país. O deputado petebista salientou que, em 2016, os socialistas votaram pelo afastamento da petista e minimizaram a participação de Lula na atração de empreendimentos para Pernambuco.

“O partido concordou com a tese de que Dilma cometeu mesmo o crime de responsabilidade e agora, dois anos depois, fala em golpe e tenta impor a marca de golpista em quem esteve ao lado da ex-presidente”, criticou, fazendo referência ao senador Armando Monteiro (PTB-PE), que foi ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do segundo mandato de Dilma, votou contra o impeachment e hoje se coloca como pré-candidato ao Governo do Estado.

Em apartes, os deputados Sílvio Costa Filho (PRB) e Teresa Leitão (PT) também criticaram a mudança de postura do PSB diante do PT visando o pleito eleitoral e defenderam a candidatura própria da legenda petista ao Governo de Pernambuco. “É legítimo que a sigla tenha candidato a governador; é bom para a democracia e para os pernambucanos”, afirmou Costa Filho. “O PSB não quer apenas o tempo de TV e o apoio do PT. Há um componente a mais: eles buscam tirar do páreo a candidatura de Marília Arraes”, analisou Teresa.

Na semana passada, o assunto veio à tona a partir de uma provocação feita pelo deputado federal Bruno Araújo (PSDB) que afirmou ter sentado com o governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, para tratar do impeachment. Na ocasião, o governador emitiu uma nota dizendo que o PSB agiu de forma “clara e transparente” na época do impeachment. 

“Nunca, nem eu e nem Geraldo, nos sentamos com ele para discutir a questão do impeachment. É bom lembrar que tanto o PSDB quanto o DEM deixaram nossa base política. Nesse episódio do impeachment, o PSB foi um dos últimos partidos a se definir. E fez isso de forma clara e transparente. E, ao contrário do deputado,  não quis fazer parte do Governo Temer”, disse Paulo no texto.

A deputada Teresa Leitão (PT) quer criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Pernambuco para apurar a eficiência do transporte coletivo na Região Metropolitana do Recife (RMR).  Para que o colegiado seja instalado, a petista precisa conquistar o apoio de outros 17 deputados. 

Ao pedir o apoio dos pares, Teresa destacou a necessidade de se conferir transparência à gestão do transporte público urbano. “A obrigação de 17 assinaturas já indica que deve haver uma adesão que ultrapasse as bancadas”, observou, lembrando que a iniciativa de investigar o serviço surgiu no fim do ano passado, em audiência pública promovida pela Comissão de Negócios Municipais. 

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Os objetivos da CPI, segundo a parlamentar, são “apurar a falta de repasses de verbas públicas referentes à arrecadação do VEM (Vale Eletrônico Metropolitano)”, “investigar as condições de segurança e qualidade dos veículos” e “avaliar políticas e critérios de composição orçamentária que justificam os reajustes”, entre outros.

Apesar divisão clara no PT de Pernambuco sobre o alinhamento diante das eleições em outubro, se terá candidatura própria ou estará alinhado ao PSB, a vereadora Marília Arraes ganhou fôlego como pré-candidata ao pleito, no último sábado (27), durante um ato em Serra Talhada, no Sertão, que endossou seu nome para a disputa. 

Mesmo com a falta de adesão das consideradas maiores lideranças da legenda no Estado, o senador Humberto Costa e o ex-prefeito do Recife João Paulo, ela se colocou no páreo e defendeu a formação de uma chapa do PT como base para reforçar as bancadas legislativas. Atualmente o PT de Pernambuco não tem deputado federal e ocupa apenas duas cadeiras na Assembleia Legislativa (Alepe). 

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“Temos que ter em mente que uma gestão do Executivo não consegue avançar sem uma bancada forte e coesa. Com certeza, uma candidatura própria dá legitimidade necessária para a busca do voto do eleitor que não compactua com os retrocessos que estão ocorrendo no estado e no país”, salientou Marília. 

“Queremos defender Lula e colocar Pernambuco no rumo. Não se governa simplesmente defendendo um projeto de poder e eles sabem que não ganham uma eleição sem falar a verdade, mas nós vamos falar a língua do povo… Não temos máquina, mas temos muita disposição e coragem para estar ao lado do povo. Não é fácil”, acrescentou a pré-candidata. 

Defensor ferrenho da candidatura de Marília e organizador do evento, o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), destacou que a postulação já tem força interna e deve se concretizar. “É muito fácil querer o tempo do partido, agora na hora de ir para luta se escondem e dizem que não querem nosso apoio. Dentro do partido já construímos uma candidatura e vamos continuar a luta, para ter a vitória histórica de uma mulher que não está aqui para comprar o voto de ninguém”, sustentou. 

O ato também serviu para rebater a tese de aliança com o PSB. Líder do MST em Pernambuco, Jayme Amorim disse que a militância do PT e seus movimentos aliados não vão admitir uma aliança com "golpistas". 

"O povo não aceita qualquer aliança com aqueles golpistas. Marília representa também uma nova geração, como candidata a governadora tem todas as condições para conduzir este processo. Não vamos aceitar o processo de aliança novamente com os golpistas. É necessário reconstruir. Dizem que não dá para fazer porque não tem prefeito, mas nós não precisamos de grandes estruturas e dinheiro, Marília para se eleger só precisa da força do povo", declarou. 

Em apoio à Marília, o evento contou com a participação mínima de lideranças do PT. Além dos já citados, apenas a deputada estadual Teresa Leitão e o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carlos Veras, estiveram no local. Mesmo não comparecendo, Humberto foi representado pelo dirigente Dilson Peixoto, que declarou, em nome dele, apoio à Marília. Entretanto, nos bastidores, o senador é considerado o nome que está na linha de frente das articulações pelo realinhamento do PT com o PSB. 

A eventual privatização da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) será tema de um debate na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na próxima segunda-feira (6). O assunto será abordado durante um grande expediente especial, marcado para às 15h, no auditório Sérgio Guerra. 

A discussão foi solicitada pela deputada estadual Teresa Leitão (PT). Segundo ela, a sessão será uma oportunidade de apresentar esclarecimentos. “A Copergás é uma empresa de economia mista e vem sendo motivo de preocupação por parte do Sindicato dos Petroleiros dos Estados de Pernambuco e da Paraíba, que acredita que há um movimento de preparação para a privatização da companhia”, argumentou.

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"O gás natural é um insumo estratégico para a indústria pernambucana e para o fortalecimento da atividade produtiva no Estado", acrescentou a petista. De acordo com Teresa, em 20 anos de operação, a Copergás tem "sistematicamente" alçado lucros elevados, impulsionada pela ampliação de sua estrutura. A parlamentar cobrou esclarecimentos do Governo do Estado sobre o assunto. 

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